ANTONIO PRADO SECRETÁRIO-EXECUTIVO ADJUNTO
Seminário Internacional Papel do Estado
no Século XXI: Desafios para a Gestão Pública
Brasília, 4 de setembro de 2015
Nova Equação
Estado – Mercado – Sociedade
para o desenvolvimento
na América Latina
e no Caribe
Nueva Ecuación Estado – Mercado – Sociedad para el desarrollo en ALC Antonio Prado
“É necessário criar uma nova arquitetura estatal que permita
posicionar o Estado no lugar que lhe corresponde na
condução das estratégias de desenvolvimento dos países da
Região. A partir de um olhar crítico de seu desempenho
histórico, devemos ser capazes de perfilar esse papel,
dotando-o com as ferramentas suficientes e encontrar seu
lugar exato, em equilíbrio com o mercado e com o cidadão,
procurando alcançar o equilíbrio ótimo desta trilogia na
dinâmica do desenvolvimento.”
CEPAL (2010) A Hora da Igualdade .
Nueva Ecuación Estado – Mercado – Sociedad para el desarrollo en ALC Antonio Prado
Conteúdos
• A encruzilhada e o complexo contexto internacional
• As características da atual equação: Estado – mercado – sociedade (cidadania)
• Os pactos para a igualdade como instrumento para a construção da nova equação
• A nova equação: Estado – mercado –sociedade (cidadania)
Nueva Ecuación Estado – Mercado – Sociedad para el desarrollo en ALC Antonio Prado
A Região encontra-se em uma encruzilhada
• Após anos de bonança, a região enfrenta desaceleração econômica
• Não se fez o suficiente para aumentar a produtividade e reduzir a desigualdade
• Houve progressos sociais, mas eles se estagnaram e a Região continua com a pior distribução de renda e outras desigualdades
• Com desafios de sustentabilidade ambiental para percorrer caminhos com menores emissões de carbono
• Com democracias estáveis, mas com novos desafios
• Com caminhos de integração de geometria variável
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A Região enfrenta restrições críticas Externas
• Perda de dinamismo do comércio internacional
• Fim do superciclo dos preços das matérias-primas
• Volatilidade financeira • Alta vulnerabilidade a
fenômenos climáticos • “Armadilha” dos países de
renda média
Endógenas
• Estrutura produtiva desarticulada • Emprego informal de baixa
produtividade • Baixa eficiência dinâmica • Crescimento econômico menor e
dependente do consumo • Insuficiência de investimento • Estagnação da queda da pobreza • Fraca governança dos recursos
naturais e do meio ambiente • Escassez de bens públicos de
qualidade • Debilidade institucional
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Um contexto mais complexo • A economia mundial não se expandiu como se esperava. As
projeções de crescimento de 2015 se reduziram-se em um ano, de 3,2% para 2,8%.
• Recuperação do crescimento nos Estados Unidos (acima de sua estimativa inicial de 2,8% em 2015) com impacto positivo no México, na América Central e no Caribe por remessas, turismo e comércio.
• Desequilíbrios fiscais e falta de competitividade na Zona do Euro com altos níveis de desemprego e com um crescimento em 2015 de 1,6% , com impacto na redução do comércio global.
• Desaceleração na China de 9,2% em 2011, para 7,0% em 2015 com impacto nos países exportadores de recursos naturais.
• Incerteza sobre o momento em que os Estados Unidos subirão sua taxa de juros e uma nova etapa de QE na Europa, o que geraria condições financeiras mais voláteis.
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A América Latina e o Caribe têm registrado uma desaceleração do crescimento desde 2010
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base nas estatísticas oficiais. a Estatísticas preliminares.
6,1
7,7
6,0
2,5
2,9
2,3
3,7
2,5
0,5
0,9
0,50
1
2
3
4
5
6
7
8
9
I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I
2010 2011 2012 2013 2014 2015ᵃ
A AMÉRICA LATINA E O CARIBE: TAXA DE CRESCIMENTO INTERANUAL DO PIB, 2010-2015a
(Em porcentagens, com base em dólares constantes de 2010)
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Com avanços na redução da pobreza graças às políticas implementadas nos últimos dez anos, mas com uma estagnação desde 2012
AMÉRICA LATINA E OUTRAS REGIÕES DO MUNDO: COEFICIENTE DE CONCENTRAÇÃO DE GINI,
EM TORNO DE 2010
0,50
0,45 0,41
0,37 0,34 0,33 0,34
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
América Latina y el Caribe
(18)
África Subsahariana
(39)
Asia Oriental y el Pacífico
(10)
África del Norte y Oriente
Medio (9)
Asia Meridional
(8)
Europa Oriental y
Asia Central (21)
OCDE (22)
AMÉRICA LATINA a/: EVOLUÇÃO DA POBREZA
E DA INDIGÊNCIA, 1990 – 2014 b/
(Em porcentagem de pessoas)
Fonte: CEPAL, com base nas tabulações especiais das pesquisas de domicílios dos respectivos países. a/ Estimativa correspondente a 19 países (inclui o Haiti). b/ As estatísticas de 2014 correspondem a uma projeção.
