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Ill ANNO DOMINGO, 3G DE JULHO DS 1903 N : joti

S E M A N A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R À R IO E A G R ÍC O L A

A ssignaturaAnno, 18000 réis; semestre, .100 réis. Pagamento adc-antado. pan, 0 Braz.il, anno. 2$5oo réis | moeda forie).Avulso, no dia da publicação, 20 réis.

EDITOR— José Augusto Saloio— RUA DIREITA —A . LUEGALLKGA

P ublieaçóc§Annuncios— i . a publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,

Q 20 réis. Annuncios na 4.3 pagina, contracto especial. Os auto- graphos náo se restituem quer sejam ou não publicados.

PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

leceitam-se cosas grati­dão quaesquer noticias que sejam «le interesse piiMlico.

LUÍO XIIIDesappareceu nas som­

bras da morte um dos es­píritos mais lúcidos, uma das intelligencias mais es­clarecidas da nossa epocha.

Leão X III foi, em toda a extensão da palavra, um verdadeiro pontifice. Nos tempos calamitosos em que y nau da Egreja teve de resistir ás mais medonhas tempestades, a sua mão experiente de piloto soube sempre evitar os escolhos que poderiam fazel-a nau­fragar. Foi um diplomata e um bello pastor daáTal­mas... Conciliou os interes­ses do papado com os das nações e com os das clas­ses pobre e desprotegidas; é esse um dos maiores ti­tulos da sua gloria. Em to­da a parte creou sympa- thias. E’ certo que, depois de arrebatado o espirito pelas garras da morte, ces­sam odios e malquerenças e a todos se attribuem ex­cellentes qualidades; com 0 venerando velhinho, cuja vida acaba de extinguir-se, não succedeu isso; não te­ve em vida esses odios e malquerenças e depois dc morto cercam-n’o a adora­ção e o respeito de todos os que lhe tributavam a mais ardente veneração.

A egreja, combatida e com razão, pelos que que­rem derrubar as velharias e os processos anachroni- cos, sem comtudo quere­rem destruir a crença, que é ainda o privilegio das al­mas boas e santas, teve nelle um ardente defensor e um apostolo dedicado. Soube vencer pela persua­são, sem nunca empregar meios violentos. Por isso esse espirito cândido e bel­lo deixa o despojo material sem uma nuvem na cons­ciência, sem uma macula 110 coração.

Continuará o seu suc- cessor a obra tão custosa­mente emprehendida por Leão X III? Saberá levar a

bom porto a barca de S. Pedro? O futuro o dirá.

JOAQUIM DOS ANJOS.

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ALDEGALLEGA E 0 PROGRESSO

V II

A falta de elementos his- toricos na origem e funda-

Aldegalle-ção da villa de ga do Ribatejo, levou-me cheio de anciosa curiosida­de a perguntar por toda a parte se esta importante terra, com a sua immensa população, com todo o commercio que nella se exerce, com os innumeros elementos de que dispõe para ser grande, com a fer­tilidade do seu abençoado solo, estaria reservada a vi­ver através d.e futuros tem­pos na humildade ignorada da sua origem.

Não! responde a vóz da minha consciência, cheia de amor por esta terra que é a minha.

Não! repercute no espa­ço o som da trombeta do progresso e da civilisação.

Não! disse ha pouco a si­gnificativa visita de alguns eminentes homens de Esta­do a esta terra ; a quem os filhos de Aldegallega pres­taram sincera e justa ho­menagem, reunidos num só elo, empunhando o mes­mo estandarte, na mais franca e santa fraternidade, despidos de todas as cores que podem turvar tão sym- pathica quão significativa festa, até mesmo aquelles que ha pouco animavam com um sopro de vida es­sa esqueletica figura que se chama politica, até esses caem deante do mesmo al­tar, pondo deante de si a mesma toalha, ahi aspiran­do o perfume das flores, todos commungam a hós­tia das mesmas idéas dean­te das figuras desses futu­ros benemeritos em quem Aldegallega deposuou to­das as ardentes esperanças de vêr coroados de bom exito todos os esforços q .:e de futuro se hão de em­pregar no desenvolvimen­to e progresso desta terra.

Logo, abertas como es­tão as portas de um futuro

cheio de esperanças para Aldegallega, estou certo de que todos os filhos d'esta terra hão de acordar da lethargia em que teem vi­vido e escudados no eleva­do prestigio d* todos esses disiinctos cavalheiros que ha pouco os honraram com a sua visita, hão de gran- gear com amor e boa von­tade o bom nome a que Aldegallega tem direito; e eu, como um dos seus mais humildes filhos, faço votos para vêr progredir e des­envolver esta 'boa terra, que é a minha.

J0 Â 0 R A P H A E L AL.VES.

