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Aula 04 Economia
Profª Carlos Ramos
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Módulo 04 – Sistema Monetário
4.1. A Oferta de Moeda
A moeda é um elemento de papel fundamental no sistema econômico. O estudo da moeda
corresponde à chamada Teoria Monetária, campo do conhecimento que aborda os impactos da
mesma na economia. O Sistema Monetário de um país abrange todo um conjunto de instituições
financeiras e de instrumentos financeiros que desempenham importantes funções, tais como:
• Transferência de recursos financeiros entre os agentes econômicos chamados
“superavitários” (aqueles que se encontram com “sobras” de recursos num dado momento) e
os agentes econômicos chamados “deficitários” (aqueles que no mesmo instante se
encontram com “falta” de recursos);
• Dinamismo para as relações de trocas de mercadorias entre os indivíduos, sendo a moeda o
meio que possibilita esta circulação de bens e serviços;
• Aumento da liquidez dos ativos reais, ou seja, a possibilidade de realizar um maior número de
transações envolvendo os diversos bens (ativos) que representam o patrimônio (isto é, a
riqueza acumulada) dos indivíduos;
• Existência de instrumentos através dos quais o Governo possa realizar a Política Monetária,
ou seja, ajustar a quantidade de moeda em circulação às necessidades reais da economia,
produzindo efeitos nos níveis de Produção e, conseqüentemente, sobre a Renda.
A economia de mercado (ou seja, aquela na qual as decisões econômicas sobre “o que produzir”,
“quanto produzir” e “para quem produzir” são tomadas de acordo com o livre jogo de forças de
oferta e de demanda) só pode funcionar adequadamente com a presença da moeda, que permite
dinamizar as trocas de mercadorias e aumentar a eficiência do sistema econômico.
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Além da moeda propriamente dita, diversos outros instrumentos financeiros são utilizados pelos
agentes econômicos no seu dia-a-dia. Além do papel-moeda e das moedas metálicas, os indivíduos
habitualmente empregam em suas transações os depósitos à vista nos bancos comerciais, os
depósitos a prazo, as aplicações em fundos de investimento, as letras de câmbio, as operações de
crédito, etc.
O uso desses instrumentos financeiros faz surgir uma série de instituições financeiras, que incluem,
por exemplo, o Banco Central, os bancos comerciais, as sociedades corretoras e distribuidoras, além
de diversas outras instituições governamentais e privadas.
O controle da quantidade de moeda em circulação na economia é feito através de certos
instrumentos de política monetária utilizados pelo Governo na execução da sua Política Econômica,
tais como a taxa de redesconto, as operações de mercado aberto, a alíquota dos depósitos
compulsórios dos bancos comerciais, dentre outras.
Conceito de “Moeda”
Podemos conceituar “moeda” como sendo todo objeto de aceitação geral, utilizado na troca de bens
e serviços, que tem poder liberatório (ou seja, capacidade de pagamento) instantâneo.
Na sua origem a moeda costumava ter seu valor lastreado em ouro: o Governo só emitia notas e
moedas, se possuísse uma quantidade equivalente em ouro (essa era a idéia do “padrão-ouro”).
Atualmente não existe mais nenhum “lastro” que garanta o valor material das notas e moedas em
circulação. Sua aceitação geral é determinada por lei, sendo dessa forma chamada também de
moeda “de curso forçado”.
A moeda pode ser também definida como tudo aquilo que a sociedade utiliza para desempenhar as
seguintes funções: meio ou instrumento de troca, unidade de conta e reserva de valor. Vamos
analisar cada uma delas:
• Meio ou instrumento de troca
A moeda serve para intermediar as trocas de mercadorias entre os diversos produtores, sendo a
mesma um elemento de aceitação geral. Se não existisse a moeda, as trocas de mercadorias entre os
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agentes econômicos seriam diretas (o que se denomina “escambo”) o que acarretaria uma série de
limitações para o comércio.
• Unidade de conta
A moeda é amplamente usada para se fazer comparações entre os valores das diversas mercadorias.
A moeda funciona como um denominador comum, tornando possível somar, por exemplo, o valor de
um carro com o de um computador e com o de uma casa, e encontrar um valor total para esses três
bens distintos, expresso num total de unidades monetárias. Desse modo, a unidade de conta pode
ser usada contabilmente.
• Reserva de valor
Os vendedores das mercadorias aceitam a moeda nas suas trocas porque sabem que a mesma tem
aceitação geral, por isso eles não terão dificuldade em “transformá-la” novamente nos diversos bens
e serviços de que necessitam. Assim, a moeda representa um direito que seu possuidor tem sobre as
mercadorias. O indivíduo que recebe moeda não precisa gastá-la imediatamente, podendo guardá-la
para o uso posterior. Isso significa que ela serve como reserva de valor. Vamos entender isso como
sendo um certo “poder de compra” que pode ser “guardado” para uso futuro.
Logicamente, para que a moeda possa cumprir bem essa função, necessita ter um valor
relativamente estável ao longo do tempo, de modo que o indivíduo que a possua tenha uma idéia
precisa de quanto pode obter em troca. Nos processos inflacionários, como veremos mais adiante, a
moeda vai perdendo ao longo do tempo o seu valor real, o que reduz o poder de compra dos
indivíduos que a detém. Mesmo assim, no curto prazo, a moeda cumpre satisfatoriamente essa
função.
A moeda é hoje um elemento extremamente importante no sistema econômico, pois compõe o lado
monetário do nosso Fluxo Circular da Renda. Vamos ver como o “Lado Monetário da Economia” se
comporta. Nosso ponto de partida é observar que assim como existe um mercado de bens e serviços,
existe também um mercado de moeda, ou seja, um mercado monetário.
Sendo assim, vamos estudar agora os dois lados desse mercado: a Oferta e a Demanda de Moeda.
Veremos em seguida como se dá o equilíbrio nesse mercado.
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A Oferta de Moeda
Podemos chamar de Oferta de Moeda o total de meios de pagamento que existem numa economia,
num certo instante do tempo, ou ainda, o estoque total de moeda que existe naquele momento.
Observe que a Oferta de Moeda é uma variável um pouco diferente daquelas que já analisamos
anteriormente, tais como a produção, a renda, o investimento, etc. A Oferta de Moeda é uma
variável do tipo estoque, ou seja, é um valor medido num certo instante do tempo. As outras
variáveis que vimos antes, tais como a produção e a renda, por exemplo, eram variáveis do tipo
fluxo, ou seja, são medidas ao longo de um certo período de tempo.
Por essa razão, quando falamos no PIB (variável “fluxo”) nos referimos ao PIB de um certo período,
de um certo ano, de um trimestre, etc... Quando falamos na Oferta de Moeda (variável “estoque”),
estamos pensando no seu valor hoje, ou há três meses atrás, ou em janeiro de 2002, etc...
