OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE
I
As mídias tecnológicas e a formação dos professores na busca
pela metodologia adequada em sala de aula usando o aplicativo
Calc como ferramenta pedagógica.
Ednilson Jose Marchioro1
Profª Drª Laurete Maria Ruaro2
RESUMO:
A implementação das ações propostas na Produção Didática Pedagógica “As mídias tecnológicas e a
formação dos professores na busca pela metodologia adequada em sala de aula usando o aplicativo
calc como ferramenta pedagógica”, dentro do PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional,
buscou atingir o objetivo de contribuir para o processo de formação continuada de professores da rede
pública da educação no sentido de incentivar o desenvolvimento de metodologias inovadoras
incentivando o uso das mídias tecnológicas disponíveis na escola. A ação foi desenvolvida na Escola
Estadual Dr Rubem Fleury da Rocha em Guarapuava, usando o laboratório e/ou computador pessoal
com aplicativo Calc incentivando o professor a produzir suas próprias atividades com conteúdo
específico, conforme seus planejamentos, dinamizando suas aulas, contribuindo, assim, com uma
melhor aprendizagem dos alunos. O desenvolvimento metodológico deu-se por meio da aplicação de
oficinas didáticas com encontros presenciais no laboratório, e ainda, com atividades a distância
realizadas na plataforma Moodle complementando e discutindo os assuntos trabalhado durante
encontro presencial. O resultado foi muito significativo visto que todos os professores puderam elaborar
suas atividades usando o aplicativo.
PALAVRAS-CHAVE: Formação de professores; aplicativo Calc; metodologia de ensino.
1.INTRODUÇÃO
Considerando a necessidade de formação dos professores para o uso das
mídias tecnológicas é sempre interessante e instigante que as mudanças na prática
pedagógica aconteçam. Nesse sentido, ao diagnosticar que a ausência de formação
continuada para as tecnologias como um problema, ressalta-se que estudar faz parte
da profissão do educador, especialmente o professor que tem contato direto com os
alunos e os leva a questionarem-se para adquirir conhecimento.
1 Licenciado em Matemática pela Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO,
Guarapuava/PR 2002, especialista em Mídias na Educação pela Universidade Federal do Paraná –
UFPR 2010. [email protected]/[email protected] 2 Doutora em Educação pela PUCPR. Professora do Departamento de Pedagogia da UNICENTRO, Campus Santa Cruz. [email protected]
A realização da implementação aconteceu de forma a atingir os professores
que buscam essa formação e intensificam suas atividades buscando aperfeiçoar sua
pratica pedagógica.
Para tanto, estar atentos às novas ferramentas disponíveis no mercado de
trabalho é necessário, e ainda, estar aberto ao uso das mídias como ferramentas
pedagógicas, interagindo com a tecnologia fazendo-a aliada no processo de ensino,
buscando compreender a importância destes equipamentos para o desenvolvimento
da pratica pedagógica.
O uso das mídias por si só não trará dinamismo à sala de aula, é preciso que
o professor tenha domínio daquilo que está propondo como alternativa pedagógica,
sendo assim, aperfeiçoar seus conhecimentos midiáticos é necessário. A formação
continuada deve ser aceita por todos os educadores para que se renovem suas
práticas pedagógicas.
Portanto este trabalho se apresentou na medida em que buscou evidenciar a
importância da formação continuada do professor e propor que, o aperfeiçoamento
dos professores deve acontecer de forma continua e eficaz.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Metodologia e as tecnologias no processo de ensino
Vivemos num período onde o acesso a informação é constante, a grande maioria das
pessoas tem acesso às informações de forma rápida através de seus aparelhos
eletrônicos como: celular, rádio, tv, isto coloca as pessoas em contato direto com
jornais e revistas eletrônicos que estão sendo constantemente alimentados com
informações que podem ser importantes ou não para cada um.