GOTO* AS SE2ÔES/Conclusão;

Nos casos em que não é possivel por meio de lim­pezas, aberturas de vpllas, canalisações, cultivo de plantas próprias (i), fazer desapparecer os charcos ou reservatorios de agua habitados pelos mosquitos, devem então empregar-se meios que matem esses animaes mesmo na agua. Para isso basta agitar a superfície da agua dos charcos ou-tanques com um panno embebido em petroleo, ou, quando as suas dimensões são maio­res, deitar n elles uma por­ção deste liquido, 10 cen­tímetros cúbicos por me­tro quadrado, para que todas as larvas de mos­quitos morram asphyxia- das. Em bebedouros, cis­ternas e outros reservato­rios, em que a agua é des­tinada a bebida de ani­maes, o emprego de petro­leo tem alguns inconve­nientes e póde ser substi­tuído por pó de flores de chysanthema ou margaça,6 milligrammas por litro, ou pelo gallol e larvicida,7 milligrammas por dez litros, que o commercio fornece por preço insigni­ficante.

Por este modo conse­guiram os americanos fa­zei- desapparecer da cida­de de Havana a febre ama- rella, que tambem é trans- mittida pelos mosquitos, e os inerlezes transformaram

a Serra Leôa, dantes ex­tremamente sezonatica, numa cidade mais salubre.

Na edade adulta, quan­do o mosquito deixou a agua e se tornou um inse­cto voador, a sua destrui­ção torna-se-, é claro, mais difficil e nesse caso os mei­os empregados visam mais á sua afugentação e á protecção contra as suas picadas que propriamente á sua morte.

Ao invez do que vulgar­mente se juiga, a luz inten­sa afugenta em geral os mosquitos; poucas são as especies que não esperam que diminua a luz do dia para sahirem dos recantos e logares mais escuros pa­ra assaltarem o homem e os animais. Por isso uma pratica aconselhavel é, pa­ra os que teem de perma­necer em pontos infesta­dos cie mosquitos durante a noite, a de accenderem grandes fogeiras que os afastem, não só pela luz como pelo cheiro das es- sencias queimadas. Nas habitações, o emprego de substancias de cheiro acti­vo, como ramos de euca- Ivpto, de pyrethro, de flo­res de chrysantema ou a queima de pó destas sub­stancias, produz muito bons resultados na exclu­são dos mosquitos.

A par destes processos com que conseguimos pro­teger-nos, atacando esses pequenos inimigos, outros se devem usar destinados a uma protecção passiva, égualmente já muito expe­rimentados e tendo forne­cido os melhores resulta­dos.

Nos logares sezonaticos, é conveniente recolher ao começar do crepusculo não sahir antes do dia claro. E’ isto já do conhecimento popular e no nosso paiz chegou a ser legislado para os trabalhos em arrozaes.

As janellas das casas de­vem ser protegidas por meio de rede fina de ara­me, de i mm,5 de malha o máximo, e as entradas com duplas portas da mesma rede, evitando-se assim a penetração dos mosquitos. Egual protecção devem re­

ceber as varandas e terra­ços.

Tem sido este systema empregado em Italia com o melhor exito, sendo na realidade notáveis os bene­fícios colhidos com elle.

O uso dos mosquiteiros nas camas é tambem dos mais recommendaveis. Os mosquiteiros devem, é cla­ro, ser feitos de modo a impedir a entrada de qual­quer mosquito sem impe­direm o facil accesso do ar e da luz. São portanto amplos e longos cortina­dos dum tecido muito le­ve, similhante ao dos veus, e de malhas apertadas apenas o bastante para não permiti irem a entra­da dos mosquitos. Devem preferir-se os mosquiteiros rectangulares e dispostos de modo a poderem intro­duzir-se as barras por de­baixo do colchão. .Como porém com esta disposi­ção, sendo mais difficil a penetração de alguns Ano­pheles, é mais facil ser mordido atravéz do teci­do em qualquer ponto do corpo que durante o som­no a elle se encoste, cos­tumam taes mosquiteiros possuir na parte inferior, até uma barra de tecido mais espesso para impe­dir a tromba do mosquito de a atravessar.

Outras praticas, como ter afastadas das habita­ções, as creanças pretas, ’ em cujo sangue os (Ano­pheles se vão facilmente infectar, a construcção das casas em logares altos, limpos pelos ventos, e o cór te de hervas altas do ter­reno que rodeia as habi­tações, são de aconselhar, embora muitas vezes de menos facil realisação.

Compreilende-se como todos os cuidados até aqui apontados são diíflceis de executar cabalmente na pratica e por isso o mais antigo processo de pro­tecção e sem duvida o que mais seguros resulta­dos offerece é o uo uso dos saes de quinina, toma­dos com o fim de tornar o organismo resistente aos parasitas das sezões. .

.Não é porém indiíferen-

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D O M I N G O

te £ modo de tomar os saes de quinina, visto que este medicamento produz incommodos importantes em muitos indivíduos, a. quem é impossível sup- portar o seu uso. Depois de muitos ensaios, chegou- se ao conhecimento duma receita em que os inconve­nientes da quinina são des­truídos pela sua mistura com outros medicamen­tos. E’ esta:Bichlorhydrato de quinina 10 centig.Citrato de ferro................. 3 centig.A ci.io arsenioso.. ............. i millig.Extractos am argos.......... 15 centig.:

Para uma pilula.