De onde vem a Moeda? Nas economias modernas, o Governo tem o monopólio da emissão da
moeda, através das Autoridades Monetárias. No Brasil, o Banco Central tem o poder de determinar a
emissão de papel-moeda e moedas metálicas. O processo acontece do seguinte modo: em primeiro
lugar, o Banco Central ordena à Casa da Moeda que fabrique as moedas metálicas e o papel-moeda.
À medida que essa moeda nova vai sendo colocada em circulação no mercado, os indivíduos vão
também depositando moeda em suas próprias contas correntes nos bancos comerciais, o que se
denomina depósitos à vista.
Assim, podemos definir a Oferta de Moeda (ou “Meios de Pagamento”) como sendo:
M = PP + DV
Onde:
• M = Total dos Meios de Pagamento (Oferta de moeda)
• PP = Papel-moeda e moedas metálicas em poder do público;
• DV = Total dos depósitos à vista nos bancos comerciais.
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O item PP (papel-moeda e moedas metálicas em poder do público) corresponde ao conceito de
moeda manual. O item DV (saldo dos depósitos à vista nos bancos comerciais) equivale ao conceito
de moeda escritural (porque não tem forma física, corresponde a registros contábeis nos bancos
comerciais).
Calcula-se a oferta de moeda, ou o total dos meios de pagamento, em sentido restrito, M1, como
sendo a soma das moedas em poder público (moeda manual) e dos depósitos à vista em poder nos
bancos comerciais (moeda escritural).
Ou seja, M1 representa os agregados monetários de liquidez imediata, que não rendem juros.
Excluem-se, portanto, deste cálculo, as chamadas quase-moedas, tais como títulos públicos,
depósitos de poupança, depósitos a prazo, entre outros. Quase-moedas são ativos de liquidez muito
elevada, quase tão elevada quanto a da moeda, e que rendem juros ao seu possuidor.
Agora podemos observar que existem duas situações muito comuns: a criação e a destruição de
meios de pagamento.
Dizemos que há criação de meios de pagamento quando acontece um aumento do volume de M1, ou
seja, quando cresce o volume da soma de moeda manual ou de moeda escritural (ou ambos). Por
outro lado, há destruição de moeda quando se reduz o volume de meios de pagamento.
O volume total dos meios de pagamento aumenta ou diminui devido às relações que ocorrem entre
os setores bancário e não-bancário da economia. O setor bancário é formado basicamente pelos
bancos comerciais. O setor não-bancário, por sua vez, é formado por todos os agentes econômicos,
exceto os bancos comerciais.
A distinção relevante entre esses dois setores reside no fato de que entra no somatório dos meios de
pagamento apenas a quantidade de moeda possuída pelo setor não-bancário.
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As conseqüências deste conceito são as seguintes:
• Ocorrerá criação de moeda quando acontecer uma troca de um ativo não-monetário (de
liquidez não-imediata) do setor não-bancário por um ativo monetário do setor bancário;
• Ocorrerá destruição de moeda se a troca for entre um ativo monetário do setor não-
bancário por um ativo não-monetário do setor bancário.
Vamos analisar por um momento o Balancete Consolidado dos Bancos Comerciais, num
determinado instante de tempo:
Ativo (Aplicações dos Recursos) Passivo (Origens dos Recursos)
Caixa em moeda corrente
Depósitos no Banco Central
• Depósitos Voluntários
• Depósitos Compulsórios
Empréstimos ao Setor Privado
Empréstimos ao Setor Público
Títulos Públicos e Privados
Ativo Permanente
Demais aplicações
100
200
80
120
800
600
560
200
40
Depósitos à vista
Depósitos a prazo
Empréstimos Externos
Redescontos
Demais Obrigações
Recursos Próprios
700
800
250
20
130
600
Total do Ativo 2.500 Total do Passivo 2.500
Os ativos monetários em poder do setor bancário correspondem aos valores mantidos em caixa mais
os valores depositados no Banco Central. Os depósitos à vista correspondem a ativos monetários
pertencentes ao setor não-bancário da economia.
Vejamos exemplos de criação e destruição de moeda:
• Se um indivíduo faz um depósito à vista num banco comercial, não acontece criação nem
destruição de moeda. Ocorre apenas uma transferência entre moeda manual (redução da
moeda em poder do público) e moeda escritural (aumento no valor dos depósitos à vista);
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• Um indivíduo realiza um depósito a prazo (por exemplo, em caderneta de poupança ou em
alguma aplicação financeira). Nesse caso, ocorre destruição de meios de pagamento, pois
depósitos a prazo não são considerados meios de pagamento, no sentido estrito (M1);
• Um banco comercial adquire de um indivíduo alguns títulos da dívida pública, pagando em
moeda. Acontece criação de meios de pagamento, pois aumenta o volume de moeda manual
em poder do público.
• Um banco comercial compra divisas (moeda estrangeira) de uma empresa exportadora:
ocorre criação de M1, pois aumentam os depósitos à vista, na medida em que o banco está
adquirindo, por exemplo, dólares (ativo não-monetário, não tem liquidez imediata, não pode
ser usado pelos indivíduos para fazer seus pagamentos) por reais.
• Na situação inversa, um banco comercial vendendo divisas (moeda estrangeira) a um
importador causará destruição de M1.
• O Governo Federal faz o pagamento dos salários de seus servidores, sacando dos seus
depósitos nas Autoridades Monetárias. Ocorre criação de meios de pagamento, pois os
depósitos da União nas Autoridades Monetárias não fazem parte do M1.
A criação de moeda manual corresponde, assim, a um aumento de moeda em poder do público,
enquanto para a moeda escritural sua criação ocorre quando há um acréscimo dos depósitos à vista
nos bancos comerciais.
Na mesma linha de raciocínio, a destruição de moeda manual representa uma diminuição do total de
moeda em poder do público, enquanto que para a moeda escritural sua destruição acontece quando
há uma redução dos depósitos à vista nos bancos comerciais.
Podemos perceber, portanto, que o crescimento da oferta de moeda (saldo dos meios de
pagamento) pode ser causado:
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1) Pelo Banco Central, que tem o monopólio das emissões de moeda.
O passivo monetário do Banco Central é conhecido como base monetária e é como a moeda é
inicialmente emitida. A base monetária consiste da moeda emitida, em poder do público e na forma
de reservas bancárias. Corresponde, assim, a praticamente toda a moeda "física" disponível (papel-
moeda e moedas metálicas) que está em poder do público, ou, então, com os bancos. O Banco
Central controla a base monetária, e, dessa forma, os demais agregados monetários.
2) Pelos bancos comerciais, por meio dos depósitos à vista.
Quando um banco recebe um depósito à vista, ele se compromete a pagar a quantia depositada, ou
parte daquela, imediatamente quando isto for solicitado pelo depositante, no momento do saque em
conta-corrente.
