SECRETARIA DE ESTADO DA
EDUCAÇÃO José Luciano Barbosa da Silva
SECRETARIA DE ESTADO DA
RESSOCIALIZAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL Marcos Sérgio de Freitas Santos
PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO NAS PRISÕES
BIÊNIO 2016-2017
MACEIÓ/AL
2015
SECRETARIA DE ESTADO DA
EDUCAÇÃO José Luciano Barbosa da Silva
SECRETARIA DE ESTADO DA
RESSOCIALIZAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL Marcos Sérgio de Freitas Santos
PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO NAS PRISÕES
Biênio 2016-2017
Plano Estadual de Educação nas Prisões
apresentado à Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização, Diversidade e
Inclusão e ao Departamento Penitenciário
Nacional como parte da proposição para
obtenção de apoio financeiro, com recursos do
Plano de Ações Articuladas e/ou do Fundo
Penitenciário Nacional, para ampliação e
qualificação da oferta de educação nos
estabelecimentos penais, nos exercícios de 2015,
2016 e 2017.
MACEIÓ
2015
SECRETARIA DE ESTADO DA
EDUCAÇÃO José Luciano Barbosa da Silva
SECRETARIA DE ESTADO DA
RESSOCIALIZAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL Marcos Sérgio de Freitas Santos
IDENTIFICAÇÃO
GESTÃO:
ÓRGÃO PROPONENTE: GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS
CNPJ: 12.200.176/0001-76
Endereço: Rua Cincinato Pinto, s/n - Centro
CEP: 57020-050
Telefone: (82) 3315-2060
Nome do Responsável: Renan Calheiros Filho
Cargo: Governador do Estado
ÓRGÃOS EXECUTORES:
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
CNPJ: 12.200.218/0001-79
End.: Av. Fernandes Lima, s/n - Farol
CEP: 57020-210
Telefones: (82) 3315-1230
E-mails: [email protected]
Nome do Responsável: José Luciano Barbosa da Silva
Cargo: Secretário de Estado
SECRETARIA DE ESTADO DE RESSOCIALIZAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL
CNPJ: 20.279.762/0001-86
End.: Av. Fernandes Lima, nº 1322 - Farol
CEP: 57020-480
Telefones: (82) 3315-1744/1757
E-mails: [email protected] Nome do Responsável: Marcos Sérgio de Freitas Santos
Cargo: Secretário de Estado
4
SECRETARIA DE ESTADO DA
EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE ESTADO DA
RESSOCIALIZAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL
José Renan Vasconcelos Calheiros Filho
Governador do Estado de Alagoas
José Luciano Barbosa da Silva
Vice-Governador do Estado de Alagoas
José Luciano Barbosa da Silva
Secretário de Estado da Educação – SEDUC
Laura Cristiane de Souza
Secretária Executiva de Gestão Interna – SEDUC
Marcos Sérgio de Freitas Santos
Secretário de Estado de Ressocialização e Inclusão Social – SERIS
Marcos Henrique do Carmo
Secretário Executivo de Gestão Interna – SERIS
Ricardo Lisboa Martins
Superintendente de Políticas Educacionais – SUPED – SEDUC
Coordenação e elaboração
Leilson Oliveira do Nascimento
Técnico Pedagógico da Gerência de Educação de Jovens e Adultos – GEEJA – SEDUC
Andréa Rodrigues de Melo
Gerente de Educação, Produção e Laborterapia – GEPL – SERIS
Genizete Tavares da Silva
Supervisora de Educação – SUPE – SERIS
Colaboração
Ana Paula da Silva
Oficial de Apoio Técnico – SUPE – SERIS
5
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................ 7
CONCEPÇÕES FUNDAMENTAIS E NORTEADORAS DA EDUCAÇÃO NO SISTEMA PRISIONAL . 9
A ESCOLA DE JOVENS E ADULTOS NO ÂMBITO DO SISTEMA PRISIONAL: ................................. 14
ESTRUTURA FÍSICA DA ESCOLA ............................................................................................................... 15 HIERARQUIA ESCOLAR ............................................................................................................................... 16 A ESCOLA ENQUANTO CENTRO DE ESTUDO E PESQUISA ................................................................... 16 O PROJETO DE REMIÇÃO DA PENA PELA LEITURA: POSSIBILIDADES PARA A IMPLANTAÇÃO
EM ALAGOAS ................................................................................................................................................. 17 DISTRIBUIÇÃO DA ATUAÇÃO DA ESCOLA ............................................................................................. 19
HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO EM PRISÕES NO ESTADO ........................................................................ 22
DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO EM PRISÕES NO ESTADO .................................................................. 27
POR ESTABELECIMENTO PENAL ............................................................................................................... 33
GESTÃO .............................................................................................................................................................. 40
ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS .............................................................................................................. 40 SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO: SUPED/ GEEJA: ................................................................. 40 SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO: SUGER: ............................................................................... 40 CORDENADORIADE GESTÃO DE PESSOAS ............................................................................................ 41 COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO ..................................................................................... 41 ESCOLA DE REFERÊNCIA ......................................................................................................................... 42 ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA/SUPERVISÃO DE EDUCAÇÃO ...................................................... 42
REGRAS E PROCEDIMENTOS DE ROTINA ............................................................................................... 44
CABEM AO EDUCADOR/ PROFESSOR: ...................................................................................................... 44 CABEM AO AGENTE PENITENCIÁRIO: ..................................................................................................... 45 CABEM À SUPERVISÃO DE EDUCAÇÃO – SERIS: ................................................................................... 45 MODELO DO CONTROLE DE ENTRADA E SAÍDA DOS REEDUCANDO (A)S NA SALA DE AULA .. 47
GESTÃO DE PESSOAS ..................................................................................................................................... 48
REGISTROS ESCOLARES ............................................................................................................................... 52
FICHA INDIVIDUAL....................................................................................................................................... 53 DIÁRIOS DE CLASSE ..................................................................................................................................... 53 ATA ................................................................................................................................................................... 53 HISTÓRICO ESCOLAR ................................................................................................................................... 53
ARTICULAÇÃO E PARCERIAS ..................................................................................................................... 54
FINANCIAMENTO ............................................................................................................................................ 56
ORGANIZAÇÃO DA OFERTA DE EDUCAÇÃO FORMAL ....................................................................... 58
MATRIZES CURRICULARES PARA OFERTA DA EJA – ESPAÇOS PRISIONAIS:.................................. 59
ORGANIZAÇÃO DA OFERTA DE EDUCAÇÃO NÃO FORMAL E DA QUALIFICAÇÃO
PROFISSIONAL ................................................................................................................................................. 65
QUADRO DA LABORTERAPIA POR ESTABELECIMENTO PENAL .................................................... 66
ENVOLVIDOS EM EDUCAÇÃO NÃO FORMAL POR ESTABELECIMENTO PENAL ....................... 67
FORMAÇÃO INICIAL E FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS .................................... 68
ESTRUTURA METODOLÓGICA PARA A FORMAÇÃO INICIAL DOS PROFISSIONAIS QUE SÃO
INSERIDOS PARA ATUAÇÃO NA EJA/PPL: ............................................................................................... 69 FORMAÇÃO CONTINUADA: ...................................................................................................................... 70
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E ATENDIMENTO À DIVERSIDADE ........................................................ 72
CERTIFICAÇÃO ................................................................................................................................................ 73
6
INFRAESTRUTURA .......................................................................................................................................... 85
MATERIAL DIDÁTICO E LITERÁRIO ........................................................................................................ 88
REMIÇÃO DE PENA PELO ESTUDO ............................................................................................................ 89
ATENDIMENTO ÀS CRIANÇAS .................................................................................................................... 90
ACOMPANHAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO ................................................................ 91
PLANO DE AÇÃO .............................................................................................................................................. 93
META I – AMPLIAÇÃO DA MATRÍCULA DE EDUCAÇÃO FORMAL ..................................................... 93 META II – AMPLIAÇÃO DE OFERTA DE EDUCAÇÃO NÃO FORMAL ................................................... 96 META III – AMPLIAÇÃO DE OFERTA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL ........................................ 98 META IV – AMPLIAÇÃO NO NÚMERO DE INSCRITOS NOS EXAMES DE CERTIFICAÇÃO .............. 99 META V – AMPLIAÇÃO NO NÚMERO DE BIBLIOTECAS E DE ESPAÇOS DE LEITURA .................. 100 META VI – MELHORIA NA QUALIDADE DA OFERTA DE EDUCAÇÃO .............................................. 102
COLABORADORES ........................................................................................................................................ 104
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................ 105
ANEXOS ............................................................................................................................................................ 106
7
APRESENTAÇÃO
O Estado de Alagoas através da Secretaria de Estado da Educação (SEDUC)
representada pela Superintendência de Políticas Educacionais (SUPED) e a Gerência de
Educação de Jovens e Adultos (GEEJA) e a Secretaria de Estado da Ressocialização e
Inclusão Social (SERIS) representada pela sua Gerência de Educação, Produção e
Laborterapia (GEPL) coordenou de forma coletiva a construção do Plano Estadual de
Educação nas Prisões de Alagoas (PEEP/AL) em 2012 instituído pelo Decreto Presidencial nº
7.626/2011 para atendimento de políticas públicas, para o biênio 2013/2014, enfatizando a
ampliação e a qualificação da oferta de educação nos estabelecimentos penais. No percurso de
construção merece destaque o envolvimento de vários segmentos governamentais, não
governamentais e da sociedade civil organizada que contribuíram ao longo de todo processo
como demonstrado na agenda de atividades exposta no anexo da primeira versão.
Depois de encaminhado e submetido à apreciação dos Ministérios da Justiça e da
Educação houve a devolutiva em março de 2014, por meio de nota técnica que apontou para
algumas situações a serem redirecionadas na atualização do Plano (PEEP/AL) para o biênio
2016-2017. Com a análise foi destacado a inconsistência em relação à demanda potencial
comprovada com base no diagnóstico, o número de vagas existentes e o número de alunos
matriculados e frequentes, onde se percebeu, contradizendo a realidade da maioria dos
sistemas prisionais brasileiros que alegam inexistência de espaços para oferta de educação.
Em Alagoas o fato relevante foi a grande quantidade de vagas ociosas. Porém com
a implantação do PEEP/AL se iniciou uma reviravolta firmando fortes marcas de êxito e
superação em relação à propositura de algumas metas traçadas no plano de ação para
2013/2014, dentre as que mais se destacaram, apontamos para oferta de todos os níveis da
educação básica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos – EJA, a criação de uma
escola voltada para atendimento às pessoas privadas de liberdades, podendo assim
atender de forma mais estreita as necessidades dos apenados/alunos, e a regulamentação
para oferta de educação básica e superior, profissional/tecnológica e a distância por meio
do Conselho Estadual de Educação de Alagoas, via Resolução nº 02/2014 – CEE-AL.
É importante frisar também a realização, em junho de 2015, do I Encontro
Estadual de Educação nos Espaços de Privação de Liberdade em Alagoas: uma reflexão
sobre o plano de educação e a construção do projeto político pedagógico, onde os diversos
envolvidos ofereceram contribuições significativas para o fortalecimento das políticas
educacionais para as pessoas em privação de liberdade.
Portanto, afirmamos que o conteúdo deste plano corresponde a uma série de ações
políticas para um efetivo atendimento educacional aos homens e mulheres que estão sob
privação de sua liberdade. Este documento cada vez mais se trata de uma construção coletiva,
se materializando como fruto de contribuições de diversos segmentos da sociedade que se
preocupam e acreditam que mesmo dentro de unidades prisionais a educação oferece,
certamente, contribuições para a formação de sujeitos humanizados, libertos e construtores de
seus próprios conhecimentos, capazes de compreender e assumir uma verdadeira mudança de
postura para viverem melhor no, e com o mundo.
8
Desse modo, acreditamos que este documento seja um importante constructo com
desafios que aponte para se discutir, rever e refazer o espaço educacional nas prisões, e ainda
provocar a percepção, como coloca Onofre:
Os presos fazem parte da população dos empobrecidos, produzidos por
modelos econômicos excludentes e privados de seus direitos fundamentais de vida...
são, com certeza, produtos da segregação do desajuste social, da miséria e das
drogas, do egoísmo e da perda de valores humanitários. Pela condição de presos,
seus lugares na pirâmide social são reduzidos à categoria de “marginais”,
“bandidos” duplamente excluídos, massacrados, odiados. (ONOFRE, P. 12)
E assim reconduzindo o que se ressaltou na primeira apresentação:
Um dos maiores propósitos deste plano é fazer que se compreenda que a
educação escolar tem papel fundamental para o resgate de quem vive aprisionado no
cárcere. Pois quem vive sob privação de liberdade só perde o direito de ir e vir,
assim enquanto direito subjetivo e individual a educação deve ser garantida
plenamente sem nenhuma distinção a todos e todas que formam a população
carcerária deste país. E o estado tem obrigação por meio de suas instituições
fomentar, mobilizar, articular e oferecer políticas públicas para todos os apenados,
garantindo assim esse direito primordial.
Esperamos que este plano seja um caminho que abra vastos horizontes para
educação prisional neste estado, sensibilizando a todos a fazer as ações aqui
propostas acontecer de forma consciente e comprometida provocando uma
verdadeira mudança e justiça social. Em anexo encontra-se documentos produzidos
para fortalecimento, enraizamento da educação no sistema prisional isso para que se
perceba quanto este trabalho é fruto da contribuição coletiva de pessoas que marcam
uma nova fase na história da educação de jovens e adultos para os privados de
liberdade.
E assim guiados pelo pensamento do grande educador Paulo Freire que nos
mostra que ninguém educa ninguém e não se educa sozinho, e se educam juntos para
transformar o mundo e diz ainda que: “o diálogo é uma espécie de postura necessária,
na medida em que os seres humanos se encontram para refletir sobre sua realidade tal
como a fazem e refazem. (...) Através do diálogo, refletindo juntos sobre o que
sabemos e não sabemos, podemos, a seguir, atuar criticamente para transformar a
realidade".
Leilson Oliveira do Nascimento
Coordenação e Elaboração
9
CONCEPÇÕES FUNDAMENTAIS E NORTEADORAS DA EDUCAÇÃO NO SISTEMA
PRISIONAL1
Se buscar concepções para o processo educativo não é tarefa fácil, imaginemos
quantas barreiras, obstáculos e impedimentos são enfrentados quando se busca uma efetiva
concepção de educação para contribuir na formação da pessoa privada de liberdade. É fato já
provado por inúmeras pesquisas que todo processo educativo precisa está apoiado de um
referencial teórico metodológico. Isso é uma questão tão importante que o documento
preparatório para VI CONFINTEA (Conferência Internacional de Educação de Adultos) nos
colocou como instrumento para estudo e debate o item “Estratégias Didático-Pedagógicas
para EJA” que nos fez refletir sobre uma série de orientações para formulação de concepções
direcionadas a atender as reais necessidades dos diversos sujeitos da EJA, inclusive para os
aprisionados, é válido lembrar que a VI CONFINTEA aconteceu em Belém- PA (Brasil) e nos
deixou recomendações consideradas internacionais na carta de Belém que também se
configura em documento norteador para apoiar as ações da EJA.
Para dar sustentação ao modelo de educação de jovens e adultos a ser ofertada no
sistema prisional alagoano podemos começar fazendo um resgate da nossa própria proposta
pedagógica, construída de forma coletiva entres os anos 2001 e 2002, que apesar de algum
tempo, ainda porta grandes contribuições para EJA, exemplo disto é quando nos coloca que a
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENQUANTO PROCESSOS E EXPERIÊNCIAS
DE RESSOCIALIZAÇÃO:
Trata-se, na verdade, da realização de confrontos entre as diferentes culturas
que conformam a diversidade cultural da pós-modernidade/mundo, em nível local,
regional, nacional e internacional. Especificamente no nível local, um espaço
privilegiado para esse confronto é a educação, inclusive a educação escolar. Nessa,
nos processos de ensino-aprendizagem, deve-se estabelecer o confronto entre a
cultura científica, a cultura midiática e a cultura popular, na busca de construir novos
saberes, novas instituições, novas subjetividades e novas sociedades.
A ressocialização dos sujeitos populares ou subalternizados (crianças,
adolescentes, jovens e adultos) se dá a partir do confronto das visões e das práticas
pessoais e coletivas desses sujeitos com outras visões e práticas. Numa palavra: a
partir de processos e experiências de recognição e reinvenção vai se conformando
um processo de ressocialização: síntese/resultado das recognições e reinvenções. A
ressocialização, portanto, ocorre pela construção de uma nova compreensão da
realidade que vai sendo, individual e coletivamente, transtornada e reconstruída
numa outra perspectiva, adquirindo figuração e interpretação diferentes. Configura-
se, assim, como um processo de diálogo, de confronto, conflitivo ou não, quase
sempre tenso, entre culturas ou entre traços culturais de uma mesma cultura. (p.31)
Para formulação de uma concepção metodológica a ser aplicada nas salas de aula
do cárcere, onde sabemos que as dificuldades existentes as ações educativas são constantes,
há que não se deixar de ser idealista e se comprometer com uma educação que
verdadeiramente consiga melhorar as condições de vida dos encarcerados. Propondo desse
modo, uma escola onde por meio da interação todos possam exercitar valores, atitudes e
condutas que sejam condizentes com os direitos humanos, que em algumas vezes pode até lhe
1 Não houve alteração no conteúdo do capítulo CONCEPÇÕES FUNDAMENTAIS E NORTEADORAS DA
EDUCAÇÃO NO SISTEMA PRISIONAL já exposto na primeira versão do PEEP/AL.
10
ter sido negados, mas que como sujeitos de direito devem aprender como isso fazer. Tais
direitos se valer na prática, neste contexto podemos citar uma reflexão provocada por Elenice
Maria C. Onofre no livro (O Espaço da Prisão e suas Práticas Educativas) a qual também
apontamos como instrumento de ajuda para nortear as práticas educativas no sistema
prisional, que coloca: É preciso afastar-se, no entanto, de qualquer postura ingênua em relação ao papel da
escola dentro do sistema prisional, mas não há como negar que, nesse espaço, o
homem busca a sua identidade e o diálogo, re-constrói a sua história e valoriza os
momentos de aprendizagem, tendo, portanto o direito a uma escola competente,
produtiva e libertadora”. (p. 277).
Ainda buscando elementos de concepções filosóficas, políticas e pedagógicas que
dê subsídio a EJA, podemos nos apoiar no sócio-interacionismo defendido por Vygotsky e na
pedagogia libertadora de Paulo Freire que dentre de seu grande ideário podemos destacar que
ele:
Enfatiza para a importância e o respeito às experiências, identidade e saberes
construídos pelos alunos em seus fazeres;
Coloca o aluno como sujeito e não como objeto do processo educativo;
Critica os procedimentos pedagógicos que deixam o professor na posição de
transmissor do conhecimento - o que sabe tudo e deposita o conhecimento no aluno –
Freire nomeou este procedimento de Educação Bancária;
O professor deve favorecer o diálogo entre sua visão de mundo e a do aluno,
problematizando. Nessa troca, com esse diálogo é que se efetiva o conhecimento;
Suas concepções destacam uma educação que tenha um caráter emancipatório,
libertador, problematizador da realidade no sentido oposto ao de uma educação para a
submissão;
Para Freire numa visão dialética a educação para a libertação se constitui como
ato de saber, um ato de conhecer e um método de transformar a realidade que se
procura conhecer. Para passar da consciência ingênua à consciência crítica.
Assim sendo, a ação pedagógica se desenvolve com base na leitura do mundo do
(a) educando (a), a partir do qual se identificam às situações significativa da realidade em que
se está inserida.
Desse modo, o conhecimento construído no ato de educar visa a problematização
da realidade e a compreensão mais profunda do mundo vivido. A partir dessa compreensão
crítica, educandos (as) são estimulados (as) a planejar ações de intervenção social, assumindo-
se como sujeitos da construção de realidades mais justas e humanas.
Tanto para Freire como para Vygotsky o diálogo é base para construção do
conhecimento, assim a teoria sócio construtivista coloca a interação com o outro fator
essencial no processo de construção de conhecimento e mais:
De acordo com a concepção sócio construtivista, o conhecimento não é algo
situado fora do indivíduo, a ser adquirido por meio da cópia do real, tampouco algo
que o indivíduo constrói independente da realidade exterior, dos demais indivíduos e
de suas próprias capacidades pessoais;
Os alunos jovens e adultos devido ao seu percurso de vida, experiências pessoais,
interpessoais e, muitas vezes, profissionais apresentam uma diversidade de
conhecimentos prévios, e cada qual possui um repertório distinto. É a partir desses
11
conhecimentos que se dá o contato com o novo conteúdo lhe atribuído significado e
sentido, que são os fundamentos para a construção de novos significados;
Nesse processo de interação do sujeito com o objeto a ser conhecido, o sujeito
constrói representações que funcionam verdadeiras explicações e que se orientam por
uma lógica interna que faz sentido para ele. O conhecimento, portanto, é resultado de
um complexo intricado processo de construção, modificação e reorganização,
utilizadas pelos alunos para internalizar e interpretar os novos conteúdos;
Vygotsky estabelece forte ligação entre o processo de aprendizagem e a relação
com o ambiente sociocultural, que não se desenvolve plenamente sem a ação e
interferência do outro;
A construção do conhecimento sobre os conteúdos escolares sofre influência das
ações propostas tanto pelo professor quanto por colegas, meios de comunicação,
familiares e amigos, atividades de trabalho e lazer etc. Dessa forma, a escola precisa
estar atenta das diversas influências, para que possa propor atividades que favoreçam a
aprendizagem significativa.
Antes de encerrar esta discussão vamos retomar a nossa própria proposta
pedagógica fazendo a reflexão que já tivemos a competência de formular para nossa prática,
este grande documento norteador que parece estar inerte, mas pela nossa ação podemos lhe
dar grandes movimentos. Principalmente, se conseguirmos colocar em prática os
encaminhamentos que nos são propostos a exemplo da concepção metodológica, quando diz
que: O que norteia as diferentes práticas educativas da EJA é uma noção da teoria
do conhecimento, concepções, conceitos e conteúdos das totalidades de
conhecimentos pautados no estudo, discussão e aprofundamento do projeto político
pedagógico em curso na Secretaria de Estado da Educação e que contribuiu para
elaboração final desta Proposta Pedagógica de EJA no Estado. Pautando-se em bases
políticas e pedagógicas, os objetivos, os princípios e os referenciais teóricos da
Educação Popular, Construtivismo, Interacionista, Interdisciplinaridade e Avaliação
Emancipatória, explorando certos limites dos PCNs e das Diretrizes de EJA,
proposta pelo MEC para garantir as demandas, características da política e da ação
social/educativa na esfera de ensino Estadual em Alagoas e sua expansão, a
implantação do projeto do ideário de EJA sediará nas salas de aula, na instância do
como fazer, onde a experimentação das totalidades de conhecimento possa revelar
uma organização curricular que trate as vivências escolares de forma crítica,
democrática, libertadora e transformadora, seja na Rede Estadual de Ensino, sejam
na parceria com o movimento social, universidades, prefeituras, igrejas, entre outros
atores sociais da sociedade civil.
Nesta discussão de campos do saber, a questão do estabelecimento de uma
relação diferente do conhecimento na sociedade, ocupa um lugar privilegiado,
porque é central, para no coletivo e em salas de aula se definir e se construir
conceitos/práticas dos conteúdos, sua seleção e para que serve aprendê-lo. Aqui cabe
destacar, nesta concepção a superação de uma prática de planejamento em EJA que
ainda coloca e desempenha um papel de reprodutor do discurso dominante. Cabe a
nós investir nesta cultura para aos poucos ir recusando, rompendo, tendo como
ponto de partida o conhecimento e as necessidades demandadas pelos educandos em
diferentes situações da escolaridade, de inserção na realidade local e outras
dimensões, para juntos descobrirmos saídas de certos impasses metodológicos por
que são políticos, estruturais e de certa forma impedem uma ousadia pedagógica
para transformar o ensino público e de qualidade que tanto queremos e lutamos para
realizá-lo.
A elaboração coletiva das estruturas dos campos do saber vem sedando na
reconstrução do saber da EJA na Rede Oficial de Ensino e fora dela e suas devidas
problematizações e definições de políticas apontam a necessidade de mergulhar no
aprofundamento de sua construção em níveis de complexidade de conhecimentos
postos para educadores e educandos.
12
Devemos ultrapassar as barreiras de conteudismo e encontrarmos o lugar
mais adequado para a construção de CONCEITOS, determinando aos conteúdos o
lugar de meio e não fim do (e no) processo de ensino aprendizagem em EJA.
A organização curricular deve ser contemplada nos campos do saber,
conforme os PCNs, Diretrizes curriculares de EJA e LDB 9394/96. Cada um desses
campos tem uma história porque desenvolvem percursos diferenciados, entretanto se
faz necessário a elaboração das estruturas dessas disciplinas que articula um projeto
político pedagógico em EJA.
Alguns passos devem ser determinantes a essa concepção metodológica.
A questão da INTERDISCIPLINARIDADE, qual o sentido do trabalho por
projetos na história da construção do conhecimento, a questão das ciências, a relação
com outras áreas do conhecimento, as diferentes implicações políticas de cada uma
dessas abordagens.
Enfim, a grande questão pedagógica não é uma questão metodológica, mas
uma questão política. Daí, a ênfase nesta discussão de aprofundar o trabalho por
princípios, consciente de que há construção de categorias e suas definições que
mudam o processo de formação do professor em EJA e de sua prática com os
alunos, podendo resultar em mudanças também estruturais. A estrutura de
disciplinas permite o domínio de um determinado campo do saber por que capacita o
indivíduo à compreensão da TOTALIDADE DE UMA SÉRIE DE FENÔMENOS E
SUA RELAÇÃO COM OS ACONTECIMENTOS E DADOS DA EXPERIÊNCIA
ESPECÍFICA.
O conhecimento da estrutura de uma disciplina instrumentaliza o indivíduo a
rever sua compreensão de um determinado campo. Assim com os novos fatos e
dados que se tornam conhecimentos através dos conceitos e princípios já estudados,
ela facilitará o uso do conhecimento por unificar os fatos, dados, observação e
outros resultados da experiência, em um corpo integrado de generalizações,
princípios, conceitos e categorias.
Desta forma, a importância da estrutura da totalidade do conhecimento
constitui-se em nova base para novas descobertas, porque cada campo de saber
percorre um trajeto e, portanto os resultados são diferenciados exatamente porque
refletem o referencial teórico através do anúncio da prática, sua reconstrução e
elaboração junto ao aluno, porque são questões de grande intensidade e de um
potencial critico que envolvem a Educação e Cidadania, enfim, a Identidade própria
do trabalho em EJA.
A concepção metodológica da Educação de Jovens e Adultos se pauta no
mundo concreto e real dos alunos, contribuindo na elaboração de conceitos em
níveis mais qualitativos na produção de conhecimentos. Assim sendo cabe ao
Educador, considerando-se que a Educação de Jovens e Adultos de maneira geral
trabalha com alunos que tem o perfil c características sociais, culturais, políticas e
econômicas das camadas populares, e tem apresentado também dificuldades
metodológicas e didáticas para o professor, que durante o processo metodológico,
deve favorecer aos alunos o acesso a materiais educativos como jornais, revistas,
cartazes, textos, livros e outros; desenvolver e criar situações, questionamentos,
problematizações e desafios, estando sempre aprendendo e reaprendendo, criando os
conhecimentos com os alunos.
Os conceitos a serem trabalhados levarão em consideração a construção do
conhecimento, através de uma análise crítica da transformação de situações
concretas, tendo em vista que essas ações educativas devem ser coletivas de modo
consciente e organizadas para transformar realidades diferenciadas.
Partindo de Blocos Temáticos e com base nos PCNs a metodologia deverá
não só alfabetizar, mas também despertar para uma consciência crítica, criando
condições pedagógicas, através da construção do saber coletivo, partindo da sua
realidade, enfatizando, portanto, o currículo articulado com o projeto político
pedagógico onde se realiza a ação educativa.
Alfabetização não é apenas o aprendizado das técnicas de ler e escrever, mas
também "Aprender a dizer a palavra em seu verdadeiro sentido, isto é, como um
direito de se expressar o mundo, de criar, recriar, decidir e de optar."
(Freire/1978:70).
13
Os instrumentos metodológicos para o desenvolvimento do processo de
ensino aprendizagem podem recorrer de técnicas, tais como, por exemplo:
• No diálogo;
• Valorização do saber existente, individual e coletivo;
• Valorização dos valores culturais (local e regional);
• Trabalhos de produção individual e em grupo;
• Pesquisa de campo;
• Estudos de caso;
• Seminários;
• Sistematização/divulgação de experiências;
• Debates e discussão;
• Eventos culturais.
Entre outras questões metodológicas em discussão, vale pensar uma política
de formação para o professor de EJA, que se pauta na sensibilidade para amar e
exercer sua profissão junto aos alunos de EJA, conforme realidades diferenciadas.
Sendo assim, o professor de EJA participará também de atividades de
formação continuada, entendida como uma política permanente de formação
necessária para justificar os avanços humanos essenciais para atuar em EJA.” (p. 19
a 22).