E’ preciso haver todo o cuidado em cada pilula ser feita separadamente, por­que d’outro modo um pou­co mais de acido arcenio- so que por acaso contenha alguma pilula pode produ­zir violentas dores de es- tomago.

D ’estas piiulas, os adul­tos devem tomar duas por dia, uma de manhã, outra á tarde.

Para as creanças, as pi- lulas devem ser substitui- das por o remedio. em li­quido e mais fraco:Bichlorhydrato de quinina i gr.Acido ãrsenioso.v.. I .• 8 decimillig:Citrato, de ferro......... i?5 miltgr.Extractos am argos.. . G/.5 milligr. Xarope de café.......... 100 gr.

Dissolva

As ■ creanças de i a 7 mezes devem tomar uma colhar de chá por dia, as de 7 mezes a 1 anno co­lher e meia, as de 1 a 2 annos 2 colheres de chá por dia, uma de manhã outra á noite, (2).

O emprego destas duas receitas tem dado os mais brilhantes resultados, pois que ha a accrescentar aos da protecção do individuo que toma o remedio o fa­cto de que, não havendo nas localidades onde todos fazem uso do medicamen­to individuos com sezões, os mosquitos não teem on­de ir, em geral, buscar pa­rasitas que os infectem e as suas picadas tornam-se inoffensivas.

Por este modo o trata­mento completo dos indi-

37 FOLHETIM

Traducção de J. DOS ANJOS

D E P O I S dT p E C C A D O— * —

L iv?o p r im e i ro111

— Sim, sim, senhor, respondeu asr.a Telemaco em tom de condescenden- cia; conheco muito bem essa cantiga; concordo com isso, para lhe ser agra-

' davel, mas não deixo cá a minha idéa. Em fim . minha filha, desejo que sejas feliz, accrescentou dirigindo-se á Ma­gdalena, e sobretudo que não percas

.a lembrança de tudo quanto te tenho feito. Quando precisares de mim, marida-me chamar.

— .Náo serei ingrata, sr.» Telemaco,

viduos com sezões torna- se um beneficio indispen­sável para os outros habi­tantes da povoação em que vivem.

O conhecimento deste facto mostra a vantagem dos municípios e socieda­des de beneficencia, a exemplo do que se faz na Italia e nalguns pontos do nosso paiz, fornecerem gratuitamente aos pobres os saes de quinina indis­pensáveis para o séu tra­tamento e protecção, bem como a conveniencia dos individuos atacados de im­paludismo serem tratados em casas protegidas por meio de redes ou leitos cobertos por mosquiteiros, de; modo que os Anopheles' não possam ir a elles bus­car os parasitas para se­mearem novas infecções.

Não devem, os que vi­vem em logares sezonati- cos dar pouca attenção á hygiene do seu viver, e de­monstrar tão largamente a pratica que 11111 dos cuida­dos mais importantes é o uso duma boa agua de be­bida, que por muito tempo se julgou ser a agua má a principal transmissora das sezões. Se hoje a scien­cia transformou esse modo de vêr, nem por isso deve haver menor cuidado em evicuar, pela filtração ou fervura, o uso de uma agua má, com todas as causas que perturbem ou enfra­queçam as diversas fun- cções do organismo.

Resumindo:— O impaludismo é pro­

duzido por um parasita que se se desenvolve no san-°'U£U w *

— Esse parasita que se desemvolve no sangue.

— Esse parasita é inocu- no sangue pela picada de certos mosquitos.

— Os saes de quinina tomados convenientemen­te previnem o organismo contra o impaludismo.

— Nas lucalidades sezo- naticas a destruição dos mosquitos, quer durante a vida aquatica, quer duran­te a vida no ar, e n prote-

respondeu friamente a Magdalena, e se algum dia lhe puder ser util, com todo o gosto o farei.

— Não esperaremos, para mostrar a nossa gratidão, que o destino rea lise os seus desejos, disse o Adriano.

— Sim, sim, accrescentou a Ma­gdalena, havemos de fazel-o quando formos casados.

— Muito bem, minha amiga, excla­mou o Adriano apertando-a nos braços; da'-me muito gosto falando assim.

— O que lhe parece que tenho em vista indo comsigopara Paris? tornou a Magdalena com simplicidade. Só te­nho uma espcança. é ser sua esposa.

— Veja lá o que valem as sua.; pro- phecias, disse o Adriano, zombando, á sr.a Telemaco.

— Quem viver verá! resmungou esta.

cção contra as suas pica­das são a principal base de defeza do impaludismo.

( i j A plantação de eucalytos nos terrenos pantanosos tem dado bon; resultados no enxugamento das ter­ras; p, rece porém que resultados mais brilhantes ainda se pódem obter com a plantação de casuarinas.

12! Estas receitas pódem ser usadas não só para prevenir as sezóes mas tambem para as curar. Neste caso, a dose para adultos.é de seis piiulas por dia, para doentes de 7 a 14.annos 4 piiulas, e só duas para aquelles de 3 a í> annos.

Para creanças mais novas empre- ga-se o remedio liquido. Duas colhe­res de chá por dia até aos 7 mezes, quatro até : anno, cinco a seis até 3 annos.

Sociedade das Sciencias M e­dicas de Lisboa.