Nos dias atuais fala-se em educação de forma prática, ou seja, utilizando os
diversos recursos tecnológicos disponíveis, para que os alunos possam aprender os
conteúdos e assim tornar-se pessoas com conhecimentos oriundos de universidades
e escolas da educação básica considerando que isto os tornará aptos a viver e
conviver em sociedade. Isto perpassa nas possíveis praticas pedagógicas de forma
tradicional, ou seja, as aulas tradicionais buscando somente a transmissão de
conhecimentos.
Claro que, esta ideia de educação tradicional tem seu valor, mas num mundo
onde as Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC estão presentes no dia-a-
dia das pessoas é necessário que se considere estas como ferramentas como
pedagógicas visando assim incorpora-las no contexto escolar de forma que, venham
a contribuir na formação de todos os agentes da educação, sejam eles alunos ou
professores sistematizadores de conhecimento.
As tecnologias presentes na escola devem favorecer ao processo de ensino, e
até mesmo aquelas que não estão na escola, mas estão nas respectivas casas dos
cidadãos. É importante observar que estas ferramentas tecnológicas podem e devem
ser usadas como apoio nas escolas, para Masetto (2000) isto é fundamental:
Com efeito, a tecnologia apresenta-se como meio, como instrumento para
colaborar no processo de aprendizagem. A tecnologia reveste-se de um valor
relativo e dependente deste processo. Ela tem sua importância apenas como
um instrumento significativo para favorecer a aprendizagem de alguém.
(MASETTO, 2000, p. 139).
Usar as ferramentas tecnológicas como apoio no processo pedagógico muitas
vezes traz ao professor receio de errar, de não evoluir com o conhecimento, pois o
novo em muitos casos é assustador, temerário e torna o indivíduo inseguro, mas a
tecnologia como ferramenta pedagógica só tem a ajudar. Usar esses instrumentos em
suas aluas poderá tornar mais dinâmica sua pratica.
Este cuidado citado por Masetto (2000), de que as tecnologias devem ser
apenas um meio no processo é essencial, todavia, elas não resolverão o problema
por si, mas serão grandes aliadas. A tecnologia não pode ser considerada como a
resolução dos problemas na escola como nova metodologia, pois é necessário que os
professores e agentes do processo de ensino façam uso delas como suporte, sendo
de grande importância que o professor saiba manusear o que está propondo usar.
Nesta perspectiva surge novas ferramentas tecnológicas para serem usadas
como instrumento pedagógico, como por exemplo o Calc – aplicativo do pacote do
Libre Office - um software livre disponibilizado gratuitamente para uso por parte do
professor na sua metodologia de trabalho. Através do uso do Calc o professor tem a
possibilidade de construir diversas atividades sobre os mais variados temas que
tornará a aula mais dinâmica incentivando o aluno em sua aprendizagem.
Esta ferramenta contribui no processo de aprendizagem se o professor estiver
disposto a buscar o conhecimento sobre tal assunto, pois quando usa a tecnologia
pode trazer para sua aula a possibilidade de interatividade. Assim Silva (2000), já
menciona:
Assim, o professor modifica sua ação modificando seu modo de comunicar
em sala de aula. Na perspectiva de interatividade, ele deixa de ser locutor
que mobiliza o conhecimento e o transfere aos alunos em sua récita. Mas não
para se tornar um conselheiro, uma ponte entre a informação e o
conhecimento. Tampouco para ser um parceiro, um pedagogo no sentido
clássico do termo, que encaminhe e oriente o aluno diante das múltiplas
possibilidades de alcançar o conhecimento. (SILVA, 2000, p. 19).
Ao usar o calc como ferramenta pedagógica o professor vai além de
transmissor de conhecimento, um simples locutor do conteúdo em sala de aula, têm
a possibilidade de levar o aluno ao conhecimento sendo um parceiro no processo da
aprendizagem. A interatividade sugerida por Silva (2000), em seus escritos deve
acontecer em sala de aula, logo, o aluno traz de sua casa ferramentas tecnológicas
que muitas vezes não tem conhecimento de suas funcionalidades, em dias atuais os
computadores são manuseados apenas para acesso a redes sociais e os aplicativos
existentes nas maquinas deixam de serem utilizados.
