Download - Moinhos em Movimento
Esta é a primeira edi-
ção do nosso jornal, cujo
nome pretende retratar
o que se passa na nossa
escola.
Moinhos em Movimento…
recolhe reportagens, notícias… e
outros momentos que foram
acontecendo ao longo de todo este
ano letivo.
D i v i r t a m - s e
relembrando alguns
dos acontecimentos
vividos por todos.
EB1 Moinhos de Carvide
Uma escola em movimento
Um ano em revista. . .
Moinhos em Movimento EB1 Moinhos de Ca
rvide
Ah, e resolvemos ganhar asas…
Visita também o nosso Blog em http://moinhoscarvide.wordpress.com
P á g i n a 2 M o i n h o s e m M o v i m e n t o
Este ano fizemos atividades bastante engraçadas.
Cozinhámos, ouvimos, inventámos e contámos histórias, fizemos tea-
tros, desfiles, desenhámos, pintámos, pesquisámos,… e tantas, tantas
coisas mais.
Nas páginas que se seguem poderás ver algumas dessas atividades.
Todos sabemos quão importante é uma alimentação equilibrada e saudável. Para comemo-
rar o Dia Mundial da Alimentação recebemos na nossa sala a mãe da Maria Domingues.
Ensinou-nos que é bem divertido estar na cozinha, confecionando pratos que podem ser,
simultaneamente, saudáveis e deliciosos. Transformados em pequenos cozinheiros fizemos
um bolo de banana e uma tarte de soja granulada que nos surpreendeu a todos.
Amiguitos… foi de comer e chorar por mais... :)
P á g i n a 3
Mas tudo correu muito bem…
Que lanche delicioso...
Menu
Sumo de laranja
Limonada
Tarte de soja
Bolo de banana
Receitas no nosso blog
P á g i n a 4 M o i n h o s e m M o v i m e n t o
No dia 28 de outubro, na escola EB1 Moinhos de Carvide, cumpriu-se uma das mais antigas tradições portugue-sas: a confeção do Bolinho.
Nesse dia, cada aluno levou para a escola um ingrediente necessário para a elaboração das tão famosas broinhas. Uma das salas de aula foi transforma-da numa grande cozinha, alunos e pro-fessoras vestiram os seus aventais e colocaram mãos à obra. Depois de mui-to misturar, muita força para amassar, de a massa levedar e das broinhas for-mar, os “cozinheiros” levaram-nas ao forno a lenha da sua grande amiga D. Mirandolina.
Após recolher algumas informações no local, parece-me seguro afirmar que estavam deliciosas. Alunos, professo-ras e auxiliar provavam o seu trabalho e exclamavam felizes “que bolinho tão docinho!”
Adaptado com excertos de textos de diversos alunos
No dia 31 de outubro os alunos decoraram os seus sacos, material muito útil para poder cumprir a tradi-
ção do bolinho.
No dia seguinte,
reuniram-se com os
seus amigos e lá
foram…
De porta em porta,
iam dizendo…
“Ó tia,
dá Bolinho?”
E não é que davam
mesmo...
Lá foram para casa
com os seus sacos
cheios de coisinhas
bem docinhos… meren-
deiras, chupas, rebuça-
dos, chocolates e até
dinheiro…
Enfim, tudo o que uma
criança, merece.
Como todos sabem, o dia 1 de novembro é feriado em Portugal. Uns chamam-lhe o “dia de Todos os San-
tos”, outros “Dia dos Finados”, “Dia do Bolinho” ou até “Dia do Pão-por-Deus”. Os alunos da EB1 de Moinhos
de Carvide realizaram uma pesquisa para saber porque razão se comemora este dia em Portugal .
Pão por Deus
Fiel de Deus
Bolinho no saco
Andei com Deus.
P á g i n a 5
Sabes quantos anos tem o dia do Boli-
nho? Já se contam 256 anos.
Esta tradição teve origem em Lisboa em
1756, um ano após o terramoto que destruiu
a cidade, a 1 de novembro de 1755. Morre-
ram milhares de pessoas, outras tantas fica-
ram sem casa e ainda mais pobres.
No dia em que se cumpriu o 1.º aniversá-
rio desta catástrofe, as pessoas reuniram-se
para fazer um peditório e assim ajudar os
mais pobres.
Percorriam a cidade, batiam às portas e
pediam que lhes fosse dada qualquer esmola,
mesmo que fosse pão, para assim matar a
fome aos pobres.
As pessoas pediam então "Pão por Deus".
Esta tradição acabou por se espalhar
por todo o país, como forme de, uma vez
por ano, dar pão às pessoas mais pobres.
Nas décadas de 60 e 70, do século
XX, a data começou a ser comemorada
pelas crianças, de uma forma mais lúdica.