Porém, a todo instante existem depósitos e saques, de tal forma que somente uma parcela do total
dos depósitos é necessária para que o banco consiga atender ao movimento diário.
Esta parcela é normalmente pequena e é suficiente para atender às necessidades de caixa dos
bancos, ou seja, pagar os cheques que são descontados. Dessa forma, o banco comercial pode usar
parte destes fundos, e oferecer empréstimos num montante maior que o total de depósitos iniciais.
O multiplicador bancário dos meios de pagamento
Os bancos comerciais têm o poder de expandir o total de moeda escritural existente na economia, já
que podem utilizar parte dos depósitos à vista para oferecer empréstimos ao público. Este fenômeno
é denominado multiplicador bancário dos meios de pagamento ou ainda multiplicador monetário.
Para mostrar esse mecanismo de expansão monetária (ou seja, da oferta de moeda por meio dos
bancos comerciais), vamos supor que os bancos comerciais mantenham uma parcela de r% dos seus
depósitos como reservas e emprestem os restantes (1 - r)% ao público; r é chamada de taxa de
reservas ou de encaixes bancários, ou ainda relação reservas/depósitos.
Reservas dos Bancos r =
Depósitos à Vista
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Imaginemos que essa taxa de reservas seja igual a 40%. Assim, os bancos mantém nas suas reservas
cerca de 40% do saldo dos seus depósitos à vista, e os outros 60% eles decidem emprestar ao
público.
Digamos que a público não mantenha moeda em suas mãos, e prefira manter todo o seu dinheiro na
forma de depósitos à vista no setor bancário.
Suponhamos que o Balancete Consolidado dos Bancos Comerciais, num dado momento, seja o
seguinte:
Ativo (Aplicações dos Recursos) Passivo (Origens dos Recursos)
Caixa em moeda corrente
Empréstimos ao Setor Privado
800
1.200
Depósitos à vista 2.000
Total do Ativo 2.000 Total do Passivo 2.000
Observe que os bancos estão mantendo 40% de seus depósitos no caixa ($ 2.000 . 40% = $ 800) e os
60% restantes originaram empréstimos.
Suponhamos agora que a União tenha sacado $ 100 de seus depósitos nas Autoridades Monetárias e
tenha feito pagamentos a seus fornecedores de bens e serviços. Estes, por sua vez, vão fazer
depósitos no setor bancário. O balancete dos bancos vai apresentar a seguinte situação:
Ativo (Aplicações dos Recursos) Passivo (Origens dos Recursos)
Caixa em moeda corrente
+ dinheiro depositado pelo público
= Saldo final do Caixa
Empréstimos ao Setor Privado
800
100
900
1.200
Depósitos à vista
+ Novos depósitos à vista feitos pelo público
=Saldo final dos depósitos à vista
2.000
100
2.100
Total do Ativo 2.100 Total do Passivo 2.100
Agora as reservas representam cerca de 43% dos depósitos à vista (basta dividir $ 900 por $ 2.100).
Esse percentual está além das necessidades dos bancos. De fato, eles só precisam manter valores em
caixa num total de 40% dos depósitos à vista, ou seja, $ 840 ($ 2.100 . 40% = $ 840).
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Assim, os bancos podem operar tranquilamente com $ 840 no caixa, portanto não precisam manter $
900. Haverá, portanto, uma oferta de novos empréstimos ao público, no valor igual a $ 60
(corresponde ao “excesso”: $900 - $840 = $ 60).
Ativo (Aplicações dos Recursos) Passivo (Origens dos Recursos)
Caixa em moeda corrente
Empréstimos ao Setor Privado
840
1.260
Depósitos à vista 2.100
Total do Ativo 2.100 Total do Passivo 2.100
Mas, ao emprestar esses $60, os bancos estão colocando mais moeda nas mãos do público. Os
tomadores desses empréstimos farão novos depósitos no próprio sistema bancário. O balancete vai
se apresentar como se segue:
Ativo (Aplicações dos Recursos) Passivo (Origens dos Recursos)
Caixa em moeda corrente
+ dinheiro depositado pelo público
= Saldo final do Caixa
Empréstimos ao Setor Privado
840
60
900
1.260
Depósitos à vista
+ Novos depósitos à vista feitos pelo público
=Saldo final dos depósitos à vista
2.100
60
2.160
Total do Ativo 2.160 Total do Passivo 2.160
Novamente as reservas representam um percentual maior do que os 40% ($ 900 / $ 2.160 = 42%).
Isso significa que os bancos ainda têm margem para fazer novos empréstimos ao setor não-bancário.
Os bancos necessitam manter somente 40% dos depósitos à vista no seu caixa, ou seja, $ 2.160. 40%
= $ 864. Mas, mantém $ 900. Então disponibilizarão novos empréstimos até o valor de $ 900 - $ 864 =
$ 36.
Tal processo se estenderá continuamente, até que a relação caixa/depósitos seja igual à taxa de
reservas de 40%. Observe que, a cada ciclo, se expande a quantidade de moeda escritural existente
na economia.
O valor final da oferta de moeda será dado pelo valor do multiplicador bancário dos meios de
pagamento, que numa versão simplificada é obtido pela fórmula:
1 m =
r
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Assim, sendo a taxa de reserva igual a 40%, o valor de m será
1 m =
0,4 = 2,5
Ou seja, a expansão total dos meios de pagamentos, será dada pela multiplicação:
$100. 2,5 = $250
O multiplicador monetário (m) estabelece uma importante relação entre a expansão da Base
Monetária (B) e os meios de pagamento (M):
M1 = m . B
Do mesmo modo, podemos escrever:
M1 = m . B
Atenção que usamos uma fórmula simplificada do multiplicador monetário, pois consideramos que
toda a moeda que vai para as mãos do público retorna ao sistema bancário, na forma de depósitos à
vista.
Na realidade uma parte da moeda fica retida nas mãos de pessoas, equivalendo ao item “moeda em
poder do público”.
Suponhamos agora que o público decida reter c% do total dos seus ativos monetários em moeda
manual, não depositada nos bancos; “c” é a chamada taxa de retenção do público em relação ao
total dos meios de pagamento.
Moeda em Poder do Público c =
Meios de Pagamento (M1)
Ora, sabemos que o total dos Meios de Pagamento (M1) é dado pela expressão:
M1 = PP + DV
Logo:
PP c =
M1
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Podemos definir agora o coeficiente d% como sendo a proporção dos ativos monetários que o
público deseja manter sob a forma de depósitos à vista:
DV d =
M1
Atenção, somando-se os coeficientes “c” e “d”, temos;
PP DV PP + DV M1
M1 +
M1 =
M1 =
M1 = 1
Portanto,
c + d =1
Vimos anteriormente que o coeficiente “r” é dado pela relação entre as reservas dos bancos
comerciais e o total dos depósitos à vista:
Reservas dos Bancos r =
Depósitos à Vista
E vimos também a relação entre o multiplicador monetário (m) e a Base Monetária (B):
M1 = m . B
Podemos escrever então:
M1 m =
B
Como B = Papel Moeda em Poder do Público + Reservas Bancárias, temos:
M1 m =
PP + R
Dividindo-se o numerador e o denominador da fração por M1, temos:
M1 / M1 m =
PP/ M1 + R/ M1
Isso é o mesmo que escrever:
1 m =
c + R/M1
Observe que:
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R / D = R D
M1 / D D .
