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EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA .......... VARA
SEO JUDICIRIA DE MANAUS/AM,
VALDEMAR FROTA DA ROCHA ,
brasileiro, solteiro, ex-militar do Exrcito Brasileiro, inscrito no Cadastro Pessoas Fsicas
sob o n 772.609.532-68 e da Cdula de IdentidadeRG n 1688084-6 SSP/AM e CIRG n
12009065-5 expedida pelo M Def, residente Rua Jesus de Nazar, 09 Novo Israel
CEP 69039-030 - Manaus-AM, por intermdio de seu advogado, procurao anexa, vem,
respeitosamente, presena de Vossa Excelncia com amparo na Constituio Federal de
1988; Declarao Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembleia Geral dasNaes Unidas, em 10 de dezembro de 1948; Pacto Internacional sobre Direitos
Econmicos, Sociais e Culturais, aprovado na XXI Sesso da Assembleia Geral das
Naes Unidas, em Nova York, no dia 19 de dezembro de 1966; Lei n 6.880/80, Decreto
n 57.654/66, alm de ampla jurisprudncia, propor
AO DE INDENIZAO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS -
RESPONSABILIDADE OBJETIVAADMINISTRATIVOCOM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
em face da UNIO FEDERAL MINISTRIO DA DEFESA EXRCITO
BRASILEIRO, que poder ser citada na pessoa de um de seus procuradores nesta Cidade,
pelas seguintes razes de fato e fundamentos jurdicos a seguir aduzidos:
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I - DOS FATOS
O AUTOR que, agindo com o dever e respeito
a nossa Carta Magna de servir a nossa ptria, fora um militar altamente profissional, nos 7
(sete) anos 07 (sete) meses e 02 (dois) dias em que se encontrava na ativa do servio
militar. Serviu primeiramente no 1 Batalho de Infantaria de Selva (Aeromvel),
localizado nessa comarca, l desenvolveu na Companhia Pioneira, como consta em suas
alteraes em anexo, diversas funes e atribuies como Soldado Cidado, nas quaisvindo a destacar-se em seus pares e referenciado por seus subordinados.
Tanto foi o seu reconhecimento pelos seus
subordinados que foi indicado para realizar o Curso de Formao de Cabos CFC
QMG/QMP 0951 (Manuteno de Viatura e Auto), realizado no Parque Regional de
Manuteno da 12 Regio Militar, no perodo de 01 de junho de 2005 a 22 de julho de
2005 publicado no Boletim Interno do 1 Batalho de Infantaria de Selava (Amv) N
104, de 08 de junho de 2005.Consequentemente, ato continuo, o AUTOR,
em 07 de maro de 2006 iniciou o Estgio Bsico de Sargento Temporrio - EBST, que se
estendeu at o dia 10 de agosto de 2006, realizado no Centro de Embarcaes do Comando
Militar da Amaznia- CECMA, na especialidade funilaria/pintura de veculos em geral.
Curso esse que seleciona somente os profissionais mais qualificados para desempenhar
dentro da instituioExrcito Brasileiro as atividades meio que a referida necessita para
manuteno e conservao de seu patrimnio. Logrando xito ao trmino do curso foradesignado para servir na Companhia de Comando da 12 Regio Militar, mais
especificamente na Seo de Transporte (Garagem), no mesmo ano, desenvolvendo l suas
atribuies, conforme sua qualificao e at mesmo outras designadas pelo seu
Comandante, quais sejam: metalrgica, motorista militar, servio ao quartel.
Ocorre que durante todo esse perodo
desenvolvendo suas atividades laborais com muita dedicao o AUTOR veio a se
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incomodar com FORTES DORES EM SUA COLUNA e solicitou ao seu subordinado
direto que o autorizasse a ir ao Hospital Militar do AmazonasHMAM. No nosocmio
foi encaminhado a realizar exames clnicos na Clnica de Imagenologia de Manaus
LTDA MAGISCAN. Seja temporrio ou de carreira, o militar que contrai doena
durante o servio militar ativo tem direito reforma.
So poucos os militares que, efetivamente,
conhecem seus direitos. O que se v com frequncia que dedicam sua vida pela ptria
e, aps anos de dedicao, so lanados prpria sorte, sem qualquer benefcio
previdencirio, ao serem licenciados do quadro ativo militar em decorrncia de doenade difcil controle, e que depende de tratamento mdico especializado.
Cegueira, esquizofrenia, HRNIA DE
DISCO, transtorno bipolar, hansenase, HIV, neoplasia maligna so alguns exemplos de
doenas que tem acometido grande parte dos militares das Foras Armadas, e se
manifestam, muitas vezes, sem a ocorrncia de acidente durante o servio.
Isso tem motivado a desincorporao e o
licenciamento de militares, desamparando-os por completo, privando-os do soldo e dotratamento mdico a que tinham direito enquanto na ativa, sob a justificativa de que a
patologia no guarda nexo de causalidade com o servio militar.