48,4
43,8 43,9 41,9
33,5
29,6 28,1 28,1 28,0
22,6
18,6 19,3
15,3 12,9 11,6 11,3 11,7 12,0
0
10
20
30
40
50
1990 1999 2002 2005 2008 2011 2012 2013 2014
Pobres Indigentes
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A encruzilhada exige a redefinição de uma nova equação Estado-mercado-sociedade (cidadania)
As duas últimas décadas deixaram lições para a região com relação à equação Estado-mercado-sociedade:
• O mercado é bom na produção, mas ruim para distribuir. Sem regulação, reproduz estruturas centralizadas em atividades pouco intensivas em conhecimento e ineficientes ambientalmente.
• O Estado pode fazer muito, mas não pode fazer tudo.
• A sociedade (cidadania) demanda transparência, voz, participação democracia.
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O mercado na atual equação
Estado–Mercado–Sociedade (cidadania)
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O inegável papel do setor privado como agente central do mercado
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Estudio Económico 2015. A O investimento público inclui as empresas públicas. No caso da Colômbia, as empresas públicas fazem parte do setor descentralizado. Este compreende os estabelecimentos públicos, as empresas industriais ou comerciais , as sociedades de economia mista e as instituições universitárias autônomas.
AMÉRICA LATINA (12 PAÍSES): PROPORÇÃO DA FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO CORRESPONDENTE AO INVESTIMENTO PÚBLICO a E AO PRIVADO, 2013
(Em porcentagens, com base na moeda nacional a preços constantes)
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Investimento em P&D na Região contrasta com o da Europa
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Espacios de diálogo y cooperación productiva: el rol de las pymes, 2015.
AMÉRICA LATINA UNIÃO EUROPEIA
Nueva Ecuación Estado – Mercado – Sociedad para el desarrollo en ALC Antonio Prado
0
12500
25000
37500
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75000 1
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1
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92
19
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25000
30000
A Região apresenta níveis muito baixos de produtividade
A AMÉRICA LATINA E O CARIBE E OUTRAS REGIÕES: PIB POR OCUPADO, POR REGIÃO, 1991-2012 (Em dólares constantes de 2005)
Economias desenvolvidas e União Europeia
Mundo
América Latina e Caribe
Sudeste Asiático e Pacífico
Leste Asiático
Fonte: CEPAL, com base nos dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
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AMÉRICA LATINA (18 PAÍSES): PIB POR OCUPADO , EM TORNO DE 2009
(Em mil dólares)
Fonte: CEPAL, Mudança Estrutural para a Igualdade, 2012.
AMÉRICA LATINA (18 PAÍSES): INDICADORES DE HETEROGENEIDADE ESTRUTURAL, EM TORNO DE 2009
(Em porcentagens)
Heterogeneidade estrutural: a fábrica da desigualdade
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Distribuição de renda antes dos impostos e transferências
AMÉRICA LATINA E PAÍSES DA OCDE: ÍNDICE DE GINI
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Panorama Fiscal de América Latina y el Caribe, 2015.
50,7
47,1
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0
AL-16
Brasil Republica Dominicana
Honduras Chile
Panamá Argentina Colombia
Costa Rica Paraguay
México Perú
Ecuador Nicaragua
Uruguay El Salvador
Venezuela (Bol. Rep. de)
OCDE-25
Irlanda Portugal
Reino Unido Grecia
Estados Unidos Italia
Alemania Francia Austria España
Luxemburgo Bélgica Estonia
Finlandia Polonia
Australia Eslovenia
República Checa Canadá Suecia
República Eslovaca Países Bajos
Noruega Dinamarca
Islandia
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O Estado na atual equação
Estado–Mercado–Sociedade (cidadania)
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O Estado tem um papel central para corrigir ex-post as dinâmicas desiguais do mercado
AMÉRICA LATINA E PAÍSES DA OCDE: ÍNDICE DE GINI ANTES E DEPOIS DE IMPOSTOS E TRANSFERÊNCIAS
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Panorama Fiscal de América Latina y el Caribe, 2015.
