Download - NN Leziria Tejo
DIRECTOR: Joaquim Duarte EDITOR: Bruno OliveiraMENSAL -Ano 6 - Nº 71
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Negóciosnotícias&EDIÇÃO LEZÍRIA TEJO
DIRECTOR: Joaquim Duarte EDITOR: Bruno OliveiraMENSAL -Ano 6 - Nº 71
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Negóciosnotícias&EDIÇÃO LEZÍRIA TEJO
Futuro do rio Tejo vai a debate dia 25 | página 9
ALMEIRIM
Menos mortos nas Menos mortos nas estradas do distritoestradas do distrito
Mantorras veio ao Hospital de Santarém
Escola Secundária festejou 30 anos | página 7
CARTAXO
Jornal homenageia região no 25º aniversário | página 22
GALA O RIBATEJO
NOVEMBRO2010· 243 309 600 Tel. · 243 333 766 Fax · CNEMA- Quinta das Cegonhas · Apartado 355 · 2000-471 Santarém · [email protected] · www.oribatejo.pt
Famosos na Gala Santareno de Teatropágina 5
página 6
página 8
NOVEMBRO2010
negócios¬ícias
4 abertura
FICHA TÉCNICADirector Geral
Joaquim Duarte (C.P. 867)Director
Jorge Guedes (C.P. 2798)Editor
Bruno Oliveira (C.P. 8754)Colaboração
André LopesRedacção
Apartado 3552002 Santarém Codex.
Tel: 243 309 601 Fax: 243 333 766E-mail
Tel. 243 309 602 Fax: 243 333 [email protected]
Rita Duarte (directora comercial)
Ana Marecos Design gráfico e paginação
António VieiraImpressão
Imprejornal, S.A.Rua Rodrigues Faria 103, 1300-501
Lisboa
Editora e proprietáriaJortejo, Lda.Apartado 355
2002 SANTARÉM Codex
GERÊNCIAFrancisco Santos, Ângela Gil,
Albertino Antunes
Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direcção) Catarina Branquinho, Celeste Pereira,
Gabriela Alves e João [email protected]
Departamento de MarketingPatricia Duarte (Direcção), Cata-
rina Fonseca e Catarina Silva. [email protected]
Departamento Recursos HumanosSónia Vieira (Direcção)
Departamento SistemasInformação
Tiago Fidalgo (Direcção) Hugo Monteiro
Tiragem 35.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04
Nº Registo no ICS: 124617Nº Contribuinte: 501636110
Sócios com mais de 10% de capitalSojormedia 83%
negócios¬íciasN
HUMOR
Nuno AntãoAdjunto da Governadora
Civil de Santarém
Gostava de receber boas
notícias do mundo, de sa-
ber que o mundo não vai
desabar. Queria também
de receber um BlackBer-
ry PlayBook, o equivalen-
te ao iPad. O que gostaria
mesmo de dar era uma so-
lução duradoura para esta
crise.
O que gostava de dar e de receber neste Natal?
PERFILINQUÉRITO
Pedro FerreiraVice-presidente da
Câmara de Torres Novas
Gostava de dar o equipa-
mento mais sofi sticado
possível a uma jovem do
CRIT que é multidefi cien-
te. Gostava de receber um
equipamento completo
de espeleologia para ex-
plorar as grutas do Almon-
da.
José Carlos SilvaVereador da
Câmara de Almeirim
Gostava de tera possibi-
lidade de oferecer um jan-
tar a todos que merecem
aquilo que alguns nunca
tiveram: um jantar de Na-
tal com tudo a que têm di-
reito. Para isso, abdicava
da ostentação pública que
são as iluminações de Na-
tal. Gostava de receber a
comprensão das pessoas
pelas decisões difíceis que
os autarcas locais têm que
tomar.
Eduarda ReisEmpresária, directora da
Escola de Línguas de Santarém
Gostava de ter um saco
grande de paz para distri-
buir por toda a gente.
Quanto a prendas para
mim só quero amor, mais
nada. Não sou ligada a coi-
sas materiais.
As fotos dos leitores
JOSÉ LUÍS BORGAPadre no Entroncamento
IDADE 46 anos
NATURALIDADE Lapas, Torres
Novas
UMA CANÇÃO Noite Feliz
UM GRUPO/CANTOR Sou mui-
to eclético mas gosto de ouvir
Nat King Cole e Mozart, depen-
de do estado de alma.
UM LIVRO A Bíblia. Tenho tam-
bém um livro meu que gosto
muito e que se chama “O que é
o Natal?”
UM PRATO Nesta época reco-
mendo as fi lhoses ou o arroz
doce, porque festa sem arroz
doce não é festa.
UM ÍDOLO Naturalmente, Jesus
Cristo.
UM FILME “A Missão” de Roland
Joff é, com banda sonora de En-
nio Morricone.MOMENTOS POLAROID
Luzes de Natal contra a crise
O jornal Negócios&Notícias vai
criar uma secção de fotografi as
dedicada aos nossos leitores,
que se vai chamar “Momentos
Polaroid”. O desafi o que lhe dei-
xamos é que nos envie as suas
fotografi as de casamentos, bap-
tizados, festas de amigos, almo-
ços de convívio, reuniões, even-
tos culturais e desportivos, das
suas férias, das suas viagens, da
sua festa de aniversário, do nas-
cimento do seu fi lho…enfi m,
dos momentos que marcam a
sua e a nossa vida.
Envie as suas fotografi as para
o e-mail [email protected] com o seu nome e uma
breve descrição do momento
que captou.
Baptizado de Martim Costa e Silva
Santarém, Outubro de 2010
““A crise económica e fi nanceira tem
destruído o que de melhor há em nós. Nun-
ca se viu tanto fariseu reclamando todas as
poupanças, todos os cortes. (...) Em Santa-
rém continuarão as iluminações de Natal,
embora mais pobres, pois os nossos putos
não têm culpa de que a cabeça de muitos
homens viva na mais triste escuridão”. As
afi rmações são de Francisco Moita Flores,
presidente da Câmara de Santarém, que
persiste em manter a tradição das ilumina-
ções de Natal mesmo em tempos de crise.
É caso para dizer que, mesmo em tempo de
desespero para muitos, há uma luz ao fun-
do do túnel. Pena é que seja uma luz que só
dura umas semanas, depois regressa o breu
dos dias de crise.
NOVEMBRO2010
negócios¬ícias
destaque 5
Foram muitas as vozes dos premiados, na Gala Bernardo Santareno deste ano, que se insurgiram contra os cortes nos apoios à cultura neste Orçamento de Estado para 2011.
Numa noite de festa, estes
cortes estiveram no centro
das atenções e deram mate-
rial para alguma contestação
ao menor apoio que o Minis-
tério da Cultura prevê atribuir
ao teatro. “Tenho esperança
que se consiga encontrar for-
ma de unir as pessoas e de
lutar por melhores condições
porque o teatro não morre,
cortem 23, 46 ou 89%”, refe-
riu o actor Rui Mendes, que
recebeu o prémio Carreira.
“O momento é grave. Este
corte de 23% nas estruturas
que têm tido a confi ança do
Governo é grave porque per-
mite uma produção muito
inferior à que temos tido. O
trabalho de um grupo como
a Cornucópia depende com-
pletamente de um apoio do
Estado. Os subsídios do Es-
tado não são para os traba-
lhadores teatrais, são para
que o público possa usufruir
dos espectáculos que os tra-
balhadores teatrais fazem”,
acrescentou Luís Miguel Cin-
tra, encenador da peça “A Ci-
dade”, premiada na categoria
Espectáculo.
O actor Nuno Lopes, que re-
cebeu o prémio Interpreta-
ção pela sua interpretação na
peça “A Cidade”, também sa-
lientou que “infelizmente, de-
vido aos cortes orçamentais
para o teatro em 2011, mui-
to difi cilmente se poderão
apoiar peças com o elenco
tão numeroso como ‘A Cida-
de’”. Também Mário Mouti-
nho, actor e director do Fes-
tival Internacional de Teatro
de Expressão Ibérica, que re-
cebeu o prémio na catego-
ria Especial, sublinhou o que
considera serem “os ataques
à actividade teatral” e dedi-
cou o prémio “a todos aque-
les que pensam que a criação
artística é o núcleo funda-
mental da actividade cultu-
ral de um país e é um direito
inalienável de todos os seus
cidadãos”.