E nem se comente que, incorporados em
total higidez fsica, so excludos com evidente incapacidade para o servio militar e
com incontveis limitaes para o exerccio de atividades laborativas na vida civil, em
total afronta clara disposio do Estatuto dos Militares, sendo tolhidos dos benefcios
a que teriam direito na condio de agregado/adido, ou mesmo reformados.A referida lei, aliada a Portarias editadas
pelo prprio Ministrio da Defesa, probe expressamente a excluso de militares que
apresentarem incapacidade fsica para o servio militar, determinando que sejam
includos na condio de adido, at que alcancem plena recuperao ou, em se tornando
tal incapacidade definitiva, assim permaneam enquanto aguardam pela tramitao do
processo de reforma.
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Sim, isso mesmo: a lei determina. No se
trata, aqui, da discricionariedade da Administrao para prorrogar ou no o tempo de
servio do militar. No se pode negar que a ela inerente, segundo seu juzo de
convenincia, licenciar ou desincorporar o militar temporrio, contudo, indispensvel
que ele apresente aptido fsica.
II - DO DIREITO
A Constituio de 1988, de forma indita,positivou a sade como um direito fundamental, posto como um direito social.
Relativamente sade do trabalhador, alm da disciplina mais avanada do que nas
Constituies anteriores, as quais se referiam apenas higiene e segurana do trabalho, a
Constituio atual contm um captulo especfico sobre a proteo do meio ambiente, um
dos fatores fundamentais garantia da sade, qui o mais importante, preconizando que
no meio ambiente geral est compreendido o meio ambiente do trabalho.
Demais, as normas de proteo sade dotrabalhador so de ordem pblica. De maneira que a sade do trabalhador, como
direito bsico fundamental, tem de ser atendida em quaisquer circunstncias, em
nome do princpio-guia do sistema jurdico brasileiro, qual seja, oda dignidade da
pessoa humana, indissocivel do prprio direito vida, o fundamento ltimo de todo
Estado de Direito, social ou no.
Essa complementaridade entre os direitos
vida (integridade fsico-funcional e moral), sade do trabalhador e ao meio ambiente dotrabalho tambm pode ser extrada de uma interpretao sistemtica da Constituio
Federal, na qual se encontra, portanto, um fundamento mximo quele direito. Nestes
dispositivos se encontra, ento, a ntida interdependncia entre os tais direitos vida,
sade do trabalhador e meio ambiente do trabalho equilibrado, interpretao levada a
efeito com base no princpio ontolgico da dignidade da pessoa humana, um valor
praticamente absoluto no sistema jurdico nacional.
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Nesse sentido, a legislao ptria em vigor
aplicvel espcie, a que tomamos a liberdade, como se v:
II.1) Da Constituio Federal
A Constituio de 1988, com dito
anteriormente, de forma indita, positivou a sade como um direito fundamental, posto
como um direito social, conforme preconiza o art. 6:
Art. 6 So direitos sociais a educao, a sade, a
alimentao, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurana,
a previdncia social, a proteo maternidade e
infncia, a assistncia aos desamparados, na forma desta
Constituio. (Redao dada pela Emenda
Constitucional n 64, de 2010)
Relativamente sade do trabalhador, alm da
disciplina mais avanada do que nas Constituies anteriores (art. 7, incisos XXII e
XXVIII), as quais se referiam apenas higiene e segurana do trabalho, a Constituio
atual contm um captulo especfico sobre a proteo do meio ambiente (art. 225), um
dos fatores fundamentais garantia da sade, qui o mais importante, preconizando
que no meio ambiente geral est compreendido o meio ambiente do trabalho.
Art. 7 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
alm de outros que visem melhoria de sua condiosocial:
XXII - reduo dos riscos inerentes ao trabalho, por
meio de normas de sade, higiene e segurana;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo
do empregador, sem excluir a indenizao a que este
est obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc64.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc64.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc64.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc64.htm#art1 -
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Art. 225. Todos tm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum dopovo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se
ao Poder Pblico e coletividade o dever de defend-lo
e preserv-lo para as presentes e futuras geraes.
Verifica-se a preocupao do estado em
manter a manuteno da sade laboral do trabalhador, independente do seguimento
profissional (Celetista, Estatutrio, Militares, etc...), para que, com isso, possa
desempenhar suas atividade sem prejudicar sua sade fsica. por isso que as normasde Direitos Humanos vm tratando com muita percia o tema.
II.2) Dos Direitos Humanos
Demais, as normas de proteo sade do
trabalhador so de ordem pblica. De maneira que a sade do trabalhador, como
direito bsico, fundamental, tem de ser atendida em quaisquer circunstncias , em
nome do princpio-guia do sistema jurdico brasileiro, qual seja, o da dignidade da
pessoa humana, indissocivel do prprio direito vida, o fundamento ltimo de todo
Estado de Direito, social ou no.
