Pastagens e Plantas ForrageirasAula 10. Alimentação Suplementar
João Paulo V. Alves dos SantosEng° Agrônomo/ESALQ-USP
Aula 10. Alimentação Suplementar
Perguntas:
• O que seria alimentação suplementar?
• Quando devemos suplementar?
• Por quê devemos suplementar?
• Quais são os benefícios da suplementação?
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O que seria alimentação suplementar?
• É aquela que suplementa uma determinada demanda nutricional para uma dada categoria animal em regime de produção à pasto
Tipos de Suplementação:
• Volumosos
• Concentrados
• Volumosos + Concentrados
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Estacionalidade de Produção: Desafio
• As plantas forrageiras não produzem regularmente ao longo do ano
• Como podemos manter a lotação de determinados sistemas de produção se a produção de forragem no inverno diminui significativamente?
• A qualidade das forrageiras tropicais no inverno é menor (acúmulo de fibra, menor digestibilidade da MS, menor teor de PB e energia), gerando menor consumo
• SUPLEMENTAÇÃO: permite corrigir estes problemas
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Existem diferentes maneiras de suplementar animais à pasto:
Capineiras Concentrados
Silagens
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Quando devemos suplementar?
A suplementação se faz necessária sempre que a manutenção da capacidade de suporte de um sistema é imprescindível para a manutenção da rentabilidade do mesmo ou quando a pastagem não é capaz de fornecer os nutrientes necessários para o desenvolvimento de uma determinada categoria animal
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Por quê devemos suplementar?
Exemplo: Produção à Pasto – Sist. Prod. Intensivo
Mombaça
Estacionalidade: 70 – 30
Lotação: 5 UA/ha (verão) = potencial máximo
Inverno: 1,5 UA/ha = potencial máximo
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Por quê devemos suplementar?
Pergunta: Qual sistema suportaria tamanha oscilação?
Com a queda de produção da planta forrageira, o produtor (pecuarista) tem 2 possibilidades:
A-) Vende animais para adequar a lotação
B-) Suplementa e mantem a lotação
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Quais são os benefícios da suplementação?
• Corrigir a deficiência de nutrientes da forragem (pasto)
• Aumentar a capacidade de suporte das pastagens
• Fornecer aditivos ou promotores de crescimento
• Fornecer medicamentos
• Auxiliar no manejo da pastagem
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Dimensionamento da demanda de alimento:
Exemplo:
• Garrote – 280 kg PV
• Consumo MS – 7,0 kg/cab/dia
• Regime – exclusivo: pasto
• Durante o verão, a forrageira, se bem dimensionada, oferece a necessidade diária predicada
Aula 10. Alimentação SuplementarDimensionamento da demanda de alimento:
Supondo o mesmo exemplo: no inverno
• A forrageira pela estacionalidade da produção não será capaz de proporcionar a quantidade e qualidade de forragem suficiente para gerar o ganho (ou produção) almejada
• “Teoricamente”, a oferta de forragem seria reduzida no inverno.
• Considerando 30% da produção de verão, no inverno, teríamos somente 2,1 kg de MS disponível para o animal do exemplo anterior via: pastagem
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Dimensionamento da demanda de alimento:
Diferença: 7,0 kg MS – 2,1 kg MS = 4,9 kg MS/cab/dia
4,9 kg MS/cab/dia = necessidade
Necessidade = Alimentação Suplementar
4,9 kg MS : 0,88 (% MS concentrado) = 5,56 kg MO/cab
4,9 kg MS : 7,0 kg MS = 70% da dieta (em MS) advindo do concentrado
Aula 10. Alimentação SuplementarDimensionamento da demanda de alimento:
Mesmo que o concentrado seja a melhor opção em termos econômicos (por exemplo), seu fornecimento seria praticamente inviável
Motivo: elevada concentração de CNF na dieta
Logo:
• A dieta poderia ser suplementada com volumoso
• A dieta poderia ser suplementada com volumoso + concentrado
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Volumosos Suplementares:
Para serem usados integralmente, necessitam apresentar excelente qualidade
Alimentos Conservados: silagens e fenos
• Qualidade no máximo igual à forragem fresca colhida no momento ideal
• Pode ser superior a uma pastagem “passada”
• Quase sempre são fornecidas com concentrados
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Volumosos Suplementares:
Fator econômico: fundamental na tomada de decisão
Depende do desempenho desejado:
Dietas de manutenção
X
Dietas de produção (carne ou leite)
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Volumosos Suplementares:
Manutenção:
Objetivo = manutenção da condição corporal (peso)
Produção:
Objetivo = produzir carne ou leite
Vale a pena investir para que haja retorno satisfatório
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Volumosos Suplementares:
• Capineiras
• Silagens
• Fenos
São considerados volumosos suplementares todas as alternativas de alimentação disponíveis de modo adicional aos animais, na forma conservada (silagens/fenos) ou fornecida in natura (verde)
Aula 10. Alimentação SuplementarVolumosos Suplementares:
Capineiras:
• Reservas de forragem
• Geralmente forragens de alta produção
• Podem ser destinadas exclusivamente para formação de capineiras (Ex.: Napier)
• Podem ser oriundas de sobra de pastagens
• São colhidas in natura
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Volumosos Suplementares:
Capineiras:
Aula 10. Alimentação SuplementarVolumosos Suplementares:
Capineiras:
Toda e qualquer forragem pode ser uma “Capineira”
Resposta: NÃO
É necessário que a capineira seja cuidada e manejada corretamente (adubação + manejo: cortes)
Assim como a planta da pastagem deve ser colhida numa determinada altura ótima (Produção x VN), a capineira deve ser colhida no momento certo, também!
