Download - Michel Foucault
Pedagogia II
UFJF
Filosofia da EducaçãoProf: Tarcísio Jorge Santos PintoAlunas:DANIELE MACEDO
IARA DIAS
LUCIA M.S. FAGUNDES
VIVIANE R. DE SOUZA
2012
Michel Foucault
Nascimento: 15 de outubro de 1926 Morte: 25 de junho de 1984 (57 anos)
Foi um importante filósofo pós moderno e professor
Nasceu em Poltiers, na França.
Paul-Michel Foucault, descendente de uma família que tinha a medicina como
tradição. Seu pai, Paul Foucault, era cirurgião e professor de anatomia na
Escola de Medicina de Poitiers e diretor de uma clínica bem
sucedida.
“A vida é curta, a arte é longa, a oportunidade é fugaz, a experiência enganosa, o julgamento difícil” –
Hipócrates (Pai da Medicina)
Na escola, apresentava dificuldades no processo de
aprendizagem. Foucault era uma criança frágil e míope, apelidado por
seus colegas de Polchinelle, que em francês representa a figura corcunda do teatro, sofrendo
preconceito por sua estrutura física. Aos 14 anos, presenciou o nazismo de perto, pois seu pai
supervisionava unidades médicas que a todo instante recebia muitos feridos. Michel observava aqueles
fatos e suas notas na escola despencavam mais ainda.
Michel Foucault frustrou as expectativas de seu pai ao interessar-
se por história e filosofia. Em 1940 ingressou no Colégio
Saint-Stanislas para estudar Filosofia. Três anos mais tarde obteve o título de
Bacharel. Em 1949 concluiu sua Licenciatura
em Psicologia. No ano de 1952 cursou o Instituto de Psicologia e obteve diploma de
Psicologia Patológica. No mesmo ano tornou-se assistente na Universidade
de Lille.
Foucault lecionou psicologia e filosofia
em diversas universidades
(Alemanha, Suécia, Tunísia, Estados Unidos e etc), escreveu para
diversos jornais e trabalhou durante muito tempo como
psicólogo em hospitais
psiquiátricos e prisões.
Autor de extensa obra sobre Medicina,
História e Ciência Política, Foucault
foi um crítico implacável da
Pquisiatria e da Psicanálises tradicionais.
Professor da cátedra de História dos Sistemas de
Pensamento no Collège de France de 1970 a 1984.
Todo o seu trabalho foi desenvolvido em uma arqueologia do saber
filosófico, da experiência literária e da análise do
discurso.
Seu trabalho também se concentrou sobre a relação
entre poder x governo, e das práticas de
subjetivação.
Bibliografia
Escreveu mais de 30 livros
Foucault e a EducaçãoO gênio Libertário
Foi um dos primeiros pensadores a denunciar o caráter normativo e normalizador da escrita
biográfica. A vida de qualquer indivíduo está sempre em
excesso em relação às palavras que falam sobre ela.
Aluno considerado brilhante,
foi mais tarde aclamado como um grande professor.
Em sua obra “Vigiar e Punir” o panoptismo, como ele analisa - o poder disciplinar de
uma sociedade moderna - retrata a forma de um pensamento em relação ao poder que
geram a imposição.
Vigiar... Punir ... Controlar e Excluir
Conceito de Foucault
Cada um em seu lugar,
bem trancado e sendo
observado por um vigia.
O Panóptico é um intensificador da
inexistência do ser.
O eu sem mim!
Presídios, Hospitais e Escolas!
No Brasil, na cidade de
Barbacena, Foucault
constatou o hospital mais
desumano que já havia
visitado...
Antes de Foucault, a teoria política concebia o poder como algo que uns tem e outros não, além
de estar associado à figura da Igreja ou do Estado. Toda teoria política clássica de Maquiavel,
contratualistas (Hobbes, Lock e Rousseau) à Marx, discutia como legitimar o poder de uns poucos sobre muitos e assim, manter a ordem social.
Maquiavel Hobbes
Lock Rousseau
Marx
Para Michel Foucault, o poder deveria ser, não como um objeto natural, mas como uma prática
social expressada por um conjunto de relações. Deve-se pensar o
poder não como uma "coisa" que uns tem e outros não, como, por
exemplo, o pai e o filho, o rei e seus súditos, o presidente e seus
governados, etc., mas como uma relação que se exerce, que opera entre os pares: o filho que negocia
com o pai, os súditos que reivindicam ao rei, os governados que usam dispositivos legais para
fiscalizar o presidente, etc...
Deste modo o poder é uma espécie de rede formada por
mecanismos e dispositivos que se estende por todo
cotidiano - uma rede da qual ninguém pode escapar.
Ele molda nossos comportamentos,
atitudes e discursos.
Foucault argumenta que nenhum poder que fosse
somente repressor poderia se sustentar por muito
tempo, porque, em determinado momento, as pessoas iriam se rebelar. Portanto, seu segredo é
que, ao mesmo tempo em que reprime, gera
conhecimento e corpos produtivos para o trabalho.
Michel afirmava que não adianta investir contra o Estado achando
que ele é a causa de todos os males.
Ele é apenas uma das representações desse poder que se
exerce em uma série de mecanismos que reproduzimos
todos os dias sem ao menos nos darmos conta disso. Por exemplo,
quando tratamos com autoritarismo nossos alunos, filhos, namoradas ou
pais.
E onde Foucault identifica estes focos de resistências locais aos
poderes? Nos movimentos ativistas pelos direitos
humanos, além de gays, negros, feministas, ecologistas
e outras minorias que se organizaram como pólos de
contra-poder, principalmente a partir da década de 1960,
quando emerge o pós-modernismo.Foucault não acreditava que a dominação e o poder
fossem originários de uma única fonte - como o Estado ou as classes dominantes -, mas que são
exercidos em várias direções, cotidianamente, em escala múltipla (um de seus livros se intitula
Microfísica do Poder).
Esse exercício de poder não era necessariamente opressor, podendo
estar a serviço, por exemplo, da criação. Foucault via na dinâmica entre diversas instituições e ideias, uma teia complexa,
em que não se pode falar do conhecimento como causa ou efeito de outros fenômenos. Para dar conta dessa
complexidade, o pensador criou o conceito de poder-conhecimento.
Segundo ele, não há relação de poder que não seja acompanhada da criação
de saber e vice-versa.
"Com base nesse entendimento, podemos agir produtivamente contra
aquilo que não queremos ser e ensaiar novas maneiras de organizar o mundo
em que vivemos".
“As luzes que descobriram as liberdades inventaram também as
disciplinas”
Michel Foucault
Qual foi a contribuição de MICHEL FOUCAULT para a Educação?
A educação para Foucault
A educação é como um meio para garantir ao homem sua felicidade e liberdade.E também, desenvolveralgumas ideias de como Foucault percebia e analisava a formação dos sujeitos modernos, e desmistificava a expressão “o sujeito desde sempre aí” ao relacionar sujeito, verdade e poder não excluindo a racionalidade, mas questionando a ideia totalitária de razão.Dentro dessas considerações encontra-se também de modo resumido, de como Foucault percebe a escola na construção do sujeito moderno.
O que Foucault define como Poder Disciplinar ?
A disciplina aumentava a força em termos econômicos e diminui a resistência que o corpo.
Dessa forma, que o corpo tem sido fonte de utilização econômica e só se torna útil se ao mesmo tempo, é produtivo e submisso.