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Luiz Fernando Cerri

Luiz Fernando Cerri

Ensino de Histria e Concepes Historiogrficas

Inicia com a definio da concepo de historiografia sendo, como uma vertente terica e metodolgica de um corpo formalizado de estudos, a histria, e por tanto um fenmeno disciplinar, forma de conhecimento institucionalizada. Considera o ensino de histria como um fenmeno social e no somente uma questo da educao formal, trazendo sentido ao tempo experienciado pela coletividade.

Ensino de Histria como um processo de constituio de identidade, relaes com o cotidiano do indivduo e no somente uma matria formal e escolar, fechada em si mesma. Ensino de Histria como um conjunto de muitas possibilidades, tantas quantos os usos sociais de histria possveis.

Uso do ensino de historia, pelo ocidente, para equacionar o problema de constituio de um passado capaz de unificar grupos sociais em um corpo poltico unico, a nao (Rusen) versao escolar moderna. O ensino de Histria a sntese das demandas polticas e sociais por identidade coletiva e orientao no tempo, do que deve ser conhecido e assimilado para as geraes futuras.

O conhecimento Historico e produzido em diversas instncias e que a cincia apenas uma delas. O ensino de histria, possu usos distintos, no pode ser entendido como uma transposio do conhecimento academico para o ensino.

Historiografia definida em 2 vertentes: A primeira entende que o ensino uma das coisas que se pode fazer com o conhecimento histrico, assim o ato do ensino no participaria do ato de produo do conhecimento, seria posterior e distinto. Vem a quetso como uma funo do pedagogo ou para o didata que pode ou no ter formao em histria, mas no um praticante dessa formao. A outra vertente, a do autor, defende que a historiografia uma reflexo didtica, dialogando com o espao externo a profisso, dentro da matriz proposta por Rusen. Produzir conhecimento ato de ensino e aprendizagem, aprender histria ato de contruo e reconstruo.

A verso tradicional acredita que a verdade esta nas coisas e extraindo delas vira conhecimento atravs dos interpretes, os sbios autorizados a emitir o discurso competente. Para eles o ensino apenas uma forma de transferncia, internalizao, desse conhecimento pre moldado pelos sbios para os alunos. O professor o centro do conhecimento e o aluno um aprendiz passivo. Presa pelo contedo, deixando de lado o dilogo crtico entre professor, aluno e a matria. A reforma dessa linha de pensamento tecnicista, na qual busca trazer filmes, mas sem problematiza-los.

Para as concepes crticas veem que os contedos so excludentes e desta forma alterando-os se faz uma educao mais integradora e crtica, afim de alterar como os alunos enxergam o passado e o presente. O aluno continua sendo o objeto, mas agora de outro sujeito e outro conhecimento. A verdade ainda esta nas coisas, mas a interpretao que estava errada, e a verdade agora est com quem critca. Ainda h uma verdade e o objetivo de transmiti-la. A verdade acima da ideologia e dos desvios doutrinrios, exemplo Lenin e a conscientizao do proletariado de sua explorao. Avanos do aluno sujeito e os sujeitos da histria, a questo so os limites dialticos dobrando em si mesma e relativizando.

Concepes genticas ou dialgicas, a verdade est nos olhos de quem v, a verdade est na produo coletiva do dilogo. Perspectiva de que o conhecimento no dado,mas resultado de um trabalho, de uma construo. Depende do estagio do conhecimento e do confronto das argumentao (Paulo Freire). Pedagogia do oprimido, colocando este elemento como sujeito. Histria no como cincia, pois no constroi uma verdade absoluta. Sendo assim o ensino da histria deve ser um dilogo. O parendizado se constitui no sentido de construir saberes novos em relao com saberes velhos, constitudos pela vivncia no mundo.


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