portugal rio tejo
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Créditos:Poesia: Eugênio de Sá (“Rio Amigo... Rio Algoz - Meu Tejo Ribatejano”).Frases e outros textos: pesquisas internet e autorias citadas nos respectivos slides.Música: Guitarra portuguesa, Canção do Tejo, Fco. Gouveia.Formatação, imagens e pesquisa: Michèle Christine
Os rios, que Deus também criou, não são só mágoa, frustração, desolação e morte. São ritmos de vida, incansáveis fecundadores de chãos produtivos, autêntica e abençoada riqueza.
São cheiros de terra molhada, suaves caudais que a terra encaminha e que a terra agradece. São alegria, são peixe, são vida, são beleza, testemunhas silenciosas das gestas e do labor dos povos.
Pena que continuem, também eles, vítimas de tantas agressões.É pois tempo de lhes prestar preito. Aqui fica o meu, aquele que me é mais chegado: o nosso Tejo.
Ó MEU RIO, MINHA ÁGUA AMIGAQUE FARTAS O RIBATEJOEM SILÊNCIO, A DESLIZA
VAIS MOLDANDO AS TUAS MARGENSP’RA TE PODERES ESPREGUIÇAR.
TEJO INTEIRO, AFICIONADO,DE AMPLAS E VERDES LEZÍRIAS
E TOIROS DE TOUREARONDE CORCÉIS LUSITANOS
FENDEM A ERVA MACIA A GOLPES DE GALOPAR.
DA CHAMUSCA HERDAS RECORTESDE CASARIO A BRILHAR,
DA LABUTA DOS CAMPINOS,DOS ODORES DE TORRICADO
E D’ALMA RIBATEJANA COM FANDANGOS A VIBRAR.
ÉS ÁGUA MANSA, TRANQUILA,EM SANTARÉM A PASSAR
CAPRICHAS EM RODOPIOS ,DEIXAS TONTO QUEM TE VÊ,COMO CRIANÇA A BRINCAR.
AO AVISTARES VILA FRANCACONVIDAS OS AVIEIROS
P’RA NO TEU LEITO OS DEITAR ELES VÃO E SONHAM COM PEIXE, LANÇAM A ESPERANÇA A PESCAR.
PASSAS AO MOUCHÃO DE ALHANDRA,VÊS LINDAS AVES VOAR
ENVOLVES-TE NA RESERVA,PARAÍSO À FLÔR DA ÁGUA,QUE TÃO BEM SABES AMAR.
DEPOIS, COM LISBOA À VISTA,EMBRIAGADO DE ESPAÇO,
VAIDOSO, QUERES-TE MOSTRARONDULAS, CHEIRAS O VENTO
E DEITAS-TE MANSAMENTEVAIS ADORMECER NO MAR.
(ABRIL DE 2001)Publicado no Jornal Vida Ribatejana
As gaivotas do Rio Tejo
"Navegar é preciso; viver não é preciso".
Fernando Pessoa
O Rio Tejo embala o castelo
Os avieiros do Rio Tejo
“... Atirei pedras ao Tejo / com raiva das minhas mágoas / *eram ciúme e vingança / mas as pedras de criança /são o sorriso das águas*
*letra de João Monge
“...Rio Tejo, não chores por rios mais famososTampouco por outros mais formososTeu curso é de terras majestosasTeu leito é de águas corajosas...”
(Marcelo Andrade -nov.2002)
“O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia.” Fernando Pessoa
Cegonha negra à beira do Tejo
“...Pelo Tejo vai-se para o MundoPara além do Tejo há a AméricaE a fortuna daqueles que a encontram.Ninguém nunca pensou no que há para alémDo rio da minha aldeia...”
Do poema XX, O Guardador de Rebanhos
Fernando Pessoa nos conta do famosíssimo rio de sua aldeia, e, na Ode Marítima retrata alguns aflitos sentados nas pedras do cais — um
cais sobre o Tejo — e suas angústias. Ainda na Ode Marítima
este registro:“Era na velha casa sossegada ao pé
do rio. (As janelas do meu quarto, e as da
casa-de-jantar também, davam, por sobre umas casas
baixas, para o rio próximo, para o Tejo, este mesmo Tejo, mas
noutro ponto, mais abaixo. Se eu agora chegasse às mesmas
janelas não chegava às mesmas janelas.
Aquele tempo passou como o fumo dum vapor no mar alto...)
“...Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por issoPorque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...” (Alberto Caeiro em o Guardador de Rebanhos)
“...Eu gostava muito de chegar à aldeia, tirar os sapatos e entrar no rio, pisar o lodo e os resíduos duros... É o que todo mundo fazia, todos vivíamos assim então...” (José Saramago)
São estas as famosas camarinhas que deram o nome a Marinhais
“...Ah, que prazer, ver o rio correr sem pressa,Sentir do azul do céu a liberdade que espreita,Em todo o seu esplendor, com que arremessa
O azul cristalino e subtil, que na água se deita...”
(Jorge Humberto 17/08/07)
“.. .De Yeman já serás somado br ioCor re rás para o mar sempre esco l tadoDos Zéf i ros d’Eo lo comandados.. .”
(Eugên io de Sá)
“ ,Amigo maior que o
pensamento
, ,por essa es
t rada amigo vem
.por essa es
t rada amigo vem
, Não percas
t empo queo vento
, . . .Trás out ro
amigo t ambém
!Até sempre
”( –
Zeca Af onso cant or e co
mposit or português
( .1987- 2007)f ev f ev