A partir dos anos 80, a tradição foi
desaparecendo, sendo raras as localida-
des onde ainda o fazem.
A comunicação social tem ajudado a
que a tradição do bolinho se perca , pois
dá maior destaque ao Halloween.
Mas, nos Moinhos de Carvide e locali-
dades próximas as crianças teimam em
não deixar morrer a tradição. Neste dia,
bem cedinho, juntam-se em grupos e saem
para a rua para pedir o Bolinho.
Truz, truz, truz!
A senhora que está lá dentro
sentada num banquinho,
faz favor de se levantar
para vir dar um tostãozinho!
1 de novembro—Feriado em Portugal
Cantilenas que se cantam enquanto
se pede o bolinho de porta em porta:
Esta casa cheira a broa
Aqui mora gente boa!
Esta casa cheira a vinho
Aqui mora algum santinho!
Camo forma de agradecimento a
quem dá, canta-se:
Mas quando os donos nada dão...
Esta casa cheira a alho
Aqui mora algum espantalho
Esta casa cheira a unto
Aqui mora algum defunto.
P á g i n a 6 M o i n h o s e m M o v i m e n t o
No dia 11 de Novembro celebrou-se o dia de S. Martinho na nossa escola.
Na verdade, tudo começou uns dias antes, com a sugestão da professora para que os alunos
preparassem atividades relacionadas com esse tema. Fizeram-se grupos de trabalho que, con-
juntamente, decidiram o que pretendiam apresentar.
Durante dias, os alunos aproveitaram os intervalos para se organizarem e ensaiarem as
suas apresentações.
Chegado o dia 11 de novembro os alunos trouxeram os adereços, as roupas e preparou-se o
cenário. À tarde, os alunos apresentaram, finalmente, os seus trabalhos, deu-se inicio às
apresentações com o grupo do 1.º
ano, tendo cada aluno dito um pro-
vérbio e mostrado um desenho
sobre o mesmo. O grupo do 2.º
ano apresentou um teatro de fan-
toches, feitos pelos próprios alu-
nos, contando a lenda de S. Marti-
nho. Esta lenda voltou a ser con-
tada, tendo um grupo do 3.º ano e
outro do 4.º dramatizado a mes-
ma. Foram apresentados ainda
outros trabalhos, foi lida a histó-
ria da Maria Castanha e apresen-
tada uma rábula sobre as tradi-
ções do Magusto.
Finalmente, os alunos aprenderam a fazer cartuchos e foram distribuídas as castanhas
assadas no forno da auxiliar da escola.
Foi um dia bastante divertido e animado.
Texto Coletivo —Turma 3.º e 4.º anos
P á g i n a 7
O Natal é quando o homem quiser…
...e na l í ngua que souber !
圣诞快乐 (chinês)
عيد ميالد مجيد árabe)
Fröhliche weihnachten
Joyeux Noël (francês)
Feliz Navidad (espanhol)
Buon Natale (italiano)
メリークリスマス (japonês)
Merry Christmas (inglês)
Veselé Vánoce (checo)
Καλά Χριστούγεννα (grego)
God Jul (sueco)
P á g i n a 8 M o i n h o s e m M o v i m e n t o
No dia 24 de janeiro, pelas
duas da tarde, os alunos do 3.º e
4.º anos foram verdadeiramente
surpreendidos.
Tratava-se, aparentemente,
de uma tarde normal de traba-
lho, quando alguém bateu à porta.
Uma senhora, com uns grandes
óculos pretos, uma saia de lã,
muito volumosa e colorida, uns
sapatos bem alegres e um ar mui-
to espantado, entrou na sala,
carregando uma grande e pesada
mala de viagem, trazia ainda, de
baixo do braço, uns grandes rolos
de papel.
Segundo palavras desta tão
estranha senhora, a crise que
assola o país está a afetar o
tempo dedicado à leitura. Preo-
cupa-a o facto dos pais já não
lerem aos seus filhos bonitas
histórias de encantar à hora de
ir para a cama.
A nova amiga levou os alunos e
aquele livro para a “cama”. Prepa-
ram as suas almofadas, estende-
ram-se sobre os “lençóis” e…
… assim adormeceram, ao
sabor da história “O João e o
pé de feijão” , podendo sonhar
com coisas maravilhosas.
Por considerar que as crianças
merecem ouvir contar histórias,
esta simpática senhora propôs
aos alunos recriar esse momento
do dia. Sedentos por uma bela
história e por uma tarde bem
divertida, rapidamente aceitaram
e se disponibilizaram a ajudar.
Prepararam então uma grande
cama, estendendo os lençóis, que
na realidade eram os papéis que
trazia debaixo do braço. Ao som
de uma bonita música foi mos-
trando o que continha na sua
mala . Os objetos eram diversifi-
cados, havia pincéis, tintas, lápis
de cor, lãs, algodão, tecidos, fei-
jões, um candeeiro e um relógio,
cds, mantas e um único livro.