É função dos professores em sala de aula trazer aos alunos o uso de aplicativos
pedagogicamente, e assim, tornar a ferramenta computador mais presente no
processo de ensino. Pois, conforme Silva (2000, p. 20)
De mero transmissor de saberes, parceiro ou conselheiro, torna-se um
formulador de problemas, provocador de situações, arquiteto de percursos,
enfim, agenciador da construção do conhecimento na experiência viva da
sala de aula.
Silva (2000) deixa claro que o professor é líder nesse processo de
aprendizagem proposto por ele, nesse sentido, é responsável por promover
alternativas tornando suas aulas atraentes e dinâmicas para que a aprendizagem
aconteça. O professor é agenciador do conhecimento, sendo assim o uso de uma
ferramenta conhecida como o computador através de um aplicativo diferenciado como
o calc facilitará o desenvolvimento das atividades em sala de aula, exercitando uma
metodologia diferenciada.
2.2. O uso do Ambiente Virtual de Aprendizagem na Formação - MOODLE
Moran (2007) considera em um de seus artigos, que a grande rede de
navegação, a internet, pode possibilitar aos alunos e professores de nossas escolas
várias formas de pesquisa, de comunicação, de interação:
As redes atraem os estudantes. Eles gostam de navegar, de descobrir
endereços novos, de divulgar suas descobertas, de comunicar-se com outros
colegas. Mas também podem perder-se entre tantas conexões possíveis,
tendo dificuldade em escolher o que é significativo, em fazer relações, em
questionar afirmações problemáticas. (MORAN, 2007, p 9)
Como escreve o autor essa grande rede mundial de computadores atraí
estudantes/cursistas de forma geral, que utilizam lan houses, pois nem todos têm
acesso em casa. Navegar, conhecer as possibilidades que a internet disponibiliza é
sim uma forma de disseminar o conhecimento, todavia, as informações que ali estão
fazem parte do dia-a-dia de várias pessoas.
A acessibilidade que todos têm mostra que é possível disseminar o
conhecimento, pois os que gostam de estudar, pesquisar encantam-se com as
maravilhas encontradas ao navegar, isso os torna mais autônomos na realização de
suas atividades. Segundo Moran (2007), os estudantes em sua maioria usam a
internet como forma de comunicar-se com os demais, de divulgar suas páginas com
conteúdo particulares, pesquisas, esse processo, claro, é interessante, pois os leva a
estar ativamente conectado com o mundo da informação.
O autor, contudo, também alerta para a questão de que apenas estar conectado
pode ser problemático, porque com todas as informações que são possíveis ter
acesso, pode ser que em algum momento os professores possam perder-se em meio
a esta conexão, tornando-os vulneráveis a ferramenta.
Isso vem ao encontro do que escreve Belloni (2006), onde evidencia o uso das
Novas Tecnologias da Informação e Comunicação – NTIC e pode-se colocar a internet
como ferramenta tecnológica na formação do professor.
A terceira geração da EaD começa a surgir nos anos 90, com o
desenvolvimento e disseminação das NTIC, sendo mais uma proposta a
realizar do que uma realidade a analisar [...] unidades de curso concebidas
sob a forma de programas interativos informatizados (que tenderão a
substituir as unidades de cursos impressas); redes temáticas com todas as
suas potencialidades (banco de dados, e-mail, listas de discussão, sites, etc.).
(BELLONI, 2006, p 57).