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Volumosos Suplementares:
Capineiras de Verão: + comuns
• Capim Elefante (cv Napier)
• Cynodons
• Mombaça, Tanzânia, Colonião
São utilizadas, geralmente, em sistemas de produção mal dimensionados onde a oferta de forragem via pastagem não é suficiente para suprir a demanda individual
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Volumosos Suplementares:
Capineiras de Verão:
• VN x Produção – importante (colher na hora certa)
• Como falta pasto: suplemento com capineira
Não confundir:
• Volumosos Suplementares x Sistemas Confinados
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Volumosos Suplementares:
Capineiras de Verão:
• Forragens Conservadas = Silagens/Fenos
• Podem ser direcionadas para sistemas de produção em regime de confinamento total
• Cuidado adicional com a qualidade da forragem
• Capineira: também pode ser fonte exclusiva de volumoso de sistema confinado
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Volumosos Suplementares:
Capineiras de Verão - Quando usamos:
• Necessidade de suplementação no verão
• Confinamentos de verão (raro)
• Erro comum = fornecimento de capineiras “passadas”
• Desempenho negativo = realidade (baixo consumo, poucos nutrientes)
Aula 10. Alimentação SuplementarVolumosos Suplementares:
Capineiras:
• Erro muito comum = reservar capineira de verão para inverno
• Planta cresce muito (corte difícil)
• Acúmulo excessivo de fibra + lignina (fração indigestível)
• Baixo valor nutricional
• Baixo desempenho
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Volumosos Suplementares:
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Volumosos Suplementares:
Como suplementar corretamente no inverno?
2 opções:
• Forragem de verão conservada (silagens)
• Cana de açúcar
Gramíneas Tropicais:
produzem muito no verão;
baixa produção e baixo VN no inverno
Aula 10. Alimentação SuplementarVolumosos Suplementares:
Cana-de-açúcar: exceção!
Inverno: boa produção e bom VN (açúcares)
• Opção para “capineira” no inverno
• É a forragem indicada para suplementação no inverno
• Vantagem em relação à silagens: custo
• Apesar da pior qualidade em relação à outras forrageiras, apresenta custo baixo pela alta produção de massa/ha
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Volumosos Suplementares:
Potencial de produção:
• Cana – 80 a 120 ton MO/ha (corte)
• Napier – 80 a 120 ton MO/ha (corte)
• Silagem de Milho – 35 a 50 ton MO/ha
Fator limitante – Cana = baixa % PB
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Volumosos Suplementares:
Ruminantes: necessidade de consumir forrageiras e alimentos com mínimo de 7 % PB para manutenção funcional dos microorganismos do rúmen
Cana: 1,5 a 2,5 % PB!!
Dietas exclusivas à base de cana = problema!
Necessidade de correção da % PB
Correção mais comum: uréia
Aula 10. Alimentação SuplementarVolumosos Suplementares:
Uréia: boa opção (custo)
Outras possibilidades: Proteínas Verdadeiras (farelos)
Ex.: 1 kg de uréia + 100 kg de cana
Correto?!