Essa complementaridade entre os direitos
vida (integridade fsico-funcional e moral), sade do trabalhador e ao meio ambiente
do trabalho tambm pode ser extrada de uma interpretao sistemtica da Constituio
Federal, na qual se encontra, portanto, um fundamento mximoquele direito. Nestes
dispositivos se encontra, ento, a ntida interdependncia entre os tais direitos vida,
sade do trabalhador e meio ambiente do trabalho equilibrado-, interpretao levada a
efeito com base no princpio ontolgico da dignidade da pessoa humana, um valor
praticamente absoluto no sistema jurdico nacional.
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Em seguida a Declarao Universal dos
Direitos Humanos, proclamada pela Assembleia Geral das Naes Unidas, em 10 de
dezembro de 1948, assegurou como um direito humano a sade e o bem-estar, em
seu art. XXV, n. 1, sendo que o Pacto Internacional sobre Direitos Econmicos, Sociais
e Culturais, aprovado na XXI Sesso da Assembleia Geral das Naes Unidas, em Nova
York, no dia 19 de dezembro de 1966, reconheceu em seu art. 12, n. 1, o direito de toda
pessoa a desfrutar o mais elevado nvel possvel de sade fsica e mental.
Artigo XXV (Declarao Universal dos Direitos
Humanos)1. Todo ser humano tem direito a um padro de vida
capaz de assegurar-lhe, e a sua famlia, sade e bem-
estar, inclusive alimentao, vesturio, habitao,
cuidados mdicos e os servios sociais indispensveis, e
direito segurana em caso de desemprego, doena,
invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos
meios de subsistncia em circunstncias fora de seu
controle.
Artigo 12 (Pacto Internacional sobre Direitos
Econmicos, Sociais e Culturais)
1. Os Estados-partes no presente Pacto reconhecem o
direito de toda pessoa de desfrutar o mais elevado nvel
de sade fsica e mental.
2. As medidas que os Estados-partes no presente Pacto
devero adotar, com o fim de assegurar o pleno
exerccio desse direito, incluiro as medidas que se
faam necessrias para assegurar:
2. A melhoria de todos os aspectos de higiene do
trabalho e do meio ambiente.
A sade do trabalhador trata-se de um direito humano, em ateno ao princpio
ontolgico da dignidade da pessoa humana, fundamento maior do Estado Democrtico
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(e Social) de Direito em que se consubstancia a Repblica Federativa do Brasil.
Embasado nesse entendimento, o Cdigo Civil trs dispositivos pertinentes para que a
busca da segurana jurdica seja concedida.
II.3) Do Cdigo Civil Brasileiro
O Cdigo Civil Brasileiro em seus dispositivos
legais trs ampla concordncia com o caso em tela e mostra a ilegalidade do ato
praticado por autoridade que vai contra as suas disposies, neste sentido:
"Art. 75 - A todo direito corresponde uma ao, que o
assegura."
"Art. 76 - Para propor, ou contestar uma ao,
necessrio ter legtimo interesse econmico ou moral."
"Art. 82 - A validade do ato Jurdico requer agente
capaz, objeto lquido e forma prescrita ou no defesa em
lei."
"Art. 115 - So lcitas em geral, todas as condies, que
a lei no vedar expressamente. Entre as condies
defesas se incluem as que privarem de todo efeito o ato,
ou o sujeitarem ao arbtrio de uma das partes."
"Art. 130 - No vale o ato, que deixar de revestir a
forma especial, determinada em lei (art. 82) salvoquando esta comine sano diferente contra a preterio
da forma exigida."
"Art. 145 - nulo o ato jurdico:
III - quando no revestir a forma prescrita em lei."
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II.4) Estatuto Dos Militares - Lei N 6.880, de 9 de dezembro De 1980.
claro e evidente de se constatar que lei
clara, e no foi obedecida pelo Poder Pblico, que deve, em tese ser o primeiro a dar o
exemplo do fiel cumprimento da legislao vigente, e nunca ao contrrio, j que quem
promulga e faz, necessariamente, valer o preceito dojus scriptum.
Nesse sentido, a demonstrao que se faz nesta
oportunidade, evidencia-se de longa margem, que o RU passou por cima de tudo o que
determina o preceito legal, tornando-se um transgressor aberto e as claras das mais
comezinhas normas jurdicas, que por sua prpria formalidade, que resguarda ossagrados direitos do ora suplicante.
Consequentemente, verifica-se que fora
penalizado administrativamente, para tambm ser excludo, aps a concluso da Junta
Mdica que deu apto sem restries, uma vez que se encontrava em tratamento, o
cmulo do absurdo, pois o ato cometido crime, preceituado na legislao penal, ou
simplesmente transgresso disciplinar, nunca os dois ao mesmo tempo, sob pena de
aplicar-se uma dupla penalizao.Doutra parte, porm, o RU, na sua nsia
descomedida, de querer realizar o ato administrativo para licenciar o militar aos seus
prprios olhos e maneira, acaba finalmente por cometer a barbaridade que ora se v, de
atos administrativos visceralmente nulos, sem qualquer efeito legal, pela pressa, pela
desconsiderao, pelos preceitos legais.