14
A ESCOLA DE JOVENS E ADULTOS NO ÂMBITO DO SISTEMA PRISIONAL:
Inicialmente esta foi à proposta de escola para atendimento a escolarização dos
alunos e alunas atendidos nas salas de aula das prisões:
Nenhuma oferta de educação formal pode acontecer desvinculada de uma
unidade escolar, pois das várias funções da escola, uma delas é estar sempre buscando
meios de atender o seu público de forma eficaz e eficiente. A escola para os privados
de liberdade é uma escola igual às demais da rede estadual falando em termos de
composição, o grande diferencial desta unidade escolar é que ela será sede de salas
extensivas que se distribuem pelas várias unidades prisionais do estado, outro fator
diferenciado é que para esta escola não caberá uma gestão eleita com participação do
segmento aluno, uma vez que, as pessoas privadas de liberdade sentenciadas ficam
com seus direitos civis suspensos.
A escola de referência será jurisdicionada a 14ª Coordenadoria Regional de
Educação2 e junto a Gerência de Educação
3 do Sistema Prisional que possui a
finalidade de executar todas as ações educacionais. Respeitando a estrutura e o
funcionamento da EJA preconizado na legislação de caráter nacional e local. Sendo
garantido ao seu público acesso a todas as políticas instituídas pela rede estadual de
educação direcionada aos alunos da EJA. Inclusive ligada à qualificação profissional
para os que estiverem no 1º e 2º segmento, e educação profissionalizante para os que
estiverem no nível médio.
Esta escola também terá como competência, ser um centro de estudos e
pesquisas vislumbrando atender sempre o público carcerário em suas necessidades.
Para isso, além de articulação com a escola penitenciária ela deverá articular-se e
buscar parcerias com as instituições de ensino superior e congêneres para uma
permanente capacitação dos envolvidos direto e indiretamente nas ações educacionais.
Contudo, a Secretaria de Educação deverá oferecer toda logística necessária para o
andamento da escola. Sejam recursos físicos, humanos técnicos e tecnológicos.
A escola de referência também deverá pensar ações de atendimento a semi-
liberdade oferecendo atividades em seu próprio espaço físico.
Na composição do quadro de pessoal a escola deverá ter inicialmente:
a) Diretor geral;
b) Diretor adjunto;
c) Coordenadores (técnicos pedagógicos) no mínimo 04 (quatro) profissionais;
d) Quadro completo de professores para atender toda demanda da
alfabetização ao ensino médio, contemplando também pessoal para os
laboratórios de informática e biblioteca;
e) Secretário (a) escolar;
f) Motorista (pois para este modelo de escola se preveem transporte para a
transição de professores, coordenação pedagógica e diretores nas unidades
prisionais);
g) Auxiliares administrativos;
h) Serviços gerais;
i) Merendeira;
j) Vigilantes;
A escola também deverá construir um Projeto Político Pedagógico que
oportunize os estudantes egressos do sistema prisional, no caso de recebimento de
liberdade ou de semi-liberdade continuarem seus estudos na própria escola, caso
demonstrem esse interesse. Desse modo a escola poderá ofertar turmas que além de
receber esta demanda, também possa estar voltada para escolarização na modalidade
2 O Estado de Alagoas possui nova organização administrativa, por isso, atualmente, a 13ª Coordenadoria
Regional de Educação possui a jurisdição da escola responsável dos privados de liberdade. 3 Devido a mudança, a Gerência de Educação também recebeu nova nomenclatura para Supervisão de Educação.
15
EJA, atendendo outros públicos. Com essa estrutura de oferta a escola não servirá
como mais um elemento que marca com rótulos e estigmas a pessoa privada de
liberdade. Não contribuindo dessa forma para a visão que a sociedade tem do sujeito
encarcerado que segundo Onofre (2007) coloca que:
“Os presos fazem parte da população dos empobrecidos, produzidos por
modelos econômicos excludentes e privados dos seus direitos fundamentais de vida.
Ideologicamente, como os “pobres”, são jogados em um conflito entre as necessidades
básicas vitais e os centros de poder e decisão que as negam. São, com certeza,
produtos da segregação e do desajuste social, da miséria e das drogas, do egoísmo e da
perda de valores humanitários. Pela condição de presos, seus lugares na pirâmide
social são reduzidos à categoria de “marginais”, “bandidos”, duplamente excluídos,
massacrados, odiados.”.
Com a proposição evidenciada acima, surge um modelo de escola exclusiva, porém
num segundo momento ressurge a ideia de uma escola voltada aos privados de liberdade, sem
exclusividade, para evitar segregação, desigualdades e injustiças. Foi então, que a escola se
pautou num formato para atendimento a comunidade de modo geral, dando condições de
permanência e continuidade, principalmente caso aconteça progressão para o regime semiaberto
durante o processo de escolarização. Com isso o modelo da escola se constitui como
apresentado a seguir:
ESTRUTURA FÍSICA DA ESCOLA
SEDE DA ESCOLA
EXTENSÃO 02 DIRETORIA SÓCIO
PEDAGOGICA
EXTENSÃO 01 GERÊNCIA DE
EDUCAÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL
16
HIERARQUIA ESCOLAR
A ESCOLA ENQUANTO CENTRO DE ESTUDO E PESQUISA
Precisamos de uma escola que consiga construir uma identidade pautada na
superação de modelos, que ao invés de servir como base para transformação humana, não
contribui e ainda atrapalha o processo formativo da pessoa presa. Esta escola somente será
efetivada mediante momentos constantes e permanentes de formação. Como diz Silva: (...) a
escola encarcerada atua muito mais como um instrumento de passatempo dos presos,
evidenciando um descompromisso com a libertação dos sujeitos que a frequentam do que
qualquer possibilidade e natureza educativa (...) (2004, p.168).
Desse modo, não há como se configurar uma escola desvinculada do estudo e da
pesquisa, para isto é preciso profissionais que estejam na escola e se articulem na busca de
elementos que qualifique a ação docente para avançar, e não ser como aponta Lemgruber: (...) a
escola que teoricamente seria um veículo de mobilidade social, não surte efeitos esperados.
Currículos tradicionais, aliados a um quadro de professores que, aparentemente, não estão
treinados para o desempenho de suas tarefas (...) (1999, p.49).
A primeira escola criada neste modelo foi a Escola Estadual de Educação Básica
Educador Paulo Jorge dos Santos Rodrigues, criada através do Decreto governamental nº
30.056/2014, que se pauta num modelo totalmente diferenciado das demais escolas da rede
estadual de educação, com grandes desafios, inclusive, para constituição de sua unidade
Secretaria de Estado da Educação
Administração penitenciária e
sócio educativa
Coordenadoria Regional de
Educação
Escola
17
executora e conselho escolar. Muitas situações conflituosas submergem a cada instante,
porém acreditamos que os momentos de instabilidade serão superados pelo próprio trabalho
realizado pela escola e seus diversos parceiros. É preciso que se estabeleça um plano
operacional logístico totalmente diferenciado do que hoje se operacionaliza na rede estadual de
educação, e que possa subsidiar verdadeiramente a vitalidade da escola. Dentre questões que
serão estabelecidas como meta, destaca-se o formato de seleção para profissionais, de lotação
com remunerações previstas em lei e a oferta de transporte para locomoção das equipes
docentes e técnicas.
Na composição da escola apresentou-se a necessidade de professores da língua
portuguesa para implantação do projeto de remição de pena pela leitura que segue em fase de
implantação. A respeito do tema podemos enfatizar:
O PROJETO DE REMIÇÃO DA PENA PELA LEITURA: POSSIBILIDADES PARA
A IMPLANTAÇÃO EM ALAGOAS
“O livro é um passaporte para um universo irrestrito. O livro é a
vista panorâmica que o presídio não tem, a viagem pelo mundo que
o presídio impede. O livro transporta, transcende, tira você de onde
você está”.
(Martha Medeiros)
Este artigo propõe uma reflexão a cerca da importância de implantação do projeto
de Remição da Pena pela Leitura, em Alagoas, que está disciplinado na Portaria Conjunta do
DEPEN nº 276, e em algumas leis estaduais no Brasil, porém ainda não possui previsão legal
na lei de Execução Penal. Este projeto já é uma realidade em diversos presídios brasileiros. A
Recomendação nº 44/2013 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que propõe a instituição,
nos presídios estaduais e federais, de projetos específicos de incentivo à remição pela leitura.
Tal projeto já se destaca em alguns estados brasileiros e é equiparado à remição da pena pelo
estudo, conforme fins do artigo 126 da Lei de Execução Penal.
A remição da pena, para os aprisionados, pode como está na lei de Execução
penal (LEP), ser remida de duas formas: pelo trabalho ou pelo estudo. Neste último instituto
despenalizador, debruçaremo-nos com mais afinco.
Esse benefício, a remição, está previsto no art. 126 da LEP: Art. 126: O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semi aberto
poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena
(Brasil, 1984).
É válido ressaltar que o termo remição, do qual tratamos, neste trabalho, não deve
ser confundido com a remissão que significa perdão, muito utilizado no Direito Civil, e que
só poderá ser dada pelo Presidente da República na execução penal.
Ao lermos a afirmativa de Barros, 2001, p. 188, “o preso, como trabalhador,
identifica-se com a sociedade. O homem livre trabalha, o preso também.”
Compreendemos e defendemos a remição como fundamental para a reintegração
social, visto que o privado de liberdade será estimulado à realização de ações cotidianas sem
distanciar-se plenamente do convívio social, além de, através do estudo, ser levado, a partir do
ato de ler, desenvolver sua capacitação crítica.
18
Na perspectiva de que a ação educativa, no espaço prisional, é uma política social
que visa à reintegração humanizada do sujeito à sociedade, a remição pela leitura terá papel
fundamental na ressocialização do educando preso, focada na humanização do sujeito, por
meio da leitura de textos diversos, porém, harmonicamente, selecionados para aguçarem o
sentimento do leitor alvo.
Em concordância com Freire que diz que: “a leitura de mundo precede a leitura da
palavra”, a remição pela leitura deve possibilitar, desde sua implantação no Sistema Prisional,
uma correta compreensão dos sentidos, significados, contextos e da relação entre leitura de
mundo e leitura da palavra.
Para HOFFMANN, 2001: Há algo maior que move a todos que fazem o caminho:
o entusiasmo, a dimensão do sonho, o desejo de superação, a vontade de chegar ao destino
almejado. Há de ter, como marco exitoso no ato de ler nas prisões, o entusiasmo para o
objetivo almejado e é nisto que se enquadra a atenuação de 04 dias, ao preso, por cada resenha
relacionada a uma obra lida e compreendida.
Implantar esta ação de redução dos dias de aprisionamento em Alagoas requer um
trabalho de parceria entre os órgãos envolvidos na educação nas prisões. Há que oficializar
uma comissão de profissionais que, em constantes planejamentos, discussões e diálogos,
possam lutar pela aprovação da lei estadual que embasará todo projeto de execução da
remição de pena pela leitura no estado de Alagoas. A partir disso, um grupo de profissionais
da área da linguagem atuará, permanentemente, na formação dos professores e nas avaliações
dos trabalhos dos alunos a partir das leituras feitas.
Neste projeto, a participação dos apenados ocorrerá de forma voluntária.
Mensalmente, pode ser realizada a leitura de um livro e, para fins de remição, um relatório de
leitura e ou resenha deverá ser produzido, conforme o nível de escolaridade do participante.
A avaliação dos trabalhos obedecerá à sistemática de aproveitamento de 00 a 100
e a média mínima é de 60 pontos para a aprovação. Após a leitura do livro, a produção escrita,
que pode ser um relatório para o ensino fundamental e uma resenha para o ensino médio, será
feita em três momentos de forma presencial. Na primeira versão o texto é avaliado pelo
professor de língua portuguesa, depois é feita a reescrita e, por fim, corrigido para elaboração
da versão final.
As unidades penais, aos quais, o apenado estiver vinculado, encaminhará a
declaração de participação na remição pela leitura, com aproveitamento, bem como a carga
horária cumprida, ao Juiz da Vara de Execuções Penais para que este possa acolher a título de
remição da pena, contabilizando-se 4 (quatro) dias de atenuação.
Ressaltamos que, produções/elaborações de textos são atividades de estudo e
exigem dos indivíduos a participação efetiva enquanto sujeitos ativos desse processo que os
levarão à produção e à ressignificação de sentidos e a construção do conhecimento. Para esta
louvável iniciativa, cada estabelecimento penal do estado de Alagoas deverá possuir uma
biblioteca e ou espaço de leitura, contando também com parcerias com mais instituições que
fomentam a leitura no estado para que, assim, haja diversificação do acervo bibliográfico nas
unidades penais, permitindo o sucesso e a efetivação da remição da pena por estudo através da
leitura.
19
Diante disso, se ratifica que a remição da pena através da leitura constitui-se na
disseminação da leitura nos espaços prisionais e atuará como forte agente, do resgate da
autoestima. Imerso nessa prática, os privados de liberdade podem trocar momentos ociosos
por leitura de obras que ampliarão sua visão de mundo. O objetivo é melhorar o ser através da
leitura; é gerar e/ou desenvolver a capacidade leitora; é oportunizar ao que lê a mudança e
formação de opinião; é conviver melhor na sociedade; além de formar leitores para
concluírem, com êxito, a escolarização básica e alçarem maiores voos. A ideia é que todos os
presos custodiados alfabetizados do Sistema Prisional de Alagoas, sobretudo na ótica da
prisão cautelar, possam ser partícipes das ações do referido projeto.
Ressalte-se que atualmente o Estado de Alagoas, em suas unidades prisionais, já
preenche as lacunas previstas na Lei de Execução Penal (LEP), quanto à remição da pena pelo
estudo e pelo trabalho, fato que impulsiona o Estado a elastecer o benefício aos reeducandos,
por meio de ações voltadas para a leitura.
Em suma, com base em todo o exposto, o processo de introdução da remição da
pena pela leitura, já se encontra bastante avançado em alguns Estados da Federação e, por
isso, a Secretaria de Estado da Educação de Alagoas, por meio das Políticas Educacionais e da
Escola Educador Paulo Jorge dos Santos Rodrigues, tem manifestado ideal interesse nesse
inovador projeto educacional junto à Administração Penitenciária e que discute a
possibilidade de criação de uma comissão específica, em nível de Estado, para vislumbrar
esse caminho e se adequar à recomendação do CNJ.
Rosângela Santos da Silva
César de Araújo Cavalcante
(Professores da Língua Portuguesa – Escola Estadual Paulo Jorge)
DISTRIBUIÇÃO DA ATUAÇÃO DA ESCOLA
Complexo Penitenciário de Maceió.
1- Estrutura física da escola
2 – Quadro de pessoal para sede – técnico administrativo
2.1 Diretor Geral
Leilson Oliveira do Nascimento
Sede Extensão I Complexo
Penitenciário
Extensão II Unidades de Internação
Sócio Educativa
20
2.2 Diretor Adjunto
José Francisco de Lima
2.3 Coordenação Pedagógica
Gedilse Araújo Silva – 50 horas
Lusimar Silva Ribeiro – 20 – horas SEMED - Maceió
Luzineire Lau de Oliveira – 40 horas
Maria da Paz Elias da silva – 40 horas – 20 – SEMED - Maceió
2.4 Secretário (a) escolar
2.5 Professores de português para projeto remição de pena pela leitura
Cesar de Araújo Cavalcante – 20 horas
Rosangela Santos da Silva – 20 horas – SEMED - Maceió
2.6 administrativo
Sede
Extensão I
Extensão II
2.7 Serviços gerais
Observação:
É necessário pessoal administrativo para as Extensões I e II,como também, transporte com
motorista para locomoção de professores e técnicos.
3- Atendimento nas extensões:
3.1 Extensão I - Complexo Penitenciário de Maceió
Unidade Prisional Período – Turma Horário
Presídio de Segurança Média
Professor Cyridião Durval e Silva
Período multi seriado “A” 1º segmento EJA Manhã
Presídio de Segurança Média
Professor Cyridião Durval e Silva
Período multi seriado “B” 1º segmento EJA Manhã
Presídio de Segurança Média
Professor Cyridião Durval e Silva
Período multi seriado “C” 1º segmento EJA Tarde
Presídio de Segurança Média
Professor Cyridião Durval e Silva
Período multi seriado “D” 1º segmento EJA Tarde
Unidade Prisional Período – Turma Horário
Centro Psiquiátrico judiciário
Pedro Marinho Suruagy
Período multi seriado “A” 1º segmento EJA Manhã
Centro Psiquiátrico judiciário
Pedro Marinho Suruagy
Período multi seriado “B” 1º segmento EJA Tarde
Unidade Prisional Período – Turma Horário
Estabelecimento Prisional Período multi seriado “A” 1º segmento EJA Manhã
21
Feminino Santa Luzia
Estabelecimento Prisional
Feminino Santa Luzia
Período multi seriado “B” 1º segmento EJA Manhã
Estabelecimento Prisional
Feminino Santa Luzia
Período multi seriado “A” 2º segmento EJA Tarde
Estabelecimento Prisional
Feminino Santa Luzia
Período multi seriado “B” 2º segmento EJA Tarde
Unidade Prisional Período – Turma Horário
Núcleo Ressocializador da Capital Período multi seriado “A” 1º segmento EJA Noite
Núcleo Ressocializador da Capital Período multi seriado “B” 1º segmento EJA Noite
Núcleo Ressocializador da Capital Período multi seriado “C” 1º segmento EJA Noite
Núcleo Ressocializador da Capital Período multi seriado “D” 1º segmento EJA Noite
Núcleo Ressocializador da Capital Período multi seriado “E” 1º segmento EJA Noite
Núcleo Ressocializador da Capital Período multi seriado “A” 2º segmento EJA Noite
Núcleo Ressocializador da Capital Período multi seriado “B” 2º segmento EJA Noite
Núcleo Ressocializador da Capital Ensino Médio Noite
22
HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO EM PRISÕES NO ESTADO4
O Estado de Alagoas foi um dos primeiros da Federação a construir de forma
coletiva uma proposta pedagógica para Educação de Jovens e adultos, proposta esta, pensada
para atender os diversos sujeitos da EJA, desde então vem se pensando políticas educacionais
para este público, contudo percebe-se que as políticas da EJA direcionadas as pessoas
privadas de liberdade não caminharam na mesma proporção. Assim, vamos mais uma vez,
nos subsidiar pela nossa proposta que traz esse histórico de educação em Alagoas: No Estado de Alagoas o cenário da educação de jovens e adultos não foi e
não é diferente do cenário nacional. O Estado está sempre no ranking de alto índice
de analfabetos e é considerado no cenário nacional como um estado que não tem
tradição histórica em lutas nacionais ou locais de combate ao analfabetismo de jovens e
adultos. Tem ficado sempre atrelado às campanhas nacionais e assim sendo, a
Secretaria de Educação acenou por políticas sociais que erradicassem o
analfabetismo.
Quanto a sua ação como segmento de educação de jovens e adultos, sempre
atuou com medidas compensatórias através da Diretoria de Educação Especializadas -
D.E.E. com o programa de Educação Integrada, ora em convênios com o governo
federal através de campanhas como o MOBRAL, a Fundação Educar, mas sem assumir
os ônus de um programa próprio.
De acordo com as demandas presentes na Educação Básica no segmento do
ensino fundamental, a atual gestão do governo estadual, através da sua Secretaria
Estadual de Educação, na nova estrutura, organiza a modalidade do ensino de Educação
de Jovens e Adultos num programa específico: o PROEJA. Este cenário de afirmação
de interesses e de metas por uma Educação Pública e de qualidade para todos deve se
realizar não só numa escola cidadã, mas nos organismos próprios dos trabalhadores. O
PROEJA surge assim como uma das políticas públicas no campo governamental, para
reparar a grande dívida social, garantindo o acesso e o percurso dos jovens e adultos
trabalhadores (as) à escola pública que o excluiu, na idade própria.
Sendo assim, o atual Programa de Educação de Jovens e Adultos da SEDUC,
está estruturado com uma coordenação geral, um corpo de assessores pedagógicos e
pessoal de apoio administrativo para desenvolver ações de EJA na rede estadual de
ensino e em convênio com instituições privadas, igrejas entre outros. Implantação e
expansão do MOVA (Movimento de Alfabetização) que se realiza através de parcerias e
de convênios com entidades e com movimentos sociais e instituições da sociedade civil;
criação de Centros de Educação de Jovens e Adultos CEJAS, realização anual de exames
gerais e profissionalizantes num plano de ação articulado com o Projeto Político
Pedagógico das escolas de forma que possa contribuir para elevar o nível de escolaridade
de jovens e adultos trabalhadores (as) alagoanos. (p. 17 e 18)
No Sistema Prisional a responsabilidade pela oferta de educação foi direcionada a
Secretaria Estadual de Educação, que por meio do Departamento de Educação de Jovens e
Adultos, acompanhou o processo educativo. Isso a passos lentos sem uma equipe qualificada para
este atendimento. Podemos até afirmar que a oferta educacional nos presídios alagoanos sempre
foi descontinua e fora de um contexto de educação formal. Isto fica evidenciado ao se refletir que
ao longo da história desse sistema não se constitui um quadro técnico pedagógico efetivo para
desenvolver as ações educacionais.
4 Não houve alteração no conteúdo do capítulo HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO EM PRISÕES NO ESTADO já
exposto na primeira versão do PEEP/AL
23
Desse modo, as ações desenvolvidas no âmbito do referido sistema também estão
ligadas a oferta dos diversos programas pontuais oferecidos pelo governo federal. Durante muito
tempo a educação para os apenados se resumiu a preparação para exames supletivos onde os
professores eram os próprios reeducandos que naquele momento passavam por uma seleção
interna e recebiam capacitação da Secretaria de Educação por meio do setor responsável pela EJA.
Assim, foi neste modelo de atendimento que a Secretaria de Educação desenvolveu, muita
fragilizada, as ações educacionais para os aprisionados do sistema prisional alagoano.
São poucos os registros que se encontram para descrever o histórico de educação nas
unidades prisionais alagoana. Além dos programas nacionais e locais foi oferecido durante um
longo período o telecurso 2000 com mediação também dos próprios apenados e certificação
expedida por setor responsável na Secretaria de Educação. Neste estudo encontramos poucos
documentos com datas para utilizarmos neste histórico, porém podemos afirmar que a criação da
Gerência de Educação no próprio sistema prisional foi de grande importância, pois percebemos
que as poucas atividade educacionais oferecidas no âmbito do sistema prisional foram despertadas
por este setor.
Não podemos neste histórico de educação do sistema prisional de Alagoas deixar de
falar em Paulo Jorge dos Santos Rodrigues, que inclusive recebeu nomeação para Gerente de
Educação do sistema prisional. Não falar dele seria fazer uma negação da história. E durante muito
tempo ele foi o grande referencial da educação carcerária no estado, sua história também resgata e
se constitui em histórico para educação prisional no nosso estado. Então, trazemos um pouco de
sua história, e começamos a partir de seu livro de poesia intitulado de “POEXÍLIO” onde o
autor escreveu sua autobiografia na qual destacamos alguns trechos:
Aos 05 de junho de 1957, nasci às 11 horas de uma manhã chuvosa. Minha mãe
genética não tinha condições financeiras e meu pai desaparecera de imediato,
ficando difíceis todas as possibilidades de minha convivência familiar. Resumindo,
aos seis anos de idade, fui entregue a minha tia de segundo grau que mim criou... fiz
o primeiro grau no SENAC, onde fui bem destacado nos primeiros trabalhos
poéticos, pois o SENAC tinha certo vínculo com o SESC e lá existia uma excelente
biblioteca... tudo isso aconteceu de 1970 a 1976. No segundo grau, eu segui na
mesma linha de conhecimento, lembro-me foi no colégio Professor Benedito de
Moraes (Pajuçara). Sempre me destaquei na redação, nas crônicas... participei de um
trabalho literário... e meu trabalho foi primeiro lugar em âmbito estadual... em 1979
resolvi viajar, curtir minha juventude... nessa época abandonei meus estudos na
terceira série do 2º grau... voltei a Maceió depois de um ano de ausência... em 1985,
conheci o meio da música, teatro envolvi-me com a loucura da vida e comecei a
fumar maconha, que era moda na época... em 04 de abril de 1998, estava portando
770 gramas de maconha... fui processado artigo 12 do código penal... minha vida
passou por uma metamorfose tanto física, quanto psíquica. Com o sofrimento,
desespero e dor, foram-se alinhando momentos que se revelaram em poemas,
poesias, crônicas e ensaios literários. Tive que me adaptar a essa nova experiência
como desafio a vida.
Foi a partir desta experiência de vida que Paulo começa a desenvolver atividades
de caráter educacional no sistema carcerário de modo informal e voluntária, e logo, é
contratado como educador, onde começa sendo alfabetizador em programas ofertados pela
Secretaria Estadual de Educação. E assim, de reeducando até Gerente de Educação do Sistema
Prisional Alagoano. A verdade é que mesmo o alvará de soltura transformado em poesia não
fez mais Paulo Jorge dos Santos Rodrigues sair do sistema prisional. Foi ele quem provocou a
inserção de educação para os apenados, numa busca incansável conseguiu se constituir uma
figura de referência ao se falar de educação para o sistema prisional, e morreu em 06/04/2008.
24
Sendo esse elo de luta para garantia de educação, pois como ele colocou “A
cadeia é uma faculdade, cabe a cada um adaptá-la como teoria de vida, e não colocá-la em
prática. Mas este quadro poderá se inverter se houver “EDUCAÇÃO”, pois a mesma
transforma, eleva e dignifica o homem”.
Em 2001, Paulo Jorge dos Santos Rodrigues lança o seu livro editado pela gráfica
da Universidade Federal de Alagoas (EDUFAL), livro este, que foi prefaciado pelo Professor
Rogério Moura Pinheiro na época reitor da UFAL e apresentado pela Professora Maria José
Pereira Viana que naquele período era a Secretária Estadual de Educação. O autor também faz
homenagem em sua obra ao ex-secretário de justiça Rubens Quintella. As 56 poesia de sua
obra retratam da sua vida no cárcere aos seus anseios, ideais e objetivos.
A história de vida e de luta pela oferta de educação no sistema prisional motivou o
Conselho Estadual de Educação CEE-AL a homenagear o Educador Paulo Jorge dos Santos
Rodrigues em 2010.
Abaixo apresentamos a programação para um momento de formação realizado
pela rede estadual de educação em 2006 que exemplifica nossas colocações neste histórico.
APRESENTAÇÃO
O Projeto de Formação é de fundamental importância para implementação da
Formação Continuada dos professores da EJA.
Nossa prática, nossa formação e nossos referenciais didático-pedagógicos serão
alvo da nossa reflexão e, consequentemente, da melhoria da nossa atuação.
OBJETIVO
Desenvolver a formação continuada dos monitores reeducandos do Sistema
Prisional do Estado de Alagoas.
PROGRAMAÇÃO
27/09/2006
9h – Abertura
PROEJA – Rosineide Machado Urtiga - Coordenação das Ações da EJA na Rede – PROEJA
– SEDUC/AL
SEJUC – Paulo Jorge dos Santos Rodrigues Rodrigues – Gerente de Educação – SEJUC / AL
9h e 30m – Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos
Maria Gerusa B. de Araújo
Assessora Pedagógica do PROEJA.
10h e 30m – Lanche
25
10h e 50m – Educação Carcerária no Estado de Alagoas.
Gerente de Educação SEJUC/AL – Paulo Jorge dos Santos Rodrigues Rodrigues
11h – Oficina de Práticas Pedagógica.
Maria Genaura Vieira
Assessora Pedagógica do PROEJA.
12h – ALMOÇO
13h e 30m – Oficina de Práticas Pedagógica.
Maria Genaura Vieira
Assessora Pedagógica do PROEJA.
15h - Lanche
15h e 10m – Continuação da Oficina de Práticas Pedagógicas em Sala de Aula.
Maria Genaura Vieira
Assessora Pedagógica do PROEJA.
17h – Término das atividades com apresentação de vídeo: Poesias no Cárcere.
Eram atividades neste formato que se oferecia como instrumento de capacitação
para os apenados-monitores atuantes no sistema. A partir do PROJETO EDUCANDO PARA
A LIBERDADE, projeto este, fruto da parceria entre os Ministérios da Educação e da Justiça
e da representação da UNESCO no Brasil, com apoio do governo do Japão, que se constituía
enquanto principio de referência fundamental a construção de uma política pública integrada e
cooperativa tanto no âmbito da Educação de Jovens e Adultos, quanto no âmbito da
Administração Penitenciária. Que a Secretaria de Educação por meio, na época do seu
departamento PROEJA, começou a pensar em políticas educacionais que melhor atendessem
as pessoas privadas de liberdade. Outras ações que também contribuíram para o estado de
Alagoas começar a pensar na oferta de educação para o sistema prisional foram os seminários
nacionais.
O 1º Seminário Nacional pela Educação nas Prisões foi realizado em Brasília
entre os dias 12 à 14 de julho de 2006, como singular expressão dos esforços
que os Ministérios da Educação e da Justiça e a representação da UNESCO no
Brasil vêm envidando, no sentido de criar condições e possibilidades para o
enfrentamento dos graves problemas que perpassam a inclusão social de
apenados e egressos do sistema penitenciário.
O 2º Seminário Nacional pela Educação nas prisões foi realizado em
Brasília/DF, nos dias 30, 31/10 e 01/11/2007. Cerca de 200 participantes,
entre gestores, agentes, educadores e educandos, debateram e apresentaram
propostas para a implementação da política de educação de jovens e adultos
nas unidades prisionais (fonte portal dos fóruns EJA).
E o 3º seminário realizado em maio de 2012, também realizado em Brasília, foi
que consolidou as demais ações com a apresentação do dereto da Presidência
da República instituindo o Plano Estratégico para Educação no âmbito do
Sistema Prisional e dando as orientações necessárias para sua formulação.