Cuidado! Regras Genéricas não devem ser seguidas
Verificar a demanda da categoria animal sendo suplementada
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Volumosos Suplementares:
Cana + Uréia:
Uréia – 45% N
Fonte de NNP – nitrogênio não protéico
Equivalente N – 281 % PB (= N x 6,25)
100 kg uréia ---- 281 kg PB
1 kg uréia ---- y y = 281/100 = 2,81 kg PB
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Volumosos Suplementares:
Cana + Uréia:
Receita: 1 kg uréia + 100 kg cana
1 kg uréia ----- 2,81 kg PB
2,81 kg PB ---- 100 kg cana
x ----- 1 kg cana
x = 2,81 : 100 = 0,0281 kg PB para cada kg de cana
Aula 10. Alimentação SuplementarVolumosos Suplementares:
Cana + Uréia:
% MS cana = 30
Vaca (consumindo) = 30 kg MO/cab/dia = 9 kg MS/cab/dia
Demanda – Matriz/Corte = 450 kg PV (c/ bezerro):
CMS - 9 kg MS% 54 NDT 9% PB (0,81 kg MS PB)
Aula 10. Alimentação SuplementarVolumosos Suplementares:
Cana + Uréia:
30 kg cana x 0,0281 kg PB/kg cana = 0,843 kg PB
0,843 kg PB (fornecido) x 0,81 kg PB (= demanda)
Outra maneira de se fazer a conta:
CMS - 9 kg MS% 54 NDT 9% PB (0,81 kg MS PB)
Aula 10. Alimentação SuplementarVolumosos Suplementares:
Cana + Uréia:
9 kg MS : 0,30 (% MS da cana) = 30 kg MO cana
% PB cana = 1,5 a 2,5 = 2 (média)
% PB (demanda da dieta) = 9%
9 kg MS/cab/dia x 0,02 = 0,18 kg MS PB (oriunda da cana)
9 kg MS/cab/dia x 0,09 = 0,81 kg MS PB (demanda total)
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Volumosos Suplementares:
Cana + Uréia:
0,81 kg PB (demanda) – 0,18 kg PB (fornecido) = 0,63 kg PB
1 kg uréia ----- 2,81 kg PB
x ----- 0,63 kg PB
x = 0,224 kg uréia/cab/dia
0,224 kg uréia x 0,99 (% MS uréia) = 0,221 kg MS
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Volumosos Suplementares:
Cana + Uréia:
0,221 kg MS: 9 kg MS/cab/dia = 0,0245
= aproximadamente = 2,5 % da MS da dieta
0,224 kg uréia ----- 30 kg MO cana
z ------ 100 kg MO cana
z = 0,746 kg uréia para 100 kg cana = aprox. = 750 g / 100 kg
Aula 10. Alimentação SuplementarVolumosos Suplementares:
Cana + Uréia:
A diferença entre a 1ª conta (“receita” de bolo) e a 2ª conta se deve à concentração de PB da cana, ou seja: a cana tem muito baixa concentração protéica, no entanto a mesma deve ser considerada no cálculo
Ex.: anterior = diferença de 0,250 kg uréia/100 kg
Diferença = 0,0025 kg/kg cana ou 2,5 g/kg cana fornecida
Confinamento: 100 cabeças
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Volumosos Suplementares:
Cana + Uréia:
Confinamento:
100 cabeças x 30 kg/cab/dia x 180 dias = 540.000 kg (540 ton)
540.000 kg x 0,0025 kg/kg = 1350 kg uréia
1,35 ton x 900,00/ton = R$1.215,00 (economia)!
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A Suplementação como Estratégia de Manejo da Pastagem
• Qual o potencial de produção de carne à pasto?
• Qual o potencial de produção de leite à pasto?
De acordo com dados da literatura:
Leite – pasto tropical, verão = 8 a 9 L/vaca/dia
Carne – pasto tropical, verão = 700 a 800 g/cab/dia (novilhos)
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A Suplementação como Estratégia de Manejo da Pastagem
Forragem como única e exclusiva fonte de alimentação, deve fornecer:
Energia
Proteína
Minerais
Vitaminas
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A Suplementação como Estratégia de Manejo da Pastagem
Nem sempre o pasto é capaz de suprir todas as demandas
Pastagens Tropicais: mais produtivas e mais fibrosas
Consumo de forragens fibrosas: mais limitado
Preston & Leng (1987):
Tropicais, CMS = 30 a 80 g para kg PV0,75
Temperadas, CMS = 140 g para kg PV0,75
Aula 10. Alimentação SuplementarA Suplementação como Estratégia de Manejo da
Pastagem
Um dos maiores desafios em pastagens tropicais quando buscamos produtividade é fazer com que o animal, efetivamente, consuma sua necessidade em MS!!!!