II.5) Da JurisprudnciaPara tanto, trazemos nesta ocasio, algumas
decises, que em muitos so aplicveis a presente causa:
"O julgamento da legalidade dos atos administrativos,
est includo na competncia jurisdicional que protege
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%206.880-1980?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%206.880-1980?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%206.880-1980?OpenDocument -
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qualquer leso de direito individual." (STF, in RDA
110/243).
"Ainda que discricionrio o ato administrativo, deve
conformar-se com a finalidade legal." (TJSP, in RDA
36/121).
"A motivao jurisdicional do ato administrativo, tem
seus limites no formalismo que cerca o ato." (TFR, in
RDA 61/135).
"A faculdade discricionria no pode ser usada
abusivamente sob pretexto de pena disciplinar." (TJBA,
in RDA, 105/150).
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.
RECURSO ESPECIAL. MILITAR. ANULAO.
LICENCIAMENTO. INCAPACIDADE
TEMPORRIA. ADIDO. REINTEGRAO PARA
FINS DE TRATAMENTO DE SADE.PRECEDENTES.
1. No caso dos autos, conforme se extrai do aresto
recorrido, a autor foi licenciado dos quadros do
Exrcito, tendo em vista a sua limitao fsica
temporria, sem o adequado tratamento de sade do
qual teria direito.
2. Assim, mostra-se inegvel, portanto, o direito do
recorrente a reintegrao dos quadros militares como
adido para fins de tratamento de sade. Isso porque, a
jurisprudncia desta Corte Superior entende que, em se
tratando de militar temporrio ou de carreira, em vista
da debilidade fsica acometida durante o exerccio de
atividades castrenses, o ato de licenciamento ilegal,
fazendo jus, o servidor militar, a reintegrao aos
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quadros castrenses para tratamento mdico-hospitalar, a
fim de se recuperar da incapacidade temporria.3. Recurso especial provido. (Processo: REsp 1240943
RS 2011/0042329-1; Relator(a): Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES; Julgamento: 07/04/2011;
rgo Julgador: T2 - SEGUNDA TURMA; Publicao:
DJe 15/04/2011)
ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO DE INSTRUMENTO.
MILITARTEMPORRIO. INCAPACIDADE
DECORRENTE DE LESO EM SERVIO.
NULIDADE DOLICENCIAMENTO SEM
REMUNERAO. DEVIDA A REINTEGRAO
PARA TRATAMENTODE SADE.
IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVA.
SMULA 7 DO STJ.AGRAVO REGIMENTAL
DESPROVIDO.
1. Os militares temporrios do servio ativo das ForasArmadas tm direito assistncia mdico-hospitalar, na
condio de adido, com o fito de garantir-lhes adequado
tratamento de incapacidade temporria.
2. Com apoio no material ftico-probatrio constante
dos autos, o Tribunal local afirmou que o autor
ingressou hgido no servio militar e assim permaneceu
at sofrer acidente em servio, o que resulta na nulidade
de seu licenciamento sem remunerao enquanto se
encontrava incapacitado, sendo devida a sua
reintegrao para possibilitar o tratamento mdico
adequado at a completa recuperao. Infirmar referido
entendimento esbarra na vedao prescrita pela Smula
7 do STJ.
3. Constatada a ilegalidade do ato administrativo que
excluiu o militar, legtimo o pagamento das parcelas
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pretritas relativas ao perodo que medeia o
licenciamento ex-officio e a reintegrao do militar.4. Agravo Regimental da UNIO desprovido.
(Processo: AgRg no Ag 1340068 RS2010/0149826-0;
Relator(a): Ministro NAPOLEO NUNES MAIA
FILHO; Julgamento:
14/02/2012; rgo Julgador: T1 - PRIMEIRA TURMA;
Publicao: DJe 17/02/2012)
Recentemente a Primeira Turma do TRF da
1. Regio negou provimento apelao da Unio e manteve militar temporrio
nos quadros da Marinha, na condio de agregado. Segundo a Turma, ele dever
permanecer em sua unidade, na Bahia, at que seja emitido parecer definitivo que
lhe d a licena, desincorporao ou reforma, conforme o caso .
Na 1. instncia, a deciso do juiz federal foi
no mesmo sentido e reconheceu a ilegitimidade do licenciamento do militar.
A Unio recorreu ao TRF da 1. Regio,
sustentando que o militar foi licenciado pelo decurso do tempo mximo de permanncia
na Marinha, tendo sido atendidos os requisitos legais para o ato, inclusive inspeo de
sade que o considerou apto para deixar o servio militar.
Segundo o relator do processo,
Desembargador Federal Nviton Guedes, consta dos autos que o militar foilicenciado quando ainda se encontrava em tratamento de sade, em decorrncia de
leses em ambos os joelhos, adquiridas enquanto ainda prestava servio militar, embora
percia mdica judicial no comprove relao de causa e efeito com o servio militar.
O magistrado disse que "a despeito de o
Comando Militar da Marinha haver concludo (...) que ele estava apto a ser licenciado, o
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certo que a percia mdica judicial constatou que ele apresentava problema de sade
quando do seu licenciamento".