50,7
47,1
-6,1
-37,6
-60,0 -40,0 -20,0 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0
AL-16
Brasil Republica Dominicana
Honduras Chile
Panamá Argentina Colombia
Costa Rica Paraguay
México Perú
Ecuador Nicaragua
Uruguay El Salvador
Venezuela (Bol. Rep. de)
OCDE-25
Irlanda Portugal
Reino Unido Grecia
Estados Unidos Italia
Alemania Francia Austria España
Luxemburgo Bélgica Estonia
Finlandia Polonia
Australia Eslovenia
República Checa Canadá Suecia
República Eslovaca Países Bajos
Noruega Dinamarca
Islandia
Variación porcentual Después de impuestos y transferencias Antes de impuestos y transferencias
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A Região arrecada pouco e mal
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Panorama Fiscal de América Latina y el Caribe, 2015. a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico.
REGIÕES E PAÍSES SELECIONADOS: ESTRUTURA DA CARGA TRIBUTÁRIA, 2012-2013
(Em porcentagens do PIB) Baixa carga
tributária na maioria dos países.
Estrutura tributária regressiva.
Alta evasão.
Isenções generalizadas.
Tratamento especial do capital.
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Vários países realizaram mudanças no Imposto de renda, em especial na tributação dos rendimentos de capital
Argentina (2013)
Chile (2014)
Colômbia (2012, 2014)
Equador (2007, 2014)
El Salvador (2009, 2011)
Guatemala (2012)
Honduras (2010, 2014)
México (2013)
Nicarágua (2012)
Panamá (2009-2012)
Paraguai (2012)
Peru (2007, 2012, 2014)
República Dominicana (2012)
Uruguai (2007, 2012-2013)
Venezuela (2014)
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Panorama Fiscal de América Latina y el Caribe, 2015.
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As receitas tributárias têm aumentado, em média, de 16 a 21 pontos do PIB desde o ano 2000, mas continuam sendo muito heterogêneas
RECEITAS TRIBUTÁRIAS NA AMÉRICA LATINA , 2000 E 2013 (Em porcentagens do PIB )
36
31
28 27
22 20 20 19 19 19 19 18 18
16 16 14 14 13
21
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0
5
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15
20
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30
35
40
Bra
sil
Arg
enti
na
Bo
livia
Uru
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Co
sta
Ric
a
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ile
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Gu
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ala
AL-
18
OC
DE-
34
2013 2000
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL)
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Evitar a evasão e a elisão fiscal e regular fluxos ilícitos
• Os fluxos financeiros ilícitos representam uma enorme saída de recursos financeiros das economias em desenvolvimento
• Em média, entre 2002-2011 na América e no Caribe os fluxos financeiros ilícitos duplicaram as remessas e representaram 14 vezes a Assistência Oficial para o Desenvolvimento (ODA).
113,1
84,9
63,7
50,8
7,8
0
20
40
60
80
100
120
140
Flujos Ilícitos Inversión extranjera directa
Flujos financieros privados
Remesas ODA
FLUXOS ILÍCITOS PROCEDENTES DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE PARA 2002-2011
(Médias, em bilhões de dólares)
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Existem graves lacunas e omissões
nos sistemas de proteção social da Região
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base nas tabulações especiais das pesquisas de domicílios dos respectivos países.
AMÉRICA LATINA (14 PAÍSES): POPULAÇÃO EM DOMICÍLIOS QUE NÃO CONTAM COM SEGURIDADE SOCIAL E NÃO RECEBEM PENSÕES NEM TRANSFERÊNCIAS PÚBLICAS ASSISTENCIAIS, POR QUINTIS DE RENDA, 2009
(Em porcentagens)
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O investimento é insuficiente para o desenvolvimento
Em infraestrutura
En pesquisa, ciência e inovação
Em instituições bancárias para o desenvolvimento: financiamento inclusivo
Em matrizes energéticas mais limpas do ponto de vista ambiental
FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO, 1950-2010 (Em porcentagens do PIB com base em dólares constantes de 2005)
23,1
18,0 18,5 17,9
20,1
22.9
10
15
20
25
30
35
40
19
70
19
72
19
74
19
76
19
78
19
80
19
82
19
84
19
86
19
88
19
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92
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20
00
20
02
20
04
20
06
20
08
20
10
20
12
América Latina Asia Oriental y el Pacífico
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base nas estatísticas oficiais, e no World Development Indicators.