A ouvir a bonita história do “João e o pé
de feijão”
“Clotilde”, Projeto “Quando os livros vão
para a cama”
“O país está em crise, com falta de
dinheiro. Então os vossos paizinhos
têm de trabalhar muito e já não
têm tempo de vos ler uma história
ao adormecer.”
Livro “João e o pé de feijão”
As crianças dormiam tão serenamente
P á g i n a 9
Mas as surpresas ainda não tinham termina-
do… para o final havia ainda uma por revelar.
Ao som de uma bonita música os alunos
foram acordando suavemente e, usando os
materiais daquela velha mala de viagem, foram
convidados a representar nos “lençóis” os seus
sonhos.
No final ainda houve tempo para a tradicional foto de grupo. Os pequenos artistas e aquela “estranha
senhora” sorriram felizes, revelando a grande alegria e satisfação por participar numa atividade tão sur-
preendentemente fantástica.
Texto coletivo
P á g i n a 9
Mas havia quem teimasse em não acordar...
E o sono continua, continua e continua… O sonho devia ser tão maravilhoso...
Essa representação de sonhos deu origem a
um bonito trabalho coletivo que,
orgulhosamente, ficou exposto na sala. Na
sala de uma turma que, numa tarde em que
nada o faria esperar, foi, maravilhosamente,
surpreendida...
“Foi muito fixe!”.
“A senhora era simpática,
mas mesmo muito estranha!!”. “O trabalho ficou lindo!”.
P á g i n a 1 0 M o i n h o s e m M o v i m e n t o
Neste dia, os alunos iam surgindo,
ansiosos por revelar a sua máscara…
Havia disfarces para todos os gostos:
zorros, ninjas, bombeiros, militares,
índias, princesas, fadas, etc…
Depois de se ter realizado, dentro da
sala, um desfile de máscaras, saímos
todos à rua. Pulámos, cantámos e, acima
de tudo, divertimo-nos bastante…
Foi tão bom termos os nossos familia-
res e todo a comunidade ali, a ver e a
aplaudir...
Desde 1975 que as
Nações Unidas comemo-
ram o dia 8 de março
como o Dia Internacio-
nal da Mulher.
Esta é uma forma de
reivindicar para as
mulheres o direito à
igualdade, ou seja, os
mesmos direitos que os
homens.
No dia 17 de fevereiro
brincou-se ao Carnaval, pelas
ruas dos Moinhos de Carvide.
Hoje em dia, as
mulheres são umas
grandes lutadoras e a
sua magia é invencível.
P á g i n a 1 1 P á g i n a 1 1 P á g i n a 1 1
25 de Abril
Dia da Liberdade
P á g i n a 1 2 M o i n h o s e m M o v i m e n t o
No dia 26 de abril, os alunos do 3.º e 4.º anos festejaram a liberdade. A professora mostrou um
pequeno filme que retratava a forma como se vivia durante a Ditadura. De seguida, ouviram a música a
“Tourada”, de Fernando Tordo, analisando a sua mensagem política. Por último, ouviram o bonito poema
de José Jorge Letria, “Liberdade, o que é?” .
Os alunos aprenderam o que foi viver em ditadura mas, principalmente, aprenderam o que é a Liber-
dade e a dar-lhe valor, agora que a têm.
… pensar e dar a opinião livremente. Brincar sem preocupações. (Mafalda)
… podermos dar a nossa opinião e podermos fazer o que queremos sem prejudicar os outros. (Samuel)
...poder brincar com os rapazes, não ter de usar saia , poder falar à vontade sobre tudo, não ter de só
estudar até ao 4º ano, poder ser livre de prisões e de trabalhar aos nove anos. (Maria Domingues)
... podermos pensar, dar a nossa opinião sem medo de sermos presos. (Maria Mira)
… ultrapassar os nossos medos e não deixar que eles nos impeçam de viver em felicidade. (Fabiana)
… quando as pessoas podem dar a sua opinião e os rapazes podem estar ao pé das raparigas. (João)
… fazer o que quisermos, sem ter que depender de alguém, mas ter de obedecer a algumas regras que não
são tantas como as da ditadura, o que é um alivio para muitas pessoas. (Francisco)
Liberdade é…
… quando os senhores deixam de mandar e as pessoas ficam em paz. (David Pedrosa)
… um sentimento com o significado de estarmos felizes , a vontade sem prejudicarmos os outros. (Afonso)
P á g i n a 1 3 P á g i n a 1 3 P á g i n a 1 3
No dia 24 de março, os alunos do 3.º e 4.º ano, de todas as escolas do 1.º Ciclo, deslocaram-se à sede
do Agrupamento para participar no 1.º Torneio de mini andebol. Os jogadores evidenciavam uma mistura
de satisfação, entusiasmo com um forte nervosismo.