Sendo assim, "nessa linha de orientao, este
Tribunal firme no entendimento de que, comprovada incapacidade temporria do autor
poca do licenciamento, deve ser reconhecido o direito sua reintegrao na condio
de adido sua unidade at que seja emitido parecer mdico definitivo, devendo ser
desconstitudo o ato que o licenciou, por concluso do tempo de servio, por fora do
que dispem os artigos 82 e 84 da Lei n. 6.880/80 (Estatuto dos Militares)", concluiu odesembargador.
A Primeira Turma, por unanimidade,
acompanhou o relator. (N do Processo: 68866820054013300)
Portanto, Nobre Julgador, caracterizado est
dentro da Carta Magna, das normas de Direitos Humanos, da lei vigente, da doutrina eda atual jurisprudncia, a ilicitude civil praticada pelo RU, contra os direitos do
AUTOR, e que, nada mais resta, a bem da JUSTIA, do que decretar a nulidade do ato
administrativo.
II.6) Da Doutrina
A doutrina, por seus ilustres mestres do
direito, nos ensina o seguinte:PONTES DE MIRANDA Comentrios
Constituio de 1967, 2 Edio, Tomo V, p. 235:
"O direito de defesa deve ser assegurado em qualquer
processo penal, administrativo ou policial."
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HELY LOPES MEIRELES Direito
Administrativo Brasileiro, Ed. Revista dos Tribunais - SP. 1981, p. 569:
"Essa garantia constitucional se estende a todo e
qualquer procedimento acusatrio, judicial ou
administrativo e se consubstancia no devido processo
legal (due process of law), de prtica universal nos
estado de Direito. a moderna tendncia da
jurisdicionalidade do poder disciplinar que impe
condutas formais e obrigatrias para garantia dos
acusados contra arbtrios da administrao,
assegurando-lhes no s a oportunidade de defesa, como
a observncia de rito legalmente estabelecido para o
processo."
Verifica-se que no poderia ser diferente
diante dos textos legais, eis que a doutrina em consonncia com a lei, pois que analisafriamente a aplicao desta, tambm no pode estar distante da jurisprudncia, que vem
a ser a aplicao do texto legal frente aos fatos e atos jurdicos ocorridos, quando os
Tribunais, so chamados a se pronunciarem, como veremos a seguir:
IVDOS DANOS MORAIS
Fazendo uso das palavras de PLANIOL,
patrimnio no significa riqueza. Nele se computam obrigaes e todos os bens de
ordem material e moral, entre estes o direito vida, honra, liberdade e boa fama.
Nesse sentido, importante se verificar o
quantum da obrigao de indenizar, que atravs do estudo do ato ilcito, que aquele
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praticado em descompasso com o ordenamento jurdico, no entanto, a prtica de ato
ilcito deve ser punida e desestimulada.
Toda leso a qualquer direito traz como
consequncia a obrigao de indenizar.
A responsabilidade civil enfatiza o dever de
indenizar sempre que os elementos caracterizadores do ato ilcito estiverem presentes.
A teoria da responsabilidade civil estconstruda sobre a reparao do dano. Tal princpio emerge do art. 159, do Cdigo Civil
Brasileiro: aquele que por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia
violar direito ou causar prejuzo a outrem, fica obrigado a reparar o dano.
oportuno trazer reflexo as ponderaes de
CAIO MRIO DA SILVA PEREIRA:
para a determinao da existncia do dano, como
elemento objetivo da responsabilidade civil,
indispensvel que haja ofensa a um bem jurdico.
IV.1) Dano Moral - O valor de sua Reparao
O dano moral advm da dor e a dor no tem
preo. Sua reparao seria enriquecimento ilcito e vexatrio, na opinio dos mais
retrgrados.
Modernamente, verifica-se que o dano moral
no corresponde dor, mas ressalta efeitos malficos marcados pela dor, pelo
sofrimento. So a apatia, a morbidez mental, que tomam conta do ofendido. Surgem o
padecimento ntimo, a humilhao, a vergonha, o constrangimento de quem ofendido
em sua honra ou dignidade, o vexame e a repercusso social por um crdito negado.
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Para que se amenize esse estado de
melancolia, de desnimo, h de se proporcionar os meios adequados para a recuperao
da vtima.
Condenar o ofensor por danos morais implica
reparar o necessrio para que se propiciem os meios de retirar o ofendido do estado
melanclico a que fora levado.
Bisando CAIO MRIO DA SILVA
PEREIRA:
o fundamento da reparabilidade pelo dano moral est
em que, a par do patrimnio em sentido tcnico, o
indivduo titular de direitos integrantes de sua
personalidade, no podendo a ordem jurdica
conformar-se em que sejam impunemente atingidos.
Costumam os julgadores atentar para arepercusso do dano na vida do ofendido e para a possibilidade econmica do ofensor.