De todos, este último seminário talvez tenha sido o mais importante no sentido de
provocar todos os entes federativos a pensar em políticas públicas educacionais qualitativas
26
para todos que estão sob privação de liberdade neste país. E acreditamos, este plano ser o
grande marco da mudança para uma nova história da educação para o sistema prisional
alagoano. Assim concluimos este pequeno resgate histórico nos apoiando mais uma vez em
nossa proposta que nos leva a reflexão que:
A Educação de Jovens e Adultos, enquanto modalidade de ensino fundamental e
ensino médio, oferecida àqueles que não os concluíram na idade própria, não podem
fugir a essas orientações. Ao contrário, com maior razão, deverá garantir processos
de ressocialização que oportunizem aos adolescentes, adultos e jovens que a
frequentam, a superação de todos os preconceitos e desvalias que foram absorvendo
ao longo da vida e desenvolvam a competência humana na qual estarão incluídas as
habilidades para o trabalho, para o exercício da cidadania e para a continuidade de
estudos daqueles que o desejarem. (p. 27)
27
DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO EM PRISÕES NO ESTADO
a) Espelho Geral do Estado:
1- Estabelecimentos Penais:
REFERÊNCIA – QUANTIDADE DE ESTABELECIMENTOS
PENAIS
QUANTIDADE COM
OFERTA DE
EDUCAÇÃO
PENITENCIÁRIAS 7 5
COLÔNIAS AGRÍCOLAS, INDÚSTRIAS 1 0
CASAS DE ALBERGADOS 0 0
CADEIAS PÚBLICAS 0 0
HOSPITAIS DE CUSTÓDIA E TRATAMENTO
PSIQUIÁTRICO
1 1
PATRONATO 0 0
TOTAL 8 6
2- População Carcerária5:
REFERÊNCIA – QUANTIDADE DE PRESOS NO SISTEMA
PENITENCIÁRIO
QUANTIDADE
REGIME FECHADO (PRESOS PROVISÓRIOS) 2.019
REGIME FECHADO (PRESOS CONDENADOS) 1.316
REGIME SEMIABERTO 1.283
REGIME ABERTO 950
MEDIDA DE SEGURANÇA – INTERNAÇÃO 47
MEDIDA DE SEGURANÇA – TRATAMENTO AMBULATORIAL 0
PRESOS EM PENITENCIÁRIAS FEDERAIS 31
TOTAL 5.646
3- População Carcerária:
REFERÊNCIA – CRIANÇAS EM COMPANHIA DA MÃE NOS
ESTABELECIMENTOS FEMININOS
QUANTIDADE
PENITENCIÁRIAS 1
COLÔNIAS AGRÍCOLAS, INDÚSTRIAS 0
CASAS DE ALBERGADOS 0
CADEIAS PÚBLICAS 0
HOSPITAIS DE CUSTÓDIA E TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO 0
TOTAL 1
4- População Carcerária6:
REFERÊNCIA – PESSOAS COM DEFICIÊNCIA QUANTIDADE EM SALA
DE AULA
REGIME FECHADO (PRESOS PROVISÓRIOS) 9 0 5 Dados obtidos da Gerência de Núcleo de Pesquisa e Estatística da SERIS em dezembro/2015
6 Dados obtidos da Gerência de Núcleo de Pesquisa e Estatística da SERIS em dezembro/2015
28
REGIME FECHADO (PRESOS CONDENADOS) 2 0
REGIME SEMIABERTO 0 0
REGIME ABERTO 0 0
MEDIDA DE SEGURANÇA – INTERNAÇÃO 1 0
MEDIDA DE SEGURANÇA – TRATAMENTO
AMBULATORIAL
0 0
TOTAL 12 0
5- Agentes penitenciários7:
VÍNCULO TRABALHISTA QUANTIDADE
CONCURSADOS 572
TERCEIRIZADOS 0
CONCURSADOS COM CARGOS COMISSIONADOS 70
TOTAL 642
ESCOLARIDADE QUANTIDADE
ENSINO FUNDAMENTAL INCOMPLETO 0
ENSINO FUNDAMENTAL COMPLETO 0
ENSINO MÉDIO INCOMPLETO 0
ENSINO MÉDIO COMPLETO 443
ENSINO SUPERIOR INCOMPLETO 7
ENSINO SUPERIOR COMPLETO 192
ENSINO ACIMA DE SUPERIOR COMPLETO 0
TOTAL 642 O setor de Recursos Humanos não possui os dados oficiais dos agentes graduados e pós-graduados, pois o plano de cargos e
carreira ainda não foi instituído. Desse modo, os agentes penitenciários não atualizam os dados junto ao referido setor.
6- Educadores:
REFERÊNCIA – COORDENADORES
PEDAGÓGICOS/PEDAGOGOS
QUANTIDADE
CONCURSADOS 1
TERCEIRIZADOS 3
CARGOS COMISSIONADOS 0
TOTAL 4
REFERÊNCIA – PROFESSORES QUANTIDADE
CONCURSADOS 5
TERCEIRIZADOS 0
CARGOS COMISSIONADOS 0
TOTAL (considerando professor em função de direção e
coordenação). 5
REFERÊNCIA – MONITORES QUANTIDADE
TERCEIRIZADOS 36
TOTAL 36
7 Informações obtidas na Coordenação Setorial de Desenvolvimento de Pessoas no 1º semestre de 2015.
29
7- Informações Adicionais:
REFERÊNCIA QUANTIDADE
VAGAS DE ENSINO OFERTADAS8 964
SALAS DE AULA 25
BIBLIOTECA 3
LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA 2
SALAS EQUIPADAS PARA EAD 0
ÁREA PARA PRÁTICA DE ESPORTES 1
8- Perfil educacional dos presos9:
NÍVEL QUANTIDADE PERCENTUAL
ALFABETIZAÇÃO 447 13,22%
ENSINO FUNDAMENTAL INCOMPLETO 2.292 67,77%
ENSINO FUNDAMENTAL COMPLETO 172 5,09%
ENSINO MÉDIO INCOMPLETO 224 6,62%
ENSINO MÉDIO COMPLETO 199 5,88%
ENSINO SUPERIOR INCOMPLETO 23 0,68%
ENSINO SUPERIOR COMPLETO 25 0,74%
TOTAL 3.382 100,00%
9- Oferta de Educação:
NÍVEL QUANTIDADE PERCENTUAL
ALFABETIZAÇÃO 64 18,66%
ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS INICIAIS) 224 65,31%
ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS FINAIS) 36 10,50%
ENSINO MÉDIO 19 5,54%
ENSINO SUPERIOR 0 0,00%
TOTAL 343 100,00%
10- Relação entre a demanda educacional e a oferta10
:
NÍVEL DEMANDA ATENDIMENTO PERCENTUAL DE
COBERTURA
ALFABETIZAÇÃO 447 64 14,31%
ENSINO FUNDAMENTAL 2.292 260 11,34%
ENSINO MÉDIO 396 19 4,80%
ENSINO SUPERIOR 247 0 0,00%
TOTAL 3.382 343 10,21%
Observação: Na nota técnica conjunta MEC e MJ em cima da primeira versão do plano
destaca-se a ênfase de inconsistência e incompatibilidade em relação ao número de vagas e
atendimento, com análise na necessidade de escolarização.
8 Considerando o funcionamento, em alguns estabelecimentos penais, os três turnos.
9 Presos regime fechado (provisórios, condenados e internação).
10 Informações obtidas nas unidades prisionais em dezembro/2015.
30
Este fato continua em destaque com a justificativa de falta de recursos humanos para atender
as necessidades de condução dos apenados as salas de aula. Assim nossa oferta de 964 vagas é
bem maior que a nossa matricula 343. Existindo atualmente 621 vagas na ociosidade.
11- Oferta da educação não formal:
ATIVIDADES OFERECIDAS PARCERIAS INFORMAÇÕES
COMPLEMENTARES
Informática básica SESI Parceria SESI x SERIS
Corte e Costura Ofertado pela própria SERIS
Recepcionista IFAL PRONATEC
Depilador SENAC PRONATEC
Inglês Básico IFAL PRONATEC
Aplicador Revestimento Cerâmico SENAI PRONATEC
Almoxarife de Obras IFAL PRONATEC
Operador de Áudio UFAL/ETA PRONATEC
Auxiliar Administrativo IFAL PRONATEC
Auxiliara de Secretaria Escolar IFAL PRONATEC
Pedreiro e Alvenaria SENAI PRONATEC
Vendedor SENAC PRONATEC
Pintor de obras SENAI PRONATEC
Encanador Instalador Predial SENAI
Eletricista Instalador Predial SENAI
Schneider Electric (Eletricista
Residencial Básico)
SENAI
Formação para o Trabalho-
WILIVRO (online)
SEDUC
Marcenaria Ofertado pela própria SERIS
Serigrafia Ofertado pela própria SERIS
Marcenaria artesanal Ofertado pela própria SERIS
Decoupagem Ofertado pela própria SERIS
Filé Ofertado pela própria SERIS
Tornearia Ofertado pela própria SERIS
Pintura em tecido/bordado/crochê Ofertado pela própria SERIS
Tenerife Ofertado pela própria SERIS
12- Oferta de sala de Leitura/Biblioteca:
ESTABELECIMENTO POSSUI/NÃO
POSSUI
ACERVO
CASA DE CUSTÓDIA DA CAPITAL Não Não CENTRO PSIQUIÁTRICO JUDICIÁRIO PEDRO
MARINHO SURUAGY Não Não
ESTABELECIMENTO PRISIONAL FEMININO SANTA
LUZIA Não Não
NÚCLEO RESSOCIALIZADOR DA CAPITAL Sim Sim,
obsoleto. PENITENCIÁRIA MASCULINA BALDOMERO
CAVALCANTE DE OLIVEIRA Não Não
PRESÍDIO DE SEGURANÇA MÉDIA CYRIDIÃO Não Não
31
DURVAL E SILVA PRESÍDIO DE SEGURANÇA MÁXIMA Não Não PRESÍDIO DO AGRESTE Sim Sim,
obsoleto.
13- Indústria do Conhecimento:
ATENDIMENTO ANUAL 2013 2014
ALUNOS MATRICULADOS 110 70
ALUNOS CONCLUINTES 68 41 O projeto SESI Indústria do Conhecimento é uma iniciativa do SESI em parceria com o Ministério da Educação, é um
espaço equipado com cerca 1.400 livros, CDs, DVDs, gibis, jornais e revistas, além de computadores, onde os usuários
privados de liberdade tem a oportunidade de apropriação do conhecimento e se qualificando para o mercado de trabalho.
14- Oferta dos Cursos de Qualificação Profissional:
Cursos ofertados pelo Pronatec em 2013
UNIDADE CURSO OFERTANTE QUANT. ALUNOS
MATRICULADOS
QUANT.
CONCLUINTES
SANTA LUZIA
Recepcionista IFAL 25 14
Depilador SENAC 20 16
Inglês Básico IFAL 25 11
Total de atendimento 70 41
BALDOMERO
Aplicador
Revestimento
Cerâmico SENAI 20 16
Total de atendimento 20 16
CYRIDIÃO
Aplicador
Revestimento
Cerâmico SENAI 20 10
Almoxarife de
Obras IFAL 25 19
Operador de áudio ETA/UFAL 20 17
Total de atendimento 65 46
NÚCLEO Auxiliar
Administrativo IFAL 25 19
Total de atendimento 25 19
TOTAL GERAL DE ATENDIMENTO 180 122
Cursos ofertados pelo PRONATEC 2014
UNIDADE CURSO OFERTANTE QUANT. ALUNOS
MATRICULADOS
QUANT.
CONCLUINTES
SANTA LUZIA Auxiliar de
Secretaria Escolar IFAL 18 8
Total de atendimento 18 8
BALDOMERO
Pedreiro de
Alvenaria SENAI 20 12
Recepcionista IFAL 25 8
Total de atendimento 45 20
CYRIDIÃO Pedreiro de SENAI 20 13
32
Alvenaria
Auxiliar
Administrativo IFAL 25 12
Total de atendimento 45 25
NÚCLEO
Auxiliar
Administrativo IFAL 20 20
Vendedor SENAC 24 24
Operador de Áudio UFAL/ETA 20 15
Pintor de obras SENAI 25 20
Total de atendimento 89 79
TOTAL GERAL DE ATENDIMENTO 197 132
33
POR ESTABELECIMENTO PENAL
15- Perfil educacional dos presos:
DESCRIÇÃO
ESTABELECIMENTOS PENAIS
Estabelecimento
Prisional Feminino
Santa Luzia
Presídio
Masculino
Baldomero
Cavalcanti de
Oliveira
Presídio de
Segurança
Máxima
Presídio de
Segurança Média
Prof. Cyridião
Durval e Silva
Centro Psiquiátrico
Judiciário Pedro
Marinho Suruagy
Núcleo
Ressocializador da
Capital
Casa de Custódia
da Capital
Presídio do
Agreste
NÍVEL QUANT. PERC. QUANT. PERC. QUANT. PERC. QUANT. PERC. QUANT. PERC. QUANT. PERC. QUANT. PERC. QUANT. PERC.
ALFABETIZAÇÃO 17 7,91% 99 12,48% 31 15,98% 61 10,08% 44 43,14% 15 10,42% 44 8,19% 136 17,17%
ENSINO
FUNDAMENTAL
INCOMPLETO 140 65,12% 61 7,69% 22 11,34% 38 6,28% 6 5,88% 7 4,86% 3 0,56% 20 2,53%
ENSINO
FUNDAMENTAL
COMPLETO 15 6,98% 499 62,93% 108 55,67% 439 72,56% 40 39,22% 88 61,11% 440 81,94% 538 67,93%
ENSINO MÉDIO
INCOMPLETO 20 9,30% 56 7,06% 12 6,19% 35 5,79% 5 4,90% 20 13,89% 24 4,47% 52 6,57%
ENSINO MÉDIO
COMPLETO 20 9,30% 63 7,94% 19 9,79% 12 1,98% 6 5,88% 12 8,33% 22 4,10% 45 5,68%
ENSINO
SUPERIOR
INCOMPLETO 1 0,47% 8 1,01% 2 1,03% 5 0,83% 0 0,00% 2 1,39% 4 0,74% 1 0,13%
ENSINO
SUPERIOR
COMPLETO 2 0,93% 7 0,88% 0 0,00% 15 2,48% 1 0,98% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%
TOTAL
215 100,00% 793 100% 194
100,00
% 605 100% 102 100,00% 144 100,00% 537
100,00
% 792
100,00
%
34
16- Oferta de Educação:
DESCRIÇÃO
ESTABELECIMENTOS PENAIS
Estabelecimento
Prisional Feminino
Santa Luzia
Presídio Masculino
Baldomero
Cavalcanti de
Oliveira
Presídio de
Segurança Máxima
Presídio de
Segurança Média
Prof. Cyridião
Durval e Silva
Centro Psiquiátrico
Judiciário Pedro
Marinho Suruagy
Núcleo Casa de Custódia da
Capital Presídio do Agreste
Ressocializador da Capital
NÍVEL QUANT PERC. QUANT PERC. QUANT PERC. QUANT PERC. QUANT PERC. QUANT PERC. QUANT PERC. QUANT. PERC.
ALFABETIZAÇÃO 17 7,90% 47 5,92%
0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%
ENSINO
FUNDAMENTAL
(ANOS FINAIS) 22 10,23% 23 2,90%
0 0,00%
33 5,45% 11 10,78% 63 43,75% 0 0,00% 39 4,92%
ENSINO
FUNDAMENTAL
(FINAIS) 0 0,00% 11 1,38%
0 0,00%
0 0,00% 0 0,00% 25 17,36% 0 0,00% 33 4,16%
ENSINO MÉDIO 0 0,00% 0 0,00%
0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 19 13,19% 0 0,00% 0 0,00%
ENSINO SUPERIOR 0 0,00% 0 0,00%
0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%
TOTAL 39 18,13% 81 10,21%
0 0,00% 33 5,45% 11 10,78% 107 74,30% 0 0,00% 72 9,09%
35
17- Relação entre a demanda educacional e a oferta:
NÍVEL
ESTABELECIMENTOS PENAIS
Estabelecimento
Prisional Feminino
Santa Luzia
Presídio Masculino
Baldomero Cavalcanti
de Oliveira
Presídio de
Segurança Máxima
Presídio de
Segurança Média
Prof. Cyridião
Durval e Silva
Centro Psiquiátrico
Judiciário Pedro
Marinho Suruagy
Núcleo
Ressocializador da
Capital
Casa de Custódia da
Capital Presídio de Agreste
DEMAN
-DA
ATEN
D
PERC.
COBER.
DEMAND
A
ATEN
D
PERC.
COBER.
DEMAND
A
ATEN
D
PERC.
COBER
.
DEMAND
A
ATEN
D
PERC.
COBER
.
DEMAND
A
ATEN
D
PERC.
COBER.
DEMAND
A
ATEN
D
PERC.
COBER.
DEMAND
A
ATEN
D
PERC.
COBER
.
DEMAND
A
ATEN
D
PERC.
COBER.
ALFABETIZAÇÃO
17 17 100,00
% 99 47 47,47% 31 0 0,00% 61 0 0,00% 44 0 0,00% 15 0 0,00% 44 0 0,00% 136 0 0,00%
ENSINO
FUNDAMENTA
L 140 22 15,71% 499 34 6,81% 108 0 0,00% 439 33 7,52% 40 11 27,50
% 88 88 100,00
% 440 0 0,00% 538 72 13,38
%
ENSINO MÉDIO 35 0 0,00% 117 0 0,00% 34 0 0,00% 73 0 0,00% 11 0 0,00% 27 19 70,37% 27 0 0,00% 72 0 0,00%
ENSINO
SUPERIOR 21 0 0,00% 71 0 0,00% 21 0 0,00% 17 0 0,00% 0 0 0,00% 14 0 0,00% 26 0 0,00% 46 0 0,00%
TOTAL 213 39 18,31% 786 81
10,31
% 194 0 0,00% 590 33 5,59
% 95 11 11,58
% 144 107 74,31% 537 0 0,00% 792 72 9,09%
36
18- Oferta da educação não formal:
ESTABELEDIMENTO PENAL ATIVIDADES OFERECIDAS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
PENITENCIÁRIA MASCULINA BALDOMERO
CAVALCANTE DE OLIVEIRA
FILÉ
Atividades ofertada pela SERIS
HORTA
MARCENARIA
TORNEARIA
PINTURA EM TECIDO
PRESÍDIO DE SEGURANÇA MÉDIA
CYRIDIÃO DURVAL E SILVA
TORNEARIA
FILÉ
PRESÍDIO DO AGRESTE
CORTE E COSTURA
CABILELEIRO
ARTESANATO
SERIGRAFIA
CASA DE CUSTÓDIA DA CAPITAL NÃO HÁ ATIVIDADE
CENTRO PSIQUIATRICO JUDUCIÁRIO NÃO HÁ ATIVIDADE
NÚCLEO RESSOCIALIZADOR DA CAPITAL
SANEANTES
PADARIA
ALMOXARIFADO PADARIA
MECANICA
MARCENARIA
HORTA
CORTE COSTURA
MANUTENÇÃO
FILÉ
ESTABELECIMENTO PRISIONAL FEMININO
SANTA LUZIA
PINTURA EM TECIDO
CORTE COSTURA
SERIGRAFIA
37
19- Exames de Certificação:
ESTABELEDIMENTO PENAL
EXAME SUPLETIVO
ESTADUAL
ENCCEJA ENEM
2012.1 2012.2 2013 2014 2012 2013 2014 2012 2013 2014
Estabelecimento Prisional Feminino Santa Luzia 41 43 55 0 0 22 55 21 53 60
Presídio Masculino Baldomero Cavalcanti de Oliveira 45 31 124 0 0 15 30 55 31 27 Presídio de Segurança Máxima 0 12 88 0 0 28 0 0 07 06
Presídio de Segurança Média Prof. Cyridião Durval e
Silva 31 14 87 0 0 07 26 29 65 32
Centro Psiquiátrico Judiciário Pedro Marinho Suruagy 8 8 12 0 0 07 05 05 03 07 Núcleo Ressocializador da Capital 25 18 45 0 0 33 10 20 27 26
Casa de Custódia da Capital 92 36 48 0 0 12 39 17 22 15
Presídio do Agreste 53 47 121 0 0 66 89 39 51 94
Resultado de Certificação 13 18 13 0 0 14 12 10 5 2
38
Quadro 20– Oferta de escolarização:
Estabelecimento Escola Município Alfab. Ensino
Fund.
Ensino
Médio
Total Vagas População
Atual11
% de Atend. Salas Turmas Professores
CENTRO
PSIQUIÁTRICO
JUDICIÁRIO PEDRO
MARINHO
SURUAGY
Esc. Est. de
Educação
Básica
Educador
Paula Jorge
dos Santos
Rodrigues
Maceió 0 30 0 30 30 102 29,41% 1 2 2
OBSERVAÇÃO Este estabelecimento prisional possui carteiras escolares e quadro. Sala de aula construída de alvenaria, com janelas (ampla ventilação). As carteiras estão em bom
estado de conservação, possui armários. Quadro branco. Não possui banheiro, bebedouro, e demais equipamentos necessários. Atendimento diurno.
ESTABELECIMENTO
PRISIONAL
FEMININO SANTA
LUZIA
Esc. Est. de
Educação
Básica
Educador
Paula Jorge
dos Santos
Rodrigues
Maceió 20 60 0 80 80 225 35,55% 2 4 4
OBSERVAÇÃO
Este estabelecimento prisional possui carteiras escolares, bebedouro, armários e quadro branco. Sala de aula construída de divisórias (abafada – possui ventiladores
turbo). As carteiras e quadro branco estão em bom estado de conservação. Não possui os
demais equipamentos necessários. Atendimento diurno.
NÚCLEO
RESSOCIALIZADOR
DA CAPITAL
Esc. Est. de
Educação
Básica
Educador
Paula Jorge
dos Santos
Rodrigues
Maceió 0 120 20 140 140 144 97,22% 9 7 13
OBSERVAÇÃO
Este estabelecimento prisional possui carteiras escolares, quadro branco, banheiro coletivo, 01 bebedouro, armários. Sala de aula construída de alvenaria, salas com pé
direito alto, acústica ruim, iluminação precária, pequenas e necessita de condicionador de ar em todas as salas e demais equipamentos necessários. As carteiras e quadro
branco estão em bom estado de conservação. Atendimento noturno.
PENITENCIÁRIA
MASCULINA
BALDOMERO
CAVALCANTE DE
OLIVEIRA
Esc. Est. de
Educação
Básica
Educador
Paula Jorge
Maceió 60 40 0 100 200 793 12,61% 5 5 5
11
Dezembro/2014
39
dos Santos
Rodrigues
OBSERVAÇÃO
Este estabelecimento prisional possui carteiras escolares e quadro branco, armários, bebedouro. Sala de aula construída de alvenaria, salas amplas, ventiladores tubos
instalados em todas as salas. As carteiras e quadro branco estão em bom estado de conservação. Não possui banheiro nas salas (existe um coletivo), e demais
equipamentos necessários.
PRESÍDIO DE
SEGURANÇA
MÉDIA CYRIDIÃO
DURVAL E SILVA
Esc. Est. de
Educação
Básica
Educador
Paula Jorge
dos Santos
Rodrigues
Maceió 0 60 0 60 80 605 9,92% 2 3 3
OBSERVAÇÃO Este estabelecimento prisional possui carteiras escolares, bebedouro, armários, quadro branco, 01 condicionador de AR (em cada sala). Sala de aula construída de
alvenaria (adaptadas), salas pequenas, As carteiras e quadro branco estão em bom estado de conservação. Não possui banheiro nas salas (não existe um coletivo), e
demais equipamentos necessários.
PRESÍDIO DE
SEGURANÇA
MÉDIA MÁXIMA
Esc. Est. de
Educação
Básica
Educador
Paula Jorge
dos Santos
Rodrigues
Maceió 31 108 34 173 0 194 0 0 0 0
OBSERVAÇÃO Este estabelecimento prisional não possui atividades educacionais.
Presídio do Agreste Secretaria
Municipal
de Educação
Girau do
Ponciano 136 538 62 736 240 792 9,09%
6
4 3
OBSERVAÇÃO Este estabelecimento prisional possui carteiras escolares e quadro branco. Sala de aula construída de alvenaria (adaptadas), ventiladores tubos instalados em todas as
salas. As carteiras e quadro branco estão em bom estado de conservação. Possui bebedouro, armários, estantes e 02 (dois) banheiros. Possui 01 (uma) biblioteca.
40
GESTÃO
As atividades de gestão não se concretizam positivamente de forma isolada no
contexto escolar, ainda mais quando se trata de uma ação voltada para uma especificidade
completamente atípica do cotidiano de uma escola convencional, desse modo o modelo de
gestão a ser seguido para a efetivação de uma política de escolarização qualificadora aos
privados de liberdade deve estar permeada dos princípios de gestão participativa, assim a
Secretaria Estadual de Educação junto Administração Penitenciária definiram suas
competências que estão postas no Processo local nº 1800-006296/2011.
ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO: SUPED/ GEEJA:
(Superintendência de Políticas Educacionais/ Gerência de Educação de Jovens e Adultos)
Propor políticas de educação no âmbito do sistema prisional acompanhado a
implantação e implementação das mesmas;
Fazer levantamento situacional da demanda prisional existente para ser inserida na
educação de jovens e adultos em todo Estado, garantindo atendimento a todos;
Promover momentos de socialização com as Coordenadorias Regionais para
articulação de políticas que atendam aos alunos nas diversas especificidades
apresentadas;
Articular, oferecer, executar de forma multissetorial e acompanhar todo processo
de seleção para os profissionais que farão parte do quadro funcional, para o
atendimento educacional em todo sistema;
Acompanhar metas e avanços propostos, estabelecer políticas para garantia de
continuidade à escolarização dos reeducandos egressos do sistema prisional;
Produzir material teórico, a partir de pesquisas e estudos apontados no campo da
educação de jovens e adultos e da educação carcerária, tomando como base os
encontros regionais, nacionais e internacionais, dos fóruns e das políticas do
MEC/SECAD/SETEC/MJ, para contribuir na elaboração do currículo e na
formação dos sujeitos da EJA;
Buscar, formar e manter parcerias junto a outras instituições que possam somar na
qualidade do atendimento educacional, em todo sistema prisional;
Abrir processo de compra e reprodução de material didático pedagógico para os
alunos em parceria com a Coordenadoria Regional de Educação;
Nova proposição:
o Formar um núcleo permanente de referencia da educação para privados de
liberdade dentro da Gerência da Educação de Jovens e Adultos – GEEJA.
SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO: SUGER:
(Superintendência de Gestão de Rede)
Organizar em parceria com as CREs, as escolas de referência escola penitenciária
outros setores e instituições competentes às formações: continuas e continuadas,
buscando sempre oferecer um referencial teórico/metodológico, tomando como
41
base o referencial curricular, as recomendações internacionais, as pesquisas e
estudos, as orientações do MEC/SECAD e MJ e legislação vigente no campo da
EJA e do sistema carcerário brasileiro, para que os diversos sujeitos da EJA
encontrem motivações para estarem na sala de aula;
Reunir-se sistematicamente com os técnicos pedagógicos das CREs e das escolas
de referência, para articular as formações e contribuir nas reuniões de socialização
e planejamento;
Monitorar as salas, acompanhar e intervir nas ações pedagógicas adotadas, quando
não estiverem de acordo com uma proposta que não atendam as expectativas dos
alunos e alunas;
Acompanhar e garantir a inserção de todos os alunos no censo escolar.
Acompanhar e participar, em parceria com a escola, da escolha, entrega e uso do
livro didático;
Acompanhar todo processo de gestão da escola de referência dando suporte e
subsídios ao que for necessário. Principalmente nas ações que envolvem recursos.
CORDENADORIADE GESTÃO DE PESSOAS
Construir alternativas para formação e manutenção de um quadro de pessoal para
atendimento educacional em todo sistema carcerário de Alagoas e acompanhar a
chamada e a lotação desses profissionais, para atuação, de acordo com
levantamento apresentado pelos representantes do sistema prisional e escola.
Estando sempre atenta às necessidades apresentadas de forma prioritária, inclusive
aos dispositivos de remuneração diferenciada de acordo com legislação específica.
Para este fato o estado tem que pensar um tratamento diferenciado para os
profissionais que transitam entre unidades que muitas vezes ficam em espaços
totalmente oposto, é preciso considerar tempo de deslocamento, difícil acesso e
lotação dentre outras questões.
COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO
Assumir a escola de referência garantindo toda assistência necessária, com ênfase
em suas necessidades diferenciadas das demais unidades escolares da rede;
Atender a necessidade de pessoal por meio do seu setor de lotação. Junto a
Coordenadoria de gestão de pessoas;
Apoiar a gestão da escola e as ações pedagógicas;
Monitorar as salas, acompanhar e intervir nas ações pedagógicas adotadas, quando
não estiverem de acordo com uma proposta que não atendam às expectativas dos
alunos e alunas jovens e adultos em escolarização em todo sistema prisional;
Articular as formações e contribuir nas reuniões de socialização e planejamento;
Coordenar a distribuição de material didático, e demais recursos quando
disponíveis;
Acompanhar e organizar junto à escola de referência à documentação dos alunos;
Articular quando necessário a matricula em escolas da rede Estadual do/a aluno (a)
que receba alvará de soltura e deseje continuar seu processo de escolarização.
Prover abertura de processo para compra de materiais didáticos para os alunos em
parceria com a escola;
Suprir a necessidade de equipamentos e mobiliários para cobertura física da
escola.
.