Neste texto a autora busca mostrar que as novas tecnologias estão à
disposição de todos e que o avanço é inevitável, já nos anos 90 quando a internet
estava disseminando-se aqui no Brasil a preocupação de que ela seria útil a todos
começava então a tomar um rumo para as discussões. Não há como negar que uma
ferramenta com o poder que a internet tem, trará aos cursistas novas perspectivas de
aprender, pois a navegação nessa grande rede tende facilitar o que podemos chamar
de aperfeiçoamento.
Nesse contexto levantado pelos autores acima citados percebemos a
importância de se trabalhar com coerência, usando todas as possibilidades de
aperfeiçoamento das práticas pedagógicas que temos a disposição, levando os
cursistas a buscarem o conhecimento e não apenas informações.
Todavia, o uso da internet como forma de aperfeiçoamento traz uma espécie
de angústia aos usuários, logo percebe-se que muitos ainda não a dominam para
poder utilizá-la como técnica de aperfeiçoamento. Dessa forma tanto Moran (2007)
como Belloni (2006) mostram-se condizentes com o uso dessa ferramenta.
Peters (2009) um estudioso da Educação a Distância escreve que novas
formas de buscar o conhecimento devem ser galgadas porque todos precisamos nos
adaptar a modernidade, ao novo que surge a cada dia, conforme esse autor:
No uso diário, por causa da natureza única destas novas oportunidades de
aprendizagem e a possibilidade da facilidade de administrar novas
combinações, o ambiente informatizado de aprendizagem se comprova ser
uma configuração inusitadamente versátil e extremamente adaptável de
hardware e software específicos. Graças a sua flexibilidade e adaptabilidade,
pode ser utilizada por muitos serviços educacionais, não apenas para imitar
formas tradicionais de instrução, como também para desenhar inovadoras
arquiteturas de aprendizagem. (PETERS, 2009, p 158).
Para Peters (2009) essa nova possibilidade de aprendizagem está sendo cada
dia mais útil para todos porque sua versatilidade é notável e ainda, se coloca como
sendo uma das mais práticas formas de acessar o conhecimento. Em sua fala fica
evidente o avanço que essas novas formas de agregar conhecimento trazem e são
importantes na caminhada, principalmente da educação, porque os meios tradicionais
já não conseguem mais dar conta das demandas dos profissionais que nessa área
trabalham.
Percebe-se que a formação dos professores é constante e que esses
ambientes virtuais de aprendizagem são de extrema importância nesse processo de
formação. Sua flexibilidade coloca o professor como alvo desses ambientes e por isso
a tendência é que essas ferramentas cresçam em números de acessos, ou seja, o
número de pessoas que estarão inseridas nessas plataformas crescerá a cada
momento fazendo com novas plataformas, novos ambientes sejam criados.
É muito fácil concordar com Peters (2009), quando coloca que nos dias de hoje
estamos vivendo um “BUM” (grifo do autor) de informações, estamos sempre em
contato com essas informações que muitas vezes não nos é interessante e sem
dúvida alguma isso interfere em nossa pratica pedagógica. O acesso a informação é
cada vez mais fácil através de celulares, laptops, quase todos os ambientes em que
chegamos sempre têm acesso à internet e isso torna-se fundamental nos dias atuais
para os profissionais da educação, pois podem fazer uso das ferramentas de
formação continuada à distância.
Por isso essa forma de acesso ao conhecimento é sim, sem dúvida alguma
hoje a principal ferramenta de acesso ao conhecimento devido a sua flexibilidade e
adaptabilidade, na educação a distância o moodle é fundamental.