Também Moita Flores, pre-
sidente da Câmara, aludiu
ao que chama de “tempo
das preocupações” do país.
“A cultura é raiz fundamen-
tal que faz nascer uma comu-
nidade e, sem cultura, pou-
co importa o betão”, afi rmou
Moita Flores, referindo ainda
que “é ruim cortarem tanto
dinheiro na cultura”.
Nesta gala recebeu ainda
prémio Carreira, a actriz Ana
Paula, o prémio Interpreta-
ção no feminino foi para a ac-
triz Custódia Gallego, os pré-
mios Revelação foram para a
conhecida actriz de TV, Sara
Prata (com participações em
inúmeras novelas da TVI), e
para o actor Graciano Dias. Na
categoria Especial foram ain-
da premiados o encenador
Vicente Batalha e o projecto
PANOS da Culturgest.
“São resultado de uma refl e-
xão e de um rigor crítico mui-
to fortes, não são galardões
dados aleatoriamente, são
para quem comprovada-
mente os merece”, frisou o
autarca.
Vicente Batalha, recebeu
o prémio Especial pela en-
cenação de “A Promessa”, de
Bernardo Santareno. O pre-
miado, que é também presi-
dente do Instituto Bernardo
Santareno, fez-se represen-
tar por Salomé Vieira, Sara
Martins e Bruno Oliveira, ele-
mentos do grupo e cénico da
Música. No texto de agradeci-
mento, lido por Salomé Vieira,
Vicente Batalha agradeceu a
Moita Flores e ao grupo: “este
honroso prémio que Francis-
co Moita Flores, contra ven-
tos e marés, persistiu em que
me fosse atribuído, vai inteiri-
nho para todos aqueles que,
há cerca de 10 anos, embar-
caram comigo nessa aventu-
ra maravilhosa de fazer teatro
e de descobrir Santareno”.
Gala Santareno com críticas aos cortes na Cultura
SANTARÉM RECEBEU “CIMEIRA DO TEATRO NACIONAL”
• Santarém transformou-se, pela quinta vez, na capital nacional dio teatro em mais uma edição da Gala Santareno.
• Grupo Cénico da Música Nova (Pernes) recebe prémio por Vicente Batalha.
NOVEMBRO2010
negócios¬ícias
6 actualidade
Água aumenta 7,7% no próximo ano A Câmara
Municipal de Santarém
aprovou a proposta de
actualização do tarifário
para 2011 da empresa
Águas de Santarém, que
prevê um aumento de
7,69 por cento. “A revi-
são tarifária, no montan-
te de 7,69% teve em con-
ta a previsão da taxa de
infl ação de acordo com
os dados do Instituto Na-
cional de Estatística a Ou-
tubro de 2010 e o impac-
to do aumento dos custos
de energia já anunciados
na ordem dos 3,8 %”, jus-
tifi cou a directora geral da
empresa Águas de San-
tarém, Marina Ladeiras.
“Continuamos a adoptar
as recomendações da en-
tidade reguladora de uma
forma faseada, minimizan-
do, assim, o seu impacto
junto dos utilizadores fi -
nais”, adiantou a directo-
ra geral da AdS. “Este ano
a revisão tarifária contem-
pla a redução da tarifa de
de ramal em 40% e a abo-
lição da tarifa de ligação”.
A bicharada em Santarém
Mais de 8000 animais, en-
tre aves, animais domés-
ticos e exóticos, vão es-
tar patentes ao público na
Avisan - Exposição Nacio-
nal de Aves e Animais de
Companhia, que decorre
no Centro Nacional de Ex-
posições, em Santarém,
entre os dias 26 e 28 de
Novembro. Esta edição da
Avisan reúne cerca de 90
expositores e 300 criado-
res, ocupando uma área de
8000 metros quadrados.A
Avisan apresenta, pela pri-
meira vez, a Exposição Na-
cional de Pombos de Des-
porto (Org. Associação
Columbófi la do Distrito
de Santarém), evento que
conta com a conta com a
participação de cerca de
três centenas de exempla-
res. No âmbito desta ex-
posição realiza-se no sába-
do, 27 de Novembro, pelas
10h00, uma grande larga-
da com mais de 1000 pom-
bos (condicionada às con-
dições atmosféricas).
Mantorras veio ao Hospital25 ANOS DO HOSPITAL DE SANTARÉM
O jogador de futebol do Sport Lisboa e Benfi ca, Pedro Mantorras, esteve no passa-do dia 16 de Novembro, no Hospital Distrital de Santa-rém, para estar à conversa com os mais pequenos sobre o mundo do futebol.
Muitas foram as pergun-
tas curiosas das crianças que
“bombardearam” o jogador
com questões sobre lesões,
grandes penalidades, me-
lhores golos marcados e até
como era jogar à chuva. Em
fase fi nal de carreira, o joga-
dor angolano que começou
a sua carreira futebolística em
Portugal pelo Futebol Clube
de Alverca, confessou que
para si o melhor clube será
sempre o Benfi ca e que lhe
fi cam na memória os títulos
de campeão. E porque nem
só o SLB tem campeões, Sara
Silva, despiu a bata branca do
hospital e falou com as crian-
ças sobre o seu título de cam-
peã nacional de remo, uma
actividade que nem sempre
é fácil de conciliar com a pro-
fi ssão de médica. Uma inicia-
tiva inserida nas comemora-
ções dos 25 anos do Hospital
Distrital de Santarém, que se-
gundo o administrador José
Josué, vão continuar durante
os próximos dias, com o pro-
jecto “Música nos Hospitais”,
uma exposição fotográfi ca
intitulada “Momentos das
nossas vidas…” e a exposi-
ção sobre a “Liga dos Amigos
do Hospital de Santarém”.
Em Dezembro, o Hopi-
tal de Santarém passa-
rá também a ter uma uni-
dade de radioterapia.
As obras nas urgências estão
quase concluídas, devendo
ser inauguradas no primeiro
trimestre do próximo ano. As
consultas externas também
vão ter um novo edifício.
• Pedro Mantorras conversou com as crianças e deu muitos autógrafos.
NOVEMBRO2010
negócios¬ícias
actualidade 7
A Escola Secundária do Cartaxo comemorou 30 anos de existência e dedicação ao ensino, no passado dia 17 de Novembro. Um dia que fi cou marcado pela entrega de prémios de mérito e exce-lência aos alunos dos vários anos lectivos, e que viram as-sim o seu mérito, empenho e dedicação aos estudos, reco-nhecido.
Ao todo, três décadas de-
votas ao ensino, com episó-
dios que marcaram a histó-
ria pela positiva mas também
pelo negativa como a violen-
ta explosão seguida de um
incêndio, que ocorreu numa
sala de aula, a 25 de Janeiro
de 1985, vitimando professo-
res e dezenas de alunos, aca-
bando alguns deles por não
resistirem aos ferimentos e
morrerem. Um momento
que escola, alunos e popu-
lação local nunca esquecerá.
Mas se essa é uma página do
livro que nunca poderá ser
arrancada, os momentos feli-
zes, todos os alunos que por
ali passaram, docentes e fun-
cionários também o são e em
homenagem a todos eles, os
que cá estão e os que já par-
tiram, realizou-se em pleno
átrio da escola secundária,
uma missa campal.
Segundo Isabel Rodrigues,
professora e porta-voz da es-
cola “este foi um momento
de fraternidade, realizado em
tom de alegria. Uma home-
nagem a todos os que fazem
parte da história desta esco-
la, aos que já não estão entre
nós e também um modo de
enterrar o estigma do incên-
dio perante alunos e popula-
ção” referiu a professora em
tom de alegria pelo sucesso
da iniciativa, que contou com
a participação dos escuteiros
do Cartaxo e ainda um tenor,
antigo aluno da instituição
de ensino.
Também Paulo Varan-
da, vice-presidente da Câ-
mara Municipal do Cartaxo
e um representante da Di-
recção regional de Lisboa e
Vale do Tejo (DRELVT), esti-
veram presentes no certame,
enfatizando a importância e
o papel da escola na comu-
nidade local, principalmente
nesta altura de crise que se
avizinha.