42
ESCOLA DE REFERÊNCIA
Gerenciar as salas de aula vinculadas à escola; e em sua própria sede;
Garantir, organizar as matrículas dos alunos e acompanhar todo registro no diário
de classe, assegurando o cumprimento do calendário escolar e da matriz curricular
da EJA;
Declarar os alunos no censo escolar como alunos em extensão da escola;
Manter arquivo organizado com a documentação dos alunos e professores;
Oferecer espaço físico, quando necessário, para formações, reuniões, encontros,
etc., para os profissionais que atuam no sistema prisional;
Monitorar, controlar a frequência dos profissionais, e encaminhar–lá para as CRE;
Certificar os alunos concluintes e garantir matrícula na rede para continuidade da
escolarização em parceria com as CRES;
Comprar merenda e material didático, outros suprimentos e acompanhar a
distribuição;
Gerenciar os recursos em consonância com o Conselho Escolar;
Entregar o livro didático dos alunos distribuídos nas salas anexas;
Visitar e inspecionar as salas de aula nos diferentes espaços onde estarão
distribuídas;
Atuar em parceria com a Gerência de Educação do Sistema Prisional;
Criar parceria com o Juizado de execução penal e órgãos congêneres para
acompanhamento da remissão de pena pelo estudo e pela leitura.
Estar estreitamente em conexão com o Núcleo responsável diretamente pelas
políticas de oferta escolar para os privados de liberdade.
ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA/SUPERVISÃO DE EDUCAÇÃO
Incentivar os reeducandos para participação e frequência nas salas de aulas;
Disponibilizar regras para matrícula, construir junto com administração das
unidades prisionais, escola e defensoria pública a divulgação, sensibilização e
motivação para frequência as salas de aula;
Disponibilizar funcionários da Administração Penitenciária para acompanhar o
trabalho pedagógico e administrativo, junto com a assessoria da Gerência de
Educação de Jovens e Adultos, e as Superintendências de Políticas Educacionais,
Gestão de Rede e Gestão de Sistema da SEDUC;
Assegurar acompanhamento pedagógico; aos profissionais que estiverem atuando
no sistema prisional;
Responsabilizar-se pelos procedimentos de inscrição dos alunos nas turmas; e nos
exames a nível local e nacional;
Disponibilizar e organizar espaço físico adequado (iluminação, ventilação,
banheiro, acústica, etc.) para a realização das aulas;
Responsabilizar-se pela segurança dos profissionais da SEE, quando do exercício
de suas funções nas dependências das Unidades Penitenciárias de Alagoas;
Responsabilizar-se pela divulgação (folders e cartazes) das aulas;
Comparecer as reuniões promovidas pela Secretaria Estadual de Educação
Atuar em parceria com a escola de referência, principalmente nas ações didáticas
pedagógicas;
43
Responsabiliza-se pelos registros referentes à remição de pena pelos estudos e pela
leitura;
Promover formações conjuntas e orientar os profissionais da escola para atuação
nos espaços prisionais.
44
REGRAS E PROCEDIMENTOS DE ROTINA
A escola é o local destinado a propiciar ao reeducando o acesso à educação
formal, podendo também, ser ocupado para atividades diversas. É onde o reeducando
desenvolverá, principalmente, as suas atividades educacionais, utilizando-se de material para
estudo e tendo a presença do docente. Nesse local encontram-se, carteiras escolares e outros
materiais necessários ao desempenho da atividade educacional.
A escola deve funcionar em todos os turnos (matutino, vespertino e noturno), com
capacidade de atendimento mínimo de 15 e máximo 20 alunos por turma. O horário das aulas
será das 09h00 às 12h00 – matutino, das 13h00 as 16h00 – vespertino e das 18h00 as 21h00 –
noturno ou a critério da Unidade Prisional em acordo com a Supervisão de Educação
(SERIS), não podendo ser inferior às 3h/aula por turno. Exceto em casos extremos
justificados pela unidade escolar por meio de aparato legal.
A Supervisão de Educação do Sistema Penitenciário informará a Unidade
Prisional à quantidade de vagas disponíveis para ofertar aos reeducandos, com suas
respectivas etapas de ensino.
A Unidade Prisional encaminhará relação dos reeducandos autorizados a
frequentar diariamente as aulas, composta de nome completo do reeducando, identificação
interna da unidade (alcatraz), situação jurídica (sentenciado ou sub-júdice), escolaridade,
módulo de convívio. Deve ainda, encaminhar cópias dos documentos disponíveis no
prontuário, ou na ausência de documento, informar oficialmente o serviço social para
providenciar a regularização da documentação do sujeito, pois do contrário o mesmo não
poderá permanecer na escola, uma vez que, para ser informado no Censo Escolar à
documentação é obrigatória. Principalmente no caso de emissão de documentos
comprobatórios de escolaridade.
De posse da relação autorizando a Supervisão de Educação (SERIS) fazer a
enturmação dos alunos, indicando seus respectivos educadores. A Supervisão de Educação
(SERIS) providenciará a lista de Controle de Entrada e Saída do Reeducando na Sala de Aula
para que o agente penitenciário adote os procedimentos para encaminhar o reeducando para a
sala de aula.
CABEM AO EDUCADOR/ PROFESSOR:
a) Atender o que estabelece o Termo de Conduta (documento elaborado nas normas de
rotina do sistema prisional e apresentado aos profissionais antes do início de sua
atuação);
b) Está devidamente fardado com os uniformes disponibilizados pela SERIS;
c) Chegar à Unidade Prisional 30min antes do horário da aula;
d) Imediatamente a sua chegada à Unidade Prisional entregar ao agente penitenciário
Controle de Entrada e Saída do Reeducando na Sala de Aula (modelo abaixo)
colocando, exatamente, o horário de sua chegada e rubricar;
e) Solicitar que o agente penitenciário assine o Controle de Entrada e Saída do
Reeducando na Sala de Aula, exatamente, no horário que os reeducandos forem
conduzidos para a sala de aula;
45
f) Solicitar que o agente penitenciário assine o Controle de Entrada e Saída do
Reeducando na Sala de Aula, exatamente, no horário que os reeducandos forem
retirados para a sala de aula;
g) Registrar no Controle de Entrada e Saída do Reeducando na Sala de Aula, quaisquer
ocorrências que impeçam o desempenho das atividades educacionais;
h) Atestar a presença do reeducando rubricando no campo indicado do Controle de
Entrada e Saída do Reeducando na Sala de Aula;
i) Anotar no Controle de Entrada e Saída do Reeducando na Sala de Aula o motivo das
eventuais faltas dos reeducandos;
j) Anotar no Controle de Entrada e Saída do Reeducando na Sala de Aula a necessidade
de obter quaisquer materiais pedagógicos;
k) Solicitar no Controle de Entrada e Saída do Reeducando na Sala de Aula a utilização
de quaisquer equipamentos eletroeletrônico, informando o dia e hora da utilização;
l) Registrar no Controle de Entrada e Saída do Reeducando na Sala de Aula sugestões
e/ou reclamações, como também solicitação de material didático para aula seguinte;
m) Entregar, diariamente, na Supervisão de Educação (SERIS) o Controle de Entrada e
Saída do Reeducando na Sala de Aula;
n) Preencher de forma legível todos os campos indicados do Registro de Frequência do
Estudante Individual e colher as assinaturas dos reeducandos, diariamente.
o) Entregar na Supervisão de Educação (SERIS) o Registro de Frequência do Estudante
Individual, devidamente preenchido e assinado no 1º dia útil de cada mês subsequente;
p) Preencher todos os registros escolares exigidos legalmente e mantê-los na Supervisão
de Educação (SERIS);
CABEM AO AGENTE PENITENCIÁRIO:
a) Ter lista atualizada para conferência dos reeducandos em sala de aula e de eventuais
ausências;
b) Verificar previamente as condições de segurança do local;
c) Controlar o fluxo de movimentação dos reeducandos;
d) Controlar o material autorizado a entrar nas salas com os reeducandos e com os
docentes;
e) Controlar o acesso ao setor de reeducandos autorizados;
f) Permanecer em constante visualização das salas durante o período das atividades;
g) Liberar a entrada dos educadores após os reeducandos estarem nas salas;
h) Liberar a saída dos educadores antes de liberar a saída dos reeducandos;
i) Resguardar a integridade dos docentes e dos reeducandos;
j) Revistar o reeducando, quando solicitada a sua saída da sala de aula, assim como
quando do seu retorno;
k) Se não estiver responsável pela recondução dos reeducandos ao local de origem,
solicitar ao Fiscal para providenciar o retorno dos mesmos, auxiliando se convocado;
l) Verificar, ao final das atividades, as condições do local e de seus objetos, relatando
qualquer alteração no livro de ocorrências;
m) Devolver ao setor responsável pela guarda, chaves e equipamentos utilizados no
monitoramento da segurança.
CABEM À SUPERVISÃO DE EDUCAÇÃO – SERIS:
a) Encaminhar, oficialmente, o educador para a Unidade Prisional;
b) Informar o educador sobre as regras mínimas de segurança;
46
c) Entregar cópia do Termo de Conduta ao educador, cientificando-o das sanções que o
mesmo poderá sofrer na infração das regras;
d) Disponibilizar fardamento para os educadores;
e) Providenciar o material pedagógico solicitado pelos educadores e/ou coordenador
pedagógico (o projeto pedagógico deve ser apresentado previamente a Supervisão de
Educação (SERIS));
f) Entregar a educadora lista atualizada do Controle de Entrada e Saída do Reeducando
na Sala de Aula para conferência dos reeducandos em sala de aula;
g) Entregar por escrito qualquer notificação, informe, aviso ou lembrete às educadoras;
h) Articular junto a Unidade Prisional a quantidade de alunos necessária para cada turma;
i) Solicitar, previamente, autorização da Unidade Prisional para ter acesso na sala de
aula materiais pedagógicos que não esteja na rotina do educador, como também, ter
acesso equipamentos (aparelhos de TV, DVD, Som, Projetor) entre outros previstos
em projetos pedagógicos;
j) Solicitar autorização da Unidade Prisional para distribuição de livros aos reeducandos;
47
MODELO DO CONTROLE DE ENTRADA E SAÍDA DOS REEDUCANDO (A)S NA
SALA DE AULA
CONTROLE DE SAÍDA E ENTRADA DE REEDUCANDOS PARA A ESCOLA
DATA ___/_____/____
U.P. : Baldomero Cavalcanti
HORÁRIO: 09h às 12h
OFERTANTE: SEDUC
TIPO OFERTA: EJA – 2º Período / 1º Segmento
PROFESSOR (A): Maria Selma
LISTA ATUALIZADA: 26/02/2015-
Adm.:______
ORD NOME PRONTUÁR
IO
SIT. MOD. RUBRICA
DO PROF.
OBS.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
OB
SE
RV
AÇ
ÕE
S
HORA DE CHEGADA DO (A) EDUCADOR (A) SALA DE AULA
(_____ : _____)
SAÍDA DO REEDUCANDO DO MÓDULO PARA SALA DE
AULA
ASSINATURA DO FISCAL DA UNIDADE
ASSINATURA:__________________________
NOME: __________________________
MATRICULA:________________________
DATA: ______/_______/______ HORA:
SAÍDA DO REEDUCANDO DA SALA DE
AULA PARA MÓDULO
ASSINATURA DO FISCAL DA UNIDADE
ASSINATURA:__________________________
NOME: __________________________
MATRICULA:__________________________
DATA: ______/_______/______ HORA:
48
GESTÃO DE PESSOAS
O quadro de profissionais encaminhado pela SEDUC para atuar no sistema
prisional sempre foi, e ainda continua sendo, bastante irregular, pois até hoje nunca houve
nenhum tipo de seleção específica para contratação desses profissionais. O quadro docente
que atualmente desenvolve as atividades educacionais não é composto por professores
efetivamente contratados, via concurso público ou uma seleção especifica, para atendimento
dos privados de liberdade, a maioria estão no regime de contratação temporária selecionado
por meio de seleção simplificada de monitores, situação esta que já se estende por um longo
tempo. Neste contexto temos uma oferta de educação com baixa qualidade por conta de dois
fatores, o primeiro, a falta de investimento na capacitação desses profissionais e, o segundo, a
baixa remuneração, pois ao contrário de outros entes federativos o estado de Alagoas ao invés
de pagar salários acrescidos de outros subsídios, paga aos professores apenas um salário
mínimo sem considerar pelo menos o nível de escolaridade.
No entanto, esta situação já está sendo discutida pela Diretoria Especial de Gestão
de Pessoas da SEDUC que esta providenciando a formação de uma comissão, para articular
de forma emergencial, uma seleção específica imediata, por tempo determinado, e
consequentemente, a oferta de um concurso público, garantindo a estes profissionais
remuneração diferenciada orientada por legislação.
A SEDUC tem uma unidade escolar jurisdicionada a 13ª Coordenadoria Regional
de Educação, voltada para atendimento da educação nas prisões. O quadro de pessoal a ser
formado, mesmo que por contratação temporária ou prestação de serviços, será selecionado
em parceria com a SERIS e a SUPED e será composto de coordenador pedagógico, professor
atividade e professores de todas as disciplinas que compõem a base nacional comum,
licenciados em sociologia, arte cênicas e ciências da computação ou congêneres. Enfatizando
que o salário deverá contemplar difícil lotação e vantagens pecuniárias condizentes com as
especificidades do cargo. Como recomendado na legislação apresentada:
● LEP (Lei de Execuções Penais) LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHODE 1984.
● CNPCP (Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária) RESOLUÇÃO
Nº- 03, DE 11 DE MARÇO DE 2009. Dispõe sobre as Diretrizes Nacionais para a
Oferta de Educação nos estabelecimentos penais.
● CNE (Conselho Nacional de Educação) RESOLUÇÃO Nº 2, DE 19 DE MAIO DE
2010. Dispõe sobre as Diretrizes Nacionais para a oferta de educação para jovens e
adultos em situação de privação de liberdade nos estabelecimentos penais.
● DECRETO nº 7.626 de 24 de novembro de 2011 da presidência da república, que
institui o plano estratégico de educação no âmbito do sistema prisional.
● CEE (Conselho Estadual de Educação) RESOLUCÃO Nº 02/2014, DE 08 DE
ABRIL DE 2014, DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS
que Dispõe sobre a oferta de Educação Básica e Superior, nas modalidades de
Educação de Jovens e Adultos, Profissional/Tecnológica e a Distância, para pessoas
privadas de liberdade, nos estabelecimentos penais do Estado de Alagoas e dá outras
providências correlatas.
Atualmente a escola possui um quadro diretivo e alguns professores composto por
servidores efetivos.
49
Os agentes penitenciários são contratados através de concurso público e prestação
de serviço, porém não estão designados especificamente para atuar diretamente apoiando a
oferta de educação, fato este que prejudica cotidianamente as ações educacionais pela
concorrência nos demais serviços penais.
A SERIS está providenciando o aparelhamento da Escola Penitenciária que tem
como objetivo qualificar os profissionais do Sistema Penitenciário e uma das capacitações é a
preparação do agente penitenciário para trabalhar numa perspectiva de educador social.
Atualmente a Escola Penitenciária vem buscando junto ao setor de formação da Secretaria de
Estado da Educação parceria para ofertar as capacitações necessárias e apoio psicológico para
os educadores e agentes penitenciários.
ATUAL QUADRO DOCENTE EJA (1º SEGMENTO)
UNIDADE
PRISIONAL
TURNO NOME VINCULO CONTATO
Estabelecimento
Prisional Santa
Luzia
Matutino Maria Josélia
Santiago dos Santos
Temporário/S
EDUC
m-joselia-
Vespertino Nária B. de Miranda Temporário/S
EDUC
Vespertino Zélia Ramos de
Souza
Temporário/S
EDUC
Penitenciária
Masculina
Baldomero
Cavalcanti
Matutino Maria Selma Gomes
Dantas
Temporário/S
EDUC
Maria Gertudes da
Conceição
Temporário/S
EDUC
Noturno Ângela Maria da
Silva Ferreira
Temporário/S
EDUC
Não utiliza email
(82) 8835-8261/8835-8270
Presídio de
Segurança
Média Prof.
Cyridião Durval
e Silva
Matutino Silvaneide de Assis Temporário/S
EDUC
Missrail Costa de
Oliveira
Temporário/S
EDUC
Vespertino Roberdouglas
Rochas dos Santos
Temporário/S
EDUC
Dulce Maria Santos Temporário/S
EDUC
dulcemariasantos 3@gmail.
Com
Noturno Hosana Pereira
Fidelis da Lima
Temporário/S
EDUC
Centro
Psiquiátrico
Judiciário Pedro
Marinho
Suruagy
Matutino Cícera Maria dos
Santos
Temporário/S
EDUC
Vespertino Adilsan Cordeiro
Santos
Temporário/S
EDUC
Núcleo
Ressocializador
da Capital
Noturno Adélia Pessoa Melo Efetiva [email protected]
Jerlane Mª. Ferreira
da Silva
Temporário/S
EDUC
Léa Lino do
Nascimento
Temporário/S
EDUC
Luciene Calheiros
Soares
Temporário/S
EDUC
Telma Maria
Vicente dos Santos
Temporário/S
EDUC
Presídio do
Agreste
Matutino/Ves
pertino
Rosineide Barros
Camilo
Temporário/S
EMED de
Girau do
Ponciano
50
ATUAL QUADRO DOCENTE DA EJA (2º SEGMENTO E MÉDIO)
ATUAL QUADRO DOCENTE DA WILIVRO (CURSO ONLINE)
UNIDADE
PRISIONAL
TURNO NOME VINCULO CONTATO
Núcleo
Ressocializador
da Capital
Matutino Jamerson Robert da
Silva
Temporário/S
EDUC
Vespertino Ricardo Melo da
Silva
Temporário/S
EDUC
Noturno Edymárcia Santos
Cordeiro
Temporário/S
EDUC
UNIDADE
PRISIONAL
TURNO NOME VINCULO CONTATO
Penitenciária
Masculina
Baldomero
Cavalcanti
Noturno Ana Paula Bezerra
da Silva(Língua
Portuguesa)
Temporário/S
EDUC
Não utiliza email
(82) 8451-7703/9932-8411
Elaine Pollyanna A.
da Silva (Ciências)
Temporário/S
EDUC
Patrícia Maria dos
Santos(Historia,
Geografia, Ensino
Religioso)
Temporário/S
EDUC
Não utiliza email (82)8835-
0452
Romero José da
Silva R.
Júnior(Matemática)
Temporário/S
EDUC
Severino Cirilo da
Silva Junior (Ed.
Física)
Temporário/S
EDUC
Núcleo
Ressocializador
da Capital
Noturno Ana Paula Bezerra
da Silva (Língua
Portuguesa,
Redação)
Temporário/S
EDUC
Não utiliza email
(82) 8451-7703/9932-8411
Elaine Pollyanna A.
da Silva (Ciências,
Biologia, Química)
Temporário/S
EDUC
Patrícia Maria dos
Santos (Historia,
Geografia, Ensino
Religioso, Filosofia
e Sociologia)
Temporário/S
EDUC
Não utiliza email (82)8835-
0452
Romero José da
Silva R. Júnior
(Matemática)
Temporário/S
EDUC
Severino Cirilo da
Silva Junior (Ed.
Física)
Temporário/S
EDUC
Presídio do
Agreste
Matutino/
Vespertino
José Teodoro dos
Santos
Temporário/S
EMED /Girau
do Ponciano
Vilma de Oliveira
Santos Costa
Temporário/S
EMED/ Girau
do Ponciano
51
ATUAL QUADRO DOCENTE DA INDÚSTRIA DO CONHECIMENTO - SESI
LOCAL TURNO NOME VINCULO CONTATO
Indústria do
Conhecimento
Vespertino Gerand Ferreira
dos Santos Lima
Temporário/S
EDUC
Matutino Maria Lucicléa dos
Santos
Temporário/S
EDUC
ATUAL QUADRO DO PROGRAMA BRASIL ALFABETIZADO – PBA
UNIDADE
PRISIONAL
TURNO NOME VINCULO CONTATO
Estabeleci-
mento
Prisional Santa
Luzia
Vespertino Hornella Giurizatti
Libardi
(voluntária)
Reeducanda
Penitenciária
Masculina
Baldomero
Cavalcanti
Matutino Janieres Fernandes
de Lima
Alfabetizadora
Vespertino Jadielson Barbosa
da Silva
(voluntário)
Reeducando
ge@ sgap.al.gov.br
Mykaela Santos de
Melo
Alfabetizadora [email protected]
Noturno Jadielson Barbosa
da Silva
(voluntário)
Reeducando
ge@ sgap.al.gov.br
52
REGISTROS ESCOLARES12
Os registros escolares deverão estar sempre organizados de forma articulada entre
a unidade prisional e a escola de referência, da seguinte forma: O aluno é matriculado na
própria unidade prisional onde está cumprindo a pena, o processo é articulado pelo agente
penal e serviço social da unidade e encaminhado a Supervisão de Educação do Sistema
Prisional, que por sua vez, em parceria com um profissional da SEDUC em atividade na
Supervisão providencia o preenchimento do formulário de matrícula onde junta à
documentação do aluno, formalizando assim sua matrícula que é encaminhada para uma
escola da rede, que provisoriamente, serve como escola pólo. Após homologação da
matrícula, pelo gestor e secretário escolar, os alunos são declarados no Censo, garantido dessa
forma toda regularidade exigida legalmente.
Com a criação da 1ª escola de referência voltada para atendimento aos privados de
liberdade outras formas de registros serão construídas e estarão apresentadas no Projeto
Político da escola. A RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 02/2014 – CEE/AL dispõe sobre a
oferta de Educação Básica e Superior, nas modalidades de Educação de Jovens e Adultos,
Profissional/Tecnológica e a Distância, para pessoas privadas de liberdade, nos
estabelecimentos penais do Estado de Alagoas e dá outras providências correlatas. Há
também, a Resolução nº 18 de 2001 do referido Conselho que regulamentou a oferta de
educação de jovens e adultos em Alagoas e os documentos orientadores, a exemplo da
portaria nº 1.820/2014, publicada no Diário Oficial do Estado de 27 de junho, definiu a
estrutura e organização da Educação de Jovens e Adultos (EJA), do Ensino Fundamental e
Médio, em Alagoas. De acordo com a Portaria, ficou definido que o EJA terá períodos letivos
semestrais e poderá funcionar no período diurno ou noturno.
Inclui-se nessa condição ainda, os registros cotidianos em diário de classe, e além
desses, existe na Supervisão de Educação do Sistema Prisional um formato próprio de
também organizar os registros dos apenados que estão em salas de aula. Iniciando-se pela
abertura de uma pasta constando toda documentação envida a escola pólo, além de um
formulário de expediente intitulado Controle de Entrada e Saída que é preenchido e recolhido
diariamente com visto do agente penitenciário e do professor da turma, e de uma frequência
específica individual com assinatura do aluno e visto do professor, coordenador pedagógico,
do(a) Supervisor(a) de Educação (SERIS), do agente de Serviços Penais do Estabelecimento
Penal, e após coleta de todas as assinaturas o Registro de Frequência do Estudante que é
produzido em 3 vias são distribuídos da seguinte forma, a 1ª via, vai para prontuário do
reeducando na Unidade Prisional para as providências pertinentes junto ao juizado de
execução penal conforme preceitua o art. 129 da LEP, a 2ª via, fica na pasta do aluno e 3ª via
segue para SERIS que também, encaminha cópia para atender o artigo mencionado.
Outras formas de organizar o registro do aluno se faz através de documentos
oficiais como:
12
Não houve alteração no conteúdo do capítulo REGISTROS ESCOLARES já exposto na primeira versão do
PEEP/AL
53
FICHA INDIVIDUAL
Permanece o preenchimento normal dos campos de frequência e desempenho escolar.
DIÁRIOS DE CLASSE
Deve ser registrado frequência, conteúdos, procedimentos metodológicos e avaliação
do processo ensino-aprendizagem.
Para os estudantes matriculados no 1º segmento da EJA, deverá ser utilizado o Diário
de Classe específico para essa fase do Ensino Fundamental;
Para os estudantes matriculados no 2º segmento do Ensino Fundamental e no Ensino
Médio na modalidade da EJA, deverá ser utilizado o Diário de Classe por componente
curricular;
ATA
Registrar os componentes curriculares na coluna específica e registrar que o estudante
está em progressão continuada, para os concluintes do 1º, 2º e 3º Período (diurno) e 1º,
2º, 3º, 4º e 5º Período (noturno) com frequência igual ou superior a 75% da carga
horária letiva anual (Inciso VI, art. 24, LDBEN nº 9.394/96);
Registrar os pontos de cada componente curricular, obtidos após avaliação, na coluna
específica e efetuar a média global para os estudantes concluintes do 1º Segmento: 4º
Período (diurno) e 6º Período (noturno);
Registrar os pontos de cada componente curricular, obtidos após avaliação, na coluna
específica do 2º Segmento do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
HISTÓRICO ESCOLAR
O resultado final de cada Período deverá ser registrado na linha específica.
A ficha descritiva também é uma forma de registro diagnóstico, principalmente,
para os alunos em processo de alfabetização.
54
ARTICULAÇÃO E PARCERIAS
No sistema prisional o setor de Reintegração Social tem a competência por
articular e firmar parcerias com diversos segmentos da sociedade civil organizada e outros
órgãos públicos a respeito disso pode-se colocar:
Atualmente contamos com diversas instituições parcerias atuando no Sistema
Penitenciário de Alagoas, sendo algumas na área de ensino: SESI, SENAI, SENAC, IFAL,
ETA/UFAL, SEBRAE, FECOMÉRCIO AL e UNOPAR e outras na área de capacitação
técnica, trabalho e renda: UFAL, DER, CASAL, BOMBEIROS, POLÍCIA MILITAR,
DEFESA CIVIL, DEFESA SOCIAL, PERÍCIA OFICIAL, DEFENSORIA PÚBLICA,
EMATER, ITERAL, POLÍCIA CIVIL, SINE, UFAL, CEPA, PRÉ-MOLDADOS ALGOAS e
SUPREME ARGAMASSA. As primeiras são voltadas para a oferta de cursos
profissionalizantes para os reeducandos e as últimas são voltadas para a oferta de vagas de
trabalho para os reeducandos. Todas as parcerias estão formalizadas através de TERMOS DE
PARCERIAS firmados entre a SERIS e as instituições, passando antes pelo crivo da
Procuradoria Geral do Estado e posterior publicação no D.O.E.
Todo o trabalho de busca de parcerias é realizado quase que totalmente pela
SERIS através da Gerência de Educação, Produção e Laborterapia e o setor de Reintegração
Social.
As ações dos órgãos de execução penal ainda são muito tímidas, com raríssimas
intervenções.
A escola penitenciária está em funcionamento e oferta diversos cursos para os
servidores efetivos e prestadores de serviços, porém, as instalações ainda são em pequeno
número, comportando no máximo 60 (sessenta) alunos por curso divididos em 02 (duas)
salas. A escola penitenciária oferta apenas capacitação para os servidores.
Assim sendo, o sistema prisional vem se mobilizando para integrar e reintegrar os
apenados em programas e projetos que visem inserção nos campos de trabalho e educação.
Principalmente, com a parceria da SERIS e SEDUC este cenário sofreu alterações, uma vez
que, as atividades de educação formal e profissionalizante passou a ser competência da
SEDUC que também, por meio da intersetorialidade buscou parcerias para desenvolver suas
ações.
Este plano já é um exercício de parceria, articulado pela administração
penitenciária e Secretaria de Educação que tem como atividade integrar os vários segmentos
que atuam no campo do sistema prisional. Por isso, para este plano foram provocadas:
Fórum de EJA;
Fórum de Educação nas Prisões;
Conselho Estadual de Educação;
Setores da SERIS;
Setores da SEDUC;
Vara de Execução Penal;
Agenda Territorial.
55
Que poderá gerar uma articulação sistemática e permanente para formulação de
políticas voltadas às especificidades para a educação no âmbito do Sistema Prisional.
Após as diversas contribuições oferecidas ao plano, o mesmo será publicado no
D.O.E., publicado no Conjunto de Políticas Educacionais da SEDUC. E também ficará
disponibilizado no site da SERIS (www.sgap.al.gov.br) e da SEDUC
(www.educacao.al.gov.br) para as instituições e setores interessados. Será encaminhado
também, um exemplar impresso do plano para cada unidade prisional.
56
FINANCIAMENTO13
É muito difícil falar em financiamento de educação para o público carcerário
alagoano quando o mesmo sempre possuiu uma oferta de educação ínfima em relação a sua
demanda, basta resgatar a história educacional do sistema prisional e constatar que o
atendimento sempre aconteceu em condições mínimas, beirando a precariedade total.
Infelizmente a oferta educacional no sistema prisional sempre se confundiu com a oferta dos
programas pontuais do Governo Federal e os recursos financeiros aplicados se resumiam ao
formato de cada programa implantado. Em análise a publicações do orçamento do governo
do estado constata-se que a Secretaria Estadual de Educação não apresenta disponibilidade de
recurso a ser aplicado especificamente na educação do sistema prisional.
Até 2011 os alunos apenados nunca foram declarados no censo escolar
provocando uma negativa na transferência de recursos por meio dos programas do governo
federal tais como FUNDEB, PDDE e PNAE. Isso também impediu o acesso dos alunos ao
PNLD-EJA e deixou de fora da rede de formação via PDE interativo os profissionais atuantes
no contexto educacional do sistema prisional. Porém, tais questões caminham para serem
resolvidas com implantação da escola de referência, enquanto os procedimentos legais para
que seja decretada a escola transite respeitando o processo burocrático os alunos matriculados
para o ano letivo 2012 foram declarados no censo da atual escola pólo, Escola Estadual
Coronel Francisco Alves Mata, para que não seja mais negado direitos adquiridos ao longo da
história de luta por isonomia e qualidade da EJA.