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A phylarmonica i.° de Dezembro, desta villa, ten­ciona no proximo mez de setembro dar um passeio á Figueira da Fóz ou ao Porto.

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A as ss I w e r s s r i o s

Completou no dia 22 do corrente mais um anniver­sario natalicio, o nosso ami­go, sr. Antonio Vicente Nu­nes Marques.

Os nossos parabéns.— Tambem no mesmo

dia completou o seu i 3 .° anniversario natalicio, a gentil menina Maria, filha do nosso bom amigo Joeob Rodrigues, honrado nego­ciante d’esta villa.

As nossas felicitações.— No dia 29 completa

mais um anniversario na­talicio, a ex.ma sr.a D. Elvi- ra da Silva Tavares Ventu­ra, esposa do nosso iilustre amigo, sr. dr. Cesar Fer­nandes Ventura.

Antecipadamente lhe en­viamos os nossos sinceros parabéns.

Tem logar no proximo domingo, 2 de agosto, a inauguração do vapor com destino ás carreiras entre Lisboa e aquella localidade.

Era Alcochete bem digna d esse melhoramento, pois de ha muito que alli era sentida a falta de carreiras

E em voz alta continuou:A ’ sua vontade, meus filhos; se o

casamento os ha de fazer felizes, ca­sem-se, não se esquecendo nunca do que lhes fez a tia Telem aco,‘dou-me por satisfeita.

O fim d'esta phrase perdeu-se n'um barulho enorme. O comboio entrou na «gare». Abriram-se as portas e um empregado chamou passageiros. A sr.a Telemaco abraçou pela ultima vez a Magdalena, que se deixou levar pelo Adriano.

— Telegraphei para Marselha, para me reservarem um «coupé» até Paris, disse este ao conductor. Chamo-me Adriano Hervéy.

— E ’ este o seu logar. respondeu o con.’uctor abrindo a portinhola de um \va.gon.

A Magdalena hes tava cm subir, mas. a convite do Adriano, entrou,

diarias entre a capital e aquella villa por um vapor bom.

Póde o povo Alcocheten- se orgulhar-se de ter na sua terra as carreiras diarias para Lisboa e vice-versa por um vapor a que póde chamar seu, e por tal mo­tivo sinceramente o felici­tamos.

Consta-nos que o vapor recebe o nome de «Alco­chete».

------- —-*<38S>*-—«»-------- -êLoJíí do B a ra to

Os nossos amigos Mou­ra & Branco acabam de ex­por á venda no seu impor­tante estabelecimento, pelo rnodico preço de 110 réiso metro, as lindas cassas que ultimamente vendia a 120. E’ realmente uma pe­chincha que ninguém deve perder. Ir á rua do Caes,7 e 9.

iLastíaosa

Falleceu no dia 21 do corrente pelas 7 horas da manhã, Francisca Laiça, ca­sada, de 48 annos de eda­de, natural d esta villa.

Paz á sua alma e senti­dos pesamès a sua familia.

V aec isa

Na próxima quinta feira ha vaccina gratuita nos Pa­ços do Concelho das 10 ho­ras da manhã ao meio dia.

Aos c o n t r ib u in te s

Por todo este mez está aberto o cofre da recebe­doria deste concelho para a cobrança voluntaria da segunda prestação das con­tribuições relativas ao an­no de 1902.

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Sísiicriiso

Está bastante incommo­dado de saude, o ex.,n" sr. Domingos Tavares, digno presidente da camara. E’ seu medico assistente, o sr.

de cabeça baixa. Elle subiu atraz d'el la e, antes de terem tempo de se sen­tar, a portinhola foi fechada violenta­mente e o comboio poz-se em an­damento. Pareceu á Magdalena que via, atraz da porta envidraçada da sala da espera, a sr.a Telemaco agi­tando o lenço para lhe dizer adeus.

A Magdalena deixou-se cahir no banco, sacudida pelo movimento da carruagem, um pouco aturdida pelo movimento das rodas sotire as calhas, assustada pela rapidez d'aquella car­reira furiosa, tão nova para ella, e deixou-se ficar immovel, emquanto o Adri; no collocava as malas.

Nunca até aquelle dia, ella passara além da sua aldeia, e das coisas da vida só conhecia o que vira entre Antraigues e Vais. Portanto, ainda mesmo que fizesse sósinha a viagem a Par's, 'Ctia isso pdia ella um 31a-

dr. Manuel Fernandes da Costa Moura.

Estimamos-lhe um rapj. do e completo restabeleci, mento.

-------«Fuigaincnto

No tribunal judicial d’es- ta comarca respondeu em audiência geral, Antonio Caramello, natural desta villa, accusado do crime de furto de uma porção de cè- ra no valor de i8o$ooor$. ao e x ”° sr. Domingos Ta. vares. Foi condemnado em1 anno com 9 mezes e íjj dias de prisão maior cellu. lar ou na alternativa de] annos de África em posses­são de i.a classe.