Cartaxo vende lotes indus-triais em Pontével A Câmara
do Cartaxo aprovou por una-
nimidade a venda de cinco
lotes de terreno para insta-
lação de empresas na Zona
de Actividades Empresariais
do Casal Branco, freguesia de
Pontével. São os cinco lotes
que o município ainda pos-
sui, com cerca de 2.500 me-
tros quadrados de área cada
um e que serão vendidos a
um preço base de licitação
de 15 euros o metro quadra-
do. Os lotes têm como con-
dições preferenciais de aqui-
sição a localização da sede
das empresas, o facto de se
tratarem de empresas não
poluentes e de serem em-
presas utilizadoras de ener-
gias renováveis, sendo ainda
factor preferencial o número
de postos de trabalho a criar
com a instalação da unida-
de empresarial. A Câmara do
Cartaxo vai ainda lançar um
concurso público para a in-
fra-estruturação da Área de
Localização Empresarial do
Falcão, junto ao nó de acesso
à A1. As obras, na sua compo-
nente de parque de ciência e
tecnologia, devem ter início
em 2011 e representam um
investimento total de cerca
de 3,15 milhões de euros.
Escola Secundária fez 30 anosESCOLA DO CARTAXO HOMENAGEOU ALUNOS, FUNCIONÁRIOS E DOCENTES
• Melhores alunos receberam prémios de mérito e excelência
NOVEMBRO2010
negócios¬ícias
8 actualidade
No Dia da Memória pelas Vítimas na Estrada, um aci-dente vitimou um jovem de 16 anos na freguesia de Abitureiras em Santarém. Uma morte que se vem jun-tar a muitas outras já ocorri-das nas estradas do distrito e que preocupam as autorida-des, em particular o Governo Civil de Santarém.
Neste dia foi feito um simu-
lacro de acidente no centro
da vila de Benavente e o pre-
sidente da câmara e a gover-
nadora civil assinalaram o pa-
pel das autoridades para, pelo
menos, actuarem no âmbito
da sensibilização dos condu-
tores.
“Temos a obrigação de pro-
duzir informação, de fazer
sensibilização e de criar con-
dições para que esse risco seja
minimizado ao seu limite do
possível”, disse Sónia Sanfo-
na, governadora civil. António
Ganhão apelou a uma refl e-
xão sobre o que “fazemos de
errado” na estrada. E o esforço
de sensibilização parece estar
a dar alguns resultados.
O distrito de Santarém regis-
ta este ano um decréscimo no
número de vítimas. Até 15 de
Novembro, faleceram nas es-
tradas do distrito 41 pessoas,
menos 28 do que no mesmo
período em 2009. Se os nú-
meros forem analisados no
período de um ano, isto é, de
16 de Novembro de 2009 até
15 de Novembro de 2010, re-
gistam-se 67 vítimas mortais.
Números que ainda assim
não satisfazem o Governo Ci-
vil de Santarém que promete
continuar o esforço de sensi-
bilização.
Para homenagear os mortos
na estrada, foi criado o Dia da
Memória que este ano se as-
sinalou em Benavente onde
está um dos troços de estra-
da mais sangrentos do distri-
to, a nacional 118. Esta estra-
da representa, segundo a Es-
tradas de Portugal, cerca de
30% da sinistralidade rodoviá-
ria na rede viária a cargo des-
ta empresa pública. Em 2009,
aconteceram nesta estrada 19
acidentes e há registo de seis
mortos, sete feridos graves e
31 feridos ligeiros.
Para ajudar a resolver a
sinistralidade no troço da 118,
entre Porto Alto (Benavente)
e Montijo, a Estradas de Por-
tugal anunciou neste dia um
plano de intervenção que es-
tará em breve no terreno. A
sinalização vai ser reforçada
através de painéis com aviso
de zona perigosa, com a co-
locação de barreiras no cen-
tro da via e com a colocação
de radares controladores de
velocidade. A estrada vai tam-
bém ser marcada com no-
vas linhas e vão ser instaladas
guardas de segurança.
Se circular nesta via depois
destas obras fi que a saber que
terá novas zonas em que será
proibido ultrapassar e zonas
em que vão haver sinais lumi-
nosos no chão que indicam
quando se excede a velocida-
de máxima permitida. Estas
obras representa um investi-
mento de 260 mil euros das
Estradas de Portugal.
Menos mortos nas estradas do distritoO DISTRITO DE SANTARÉM REGISTA MENOS 28 MORTOS NA ESTRADA EM 2010
• O Dia da Memória foi assinalado em Benavente, onde a N118 vai para obras.
NOVEMBRO2010
negócios¬ícias
economia 9
“Arranja-me um emprego!”TARDES DE EMPREGO EM SANTARÉM
Regantes de Almeirim e Alpiarça
formam associaçãoAs inscrições para a futu-
ra associação de regantes
de Almeirim e Alpiarça estão
abertas até ao próximo dia
26 de Novembro, podendo
os agricultores formalizar a
sua adesão em qualquer uma
das Câmaras Municipais. As
autarquias promoveram duas
sessões públicas de esclareci-
mento, onde deram a conhe-
cer os objectivos da criação
desta nova associação, para já
ainda sem nome.
A constituição de uma as-
sociação de regantes permite
diminuir os custos com regas
em cerca de 50%” e proteger
os lençóis freáticos de uma
utilização excessiva. Com este
sistema, cada proprietário
deixa de utilizar o seu próprio
furo e passa a receber a água
para a rega directamente do
Tejo ou da Vala Real através
de um único sistema, monito-
rizado através de meios infor-
máticos. Outra das vantagens
está relacionada com o facto
de serem possíveis candidatu-
ras a fundos comunitários es-
pecífi cos, em que alguns dos
projectos poderão mesmo ser
apoiados a 100%. Pedro Ribei-
ro, vice-presidente da Câmara
de Almeirim, já tinha adianta-
do aquando da apresentação
do projecto que esta é a opor-
tunidade para concretizar “a
tão desejada ligação do Tejo
à Vala, assim como a constru-
ção de vários diques na Vala
Real” e criar um espelho de
água que permita a realiza-
ção de actividades de lazer e
desportivas.
As “Tardes do Emprego”
regressam no próximo dia
25 (quinta-feira), a partir
das 14h, na Sala de Leitura
Bernardo Santareno em San-
tarém. Esta edição vai ter um
Workshop sobre “Preparação
de Entrevista de Emprego –
Role Playing” pelo GIP – Ga-
binete de Inserção Profi ssio-
nal, da Câmara de Santarém.
Nesta sessão participam vá-
rias entidades empregado-
ras: Talenter; Instituto de Em-
prego e Formação Profi ssio-
nal; TempriRibatejo; Go Work;
Flexilabor; ISLA; Competir;
Sugalidal; New Time, GIP -
Gabinete de Inserção Profi s-
sional, Bolsa de Emprego de
Santarém, PMEConsult, entre
outras. Esta iniciativa tem ha-
bitualmente lugar na última
quarta-feira de cada mês, das
14h às 17h.
Recorde-se que a Câma-
ra de Santarém o criou e
disponibiliza uma Bolsa de
Emprego através da sua pági-
na da Internet, com o objecti-
vo de potenciar a proximida-
de entre a procura e a oferta
de emprego no concelho, de
modo a permitir maior facili-
dade de recrutamento e da
empregabilidade.
Futuro do Tejo em debate
em Almeirim Almeirim acolhe, no dia 25,
às 18h, o 1º Fórum de Par-
ticipação do Plano de Ges-
tão da Região Hidrográfi ca
do Tejo, uma organização da
ARH do Tejo com o objectivo
de preparar a elaboração do
Plano de Gestão da Região
Hidrográfi ca deste rio, que
será o primeiro a ter o cha-
mado programa “Polis dos
Rios”. O Fórum terá lugar no
Complexo Desportivo dos
Bombeiros Voluntários. A en-
trada é gratuita e não precisa
de inscrição prévia.
NOVEMBRO2010
negócios¬ícias
10 regional
O futuro Centro de Alto Ren-dimento para a Prática de Desportos Equestres vai ser uma das grandes novidades da edição de 2011 da Feira Nacional do Cavalo.
O contrato de fi nanciamen-
to para a construção do novo
equipamento foi assinado
este ano no âmbito da Fei-
ra, entre o presidente da Câ-
mara Municipal da Golegã,
Veiga Maltez, e Helena Aze-
vedo, gestora do Programa
Operacional de Valorização
Territorial, na presença do
Laurentino Dias, secretário
de Estado do Desporto.