A Constituio Federal, em seu art. 5, incisos
V e X, prev a indenizao por dano moral como proteo a direitos individuais, o que
j haviam feito o Cdigo Brasileiro de Telecomunicaes, a Lei de Imprensa e a Lei dos
Direitos Autorais, especificamente.
Toda vez que houver ataque honra, dignidade, reputao de uma pessoa, dever estar presente a reparao pelo dano
moral.
H os que acham que a reparao pelo dano moral vem associada reparao
pelo dano material. O que se valora a repercusso da leso sofrida e contribui
para aumentar o valor da indenizao o elemento intencional do autor do dano.
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IV.2) Dano Moral no Tempo e no Espao
Cdigo de Hamurabi, art. 127 : se um
homem livre estender um dedo contra uma sacerdotisa ou contra a esposa de um outro e
no comprovou, arrastaro ele diante do Juiz e raspar-lhe-o a metade do seu cabelo.
A est uma pena de reparao por dano moral.
Lei das XII Tbuas - 2 - se algum causa um
dano premeditadamente, que o repare.
IHERING dizia que ilimitada a reparao
do dano moral e afirmava: o homem tanto pode ser lesado no que , como no que
tem.
IV.3) Dano Moral no Brasil
No Brasil, a reparao por dano moral vem
caminhando firme com sentenas e acrdos respeitveis favorecendo-a.
Quando o art. 159 do Cdigo Civil Brasileiro
determina ...fica obrigado a reparar o dano, o faz em sentido amplo, ilimitado,
irrestrito.
A reparao civil feita atravs da restituio
das coisas ao estado anterior e mediante a reparao pecuniria.
O Ministro do STJ CARLOS A. MENEZES
assim se manifestou: no h falar em prova do dano moral e sim prova do fato que
gerou a dor, o sofrimento, sentimentos ntimos que o ensejam.
PONTES DE MIRANDA foi fervoroso
adepto da reparao por dano moral: os padecimentos morais devem participar da
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estimao do prejuzo. O desgaste dos nervos, a molstia da tristeza projetam-se no
fsico, so danos de fundo moral e consequncias econmicas.
Nesse sentido, o AUTOR teve sua dignidade
abalada, pois, adentrou no Exrcito Brasileiro, com todo vigor de um jovem e em plena
capacidade fsica e com objetivo de fazer carreira dentro da instituio. Sendo que
passo-a-passo fora galgando novas graduaes como militar temporrio e com o nico
objetivo de prestar concurso para ser militar de carreira. Sendo que ao trmino do seu
tempo como militar temporrio, estava com um grave problema de sade, e encontrava-se em tratamento, como relatado nos fatos. No entanto, sem observar, e nem levar em
considerao o estado de sade do AUTOR, o RU, passando por cima de toda
legislao vigente no pas, o licenciou, assim como se jogasse algo que no prestasse
mais para fora. Encontra-se o AUTOR hoje impossibilitado de exercer suas atividades
laborais e desprovido do sustento seu e de sua famlia.
Nesse diapaso, a vasta jurisprudncia tem
sido pertinente ao pedido de danos morais:
DA INDENIZAO REFERENTE AO DANO
MORAL. A indenizao referente ao dano moral visa
compensar a dor, a mgoa e o sofrimento sentidos pela
vtima, possuindo ainda efeito pedaggico para o
ofensor, mas deve o seu valor ser fixado sem extrapolar
os limites da razoabilidade. Pode-se utilizar, por
analogia, para calcular o valor do dano moral, os
parmetros estabelecidos pela Lei N 4.117/62 - Cdigo
Brasileiro de Telecomunicaes, que adota o critrio de
que o montante da reparao no ser inferior a cinco,
nem superior a cem vezes o maior salrio mnimo
vigente no Pas, variando de acordo com a natureza do
dano e as condies sociais e econmicas do ofendido e
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do ofensor. Recurso Ordinrio Patronal parcialmente
provido. Recurso Adesivo Obreiro improvido.(Proc. n TRT RO 5027/01, 1 Turma, Juza Relatora
Virgnia Malta Canavarro, DOE/PE 13.07.02)
PROCESSO CIVIL. ADMINISTRATIVO.
MILITAR. REINTEGRAO. EXECUO
PROVISRIA. POSSIBILIDADE. ART. 2- B DA
LEI 9.494/97. APLICAO RESTRITIVA.
PRECEDENTES. RECURSO ESPECIAL
CONHECIDO E PROVIDO.
1. O art. 2-B da Lei 9.494/97 deve ser interpretado
restritivamente, de modo que, salvo as excees nele
previstas, a antecipao da tutela aplicvel em
desfavor do ente pblico. Hiptese em que o pedido
de antecipao dos efeitos da tutela diz respeito
reintegrao do autor nos quadros do Exrcito.