LITTÍATURAv z y c m

/Continuado do n.° io5j

— Não se inquietem, meus filhinhos, por não ve­rem commigo o seu pa­p á ? .. . Não se pode de­morar, vem já . .. Ficou em casa da avó. .. P ensei que a mãe e o filho esta­riam melhor sem testemu­nhas, e disse ao cocheiro que me trouxesse directa­mente para aqui, onde sa­bia que estavam á espera,

Não accrescentou, a ex­cellente senhora, que recei- ando justamente a frieza do acolhimento que rece­beria, preferia expôr-se a elle sósinha, sem 0 mari­do assistir.

Ficaram ambos muito calados; a Marcella no seu proposito firme de má von­tade e o Jorge captivado pela graça risonha daquél- la «nova maman» que lhe tinham representado de fórma tão differente... secca e aspera como a pro­fessora ingleza!. . .

Com um certo enleio, a sr.a de Saint-Hubert pro- poz:

— Uma vez que esta­mos sós os tres, querem desembrulhar as coisas bo­nitas que lhes trago?...

Falando assim, fez saltar fitas, abriu os cartões esa- hiu triumphantemente a

ve acontecimento. Mas as condições em que ia, a presença do Adriano,» caracter culpável d’aquella fuga mys- teriosa, um vago remorso, a lembrai ça do pae, o attractivo do desconhe­cido. os conselhos da sr.a Telemaco, juntavam aquella commoção natural uma perturbação singular cujos effet- tos sentia pela primeira vez e que’ tornava de algum modo incapaz de pensar e de falar. O Adriano coro- prehendeu aquelle silencio e respe1- rou-o.

— Deite a cabeça no meu hombr° e feche os olhos, disse elle a ip.eia voz, tomado de um immenso ara01̂ por aquella creatura que se lhe entre­gava e de quem d'alli em deante erao unico protector.

'Continuai.

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assim que te recordas das

O D O M IN G O

k t m u n c i Q sImais bella das bonecas, ro­

s a d a , branca, loura, com urn vestido muito bonito de setim azul.

— O lh a ... M arcella... a tua nova filha. . . gostas cfelia?.. .

Mas a pequena nem se­quer ergueu os olhos; res­pondeu, de mau humor:

.— Bastam-me as que te­nho. Nao quero mais.

— S e rio !... Então não tens logar no teu coração para mais u m a?... Não acredito. . . não has de le­var muito tempo a gostar delia.

A pequena mordeu os beiços e calou-se.

— E tu, meu Jcrge. . . Que oizes a estes soidados e a este castello?. . .

E aos olhos encantados do Jorge appareceu um exer­cito de soldados minuscu- los, com fardas reluzentes e promptos para defender uma cidadella magnifica.

O pobre pequeno, ape­sar do seu desejo de se mostrar heróico, não pou­de resistir á tentação e abriu os braços ao seu the­souro.

Obrigado, oh! obri­gado, minha senhora. Es­tou muito contente.

Depois, c o m p r e h e n d e u que 'andara mal e temendo que a irmã se zangasse, começou a chorar.

Abriu-se então a porta de repente e apparceu o caprão de Saint-Humbert.

— Então! exclamou elle com alegria, estão conten­tes com a sua. mamansinha?

Mas vendo o aspecto das duas creancas, deteve- >se, com a expressão da physionomia mascula e leal subitamente ensombrada: a joven senhora ajoelhada deante do Jorge que solu­çava com ruido e resistia tanto quanto podia á bran­da pressão... A alguns passos, Marcella, pallida, com os labios comprimi­dos, na sua sombria obsti­nação.

De repente o sr. de Saint- Humbert reconstituiu a sce­na que acabava de passar e com entoação aspera disse:; — Entáo! é assim que os venho encontrar? Jorge, porque são. essas lagri­mas?. . . e tu, Marcella, é só o que tens a dizer a teu pae?...

A pequenita avançou e estendendo ao pae a mão gelada, murmurou:

— Bom dia, meu pae. Dezejo; que tenha tido uma boa viagem.

Elle afastou-a um pouco de si, para vêr melhor a expressão resoluta d'aquel- le rosto infantil, fiel repro- ducção do seu, e suspirou profundamente.: ■— Marcella!.. . disse, éj

minhas palavras?.. . Pare­ce que suffocaste a voz do coração, minha filha!

Como a pequena, com o rosto purpureadò, baixava a cabeça, contendo a gran­de custo a onda de lagri­mas quasi a trasbordar, a joven senhora intercedeu:

— Oh! não Henrique! nada de reprehensÕes ho­je ! . . . não quero que haja sombras neste bello d ia ... Verás que d’aqui a pouco somos excellentes amigos.

(Continua). ■

JOAQUIM DOS ANJOS.

ARTE CU LIN ARIA

Síeléra «le ssaoraiagos

Para cada kilo de mo­rangos é preciso 5oo gram­mas de assucar. Deitam-se os morangos em um tacho com meio litro de agua para cada 2 kilos, e submet- tem-se a fogo vivo duran­te- 8 minutos, mexendo sempre com a esçumadei- ra. Clarifica-se juntando 3o grammas de colia de peixe e o succo de 2 limões para 5oo grammas de moran­gos. Feito isto, despeja-se o todo a escorrer em uma peneira e espreme-se o que fica.