M1 = r.d
Voltando para a fórmula do multiplicador dos meios de pagamento, temos que:
1 m =
c + r.d
Como c + d = 1, temos que c = 1 – d, portanto:
1 m =
1-d + r.d
Ou seja,
1 m =
1 - d (1 - r)
No nosso exemplo, supondo que o público mantenha sempre 80% dos seus recursos na forma de
depósitos à vista, teremos o seguinte resultado para o multiplicador:
1 1 1 m =
1 – 0,8 . (1 – 0,4) =
1-0,8.0,6 =
1-0,48 = 1,923
Assim o multiplicador será menor. Como o público mantém uma parte dos meios de pagamento em
mãos, diminui o valor dos depósitos bancários à vista, diminuindo também o poder dos bancos de
criar novas operações de empréstimos e desse expandir a moeda escritural.
Portanto, O multiplicador monetário varia inversamente em relação à taxa de reservas ou à taxa de
retenção do público:
• Quanto mais os bancos forem obrigados a reter em caixa (maior r), menos eles poderão
emprestar ao público, e menor a expansão monetária.
• Quanto maior a taxa de retenção do público (maior c), menos será depositado nos bancos, e,
evidentemente, os bancos contarão com menos depósitos para repassar a outros clientes.
Se a taxa de reservas aumentar para 50%, o multiplicador monetário será igual a:
1 1 1 m =
1 – 0,8 . (1 – 0,5) =
1-0,8.0,5 =
1-0,40 = 1,667
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���� Atenção: A taxa de reservas r pode ser repartida em r1, que é o total de encaixes voluntários
(caixa) dos bancos comerciais, e r2, o total de reservas obrigatórias que os bancos comerciais devem
manter junto ao Banco Central (ambas calculadas em relação aos depósitos à vista).
As reservas e encaixes voluntários são determinados pela experiência do banco, e representam a
parcela dos depósitos que deve ser guardada em moeda para atender ao movimento normal do
banco.
As reservas obrigatórias são determinadas pelas autoridades monetárias, representando um dos
principais instrumentos de política monetária, que será discutido no próximo item.
Exemplo: Supondo que os bancos mantém cerca de 25% do valor dos depósitos a vista em caixa (r1),
e são obrigados pelo Banco Central a manter reservas compulsórias equivalentes a 35% dos
depósitos à vista (r2), e supondo ainda c = 0,80, teremos os seguintes valores para calcular o
multiplicador:
c = 0,80 � d = 1 – 0,80 = 0,20
r1 = 0,25 r2 = 0,35 � r = r1 + r2 = 0,25 + 0,35 = 0,60
Nessas condições, o multiplicador da base monetária será:
1 m =
1 – 0,2 ( 1 – 0,6) = 1,0869
Meios de Pagamento em Sentido Amplo
Existem muitos outros ativos, tais como depósitos a prazo, títulos do tesouro nacional, cadernetas de
poupança, etc, que apesar de não serem considerados moeda, em sentido estrito, apresentam
algumas características da moeda em sentido amplo. Assim sendo, costuma-se chamá-las de quase-
moeda, pois podem, sem grandes problemas, ser transformados em moeda.
Em outras palavras, são ativos de alta liquidez que, apesar de não serem aceitos normalmente na
compra e venda de bens e serviços, podem ser, muito rapidamente, convertidos em moeda. A posse
destes ativos rende juros ao seu possuidor.
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Ao calcular o total de moeda de um país utilizamos o conceito de agregados monetários ou meios de
pagamento, que podem ou não incluir as quase-moedas. No Brasil são cinco os agregados
monetários, calculados periodicamente pelo Banco Central:
• M0 = Moeda em poder do público (papel-moeda e moedas metálicas);
• M1 = M0 + Depósitos à vista nos bancos comerciais;
• M2 = M1 + Depósitos especiais remunerados + Depósitos de poupança + Títulos emitidos por
instituições depositárias;
• M3 = M2 + Quotas de fundos de renda fixa + Operações compromissadas registradas no Selic
(Sistema Especial de Liquidação e Custódia);
• M4 = M3 + Títulos públicos de alta liquidez (Letras do Tesouro Nacional, Notas do Banco
Central, etc).
Observe que M0 e M1 são meios de pagamento de liquidez imediata que não rendem juros. M0 é
também chamado de moeda manual ou moeda corrente, e é o estoque de moeda metálica e papel-
moeda que fica em poder das pessoas ou das empresas.
M1 considera o M0 e mais os depósitos em conta corrente nos bancos comerciais (também chamados
de moeda escritural ou bancária). Até agora vínhamos tratando do M1 como sendo o total dos meios
de pagamento (Oferta de Moeda) em sentido estrito.
M2, M3 e M4 incluem as quase-moedas, que rendem juros aos aplicadores. Tratam-se de outras
medidas para o total dos meios de pagamento (Oferta de Moeda) em sentido amplo.
No Brasil é o Banco Central o órgão responsável pela elaboração e divulgação mensal dos agregados
monetários.
As autoridades monetárias
No Brasil, o Banco Central atua como órgão normativo, fiscalizador do Sistema Financeiro, e ainda
executor da política monetária. Enquanto isso, o Conselho Monetário Nacional é o órgão que fixa as
diretrizes da política monetária.
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As funções de um Banco Central, nos diversos países do mundo, são mais ou menos as mesmas, com
pequenas variações:
a) Banco dos bancos: os bancos comerciais podem depositar seus fundos no Banco Central,
dispondo assim de um mecanismo para transferi-los de um banco para outro. Assim, o Banco
Central cumpre um papel de intermediário dos bancos comerciais. Os bancos comerciais
precisam também de liquidez. Uma das formas de consegui-la é tomando empréstimos junto
ao Banco Central, na chamada operação de redesconto. A taxa de juros que os bancos
comerciais pagam ao Banco Central por estas operações é chamada de taxa de redesconto. O
Banco Central deve ser "um emprestador de última instância". Sua função deve ser a de
socorrer os bancos em dificuldades, em casos de emergência, para garantir a estabilidade do
sistema bancário como um todo.
b) Banco do governo: Quando o Governo necessita de recursos, normalmente emite títulos
(obrigações) e os vende ao público ou ao Banco Central, obtendo, assim, os fundos
necessários. Mesmo quando o Governo vende títulos ao público, ele o faz por meio do Banco
Central. Este é, por estas razões, o agente financeiro do Governo. No Brasil, porém, o Banco
Central não recebe depósitos do Governo; quem o faz é o Banco do Brasil.
c) Executor da política monetária: o Banco Central é responsável pelo controle da oferta de
moeda, ou seja, o controle do volume dos meios de pagamento, através de diversos
instrumentos de política monetária. As alterações no volume de moeda têm efeitos sobre
variáveis econômicas relevantes, tais como o nível de emprego, a taxa de inflação, a taxa de
juros, o volume de investimentos, etc.