Diagnosticado os baixos investimentos no campo educacional do sistema prisional
e compreendendo que tais investimentos precisam de ampliação a Secretaria Estadual de
Educação através da Superintendência de Políticas Educacionais está se mobilizando no
sentido de tomar providências para uma urgente mudança da atual situação. E uma das
principais medidas será a constituição de um quadro pedagógico específico com remuneração
diferenciada, a garantia de compra de material didático para os alunos, de mobiliário e
equipamentos necessários para a sala de aula. Outra medida para captação de recurso está
sendo solicitada via o Plano de Ações Articuladas (PAR) com foco em três ações: a
capacitação dos profissionais que atuam direto e indiretamente no âmbito educacional dos
privados de liberdade, a compra de acervo bibliográfico para formação de bibliotecas nas
unidades prisionais e a construção de uma proposta pedagógica específica para educação de
jovens e adultos em privação de liberdade. Enfatizamos que as ações inseridas no PAR
deverão sempre ser construídas entre a Secretaria Estadual de Educação e o órgão responsável
pela administração penitenciária. Bem como o uso dos recursos que serão captados por meio
de transferência voluntária do Governo Federal serão acompanhados pela gestão da escola de
referência, gerência de educação do sistema prisional e pelo setor responsável pela prestação
de contas da 13ª CRE. Obedecendo ao que estiver proposto no PDE da escola e na legislação
vigente.
O atual investimento da Secretaria Estadual de Educação é no pagamento do
quadro de professores que estão em atividade nas unidades prisionais. Em relação aos custos
com a manutenção da gerência, setor específico na estrutura do sistema prisional, fica a cargo
13
Não houve alteração no conteúdo do capítulo FINANCIAMENTO já exposto na primeira versão do PEEP/AL
57
da SERIS. Desse modo os recursos para o andamento das atividades educacionais são
advindos de convênios pactuados com o Governo Federal e do próprio tesouro estadual.
Enquanto recursos aplicados por meio de parcerias o sistema prisional conta como
apoio do SESI que investe em contratação de professor alfabetizador, material didático e
acervo bibliográfico. E o SENAI em contratação de instrutor e compra de equipamentos.
Observação:
Vale ressaltar que existe possibilidades de captação de recursos através do Plano
de Ações Articuladas – PAR, porém a inserção de ações e sub ações no documento nem
sempre garante a efetivação dos recursos.
Atualmente temos ações na dimensão de formação com assistência financeira do
FNDE/MEC e ação para composição de bibliotecas.
58
ORGANIZAÇÃO DA OFERTA DE EDUCAÇÃO FORMAL
A oferta de educação no sistema prisional segue as orientações da Gerência de
Educação de Jovens e Adultos da Secretaria Estadual de Educação. Estas orientações cobrem
toda rede, porém no caso da oferta para os privados de liberdade as orientações precisam de
alguns ajustes que só poderão ser feitos mediante a normatização da educação de jovens e
adultos no âmbito do sistema prisional como prevê a Resolução nº 02 de 2010 do CNE. A
escola de referência, além de atender as especificidades apresentadas pelo sistema prisional
também terá como objetivo ser referência em estudos e pesquisas para atender a formação e
capacitação dos profissionais atuantes na educação nas prisões.
Dentre as orientações da GEEJA-SUPED-SEDUC podemos destacar as seguintes:
os estudantes egressos de turmas/programas de alfabetização também deverão ter seus estudos
validados, sendo reclassificados para o período que a avaliação diagnóstica assim o
recomende, pois os/as estudantes da EJA podem avançar nas suas trajetórias de estudos
próprios e diferenciados, mediante avaliação e reclassificação (Parágrafo único, art. 8º da
Resolução CEE/AL nº 18/2002). Com a regulamentação especifica adequamos o atendimento
as viabilidades existentes no sistema prisional.
O analfabetismo como consequência da exclusão social precisa ser erradicado
para saldar uma dívida histórica com a população alagoana. A alfabetização é uma
aprendizagem que deve ser desenvolvida desde o início do 1º Segmento do Ensino
Fundamental.
Quanto à estrutura e organização para o funcionamento das turmas da EJA no
sistema prisional o direcionamento são também orientados pela rede estadual que apresenta a
seguinte condição:
Para o 1º Segmento do Ensino Fundamental (anos iniciais) a duração mínima deve ser
de 1.600 (mil e seiscentas) horas;
Para o 2º Segmento do Ensino Fundamental (anos finais) a duração mínima deve ser
de 1.600 (mil e seiscentas) horas;
Para o Ensino Médio a duração mínima deve ser de 1.200 (mil e duzentas) horas;
Para a oferta do Ensino Fundamental integrado com a qualificação profissional e para
o Ensino Médio integrado com a Educação Profissional Técnica de Nível Médio,
reafirma-se a duração mínima de horas destinadas à educação geral, cumulativamente
com a carga horária mínima para a respectiva habilitação profissional, tal como
estabelece a Resolução CEB/ CNE nº 4/2005, e para o Pro Jovem, a duração
estabelecida no Parecer CEB/CNE nº 37/2006.
A organização da educação básica na modalidade EJA pode ser observada pelas
matrizes curriculares abaixo:
59
MATRIZES CURRICULARES PARA OFERTA DA EJA – ESPAÇOS PRISIONAIS:
ENSINO MÉDIO
Áreas de Conhecimento
Componentes
Curriculares
PERÍODO
1º PERÍODO 2º PERÍODO 3º PERÍODO 4º PERÍODO
CHS CHP CHS CHP CHS CHP CHS CHP
Base
Nacional
Comum
Linguagens Língua Portuguesa 3 72 3 72 3 72 3 72
Arte 1 24 1 24 1 24 1 24
Educação Física 1 24 1 24 1 24 1 24
Matemática Matemática 2 48 2 48 2 48 2 48
Ciências da natureza
Biologia 1 24 1 24 1 24 1 24
Física 1 24 1 24 1 24 1 24
Química 1 24 1 24 1 24 1 24
Ciências
Humanas
História 1 24 1 24 1 24 1 24
Geografia 1 24 1 24 1 24 1 24
Filosofia 1 24 1 24 1 24 1 24
Sociologia 1 24 1 24 1 24 1 24
Parte Diversidade Linguagens Língua Estrangeira Moderna
Inglês
1 24 1 24 1 24 1 24
Total da Carga Horária
Anual
15 354 15 354 15 354 15 354
Legenda:
CHS – Carga Horária Semanal
CHP – Carga Horária por período
Observação: Carga Horária mínima do Ensino Médio 1.200 horas, distribuídas em 100 dias letivos.
Carga horária programada para o Ensino Médio é de 1.416 horas por semestre, distribuídas em 118 dias letivos por período.
Dispensa da educação Física (1 aula) conforme a Lei 9394/96 Art.26
60
2º SEGMENTO
Áreas de Conhecimento
Componentes
Curriculares
PERÍODO
6º PERÍODO 7º PERÍODO 8º PERÍODO 9º PERÍODO 10º PERÍODO
CHS CHP CHS CHP CHS CHP CHS CHP CHS CHP
Base
Nacional
Comum
Linguagens Língua Portuguesa 3 72 3 72 3 72 3 72 3 72
Arte 1 24 1 24 1 24 1 24 1 24
Educação Física 2 48 2 48 2 48 2 48 2 48
Matemática Matemática 2 48 2 48 2 48 2 48 2 48
Ciências da natureza Ciências 2 48 2 48 2 48 2 48 2 48
Ciências
Humanas
História 1 24 1 24 1 24 1 24 1 24
Geografia 2 48 2 48 2 48 2 48 2 48
Ensino Religioso Ensino Religioso 1 24 1 24 1 24 1 24 1 24
Parte
Diversidade
Linguagens Língua Estrangeira
Moderna - Inglês
1 24 1 24 1 24 1 24 1 24
Total da Carga Horária Anual 15 360 15 360 15 360 15 360 15 360
Legenda:
CHS – Carga Horária Semanal
CHP – Carga Horária por período
61
1º SEGMENTO
Observação: Carga Horária mínima do 2º segmento 1.600 horas, distribuídas em 100 dias letivos.
Carga horária programada para o 2º segmento do Ensino Fundamental de 1.800 horas por semestre, distribuídas em 118 dias letivos por período. Legenda:
CHS – Carga Horária Semanal
CHP – Carga Horária por período
Observação:
Carga Horária mínima do Ensino Médio 1.200 horas, distribuídas em 100 dias letivos.
Carga horária programada para o Ensino Médio é de 1.416 horas por semestre, distribuídas em 118 dias letivos por período. Dispensa da educação Física (1 aula) conforme a Lei 9394/96 Art.26
Áreas de Conhecimento
Componentes
Curriculares
PERÍODO 1º PERÍODO 2º PERÍODO 3º PERÍODO 4º PERÍODO
CHS CHP CHS CHP CHS CHP CHS CHP
Base
Nacional
Comum
Linguagens Língua Portuguesa 3 72 3 72 3 72 3 72
Arte 1 24 1 24 1 24 1 24
Educação Física 1 24 1 24 1 24 1 24
Matemática Matemática 2 48 2 48 2 48 2 48
Ciências da natureza
Biologia 1 24 1 24 1 24 1 24
Física 1 24 1 24 1 24 1 24
Química 1 24 1 24 1 24 1 24
Ciências
Humanas
História 1 24 1 24 1 24 1 24
Geografia 1 24 1 24 1 24 1 24
Filosofia 1 24 1 24 1 24 1 24
Sociologia 1 24 1 24 1 24 1 24
Parte Diversidade Linguagens Língua Estrangeira Moderna
Inglês
1 24 1 24 1 24 1 24
Total da Carga Horária
Anual
15 354 15 354 15 354 15 354
62
É importante destacar que a matrícula no 2º Segmento do Ensino Fundamental ou
no Ensino Médio, está condicionada à apresentação de documento que comprove estudos
anteriores. Caso o/a estudante não possua a documentação necessária, deverá ser avaliado
pela unidade escolar e classificado para o período adequado (art. 13, da Resolução CEE/AL nº
18/2002).
É obrigatória a frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
período/etapa/fase do Ensino Fundamental e do Ensino Médio para os/as estudantes
matriculados na modalidade da EJA (art. 14, da Resolução CEE/AL nº 18/2002).
Por ser uma modalidade do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, a EJA
deverá ser organizada com as mesmas áreas de conhecimento e componentes curriculares
obrigatórios, a base nacional comum
Ensino Fundamental (art. 15, Resolução CNE/CEB nº 7/2010)
I. Linguagens (Língua Portuguesa; Língua Materna, para populações
indígenas; Língua Estrangeira moderna; Arte; Educação Física)
II. Matemática (Matemática)
III. Ciências da Natureza (Ciências)
IV. Ciências Humanas (História; Geografia)
V. Ensino Religioso (Ensino Religioso)
Ensino Médio
I. Linguagens (Língua Portuguesa e Literatura, Arte, Educação Física,
Língua estrangeira moderna);
II. Matemática (Matemática);
III. Ciências da Natureza (Física, Biologia, Química);
IV. Ciências Humanas (Geografia, História, Filosofia, Sociologia).
Destaca-se que o 1º Segmento do Ensino Fundamental corresponde aos anos
iniciais e deve se caracterizar como fase de alfabetização e letramento. Nesse sentido, nos
primeiros períodos deve ser garantido ao/à estudante da EJA o domínio do código escrito
(codificação/decodificação).
A avaliação nas turmas da EJA é a mesma adotada para as Etapas da Educação
Básica em idade regular, ou seja:
Para o 1º Segmento (anos inicias) do Ensino Fundamental a avaliação será formativa,
sendo obrigatório: parecer descritivo individual e fichas descritivas individuais, com
progressão continuada entre as etapas, fases ou períodos do segmento (Resolução
CEB/CEE/AL nº 08/2007). Ao final do 1º Segmento haverá a avaliação somativa, que
considerará globalmente todos os componentes curriculares da matriz curricular –
média global, para aferir a promoção para o 2º Segmento do Ensino Fundamental,
constituindo-se a avaliação de caráter formativo e somativo.
Para o 2º segmento (anos finais) do Ensino Fundamental e o Ensino Médio a avaliação
será somativa por componente curricular.
Os estudantes matriculados na modalidade de EJA com dificuldades de
desempenho escolar deverão receber acompanhamento pedagógico direcionado para
superação das necessidades de aprendizagem diagnosticadas. As unidades escolares deverão
63
definir em seu regimento escolar e no projeto político pedagógico a forma de organização do
Ensino Fundamental e Ensino Médio na modalidade da EJA.
Destacamos que a vida escolar do estudante matriculado na modalidade da EJA
deve ser registrada nos documentos oficiais da escola, a exemplo de diário de classe, ficha
individual e ata específica.
As orientações apresentadas pela Gerência de Educação de Jovens e adultos –
GEEJA/SEDUC trata do processo burocrático da avaliação, porém o processo avaliativo
precisa também se permeado de concepções para que se torne um eficaz instrumento para
educador-educando e baseado nesse pensar vamos tomar como referência a proposta
pedagógica para educação básica de jovens e adultos do estado de Alagoas onde apresenta
que o processo avaliativo que pode de fato identificar o desenvolvimento do aluno necessita
ser coerente com os princípios que fundamentam e norteiam a prática pedagógica, desse
modo: A avaliação da educação básica tem de ser orientada por outra lógica, pela
lógica dos direitos, pela garantia do direito à cultura devida, ao convívio entre os pares
de mesma idade social e cultural, orientada pela lógica do desenvolvimento pleno dos
educandos. Nessa lógica não cabe a cultura da prova e da seletividade. Como reprovar
em níveis de desenvolvimento humano? Como estamos distantes dessa lógica que está
presente na moderna construção do campo da educação básica, universal, o campo
democrático do direito a ser humanos em plenitude! (Miguel Arroyo)
Uma nova perspectiva de avaliação exige do educador uma concepção de
jovem e adulto como sujeitos do seu próprio desenvolvimento, inseridos no contexto
de sua realidade social e política. Seres autônomos intelectual e moralmente (com
capacidade e liberdade de tomar suas próprias decisões) críticos e criativos
(inventivos, descobridores, observadores) e participativos (agindo com cooperação e
reciprocidade). Nessa dimensão educativa, os erros, as dúvidas dos alunos, são
considerados como episódios altamente significativos e impulsionadores da ação
educativa. Serão eles que permitirão ao professor observar e investigar como o aluno
se posiciona diante do mundo ao construir suas verdades. Nessa dimensão, avaliar é
dinamizar oportunidades de ação-reflexão, num acompanhamento permanente do
professor, que incitará o aluno a novas questões a partir de respostas formuladas.
(HOFFMANN, Jussara. Avaliação: Mito & Desafio).
A avaliação deixa de ser um momento terminal do processo educativo (como
hoje é concebida) para se transformar na busca incessante de compreensão das
dificuldades do educando e na dinamização de novas oportunidades de conhecimento.
Compreender as dificuldade encerra, além disso, um princípio de descentração (Piaget,
1977) por pane do educador. Pensar como o aluno pensa e porque ele pensa dessa
forma, não é tarefa costumeira dos professores. Na medida em que a ação avaliativa
exerce uma função dialógica e interativa, ela promove os seres moral e
intelectualmente, tornando-os críticos e participativos, inseridos no seu contexto social
e político.
Isto é, o diálogo é uma espécie de postura necessária, na medida em que os seres
humanos se encontram para refletir sobre sua realidade tal como a fazem e refazem.
(...) Através do diálogo, refletindo juntos sobre o que sabemos e não sabemos,
podemos, a seguir, atuar criticamente para transformar a realidade. (Freire, 1996)
Pensar em todas estas questões nos provoca (escola e professores) a repensar os
caminhos e os instrumentos da avaliação e ainda combiná-los com provas e exames
que além de identificar as competências em construção lhes possibilitem a
tranquilidade ao enfrentar situações em que terão de se submeter a provas, testes e
exames, sem perder de vista que o processo de avaliação e mesmo os instrumentos de
medida (provas, exames e testes) serão utilizados de tal maneira que sejam educativos,
e que a meta é incentivar os educandos a buscarem desempenhos crescentes em suas
atividades escolares e sociais. Identificados os conhecimentos, os pré-requisitos e as
particularidades construídas serão, em seguida comparados com os desafios ainda
existentes para as aprendizagens a serem conseguidas no processo educacional. Desta
64
forma o professor e o aluno estarão informados das novas exigências a serem
respondidas pelo processo de ensino e aprendizagem.
Ao se construir a compreensão de que a avaliação e os possíveis exames, testes
ou provas a serem realizados são instrumentos para qualificar os processos de ensino e
aprendizagem, e que tanto o professor quanto o aluno devem ser parceiros nesse
processo, serão reduzidas as tensões que permeiam essas atividades. Estar-se-á
construindo uma avaliação que leva a uma ação transformadora dos processos de
ensino-aprendizagem e o crescimento humano dos educandos (p. 43 e 44).
Como estamos tratando do processo de educação formal, não podemos deixar de
prevê Estratégias de continuidade da escolarização. Nesse momento, duas questões
precisam ser colocadas: a primeira se refere a estratégias para garantir a continuidade à
escolarização do aluno que está cumprindo pena, para isto todas as etapas da educação básica
na modalidade EJA precisam ser ofertadas nas unidades prisionais. A segunda, se refere a
estratégias de continuidade para os alunos que recebam alvará de soltura durante o seu
processo de escolarização, para esta situação o serviço de reintegração social deverá com a
Supervisão da Educação (SERIS) e a escola de referência fazer a transferência do aluno para a
rede pública de ensino, se preciso mediados pelas Coordenadorias Regionais de Educação ou
então expedir o histórico do aluno se for essa sua decisão.
65
ORGANIZAÇÃO DA OFERTA DE EDUCAÇÃO NÃO FORMAL E DA QUALIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
Considerando que a educação não formal designa um processo de formação para a
cidadania, de capacitação para o trabalho, de organização comunitária e também de conteúdos
escolares em ambientes diferenciados, podemos dizer que o Sistema Prisional em Alagoas
oferece algumas atividades nesse campo de educação, porém com um atendimento ainda em
número muito pequeno comparado com a população carcerária existente e desarticulado do
processo de educação formal, como exemplo, podemos citar o ciclo de palestras de combate
às drogas, sensibilização para o empreendedorismo, como também a disseminação da cultura
de paz e a ginástica laboral. Estas atividades poderiam estar sendo trabalha nas salas de aula,
mas acontecem paralelamente como atividade extraclasse.
Segundo a UNESCO a educação não formal se transformou nas últimas décadas
em um fenômeno crescente e a fez levar o conceito que faz deste modelo de educação para ser
tema da VI CONFITEA – “Educação ao longo da vida”, que em resumo se traduz como
educação que proporciona a arte de bem viver e conviver.
Assim, a educação não formal embora esteja fora do sistema regular de ensino,
pode e será mais eficaz, se ligada à educação formal.
As atividades, atualmente, oferecida na lógica da educação não formal no Sistema
Prisional estão ligadas, principalmente, a laborterapia e envolve atividades tanto de
qualificação profissional como artísticas, culturais, esporte e lazer.
Pretendemos a partir deste Plano ampliar o atendimento da educação não formal,
principalmente, no tocante a qualificação profissional, vislumbrando como via de capitação de
recursos programas dos Governo Federal como: PROEJA e PRONATEC.
A seguir apresentamos um panorama das atividades oferecidas dentro do conceito
de educação não formal que remete para condição de qualificação profissional:
1. MARCENARIA 19. CURSOS (GRATUIDADE)
2. CORTE COSTURA 20. ARTESANATO (ARAPIRACA)
3. SERIGRAFIA 21. RECEPCIONISTA
4. SANEANTES 22. DEPILADOR
5. PINTURA 23. INGLÊS BÁSICO
6. MECÂNICA 24. APLICADOR REVESTIMENTO
CERÂMICO
7. PADARIA 25. ALMOXARIFE DE OBRAS
8. MANUTENÇÃO 26. OPERADOR DE ÁUDIO
9. DECOUPAGEM 27. AUXILIAR ADMINISTRATIVO
10. MARCENARIA ARTESANAL 28. AUXILIARA DE SECRETARIA
ESCOLAR
11. TORNEARIA EM MADEIRA 29. PEDREIRO E ALVENARIA
13. JARDINAGEM 30. VENDEDOR
14. CONSTRUÇÃO CIVIL 31. PINTOR DE OBRAS
66
15. HORTA 32. ENCANADOR INSTALADOR
PREDIAL
16. PRÉ-MOLDADOS 33.ELETRICISTA INSTALADOR
PREDIAL
17. MARCHETARIA 34. SCHNEIDER ELECTRIC
(ELETRICISTA RESIDENCIAL
BÁSICO)
18. TORNEARIA 35. FORMAÇÃO PARA O
TRABALHO-WILIVRO (ONLINE)
19. FILÉ
A Laborterapia destina-se a qualificar profissionalmente os reeducandos por
meio do emprego de oficinas produtivas, oferecendo cursos como filé, decoupagem, pintura
em tecido, bordado, crochê, tornearia em madeira, marcenaria, saneantes, corte e costura,
serigrafia, capinagem, horta e áreas administrativa.
RESUMO DO ATENDIMENTO DA LABORTERAPIA
MÊS POPULAÇÃO
CARCERÁRIA
QUANT.
PRESO(A)S
ENVOLVIDOS
PERC.
ATENDIMENTO
JANEIRO/14 3058 296 10%
FEVEREIRO/14 3192 349 11%
MARÇO/14 3156 343 11%
ABRIL/14 3242 326 10%
MAIO/14 3334 328 10%
JUNHO/14 3370 296 9%
JULHO/14 3365 290 9%
AGOSTO/14 3394 364 11%
SETEMBRO/14 3400 387 11%
OUTUBRO/14 3397 337 10%
NOVEMBRO/14 3357 330 10%
DEZEMBRO/14 3353 231 7%
QUADRO DA LABORTERAPIA POR ESTABELECIMENTO PENAL
NOVEMBRO – 2014
PRESÍDIO TOTAL
PENITENCIÁRIA MASCULINA BALDOMERO CAVALCANTE DE
OLIVEIRA 168
PRESÍDIO DE SEGURANÇA MÉDIA CYRIDIÃO DURVAL E SILVA 39
CASA DE CUSTÓDIA DA CAPITAL 22
PRESÍDIO DESEMBARGADOR LUIZ DE OLIVEIRA E SOUZA 30
NÚCLEO RESSOCIALIZADOR DA CAPITAL 35
ESTABELECIMENTO PRISIONAL FEMININO SANTA LUZIA 52
SEMI ABERTO 0
TOTAL GERAL 346
67
ENVOLVIDOS EM EDUCAÇÃO NÃO FORMAL POR ESTABELECIMENTO PENAL
ESTABELECIMENTO PENAL
ATIVIDADE QUANTIDADE DE
PRESO(A)
PENITENCIÁRIA MASCULINA BALDOMERO
CAVALCANTE DE OLIVEIRA
ENGENHARIA 04
FILÉ 07
HORTA 11
COZINHA 08
SERVIÇÕES GERAIS 17
MARCENARIA 02
TORNEARIA 01
PINTURA EM TECIDO 10
CAPINAGEM 14
PRESÍDIO DE SEGURANÇA MÉDIA CYRIDIÃO
DURVAL E SILVA
COZINHA 07
MARCENARIA 04
SERVIÇÕES GERAIS 13
FILÉ 03
TORNEARIA 01
PRESÍDIO DO AGRESTE
LAVANDARIA 02
SERVIÇÕES GERAIS 12
CORTE E COSTURA 13
CABILELEIRO 05
COORD. ESPORTES 05
ARTESANATO 12
SERIGRAFIA 05
CASA DE CUSTÓDIA DA CAPITAL SERVIÇÕES GERAIS 20
CENTRO PSIQUIATRICO JUDUCIÁRIO SERVIÇÕES GERAIS 14
NÚCLEO RESSOCIALIZADOR DA CAPITAL
BIBLIOTECA 01
COZINHA 10
COZINHA( FÁBRICA) 04
SANEANTES 02
PADARIA 01
ALMOXARIFADO
PADARIA
06
MECANICA 03
CAPINAGEM 14
MARCENARIA 04
HORTA 04
ENGENHARIA 15
GE. EDUCAÇÃO 01
CORTE COSTURA 01
MANUTENÇÃO 05
SERVIÇOES GERAIS 08
ESTABELECIMENTO PRISIONAL FEMININO
SANTA LUZIA
FILÉ 07
PINTURA EM TECIDO 10
CORTE COSTURA 14
JARDINAGEM 02
SERVIÇOS GERAIS 12
SERIGRAFIA 06
ADMINISTRAÇÃO
(DPEL)
01
MANUTENÇÃO (DPEL) 01
GE.EDUCAÇÃO 01
68
FORMAÇÃO INICIAL E FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS
Falar em formação para atuar na Educação de Jovens e Adultos abre uma
discussão a respeito da formação inicial que ainda deixa grande lacuna no tocante a formação
de profissionais para atendimento a esta modalidade de educação. Essa condição já despertou
o movimento dos fóruns de EJA em todo Brasil, que junto a SECADI/MEC já realizaram três
seminários nacionais de formação de educadores de jovens e adultos, com o propósito de
incluir a EJA na grade curricular dos cursos de licenciatura fazendo com que cada vez mais a
EJA seja direcionada a pesquisa e extensão e assim provoquem um despertar dos institutos de
educação superior a assumir não somente a formação inicial como também a formação
permanente e continuada.
Com esta colocação podemos perceber que apesar de avanços a formação da EJA
ainda apresenta dificuldades, se isso é uma realidade que se volta para esses profissionais que
vão atuar nas redes públicas de ensino, imagine para os que atuam com a educação de jovens
e adultos privados de liberdade, neste caso as dificuldades são muito maiores e a dificuldade
de encontrar profissionais nas universidades e nas IES é muito maior, isso fica evidenciado
pela nula procura destas instituições apresentando interesse pelo menos de pesquisa. Diante
deste fato, os profissionais que são inseridos para atuação no campo educacional do sistema
prisional seja na área técnica pedagógica, para exercício de docência e até os agentes
penitenciários precisam de uma política de formação que garanta que estes profissionais só
sejam admitidos para o exercício de sua função após uma formação inicial e,
consequentemente, formações continuadas e permanente.
A Secretaria de Estado de Educação de Alagoas em sua estrutura possui na
Superintendência de Gestão de Rede SUGER o setor DIAPE (Diretoria de Apoio as Práticas
Educacionais) com três gerências: formação, currículo e práticas pedagógicas é esse
departamento que articulado com a SUPED/GEEJA/SEDUC, SERIS/GEPL/SE e Escola
Penitenciária irão buscar parcerias com a universidade Federal de Alagoas e com os demais
IES para instituir e garantir um processo de formação/capacitação permanente e qualitativo.
Na discussão acima, observamos que muitos esforços ainda precisam ser somados
para que se promova uma educação que atenda as necessidades e estrutura do sistema
prisional, porém é válido enfatizar que o quadro docente apresenta sérias fragilidades no
tocante à execução das aulas e, muitas vezes, os professores conduzem o processo
completamente desarticulados das reais necessidades dos sujeitos que estão sob privação de
liberdade, assim faz-se necessário que esses profissionais sejam capacitados para de fato
assumirem seu papel com consciência e competência. A seguir apresentamos uma proposta de
formação:
Público alvo: profissionais envolvidos direto e indiretamente com a educação dos
apenados.
69
Objetivos da formação:
1. Preparar o quadro pedagógico para compreender e atender as normas de segurança
e convívio do sistema prisional e sensibilizar os agentes penitenciários da
importância da escolarização para os sujeitos apenados.
2. Formar uma equipe técnica pedagógica com competências teóricas e
metodológicas para efetivar uma prática docente eficaz no processo de
ressocialização dos sujeitos encarcerados.
3. Fomentar nos profissionais que atuam na educação prisional o interesse pela
pesquisa sobre o processo de educação nas prisões.
4. Oferecer ao quadro técnico pedagógico, docente e aos agentes penitenciários uma
preparação emocional e psicológica para uma melhor atuação.
5. Provocar discussões para construção de uma proposta pedagógica e um currículo
apropriado para a educação prisional.
6. Qualificar os envolvidos no processo de educação formal oferecido em todo
sistema prisional.
ESTRUTURA METODOLÓGICA PARA A FORMAÇÃO INICIAL DOS
PROFISSIONAIS QUE SÃO INSERIDOS PARA ATUAÇÃO NA EJA/PPL:
Carga horária: 40 horas.
Temas a serem trabalhados e sugestão metodológica
PROGRAMAÇÃO
DIA MANHÃ TARDE
segunda-feira Abertura com apresentações,
estrutura da escola de referência,
demais envolvidos na oferta de
educação prisional e Plano
Estadual de Educação nas Prisões
Painel sobre o sistema prisional
Alagoano e normas de segurança
nos presídios
terça-feira Mesa de apresentação com
interlocução.
Tema: marcos teóricos para oferta
da educação de jovens e adultos
privados de liberdade.
Palestra: ética na educação
prisional.
quarta-feira Oficina: A preparação psicológica
para desempenho das atividades
docente na prisão.