A escola EB1 de Moinhos de Carvide fez-se representar por uma “pequena-grande” equipa. Apesar de
alguns contratempos, compareceram no torneio, tendo obtido resultados que orgulhou a todos.
Neste dia, os alunos do 4.º ano também
tiveram a oportunidade de conhecer os seus
padrinhos.
Estes alunos mais velhos foram excelentes
anfitriões, tendo acolhido os seus afilhados
com muita simpatia e companheirismo.
Obrigada, a todos!
P á g i n a 1 4 M o i n h o s e m M o v i m e n t o
No dia 22 de março comemora-se o
Dia Internacional da Água, um recurso
natural que corre o risco de se
esgotar.
O nosso Amiguito Francisco não quis dei-
xar passar a data em branco…
Transformou a nossa sala de aula num
laboratório e realizou, com a ajuda do seu
assistente Samuel, uma pequena experiên-
cia, tentando demonstrar o processo de
“limpeza” das nossas águas, numa ETAR.
A g or a d i v e r t e - t e !
Pinta o desenho e tenta desvendar a frase mistério.
P á g i n a 1 5 P á g i n a 1 5 P á g i n a 1 5
P
Á
S
C
O
A
D
I
A
D
A
M
Ã
E
P á g i n a 1 6 M o i n h o s e m M o v i m e n t o
P á g i n a 1 7 P á g i n a 1 7 P á g i n a 1 7
Um rinoceronte e um dragão deram origem a um rinogão. Este animal pode pesar até cerca de 2
toneladas. Habita em climas quentes e a sua alimentação e à base de insetos. É um animal ovíparo,
fazendo os seus ninhos em caniços existentes junto aos pântanos.
Este animal tem cabeça de hipopótamo e corpo de peixe. É filho de um peixe e de uma hipopótamo.
Este ser vivo vive nos lagos e come peixes pequenos. Às vezes, as pessoas assustam-se com ele por
ser muito estranho.
Este animal chama-se porcadela e é filho de um porco e de uma cadela. Come de tudo, é lento e dor-
me muito.
P á g i n a 1 8 M o i n h o s e m M o v i m e n t o
Começamos pelo trabalho que mais gozo nos deu… um poema baseado no
texto “Abecedário sem Juízo”,* de uma autora que, com certeza, conheces,
Luísa Ducla Soares.
As meninas do 4.º Ano pegaram na ideia e lá foram rimando com os nomes
dos meninos e meninas da na nossa escola.
Anda rir-te com elas :)
* Se quiseres ler e ouvir o poema de que te falamos vai a http://www.ecolenet.nl/tellme/poesia/abecedario.htm ou então visita o nosso blog.
Ao longo do ano
fomos aprendendo a
gostar de poesia.
Sabias que existem
poemas bastante
divertidos?
Nas páginas que se
seguem poderás ler
algumas das nossas
brincadeiras com a
poesia. Encontrarás
também algumas
sugestões de leitura.
Ah, as bonitas ilustrações são do Amiguito Francisco.
P á g i n a 1 9
A g or a d i v e r t e - t e !
P r oc u r a n a s o pa d e l e t r a s o s n o me s d e t o d o s o s Am ig u i t o s d a n o s s a
e s co l a .
A P R U B E N U F A B C A N
F L D O D B N D A N I E L O
O H E L I A I O B R P L U Y
N R N X B V I V I M C I C G
Z A I V A J K N A B V A I S
F Q S D F N V C N C Z B O Q
R U E H O V D U A R T E N W
A E T H N H P R I J F Y Q M
N L A J S R D P E D R O E A
C R S D O F G H J K A L Ç F
I U A V M A N B V C N X Z A
S I X C Q R O M A R C O F L
C H F G U R B Ç L U I T K D
O S A M U E L F G M A R I A
S eg u e a s c o or d en a d a s e t en t a d es c ob r i r o n o me d e a l g u n s d o s n o s s os
Am igu i t o s .
A B C D E
1 A E I O U
2 F S D V M
3 R L J N C C2 A1 D2 C1 C2
F2 A1 A2 A1 B3 C2 A1
A2 A3 A1 D3 F3 C1 B2 F3 D1
B2 A1 F2 E1 B1 B3
P á g i n a 2 0 M o i n h o s e m M o v i m e n t o
Se tu visses o que eu vi
desatavas à gargalhada
uma cobra com doze patas
a comer uma salada.
Se tu visses o que eu vi
desatavas a fugir
uma sardinha a mamar
e um pinto a latir.