A Política Monetária
A política monetária se refere aos processos de controle da oferta de moeda, aos instrumentos
utilizados e aos mecanismos de transmissão de seus efeitos. A oferta de moeda é realizada tanto
pelas autoridades monetárias, pela emissão de papel-moeda e moedas metálicas, quanto pelos
bancos comerciais que, apesar de não poderem emitir moeda, podem, no entanto, criar ou destruir
meios de pagamento.
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A política monetária pode ser conceituada como o controle da oferta de moeda, no sentido de que
sejam atingidos os objetivos da política econômica global do Governo. Pode também ser definida
como a atuação das autoridades monetárias, por meio de instrumentos de efeito direto ou induzido,
com o propósito de controlar a liquidez do sistema econômico.
Os principais instrumentos da Política Monetária são os seguintes:
a) Fixação das taxas de reservas
Vimos que os bancos comerciais guardam uma parcela dos depósitos como reservas com a finalidade
de atender ao movimento de caixa diário. Em geral, o Banco Central obriga os bancos comerciais a
manter reservas superiores às que seriam indicadas pela experiência e pela prudência destes
estabelecimentos.
Como pôde ser visto, na fórmula do multiplicador apresentada anteriormente, a relação reservas /
depósitos à vista é uma das determinantes do mecanismo de expansão dos meios de pagamento.
Assim, a variação das taxas de reservas obrigatórias provoca alterações na capacidade de criação de
moeda por parte dos bancos comerciais.
Não somente a expansão dos meios de pagamento é afetada pela modificação nas reservas, mas o
próprio volume de moeda escritural é alterado e, portanto, a oferta de meios de pagamento.
Sendo assim, a determinação do total das reservas (fixação da taxa de reservas) que os bancos
comerciais devem manter junto às autoridades monetárias, à ordem do Banco Central, é um dos mais
poderosos instrumentos de controle do efeito multiplicador dos meios de pagamento.
Quando o Banco Central aumenta a taxa das reservas compulsórias que os bancos comerciais devem
manter à sua ordem, fica reduzida a proporção dos depósitos que pode ser convertida em
empréstimos, reduzindo os meios de pagamento.
Inversamente, se o Banco Central reduz a taxa de reservas, as disponibilidades para empréstimos
aumentam, expandindo assim os meios de pagamento. Deste modo, os aumentos na taxa de reserva
reduzem o valor do multiplicador e conduzem à contração da Oferta Monetária. Contrariamente,
quando a taxa de reservas é diminuída, o multiplicador aumenta e os meios de pagamento se
expandem.
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b) Operações de Redesconto
Consistem basicamente em empréstimos de liquidez aos bancos comerciais. Nessas operações, o
Banco Central funciona como “banco dos bancos”, descontando títulos dos bancos comerciais a uma
determinada taxa, com a finalidade de atender às suas necessidades momentâneas de caixa, em
curtíssimo prazo.
Uma vez que os bancos comerciais podem recorrer a outras formas de solucionar tais dificuldades, o
recurso ao redesconto oficial é tido como último recurso. As taxas de juros cobradas pelo Banco
Central têm caráter punitivo, sendo superiores às taxas cobradas pelos bancos comerciais de seus
clientes.
O controle dos meios de pagamento por intermédio do redesconto acontece através das seguintes
ações:
• Elevação ou redução das taxas de juros de redesconto cobradas pelo Banco Central;
• Aumento ou diminuição do prazo para resgate dos títulos redescontados;
• Fixação de limites mais ou menos amplos para as operações;
• Restrições quanto aos tipos de títulos que podem ser objeto de redesconto.
c) Operações de Mercado Aberto
De modo geral o open market é operado por intermédio da compra e venda de títulos da dívida
pública, de emissão do Tesouro Nacional.
Quando as autoridades monetárias desejam expandir a oferta monetária, realizam grandes
operações de resgate (compra) dos títulos da dívida pública em circulação; com isso, injetam no
mercado moeda com alto poder de expansão, o que resulta na queda da taxa de juros.
A queda na taxa de juros é um estímulo para que aumente a demanda de investimentos da
economia. Os empresários aumentam as suas despesas com a aquisição de bens de capital e a
ampliação das instalações das empresas (veremos isso com mais detalhe quando estudarmos o
Modelo IS-LM, no qual o investimento privado depende das taxas de juros).
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O aumento nos investimentos promove um crescimento na produção de bens de capital,
aumentando a renda e o emprego, e também aumento na procura de bens de consumo, resultando
em crescimento na renda mais do que proporcional devido ao efeito multiplicador dos investimentos.
Contrariamente, quando as autoridades monetárias desejam o efeito oposto, emitem e colocam em
circulação grandes volumes de títulos da dívida pública, retirando do sistema monetário, na
proporção dos títulos adquiridos pelos bancos ou pelo público, moeda que se encontrava em
circulação; com isso torna-se menor a oferta monetária.
A compra de títulos governamentais, por parte do Banco Central, acarreta um aumento dos
depósitos nos bancos comerciais. Esse aumento, por sua vez, gera encaixes excedentes, que são o
ponto de partida para a expansão múltipla dos meios de pagamentos e, portanto, para um aumento
na oferta de moeda.
O oposto se verifica caso o Banco Central venda títulos. Os indivíduos que os compram poder pagar
com cheques, por exemplo. Quando o Banco Central desconta esses cheques, reduz as reservas dos
bancos que, por sua vez, são obrigados a contrair a oferta de meios de pagamentos, ou seja, reduzir a
oferta de moeda.
No caso brasileiro, apresenta-se ainda como importante instrumento da Política Monetária a fixação
da taxa de juros básica da economia, a chamada “Taxa Selic”.
“Selic” é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, criado em 1979 pelo Banco Central e
pela ANDIMA - Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto, com o objetivo de tornar
mais transparente e segura a negociação de títulos públicos. Trata-se de sistema eletrônico que
permite a atualização diária das posições das instituições financeiras, assegurando maior controle
sobre as reservas bancárias.