2. Recurso especial conhecido e provido.
(REsp 624.207/RS, Rel. Ministro ARNALDOESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado em
27.02.2007, DJ 12.03.2007 p. 309) RECURSO
ESPECIAL - INDENIZAO POR DANOS
MORAIS E MATERIAIS SOLDADO -
ACIDENTE DURANTE ATIVIDADE MILITAR -
INCAPACIDADE DEFINITIVA PARA O
SERVIO DO EXRCITO -
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO
AUSNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DOS
ARTIGOS 106, 108, 109 E 110 DA LEI N. 6.880/80,
E 139 DO DECRETO N. 57.654/66 - PRETENSO
DE REDUO DO VALOR DA INDENIZAO
FIXADA PELA CORTE DE ORIGEM -
DIVERGNCIA JURISPRUDENCIAL NO
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CONFIGURADA - AUSNCIA DE SIMILITUDE
FTICA.A existncia de lei especfica que rege a atividade
militar (Lei n. 6.880/80) no isenta a
responsabilidade do Estado, prevista no artigo 37,
6, da Constituio Federal, pelos danos morais
causados a servidor militar em decorrncia de
acidente sofrido durante atividade no Exrcito.
Ausncia de prequestionamento dos artigos 106, 108,
109 e 110 da Lei n. 6.880/80, e 139 do Decreto n.
57.654/66, entendido como o necessrio e
indispensvel exame da questo pelo r. decisum
recorrido, apto a viabilizar a pretenso recursal.
Incidncia das Smulas ns. 282 e 356 do Supremo
Tribunal Federal. Do necessrio confronto entre o v.
julgado do Tribunal Regional Federal da 4 Regio
com o v. aresto trazido como dissonante, denota-se,
sem maiores esforos, evidente dessemelhana. A
hiptese dos autos trata de indenizao por danosmorais devida pela Unio soldado que sofreu
seqela em dois dedos de sua mo esquerda, por
ocasio de acidente durante atividade no Exrcito. J
o acrdo paradigma cuida de indenizao por
danos morais devida por empresa ferroviria me
de vtima falecida em queda de trem. Dissdio
jurisprudencial no configurado. Recurso Especial
no conhecido.
(REsp 514.888/RS, Rel. Ministro FRANCIULLI
NETTO, SEGUNDA TURMA, julgado em
21.08.2003, DJ 03.11.2003 p. 308)
RECURSO ESPECIAL - ALNEA "C" -
INDENIZAO POR DANOS MORAIS -
SOLDADO - ACIDENTE DURANTE ATIVIDADE
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MILITAR - INDENIZAO FIXADA PELA
CORTE DE ORIGEM EM 100 SALRIOSMNIMOS DATA DA SENTENA -
PRETENSO DE REDUO DO VALOR -
DIVERGNCIA JURISPRUDENCIAL NO
CONFIGURADA - AUSNCIA DE SIMILITUDE
FTICA.
Do necessrio confronto entre o v. julgado do
Tribunal Regional Federal da 4 Regio com o v.
aresto trazido como dissonante, denota-se, sem
maiores esforos, evidente dessemelhana. A
hiptese dos autos trata de indenizao por danos
morais devida pela Unio soldado que sofreu a
perda total de seu olho direito por ocasio de
acidente durante atividade militar, fixada pela Corte
de origem em 100 (cem) salrios mnimos. J o
acrdo paradigma cuida de indenizao por danos
morais, estipulada no valor de 50 (cinqenta)
salrios mnimos, devidos por empresa ferroviria me de vtima falecida em queda de trem. Dissdio
jurisprudencial no configurado.
Ainda que assim no fosse, este Superior Tribunal de
Justia firmou o entendimento de que pode majorar
ou reduzir, quando irrisrio ou absurdo, o valor das
verbas fixadas a ttulo de dano moral, por se tratar
de matria de direito e no de reexame ftico-
probatrio.
No caso em anlise, entretanto, a fixao da verba
em 100 (cem) salrios mnimos data da sentena
no se mostra excessiva, mas atende ao princpio da
razoabilidade, considerados tanto o sofrimento
causado ao jovem pela perda da viso e incapacidade
para seguir carreira no Exrcito, conforme
planejava, quanto a necessidade de utilizao de
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prtese ocular, que "pode, se bem feita, esconder o
dano esttico, no o elimina, e, com certeza, reativa odano moral cada vez que removida para os
cuidados de higiene e novamente instalada"
(Ministro Ari Pargendler, REsp n. 171.240/ES, DJ de
23.04.2001).
Recurso especial no conhecido.
(REsp 509.362/PR, Rel. Ministro FRANCIULLI
NETTO, SEGUNDA TURMA, julgado em
26.06.2003, DJ 22.09.2003 p. 305)
VDa Antecipao dos Efeitos da Tutela
O artigo 273 do Cdigo de Processo Civil preceitua
que:
Art. 273. O juiz poder, a requerimento da
par te, ant ec ip ar , total ou parcialmente, o efeito da
tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindoprova inequvoca, se convena da verossimilhana da
alegao e:
I - h a j a f u n d a d o r e c e i o d e d a n o
i r r e p a r v e l o u d e d i f c i l reparao; ou
I I - f i q u e c a r a c t e r i z a d o o a b u s o d e
d i r e i t o d e d e f e s a o u manifesto propsito
protelatrio do ru. (grifos nossos)
A seu turno, o perigo de dano
i r re pa r ve l ou , no mn imo , de d i f c i l r e pa ra o , e nc on t ra - s e
consubstanciado nos laudos mdicos realizados (Doc. anexa) na sua coluna lombar que
diagnosticou nas vertebras L4 e L5 com abaulamento discal difuso, associado a pequeno
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componente focal protruso pstero-mediano, comprimindo a face anterior do saco
dural e mantendo contato com as razes nervosas intra-canal correspondente, o que
impede de realizar suas atividades laborais, por motivo de fortes dores e
consequentemente o inabilitar a suprir as necessidades de sua famlia.