Como é sabido, quando ha trovoadas ou o tempo chuvoso se accentua, os morangos estragam-se em poucas horas a quem os não souber conservar. Pa­ra que durem em bom es­tado durante dois ou tres dias, basta, porém, esten- del-os em uma grade de vime ou em uma peneira, cobril-os com folhas de vi­de bem enxutas e guardal- os em sitio fresco sobre uma vasilha contendo agua fria.

A G R A D E C I M E N T OJosé Ferreira Rama e Ma­

nuel Ferreira Rama ve em, por este meio, por o não poderem fazer pessoalmen­te, patentear o seu eterno reconhecimento a todas as pessoas que se dignaram acompanhar á ultima mo­rada, sua querida mãe, An- tonia Maria de Bastos, e bem assim a todas aquel- las que durante a terrível doença a que infelizmente succumbiu, se interessaram do seu estado, mandando ou indo saber.

A todos, pois, protestam o seu eterno reconhecimen­to.

Aldegallega do Ribatejo, 2D de julho cie i q o 3 .

A i s r i N r u a s r c i o

(^ .a

Por este Juizo de Direi­to, cartorio do primeiro officio, e execução hypo- thecaria por divida, que move D. Beatriz Florinda de Almeida Pimentel e marido Sizenando Celesti­no Pimentel, contra Anto­nio Lopes e mulher, todos de esta villa, vão á praça pela segunda vez, á porta do Tribunal de esta co­marca, no dia 26 do cor­rente, pelo meio dia, para serem vendidos por preços superiores.a metade das suas avaliações, adeante > 'declarados, as seguintes propriedades:

Umas casas com sotão sitas na rua do Hospital cie esta villa foreiras em 5o réis annuaes com laude­mio quarentena, á camara municipal de este conce­lho, no valor de 160S000 réis. Unia morada de ca­sas, sitas na referida rua do Hospital no. valor de 65$>ooo réis.

São citados para as di­tas arrematações quaes­quer crédores incertos, nos termos e para os eííei- tos do numero i.° do arti­go 844 do Codigo Proces­so «Civil».

E para constar se passou digo «Civil».

Aldegallega do Ribatejo, i 3 de julho de 1903.

Verifiquei a exactidão.'

O JU IZ DF. D IR E IT O

Oliveira Guimarães.

O E S C R IV Á O

José M aria de Mendonça.

ANNUNCIO

COMARCA DE ALDEGALLEGA DO RIBATEJO

(^ .a Publicação)

No dia dois do proximo mez de agosto, pelo meio dia, á porta do tribunal ju­dicial de esta villa de A l­degallega, nos autos de inventario orphanologico por obito de Manuel Cae­tano Carregosa, morador que foi no sitio das Arro­theias do Esteiro Furado, se ha de arrematar cm hasta publica a quem mai­or lanço offerecer sobre o valor abaixo designado:

Uma rfazenda composta

de casas de habitação, e arrecadações, poço, vinha e arvores de fructo, no si­tio das Arrotheias do Es­teiro Furado, próximo a Sarilhos Pequenos, foreira em dois mil réis annuaes e uma gallinha ou trezentos réis por ella, a Luiz Alber­to Homem da Cunha Cor­te Real, e vae á praça no valor de 35oí$ooo. réis.

Pelo presente são cita­dos os crédores incertos para assistirem á dita ar­rematação e ahi uzarem dos seus direitos, sob pena de revelia.

Aldegallega do Ribatejo, 13 de julho de iqo3 .

o E S C R IV Á O

Antonio Augusto da SilvaCoelho.

Verifiquei a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O

Oliveira Guimarães.

G R A N D E A R M A Z É M

----* Í)E *—

5 JOSE DE6 Comp.a

Farinha, semea, arroz na­cional, alimpadura, fava, milho, cevada, aveia, sul­phato e enxofre.

Todos estes generos se vendem por preços muito em conta tanto para o con­sumidor como para o re­vendedor.

126l u a «1© Csses — ALDEGALLEGA

OS D R A M A S D A C O R T E

(Chronica do reinado de Luiz XV )Romance historico p o r

E. L A D O U C E T T E

Os amores trágicos de Manon Les- raut com o celebre cavalieiro de Grieux. formam o entrecho cfeste romance, rigorosamente historico, a que Ladoucette imprimiu um cunho cie onçinaiidade deveras encantador.

A corte de Lute xv, com todos òs seus esplendores e misérias, é escri­pta mrgistr; lmente pelo auctor d’0 Bastardo da Rainha , nas paginas do seu novo livro, destinado sem duvi­da a alcançar entre nós exito egual áquelle com que foi recebido em P a­ris, onde se contaram por milhares os exemplares vendidos.

A edição portuguesa do popular e commovente romance, será feita em fasciculos semanaes de 16 paginas, Je grande formato, illustrndos com soberbas gravuras de pagina, e cons­tará apenas de 2 volumes.

r é is « fasc icu loIOO réis © tomo2 valiosos brindes a todos

os assignantesPedidos á BibliothecaPopular,Em ­

presa Editora, 162, Rua da Rosa, 162 — Lisboa.

ouMEMÓRIA DESCRIPTIVA

das villas de CIXTltrl Jí COLLARE8

e seus arredores

Nova edição profusamente illustra­da com centenares de gravuras, e des­envolvida com grande numero deannotáçóes.