“Este centro é a cereja em
cima do bolo, dentro da es-
tratégia de desenvolvimento
que a Golegã traçou em tor-
no do cavalo”, frisou o pre-
sidente da autarquia, subli-
nhando que o município “vai
ter que saber rentabilizar este
equipamento”, orçado em
cerca de 3,2 milhões euros,
comparticipados em 70%
por fundos do FEDER.
Durante os 10 dias da XXXV
Feira Nacional do Cavalo / XII
Feira Internacional do Cava-
lo Lusitano, que se misturam
com a secular feira de São
Martinho, a Golegã foi o cen-
tro do mundo equestre, num
certame que continua, de
ano para ano, a bater recor-
des de visitantes, com desta-
que para o aumento do nú-
mero de estrangeiros.
“Superou todas as expec-
tativas”, resumiu em jeito de
balanço o presidente da Câ-
mara, Veiga Maltez, desta-
cando o impacto económi-
co da feira em toda a região
numa conjuntura “descolori-
da” pela crise.
A organização registou a
inscrição de cerca de 1.500
cavalos e 200 charretes, nú-
meros superiores aos da edi-
ção anterior. Em 2011, a feira
regressa com um fi gurino di-
ferente. O centro de alto ren-
dimento receberá algumas
das provas desportivas, con-
tinuando toda a vertente tra-
dicional e castiça no Largo do
Arneiro.
As associações portuguesa
e brasileira de criadores do
cavalo lusitano fi rmaram um
protocolo que defi ne as nor-
mas científi cas para a repro-
dução e o apuramento des-
ta raça no Brasil, país onde
este animal genuíno de Por-
tugal começa a suscitar cada
vez mais interesse. Firmado
no passado dia 1 de Outubro,
o acordo entre a Associação
Portuguesa de Criadores do
Cavalo Puro Sangue Lusitano
(APSL), a Associação Brasileira
de Criadores do Puro Sangue
Lusitano e a Fundação Alter
Real foi homologado pelo
ministro da Agricultura, An-
tónio Serrano, na quinta-fei-
ra, 11 de Outubro, na Golegã,
durante a XXIV Feira Nacional
do Cavalo / XII Feira Interna-
cional do Cavalo Lusitano.
“É um dia histórico para
o cavalo lusitano”, afi rmou
Manuel Campilho, presiden-
te da APSL. “Sendo o cavalo
lusitano um produto de ex-
celência do mundo rural que
queremos levar ao mundo
inteiro, o Brasil é, sem dúvi-
da, um parceiro fundamen-
tal neste objectivo de inter-
nacionalização”, acrescentou
o responsável, sublinhando
que o acordo tripartido foi
um processo moroso e com
várias complicações.
Feira do Cavalo trouxe milhares à GolegãAS NOVIDADES DA FEIRA PARA 2011
• O Largo do Arneiro continuará a ser o centro de toda a tradição da Feira.
negócios¬ícias
NOVEMBRO2010
negócios¬ícias
12 regional
Águas do Ribatejo trazem 30 milhõesTORRES NOVAS VAI RENOVAR ÁGUAS E SANEAMENTO
A entrada de Torres Novas na empresa Águas do Ribatejo representou um aumento do volume de investimentos do projecto intermunicipal.
A empresa Águas do
Ribatejo anunciou um plano
de investimentos de 131 mi-
lhões de euros em sistemas
de saneamento básico e de
abastecimento de água, a re-
alizar até 2012. Em conferên-
cia de imprensa, o conselho
de administração da AR for-
malizou a entrada do conce-
lho de Torres Novas na em-
presa, que se tornará o séti-
mo município a fazer parte
deste projecto intermunici-
pal.
Com a entrada de Torres
Novas na AR, a empresa pas-
sará a servir uma popula-
ção de 144 mil pessoas e 76
mil consumidores, distribu-
ídos por seis concelhos da
Comunidade Intermunicipal
da Lezíria do Tejo (Almeirim,
Alpiarça, Benavente, Cha-
musca, Coruche e Salvaterra
de Magos) e pelo município
torrejano que terá uma par-
cela de 30 milhões de euros
(4,2 milhões para abasteci-
mento de água e 24,6 mi-
lhões para saneamento) do
plano global de investimen-
tos da empresa.
Segundo Sousa Gomes, pre-
sidente da câmara municipal
de Almeirim e do conselho
de administração da Águas
do Ribatejo, a adesão do mu-
nicípio de Torres Novas “sig-
nifi ca um engrandecimento
da empresa”. O autarca disse
ainda que o município passa-
rá a fazer a parte do conselho
de administração que deverá
ser alargado a cinco pessoas.
Para o presidente da câma-
ra de Torres Novas, António
Rodrigues, a adesão à em-
presa Águas do Ribatejo “é a
melhor solução para o sane-
amento e abastecimento de
água” no concelho, frisando
que os seus munícipes “não
sairão prejudicados porque
as tarifas de água serão pou-
co superiores às actuais e in-
feriores às que existiam há
cerca de ano e meio”.
• António Rodrigues entrada no conselho de administração e passa a representar o maior município do projecto.
6 milhões de investimen-to em concurso em Torres Novas A Câmara de Torres
Novas vai lançar concursos
públicos para a construção
de um centro de ciência
viva, um parque urbano
no Almonda e a remodela-
ção do centro escolar EB1/
jardim-de-infância Viscon-
de de São Gião. O lança-
mento das empreitadas
foi aprovado com carác-
ter de urgência para que
as obras possam compar-
ticipadas por fundos co-
munitários do QREN, com
comparticipação até 80%.
O centro de ciência viva,
no edifício do Caldeirão,
tem o valor estimado que
ronda os 1,9 mil euros e
visa a reconversão da anti-
ga hidroeléctrica num cen-
tro de ciência dedicado à
“energia”. O parque do Al-
monda tem um orçamen-
to de 2,5 milhões de euros.
As obras de ampliação e re-
novação da escola Viscon-
de S. Gião tem um valor de
1,2 milhões de euros.
NOVEMBRO2010
negócios¬ícias
regional 13
ENTRONCAMENTO
Dia 24 não há festa do concelho
em solidariedade com greve
Taxas para caixas de multibancoENTRONCAMENTO ENTRE AS CÂMARAS QUE PONDERAM MEDIDA
A Câmara do Entronca-
mento decidiu não realizar
a cerimónia de aniversá-
rio da elevação a Concelho
visto que efeméride coin-
cide com a Greve Geral,
convocada para o mesmo
dia (24 de Novembro). Des-
ta forma, diz uma nota da
autarquia, “a Câmara Mu-
nicipal do Entroncamento
solidariza-se com a Greve
Geral e com os seus funcio-
nários”. As actividades pro-
gramadas de aniversário
do concelho realizam-se
no dia 27 de Novembro e
incluem a inauguração da
exposição dos trabalhos e
entrega dos prémios do 7º
Concurso Nacional de Fo-
tografi a Jovem (na Gale-
ria Municipal), no dia 27 de
Novembro às 17h; a peça
de teatro “Vamos Contar
Mentiras”, no mesmo dia,
às 21h30 (Pavilhão Despor-
tivo Municipal).
O Entroncamento pondera taxar a instalação de caixas multibanco na via pública e vai deliberar já na primeira reunião de Dezembro o valor da taxa a cobrar aos bancos, depois de já ter aprovado por unanimidade a propos-ta apresentada pelo Bloco de Esquerda.
“Se todos os que ocupam o
espaço público pagam uma
taxa, por que razão não têm
os bancos de fazer o mes-
mo?”, disse o presidente Jai-
me Ramos à Lusa, frisando
que está a ser feito um es-
tudo sobre o valor a aplicar.
A tarifa, segundo o mesmo,
não será “exorbitante” só por
se tratar de bancos, mas en-
quadrado nos valores que es-
tão a ser aplicados em situa-
ções idênticas.
Como se trata de uma nova
taxa, a integrar a tabela de ta-
xas do município, a medida
terá que ser submetida à vo-
tação em Assembleia Munici-
pal, e Jaime Ramos acredita
que estará em condições de
ser discutida na reunião de
Dezembro deste órgão.
A câmara municipal de Sal-
vaterra de Magos, liderada
por Ana Cristina Ribeiro, do
Bloco de Esquerda, também
aprovou na última reunião
do executivo uma moção
que recomenda a elaboração
de um estudo para a eventual
criação de uma taxa de ocu-
pação da via pública pelas
caixas Multibanco. A moção
foi apresentada pelo Bloco
de Esquerda, como uma das
hipóteses de aumentar as re-
ceitas municipais cobrando a
um sector que sido poupado
pela crise. O documento foi
aprovado com a abstenção
dos vereadores do PS, que re-
ceiam que sejam os clientes a
pagar esse novo custo.