Atualmente, a “taxa Selic” refere-se à taxa de juros que reflete a média de remuneração dos títulos
federais negociados com os bancos. É considerada como sendo a taxa de juros básica do mercado
financeiro, porque é usada em operações de empréstimos e resgate de títulos entre os próprios
bancos e, com isso, repercute nas demais taxas de juros da economia.
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Ressalte-se, porém, que a taxa Selic é bastante inferior aos juros cobrados ao consumidor final. A
diferença é causada por diversos fatores, tais como o grau de concentração do setor financeiro, ao
risco de mercado, ao spread (diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetiva cobrada
dos clientes), dentre outros.
Desde o ano de 1999, quando o governo adotou o sistema de metas de inflação e o câmbio
flutuante (o valor relativo entre as moedas nacional e estrangeira sendo definido pelo mercado), a
taxa de juros tem sido um dos principais instrumentos usados para conter a alta de preços.
Quando o Banco Central eleva a taxa Selic, aumenta a atratividade por títulos da dívida pública,
emitidos pelo Governo. Tais papéis passam a render mais para seu possuidor, despertando assim
uma demanda maior pelos mesmos.
Conseqüentemente, tende a haver uma redução no montante de recursos que o sistema bancário
oferece para as demais operações de empréstimos e financiamentos para indivíduos e empresas,
levando a um aumento nas demais taxas cobradas pelos bancos. Com isso o Banco Central está, na
prática, restringindo a Demanda Agregada por bens e serviços, reduzindo a pressão sobre os preços.
Essa prática, no entanto, tem trazido outras conseqüências indesejáveis, como por exemplo, o
aumento do volume de recursos necessários para que o próprio Governo possa pagar o serviço da
dívida (ou seja, os juros da dívida pública). Assim, o Governo se endivida ainda mais, para rolar os
títulos que estão vencendo.
Finalizando, vejamos um esquema que ilustra o balancete típico do Banco Central, e que tem sido
cobrado em concursos públicos recentes:
Ativo (Aplicações dos Recursos) Passivo (Origens dos Recursos)
• Caixa em Moeda Corrente
• Empréstimos ao Tesouro Nacional
• Títulos Públicos Federais
• Redescontos
• Reservas Internacionais
• Outras Aplicações
• Papel-moeda Emitido
• Depósitos dos Bancos Comerciais - Voluntários - Compulsórios
• Depósitos da União
• Recursos Próprios
• Demais Recursos
A Base Monetária compreende o Passivo Monetário do Banco Central, que pode ser obtido no
balancete a partir da relação:
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Base Monetária = Papel-moeda emitido – Caixa em Moeda Corrente + Depósitos dos Bancos Comerciais
4.2. A Demanda por moeda
Assim como existe uma oferta de moeda pelo Banco Central e pelos bancos comerciais (via
mecanismo multiplicador), vamos encontrar a presença de uma demanda por moeda, por parte das
empresas e dos indivíduos.
A demanda por moeda pela coletividade corresponde à quantidade de moeda que o setor privado
não-bancário retém, em média, seja com o público, seja no cofre das firmas, e em depósitos à vista
nos bancos comerciais.
O que faz com que as pessoas e firmas retenham dinheiro que não rende juros, e não o utilizem na
compra de títulos, imóveis, entre outros ativos? Ou seja, quais são os motivos ou razões para que
exista uma demanda por retenção de moeda?
São três as razões que a Teoria Econômica apresenta, pelas quais os agentes econômicos desejam
reter moeda:
• Motivo-Transação: os indivíduos precisam de dinheiro para suas transações do dia-a-dia, para
alimentação, transporte, pequenas despesas, etc. Portanto, existe uma necessidade dos
indivíduos portarem moeda para realizar seus negócios diários. Também as empresas
necessitam manter recursos em caixa para cumprir seus compromissos empresariais
habituais.
• Motivo-precaução: o público e as firmas precisam ter uma certa reserva monetária para fazer
face a pagamentos imprevistos, ou atrasos em recebimentos esperados. Os agentes
econômicos lidam com a incerteza e dessa forma necessitam ter reservas para tratar com tais
acontecimentos.
Essas duas primeiras razões (transações e precaução) dependem diretamente do nível da renda
nacional. Quanto maior a renda nacional, maior será o volume de negócios e desse modo a
quantidade de transações na economia (e também os riscos), e portanto maior será a necessidade de
moeda para transações e por precaução.
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• Motivo-especulação ou Motivo-Portfólio: Os agentes econômicos decidem como vão montar
suas carteiras (portfólios) de ativos para preservar seu poder de compra (sua riqueza). Nesse
sentido, têm que escolher a composição de suas “cestas” de ativos, distribuindo o valor numa
certa proporção entre moeda e títulos, sabendo que quanto mais moeda tiverem, menor será
o rendimento do seu portfólios, mas em compensação maior será a sua liquidez.
Existe uma relação inversa entre demanda por moeda para especulação e taxa de juros. Vamos
imaginar que existam na economia somente dois tipos de ativos: moeda (M) e títulos (B). Os
indivíduos podem escolher a composição de seu portfólio (P) considerando diferentes participações
percentuais de moeda e títulos:
P = M + B
Se a taxa de juros for elevada, maior será o rendimento dos títulos, portanto maior será a quantidade
desse ativo na composição da carteira do indivíduo; conseqüentemente, menor a quantidade de
moeda que o aplicador deseja manter em sua carteira. Assim, quando a taxa de juros aumenta, a
demanda por títulos também aumenta, enquanto que a demanda por moeda pelo motivo-
especulação diminui.
Por outro lado, se a taxa de juros for baixa, menor será o rendimento dos títulos, portanto menor
será a quantidade desse ativo na composição da carteira do indivíduo; conseqüentemente, maior a
quantidade de moeda que o aplicador deseja manter em sua carteira. Assim, quando a taxa de juros
se reduz, a demanda por títulos também diminui, enquanto que a demanda por moeda pelo
motivo-especulação aumenta.
Desse modo, a demanda por moeda depende principalmente de duas variáveis: nível de renda e
taxas de juros, sendo que existe uma relação direta com a renda, e uma relação inversa com a taxa
de juros.
Assim, podemos decompor a demanda por moeda em três partes:
L = Lt(Y) + Lp(Y) +Le(i)
Em que:
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• L = Demanda Total por Moeda
• Lt= Demanda por Moeda pelo motivo transação, sendo função da renda “Y”
• Lp = Demanda por Moeda pelo motivo precaução, sendo também função da renda “Y”
• Le = Demanda por Moeda pelo motivo especulação, sendo função da taxa de juros “i”
4.3. O Equilíbrio no Mercado Monetário
Podemos agora visualizar como se dá o equilíbrio entre a Oferta e a Demanda por Moeda. Por um
lado, a oferta de moeda é exógena, determinada pelo Banco Central, e é independente da taxa de
juros do mercado, podendo ser considerada constante. Mesmo admitindo que os bancos comerciais
tenham o poder de criar moeda escritural, diante do mecanismo do multiplicador, ainda assim
considera-se que o Banco Central emprega os instrumentos de Política Monetária para exercer o
controle da Oferta de Moeda. Por outro lado, a demanda de moeda depende das variáveis renda e
taxa de juros, uma vez que a mesma se compõe dos motivos transação, precaução e especulação. Os
gráficos a seguir ilustram as curvas de oferta e de demanda por moeda:
O gráfico a seguir mostra que a curva de oferta de moeda (M) é representada por uma reta vertical,
paralela ao eixo representado pela taxa de juros (i).