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Persistente escassez da infraestrutura econômica CAPACIDADE DE GERAÇÃO ELÉTRICA, 1980-2012
(Em megawatts por cada 1.000 habitantes)
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Estudio Económico 2015.
DENSIDADE DA REDE VIÁRIA TOTAL, 2007 Y 2012
(Em quilômetros por cada 100 km2)
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Fonte: Banco Mundial. http://info.worldbank.org/governance/wgi/index.aspx#reports
Região com moderada qualidade de regulação
MUNDO: ÍNDICE DE QUALIDADE DE REGULAÇÃO, 2013
Nueva Ecuación Estado – Mercado – Sociedad para el desarrollo en ALC Antonio Prado
Fonte: Banco Mundial. http://info.worldbank.org/governance/wgi/index.aspx#reports
Região com baixa confiança na justiça e cumprimento de leis e regulamentos
MUNDO: ÍNDICE DE ESTADO DE DIREITO (RULE OF LAW), 2013
Nueva Ecuación Estado – Mercado – Sociedad para el desarrollo en ALC Antonio Prado
Fonte: Banco Mundial. http://info.worldbank.org/governance/wgi/index.aspx#reports
Região com forte impacto da corrupção
MUNDO: ÍNDICE DE IMPACTO DA CORRUPÇÃO, 2013
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A cidadania na atual equação
Estado–Mercado– Sociedade (cidadania)
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A sociedade (cidadania) na atual equação
• Demanda de transparência, prestação de contas e participação
• Democracia em suas três dimensões: social, econômica e política.
• Sociedade não somente objeto das políticas públicas, mas demanda participação no proceso de definição, execução e implementação.
• A cidadania apresenta-se como portadora de direitos cujo cumprimento o Estado é avalista
• Isso é expressado em: Iniciativas de governo aberto, dados abertos, Princípio 10, os orçamentos participativos, a Carta Mundial pelo Direito à Cidade, a Carta de Montreal, a Carta Europeia de Direitos na Cidade, entre muitos instrumentos de participação impulsionados pela cidadania.
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Fonte: Banco Mundial. http://info.worldbank.org/governance/wgi/index.aspx#reports
Região com níveis regulares de participação e prestação de contas (Accountability)
MUNDO: ÍNDICE DE VOZ E PRESTAÇÃO DE CONTAS, 2013
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Sociedade (cidadania) que não se sente representada
FONTE: Latinobarômetro 2015. P. Você se sente politicamente representado pelo Governo? E pelo Parlamento/Congresso?
AMÉRICA LATINA: SENTIMENTO DE REPRESENTAÇÃO PELO GOVERNO OU PELO PARLAMENTO/CONGRESSO, 2015 (Em porcentagens)
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Os pactos como instrumento de construção da nova equação
Estado–Mercado–Sociedade (cidadania)
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Política e políticas: a importância de fazer pactos
• A encruzilhada da região requer revisar a relação entre instituições e estruturas, com uma ampla gama de agentes
• O pacto é um instrumento político para implementar, em um contexto democrático, as políticas e as reformas institucionais com perspectiva estratégica, de médio prazo, com menores riscos de que sejam revertidas
• O pacto social é necessário em um momento de mudanças nas relações entre o Estado, o mercado e a sociedade, com efervescência social e novas modalidades de participação
• A cidadania apresenta-se como sujeito do pacto e portadora de direitos, cujo cumprimento o Estado é avalista.
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Pactos para a Igualdade
• É urgente a renovação de pactos fiscais • Confiança e reciprocidade entre o Estado e os cidadãos • Consolidar o gasto público com impacto redistributivo • Acordos sobre origem e destino dos recursos para o Estado • Com transparência e prestação de contas
• Acordos para uma melhor governança dos recursos naturais: aproveitando os benefícios extraordinários
• Investimento para a produtividade: comercializáveis (manufatura com inovação) e não comercializáveis (infraestrutura)
• Coordenação de políticas macro, industriais, sociais e ambientais
• Concertação e consulta social com prestação de contas
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A reciprocidade como base de um pacto fiscal: elevar a qualidade do gasto com base nos direitos
Fuente: CAF, 2011.