• A autarquia garante que a tarifa não será exorbitante.
NOVEMBRO2010
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14 regional
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P A U L O N I Z A
Alcanena lança cam-panha de solidarieda-de para angariar bens para o Natal A Câma-
ra Municipal de Alca-
nena vai lançar a cam-
panha “Este Natal ajude
quem precisa!”, em co-
laboração com as Jun-
tas de Freguesia, CPCJ,
CAP do Agrupamento
de Escolas de Alcane-
na e IPSS do concelho.
Esta campanha rever-
terá a favor das famí-
lias mais carenciadas
do concelho e do Mu-
nicípio do Sal (Cabo Ver-
de), no âmbito do pro-
tocolo de geminação.
Nesta campanha serão
recolhidos bens de pri-
meira necessidade, no-
meadamente alimentos
(não perecíveis), roupas
e brinquedos (em boas
condições). Os locais de
recolha são os seguin-
tes: Juntas de Freguesia,
IPSS, Escola Secundária
de Alcanena, Escola Bá-
sica Dr. Anastácio Gon-
çalves, Escola Básica do
2º e 3º Ciclos de Minde
e sector de Desenvolvi-
mento Social da Câmara
Municipal de Alcanena.
Hospital de Torres Novas com ala pediátrica reno-vada A ala pediátrica do
Hospital Rainha Santa Isa-
bel, em Torres Novas, foi
recentemente renova-
da com vista a permitir
uma melhoria da qualida-
de de prestação de servi-
ços à criança, num investi-
mento que rondou os 250
mil euros. Constitui “uma
mais-valia no que diz res-
peito às condições físicas
de atendimento às nossas
crianças, que procurare-
mos humanizar de acordo
com as regras internacio-
nalmente consagradas: es-
paço próprio, atendimen-
to diferenciado, carinho e
competência profi ssional”,
destacou o médico Aníbal
Teixeira de Sousa, o direc-
tor do serviço. Para a entra-
da em funcionamento do
novo espaço, são neces-
sários ainda 50 mil euros
para equipamento diver-
so, prevendo-se que cerca
de 30 mil sejam assegura-
dos através de mecenato.
O presidente da Câmara,
António Rodrigues, diz que
autarquia vai apoiar obra.
Contas mais controladas ALCANENA REDUZ ENDIVIDAMENTO DA CÂMARA
Num ano, a Câmara Muni-cipal de Alcanena reduziu o endividamento líquido da autarquia em mais de 1,7 mi-lhões de euros.
Eta foi uma das novidades
anunciada por Fernanda As-
seiceira, presidente da Câma-
ra Municipal, numa conferên-
cia de imprensa que serviu
para fazer um balanço dos
primeiros 12 meses do actu-
al mandato. Fernanda Assei-
ceira, a socialista que em 2009
derrotou nas urnas os Inde-
pendentes pelo Concelho de
Alcanena (ICA), frisou que os
esforços feitos para controlar
as despesas correntes come-
çam a dar “os primeiros resul-
tados”. A autarca afi rmou que,
apesar de o município estar
em endividamento excessivo
desde 2007, nada havia sido
feito pelos seus antecessores,
o que gerou agora um corte
de 10% nas transferências da
administração central.
Referindo que em 31 de De-
zembro de 2009 o excesso de
endividamento da câmara de
Alcanena era de 4,3 milhões
de euros, Fernanda Asseicei-
ra disse que, num ano, conse-
guiu reduzir esse valor em 1,7
milhões de euros. “Perante o
gigantesco passivo – superior
a 20 milhões de euros – que
herdámos da anterior gestão,
esta era a única atitude séria e
responsável que poderíamos
assumir”, afi rmou. Até fi nal do
ano, a autarca quer concluir a
reorganização interna dos ser-
viços, um novo Regulamento
e Tabela de Taxas e Licenças, o
Plano de Prevenção de Riscos
de Gestão, o Plano de Apoio
ao Associativismo e o Prove-
dor do Munícipe.
No âmbito das “grandes in-
tervenções”, a autarca colo-
cou como prioridades a cons-
trução do novo quartel dos
bombeiros municipais, proje-
to de 400 000 euros com can-
didatura ao QREN aprovada, a
remodelação de estradas e a
requalifi cação do jardim mu-
nicipal e do mercado, estando
em curso o processo de revi-
são do Plano Diretor Munici-
pal (PDM).
NOVEMBRO2010
negócios¬ícias
regional 15
www.oribatejo.pt
ALCANENA
Violência doméstica sobre
crianças em colóquioO Auditório do Cine-Te-
atro São Pedro recebe no
próximo dia 27 de Novem-
bro, sábado, o Colóquio “Os
Filhos da Violência Domés-
tica”, uma iniciativa da Câ-
mara Municipal de Alcane-
na, da CPCJ de Alcanena e
dos parceiros da Rede So-
cial do concelho.
A sessão de abertura, com
início marcado para as 15h,
será presidida pela secre-
tária de Estado da Igualda-
de, Elza Pais, contando ain-
da com as presenças de Ar-
mando Leandro, Presidente
da Comissão Nacional de
Protecção de Crianças e Jo-
vens. Às 15h30 está mar-
cado o início do 1º painel
deste colóquio, que conta-
rá com as intervenções de
Cármen Ludovino, da As-
sociação Portuguesa de
Apoio à Vítima (APAV), que
abordará o tema “Os Filhos
da Violência Doméstica:
perspectiva e experiência
da APAV”, e de Daniela Félix,
Procuradora-Adjunta do Tri-
bunal de Alcanena, que fa-
lará sobre “O Crime de Vio-
lência Doméstica e a Reper-
cussão nas Crianças”.
O 2º painel terá início por
volta das 16h15, com a in-
tervenção de Maria João
Pena, do Instituto de Apoio
à Criança (IAC), que versará
sobre o tema “S.O.S. Crian-
ça: pela Defesa dos Direi-
tos da Criança”, seguindo-
se a comunicação de Maria
João Vilhena, a União das
Mulheres Alternativa e Res-
posta (UMAR), subordinada
à temática “A Redescoberta
da Parentalidade em Con-
texto de Casa Abrigo”.
negócios¬ícias
cultura&espectáculos16
“Vamos Contar Menti-
ras”, uma comédia à por-
tuguesa, chega dia 27
de Novembro, às 21h30,
ao Pavilhão Desportivo
Municipal do Entronca-
mento.
Uma divertida comé-
dia sobre um casal e a
sua festa de comemora-
ção após 15 anos de ca-
sados, peripécias causa-
das pela esposa, que é
mentirosa compulsiva,
e o plano de assalto que a empregada doméstica prepa-
rou para essa noite fazem parte da história, com muitos
momentos de puro riso. Em cena Octávio Matos, Marina
Albuquerque, Luís Aleluia, Isabel Damatta, Paulo Olivei-
ra, Rosete Caixinha e Diogo Cruz, com uma adaptação de
Tomé Lisboa, num duplo tributo a Raúl Solnado e Arman-
do Cortez. Custo do bilhete: 5 euros.
“Vamos contar mentiras” no Entroncamento
“Beatriz Costa - Uma mulher admirável” no Teatro Sá da Bandeira
DESTAQUES DO MÊS
Santarém 24 de Novembro - Feira de
agricultura Biológica de Santa-
rém, no Jardim da República,
das 09h30 às 14h00.
27 de Novembro -Espectácu-
lo de dança contemporânea
“Quorum Ballet”. “Hoje vivemos
fechados em nós próprios, em-
bora em constante comunica-
ção com o mundo. Mas nun-
ca os homens se sentiram tão
sós…”. No Teatro Sá da Bandeira,
às 21h30. Custo 7,5euros.
27 de Novembro - Inaugura-
ção da exposição de pintura de
João Cegonha “Interioridades”,
no Fórum Actor Mário Viegas,
às 17h00. Patente até 17 de De-
zembro
27 de Novembro - “Dia argen-
tino” no Círculo Cultural Scalabi-
tano. Momento que celebra o 1º
aniversário do Jardim do Tango
com um workshop de dança
das 16h00 às 19h00.