Esta é a plataforma utilizada no Estado do Paraná para a formação continuada
dos professores da rede estadual de ensino. Existem muitas definições, colocações a
respeito deste ambiente disponíveis, cito Sabbatini (2007):
O Moodle é uma plataforma de aprendizagem a distância baseada em
software livre. É um acrônimo de Modular Object-Oriented Dynamic Learning
Environment (ambiente modular de aprendizagem dinâmica orientada a
objetos). Ele foi e continua sendo desenvolvido continuamente por uma
comunidade de centenas de programadores em todo o mundo, que também
constituem um grupo de suporte aos usuários, acréscimo de novas
funcionalidades, etc., sob a filosofia GNU de software livre. (SABBATINI,
2007, p 1)
Segundo Sabbatini (2007) este é um ambiente onde a formação acontece de
forma dinâmica e orientada, pois é uma ferramenta de fácil navegação e até mesmo
as pessoas que nunca acessaram uma plataforma de curso conseguem navegar e
realizar as atividades que se pede. Outro detalhe importante desta plataforma é que
ela é baseada em software livre, ou seja, ela tem código aberto para que os
administradores possam caracterizar o ambiente na maneira mais apropriada para o
seu curso.
3. A IMPLEMENTAÇÃO
Fazemos parte de uma sociedade e somos seres políticos com capacidade
intelectual, sendo assim, é preciso que tenhamos consciência que devemos ser
cidadãos críticos de nossa realidade, buscando entender a sociedade em que vivemos
e, a escola tem papel importante neste contexto pois “A educação é política e a política
tem educabilidade.” (FREIRE, 1986, p. 42). Para Freire é necessário a
conscientização dos envolvidos nas escolas que quão importante é o conhecimento
para o crescimento político individual e coletivo.
Atualmente as pessoas, através das Tecnologias da Informação e
Comunicação – TICs, têm acesso rápido a informação, ao que acontece em todas as
partes do mundo, com isso a informação é praticamente instantânea tornando tudo
mais ágil e dinâmico, fazendo com que os indivíduos sejam cada vez mais críticos
para não serem “engolidos” pela massa. Sob esta perspectiva é importante lembrar o
papal fundamental que o professor possui no processo de ensino.
O professor deve fazer parte de toda esta perspectiva da aprendizagem do
aluno enquanto ser social e individual, proporcionando ao aluno condições de
entendimento do conteúdo, dessa forma a proposta implementada buscou suprir tais
perspectivas apresentando aos professores uma opção de ferramenta metodológica
para contribuir neste processo, a ferramenta Calc.
A metodologia de implementação utilizada foi baseada na colaboração,
compartilhamento de informações e conhecimentos, a cada oficina realizada, buscou-
se discutir posteriormente em um Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA – as
possibilidades de uso a cada opção de atividade.
Para o acompanhamento durante as oficinas um tutorial foi desenvolvido para
cada sugestão de atividade, buscando facilitar o entendimento do processo por parte
do professor e dando a ele autonomia para essa construção, de acordo com o
Professor A:
Figura 1 - Contribuição Professor A
Fonte: http://moodle.unicentro.br/moodle/mod/forum/view.php?id=7393
Com a utilização do passo a passo pode-se evolui rapidamente com as
atividades sugeridas durante as oficinas.
No desenvolvimento da implementação muito foi discutido sobre a ferramenta
Calc e suas contribuições no processo sendo um apoio ao professor na organização
e propostas de atividades colaborando na proposta de uma metodologia diferenciada
na utilização da tecnologia diretamente com o aluno ou na organização das aulas,
assim cita o professor B:
A contribuição citada acima mostra a praticidade da ferramenta no trabalho
diário do professor, na preparação de suas aulas e ainda no desenvolvimento do
conteúdo em sala de aula.
Dessa forma, a cada atividade construída, a cada passo realizado o aplicativo
demonstra que é possível o professor construir seu material de trabalho usando uma
ferramenta de fácil manuseio, inclusive para área como a pedagogia, conforme
descreve o Professor C:
Portanto o processo de implementação mostrou que a utilização do Calc pode
contribuir no processo metodológico do professor, buscando introduzir uma nova
forma de trabalho tanto para a construção de atividade a serem levadas até a sala de
aula, como para levar os alunos até o laboratório.