Pressões de Pastejo muito elevadas = menor consumo de MS
Como garantir o desempenho? R: Suplementação
Suplementação: deve ser considerada complemento da dieta
Em casos extremos pode perfazer até 100% da dieta
Aula 10. Alimentação SuplementarA Suplementação como Estratégia de Manejo da
Pastagem
Fornecimento de Suplemento – Consumo:
Pode permanecer inalterado
Pode aumentar
Pode diminuir
Tudo vai depender:
Aula 10. Alimentação SuplementarA Suplementação como Estratégia de Manejo da
Pastagem
Tudo vai depender:
Da quantidade de forragem disponível
Da qualidade da forragem fornecida
Maioria dos casos – fornecimento de concentrado leva a redução da ingestão de forragem:
EFEITO SUBSTITUTIVO
Aula 10. Alimentação SuplementarA Suplementação como Estratégia de Manejo da
Pastagem
Coeficiente de Substituição:
CS = Decréscimo no consumo de forragem
Quantidade de suplemento consumido
Varia de acordo com:
Tipo de suplemento
Época de fornecimento
Quantidade de forragem disponível
Aula 10. Alimentação SuplementarA Suplementação como Estratégia de Manejo da
Pastagem
De acordo com dados experimentais:
Milho moído = alto coeficiente de substituição
Coeficiente de Substituição = 1:
Significa que a diminuição no consumo de forragem é igual à quantidade de suplemento fornecida
O que queremos:
Aula 10. Alimentação SuplementarA Suplementação como Estratégia de Manejo da
Pastagem
Coeficiente de Substituição:
1 ou 1:1 = suplemento nulo
2:1 = redução de 2 kg MS forragem para 1 kg MS suplemento
3:1 = redução de 3 kg MS forragem para 1 kg MS suplemento
1:2 ou 0,5 = redução de 1 kg MS forragem para 2 kg MS de suplemento
Aula 10. Alimentação SuplementarA Suplementação como Estratégia de Manejo da
Pastagem
Coeficiente de Substituição:
Não existe uma relação ideal
Tudo depende de custos
Como estratégia:
Suplemento deve ser barato
Deve ter elevado CS
Aula 10. Alimentação SuplementarA Suplementação como Estratégia de Manejo da
Pastagem
Coeficiente de Substituição:
Com forragem em abundância, somente teremos resposta à suplementação se a mesma for de baixa qualidade
Quanto menor a oferta de forragem
Quanto mais baixa for a qualidade da pastagem
Maior será o coeficiente de substituição (nível de substituição)
Aula 10. Alimentação SuplementarA Suplementação como Estratégia de Manejo da
Pastagem
Produção de Leite:
De maneira rentável = quase impossível sem suplementação
Concentrados: Energia + Proteína + Minerais e Vitaminas
Brasil:
Maioria do leite produzido = vacas não especializadas
Pastagens mal manejadas
Aula 10. Alimentação SuplementarA Suplementação como Estratégia de Manejo da
Pastagem
Produção de Leite:
Inverno = severa restrição alimentar
Tradicional queda da produção (entressafra)
Conceitos equivocados:
• Sistemas tropicais de produção à pasto são necessariamente extensivos
• Usos de animais mestiços
Aula 10. Alimentação SuplementarA Suplementação como Estratégia de Manejo da
Pastagem
Produção de Leite:
Consumo da pastagem = principal fator limitante
A vaca só não produz mais num manejo adequado à pasto em função da qualidade da fração “fibra” da forragem fornecida
Teores % PB: 13 a 20
% FDN: 53 a 65
Aula 10. Alimentação SuplementarA Suplementação como Estratégia de Manejo da
Pastagem
Produção de Leite:
Vaca de alta produção: 20 a 23 kg MS/cab/dia
Pastagem com 20% de MS e CMS predicado de 22 kg MS:
Considerando que a pastagem forneça 40% do total MS a ser ingerido:
22 kg MS x 0,4 = 8,8 kg MS : 0,2 = 44 kg MO pasto!!!!!!!!