Oficina: A preparação psicológica
para desempenho das atividades
docente na prisão.
quinta-feira
Pensando um currículo para
educação dos privados de liberdade
com foco na educação profissional
Pensando práticas pedagógicas para
a educação prisional
sexta-feira Análise de experiências brasileiras
bem sucedidas em EJA nos
sistemas prisionais
Sugestões para os demais
momentos de formação
70
FORMAÇÃO CONTINUADA:
Esta deverá acontecer atendendo a cronograma previamente programado pela
escola de referência e Gerência de Educação que articulados com a SUPED/Diretoria de
Modalidades e Diversidades da Educação Básica, SUGER/DIAPE, 14ª Coordenadoria
Regional de Educação e Escola penitenciária que tomarão as providências em relação à
logística e parcerias necessárias para que a efetivação destes momentos sejam garantidos.
A Escola Penitenciária também propõe para formação a inserção da Educação
Ambiental em ambientes de cárceres poderá contribuir para despertar o interesse do
reeducando pelo estudo como também promover a educação formal, incluindo estudos sobre
direitos humanos tanto quanto viabilizar o acesso a cursos profissionalizantes através de
práticas de reciclagem, reutilização, reuso, dentre outros.
O acesso à educação nesse ambiente, além de ser um direito percebe-se
fundamental para a ressocialização do indivíduo preso. De acordo com Julião (2007, p. 1)14
[...] ao investigar o papel da educação como programa de reinserção social na
política de execução penal, parto da reflexão que defende a hipótese de que, no que
concerne à reinserção social, a educação pode vir a assumir papel de destaque, pois,
além dos benefícios da instrução escolar, o preso pode vir a participar de um
processo de modificação capaz de melhorar sua visão de mundo, contribuindo para a
formação de senso crítico, principalmente resultando no entendimento do valor da
liberdade e melhorando o comportamento na vida carcerária. (Ibidem)
Com a implantação da Educação Ambiental no cárcere, os reeducandos podem
sensibilizar-se e perceberem-se como agentes ativos, ao efetivarem ações que promovam a
construção de um meio ambiente mais equilibrado para as pessoas. É necessário despertar
neles a responsabilidade pela preservação do meio ambiente e garantir, inclusive, um mundo
melhor para as gerações futuras. Através do emprego de técnicas de manuseio de resíduos
sólidos existe a possibilidade de gerar emprego e renda, sendo esta uma alternativa viável para
a inclusão desses indivíduos no processo produtivo, dando-lhe oportunidade digna de
trabalho. Isso poderá ser possível através de convênios com ONGs, cooperativas de
reciclagem, dentre outros. A promoção da Educação Ambiental, Formal e em Direitos
Humanos em um sistema de cárcere contribuirá para a construção de saberes e a possibilidade
de inserção do egresso na sociedade.
Toda atividade humana gera resíduos que são descartados no meio ambiente sem
o mínimo de cuidado ou tratamento. Com esses cuidados é possível manter o ambiente mais
saudável. Faz-se mister, então, ações de Educação Ambiental para todos, inclusive nos
presídios, e a efetivação destas para viabilizarem a criação da consciência sobre a conservação
do meio ambiente. Essa atenção inclui os funcionários, os reeducando da instituição e seus
familiares. Quanto aos reeducandos, a finalidade é reinseri-los no mercado de trabalho ao
prepará-los para reciclar o que é descartado pela sociedade, gerando, assim, renda própria.
Ações ligadas à Educação Ambiental quando implantadas devem se estender a
parentes e amigos dos reeducandos, bem como funcionários do Sistema Penitenciário serão
potenciais multiplicadores de informações e atividades relacionadas ao tema. Percebe-se que
através da EA será possível desenvolver e manter projetos educacionais que deverão
contribuir de forma importante para a sustentabilidade do ambiente e para a inclusão social.
71
Por fim, implantar a Educação Ambiental em ambientes de cárcere, não deverá ser
uma tarefa fácil, porém com o empenho dos gestores e capacitação dos monitores será
possível desenvolver um ensino de qualidade no que diz respeito à Educação Ambiental.
72
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E ATENDIMENTO À DIVERSIDADE15
A SEDUC, através da Gerência de Diversidade, interligada à Superintendência de
Políticas Educacionais, com a intenção de respeitar o direito de todos, bem como, suas
características, necessidades e pluralidade (de gênero, étnico-racial, cultural, etc.) tem o
compromisso em dar suporte a toda Rede Estadual de Ensino com projetos, programas e
políticas que contemplem as necessidades apresentadas por sua demanda.
Desta forma, é de responsabilidade desta Gerência implantar e implementar
programas de formação continuada dos profissionais da educação a serem capacitados a fim
de trabalhar temas voltados a questões da diversidade. A partir da realização de oficinas e
palestras, os docentes deverão incluir nos seus planos de trabalho, tais temáticas e também
todos envolvidos no processo (gestores, agentes penitenciários etc.) se apropriarão desses
conhecimentos para evitar e reduzir toda espécie de preconceitos e discriminação, dentre
outras questões preconizadas na Resolução do CNE/CP nº 08/2012 que dispõe sobre as
Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos.
Assim, para que sejam desenvolvidos tais projetos e programas, faz-se necessária
a integração das Gerências de Educação de Jovens e Adultos e Educação Especial para que
apresentem ações voltadas ao público privado de liberdade, bem como, atender a pessoas com
necessidades especiais. É preciso, ainda, para atender a educação formal no sistema prisional,
lotar profissionais com formação específica na Psicopedagogia e na área da Educação
Especial.
Destarte, vale salientar que esta necessidade seja instituída pela a Escola de
Referência para atender as especificidades dessa oferta de educação.
Observação:
Destaca-se que apesar das questões apresentadas o setor específico da diversidade na
Secretaria de Estado da Educação não operacionalizou nenhuma ação direta no Sistema
Prisional.
15
Não houve alteração no conteúdo do capítulo PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E ATENDIMENTO À
DIVERSIDADE já exposto na primeira versão do PEEP/AL
73
CERTIFICAÇÃO16
Para divulgação da existência dos Exames de Certificação para as Pessoas
Privadas de Liberdade a Supervisão da Educação do Sistema Penitenciária encaminha para
todas as Unidades Prisionais cópia da publicação dos editais, como também, realiza reuniões
com os reeducandos representantes dos módulos para explicar o que é cada exame,
entregando-lhes cópias dos editais e cartazes para serem afixados nos módulos de convívios
dos demais reeducandos.
O serviço social da Supervisão de Educação (SERIS) faz a pesquisa corpo a corpo
para saber qual reeducando deseja participar dos Exames. Encaminha para o responsável da
Unidade Prisional para o mesmo verificar as questões de disciplina e periculosidade do
indivíduo, para no dia do Exame não ter nenhum problema.
A Supervisão de Educação (SERIS) realiza reuniões com a Diretoria das
Unidades Prisionais cientificando-os da necessidade de preparar os agentes penitenciários que
estarão de plantão no dia dos exames, para não existir nenhuma dúvida é preparado um Plano
de Ação para cada Exame e enviado para todos os envolvidos.
Os candidatos são conduzidos para os ambientes que realizarão os exames com
antecedência de no mínimo duas horas. Lá eles recebem caneta, lápis, borracha (ou material
descrito nos editais) e duas garrafas de água mineral de 500 ml. O ambiente possui as carteiras
escolares adequadas, como também, iluminação e ventilação necessárias.
Tendo a definição de qual será a empresa aplicadora do exame a Supervisão de
Educação (SERIS) provoca uma reunião para saber quais as pessoas que terão acesso ao
Sistema Penitenciário nos dias dos exames. Solicita-se cópia dos documentos e identificação
dos veículos para solicitar ao setor responsável autorização de acesso nos dias dos exames,
evitando desse modo atraso ou quaisquer transtornos.
Após aplicação, acompanhamento e coleta de resultados a Supervisão de
Educação (SERIS) encaminha às Unidades Prisionais os resultados, solicitando a
documentação do reeducando aprovado para que a Supervisão de Educação (SERIS) solicite a
SEDUC a certificação do sujeito, parcial ou total. Depois a certificação é acostada no
prontuário do indivíduo e quando o juiz de execução penal pede a vida carcerária do
reeducando a certificação é encaminhada para análise e deliberação quanto à remição ou pode
ser entregue a família (a pedido) para as providências legais que considerar importantes.
16
Não houve alteração no conteúdo do capítulo CERTIFICAÇÃO já exposto na primeira versão do PEEP/AL
74
Cronograma do ENEM:2013
DATA AÇÃO UNIDADE RESPONSÁVEL
18/11/13 Reunião para detalhar as ações em cada
Unidade.
DEPL
DUP
GE
Evany
Alexsandro
Andréa
18/11/13 Definir local para aplicação das provas
para os candidatos do semiaberto. CAISL Thales
19/11/13 Fazer solicitação da água mineral para
os candidatos e equipe. GE Andréa
21/11/13
Encaminhar ofício para o Poder
Judiciário, OAB e Polícia Civil
divulgando a realização do Enem para
os privados de liberdade e solicitando,
na medida do possível, a suspensão de
audiências, atendimentos e
transferências nos dias das provas.
DUP Alexsandro
21/11/13
Encaminhar memorando para
Laborterapia, Serviço Social, Saúde e
SERIS e demais setores necessários
solicitando que não haja oferta de
serviço/atividade ou reuniões nos dias
das provas (exceto urgência e
emergência).
DUP Alexsandro
22/11/13
Solicitar liberação de empréstimo de 01
isopor grande para cada unidade nos
dias das provas.
GE Andréa
25/11/13
Estabelecer contato com a Entidade
Contratada pelo INEP para realização
do exame.
GE Andréa
29/11/13
Providenciar copo, talher e
depósito/quentinha para a alimentação
na hora do almoço para os candidatos.
STA. LUZIA
BALDOMERO
CYRIDIÃO
PSM
CPJ
NRC
CCC
U. AGRESTE
Ludmila
Marcellus
Thallys
Anízio
Danielah
Geórgia
Alessandra
Lailson
29/11/13 Reunião para ajustes finais (check-list).
DUP
GE
GG
GP
COPEN
NUTRIÇÃO
TRANSPORTE
APROVISIONAMENTO
Titulares ou
representantes
29/11/13
Encaminhar memorando com a relação
dos candidatos que participarão do
Enem, para o COPEN/GER para
providenciar escolta nos dias das
provas.
DUP Alexsandro
29/11/13
Encaminhar para o COPEN
identificação de pessoas alheias ao
Sistema que terão acesso nos dias das
GE Andréa
75
provas.
29/11/13
Providenciar autorização junto a
CESGRANRIO permissão para entrega
de remédios aos pacientes do CPJ no
horário da prova.
GE Andréa
02/12/13
Providenciar carteiras escolares pra
cada local de prova.
Programar transporte para levar e
buscar as carteiras.
GE
TRANSPORTE
Andréa
Genizete
Nascimento
03/12/13
04/12/13
Distribuição de caneta, água mineral e
termo de desistência do candidato (o
reeducando que desistir deverá assinar
um termo para cada dia de prova, no
último dia todos os termos devem ser
entregues à Gerência de Educação).
STA. LUZIA
BALDOMERO
CYRIDIÃO
PSM
CPJ
NRC
CCC
U. AGRESTE
Andréa
Genizete
03/12/13
04/12/13
Encaminhar a escolta para os
reeducandos inscritos no PSM que farão
prova no NRC.
DUP Alexsandro
03/12/13
04/12/13
Logística para os participantes
(candidatos/aplicadores do exame) irem
ao banheiro.
STA. LUZIA
BALDOMERO
CYRIDIÃO
PSM
CPJ
NRC
CCC
U. AGRESTE
Ludmila
Marcellus
Thallys
Anízio
Danielah
Geórgia
Alessandra
Lailson
03/12/13
04/12/13
Providenciar junto às cozinhas,
quentinhas para o almoço dos
candidatos. O almoço deve ser servido
no mesmo local da prova às 10h00 (as
provas acontecem no horário de
Brasília), por isso que alimentação tem
ser mais cedo.
STA. LUZIA
BALDOMERO
CYRIDIÃO
PSM
CPJ
NRC
CCC
U. AGRESTE
Ludmila
Marcellus
Thallys
Anízio
Danielah
Geórgia
Alessandra
Lailson
03/12/13
04/12/13
Encaminhar os participantes do Exame
até o local do exame, sem atraso.
STA. LUZIA
BALDOMERO
CYRIDIÃO
PSM
CPJ
NRC
CCC
U. AGRESTE
Ludmila
Marcellus
Thallys
Anízio
Danielah
Geórgia
Alessandra
Lailson
03/12/13
04/12/13
Assegurar acesso e segurança a todos os
envolvidos na aplicação do Enem nas
dependências de sua unidade.
STA. LUZIA
BALDOMERO
CYRIDIÃO
PSM
CPJ
NRC
CCC
U. AGRESTE
Ludmila
Marcellus
Thallys
Anízio
Danielah
Geórgia
Alessandra
Lailson
03/12/13
04/12/13
Proceder de forma segura a inserção dos
fiscais de sala na aplicação do Exame
STA. LUZIA
BALDOMERO
Ludmila
Marcellus
76
dentro do(s) local(is) designado(s) para
os participantes realizarem as provas.
CYRIDIÃO
PSM
CPJ
NRC
CCC
U. AGRESTE
Thallys
Anízio
Danielah
Geórgia
Alessandra
Lailson
03/12/13
04/12/13 Resguardar o sigilo das provas.
STA. LUZIA
BALDOMERO
CYRIDIÃO
PSM
CPJ
NRC
CCC
U. AGRESTE
Ludmila
Marcellus
Thallys
Anízio
Danielah
Geórgia
Alessandra
Lailson
03/12/13
04/12/13
Responsabilizar-se por qualquer
anormalidade quanto à conduta dos
participantes de sua unidade durante a
realização do Exame.
STA. LUZIA
BALDOMERO
CYRIDIÃO
PSM
CPJ
NRC
CCC
U. AGRESTE
Ludmila
Marcellus
Thallys
Anízio
Danielah
Geórgia
Alessandra
Lailson
Cronograma do ENEM 2014
DATA AÇÃO UNIDADE RESPONSÁVEL
28/11/14 Reunião para detalhar as ações em cada
Unidade.
SERIS
DEPL
DUP
GE
Mj. Henrique
Evany
Wallace
Andréa
28/11/14 Definir local para aplicação das provas
para os candidatos do semiaberto. CAISL Silvana
28/11/14 Fazer solicitação da água mineral e gelo
para os candidatos e equipe. GE Andréa
28/11/14
Encaminhar ofício para o Poder
Judiciário, OAB e Polícia Civil
divulgando a realização do Enem para
os privados de liberdade e solicitando,
na medida do possível, a suspensão de
audiências, atendimentos e
transferências nos dias das provas.
DUP Wallace
28/11/14
Encaminhar memorando para
Laborterapia, Serviço Social, Saúde,
SERIS, SERIS e demais setores
necessários solicitando que não haja
oferta de serviço/atividade ou reuniões
nos dias das provas (exceto urgência e
emergência).
DUP Wallace
28/11/14
Solicitar liberação de empréstimo de 01
isopor grande para cada unidade nos
dias das provas.
GE Andréa
28/11/14 Solicitar lanche pra equipe aplicadora. GE Andréa
28/11/14 Estabelecer contato com a Entidade GE Andréa
77
Contratada pelo INEP para realização
do exame.
02/12/14
Providenciar copo, talher e
depósito/quentinha para a alimentação
na hora do almoço para os candidatos.
STA. LUZIA
BALDOMERO
CYRIDIÃO
PSM
CPJ
NRC
CCC
U. AGRESTE
Ludmila
Helder
Cévio
Glaudson
Danielah
Geórgia
Alessandra
Diógenes
05/12/14 Reunião para ajustes finais (check-list).
DUP
GE
GG
GP
COPE
NUTRIÇÃO
TRANSPORTE
APROVISIONAMENTO
Titulares ou
representantes
02/12/14
Encaminhar memorando com a relação
dos candidatos que participarão do
Enem, para o COPE/GER para
providenciar escolta nos dias das
provas.
DUP Wallace
02/12/14
Encaminhar para o COPE identificação
de pessoas alheias ao Sistema que terão
acesso nos dias das provas.
GE Andréa
02/12/14
Providenciar autorização junto a
CESGRANRIO permissão para entrega
de remédios aos pacientes do CPJ no
horário da prova.
GE Andréa
02/12/14
Providenciar carteiras escolares pra
cada local de prova.
Programar transporte para levar e
buscar as carteiras.
GE
TRANSPORTE
Andréa
Genizete
Nascimento
09/12/14
10/12/14
Distribuição de caneta, água mineral e
termo de desistência do candidato (o
reeducando que desistir deverá assinar
um termo para cada dia de prova, todos
os dias os termos devem ser entregues à
Coordenação da Gerência de Educação
que estará em cada unidade).
STA. LUZIA
BALDOMERO
CYRIDIÃO
PSM
CPJ
NRC
CCC
U. AGRESTE
CAISL
Andréa
Genizete
09/12/14
10/12/14
Encaminhar a escolta para os
reeducandos inscritos no PSM que
farão prova no NRC.
DUP Wallace
09/12/14
10/12/14
Logística para os participantes
(candidatos/aplicadores do exame) irem
ao banheiro.
STA. LUZIA
BALDOMERO
CYRIDIÃO
PSM
CPJ
NRC
CCC
U. AGRESTE
Gerente Geral de
cada
estabelecimento
78
CAISL
09/12/14
10/12/14
Providenciar junto às cozinhas,
quentinhas para o almoço dos
candidatos. O almoço deve ser servido
no mesmo local da prova às 10h00 (as
provas acontecem no horário de
Brasília), por isso que alimentação tem
ser mais cedo.
STA. LUZIA
BALDOMERO
CYRIDIÃO
PSM
CPJ
NRC
CCC
U. AGRESTE
Gerente Geral de
cada
estabelecimento
09/12/14
10/12/14
Encaminhar os participantes do Exame
até o local do exame, sem atraso.
STA. LUZIA
BALDOMERO
CYRIDIÃO
PSM
CPJ
NRC
CCC
U. AGRESTE
CAISL
Gerente Geral de
cada
estabelecimento
09/12/14
10/12/14
Assegurar acesso e segurança a todos os
envolvidos na aplicação do Enem nas
dependências de sua unidade.
STA. LUZIA
BALDOMERO
CYRIDIÃO
PSM
CPJ
NRC
CCC
U. AGRESTE
Gerente Geral de
cada
estabelecimento
09/12/14
10/12/14
Proceder de forma segura a inserção
dos fiscais de sala na aplicação do
Exame dentro do/s local/is designado/s
para os participantes realizarem as
provas.
STA. LUZIA
BALDOMERO
CYRIDIÃO
PSM
CPJ
NRC
CCC
U. AGRESTE
Gerente Geral de
cada
estabelecimento
09/12/14
10/12/14 Resguardar o sigilo das provas.
STA. LUZIA
BALDOMERO
CYRIDIÃO
PSM
CPJ
NRC
CCC
U. AGRESTE
Gerente Geral de
cada
estabelecimento
09/12/14
10/12/14
Responsabilizar-se por qualquer
anormalidade quanto à conduta dos
participantes de sua unidade durante a
realização do Exame.
STA. LUZIA
BALDOMERO
CYRIDIÃO
PSM
CPJ
NRC
CCC
U. AGRESTE
Gerente Geral de
cada
estabelecimento
79
Meta de inscrições ENEM
2015 2016 2017
14% 17% 20%
Cronograma do ENCCEJA 2013
PRAZO DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL
01/08/12 a 31/08/12 Coleta de dados dos reeducandos que
não possuem CPF
Serv. Social – SERIS
02/01/13 Fazer adesão das Unidades Prisionais SERIS
02/01/13 Leitura do Edital ENCCEJA publicado
D.O.U.
Gerência de Educação
04/01/13 a 05/01/13 Encaminhar edital para as U.
Prisionais
Gerência de Educação
07/01/13 a 11/01/13 Divulgação da realização do
ENCCEJA
Serv. Social – SERIS
14/01/13 a 18/01/13 Encaminhar para GE relação dos
candidatos para o ENCCEJA
Unidades Prisionais
23/01/2013 à 15/02/2013 Fazer inscrições dos candidatos Gerência de Educação
19/02/2013 Reunião com as Unidades Prisionais
para definir o Plano de Ação para
realização do ENCCEJA
Gerência de Educação
25/02/2013 Encaminhar Plano de Ação para os
envolvidos na ação
Gerência de Educação
05/03/2013 Adotar as providências do Plano de
Ação para os dias do Exame
Gerência de Educação
25/03/2013 Reunião com a empresa concessionária
aplicadora do Exame
Gerência de Educação
02/04/2013
Aplicação da prova Gerência de Educação e
Unidades Prisionais
29/05/2013
Acompanhamento do resultado do
Exame
Gerência de Educação
31/05/2013 Encaminhamentos dos resultados para
Unidades Prisionais
Gerência de Educação
Cronograma do ENCCEJA 2014
DATA AÇÃO UNIDADE RESPONSÁVEL
0
9/07/14
Reunião para detalhar as ações em
cada Unidade.
SERIS
DUP
DEPL
UNIDADES PRIS.
COP
Nutrição
Transporte
Aprovisionamento
Mj. Henrique
Wallace
Evany/Andréa
Ger.Gerais/Penais
Anízio
Ana Paula
Nascimento
Nicácio
1
5/07/14
Estabelecer contato com a Entidade
Contratada pelo INEP para realização
do exame.
GE Andréa
1
5/07/14
Providenciar autorização junto à
empresa concessionária permissão
para entrega de remédios aos
pacientes do CPJ no horário da
prova.
GE Andréa
80
1
5/07/14
Providenciar copo, talher e
depósito/quentinha para a
alimentação na hora do café, almoço
e janta para os candidatos.
Cada Unidade Prisional Gerente Geral
1
5/07/14
Encaminhar ofício para o Poder
Judiciário, OAB e Polícia Civil
divulgando a realização do
ENCCEJA para os privados de
liberdade e solicitando, na medida do
possível, a suspensão de audiências,
atendimentos e transferências no dia
das provas (enviar relação dos
candidatos).
DUP Wallace
1
5/07/14
Encaminhar memorando para
Laborterapia, Serviço Social, Saúde e
SERIS e demais setores necessários
solicitando que não haja oferta de
serviço/atividade ou reuniões no dia
das provas (exceto urgência e
emergência).
DUP Wallace
1
5/07/14
Encaminhar memorando com a
relação dos candidatos que
participarão do ENCCEJA, para o
COP para providenciar escolta no dia
das provas.
DUP Wallace
1
5/07/14
Definir quem fará a escolta dos
candidatos que estejam em unidades
diferentes da unidade de origem da
inscrição no dia do exame.
DUP Wallace
2
1/07/14
Fazer solicitação de gelo (40 cubas)
ao Mj. Edenilzo.
GE Andréa
2
1/07/14
Fazer solicitação de lanche para a
equipe aplicadora e para a segurança.
GE Andréa
2
1/07/14
Solicitar ao aprovisionamento a
liberação de 08 isopores
(empréstimo) para Gerência de
Educação no dia das provas.
GE Andréa
2
1/07/14
Providenciar carteiras escolares pra
cada local de prova.
GE Andréa
Genizete
2
1/0714
Fazer solicitação de água mineral ao
aprovisionamento para os candidatos
e equipe.
GE Andréa
2
5/07/14
Encaminhar para o GIT identificação
de pessoas alheias ao Sistema que
terão acesso no dia das provas.
GE Andréa
2
8/07/14
Reunião para ajustes finais (check-
list).
SERIS
DUP
DEPL
Unidades pris.
Cop
Nutrição
Transporte
Aprovisionamento
Titulares ou
representantes
2Providenciar um veículo com Transporte Nascimento
81
8/07/14 motorista para o transporte dos
isopores com água.
2
8/07/14
Distribuição de caneta, água mineral
e termo de desistência do candidato
para cada unidade prisional.
GE Andréa
2
8/07/14
Logística para os participantes
(candidatos/aplicadores do exame)
irem ao banheiro.
Cada Unidade Prisional Gerente Geral
2
9/07/14
O candidato (reeducando(a)) que
desistir deverá assinar um termo de
desistência (todos os termos devem
ser entregues à Coordenador da
Aplicação no local da prova.
Cada Unidade Prisional Gerente Penal
2
9/07/14
Providenciar junto às cozinhas,
quentinhas para o almoço dos
candidatos (reeducando(a)s). O café,
almoço e janta devem ser liberados
no mesmo local da prova às 06h00,
12h00 e 19h00, respectivamente.
Cada Unidade Prisional Gerente Geral
2
9/07/14
Encaminhar os participantes do
Exame até o local do exame, sem
atraso.
Cada Unidade Prisional Gerente Geral
2
9/07/14
Assegurar acesso e segurança a todos
os envolvidos na aplicação do
ENCCEJA nas dependências de sua
unidade.
Cada Unidade Prisional Gerente Geral
2
9/07/14
Proceder de forma segura a inserção
dos fiscais do exame/de sala na
aplicação do Exame dentro do(s)
local(is) designado(s) para os
participantes realizarem as provas.
Cada Unidade Prisional Gerente Geral
2
9/07/14
Resguardar o sigilo das provas. Cada Unidade Prisional Gerente Geral
2
9/07/14
Responsabilizar-se por qualquer
anormalidade quanto à conduta dos
participantes de sua unidade durante
a realização do Exame.
Cada Unidade Prisional Gerente
Meta de inscrições ENCCEJA
2015 2016 2017
11% 17% 22%
Cronograma do Supletivo 2013
DATA AÇÃO UNIDADE RESPONSÁVEL
12/04/13
Fazer solicitação da compra de água mineral
para os candidatos e equipe.
GE Andréa
12/04/13
Fazer solicitação de compra de gelo (20
cubas por dia).
GE Andréa
12/04/13 Fazer solicitação da compra de canetas, lápis GE Andréa
82
e borracha.
16/04/13 Reunião para detalhar as ações em cada
Unidade.
DEPL
DUP
GE
Evany
Alexsandro
Andréa
30/04/13
Estabelecer contato com a Entidade
Contratada pela SEDUC para realização do
exame.
GE
Andréa
30/04/13
Providenciar autorização junto a Secretaria
de Educação permissão para entrega de
remédios aos pacientes do CPJ no horário da
prova.
GE Andréa
06/05/13
Providenciar copo, talher e
depósito/quentinha para a alimentação na
hora do almoço para os candidatos.
Cada Unidade
Prisional Gerente Geral
10/05/13
Encaminhar ofício para o Poder Judiciário,
OAB e Polícia Civil divulgando a realização
do supletivo para os privados de liberdade e
solicitando, na medida do possível, a
suspensão de audiências, atendimentos e
transferências nos dias das provas (enviar
relação dos candidatos).
DUP Alexsandro
10/05/13
Encaminhar memorando para Laborterapia,
Serviço Social, Saúde e SERIS e demais
setores necessários solicitando que não haja
oferta de serviço/atividade ou reuniões nos
dias das provas (exceto urgência e
emergência).
DUP Alexsandro
13/05/13
Encaminhar memorando com a relação dos
candidatos que participarão do supletivo,
para o GIT/GER para providenciar escolta
nos dias das provas.
DUP Alexsandro
13/05/13
Encaminhar para o GIT identificação de
pessoas alheias ao Sistema que terão acesso
nos dias das provas.
GE Andréa
13/05/13
Definir quem fará a escolta dos candidatos
que estejam em unidades diferentes da
unidade de origem da inscrição, nos dias do
exame.
DUP Alexsandro
15/05/13
Solicitar ao aprovisionamento a liberação de
11 isopores (empréstimo) para Gerência de
Educação nos dias das provas.
GE Andréa
83
15/05/13
Definir local seguro para guardar as provas
dos dias 21/05 e 22/05/13, tendo em vista
que a SEDUC entrega todas no 1º dia de
prova.
DUP Alexsandro
16/05/13 Reunião para ajustes finais (check-list).
DUP
GER. EDUCAÇÃO
GER. GERAIS
GER. PENAIS
GIT
NUTRIÇÃO
TRANSPORTE
ALMOXARIFADO
Titulares ou
representantes
17/05/13
Providenciar carteiras escolares pra cada
local de prova.
GE Andréa
Genizete
17/05/13
Providenciar pessoas para distribuição das
carteiras escolares nas unidades.
DEPL Evany
17/05/13
Providenciar um veículo para o transporte
das carteiras.
Transporte Nascimento
20, 21 e
22/05/13
Providenciar um veículo para o transporte
dos isopores com água.
Transporte Nascimento
20, 21 e
22/05/13
Distribuição de caneta, água mineral e termo
de desistência do candidato para cada
unidade prisional.
GE Andréa
Genizete
20, 21 e
22/05/13
O candidato (reeducando(a)) que desistir
deverá assinar um termo de desistência para
cada dia de prova (diariamente todos os
termos devem ser entregues à Gerência de
Educação).
Cada Unidade
Prisional Gerente Penal
20, 21 e
22/05/13
Encaminhar e escoltar os reeducandos do
Cyridião que farão as provas do Ensino
Fundamental no Artesanato.
GIT Júlio César
20, 21 e
22/05/13
Logística para os participantes
(candidatos/aplicadores do exame) irem ao
banheiro.
Cada Unidade
Prisional Gerente Geral
20, 21 e
22/05/13
Providenciar junto às cozinhas, quentinhas
para o almoço dos aplicadores da prova
(equipe SEDUC). O almoço deve ser
liberado no mesmo local da prova às 11h30.
Cada Unidade
Prisional Gerente Geral
20, 21 e
22/05/13
Providenciar junto às cozinhas, quentinhas
para o almoço dos candidatos
(reeducando(a)s). O almoço deve ser servido
no mesmo local da prova às 11h30.