30 de Novembro - “Beatriz Cos-
ta: uma mulher admirável”, um
espectáculo musical interactivo
e que terá a participação do
Coro do Círculo Cultural Scala-
bitano, da Orquestra Típica Sca-
labitana, da Academia de Dança
e Expressão Corporal e do Veto
Teatro Ofi cina. No teatro Sá da
bandeira, às 21h30.
04 de Dezembro - “Percur-
so Republicano – Cem anos da
República”, sob a orientação de
Vera Duarte. Concentração jun-
to à porta este do Mercado Mu-
nicipal, às 10h00.
04 de Dezembro - “Chamas de
Liberdade”, um homenagem
aos republicanos resistentes
do Círculo Cultural Scalabitano
durante a ditadura. No CCS, às
16h00.
09 de Dezembro - Espectáculo
musical “Já é natal?”, com o coro
infantil e adulto do Círculo Cul-
tural Scalabitano e o maestro
António Matias. No Teatro Sá da
Bandeira, às 21h30.
Golegã 28 de Novembro - “José Rapo-
so convida” Lauro António. Cri-
tico, cineasta, professor de cine-
ma, director de festivais e autor
de uma vasta obra escrita, Lau-
ro António passa para o outro
lado da câmara e será ele o en-
trevistado a revelar histórias de
anos dedicados às “luzes, câma-
ra, acção”.
Torres Novas 24 de Novembro- Rota Citadi-
na, um passeio pedestre acessí-
vel a todos, a partir das 18h00,
nas Piscinas Municipais Fernan-
do Cunha.
27 de Novembro- Camarata
Ibero-americana. Um espectá-
culo integrado nos Encontros
de música 2010. No Teatro Virgí-
nia, às 21h30.
Até 27 de Novembro – Ex-
posição “Professores do futuro:
uma forma de cooperação”. Um
trabalho de voluntariado reali-
zado por Maria Manuel Faria Na
Biblioteca Municipal Gustavo
Pinto Lopes.
Até 11 de Dezembro – Expo-
sição “Rostos da Lusofonia”. Um
trabalho de ilustração realizado
por Maria Alexandra Sirgado.
Na Biblioteca Municipal Gusta-
vo Pinto Lopes.
Entroncamento 25 e 26 de Novembro- Atelier
“Ciência Viva”, uma actividade
que pretende despertar a curio-
sidade das crianças sobre a ciên-
cia. Na Biblioteca Municipal do
Entroncamento, às 10h00.
27 de Novembro - Curso “mãos
com arte” dedicada à arte sacra,
neste dia com a temática da Bí-
blia, com a formadora Maria
Santos Custódio. Às 15h00 e às
18h00.
27 de Novembro - “Vamos con-
tar mentiras”, um teatro comé-
dia que retrata a confusão vivi-
da em casa do casal Gama, na
noite em que os mesmos co-
memoram 15 anos de casados.
Para ver no Pavilhão Desportivo
Municipal do Entroncamento,
às 21h30.
27 de Nov. a 5 Dez.- Exposição
de trabalhos de Fotografi a do 7º
Concurso Nacional de Fotogra-
fi a Jovem. Na Galeria Municipal
do Entroncamento.
“Claro que fi quei mago-ado. A expressão é esta!
Reconheço que tenho pú-blico à tarde e que tenho
estatuto para continuar no day time..”
José Figueiras in DN
““Para lhe dizer o que penso, com sinceridade,
penso que é uma ge-nerosidade exagerada; acho que não mereço”
Siza Vieira in Destak
““A segurança é criticada muitas vezes. Ninguém é perfeito. Eu não sou perfeita. “Catarina Furtado, in Correio da Manhã
“A leitura é uma fonte inesgotável de pra-zer mas por incrível que pareça, a qua-
se totalidade, não sente esta sede ” Carlos Drummond de Andrade
SANTARÉM
O “Beatriz Costa – Uma Mulher Admirável”, um
espectáculo musical para ver dia 30 de Novembro,
às 21h30, no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém.
Um musical inserido nas comemorações do 56º
aniversário do Círculo Cultural Scalabitano e que
presta uma verdadeira homenagem à grande diva
Beatriz Costa, um ícone nacional como artista e
como mulher. Este espectáculo salienta ainda as
origens, o percurso social e intelectual de Beatriz
Costa, espectadora entusiasta do teatro ligeiro po-
pular e que se estreou na arte dos palcos como co-
rista aos 15 anos, na revista reposta “Chá e Torra-
das”, em 1923, no Éden, seguindo em tournée para
o Alentejo e Algarve. Um espectáculo único que
contará com a participação do coro do Centro Cul-
tural Sacalabitano, da Orquestra Típica Scalabita-
na, da Academia de Dança e Expressão Corporal e
do Veto Teatro Ofi cina.
NOVEMBRO2010
negócios¬ícias
cultura & espectáculos 17
A Câmara de Torres Novas, entidade que acolheu duran-te seis dias a terceira edição dos Encontros da Lusofonia, vai criar um departamento na autarquia para fazer con-tactos permanentes com os parceiros da Lusofonia.
“Para nós, em Torres Novas,
a ligação com o mundo da
lusofonia é o futuro”, afi rmou
António Rodrigues ao nosso
jornal, em jeito de balanço da
edição deste ano dos Encon-
tros da Lusofonia.
Nesta edição estiveram re-
presentantes dos municípios
onde existem réplicas do pa-
drão henriquino, monumen-
to comemorativo dos 500
anos da morte do Infante D.
Henrique, colocado nas en-
tão províncias ultramarinas
durante o Estado Novo e de
que existe uma cópia em Tor-
res Novas. A comitiva interna-
cional incluiu representantes
de Díli (Timor-Leste), Água
Grande (São Tomé e Prínci-
pe), Maputo (Moçambique),
Cidade da Praia (Cabo Ver-
de) e das cidades guineenses
de Farim e Cacheu e de Pan-
jim (Goa), onde existem répli-
cas do monumento, e tam-
bém da Ribeira Grande (com
quem o município de Torres
Novas tem geminação), do
Sal (Cabo Verde) e do Luban-
go (Angola).
Para António Rodrigues,
este foi o ano da consagra-
ção do evento que, segun-
do ele, “reforçou a ligação en-
tre os municípios dos países
lusófonos participantes”.
Segundo afi rmou ainda o
autarca, destes encontros sa-
íram “perspectivas e reforços
de acordos para a formação e
capacidade das pessoas nes-
tes municípios da lusofonia
mais necessitados de conhe-
cimento que, nós portugue-
ses, podemos exportar”.
O último dia dos Encontros
foi dedicado a Goa (Índia) e
contou com a actuação do
Coral Phydellius que cantou
músicas goesas. Narana Cois-
soró, presidente da Casa de
Goa, participou num debate
sobre a presença portugue-
sa no Oriente onde apelou
a uma maior aposta no ensi-
no do português e na forma-
ção de professores em Goa e
em Macau, antigos territórios
portugueses no Oriente. Na-
rana Coissoró acusou ainda o
Instituto Camões e a Funda-
ção Oriente de “não percebe-
rem ainda o renovado inte-
resse pela aprendizagem do
português”, frisando o facto
de haver, por parte da Índia
e da China, “uma grande pro-
cura pelo ensino desta língua
como forma de penetrarem
economicamente nos mer-
cados de Angola e Moçam-
bique”.
Segundo o presidente da
Casa de Goa, a língua portu-
guesa voltou também a ser
muito procurada, desde há
oito anos para cá, porque a
Índia se tornou numa “potên-
cia tecnológica, no back offi -
ce do mundo da informática
mundial”.
“A Índia tem mostrado in-
teresse no ensino do portu-
guês para fazer frente à Chi-
na em Angola e Moçambi-
que e, em Goa, percebeu-se
que é mais fácil quem sabe
falar português ser chamado
para trabalhos nestes países
africanos”, salientou Narana
Coissoró.
“Gabinete da Lusofonia” em Torres Novas ENCONTROS DA LUSOFONIA TERMINARAM COM BALANÇO POSITIVO
• Narana Coissoró apelou em Torres Novas ao reforço do ensino do português.
NOVEMBRO2010
negócios¬ícias
opinião18
Solidariedade é uma palavra carregada de sen-
tido. Ser solidário é ser co-responsável, é ser recí-
proco nas obrigações, apesar de muita gente a
confundir com o dar.
Confesso que não entendo porque é que as
pessoas acham que a solidariedade é acto pró-
prio apenas dos momentos difíceis, das crises.