Se tu visses o que eu vi
fugias para outro lado
uma gata a tocar guitarra
e um cão a cantar fado.
Se tu visses o que eu vi
ficavas com os cabelos no ar
um porco a dançar uma valsa
e uma lesma a saltitar
Se tu visses o que eu vi
ficavas de boca aberta
uma cabra com sete rabos
em cima de uma caneca.
Se tu visses o que eu vi
muito havias de rir
comias a sopa toda
e voltavas a repetir.
António Mota
Os nossos Amiguitos leram excertos do poema “Se
tu visses o que eu vi” e acharam as quadras bastante
divertidas. Por isso, deram asas à imaginação e continua-
ram o trabalho do autor...
Prepara-te para rir .
Se tu visses o que eu vi
Na casa de um croquete
Um macaco a reclamar
Por uma deliciosa chiclete.
Se tu visses o que eu vi
No alto da montanha
Um burro a fugir
Com medo de uma aranha.
Afonso
Se tu visses o que eu vi
Em cima da minha meloa
uma mosca a dizer:
- Está boa, está bem boa...
Se tu visses o que eu vi
Numa loja do bairro alto
A minha avózinha
A fazer um assalto.
Mafalda
P á g i
Se tu visses o que eu vi
A descer a Serra do Pico
Uma tartaruga aflita
A gritar pelo seu penico.
Se tu visses o que eu vi
Em Mondim de Basto
Uma caravana a fugir
Carregada de pasto.
Se tu visses o que eu vi
Uma mulher a querer casar
Mas na igreja
O senhor padre teima em não falar.
Se tu visses o que eu vi
No jardim da Vieira:
Um galo com quatro patas
Junto de uma roseira.
Fabiana
Se tu visses o que eu vi
Lá atrás do poço
O cão a roncar e
O porco a roer um osso.
Samuel
Se tu visses o que eu vi
Lá no jardim da tia
A erva a falar
Com uma flor macia.
Francisco
M aria D.
João.
P á g i n a 2 2 M o i n h o s e m M o v i m e n t o
A palavra pena é leve como uma pena.
A palavra João é pequena como o João.
A palavra árvore dá vida ao seres vivos.
A palavra gata ferra as garras na minha pele.
A palavra borracha apaga os meus pensamentos.
As palavras são um simples dizer.
A palavra afia, afia o meu falar.
A palavra pincel pinta o meu coração.
A palavra palavra ajuda a comunicar.
A palavra fim esta neste poema
Vou guardá-lo para mim .
Maria D.
Desta vez os nossos Amiguitos brincaram com as palavras.
Baseados no poema “O limpa-palavras”, de Álvaro de Magalhães, cada Amiguito seguiu a
mesma ideia do autor e construiu a sua própria poesia.
A palavra pena é leve como uma pena.
A palavra João é pequena como o João.
A palavra árvore dá vida ao seres vivos.
A palavra gata ferra as garras na minha pele.
A palavra borracha apaga os meus pensamentos.
As palavras são um simples dizer.
A palavra afia, afia o meu falar.
A palavra pincel pinta o meu coração.
A palavra palavra ajuda a comunicar.
A palavra fim esta neste poema
Vou guardá-lo para mim .
Maria D.
A palavra ar é leve como o algodão.
A palavra malmequer dá o pólen às abelhas.
A palavra mel é doce como o açúcar,
podes saborear o seu otimo sabor.
A palavra minhoca escava pela terra.
A palavra caracol mete os pauzinhos ao sol.
A palavra árvore não para de crescer,
podes subir aos seus ramos.
A palavra incêndio queima o coração,
tens de apagá-lo de mangueira na mão.
A palavra gaivota dá-me asas para me ir embora.
Afonso
A palavra amor é bonita como a emoção.
A palavra coragem enche-nos de confiança.
A palavra magia enche-nos de alegria.
A palavra sonhar faz-nos imaginar.
A palavra coração faz-nos sentir.
A palavra saber faz-nos duvidar.
A palavra fada faz acreditar.
Há palavras boas e más,
mas a minha favorita é a magia.
Enquanto há palavras há alegria.
Mafalda
A palavra céu tem nuvens muito brancas.
A palavra fogo tem labaredas muito quentes.
A palavra árvore dá-nos frutos.
A palavra casa serve para habitar.
A palavra jardim tem flores bonitas.
A palavra balancé baloiça ao brincar.
A palavra serra faz-me pensar em montanhas.
A palavra mal faz-me sentir maldoso.
A palavra cão faz-me pensar em brigar.
A palavra modelo faz-me pensar em famoso.
João
P á g i n a 2 3
A palavra chuva cai suavemente.
A palavra floresta faz-nos pensar em verde.
A palavra ninho tem passarinhos dentro,
tão lindos e pequeninos.