ED ICÃ O DE LU XO >

Publicação em cadernetas semanaes de 16 paginas, com 8 gravuras pelomenos, por 60 réis.

Pedidos á casa editora «A Camé­lia», Largo da M iserico rdh— Cintra, ou aos seus agentes.

S A L C H I C H A R I A M E R C A N T I L

J O A Q U I M P E D R O " J E S U S R E L O G I OCarne de porco, azeite de Castello Branco e mais

qualidades, petroleo, sabão, cereaes, legumes, mantei- gas puras de leite da Ilha da Madeira e da Praia d’An­cora e queijos de differentes qualidades.

Todos estes generos são de primeira qualidade e vendidos por preços excessivamente baratos.

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ALDEGALLEGA

ESTEVÃO JO SE DOS REIS— COM

OFFICINA D E C A L D E I R E I R O D E C O B R Ei i m i i i i i i i j i i i i i i i i m i i i i i m i i i i i i i i i i i i i i i i

Encarrega-se de todos os trabalhos concernentes á sua arte.

R U A D E J O S É M A R IA D O S S A N T O S ALDEGALLEGA

H g .JCO M P AN H IA F A B I U L S I N G E RP o r 500 réis semanaes se adquirem as cele­

bres machinas SINGER para coser.

Pedidos a AURÉLIO JO Ã O DA CRUZ, cobrador da casa a d c o c k tva e concessionário em P o rtu ­gal par a "a venda das ditas machinas.

Envia catalogos a quem os desejar, 70, rua do Rato,70 — Alcochete.

Page 4: LUÍO XIII ALDEGALLEGA E PROGRESSO - mun-montijo.pt · PROPRIETÁRIO—José Augusto Saloio leceitam-se cosas grati ... lo deixa o despojo material sem uma nuvem na cons

O D O M I N G O

GRANDE ARMAZÉM DO C C M E R C I O©ia] f f l

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C f t E G A f t A M W f l V S E / W D Ê S !TUDO MAIS BARATO!

Sfto fa^cnbas recehtDas cie fresca, c não reíaròacUts. Tcnàe-sc hiòcr por menos

30 RÉIS EM CADA METRO

òo que cm qualquer ca~a, c tUto-se importantes brinbes aos fregueses.$ proprietário pede a toi)os os impunes qxce antes ctc procurarem o sext estabeteei-

mento, palpitem os preços nos outros para assim poderem vêr quem venòe mais barato. írartkar pouco para venber mxtitor

PREÇO FIXO E INEGUALAVEL

Cassas desde 120 réis o me­tro.

Casimiras desde 400 réis o metro.

Lãs e semi-lãs desde 36o réis o metro.

Phantasias desde i 5o réis o metro.

Lã e seda desde 700 réis o metro.

Cotins, riscados, chitas e tudo quanto diz respeito a fa­zendas.

Neste estabelecimento só se annuncia o que ha e pelo minimo preço por que se pó­de vender; não se annuncia o que não ha por que não é lo­ja mista, unicamente tem ta- zendas, e não como outras

que apenas teem umas amostras para illudir o publico.Quando, por qualquer eventualidade, haja alguma casa que se queira pôr a

par desta egualando-lhe os preços, o proprietário do Grande Arm arem do Com m ercio, péde que confrontem as qualidades.

Nesta casa não se fazem milagres; limita-se o seu proprietário a ganhar muito pouco para assim dar grande desenvolvimento ao seu

commercio.T O J C W X V - T \ V 7 0 5 A V - X V , X V W W C 7 \ \ ! K V -^73 .X V X V A V A V A V « V -A V - X V K V A M K V K V K V K V K V

(IHIPIÍLARIÂ IUBIÍÍKOTem lido esta casa um desenvolvimento extraordinario devido d solide^

com que teem sido feitos todos os trabalhos concernentes a chapelaria. Todos os trabalhos são executados r i esta casa com a maxima perfeição, rapide^ e mo­dicidade de preços, tanto nos de encommenda como nos concertos, para o que

: tem pessoal habVitado.

f r a p . Serpa P in to - A Í . B E S M L E S Â 0 0 1 M T H Í .

w m * -

A© COMMEnCI© ©0 FOVOEstabelecimento com m aior sortido, que mais van­

tagens offerece, e que tem p o r norma vender a. todos os seus fregueses pelo mesmo preco sem illu d ir C O M MILAGRES!...

N ã o se dão brindes; pois para tal era preciso venderMAIS CARO

Todas as transacções se fa\em com seriedade. Visitem o C O M M E R C IO D O P O V O .

8 $ , 3 0 - e s q u i n a h a r u a d o c o n d e.llílej-ísilcga «So iU b atrjo

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das Gaz e Electricidade, de Lisboa, a 5 0 0 réis ca­da sacca de 45 kilos.