Aula 10. Alimentação SuplementarA Suplementação como Estratégia de Manejo da
Pastagem
Produção de Leite:
44 kg MO pasto!!: quantidade considerável de forragem
Rúmem muito cheio, baixa taxa de passagem - desafios
Vacas de alta produção:
23 a 30 kg MO forragem/dia e total de 35 a 45 kg MO total/dia (volumoso + concentrado)
Aula 10. Alimentação SuplementarA Suplementação como Estratégia de Manejo da
Pastagem
Produção de Leite:
Suplementação = necessária! (“obrigatória”)
Maior desafio = carência de ENERGIA
No verão: pasto fornece bom suprimento em termo de PB
ENERGIA METABOLIZÁVEL: maior deficiência
Aula 10. Alimentação SuplementarA Suplementação como Estratégia de Manejo da
Pastagem
Produção de Leite:
Trabalhos Acadêmicos: kg leite x kg concentrado
0,6 a 1,03
Ou seja:
Na melhor das hipóteses, para cada kg de concentrado fornecido, conseguimos aumentar 1 kg de leite
Aula 10. Alimentação SuplementarProdução de Leite em Pastagens Tropicais:
Atenção: supondo custo da pastagem 20,00/ton MO
35,00/ton MO = 175,00/ton MS
Considerando dados da tabela acima: Exemplo 1.
15,8 kg MS pasto x 0,175/kg MS = R$2,765/vaca/dia (pasto)
Consumo MS (kg/vaca/dia)
Fonte DEL kg/vaca/dia
Pasto Concentrado
Total
1 40 -220 16,9 15,8 2,6 18,41
20,0 13,7 5,2 18,92
2 42-322 16,6 11,9 2,6 14,5
Aula 10. Alimentação SuplementarProdução de Leite em Pastagens Tropicais:
2,6 kg MS concentrado = 2,6 : 0,88 (88% MS concentrado)
= 2,95 kg MO concentrado
Considerando concentrado: R$750,00/ton MO
2,95 kg MO concentrado x 0,75/kg MO concentrado = R$2,21/kg (suplem.)
Total: R$2,765 (pasto) + R$2,212 (suplemento) = R$4,977/vaca/dia
Custo/Litro (kg) produzido: R$4,977 : 16,9 = R$0,29
Dieta Confinamento – Exemplo: R$8,00/cab/dia x 27 litros
Custo/Litro (kg) produzido: R$8,00 : 27 = R$0,29
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Produção de Leite em Pastagens Tropicais:
Qual a grande diferença:
• Investindo na dieta em confinamento, podemos chegar a R$10,00, R$11,50/vaca/dia
• Produção pode chegar entre 30 a 35 litros
• R$11,50 : 35 litros = R$0,33/Litro
• Desafio: é possível produzir 35 litros à pasto?!
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Produção de Leite em Pastagens Tropicais:
Cabe ao produtor e técnico:
Escolher o melhor sistema
Eleger a vaca correta (holandesa x gir/girolanda)
Nutrir corretamente (confinamento)
Manejar corretamente (pastagem)
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Suplementação com Concentrado:
Dados:
% NDT forragem (pasto) – 62
% PB forragem (pasto) – 12
Consumo – 10 kg MS
Ração Comercial: 72% NDT + 22% PB
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Suplementação com Concentrado:
Dados:
% NDT forragem (pasto) – 58
% PB forragem (pasto) – 10
Consumo: 10 kg MS
Ração Comercial: 72% NDT + 22% PB
10 kg MS pastagem = 5,8 kg NDT + 1 kg PB
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Suplementação com Concentrado:
Demanda:
Diferenças:
NDT = 6,2 kg – 5,8 kg = 0,4 kg NDT
PB = 1,2 kg PB – 1,0 kg PB = 0,2 kg PB
Aula 10. Alimentação SuplementarSuplementação com Concentrado:
Demanda:
0,4 kg NDT : 0,72 = 0,555 kg ração
0,2 kg PB : 0,22 = 0,909 kg ração
Fornecimento = 0,900 kg ração 72:22
Sobrará um pouco de Energia e corrigirá Proteína
Balanceamento adequado: correto suprir somente a demanda, fornecendo: CONCENTRADO
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Estratégias de Suplementação:
Superar período seco (inverno)
Proporcionar maiores ganhos nas águas
Proporcionar e viabilizar atividade
Ex.: produção de leite à pasto
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Suplementação com Concentrado:
Planilha Microsoft Excel: arquivo anexo
Exemplo de cálculos