Cada Unidade
Prisional Gerente Geral
84
20, 21 e
22/05/13
Encaminhar os participantes do Exame até o
local do exame, sem atraso.
Cada Unidade
Prisional Gerente Geral
20, 21 e
22/05/13
Assegurar acesso e segurança a todos os
envolvidos na aplicação do Supletivo nas
dependências de sua unidade.
Cada Unidade
Prisional Gerente Geral
20, 21 e
22/05/13
Proceder de forma segura a inserção dos
fiscais de sala na aplicação do Exame dentro
do(s) local(is) designado(s) para os
participantes realizarem as provas.
Cada Unidade
Prisional Gerente Geral
20, 21 e
22/05/13 Resguardar o sigilo das provas.
Cada Unidade
Prisional Gerente Geral
20, 21 e
22/05/13
Responsabilizar-se por qualquer
anormalidade quanto à conduta dos
participantes de sua unidade durante a
realização do Exame.
Cada Unidade
Prisional Gerente Geral
Meta de inscrições SUPLETIVO
2015 2016 2017
22% 25% 28%
85
INFRAESTRUTURA
DESCRIÇÃO
ESTABELECIMENTOS PENAIS
Estabelecimento
Prisional
Feminino Santa Luzia
Presídio
Masculino Baldomero
Cavalcanti de
Oliveira
Presídio de Segurança
Máxima
Presídio de
Segurança Média Prof. Cyridião
Durval e Silva
Centro
Psiquiátrico Judiciário Pedro
Marinho Suruagy
Núcleo Ressocializador
da Capital
Casa de Custódia da Capital
Presídio do Agreste
Direção da escola 0 0 0 0 0 0 0 0
Sala de coordenação 0 0 0 0 0 0 0 1
Sala de professores 0 1 0 0 0 0 0 0
Sala de aula
2 5 0 2 1 9
1
Espaço
utilizado
para
palestras,
assistência
religiosa e
exames
certificadore
s
6
Banheiro p/ servidores 0 0 0 0 0 1 (Coletivo) 0 2
Banheiro p/ reeducandos 1(coletivo) 1 (Coletivo) 0 0 0 1 (Coletivo) 0 6
Biblioteca 0 0 0 0 0 1 0 1
Laboratório de informática 0 0 0 0 0 0 0 0
Ventilador/Condicionador de ar 4
(ventiladore
s)
10
(ventiladore
s)
0
2
Condicionad
or de ar
1
(ventilador)
10
(Ventiladore
s) e 03
Condicionad
or de ar
2
18
ventiladores
(cada sala
03 unidades)
Aparelho de TV 0 0 0 0 0 0 0 1
Aparelho de DVD 0 0 0 0 0 0 0 01
Projetor 0 0 0 0 0 0 0 01
86
Notebook 0 0 0 0 0 0 0 0
Micro system 0 0 0 0 0 0 0 01
Caixa amplificadora de som com
microfone 0 0 0 0 0 0 0 0
Bebedouro 0 1 (coletivo) 0 2 0 1(coletivo) 0 06
Carteiras 40 100 0 40 20 165 0 120
Birô 2 5 0 2 1 0 0 06
Quadro 2 5 0 2 1 9 1 06
Armário 2 4 0 2 0 6 0 01
Estante 1 1 0 0 0 0 0 06
Obs.: A Supervisão de Educação (SERIS) possui DVD, televisão, projetor.
87
Os estabelecimentos penais de Alagoas contam com duas bibliotecas uma no
Núcleo Ressocializador da Capital e outra no Presídio do Agreste e no Complexo
Penitenciário de Maceió possui um equipamento instalado denominado Indústria do
Conhecimento, construído em parceira com o SESI, que possui dois espaços, um para
laboratório de informática e outro para biblioteca.
A estrutura física, com 100 m2 é composta de 10 computadores com acesso à
internet (acesso é limitado), sendo 01 para gestão da unidade, 24 lugares para leitura, pesquisa
e estudos e acervo com mais de 1500 títulos, abrangendo, em sua maioria, as diversas áreas do
conhecimento. Possui ainda, condicionadores ar tipo split com 30.000 BTU’s cada espaço,
visando proporcionar melhor conforto aos visitantes, aparelhos de TV, DVD e projetor
multimídia.
O SESI tem a responsabilidade de renovar o acervo periodicamente, a cada 6
meses. O empréstimo do livro é feito mediante cadastro prévio do indivíduo e cada livro
emprestado, o sujeito assina um termo de responsabilidade, no qual contém as orientações
sobre a conservação dos livros e as sanções no caso de dano e extravio.
A Indústria do Conhecimento está disponível para atender reeducandos,
servidores e comunidade. Atualmente a única ação de fomento a leitura é a divulgação da
existência desse equipamento para os responsáveis dos Estabelecimentos Penais, no entanto
ainda não conseguimos fazer com que os livros cheguem às mãos dos reeducandos, devido à
falta de mão de obra na biblioteca, como também, dos agentes de segurança para acompanhar
na distribuição e controle dos livros.
88
MATERIAL DIDÁTICO E LITERÁRIO17
Atualmente a Secretaria Estadual de Educação possui um programa de
distribuição de Kit de material escolar para todos os alunos da rede estadual, este programa se
estende aos alunos do sistema prisional que além de receber o kit escolar também recebe
outros materiais didáticos para subsidiar o processo educacional. Com a implantação deste
plano de educação existe previsão que os materiais que não poderão ser adquiridos pela escola
de referência por meio dos recursos advindos de transferência automática dos programas do
Ministério da Educação como PDE e o PDDE serão comprados pela Secretaria de Educação e
repassados ao sistema por meio da Escola de Referência mediados pelo monitoramento da
Gerência de Educação do sistema prisional. Os materiais didáticos adquiridos por meio de
convênios e parcerias firmados por intermédio da administração penitenciária deverá ser
socializado com a gestão da escola.
Em relação à distribuição de livro didático os alunos do sistema prisional não
estavam sendo declarados no censo escolar até 2011. Com isso os livros do PNLD EJA não
chegavam diretamente aos alunos, porém a Gerência de Educação junto a Secretaria de
Educação tem contemplado os alunos com livros da reserva técnica, tanto na modalidade EJA
quanto no ensino convencional como um todo. Com as informações da matrícula desses
alunos no censo escolar o problema será resolvido, tal medida já foi providenciada com
inclusão dos alunos no censo escolar 2012.
Quanto à distribuição e uso de material didático ao aluno, em algumas unidades
fica acessível apenas durante a execução da aula, não podendo o mesmo sair da sala de aula
de posse de nenhum desses materiais, em outras os alunos tem livre acesso aos seus materiais.
Esta distorção se relaciona a falta de um regimento interno que padronize uniformemente
regras e normas para todas as unidades, documento este que está sendo construído pela
administração penitenciária. Quanto o acesso a material literário o sistema prisional não tem
acesso aos programas federais direcionados a construção de acervo literário, embora a
Secretaria de Educação tenha encaminhado para o MEC, pela segunda vez, ação nesse
sentido. Com a implantação da Escola de Referência existirá possibilidades futuras de
aquisição de acervo literário.
Atualmente a Supervisão de Educação do Sistema Prisional também tem
produzido junto aos professores, material didático, principalmente, para preparatório para o
ENEM.
17
Não houve alteração no conteúdo do capítulo MATERIAL DIDÁTICO E LITERÁRIO já exposto na primeira
versão do PEEP/AL
89
REMIÇÃO DE PENA PELO ESTUDO18
As aulas no Sistema Penitenciário Alagoano são registradas de duas formas,
através do Controle de Saída e Entrada do reeducando em sala de aula, nesse instrumento o
educador registra a hora que chegou a unidade prisional e o agente penitenciário registra a
hora que o aluno vai pra sala de aula. No mesmo instrumento o educador rubrica a presença
de cada aluno ou o motivo de sua ausência. Ao final da aula o agente penitenciário registra a
hora do término e o educador entrega o Controle de Entrada e Saída do Aluno a Gerência de
Educação, onde é arquivado diariamente, por turma formada. A outra forma é o Registro de
Frequência do Estudante – RFE, onde o aluno assina diariamente sua presença em três vias
carbonadas, o educador atesta com sua rubrica e no final do mês o RFE é conferido e assinado
pelo Coordenador Pedagógico, pela Gerência de Educação, Serviços Penais da Unidade
Prisional e após as respectivas assinaturas o RFE é acostado ao prontuário do reeducando e
quando o Juizado de Execução Penal solicita a vida carcerária do indivíduo a Unidade
Prisional deve informar a quantidade de horas registrada no RFE, caso haja alguma dúvida, a
Gerência de Educação pode informar também, tendo em vista que fica uma via do RFE na
pasta do aluno.
Atualmente, qualquer atividade que o reeducando participe, seja oficina de teatro,
palestras, informática básica, entre outras são registradas através do RFE ou declaração de
participação e acostado na pasta do reeducando tanto na Unidade Prisional como na
Supervisão de Educação (SERIS). Fica a critério do Juizado de Execução Penal se o indivíduo
terá o tempo remido ou não.
18
Não houve alteração no conteúdo do capítulo REMIÇÃO DE PENA PELO ESTUDO já exposto na primeira
versão do PEEP/AL
90
ATENDIMENTO ÀS CRIANÇAS
Em Alagoas existe apenas um estabelecimento penitenciário destinado à
população carcerária feminina - Estabelecimento Prisional Feminino Santa Luzia. Assim que
a mulher é acolhida na unidade, são realizados exames para verificar se a mesma está grávida,
imediatamente ele é transferida para o módulo das gestantes e parturientes. Após o
nascimento das crianças, mãe e filho, são mantidos nesse módulo específico, denominado
berçário. As crianças permanecem com as mães, até os 06 (seis) meses de idade, podendo ser
prorrogado pelo juiz de execução penal por mais 06 (seis).
Esta unidade prisional foi contemplada com a ampliação, conforme está previsto
na nova arquitetura penal.
Em 2014, o DEPEN realizou vários encontros para fomentar os estados na
elaboração de uma Política Estadual de Atenção à Mulher Encarcerada e Egressa – em
construção.
91
ACOMPANHAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO19
A SEDUC possui uma atuação direta no sistema prisional por meio da
Superintendência de Políticas Educacionais/Diretoria de Modalidades e Diversidades da
Educação Básica/Gerência da Educação de Jovens e Adultos que por portaria intersecretarial
nº 01/2012 publicada no diário oficial do estado em 24 de agosto de 2012 designou um
servidor da Superintendência citada para acompanhar a implantação e implementação das
políticas educacionais inclusive deste plano no âmbito do sistema prisional.
A Secretaria Estadual de Educação deverá acompanhar e monitorar todo
atendimento educacional com base no mesmo formato que rede estadual de ensino funciona.
Secretaria Estadual de Educação
Superintendências
SUPED/SUGES/SUGER
Coordenadoria
Regional de Educação Escola de Referência
A escola de referência não atenderá processo de gestão democrática ficando desse
modo a Superintendência de Gestão de rede em pensar um formato para constituição de um
conselho escolar para atuar nas decisões em coletividade com a administração penitenciária.
Assim quando esta escola estiver em atividade todo seu gerenciamento se dará permeado pela
legislação vigente, ficando os órgãos competentes responsáveis pela fiscalização de aplicação
dos recursos e das ações propostas.
Como este plano está sendo um importante instrumento para organização da
oferta de educação no sistema prisional as ações nele propostas serão acompanhadas e
avaliadas pela Secretaria Estadual de Educação, pela administração penitenciária e também
terão a função de acompanhar e avaliar as ações educacionais para os privados de liberdade os
fóruns de educação de jovens e adultos, de educação prisional e da diversidade.
A administração penitenciária viabilizará o acesso dos educadores e/ou
fiscalizadores designados pela Secretaria de Educação, como também acompanhará a
frequência dos educadores e alunos nas aulas.
Diariamente, a Supervisão de Educação (SERIS) acompanha a situação de cada
turma, verificando, horário que o educador chega à Unidade prisional, horário que o agente
penitenciário atende o educador, horário de início e término das aulas, quantidade de alunos
matriculados na turma e quantidade de alunos da turma em sala de aula. Todo dia é passado,
para o Gestor maior do sistema penitenciário, resumo do atendimento educacional de cada
turma. E mensalmente, é enviado relatório informando detalhadamente a situação educacional
de cada unidade prisional, quantidade de turmas, quantidade alunos, frequência de alunos e
educadores, principais dificuldades, sugestões para saná-las e gráficos com percentuais de
atendimento por unidade, por município e geral. Além dessas informações são passados no
relatório os atendimentos não formais e a quantidade de dias letivos previstos e realmente
efetivados por turma.
19
Não houve alteração no conteúdo do capítulo ACOMPANHAMENTO, MONITORAMENTO E
AVALIAÇÃO já exposto na primeira versão do PEEP/AL
92
A partir deste plano os relatórios serão divulgados nos sites oficiais da
Administração Penitenciárias (www.sgap.al.gov.br) e da Secretaria de Educação
(www.educacao.al.gov.br).
93
PLANO DE AÇÃO
META I – AMPLIAÇÃO DA MATRÍCULA DE EDUCAÇÃO FORMAL
1. Resultados previstos:
1.1.Quantidade de presos e presas matriculados na educação básica:
NÍVEL QUANTIDADE
Alfabetização 64
Ensino fundamental 260
Ensino Médio 19
Total 343
1.2.Percentual de crescimento do número de matrículas na educação básica:
NÍVEL PERCENTUAL
2016
PERCENTUAL
2017
Alfabetização 22% 34%
Ensino fundamental 24% 31%
Ensino Médio 13% 20%
1.3.Quantidade de estabelecimentos com oferta de educação básica:
Nº ESTABELECIMENTOS QUANT. COM OFERTA
08 06
1.4.Percentual de crescimento no número de estabelecimentos com oferta de educação
básica:
O Complexo Penitenciário Alagoano atualmente oferta educação básica em todos
os estabelecimentos penais, exceto na Casa de Custódia da Capital e no Presídio de
Segurança Máxima, uma vez que esta unidade recebe os presos das delegacias, ficando com
os mesmos na unidade num período de aproximadamente 40 (quarenta) dias.
2. Ações que serão desenvolvidas para alcançar os resultados previstos:
AÇÃO QUANTIDADE ESTABELECIMENTO
PENAL
CRONOGRAMA
Construção de sala de
aula
05 Presídio de Segurança
Média Prof. Cyridião
Durval e Silva
2016/2017
Reforma de sala
01 Estabelecimento
Prisional Feminino
Santa Luzia antigo
prédio
2016/2017
05 Presídio Masculino 2016/2017
94
Baldomero Cavalcanti
de Oliveira
02 Presídio de Segurança
Média Prof. Cyridião
Durval e Silva
2016/2017
01 Centro Psiquiátrico
Judiciário Pedro
Marinho Suruagy
2016/2017
07 Núcleo Ressocializador
da Capital
2016/2017
Aquisição de carteiras
50 Estabelecimento
Prisional Feminino
Santa Luzia
2016/2017
100 Presídio de Segurança
Média Prof. Cyridião
Durval e Silva
2016/2017
240 Presídio Masculino
Baldomero Cavalcanti
de Oliveira
2016/2017
Aquisição de mesas
05 Estabelecimento
Prisional Feminino
Santa Luzia
2016/2017
12 Presídio Masculino
Baldomero Cavalcanti
de Oliveira
2016/2017
07 Presídio de Segurança
Média Prof. Cyridião
Durval e Silva
2016/2017
02 Centro Psiquiátrico
Judiciário Pedro
Marinho Suruagy
2016/2017
09 Núcleo Ressocializador
da Capital
2016/2017
Abertura de novas
turmas
12 Presídio Masculino
Baldomero Cavalcanti
de Oliveira
2016/2017
02 Estabelecimento
Prisional Feminino
Santa Luzia
2016/2017
05 Presídio de Segurança
Média Prof. Cyridião
Durval e Silva
2016/2017
02
Ensino médio
Presídio do agreste 2016/2017
Contratação de agentes
penitenciários
Está tramitando no Estado o Processo nº 1204-24/2011 para
concurso público de 550 vagas para agente penitenciário. E
ainda, o Processo nº 2100-773/2012 para contratação
temporária imediata (Processo de Seleção Simplificada – PSS)
400 vagas para guarda prisional e 560 para cadastro de reserva.
95
2.1.Continuação da ação.
AÇÃO QUANTIDADE CRONOGRAMA
Contratação de pedagogos 08 2016/2017
Contratação de secretário escolar 01 2016/2017
Contratação de auxiliar administrativo 09 2016/2017
Contratação de serviços gerais 03 2016/2017
Contratação de merendeira 03 2016/2017
Contratação de vigilante 04 2016/2017
Contratação de motorista 02 2016/2017
Contratação de técnico pedagógico para
laboratório de informática
06 2016/2017
Contratação de técnico pedagógico para
laboratório de informática
08 2016/2017
Contratação de bibliotecário ou congênere 02 2016/2017
Publicação do Termo de normas de conduta do
profissional de educação no Sistema
Penitenciário Alagoano por meio da SGAP
01 2016/2017
Publicação de documento estabelecendo a
Rotina da Educação no Sistema Penitenciário
Alagoano por meio da SGAP
01 2016/2017
Implantação de ensino médio no presídio do
agreste
02 2016/2017
Implantação de turmas em nova unidade
prisional no complexo penitenciário de Maceió
36 2016/2017
Fortalecimento do Conselho escolar da Escola
voltada as especificidades do público apenado
01 2016/2017
Criação de núcleo específico na Secretaria
Estadual de Educação para atendimento a
educação prisional
01 2016/2017
Regulamentação de contratação de pessoal
especifica para atendimento educacional
01 2016/2017
Implantação de remuneração diferenciada para o
quadro pedagógico que atuam nas salas de aula
das unidades prisionais
01 2016/2017
Adequação do espaço escolar com construção
de banheiro no Presídio de Segurança Média
Professor Cyridião Durval e Silva
01 2016/2017
Adequação do espaço escolar com a construção
de sala para coordenação pedagógica no
Presídio do Agreste e no Núcleo
Ressocializador da Capital
02 2016/2017
96
META II – AMPLIAÇÃO DE OFERTA DE EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
a. Resultados previstos:
1.1.Presos e presas envolvidos em atividades de educação não formal:
ESTABELECIMENTO PENAL
ATIVIDADE QUANTIDADE
DE PRESO(A)
PENITENCIÁRIA MASCULINA
BALDOMERO CAVALCANTE DE
OLIVEIRA
ENGENHARIA 04
FILÉ 07
HORTA 11
COZINHA 08
SERVIÇÕES GERAIS 17
MARCENARIA 02
TORNEARIA 01
PINTURA EM TECIDO 10
CAPINAGEM 14
PRESÍDIO DE SEGURANÇA MÉDIA
CYRIDIÃO DURVAL E SILVA
COZINHA 07
MARCENARIA 04
SERVIÇÕES GERAIS 13
FILÉ 03
TORNEARIA 01
PRESÍDIO DO AGRESTE
LAVANDARIA 2
SERVIÇÕES GERAIS 12
CORTE E COSTURA 13
CABILELEIRO 5
COORD. ESPORTES 5
ARTESANATO 12
SERIGRAFIA 5
CASA DE CUSTÓDIA DA
CAPITAL
SERVIÇÕES GERAIS 20
CENTRO PSIQUIATRICO
JUDUCIÁRIO
SERVIÇÕES GERAIS 14
NÚCLEO RESSOCIALIZADOR DA
CAPITAL
BIBLIOTECA 01
COZINHA 10
COZINHA( FÁBRICA) 04
SANEANTES 02
PADARIA 01
ALMOXARIFADO PADARIA 06
MECANICA 03
CAPINAGEM 14
MARCENARIA 04
HORTA 04
ENGENHARIA 15
GE. EDUCAÇÃO 01
CORTE COSTURA 01
MANUTENÇÃO 05
SERVIÇOES GERAIS 08
ESTABELECIMENTO PRISIONAL
FEMININO SANTA LUZIA
FILÉ 07
PINTURA EM TECIDO 10
CORTE COSTURA 14
JARDINAGEM 02
97
SERVIÇOS GERAIS 12
SERIGRAFIA 06
ADMINISTRAÇÃO (DPEL) 01
MANUTENÇÃO (DPEL) 01
SUPERVISÃO DE EDUCAÇÃO 01
1.2.Percentual de crescimento das atividades não formais por estabelecimento penal:
Nº ORD. ESTABELECIMENTO PENAL 2016 2017 1. Estabelecimento Prisional Feminino Santa Luzia 10% 12%
2. Presídio Masculino Baldomero Cavalcanti de Oliveira 10% 12%
3. Presídio de Segurança Média Prof. Cyridião Durval e Silva 10% 12%
4. Centro Psiquiátrico Judiciário Pedro Marinho Suruagy 10% 12%
5. Casa de Custódia da Capital 10% 12%
6. Núcleo Ressocializador da Capital 10% 12%
7. Presídio do Agreste 10% 12%
98
META III – AMPLIAÇÃO DE OFERTA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
1. Resultados previstos:
1.1. Previsão de atendimento aos estabelecimentos com oferta de qualificação
profissional através de programas locais e nacionais.
AÇÃO ESTABELECIMENTO PENAL 2015 2016 2017
Educação
formal com
qualificação
profissional
Estabelecimento Prisional Feminino Santa
Luzia
SENAC e
SENAI/
gratuidade
PRONATEC PRONATEC
Presídio Masculino Baldomero Cavalcanti de
Oliveira
PRONATEC PRONATEC PRONATEC
Presídio de Segurança Média Prof. Cyridião
Durval e Silva
SENAI/
gratuidade
PRONATEC PRONATEC
Centro Psiquiátrico Judiciário Pedro Marinho
Suruagy
0 0 0
Casa de Custódia da Capital 0 0 0
Núcleo Ressocializador da Capital SEDUC - AL PRONATEC PRONATEC
Presídio do Agreste 0 PRONATEC PRONATEC
99
META IV – AMPLIAÇÃO NO NÚMERO DE INSCRITOS NOS EXAMES DE
CERTIFICAÇÃO
No item 11 da Certificação foi apresentado o planejamento anual com as
indicações de crescimento no número de inscritos nos exames de certificação a nível local e
nacional.
1. Resultados previstos baseado nos dados da população carcerária do regime fechado em
15/03/2015 – fonte Gerência de Núcleo de Pesquisa e Estatística – GNPE/SERIS:
1.1.Quantidade de inscritos no ENEM
2015 2016 2017
500 inscritos 600 inscritos 700 inscritos
1.2.Percentual de crescimento no número de inscritos para o ENEM.
2015 2016 2017
14% da população carcerária 17% da população carcerária 20% da população carcerária
1.3.Quantidade de inscritos no ENCCEJA.
2015 2016 2017
400 inscritos 600 inscritos 800 inscritos
1.4.Percentual de crescimento no número de inscritos para o ENCCEJA.
2015 2016 2017
11% da população carcerária 17% da população carcerária 22% da população carcerária
1.5.Quantidade de inscritos no Exame Estadual (Supletivo):
2015 2016 2017
800 inscritos 900 inscritos 1000 inscritos
1.6.Percentual de crescimento no número de inscritos para Exame Estadual (Supletivo):
2015 2016 2017
22% da população carcerária 25% da população carcerária 28% da população carcerária
100
META V – AMPLIAÇÃO NO NÚMERO DE BIBLIOTECAS E DE ESPAÇOS DE
LEITURA
1. Resultados previstos: As metas para esta ação não foram atingidas, sendo dessa forma
reconduzidas para atendimento em 2016/2017.
1.1.Quantidade de estabelecimentos penais com biblioteca ou espaços de leitura:
1.2.Percentual de crescimento no número de estabelecimentos penais com bibliotecas e/ou
espaços de leitura:
2. Ações que serão desenvolvidas para alcançar os resultados previstos:
AÇÃO
QUANTIDADE/ESTABELECIMENTO PENAL
CR
ON
OG
RA
MA
Estabelecimento
Prisional
Feminino Santa
Luzia
Presídio Masculino
Baldomero
Cavalcanti de Oliveira
Presídio de Segurança
Média Prof.
Cyridião Durval e
Silva
Centro Psiquiátri
co
Judiciário Pedro
Marinho
Suruagy
Núcleo Ressocial
izador da
Capital
Presídio do Agreste
Construção de
biblioteca/sala de
leitura
01 01 01 01 01 01
2014
AÇÃO
QUANTIDADE/ESTABELECIMENTO PENAL
CR
ON
OG
RA
MA
Estabelec
imento
Prisional Feminino
Santa
Luzia
Presídio
Masculino
Baldomero Cavalcanti
de Oliveira
Presídio de
Segurança
Média Prof. Cyridião
Durval e
Silva
Centro
Psiquiátri
co Judiciário
Pedro
Marinho Suruagy
Casa de
Custódia
da Capital
Núcleo
Ressocial
izador da Capital
Presídio do
Agreste
Construção de
biblioteca/sala de
leitura
01 01 01 01 01 01 01
2014
AÇÃO
QUANTIDADE/ESTABELECIMENTO PENAL
CR
ON
OG
RA
MA
Estabelec
imento Prisional
Feminino
Santa Luzia
Presídio
Masculino Baldomero
Cavalcanti
de Oliveira
Presídio de
Segurança Média Prof.
Cyridião
Durval e Silva
Centro
Psiquiátrico
Judiciário
Pedro Marinho
Suruagy
Casa de
Custódia da
Capital
Núcleo
Ressuscializador
da
Capital
Presídio de
Segurança Média Des.
Luiz de
Oliveira Sousa
Aquisição de equipamentos
TV 01 01 01 01 01 01 01
20
14
DVD 01 01 01 01 01 01 01
Computador 01 01 01 01 01 01 01
101
Impressora 01 01 01 01 01 01 01
Mesa com cadeira 04 c/ 4
cadeiras
04 c/ 4
cadeiras
04 c/ 4
cadeiras
04 c/ 4
cadeiras
04 c/ 4
cadeiras
04 c/ 4
cadeiras
04 c/ 4
cadeiras
Condicionador de ar 01 01 01 01 01 01 01
Bebedouro 01 01 01 01 01 01 01
Estantes 12 12 12 12 12 12 12
Balcão de
atendimento 01 01 01 01 01 01 01
Aquisição de acervo 1.500
obras
1.500
obras
1.500
obras
1.500
obras
1.500
obras
1.500
obras
1.500
obras
Formação de presos
para atuar na
biblioteca
03 03 03 03 03 03 03
Contratação de
pessoal 01 01 01 01 01 01 01
102
META VI – MELHORIA NA QUALIDADE DA OFERTA DE EDUCAÇÃO
1. Melhorias na qualidade da oferta educacional:
AÇÃO QUANTIDADE CRONOGRAMA
Formação de professores 70 2013/2014
Capacitação de servidores 230 2013/2014
Elaboração de proposta pedagógica 100 envolvidos 2013/2014
Estas ações foram pleiteadas no Plano de Ação Articulada – PAR/2012. E atendida no
tocante a Elaboração da Proposta Pedagógica de acordo com a programação anexa:
2. Continuação das melhorias:
AÇÃO QUANTIDADE ESTABELECIMENTO
PENAL
CRONOGRAMA
Distribuição de material
pedagógico
1 kit por
bimestre para o
professor
Todos os
estabelecimentos
penais
2016/2017
Distribuição de material
didático
1 kit por ano
para o aluno
com reposição
de material a
medida da
utilização
Todos os
estabelecimentos
penais
2016/2017
Equipar e
aparelhar os
espaços
educacionais
QUANTIDADE/ESTABELECIMENTO PENAL
CR
ON
OG
RA
MA
Estabelec
imento Prisional
Feminino
Santa Luzia
Presídio
Masculino Baldomero
Cavalcanti
de Oliveira
Presídio de
Segurança Média Prof.
Cyridião
Durval e Silva
Centro
Psiquiátrico
Judiciário
Pedro Marinho
Suruagy
Casa de
Custódia da
Capital
Núcleo
Ressocializador da
Capital
Presídio do
Agreste
Condicionador de
ar 03 05 05 01 01 07 02
16/1
7
Aparelho de TV 01 01 01 01 01 01 01 Aparelho de DVD 01 01 01 01 01 01 01 Projetor 01 01 01 01 01 01 01 Notebook 01 01 01 01 01 01 Micro system 01 01 01 01 01 01 01 Caixa
amplificadora de
som com microfone
01 01 01 01 01 01 01
Bebedouro 01 01 01 01 01 01 01 Quadro 03 05 07 01 01 07 02 Armário 06 10 14 02 02 14 04
AÇÃO ESTABELECIMENTO PENAL
Indicadores e Estabelecimento Prisional Feminino Santa Luzia
Presídio Masculino Baldomero Cavalcanti de Oliveira
103
processos de
acompanhamento
Presídio de Segurança Média Prof. Cyridião Durval e Silva
Centro Psiquiátrico Judiciário Pedro Marinho Suruagy
Casa de Custódia da Capital
Núcleo Ressocializador da Capital
Presídio do Agreste
DEFINIÇÃO DOS INDICADORES 1. Quantidade de alunos matriculados. 2. Quantidade de vagas disponíveis. 3. Quantidade de alunos em sala de aula diariamente. 4. Quantidade de dias letivos. 5. Quantidade de dias prejudicados 6. Motivo de não ter acontecido a aula 7. Frequência individual do aluno 8. Frequência dos educadores nas formações 9. Frequência em sala de aula 10. Planejamento versus execução da aula
104
COLABORADORES
Chefia de Gabinete/SERIS
Coordenação do Serviço Social/SERIS
Diretoria da Escola Penitenciária/SERIS
Diretoria das Unidades Prisionais/SERIS
Diretoria de Educação, Produção e Laborterapia/SERIS
Fórum Alagoano de Educação de Jovens e Adultos – FAEJA
Gerência de Desenvolvimento Práticas Pedagógicas/SEDUC
Gerência de Diversidade/SEDUC
Gerência de Educação de Jovens e Adultos/SEDUC
Escola Estadual de Educação Básica educador Paulo Jorge dos
Santos Rodrigues/SEDUC
Gerência de Educação/SERIS
Gerência de Núcleo de Pesquisa e Estatística/SERIS
Núcleo de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas/SERIS
105
REFERÊNCIAS
ALAGOAS, Resolução CEB-CEE-AL nº18 de 2002
ALAGOAS, Resolução CEB-CEE-AL nº02 de 2014
ALAGOAS, SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO E DO ESPORTE
Proposta Pedagógica par educação básica de jovens e adultos, Maceió – AL 2001
Documento Base preparatório para a VI CONFINTEA – UNESCO
FREIRE Paulo, Educação como prática de liberdade, Rio de janeiro, Paz e terra, 2003
FREIRE Paulo, Pedagogia da autonomia saberes necessários à prática educativa, São Paulo,
Paz e terra, 2001
GADOTI Moacir, convite a leitura de Paulo Freire, São Paulo, editora Scipione 1989
Lei de Execução Penal nº 7.210, de 11 de julho de 1984.