A palavra borboleta voa alegremente.
A palavra amizade é ter muitos amigos.
A palavra carro leva-nos além,
pelas ruas da cidade.
A palavra alegria é um bem,
que nada tem nada a ver com saudade.
Fabiana
A palavra pena é leve como uma pena.
A palavra água é fresca e podes bebê-la.
A palavra vento leva folhas pelo ar.
A palavra cavalo é rápida como quando se cavalga.
A palavra casa serve para habitar.
A palavra vidro é mais forte do que o vidro.
A palavra borracha apaga as outras palavras.
A palavra bola rebola como uma bola.
Samuel
A palavra lápis transborda de cor.
A palavra borracha apaga tudo o que vê.
A palavra vassoura varre as ruas.
A palavra sol dá luz e calor.
A palavra água mata a sede às pessoas.
A palavra palhaço já nos faz rir.
A palavra animal faz-nos companhia.
A palavra chapéu-de-sol guarda-nos do sol.
A palavra comida dá-nos energia.
Maria Mira
A palavra frigorífico guarda os alimentos.
A palavra água apaga o fogo.
A palavra afiadeira afia os lápis.
A palavra sol já nos dá tanto calor.
A palavra caixa guarda qualquer coisa.
A palavra lápis escreve tanta palavra bonita.
A palavra carro leva-me a passear,
Para qualquer lugar.
David
A palavra aprender é sábia como ela.
A palavra vento levanta-me pelo ar.
A palavra pássaro ouve-se cantar.
A palavra polícia toma conta de mim.
A palavra família faz-me sentir aliviado.
A palavra flor dá pólen às abelhas.
Francisco
P á g i n a 2 4 M o i n h o s e m M o v i m e n t o
Ainda sou pequenino,
mas quando crescer
polícia quero ser.
Todos os casos
resolverei com muita perícia,
com o distintivo no peito
e a arma de polícia.
Dos ladrões
medo não terei
pistas recolherei
e o criminoso encontrarei.
Samuel, 8 anos
Um dia, a nossa amiga Mafalda trouxe para a escola uma linda poesia. Retratava o seu sonho.
O sonho de um dia rodopiar nos mais belos palcos do mundo… o sonho de ser bailarina.
Depois de a ouvirmos declamar, de forma tão mágica, o poema “A Bailarina”*, da poetisa bra-
sileira Cecília Meireles, todos quisemos usar a rima para contar ao mundo o que queremos ser.
Daqui a uns anos, teremos não só uma bailarina, como também jornalistas, polícias, veteriná-
rios, futebolistas, arqueólogos ou cientistas.
Ainda sou pequenino,
mas quando crescer
polícia de intervenção quero ser.
Muitas aventuras viverei,
O comandante mandará!
Os criminosos apanharei
E o juiz os deterá.
Nos dias de confusão
Serei chamado a intervir
Com capacete, escudo e bastão
Nem que esteja a dormir.
Francisco, 8 anos
P á g i n a 2 5
Ainda sou pequenina,
mas quando crescer
bailarina quero ser.
Ao som da música,
dançarei elegantemente.
Nas aulas e nos espetáculos
vai estar tudo excelente.
Na ponta do pé
rodarei, rodarei,
terei de ter cuidado
Para ver se ao chão não cairei.
Mafalda, 9 anos
Ainda sou pequenina,
mas quando crescer
jornalista quero ser.
Ser jornalista é maravilhoso,
uma profissão interessante,
dando informações preciosas
ficando o mundo radiante.
Eu a viver grandes aventuras
diferentes de dia para dia,
notícias com todas as misturas,
dando uma certa magia.
Ser Jornalista também é perigoso
Em cenários de guerra
O mundo pode ser horroroso
Mas a informação impera!
Fabiana, 10 anos
Ainda sou pequenina mas quando crescer veterinária quero ser.
Quero tratar dos animais porque eles são nossos amigos, dar-lhes amor, carinho e protege–los dos perigos.
Fazer com que eles gostem de mim para depois me ajudarem a perceber como cuidar deles E não terem um triste fim.
Maria Mira, 9 anos
Ainda sou pequenino mas quando crescer futebolista quero ser. Futebolista quero ser, para saber jogar tenho muito que aprender e ainda mais tenho que saber. Futebolista quero ser, para ser um bom jogador Habilidades tenho que ter
João, 9 anos
P á g i n a 2 6 M o i n h o s e m M o v i m e n t o
Ainda sou pequenino mas quando crescer futebolista quero ser.
Mesmo em pequenino, sempre tive este sonho, marcar golos e defender par tal muito tenho de fazer.
Para este sonho se concretizar tenho de trabalhar, principalmente na escola por isso é melhor estudar.
Esta profissão é divertida ,
mas é preciso esforçar e não posso desanimar.