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Como a oferta de moeda é uma variável exógena, qualquer que seja o nível da taxa de juros, o valor
de “M” é controlado inteiramente pelo Banco Central, através dos diversos instrumentos de política
monetária vistos anteriormente.
Por outro lado, a curva de demanda por moeda guarda uma relação inversamente proporcional com
a taxa de juros.
Por força do motivo-especulação, quando a taxa de juros é alta, os indivíduos preferem manter nas
suas cestas de ativos uma proporção maior de títulos. Assim, a demanda por moeda no mercado é
reduzida.
Mas, quando a taxa de juros é baixa, os indivíduos preferem manter nas suas cestas de ativos uma
proporção menor de títulos. Assim, a demanda por moeda no mercado é aumentada.
Finalmente, o equilíbrio no mercado monetário se dá no ponto em que a oferta de moeda é igual à
demanda por moeda (M=L).
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Note que nesse modelo a taxa de juros é determinada pelo mercado.
Estamos considerando uma hipótese simplificadora, de que só existe uma taxa de juros para todas as
operações de empréstimos no mercado.
Uma vez que a taxa de juros praticada no mercado financeiro resulta das interações da oferta e da
demanda por moeda, veremos na próxima aula como o Governo utiliza a Política Monetária para
afetar o nível do produto e da renda.
Veremos também como as mudanças na oferta e na demanda por moeda afetam o valor da taxa de
juros e os impactos que isso tem na economia como um todo.
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Exercícios e Questões de Concursos
01. (ESAF) - O impacto de um aumento da base monetária sobre o volume dos meios de pagamento será tanto maior quanto:
a) maior for a relação encaixe/depósitos à vista dos bancos.
b) menor for a relação encaixe/depósitos à vista dos bancos.
c) menor for a proporção dos meios de pagamento mantidos sob a forma de depósitos à vista nos bancos.
d) maior for a taxa de juros do mercado de capitais.
e) Nenhuma das anteriores
02. (ESAF-adaptada) - Numere a coluna da direita de acordo com a da esquerda:
1. Criação de meios de pagamento.
2. Destruição de meios de pagamento.
3. Nem criação e nem destruição de meios de pagamento.
( ) Depósito em caderneta de poupança.
( ) Depósito em Fundo de Investimento.
( ) Saque de conta de depósito à vista.
( ) Conversão de dólares por reais numa operação de exportação.
( ) Conversão de reais por dólares numa operação de importação.
A correlação numérica correta está contida na alternativa
a) 2, 2, 3, 1, 2.
b) 1, 3, 2, 2, 1.
c) 2, 3, 1, 3, 2.
d) 3, 1, 1, 2, 3.
e) n.d.a.
03. (ESAF) - Corresponde ao conceito de quase-moeda:
a) um depósito a prazo num banco comercial.
b) uma Letra do Tesouro Nacional.
c) um depósito em caderneta de poupança.
d) todas as alternativas anteriores estão corretas.
e) Nenhuma das anteriores
04. (ESAF) - É uma medida destinada a contrair os meios de pagamento:
a) Elevação da taxa de depósitos compulsórios dos bancos.
b) Compra de títulos públicos pelo Banco Central.
c) Diminuição da taxa de redesconto.
d) Diminuição da taxa de depósitos compulsórios dos bancos.
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e) Nenhuma das anteriores
05. (ESAF) - O que define a moeda é a sua liquidez, ou seja, a capacidade que possui de ser um ativo prontamente disponível e aceito para as mais diversas transações. Além disso, três outras características a definem:
a) forma metálica, papel-moeda e moeda escritural.
b) instrumento de troca, unidade de conta e reserva de valor.
c) reserva de valor, credibilidade e aceitação no exterior.
d) instrumento de troca, curso forçado e lastro-ouro.
e) Nenhuma das anteriores
06. (ESAF) - São fatores de expansão da base monetária:
a) vendas de títulos do governo ao público e expansão do redesconto.
b) vendas de títulos do governo ao público e expansão das reservas cambiais.
c) compras de títulos do governo em poder do público e aumento do coeficiente de encaixe dos bancos.
d) compras de títulos do governo em poder do público e expansão das reservas cambiais.
e) compras de títulos do governo em poder do público e redução das reservas cambiais.
07. (ESAF) - Acerca do multiplicador monetário em relação aos meios de pagamento, pode-se afirmar que:
a) o multiplicador bancário é sempre menor do que um.
b) quanto maiores os depósitos à vista nos bancos comerciais como proporção dos meios de pagamento, menor o multiplicador bancário.
c) quanto maiores os encaixes totais em dinheiro dos bancos comerciais como proporção dos depósitos à vista, maior o multiplicador.
d) quanto maior a proporção do papel-moeda em poder do público em relação aos meios de pagamento, menor o multiplicador.
e) o multiplicador bancário é sempre um número negativo, não obstante seu valor ser apresentado em termos absolutos.
08. (ESAF) - A entidade normativa superior do Sistema Financeiro Nacional, responsável pela fixação das diretrizes da política monetária, creditícia e cambial do Brasil é:
a) a Câmara de Comércio Exterior do Conselho de Governo.
b) o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
c) o Conselho Nacional de Política Fazendária.
d) o Conselho Monetário Nacional.
e) o Banco Central do Brasil.
09. (ESAF-AFRF 2003) – Considere:
• c: papel-moeda em poder do público / meios de pagamentos
• d: depósitos a vista nos bancos comerciais / meios de pagamentos
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• R: encaixe total dos bancos comerciais / depósitos a vista nos bancos comerciais
• m = multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base monetária
Com base nestas informações, é incorreto afirmar que, tudo o mais constante:
a) Quanto maior d, maior será m
b) Quanto maior c, menor será d
c) Quanto menor c, menor será m
d) Quanto menor R, maior será m
e) c + d > c, se d for diferente de zero
10. (ESAF- AFRF 2003) – Considere:
• M/P = 0,2.Y – 15.r
• Y = 600 – 1.000 . r
• Yp = 500
• P = 1
• Onde:
• M = oferta nominal de moeda;
• P = nível geral de preços;
• Y = renda real;
• Yp = renda real de pleno emprego; e
• r = taxa de juros
Com base nessas informações, pode-se afirmar que o valor da oferta de moeda necessária ao pleno emprego é de:
a) 80,0
b) 98,5
c) 77,2
d) 55,1
e) 110,0
11. (ESAF - AFRF 2003) – Não fazem parte do ativo do balancete consolidado dos bancos comerciais:
a) Os encaixes em moeda corrente.
b) Os redescontos e demais recursos provenientes do Banco Central.
c) Os empréstimos ao setor público.
d) Os empréstimos ao setor privado.
e) Os títulos privados.