35
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Pacto fiscal, atores e reciprocidade: estreitar o vínculo com a cidadania
• Segundo a pesquisa CAF, na América Latina as famílias “pagariam mais impostos” se o Governo fizesse melhor o seu trabalho (www.caf.com/investigacion) – Elimina a corrupção: 11,5% pagariam mais
– Melhor saúde e educação: 11,5%
– Mais seguridade: 11,4%
– Maior proteção para os pobres: 9.2%
• O cidadão não gosta de pagar impostos, mas ao pagá-los se sente com mais direito de fazer exigências às autoridades – 72,6% dos domicílios da América Latina têm esta opinião
• A evidência mostra a existência de um círculo virtuoso entre impostos (sobretudo diretos), prestação de contas, reciprocidade e qualidade do gasto público
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Uma refundada arquitetura produtiva
Promover a mudança estrutural transversalizando a
sustentabilidade ambiental
Com novas instituições que promovam a produtividade a partir de
uma política industrial explícita
Vincular os setores de baixa produtividade com os que já estão na
fronteira tecnológica
Estratégia integrada de apoio às PMEs com financiamento inclusivo
e que as articule com setores mais dinâmicos
Maior prioridade para a ciência e a tecnologia
Com mecanismos para conciliar os conflitos socioambientais
Ordenamento do território e de planejamento urbano
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Uma boa articulação entre gasto social e estruturas permite conjugar mais gasto social, produtividade e igualdade
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base na Standardized World Income Inequality Database, versão 4.0, setembro de 2013; Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), STAN Structural Analysis Database; e Banco Mundial, World Development Indicators.
Estados Unidos; 38
Austrália, 33.4
Canadá; 32
Dinamarca; 25,2
Finlândia, 26
Irlanda; 33,1
Nova Zelândia, 31.7
Suécia, 26.9
Rep. da Coreia, 31.1
Cingapura, 44.8
Hong Kong (RAE da China), 43.1
Argentina; 44,5
Brasil; 54,7
Chile; 50,1
Colômbia, 55.9 Costa Rica; 50,7 Equador, 49.3
México; 47,2
Peru, 48.1
Uruguai, 45.3
Venezuela (Rep.Bol.da), 44.8
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
90000
100000
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0
Pro
du
tivi
dad
e d
o t
rab
alh
o
Gasto social como porcentagem do PIB
PRODUTIVIDADE DO TRABALHO E GASTO SOCIAL COMO PORCENTAGEM DO PIB, EM TORNO DE 1990 E 2010, E DESIGUALDADE, EM TORNO DE 2010
(Em dólares constantes de 2005 e porcentagens)
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Uma nova equação Estado-mercado-sociedade (cidadania)
• O público como espaço dos interesses coletivos e não uma representação do estatal ou do nacional
• Acordos políticos para um novo contrato social e intergeracional com definição de responsabilidades, proteção de direitos e sistemas de prestação de contas
• Assegurar uma cultura de desenvolvimento coletivo baseado na tolerância da diferença e da diversidade
• Visão estratégica de desenvolvimento de longo prazo e a partir do seu interior, que promova pactos entre atores produtivos
– Espaços de diálogo entre o setor privado e as instituições públicas para compatibilizar as estratégias empresariais com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS
– São necessárias instituições e políticas para articular o investimento com o tecido produtivo local em setores prioritários em seus planos de transformação produtiva
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A nova equação exige pactos de longo prazo P
rota
gon
ism
o d
o E
stad
o • Estratégia de
desenvolvi-mento
• Capacidade fiscal
• Gestão profissional
• Transparência e participação social
Me
rcad
o • Regulado
• Com financiamento adequado
• Coordenação para a estratégia de desenvolvi-mento
Soci
ed
ade
(ci
dad
ania
) • Estímulo para instituições mais fortes
• Participação e acesso às políticas públicas
• Democracia política, social e econômica
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“É preciso que o novo paradigma do desenvolvimento dê o
melhor de si em interesses de uma globalização que propicie
uma maior consciência coletiva sobre os bens públicos
globais, que permita a públicos muito diversos ter voz no
concerto aberto da governabilidade global, dando assim mais
vida à democracia no planeta; que faça chegar aos setores
excluídos as ferramentas necessárias para reduzir as brechas
em matéria de capacidade, direitos cidadãos e acesso ao bem-
estar; e que se antecipe com políticas de longo prazo, mas de
urgente implementação, aos cenários que projetam as
tendências, tanto em matéria climática como demográfica,
tecnológica e cultural.”
CEPAL (2010) A Hora da Igualdade .