Igualmente não entendo como é que pode haver
aproveitamento da solidariedade.
No momento de crise que vivemos, a palavra
solidariedade ouve-se em todo lado. Não há “cão
nem gato” que não faça um espectáculo de so-
lidariedade, uma recolha de alimentos, que en-
cha a boca com esta palavra. O espírito natalício
que já começa a ocupar os nossos corações e dia-
a-dia, é propício para trazer ao de cima os senti-
mentos mais nobres relativamente ao próximo e
em consequência, o marketing ou a politica apro-
veitar-se deles.
O pior é que estas acções são muito individuali-
zadas, e a maior parte das vezes, com uma políti-
ca de marketing subjacente. Venha ao shopping
e traga um alimento, compre um porta-chaves
para ajudar as crianças abandonadas, faça um cli-
que no facebook e ajude uma mãe, etc. etc.
Ser solidário é ajudar o próximo, num acto de
co-responsabilização social. É fazê-lo sempre que
possível, com regularidade, é pensar e ter consci-
ência de que, quem tem fome precisa de comer
todos os dias e não só no natal, quem tem frio
precisa de um abrigo constante, quem não tem
roupa precisa de se vestir todos os dias.
E este tem sido o papel das inúmeras IPSS’s que
existem em Portugal e no mundo. Não existem
só em alguns períodos, são constituídas, na sua
maioria, por dirigentes voluntários, vivem aperta-
das fi nanceiramente, pedem ajuda, preocupam-
se com a necessidade todo o ano!
E se a Solidariedade séria começa e acaba nes-
tas instituições, que conseguem motivar os ci-
dadãos para a responsabilidade social, para o
voluntariado, são elas que devem ser apoiadas.
Principalmente pelo Estado, pois elas substi-
tuem-se àquele em muitos e muitos campos da
sociedade.
Mas este governo não entende isto. Este gover-
no, obcecado com o défi ce e o corte cego, corta
em todo o lado, até às IPSS’s que assumem, elas
sim, um papel determinante nestes momentos
de crise em que a procura de auxílio bate todos
os recordes.
O Orçamento de estado corta os benefícios fi s-
cais, corta a isenção do IVA das IPSS’s, corta nos
acordos com a Segurança Social, deixa fundos co-
munitários sem aproveitamento, por falta de con-
trapartida nacional, para lares e centros de dia. O
mesmo Governo que fomentou as candidaturas
ao QREN para equipamentos de resposta social, é
o mesmo que agora, depois de aprovados os fun-
dos, nega a comparticipação para que esses pro-
jectos vejam a luz do dia. É um governo que, lite-
ralmente, dá com uma mão e tira com a outra!
Afl itas, as instituições recorrem às Câmaras,
também elas endividadas e a precisarem da “so-
lidariedade” do estado e de todos nós, a precisa-
rem do mesmo governo que ainda em Janeiro
dizia não ir cortar nas transferências para os Mu-
nicípios e agora lá vai mais um corte cego. E os
montantes necessários são tão altos que as Câ-
maras não conseguem dar resposta, apesar de
ser reconhecido o mérito dos equipamentos.
Assim não há solidariedade que resista. É certo
que a solidariedade promovida pelas IPSS’s con-
tinuará, fruto da acção dos homens e mulheres
que sabem que vale a pena lutar pelos outros,
pela dignidade humana, pela sobrevivência da-
queles que mais precisam. E a verdadeira solida-
riedade continuará a ser esta, a desinteressada, a
determinada, a que vence obstáculos herculea-
nos, que consegue suprir as inefi cácias e incom-
petências dos governos, do estado.
É pena que não haja um olhar sério para a área
social. É pena que não se pense na reforma das
funções do estado, lançando um olhar mais aten-
to para o Estado Social e o seu verdadeiro signi-
fi cado.
Estamos em crise. Crise fi nanceira e de valores.
O Governo lança programas de apoio às expor-
tações e vangloria-se com eles. E as pessoas? E o
emprego? onde fi cam nessas politicas? Não de-
veria o Executivo lançar um forte programa de
combate à pobreza, envolvendo os agentes que
diariamente protagonizam esta luta? Estou certo
que sim. A crise não é passageira. Veio para fi car.
E as pessoas são os motores de qualquer socie-
dade.
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Crise e solidariedadePortugal atravessa um período deci-
sivo na sua história. O clima depressivo
instalou-se, as famílias não sabem bem
aquilo que as espera, não obstante os
avisos de medidas cortantes, dolorosas
e brutais. No entanto, ninguém teve ain-
da a coragem de informar todos os Por-
tugueses que os sacrifícios pedidos não
são provisórios, mas sim medidas que
vieram para fi car. O Ministro das Finan-
ças vai gaguejando aqui e ali umas fra-
ses soltas. Só que essas frases deviam
antes ser sistematizadas e tomar a for-
ma de uma comunicação solene ao
país, sobre o que se pretende para Por-
tugal e do que é – e, sobretudo, do que
será - pedido a cada um de nós. Criti-
co aqui, com clareza e sem tibiezas, os
dois principais responsáveis da Nação:
o Presidente da República e o Primeiro-
ministro. Por muito menos já se fi zeram
comunicações solenes ao País. Faltou a
ambos a dimensão que defi ne os gran-
des líderes.
Estamos pois no cerne de uma crise
violentíssima que ainda se vai agravar.
Não nos podemos esquecer que ape-
nas no fi m de Janeiro de 2011 é que os
portugueses vão sentir na pele as redu-
ções salariais. O risco de pobreza vai au-
mentar em Portugal. Acontece que a
União Europeia – UE - designou o pre-
sente ano de 2010 como Ano Europeu
de Combate à Pobreza e Exclusão So-
cial. Triste civilização esta que necessita
destes anos para exercitar consciências
adormecidas. Portugal é dos países com
mais pobres em toda a UE.
O nosso país é o 5.º em toda a UE onde
o risco de pobreza entre indivíduos que
exercem uma actividade laboral é mais
elevado, sendo apenas suplantado pela
Roménia, Grécia, Polónia e – pasme-se
– Espanha. Tal signifi ca que a subida da
taxa de desemprego, que será inexorá-
vel nos próximos tempos, irá potenciar
o alastramento de pessoas sem espe-
rança.
O Estado está na penúria e não tem,
nem terá nos 50 anos vindouros, con-
dições para acudir a todas as situações
de pobreza escondida e de miséria hu-
mana. Alguém tem de alertar todo um
povo, serenamente e de uma vez por
todas, que os governos de Portugal têm
de fazer, rapidamente, escolhas sobre as
funções nobres do Estado, deixando to-
das as outras para a sociedade civil. Não
há volta a dar a esta situação e quem
afi rmar o contrário está a mentir. Quan-
to mais tempo demorar a fazerem-se es-
sas opções, mais miséria terá Portugal.
Por conseguinte, o Estado tem de in-
tensifi car a articulação com as diferen-
tes instituições de solidariedade social,
delegando competências relativamen-
te à prestação de serviço público de ín-
dole socio-caritativo e promovendo a
consciência cívica individual e colecti-
va. Para isso, não deve asfi xiar essas ins-
tituições em termos fi scais, sob pena de
se tornar cínico e desumano, não para
com os órgãos e trabalhadores dessas
instituições, mas sim para com todos os
desafortunados da vida que a elas acor-
rem.
A pobreza é um problema socioeco-
nómico grave e eticamente grotesco,
constituindo uma clara violação de di-
reitos fundamentais do ser humano.
Porque não então tornar a pobreza ile-
gal? Assim como se penalizam gover-
nos por não cumprirem défi ces públi-
cos, porque não sancionarem-se todos
os governos que não reduzam os reais
índices de pobreza numa determinada
legislatura? Eu voto a favor.
O fi m do mês de Janeiro será um mo-
mento muito importante na história
desta nação lusa. Cada um de nós de-
verá estar atento às difi culdades dos
nossos vizinhos e companheiros de tra-
balho. A solidariedade não se decreta,
não é responsabilidade apenas do Esta-
do; antes exercita-se e é uma obrigação
moral de cada um de nós.
NOVEMBRO2010
negócios¬ícias
A reestruturação da Universidade levada a cabo pelos países da zona euro tem desencadeado inúmeras reacções de apoio e oposição em proporções reciprocamente ma-jestosas.
Desconhecemos todos os efeitos a
médio e longo prazo dos processos
de reforma actualmente em curso.