Afonso, 10 anos.
Ainda sou pequenina, mas quando for grande quero ser bailarina.
Esta foi a primeira profissão que quis ter fui evoluindo, crescendo, ideias novas fui ter.
Médica, cantora, e até quis ser dentista agora quero ser arqueóloga mas também uma boa cientista.
Para isso muito irei estudar, preciso lutar para vencer E assim conseguir lá chegar.
Maria Domingues, 9 anos
Agora d i v e r t e - t e c o m a l g u ma s p r o f i s s õ es q u e , q u e m s a b e , p od es v i r a t e r …
① Mantém a ordem pública;
② Trata dos nossos amigos animais;
③ Informa-nos sobre as notícias do mundo;
④ Procura marcar muitos golos, para nos fazer
gritar de felicidade;
① P
② R
③ O
④ F
⑤ I
⑥ S
S ⑦
⑧ A
⑨ O
⑤ Encanta-nos dançando elegantemente;
⑥ Arranja os nossos dentinhos;
⑦ Investiga para encontrar novos porquês;
⑧ Músico que usa a voz como instrumento;
⑨ Estuda os vestígios dos antepassados;
P á g i n a 2 7
dorme muito bem e cedinho;
não estudes em espaços barulhentos;
estuda um pouco todos dias;
faz um horário de acordo com a tua disponibilidade e cumpre-o;
reúne o material que precisas e coloca-o próximo de ti;
faz uma lista dos temas que tens de estudar;
lê e sublinha no livro a matéria mais importante;
a partir do que sublinhaste escreve os teus próprios resumos;
estuda bem os resumos;
pede a alguém para te fazer perguntas sobre a matéria;
_______________________________________________
_______________________________________________
Bom trabalho!
Francisco e Samuel, 3.º Ano
Pois é... como dizem alguns dos nossos amiguitos, se algo queremos ser muitos obstácu-
los teremos de vencer.
É muito importante que tenhas boas notas para ultrapassar cada etapa da tua vida escolar,
sempre com muito sucesso e um grande
O Francisco e o Samuel estão dispostos a ensinar-te como o fazer…
Segue os passos que eles te propõem, acrescenta algumas ideias dadas pela tua família
e… boa sorte!
P á g i n a 2 8 M o i n h o s e m M o v i m e n t o
O tempo passou pelos Moinhos e nós nem demos conta… passou e
foi deixando as suas marcas… ficámos mais velhos, mais crescidos,
mais responsáveis, fortalecemos amizades, e agora… já sentimos
tantas saudades...
Antes, eramos pequeninos,
uns tímidos outros demasiados
destemidos…tínhamos amuos,
pequenas birras, medos, e
alguns desentendimentos,...
Agora, crescemos, perdemos a
timidez e, em alguns casos,
vencemos a rebeldia… somos
todos amigos, gostamos de
nos entreajudar, de juntos
brincar, sem nunca nos
magoar...
P á g i n a 2 9
P á g i n a 3 0 M o i n h o s e m M o v i m e n t o
Para finalizar quisemos saber um pouco
mais acerca da nossa professora. Já a conhe-
cemos há 3 anos, mas ainda havia muita curio-
sidade a satisfazer.
O nome dela é Célia Lopes, tem 31 anos e
já trabalha há 10 anos com meninos como nós.
Os nosso s Amigu i to s vão a judar-te a saber um pouco ma i s . . .
Maria Mira — O que gostava de brincar quando tinha a minha idade?
Na tua idade eu jogava muito à bola, por isso a minha mãe chamava-me “Maria-rapaz”. Mas não era
só, naquela altura eu e os meus amigos brincávamos muito… jogava ao macaquinho do chinês, à mamã dá
licença, ao stop, às escondidas, saltava à corda e ao elástico, etc Fui uma criança muito feliz.
Maria Mira — O que gosta de fazer nos seus tempos livres?
Eu adoro passear, principalmente conhecer sítios diferentes. Mas também adoro ir à praia, apanhar
sol (mas sempre com moderação), ir ao cinema e, claro, ler um bom livro.
Mafalda — Gosta do que faz? Porquê?
Quando era pequenina tentei ensinar a minha avó a ler, pois ela era analfabeta. Então ouvi-a muita vez
dizer que eu ainda haveria de ser professora. Acertou, sou professora e não me imagino a fazer outra
coisa. É muito bom ensinar o que sabemos e assistirmos à evolução dos nossos alunos, vê-los crescer e
amadurecer. Adoro o que faço.
Maria D.— Qual a escola em que gostou mais de dar aulas?
Este já é o meu décimo ano de trabalho, por isso, como deves imaginar, já trabalhei em muitas esco-
las, todas elas bem diferentes. Mas, não tenho dúvidas em dizer-te, que a nossa foi a que gostei mais.