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o copo

JLstrgo da Caldeira— ... a l d e g a l l e g a * -

L O J A DO B A R A T O12 6

MOURA & BRANCO

RELOJOARIA GARANTIDADE

AVELINO MARQUES CONTRAMESTRE

Relogios der ouro. de pfata. de aço. 'de nickel, de flaq.net, de pharita- arneriçan.ris. suissos de parede, marítimos, despert dores americanos, des­

pertadores de phantasia, despertadores com musita. suissos de rlgibeira com corda para oito dias.

Recommenda-se o relogio de A V E L IN O M A RQ U ES C O N T R A M E S T R E , um bom escape d'nncorn muito forte por 5Sooo réis.

Oxidi.m-se caixas d'aço com a maxima psríeiçáo. Garantem-se todos os concertos.O proprietário d’esw relojoaria compra ouro e prata pelo preço mais elevado.RI J A DO P O Ç O — 1 — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO

Os proprietários d'este estabelecimento acabam de receber um importante sortimento de casimiras, cha­péos, calçado, bombasinas, sedas, chitas, brocados, en­feites, rendas, etc., taes como:

Finas casimiras para feto, cortes com 3 metros des­de i $ 5oo a 11 $000 réis;

Um saldo de 80 peças de chitas que eram de i 5o a 100 réis;

Patentes desde 70 a 240 réis;Grande variedade de lãs em phantasia desde 36o

a 900 réis;Lindos riscados zephires a 115 réis;Lenços de seda desde y5o réis;Sortimento completo de calçado para homem, se­

nhora e creanças;

U L T I M A N O V I D A D ELindas cassas muito finas e largas a 3oo réis;Finas sedas a 5oo réis;Setins muits largos de primeira quulidrde a i 83oo;Panninhos de todas as côres, largos, a 110 réis;Chapéos de sol automaticos, de seda, a 3$ooo réis;Cotins em phantasia para fato de creança, desde 260;Laços de seda, modernos, a 100,réis;Lindos meltons para capas a i5>2oo réis;Chapéos para homem desde 700 réis;Piugás com canhão de côres para creança desde 120;Piugás para homem desde 3o réis;Rendas, enfeites, entremeios, bordados, grande sor­

timento a preços baratíssimos.Pedimos uma vLica ao nosso estabelecimento para

que possam apreciar o grande sortimento Je cassas de fino gosto que acabam de chegar e que se vendem pelo preço de 160 réis o metro.

Preços mais baratos que em qualquer outro esta­belecimento.

V E N D A S A P R O M P T O E P R E C O FIXO

W A BO C M S , $ -.AlMlcga

JOSÉ DA ROCHA BARBOSAt'«a§3 « f Í2«*laa;a de C o r r e e ir o e $ c l le Í r o

18, 1ÚJA DO FORNO, 18A ÍL @3> SC €» .% I, S, fii ín A

MOTIM DO DIARIO DE NOTICIASA G U E R R A A N G L O - B O E R

Impressões do Transvaal

Interessantíssima narração das Iurtas entre inglezes e boers, «illustrada» orn numerosas zinc o-g: avun s de «homens celebres» do 1 ransvaal e do

Orange. incidentes notáveis, «cerioS e batalhas mais cruenta - daG U E R R A A N G L O - B O E R

Por um funccionario da Cruz Vermelha ao serviçodo Transvaal.

Fasciculos semanaes de 16 pag in as......................3o réisTom o de 5 fa scicu lo s ....................................... 1S0 »A G U ERRA ANG1.0 B O E R é a obra de mais palpitante rctualidade.

N’ella sáo descriptas, «por uma testemunha presencial». as differentes phases e acontecimentos emocionantes da terrivel guerra que t e m e s p a n t a d o o mundo inteiro.

k G U E R R A ANGLO -! O E R faz passar ante os o l h o s do leitor todas as«grandes bat; lhas, combates» e «es;aramuças» d'esta prolongada e acerriffl* lueta entre inglezes, transvaalíanos e oranginos, verdadeiros prodigios de heroismo e tenacidade, em que sáo egualmente admiravéis a coragem e de-dicação patriótica de vencidas e vencedores.

Òs incidentes variadíssimos d’esta contenda e tre a poderosa InglaKf ra e as duas pequ nas republicas sul-africanas, decorrem atravez de vcriM* deiras per pecias.; por tal manei a oram; ricas e pittorescas, que dão á GUt-K- RA ANG LO B O E R . conjunctamente com o-irresistível attractivo d uma iwr n-tiva h.storica dos nossos d as, o encanto da leitura romant:sad.a.

A Bibliotheca do D IA RIO DE N O TICIA Sapresentando ao publif.o e ;ta obra em «esmerada edição,» e por um p- eço d1 minuto, julga prestar um serviço aos irim ero;os feitores que ao m e.'^ tempo desejam deleitar-se e adquirir perfeito conhecimento dos s u c c e s s ’ que m ai- interessam o mundo culto na actualidade.

Pedidos d Fm pre-a do D IA R IO D E N O 7 IC IA S Rua do Diario di; Noticias, i io — LISBOA

Agente em Aldegallega — .1. Mendes Pinheiro Junto*■


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