O espaço da prisão e suas práticas educativas: enfoques e perspectivas contemporâneas –
organizadores: Arlindo da Silva Lourenço, Elenice Maria Cammarosano Onofre São Carlos
SP: EduFSCAR, 2001.
Portal dos fóruns EJA (www.forumeja.org.br)
VYGOTSKY L.S A formação social da mente São Paulo, Martins Fontes, 1991
106
ANEXOS
ESTADO DE ALAGOAS
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
______________________________________________________________
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 02/2014 – CEE/AL
Dispõe sobre a oferta de Educação Básica e Superior,
nas modalidades de Educação de Jovens e Adultos,
Profissional/Tecnológica e a Distância, para pessoas
privadas de liberdade, nos estabelecimentos penais do
Estado de Alagoas e dá outras providências correlatas.
O Presidente do Conselho Estadual de Educação de Alagoas, no uso de suas atribuições
legais, com base na Constituição Federal de 1988; na Lei Nº 4.024/61, com redação dada pela
Lei Nº 9.131/95; na Lei 9394/96, com redação dada pela Lei Nº 11.741/2008, bem como o
Decreto Nº 5.154/2004, fundamentado no Parecer CNE/CEB Nº 4/2010 e Resoluções Nos
2/2010 e 3/2010, e ainda, no disposto da Lei Nº 7.210/84, e Lei Nº 12.433/2011, que trata da
alteração da Lei de Execuções Penais – LEP - que dispõe da remição de pena pelos estudos,
bem como na Resolução Nº 14/94, do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciário,
que fixa regras mínimas para o tratamento do preso no Brasil e no Parecer Nº 029/2014 –
CEE/AL, aprovado no Pleno de 25 de março de 2014.
Considerando ser a educação um direito público subjetivo e dever do Estado, devendo ser
garantida, também, às pessoas privadas de liberdade, reclusos em estabelecimentos penais do
Estado de Alagoas;
Considerando o disposto no Plano Nacional de Educação – PNE – sobre educação em espaços
de privação de liberdade;
Considerando a necessidade de normatizar, regulamentando, esta oferta para o cumprimento
das responsabilidades do Estado;
Considerando o anseio da sociedade civil, por meio das manifestações e contribuições
provenientes de representantes de organizações não governamentais e movimentos sociais
expressas na Audiência Pública e no Plano Estadual de Educação do Sistema Prisional de
Alagoas.
Resolve:
Art. 1º - Estabelecer, na forma desta Resolução, as normas reguladoras para a oferta da
educação básica e superior, nas modalidades de Educação de Jovens e Adultos – EJA,
Educação Profissional/Tecnológica e Educação a Distância - EAD, para jovens e adultos
privados de liberdade, extensivas aos presos provisórios, condenados do sistema prisional e
àqueles que cumprem medidas de segurança.
107
§ 1º - A educação, em seus níveis, etapas e modalidades, citados no Art. 1º desta Resolução,
será ofertada preferencialmente nos estabelecimentos penais, em ambientes disponibilizados
pela administração penitenciária, caracterizados como classes/turmas e/ou respeitando as
especificidades e peculiaridades de cada modalidade, podendo celebrar convênios/parcerias
com instituições governamentais ou não governamentais para a sua oferta.
§ 2º - É atribuição dos órgãos responsáveis pela educação do Estado, em articulação com os
órgãos de administração penitenciária, ofertar a educação que consta no caput deste artigo,
respeitando o Projeto Político Pedagógico, nos níveis e modalidades ofertados, de modo a
atender a multiplicidade de perfis, interesses e itinerários escolares dos/as alunos/as.
§ 3º - Aos egressos do Sistema Prisional, devem ser desenvolvidas estratégias de continuidade
para os/as alunos/as que recebam alvará de soltura durante o seu processo de escolarização.
Para esta situação o serviço de reintegração social deverá, com a gerência de educação e a
escola de referência, fazer a transferência do/a aluno/a para a rede pública de ensino, se
preciso mediados pelas Coordenadorias Regionais de Educação ou então expedir o histórico
do/a aluno/a se for essa sua decisão.
§ 4º - Deverá ser informado ao departamento de educação que o/a aluno/a receberá alvará de
soltura e imediatamente providenciar a documentação escolar.
Art. 2º - A oferta da educação a jovens e adultos privados de liberdade em estabelecimentos
penais obedecerá às seguintes orientações:
§ 1º - será financiada com fontes de recursos públicos vinculados à manutenção e ao
desenvolvimento do ensino, entre os quais o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e Valorização do Magistério – FUNDEB e, de forma complementar, com
outras fontes estaduais e federais de acordo com as modalidades ofertadas;
§ 2º - levar-se-á em conta ações complementares de cultura, esporte e lazer, inclusão digital,
educação profissional/tecnológica, geração de emprego e renda, fomento à leitura e a
programas de implantação, recuperação e manutenção de bibliotecas destinadas à população
privada de liberdade, inclusive as ações de valorização dos profissionais que trabalham nesses
espaços;
§ 3º - deverá ser promovida a interação com a comunidade e a família dos indivíduos em
situação de privação de liberdade e corpo técnico/pedagógico, respeitando às especificidades
de cada regime prisional, levando em conta as necessidades de inclusão e acessibilidade, bem
como respeitando as diversidades e suas peculiaridades;
§ 4º - poderão ser realizados, mediante vinculação das instituições educacionais aos diversos
programas locais e nacionais ofertados no campo da educação, que possam funcionar dentro
ou fora dos estabelecimentos penais, para os que estão em privação de liberdade ou em semi–
liberdade, cabendo, a critério do poder judiciário, autorização para o indivíduo privado de
liberdade poder sair escoltado ou com tornozeleira.
§ 5º - deverão ser desenvolvidas políticas de elevação da escolaridade associada à
qualificação profissional/tecnológica, articulando-as, também, de maneira intersetorial, a
políticas e programas destinados a jovens e adultos;
108
§ 6º - será contemplado o atendimento em todos os turnos, respeitando o que preceitua a
legislação vigente, principalmente a normatização estadual da educação de jovens e adultos
no que diz respeito à carga horária, currículo, planejamento, organização escolar e formas de
avaliação;
§ 7º - será organizada de modo a atender às peculiaridades de tempo, espaço e rotatividade da
população carcerária, levando em consideração a flexibilidade prevista no art. 23, da Lei Nº
9.394/96 (LDB).
Art. 3º - Na operacionalização do Projeto Político Pedagógico será contemplado/a:
§ 1º - a oferta de educação de jovens e adultos nas etapas fundamental e média, do nível da
Educação Básica, na modalidade de EJA, Profissional/Tecnológica e no nível da Educação
Superior: a graduação e pós-graduação, podendo ser na modalidade a distância, respeitando as
especificidades de cada modalidade;
§ 2º - a formação de classes multisseriadas¸ de frequência flexível, conforme as
necessidades/condições operacionais dos estabelecimentos prisionais;
§ 3º - a organização curricular estruturada conforme estabelece a Lei 9.394//96, ou seja: séries
anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudo, grupos não
seriados ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de
aprendizagem assim o recomendar;
§ 4º - a reclassificação para os alunos/as, inclusive quando se tratar de transferências entre
estabelecimentos penais situados no país, tendo como base as normas curriculares gerais;
§ 5º – a adequação do calendário escolar às peculiaridades locais, sem com isso reduzir o
número de horas letivas previstas para cada modalidade;
§ 6º - a garantia de participação em exames de certificação da escolaridade, da etapa local e
nacional;
§ 7º - a garantia de remição de pena proporcional à carga horária das etapas da educação
básica, concluídas por meio do exame de certificação conforme descrito na Lei de Execuções
Penais – LEP nº 12.433/2011, § 5º;
§ 8º - a emissão imediata de certificação de conclusão da educação básica, quando os/as
alunos/as se submeterem a exames de certificação do ensino médio, via ENEM ou
SUPLETIVO, apenas, por meio da comprovação de que os resultados exigidos foram obtidos,
sem a necessidade de comprovação de estudos de nível fundamental.
Art. 4º - No desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem admitir-se-á a produção
específica de materiais didáticos e a implementação de novas metodologias e tecnologias
educacionais, inclusive na modalidade Educação a Distância - EAD.
Art. 5º - Deverá ser ofertada aos educadores, gestores, técnicos e pessoal de apoio que atuem
nos estabelecimentos penais programas de formação inicial e continuada que levem em
consideração as especificidades da política de execução penal e a importância da educação
formal no processo de ressocialização do sujeito.
109
§ 1º . Os docentes que atuam nos espaços penais deverão ser profissionais do magistério
devidamente habilitados e com remuneração condizente com as especificidades da função,
podendo auferir uma gratificação adicional, considerando a natureza do trabalho, como está
estabelecida nas diretrizes do Conselho Nacional de Políticas Criminais e Penitenciária -
CNPCP e do Conselho Nacional de Educação - CNE. Para tanto será necessária oferta de
seleção interna no quadro do magistério da rede estadual e regulamentação do valor da
gratificação, inclusive para os que também atuam nos cursos profissionalizantes.
§ 2º . Será garantida a autonomia necessária ao docente na avaliação do/a aluno/a em todo o
processo de ensino-aprendizagem.
§ 3º . Poderá atuar em apoio ao profissional da educação, a pessoa privada de liberdade, desde
que possua perfil adequado e receba capacitação, auxiliando-o no processo educativo e não
em sua substituição.
§ 4º . Deve ser realizada contratação de profissional técnico-pedagógico para laboratório de
informática, de bibliotecário ou congênere.
§ 5º . Será realizada a formação de todos os profissionais de educação que atuam no sistema
prisional em parceria com a Escola Penitenciária, através de um programa de formação que
contemple questões de educação básica, direitos humanos e segurança.
Art. 6º . O planejamento das ações de educação em espaços prisionais poderá contemplar,
além das atividades de educação formal, propostas de educação não-formal, bem como de
educação para o trabalho, inclusive na modalidade de educação a distância, conforme
legislação pertinente.
Parágrafo Único - As atividades laborais, artístico-culturais, de esporte e lazer e outras
previstas nesta Resolução, deverão ser realizadas em condições e horários compatíveis com as
atividades educacionais, podendo ser contempladas no Projeto Político Pedagógico como
atividades curriculares, desde que devidamente fundamentadas.
Art. 7º. A oferta de educação profissional/tecnológica deverá seguir as Diretrizes Curriculares
Nacionais e as Diretrizes Operacionais definidas pelo Conselho Nacional de Educação,
inclusive com relação ao estágio profissional supervisionado, concebido como ato educativo.
Art. 8º - Para a oferta do Ensino Superior aos jovens e adultos privados de liberdade, a
instituição interessada deverá promover convênio com a administração penitenciária,
respeitadas as normas vigentes, as características e as possibilidades dos regimes de
cumprimento de pena previstas pela Lei Nº 7.210/84.
Parágrafo Único - Devem ser garantidas as condições de acesso e permanência na Educação
Básica e Superior (graduação e pós-graduação), a partir da participação em processos
seletivos para ingresso de estudantes que demandam este nível de ensino.
Art. 9º - O Estado, através do órgão da administração penitenciária e da Secretaria Estadual
de Educação e do Esporte, deverá propiciar espaços físicos nos estabelecimentos penais e na
Escola de Referência, contando com completa instalação de materiais e equipamentos
adequados às atividades educacionais, esportivas, culturais, de formação profissional, de lazer
e de acessibilidade, integrando-as às rotinas dos estabelecimentos penais, bem como, se for o
110
caso, a adequação e/ou construção de espaços físicos e instalações disponíveis para a
implementação das ações de educação de forma a atender às exigências desta resolução.
§ 1º - A Secretaria Estadual de Educação e do Esporte deverá, por meio de Escola de
Referência, garantir a oferta de educação para as pessoas privadas de liberdade, bem como
manter toda regularidade da vida escolar dos/as alunos/as para todo sistema prisional do
Estado.
§ 2º - As ações, projetos e programas governamentais destinados à educação de jovens e
adultos em situação de privação de liberdade em estabelecimentos penais e na Escola de
Referência, deverão ter provimento de materiais didáticos e escolares, livros, equipamentos,
apoio pedagógico, alimentação e saúde para seu corpo discente.
Art. 10 - Visando à institucionalização de mecanismos de informação sobre a educação em
espaços de privação de liberdade, com vistas ao planejamento e controle social, a Secretaria
de Estado da Educação e do Esporte e a Superintendência Geral de Administração
Penitenciária deverão:
§ 1º - disponibilizar informações sobre todo processo de educação quando de interesse
público ou coletivo tornando público, por meio de relatório anual, a situação e as ações
realizadas para a oferta da educação em foco, nos estabelecimentos penais;
§ 2º - promover, em articulação com o órgão responsável pelo sistema prisional, programas e
projetos de fomento à pesquisa, de produção de documentos e publicações e a organização de
campanhas sobre o valor da educação em espaços de privação de liberdade;
§ 3º - implantar, nos estabelecimentos penais, estratégias de divulgação das ações de educação
para os/as internos/as, incluindo-se chamadas públicas periódicas destinadas a matrículas;
§ 2º - considerar a ficha do prontuário como documento para regularização da matrícula, e
aplicar avaliação diagnóstica para reclassificação do/a aluno/a.
Art. 11. O Plano Estadual de Educação de Alagoas deverá incluir objetivos e metas de
educação em espaços de privação de liberdade que atendam às especificidades dos regimes
penais previstas no Plano Nacional de Educação.
Parágrafo Único - O Plano Estadual de Educação nas Prisões de Alagoas será um dos
documentos de referência em todas as ações relacionadas a educação no sistema prisional do
Estado.
Art. 12. Compete ao Conselho Estadual de Educação atuar na fiscalização e acompanhamento
da implementação destas normas, articulando-se em regime de colaboração, com a Secretaria
de Estado da Educação e do Esporte, através das Escolas de Referência, Conselhos
Municipais de Educação e demais instituições e órgãos de execução penal que desenvolvam
ações voltadas para defesa e garantia de direitos das pessoas privadas de liberdade e dos
egressos do Sistema Prisional.
Art. 13 - Esta Resolução entra em vigor na data de sua homologação.
111
I Encontro Estadual de Educação nos Espaços de Privação de Liberdade em Alagoas:
uma reflexão sobre o plano de educação e a construção do projeto político pedagógico.
25 e 26 de junho de 2015 – Maceió Mar Hotel
Av. Álvaro Otacílio, 2991 - Praia de Ponta Verde, Maceió - AL
DIA: 25/06/2015 (QUINTA –FEIRA)
08h00 – Credenciamento
08h30 – Abertura solene
09h30 – Conferência – A escola no espaço de privação de liberdade: desafios e
possibilidades. Conferencista: Professora Drª Elenice Maria Cammarosano Onofre (UFScar – SP)
11h00 – Mesa 01: A educação de jovens e adultos - EJA nas prisões: caminho para a
transformação.
Painel: Professora Drª Elaine Pimentel (UFAL) completar nome da professora
Professora Drª Abdízia Maria (Fórum Alagoano de Educação de Jovens e Adultos –
FAEJA) Léo
Coordenação: José Rubens Lima da Silva (Superintendência de Gestão de Sistemas –
SUGES /SEE)
12h30 – A L M O Ç O
14h00 – Mesa 02: O plano estadual de educação nas prisões: estratégia de integração
e fortalecimento da educação prisional.
Painel: Letícia Maranhão Matos – Coordenadora de Apoio ao Ensino – (Departamento
Penitenciário Nacional – DEPEN/Ministério da Justiça – MJ)
Representante do SECADI (Secretaria de Alfabetização, Diversidade e Inclusão –
SECADI/Ministério da Educação – MEC)
Coordenação: Ten. Cel. PM/AL Marcos Sérgio de Freitas Santos (Secretário Adjunto de
Ressocialização/SEDRES)
15h30 – C O F F E E - B R E A K
16h00 – Mesa 03: Configuração da educação para as pessoas privadas de liberdade
em Alagoas: direito sim, privilégio não.
Painel: Andréa Rodrigues de Melo – Diretora de Educação, Produção e Laborterapia
(SERIS/ SEDRES)
Leilson Oliveira do Nascimento – Diretor da Escola Estadual de Educação Básica
Educador Paulo Jorge dos Santos Rodrigues (SUER/SEE)
Coordenação: Pastora Maria dos Santos – Professora da Rede Municipal de Educação
de Maceió (SEMED)
18h00 – T É R M I N O
DIA: 26/06/2015 (SEXTA –FEIRA)
112
08h00 – Mesa 04: Cumprimento de medidas sócio educativa: sem educação não
existe superação.
Painel: Representante do juizado da vara da infância e da juventude – Léo aguardando
confirmação de nome
Representante fórum de defesa dos direitos da criança e do adolescente aguardando -
Riquelane
Coordenação: A definir – ver coronel Marcos
09h30 – Observatório: Tema – escola: unidades prisionais e o projeto político
pedagógico. Responsável: Escola Estadual de Educação Básica Educador Paulo Jorge dos Santos
Rodrigues -
Coordenação: 13ª Coordenadoria Regional de Educação
Encaminhamentos para os Grupos de Trabalhos
12h00 – A L M O Ç O
13h00 – Formação dos grupos de trabalhos – GTs
GT 01: Equipe da Escola Estadual Paulo Jorge
Mediação: Professora Ms. Maria da Paz Elias da Silva (Escola Paulo Jorge)
Apoio: Professora Rosangela Santos da Silva (SUPED)
GT 02: Executores da educação escolar no sistema prisional Mediação: Professora Ms: Ana Márcia (SUPED)
Apoio: Andréa Rodrigues de Melo (SERIS/SEDRES)
GT 03: Executores da educação escolar no sistema de cumprimento de medidas sócio
educativas
Mediador: Professor José Rubens (SUGES)
Apoio: Professor César de Araujo Cavalcante (SUPED)
GT 04: Sociedade civil, instituições de ensino superior, conselhos e demais órgãos e
departamentos.
Mediador: Professora Ms. Valeria Campos Cavalcante (UFAL/Penedo)
Apoio: Amanda Calheiros (SERIS/SEDRES)
15h00 – Plenária Geral – Apresentação dos GTS
17h30 – E N C E R R A M E N T O/C O F F E E-B R E A K
113
Encontro discute plano e nova proposta pedagógica para
educação prisional em Alagoas
Evento ocorre até esta sexta-feira (26) no Maceió Mar Hotel com a presença de educadores e
representantes do sistema prisional
Educação no sistemas prisional está sendo debatida a fundo no evento. (Foto: Agência Brasil) Texto: Ana Paula Lins
Foto: Valdir Rocha
Uma nova proposta para a educação prisional em Alagoas. Esta será a pauta dos dois dias do I
Encontro Estadual de Educação nos Espaços de Privação de Liberdade, que teve início nesta
quinta-feira (25) no Maceió Mar Hotel, na capital alagoana e que prossegue até esta sexta
(26).
O evento, organizado por meio de parceria entre as secretarias de Estado da Educação e
Defesa Social e ministérios da Justiça e Educação, reúne educadores e representantes do
sistema prisional alagoano.
Na discussão dois pontos: a atualização do Plano Estadual de Educação nas Prisões e a
construção de um projeto político-pedagógico para a modalidade.
“Construímos o plano em 2012 e o mesmo foi avaliado pelos ministérios da Educação e da
Justiça. Agora, vamos atualizar o documento para o biênio 2015-2017. Também iremos
conhecer a configuração da Escola Paulo Jorge, que organiza a oferta pedagógica no sistema
prisional e unidades de cumprimento de medida socioeducativa alagoanas. Hoje, a escola
atente ao regime fechado, mas a ideia é expandir sua abrangência também para o semi-
liberto”, informa Leilson Oliveira, técnico da Superintendência de Políticas Educacionais da
SEE.
114
Novo olhar
O segundo dia do encontro será dedicado à primeira etapa da construção do projeto político
pedagógico de escolarização em unidades prisionais do estado. Neste primeiro, haverá uma
interlocução entre grupos de trabalho envolvendo educadores e representantes do sistema
prisional.
“Após estes grupos se reunirem, partiremos para a segunda etapa, que consiste na consulta
direta aos alunos apenados e, por fim, a elaboração do projeto”, adianta Leilson.
Pesquisadora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) com mais de 18 anos de
experiência nesta modalidade, a professora doutora Elenice Cammarosano diz que, para a
construção de uma proposta pedagógica eficaz, é preciso ouvir as demandas de professores e
reeducandos.
“É preciso escutar estas pessoas, saber que educação desejam. Este projeto deve ser
socializador e emancipador, conectando-as com a realidade existente além dos muros das
prisões”, afirma.
O secretário adjunto de Ressocialização, Marcos Sérgio de Freitas, também acredita nesta
proposta. “A educação tem um papel fundamental na ressocialização do apenado e este
encontro reforça nossa crença no poder transformador do conhecimento”, declara.
Fonte site: http://agenciaalagoas.al.gov.br/noticias/2015-1/6/encontro-discute-plano-e-nova-proposta-
pedagogica-para-educacao-prisional-em-alagoas – postado em 25/06/2015
115
Estado discute plano de educação para reeducandos e
socioeducandos
Evento acontece nesta quinta e sexta-feira, no Maceió Mar Hotel, e definirá as diretrizes de ensino para
apenados
O 1º Encontro Estadual de Educação nos Espaços de Privação de Liberdade em Alagoas prossegue nesta sexta (Foto: Ascom)
Maysa Ferreira
Representantes das secretarias de Estado Adjunta de Ressocialização e da Educação estão
reunidos, durante esta quinta (25) e sexta-feira (26), no auditório do Maceió Mar Hotel, para
debater a educação das pessoas privadas de liberdade em Alagoas. A finalidade do evento é a
construção de um plano de educação e um projeto político pedagógico que beneficie os
reeducandos e socioeducandos alagoanos.
“A escola no espaço de privação de liberdade: desafios e possibilidades” é o tema central que
será debatido durante esta quinta-feira (25) no 1º Encontro Estadual de Educação nos Espaços
de Privação de Liberdade em Alagoas. Já na sexta-feira (26), o tema será o “Cumprimento de
medidas socioeducativas: sem educação não existe superação”. Também haverá a formação
de grupos de trabalho para o desenvolvimento do plano de educação e projeto político que
será adotado no sistema prisional e no socioeducativo.
Entre os participantes da mesa de honra do encontro estava o secretário adjunto de
Ressocialização, tenente-coronel Marcos Sérgio de Freitas; a coordenadora de Apoio ao
Ensino do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Letícia Matos; o superintendente de
Administração Penitenciária, major Henrique do Carmo; a diretora de Educação, Produção e
Laborterapia da SAP, Andréa Rodrigues e diretora de Educação da Sase, Ludmila Macedo.
116
O tenente-coronel Marcos Sérgio de Freitas parabenizou os que trabalham com a educação
dos apenados alagoanos. “Algumas vezes não valorizamos a educação da forma que
deveríamos. Se desenvolver o ensino já é difícil, sei que, levando em conta uma série de
fatores, trabalhar com a educação das pessoas privadas de liberdade é ainda mais complexo.
Vocês são vetores indissociáveis do processo de ressocialização dessas pessoas”, destacou o
secretário.
Letícia Matos, coordenadora de Apoio ao Ensino do Depen afirmou que o Ministério da
Justiça e o da Educação estão trabalhando em parceria para a melhoria da Educação e
acompanhando as avanços conquistados pelos Estados. “Esse tipo de discussão está sendo
realizada em várias unidades da federação e já constatamos que a qualificação da oferta de
educação progride bastante após eventos como esse. Estamos acompanhando para que
possamos contribuir de alguma forma com esse trabalho”, declarou.
O superintendente de Políticas Educacionais da Secretaria de Educação, Leilson Oliveira,
destacou que o encontro representa um marco para a evolução da educação ofertada para as
pessoas privadas de liberdade. “Foram três anos entre a propositura e a execução desse
momento. A partir do fortalecimento do trabalho da Administração Penitenciária junto à
Secretaria de Educação já alcançamos várias conquistas e queremos avançar ainda mais’”,
afirmou.
Fonte site: http://agenciaalagoas.al.gov.br/noticias/2015-1/6/estado-discute-plano-de-educacao-e-projeto-
pedagogico-para-reeducandos-e-socioeducandos
117
Situação educacional dos socieducandos em Alagoas será tema de
encontro
Debate está marcado para os dias 25 e 26 de junho, no Maceió Mar Hotel, e tem a parceria da Secretaria
Estadual de Defesa Social
Segundo Leilson Oliveira, da Secretaria de Educação, “além de propiciar a troca de experiências entre os gestores, o encontro abre a possibilidade de parcerias que visem à melhoria da escolaridade dos reeducandos em Alagoas. Já que 70% deles são analfabetos” (Foto:
Valdir Rocha)
Ricardo Rodrigues
A situação educacional dos reeducandos é o tema do 1º Encontro Estadual de Educação nos
Espaços de Privação de Liberdade em Alagoas. O evento, organizado pela Secretaria de
Estado da Educação (SEE) em parceria com a Secretaria de Defesa Social, será realizado de
25 a 26 de junho, no auditório do Maceió Mar Hotel, na orla da cidade. A abertura solene está
marcada para as 8h30 desta quinta-feira (25).
De acordo com Leilson Oliveira do Nascimento, técnico da Gerência de Educação de Jovens e
Adultos da SEE, esta é a primeira vez que um evento desse nível reúne os principais
segmentos que trabalham a questão prisional no Estado. “Nossa expectativa é muito grande,
até porque além de propiciar a troca de experiências entre os gestores, o encontro abre a
possibilidade de parcerias que visem à melhoria da escolaridade dos reeducandos em Alagoas.
Já que 70% deles são analfabetos”, afirmou.
Na programação do evento, a conferência de abertura será proferida pela professora doutora
Elenice Maria Cammarosano Onofre, da Universidade Federal de São Carlos (Ufascar). Ela
vai abordar o tema “A escola no espaço de privação de liberdade: desafios e possibilidades”.
Após a conferência da professora Elenice, será iniciada a primeira mesa redonda, que vai
118
debater a educação de jovens e adultos no sistema prisional, cujo tema será “EJA nas prisões:
caminho para a transformação”.
Ressocialização
À tarde, a segunda mesa redonda será coordenada pelo tenente-coronel Marcos Sérgio de
Freitas Santos, secretário adjunto de Ressocialização do Estado de Alagoas. Participam
também dessa mesa redonda Leticia Maranhão Matos, coordenadora de apoio ao ensino do
Departamento Penitenciário Nacional, órgão do Ministério da Justiça; e um representante da
Secretaria Nacional de Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação
(MEC).
A terceira mesa redonda, programada para começar às 16 horas da quinta-feira, será
coordenada pela pastora Maria dos Santos, professora da rede municipal de educação de
Maceió. Com o tema “Configuração da educação para as pessoas privadas de liberdade em
Alagoas: direito sim, privilégio não”, a terceira mesa redonda terá como palestrantes Andréa
Rodrigues de Melo, diretora de Educação, Produção e Laborterapia (SAP); e Leilson Oliveira
do Nascimento, diretor da Escola Estadual de Educação Básica Educador Paulo Jorge dos
Santos Rodrigues.
Superação
No dia 26, o evento reabre com a quarta mesa redonda, que terá como tema “Cumprimento de
medidas socioeducativas: sem educação não existe superação”. Participam representantes do
Juizado da Vara da Infância e da Juventude e do Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e
do Adolescente. A coordenação do painel será do doutor Fábio Passos, defensor público da 1ª
Vara da Infância e da Adolescência.
Ainda na parte da manhã, do segundo dia de evento, está programado um Observatório, que
tem como tema “Escola: unidades prisionais e o projeto político pedagógico”. A coordenação
será dos representantes da 13ª Coordenadoria Regional de Educação (13ª CRE) e os
responsáveis serão da Escola Estadual de Educação Básica Educador Jorge dos Santos
Rodrigues.
Às 15 horas, está programada uma plenária geral, onde os trabalhos dos grupos serão
apresentados. O evento deverá ser encerrado no final da tarde, com a elaboração de um
documento que servirá de base à implantação de políticas públicas para a melhoria do ensino
dentro do sistema prisional de Alagoas.
Fonte site: http://agenciaalagoas.al.gov.br/noticias/2015-1/6/situacao-educacional-dos-socieducandos-em-
alagoas-sera-tema-de-encontro