Figura 2 - Contribuição Professor B Fonte: http://moodle.unicentro.br/moodle/mod/forum/view.php?id=7396
Figura 3 - Professor C Fonte: http://moodle.unicentro.br/moodle/mod/forum/view.php?id=10383
4. GTR – COMPARTILHANDO METODOLOGIAS.
O Grupo de Trabalho em Rede – GTR, faz parte do Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE desenvolvido pela Secretaria de Estado da
Educação – SEED, consiste em uma atividade de compartilhamento de atividades
desenvolvidas pelos professores que fazer parte do programa com os demais
professores da rede estadual. Dessa forma o objetivo principal é compartilhar novas
metodologias de trabalho buscando uma interação estadual, uma vez que este curso
é totalmente a distância, utilizando um Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA.
Ao compartilhar com os demais professores a proposta do uso do calc
percebeu-se que é uma ferramenta que tem muitas potencialidades e que pode
contribuir no processo de trabalho. Durante as discussões verificou-se que há uma
vasta possibilidade de uso na disciplina de matemática. Muitas sugestões foram
levantadas, muitas atividades propostas com diversos tipos de conteúdo. Uma das
sugestões vem do professor D, como segue
No período do GTR, muitas foram as considerações a serem ajustadas dentro
da proposta visando melhorar procedimentos e metodologias, conteúdo específico de
cada disciplina a serem trabalhados, e até mesmo trazendo alternativas de conteúdos
socioculturais valorizando a realidade dos alunos, assim como enfatiza o professor E
em sua contribuição no durante o GTR:
Figura 4 - Professor D Fonte: http://www.e-escola.pr.gov.br/mod/forum/view.php?id=18144
Portanto, o processo do GTR enfatizou a importância de trabalhar com a
tecnologia auxiliando o professor em sua metodologia trazendo a possibilidade de
usar uma nova ferramenta o aplicativo Calc, principalmente na disciplina de
matemática.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O uso das tecnologias na escola é sem dúvida alguma necessário pois todos
nos deparamos com essas ferramentas no dia-a-dia, nesse sentido torna-las parte da
metodologia é fundamental para obtermos sucesso com os alunos. Logo, todo aparato
tecnológico que eles dispõem torna-os sedentos por conhecimento fazendo uso de
tudo que os cerca.
Ao usar o aplicativo calc na construção de atividades pode-se perceber que
tem-se muitas ferramentas disponíveis e precisa-se usa-las, uma vez que este
aplicativo é considerado software livre e assim pode-se usufruir dele na escola.
Tanto construindo atividades para serem impressas e depois levadas até os
alunos, como elaborando as atividades para serem usadas no laboratório, entende-se
que o processo de aprendizagem acontece de forma mais agradável pois trabalha-se
com ferramentas que os alunos têm o domínio, com certeza. Contudo é importante
que os professores conheçam e tenham um certo domínio sobre a ferramenta para
que o seu uso seja adequado.
A proposta deste trabalho visou trazer ao professor condições de poder usar o
aplicativo de forma tranquila como meio de aprendizagem de seus alunos e assim
contribuir no processo de pedagógico escolar. Contudo a utilização dessa ferramenta
Figura 5 - Professor E Fonte: http://www.e-escola.pr.gov.br/mod/journal/report.php?id=18193
não está restrita em cada atividade produzida durante a realização do Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE, pois o objetivo deste trabalho é tão somente
apresentar aos professores o aplicativo e conhecer suas ferramentas básicas para
que posteriormente o professor possa desenvolver além destas atividades possa
produzir muitas que venham a contribuir no seu desenvolvimento metodológico.
Portanto após a realização de todo o processo de elaboração do material,
compartilhamento do mesmo através do GTR percebe-se que os professores buscam
o aperfeiçoamento, interessam-se me aprimorar seus conhecimentos referente ao uso
da tecnologia, assim todos têm condições de fazer uso dessas novas ferramentas no
processo de aprendizagem dos alunos.