Mas conhecemos, sem dúvidas, a
magnânime confusão que tal desi-
derato tem trazido ao ensino supe-
rior português. Todos, em simultâ-
neo, correm contra o tempo, ávidos
ou temerosos dos curtos prazos de
cumprimento das novas exigências,
sabedores da sua incapacidade pe-
rante as apertadas exigências plas-
madas no Processo de Bolonha.
A Universidade, tal como a enten-
díamos até há muito pouco tempo,
refl ectia, afi rmam uns, a inércia e en-
dogamia e consequente aversão à
inovação. Proclamam os malefícios
do autoritarismo institucional que
seria uma mera fi guração da auto-
ridade académica, quando na ver-
dade grassava mais o elitismo e
menos a excelência. Ao invés, recla-
mam outros, o espaço universitá-
rio sempre foi o verdadeiro edifício
da produção científi ca, o espaço de
ideias e ideais, o fórum de produção
de líderes, governantes carismáti-
cos, pensadores, cientistas.
A Universidade era tudo isto por-
que tudo isto a Universidade pro-
duzia.
É certo que a Universidade, es-
preitada à luz das práticas tradicio-
nais, era um espaço de caris feudal
que se autopromovia e se autore-
gulava, catedral do estrito cumpri-
mento e respeito pelas regras in-
ternas, cujos membros assumiam,
com o singelo pisar do primeiro de-
grau da Academia, a luta pela sua
sobrevivência tal e qual ela era. O
acesso à Universidade era a entrada
num mundo melhor.
Esta era a nossa Universidade e,
convenhamos, ainda queremos
que assim seja, se nos quedarmos
por momentos num exercício de
honestidade histórica, educativa e
intelectual.
Os novos tempos impõem uma
inquietação difi cilmente contida
por parte de docentes e discentes
se nos determos naqueles que pro-
curam na Universidade o sonho de
alcançar a valorização, o reconheci-
mento, o crescimento e, sobretudo,
habitar a utopia do conhecimen-
to e a descoberta da ciência. Fazer
investigação, escrever ciência ou
pesquisar eram ambições do uni-
versitário. A Universidade era Ensi-
no Superior. E superior era aquele
que a alcançava porque dele se es-
perava a nobre tarefa da cura para
os males do conhecimento ou da
falta dele.
Não se vislumbra que cura se per-
ceberá dos conhecimentos conti-
dos nos consumidores da Universi-
dade de hoje.
Em nome de um falso pluralismo
científi co o acesso à Universidade
banalizou-se, como banais são as
exigências dos candidatos. O con-
sumidor procura agora a Universi-
dade para alcançar um diploma/
passaporte para um degrau pro-
fi ssional que economicamente lhe
trará vantagens ou lhe faculta en-
trar num clube mítico, aceder a uma
elite que nunca supusera alcançar
por insufi ciência ou inépcia escolás-
tica. A incapacidade ou mediocrida-
de discente não são impedimentos
para o acesso à Universidade. São,
nos tempos que correm, realidades
em franca expansão.
As universidades são centros
de acolhimento de alunos dirigi-
dos ao fi m comum de obtenção
de um grau académico. Apenas
isso. E não se confunda obtenção
de um grau académico com ob-
tenção de conhecimentos ou luta
pelo pluralismo científi co. São rea-
lidades distantes. A nova realidade
trazida por Bolonha não é alheia a
tal situação. Trata-se, antes, de uma
consequência de Bolonha.
A reforma de Bolonha está a ser
um parto muito difícil para alguns
docentes e alguns discentes. Aque-
les que ainda procuram na Univer-
sidade o tal espaço da Ciência, en-
quanto centro de saber, inovação,
pesquisa, investigação. Espaço para
pensar e criar e inovar e crescer.
Como investigar se nem se sabe
falar ou escrever? Como incentivar
o pluralismo científi co se uma mera
ideia não encontra na Universidade
terreno para germinar? A Universi-
dade está a tornar-se estéril. É o pre-
ço da massifi cação descontrolada.
O processo de Bolonha exige
Doutores já. E vai tê-los. As Universi-
dades lutam por isso. E vão tê-los. A
produção começou. Algumas uni-
versidades, na defesa da sua própria
sobrevivência, exigem que os seus
docentes terminem os seus dou-
toramentos em meses. Tenham ou
não iniciado o processo.
Esta é a outra face de Bolonha.
opinião 19
ESPAÇO ISLA
O paradigma de Bolonha
Maria Emilia RaposoDoutorada em Direito, docen-
te universitária no ISLA Santarém
www.oribatejo.pt [email protected]
NOVEMBRO2010
negócios¬ícias
20 divulgação
ESPAÇO
A importância de poupar
Os leitores interessados em obter escla-
recimentos relacionados com Direito do
Consumo ou em apresentar eventuais
problemas, podem recorrer ao Gabinete
de Apoio ao Consumidor da Delegação
Regional de Santarém da DECO na Rua
Pedro de Santarém, 59, 1.º Esq., 2000-223
Santarém (E-mail: deco.santarem@deco.
pt/ Tel.: 243 329 950).
Comemorou-se, em Outubro, o Dia Mundial da Poupança, sendo esta uma forma de relembrar e sensibilizar os consumidores para a importância de poupar.
De recordar que a poupança é o
meio por excelência que nos permite
enfrentar tempos difíceis. Do emprés-
timo da casa, ao carro, supermercado
ou comunicações, alivie as contas da
família, sem perder conforto.
Com o aumento do desemprego e
do crédito malparado, torne-se o me-
lhor gestor do seu orçamento, para es-
ticar o dinheiro até ao fi nal do mês. Di-
cas para poupar milhares de euros por
ano e os produtos certos para investir
o dinheiro amealhado em: www.deco.
proteste.pt Linha de apoio: 808 780
507
Travar o sobreendividamentoOs Gabinetes de Apoio ao Sobreen-
dividado da DECO, fazem a ponte en-
tre as instituições de crédito e o con-
sumidor para a renegociação das dí-
vidas. Analisam as fi nanças da família
e indicam formas de controlar os gas-
tos e poupar. Antes de assinar um em-
préstimo, use o nosso simulador para
saber se o orçamento suporta mais
encargos.
www.deco.proteste.pt Susana Pestana, DECO Santarém
DICAS1. Saúde e alimentação - Elimine os cigarros, redu-
za nos doces, carne e álco-
ol, e pratique exercício físi-
co. Com hábitos saudáveis
poupa mais de mil euros
por ano.
2. Comunicações - As tari-
fas triplas, com televisão, te-
lefone e Net, fi cam mais ba-
ratas do que os serviços em
separado. Com o VoIP faz
chamadas entre PCs sem
custos adicionais.
3. Banca e seguros - Antes
de avançar para um crédito,
veja se o orçamento aguen-
ta: o total das dívidas não
deve ultrapassar 35% do
rendimento mensal líquido.
4. Reforma - Comece já a
preparar a reforma. Há so-
luções para aplicar as pou-
panças e assegurar um me-
lhor rendimento após aban-
donar a vida activa.
NOVEMBRO2010
negócios¬ícias
22 lazeres
PORTFOLIO
25 anos do jornal “O Ribatejo”
Fotos
António Vieira
Dias e Correia, Lda.
Rua Alexandre Herculano, 6 a 8(CALÇADA DO MONTE)
Tel/Fax 243 325 249 • 2000 - 149 SANTARÉM
agora com nova gerência deErnesto MorgadoTelemóvel: 914 275 705
Ferragens • Ferramentas • Tintas • Duplicação de Chaves
O Jornal O Ribatejo festejou os 25 anos de vida com uma grande festa de gala que decorreu no dia 18 no Cnema em Santarém. Nesta gala foram entregues troféus a várias entidades da região. A Rodoviária do Tejo recebeu o Troféu Empresa; a Fundação Passos Canavarro recebeu Troféu Cultura; o Conservatório de Música de Santarém recebeu o Troféu Música; o Grupo de Guitarra e Canto de Coimbra de Santarém recebeu Troféu Resistência; o ISLA de Santarém re-cebeu Troféu Ensino e a Nersant recebeu o Troféu Associativismo Empresarial. A gala foi apresenta-da pelo divertido Pedro Fernandes, do programa “5 para a meia noite” da RTP2, e contou com a anima-ção musical a cargo de David Antunes&The Midni-ght Banda e do Projecto Amar (Abrantes).