Comunicando-se tambm o perigo iminente,
pois como fora arbitrariamente licenciado sem amparo nenhum e com sua sade
debilitada, se no for reintegrado, estar sujeito, no s voc como sua famlia, a
passarem fome, pois no possuem nenhuma renda, e esto at a presente data vivendo
da ajuda de amigos e parentes.N o c a s o s ub j ud i c e , todos os
requisi tos ex igidos pela lei processua l para deferimento da tutela antecipada encontram-
se reunidos. De fato, no h que se questionar sobre a efetiva verossimilhana
das alegaes aduzidas, que restou fartamente comprovado pela documentao
constante dos autos, bem como opericulum in mora.
III - DOS REQUERIMENTOSDiante do que ficou exposto, requer a
concesso da Tutela Antecipada para que seja reingressado as fileiras do Exrcito
Brasileiro, pois comprovado est a incapacidade temporria do AUTOR poca do
licenciamento, deve ser reconhecido o direito sua reintegrao na condio de adido
sua unidade at que seja emitido parecer mdico definitivo, devendo ser desconstitudo
o ato que o licenciou, por concluso do tempo de servio, por fora do que dispem os
artigos 82 e 84 da Lei n. 6.880/80 (Estatuto dos Militares) e, com isso, d continuidadeao tratamento da sua coluna lombar que estava sendo realizado a poca do
licenciamento, mais precisamente na L4 e L5 com abaulamento discal difuso, associado
a pequeno componente focal protruso pstero-mediano, comprimindo a face anterior
do saco dural e mantendo contato com as razes nervosas intra-canal correspondente,
bem como volte a receber o seu soldo para sua prpria manuteno e de sua famlia, o
que encontra-se impossibilitado de suprir.
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Requer-se ainda:
a) seja concedida a tutela em definitivo, bem
como protesta provar o acima exposto, por todos os meios de prova em direito
admitidas, quer sejam documentais fora os que inclusos, como tambm testemunhais,
cujo rol declinar oportunamente e tempestivamente, pericial, se necessrio for, bem
como, pelo depoimento pessoal do representante legal do RU, na forma do que dispe
o art. 343, pargrafo 1, do C.P.C.
b) pela citao do RU, j qualificado para
que tome conhecimento da presente ao, e querendo em tempo hbil, venha a Juzoproceder a sua defesa, sob pena de assim no o fazendo, serem tidos como verdadeiros
os fatos articulados nesta inicial, e correrem sua inteira revelia processual e
consequente condenao.
c) que, aps os trmites legais, requer pela
inteira procedncia da presente ao, para decretar, por sentena de mrito, a nulidade
do ato administrativo, que licencia o AUTOR das fileiras do Exrcito Brasileiro e via de
consequncia, reintegr-lo mesma, na condio de direito que dispunha como Militarda ativa, 3 Sargento, com todos os direitos advindos de tal declarao judicial, tais
como, contagem de tempo de servio, promoes e vantagens pecunirias, e a condenar
ainda o RU ao pagamento dos salrios no recebidos, desde data de 28 de Fevereiro de
2012 para c, acrescidos de juros de mora, correo monetria e demais cominaes
legais aplicveis espcie, por ser de direito e de justia.
d) a condenao do RU, nas custas
processuais, em devoluo, honorrios advocatcios base usual de 20% sobre omontante final apurvel em execuo de sentena, e demais cominaes legais.
e) os benefcios da JUSTIA GRATUITA, de
conformidade com a Lei 1060/50 e alteraes posteriores, eis que se trata de pessoa
reconhecidamente pobre na acepo jurdica do termo, conforme declarao anexa.
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D-se causa, o valor de R$ 18.327,05
(dezoito mil trezentos e vinte e sete reais e cinco centavos) acrescidos de eventuais
reajustes salariais e juros e correo monetria, referente ao pagamento que
deixou de receber desde a data do licenciamento at o ms de outubro de 2012, a
ttulo de danos materiais e R$ 62.200,00 (sessenta e dois mil e duzentos reais),
ttulo de danos morais, perfazendo um total de R$ 80.527,05 (oitenta mil
quinhentos e vinte e sete reais e cinco centavos)
Termos em que,
pede e espera deferimento
Manaus, 10 de janeiro de 2013.
FBIO DE ASSUNO ACOSTA
OAB/AM 8415