12. (ESAF – AFRF 2005) – Suponha:
• c = papel moeda em poder do público / M1
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• d = 1 - c
• R = encaixes totais dos bancos comerciais / depósitos à vista
• M1 = meios de pagamento
• B = Base Monetária
• M1 = m.B
• c = d
Considere que no período 1 o valor para R foi de 0,5 enquanto que no período 2 esse valor passou para 0,6. Considerando que não houve variações nos outros coeficientes de comportamento, pode-se afirmar que o valor de m apresentou, entre os períodos 1 e 2:
a) uma queda de 4,100%.
b) uma queda de 6,250%.
c) um aumento de 6,250%.
d) um aumento de 4,100%.
e) uma queda de 8,325%.
13. (ESAF – AFRF 2005) – Não faz(em) parte do passivo do balancete do Banco Central:
a) recursos externos.
b) depósitos do tesouro nacional.
c) redescontos.
d) papel moeda emitido.
e) encaixes dos bancos comerciais.
14. (FAURGS/Agente Fiscal do Tesouro do Estado – 2006) - Sobre o estudo da moeda e dos instrumentos de política monetária, assinale a alternativa correta:
a) O conceito de Base Monetária inclui os títulos públicos em poder do público e as reservas mantidas pelos bancos comerciais no Banco Central.
b) O multiplicador do sistema bancário pode ser definido como o inverso da taxa de redesconto.
c) A curva de preferência pela liquidez é negativamente inclinada, pois mostra que a demanda de moeda para transações é uma função inversa da taxa de juros.
d) A compra de títulos e a diminuição da taxa de redesconto pelo BC são medidas que colaboram para cair a taxa de juros.
e) A troca de dólares dos exportadores por moeda nacional, pelo BC, é exemplo de destruição dos meios de pagamento.
15. (ESAF/ACE – 2002) - Com base nos conceitos de base monetária, M1 e multiplicador, é incorreto afirmar que:
a) define-se M1 como sendo papel moeda em poder do público mais depósitos à vista nos bancos comerciais.
b) define-se base monetária como papel moeda em poder do público mais encaixes totais dos bancos comerciais.
c) apesar de o BC não controlar M1, ele possui total controle sobre a base monetária.
d) o valor de M1/Base é conhecido como multiplicador dos meios de pagamento em relação à base monetária.
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e) o multiplicador não pode ser negativo
16. (VUNESP/ BNDES – 2002) - Considere a seguinte expressão do multiplicador bancário
m = 1 / [1 – d(1 – r)]
onde m é o multiplicador bancário, d, a razão depósitos à vista nos bancos comerciais/meios de pagamento, e, r, a razão reservas/depósitos à vista nos bancos comerciais. A partir dessa expressão, é possível afirmar, em relação ao multiplicador bancário, que:
I. será reduzido, caso o público passe a reter consigo, na forma de papel-moeda, uma parcela maior de seus meios de pagamento;
II. será elevado, caso os bancos comerciais aumentem seus depósitos voluntários junto ao Banco Central;
III. será elevado, caso o Banco Central reduza o valor do depósito compulsório.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) I e III
17. (ESAF/Analista – SUSEP – 2002) - Considere os seguintes coeficientes:
• c = papel-moeda em poder do público/M1
• d = depósitos à vista nos bancos comerciais/M1
• R = encaixe total dos bancos comerciais/depósitos à vista nos bancos comerciais
É correto afirmar que:
a) se c=d e R = 0,3, então o valor do multiplicador bancário será igual a 1,221, aproximadamente.
b) Se c=d e R = 0,3, então o valor do multiplicador bancário será igual a 1,538,aproximadamente.
c) se c = 0,7 e R = 0,3, então o valor do multiplicador bancário será de 1,961, aproximadamente.
d) se d > c e R = 0,2, então o valor do multiplicador bancário será necessariamente maior que 2.
e) se d=0, o valor do multiplicador bancário será zero, independente do valor de R.
18. (ESAF/ ENAP – 2006) - Considerando os conceitos relacionados com os meios de pagamentos e multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base monetária, é incorreto afirmar que:
a) quanto maior for a proporção (papel moeda em poder do público/M1) menor será o multiplicador.
b) a base monetária é definida como a soma entre o papel moeda em poder do público mais os encaixes totais dos bancos comerciais.
c) quanto maior for a proporção (encaixes totais/depósitos à vista) menor será o multiplicador.
d) os bancos comerciais podem elevar a liquidez da economia; a liquidez pode também ser influenciada pelo comportamento das pessoas em relação ao percentual de M1 que elas querem manter nos bancos.
e) se não existissem bancos comerciais, o valor do multiplicador seria zero.
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19. (VUNESP /ARF–SP –2002) - Dadas as determinações das Autoridades Monetárias quanto às reservas compulsórias dos bancos comerciais e assumindo- se o conceito restrito em meios de pagamento, pode-se dizer que o multiplicador dos meios de pagamento de um país reflete, principalmente, o comportamento:
a) dos bancos e do público não bancário, no que se refere a seus hábitos relativos, respectivamente, à concessão de empréstimos e ao uso do sistema bancário.
b) dos bancos e do governo, no que tange às respectivas políticas de encaixes voluntários.
c) dos bancos, do governo e do público não bancário, no que se refere a seus hábitos, exclusivamente, relativos ao uso da moeda manual.
d) do governo e do público não bancário, no que se refere a seus hábitos relativos à concessão de empréstimos e ao uso do sistema bancário.
e) do governo, exclusivamente quanto a sua decisão sobre o volume de emissão de moeda primária.
20. (ESAF/ AFPS-2002) - Considerando o balancete consolidado do sistema monetário, são considerados (as) como itens do passivo não monetário do Banco Central:
a) reservas internacionais e aplicações em títulos públicos.
b) empréstimos ao Tesouro Nacional e reservas internacionais.
c) depósitos do Tesouro Nacional e recursos externos.
d) base monetária e papel-moeda em poder do público.
e) encaixes compulsórios dos bancos comerciais e depósitos a prazo
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Gabarito dos Exercícios das Questões de Concursos
01 – B
02 – A
03 – D
04 – A
05 – B
06 – D
07 – D
08 – D
09 – C
10 – B
11 – B
12 – B
13 – C
14 – D
15 – C
16 – E
17 – B
18 – E
19 – A
20 – C