ANEXO
Atividades construídas na oficina de implementação.
Fonte: O Autor
Anexo 1 - Planilha Modelo de Notas
Fonte: O Autor
Fonte: O Autor
Anexo 2 - Atividade Caça-palavras
Anexo 3 - Atividade Cruzadinha
Fonte: O Autor
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Maria Elizabeth de. Proinfo: informática e a formação dos professores - vol 2.
Brasília: Secretaria de Educação A Distância - Seed, 2000. 192 p.
BELLONI, Maria Luiza: Educação a Distancia/Coleção Educação Contemporânea: 4ª
Edição, Campinas – SP, Autores Associados, 2006.
BICUDO, Maria Aparecida V. Educação Matemática, Moraes, São Paulo, 1989.
BRITTO, Fernanda Danielle Gobbo. Treinamento em BrOffice.org - Calc. Disponível
em: <http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=0CCcQFjAA&url=http://www.fc.unesp.br/upload/sti/broffice/BrOffice.org_Calc.pdf&ei=hqeRU7fGK4TesATahoGICQ&usg=AFQjCNGumMIPNOdValX1ZSX_1uioI3zUPw>. Acesso em: 10 maio 2014.
CARNEIRO, Júlia Dias: Sem Medo da Tecnologia. in: Revista TV Escola. Total Editora, Maio/Junho 2010. p. 27 – 33.
COSCARELLI, Carla Viana, org: Novas Tecnologias, Novos Textos, Novas Formas de Pensar/ organizado por Carla Viana Coscarelli. 3ª Edição, Belo Horizonte – MG,
Editora Autentica, 2006.
Anexo 4 - Atividade Encontre o Número
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Etnomatemática. Elo entre as tradições e a Modernidade. 3ª Ed.
Belo Horizonte. Autêntica, 2009.
FARIA, Elaine Turk. O PROFESSOR E AS NOVAS TECNOLOGIAS. 2004. Disponível em:
<http://aprendentes.pbworks.com/f/prof_e_a_tecnol_5[1].pdf >. Acesso em: 16 nov. 2014.
GHILARDI, Maria Inês; BARZOTTO, Valdir Heitor (Org.). Nas Telas da Mídia. Campinas -
SP: Alínea, 2002.
LEITE, Ricardo et al (Org.). Curso Básico de Planilha Eletrônica - BrOfice.org Calc. 2009.
Disponível em: <
http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CEEQFjAA&
url=http://www.fozflaviowarken.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/11/830/902/arquivos/File/
Curso-Basico-de-Planilha-
Eletronica.pdf&ei=eaaRU5O1Do_LsQTctoK4Ag&usg=AFQjCNE3H7ZhzBmXggFxHVBUHrB
cWNg3sA >. Acesso em: 10/11/2014.
LITWIN, Edith: Tecnologia Educaional: Politica, Histórias e Propostas/organizado por Edith Litwin, 3ª Edição, Porto Alegre – RS, Editora Artes Médicas, 1997.
MORAN, Jose Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas
Tecnologias e Midiação Pedagógica. 7. ed. Campinas - SP: Ed. Papirus, 2000. Coleção
Papirus Educação.
_______ Como Utilizar a Internet na Educação – Disponível em
< http://www2.eca.usp.br/moran/?page_id=20#comment-353 >. Acesso em 10/11/2014.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais: Matemática. Curitiba, SEED. 2008.
(Paraná Digital) -
http://www.educacao.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=89 acesso em
16/11/2014.
PETERS, Otto: A Educação a Distância em Transição: 1ª Edição, São Leopoldo – RS, Editora Unisinos, 2009.
(Proinfo) - http://portal.mec.gov.br/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=236
acesso em 16/11/2014.
SANCHO, Juana M: Para uma Tecnologia Educacional/ organizado por Juana Maria Sancho; trad. Beatriz Affonso Neves, 1ª Edição, Editora ArtMed, 1998.