Foi a primeira vez que trabalhei tão perto de casa, aliando a isso o facto de a nossa escola ter um
ambiente que considero fantástico, todos nos damos muito bem e agimos como se fossemos uma grande
família.
Maria D.— Qual foi a sua reação quando entrou nesta escola? O que achou dos alunos?
Confesso que fiquei um pouco assustada porque vinha de uma escola nova, com todas as condições e esta
pareceu-me um pouco degradada. Porém, à medida que a fui preparando para vos receber fui-me habituan-
do. A primeira impressão dos alunos foi logo positiva, percebi que não tinha casos graves de indisciplina e
tinha um grupo com muita vontade de aprender.
Francisco — Quando entrou nesta escola do que teve mais receio?
Tive algum receio do que iria encontrar. Depois de perceber que tinha uma turminha pequena e cheia de
vontade de trabalhar os medos foram-se embora. :)
P á g i n a 3 1
Francisco — O que gosta mais nos seus alunos?
Gosto que sejam bem educados, são alunos que nunca me envergonham, sabem comportar-se den-
tro e fora da escola. São crianças muito simpáticas, sensíveis, amigos e de muitos valores. Têm
sempre um gesto bonito para me enternecer o coração ou uma piada para me fazer sorrir.
Mafalda — Qual a maior dificuldade dos seus alunos?
Acho que é a dificuldade em controlar a impulsividade. Às vezes, precipitam-se nas atitudes e
nas respostas, o que, ocasionalmente, não dá bom resultado.
David — Como tem sido a sua experiência ao longo deste ano letivo?
Em geral tem sido muito positiva. Porém, também houve momentos mais difíceis e de maior
angústia, por ter medo de não conseguir cumprir todo o programa e de não vos conseguir ajudar a
ultrapassar dificuldades. Mas foram muitos mais os momentos de grande alegria, divertimento e
grande descontração enquanto trabalhávamos.
Fabiana — De que momento mais gostou?
Acho que, tal como o de todos os Amiguitos, foi a Kidzania. Não há maior alegria do que vermos a
alegria das nossas crianças. :) Foi o que vi ao longo de todo aquele dia: sorrisos enormes, sonoras
gargalhadas, palavras eufóricas e aceleradas, corridas loucas de um lado para o outro, para apro-
veitar ao máximo o divertimento e a felicidade daquela “brincadeira”.
Samuel — Que atividades gostaria de ter realizado durante este ano letivo?
Eu gostaria muito de ter feito alguns projetos convosco, mas, infelizmente, o tempo não dá para
tudo. Como todos vós têm a sorte de ter uma família sempre pronta a ajudar, socorremo-nos disso
e acabámos por ter apresentações incríveis.
Fabiana — Como se sente por saber que os seus finalistas vão para uma nova escola?
Sinto-me muito orgulhosa, mas já morro de saudades deles. Fizeram-nos companhia durante 3
anos, aprendemos e crescemos juntos, vi mudanças de atitudes e de comportamentos, vi dificulda-
des a desvanecer, etc Mas são fases próprias da vida e o que mais quero é que partam para um
sítio que os faça muito feliz e os continue a ajudar a “crescer”.
Afonso — Gostava de continuar nesta escola?
É o que mais desejo. Foi uma das escolas em que mais gostei de trabalhar e, caso acontecesse,
seria a primeira vez que levava um grupo do 1.º ao 4.º ano de escolaridade, facto que seria um gran-
de orgulho para mim.
João — Você quer continuar a ser professora? Porquê?
Sim, não tenho dúvidas que é o que quero continuar a fazer. Esta foi a profissão que eu escolhi
e tenho muito orgulho nela. Gosto de sentir que tenho nas mãos o mundo de AMANHÃ.
“Um beijo muuuuuito especial a todos!! Cada um de vós ficará guardado num
cantinho muito especial do meu coração.”
O poder da amizade
Há dois tipos de amizade: os amigos verdadeiros e os
falsos.
Sabes como distinguir? É fácil, as pessoas que te cha-
mam nomes, gozam contigo e te batem são falsos.
Provavelmente, perguntas-te porque é que eu, com a
minha a minha melhor amiga, fizemos este texto. Sabes,
há pessoas que fazem amizades para usá-las.
Queremos conseguir que ninguém sofra por ser
usada e maltratada!
As pessoas devem viver com boas relações, simpa-
tia, com amigos e uma família fantástica, sem des-
lealdade, com calma e tranquilidade.
Ama aquele que é digno, desmascara o falso,
acredita e segue o teu coração.
Mafalda e Fabiana, 4.º Ano
Moinhos... EB1 Moinhos de Carvide
Moinhos em Movimento
Uma Escola de Amizade Verdadeira!