Download - Jornalesas Junho 2010
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1º lugar no Innovation Challenge
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Noite de Teatro
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O que é uma república
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2º Prémio Ecológico
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À conversa com Olga Moutinho Presidente do Conselho Geral Entrevistada por de Vanessa d’Orey (10ºF) e Diana Castro (10ºG)
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O Conselho Geral (C.G.) é um
órgão de direcção que foi criado
pelo Decreto-Lei 75/2008, vindo
substituir a Assembleia, com o
objectivo de reforçar a participação das
famílias e da comunidade na direcção estra-
tégica dos estabelecimentos de ensino.
De acordo com as necessidades identifica-
das pela tutela, tornava-se necessário
garantir os direitos da participação não
apenas aos responsáveis pelo processo edu-
cativo — o pessoal docente — mas também
alargar o poder de intervenção de todos
quantos mantêm um interesse legítimo na
vida e nas actividades da escola, asseguran-
do simultaneamente, a integração da escola
na comunidade que serve.
Para a consecução desta finalidade, têm
obrigatoriamente assento no Conselho Geral
o pessoal docente e não docente, os alunos
do ensino secundário, os pais e encarrega-
dos de educação, a autarquia e a comunida-
de local. Na nossa escola, dando cumpri-
mento ao determinado no Regulamento
Interno, a cooptação dos membros da comu-
nidade obedeceu a critérios que se prendem
com o nosso projecto educativo e com as
linhas de força do Plano Anual de Activida-
des. Essa representação está a cargo da
FEUP, da AMA e do IPATIMUP— instituições
com as quais mantemos já há algum tempo
parcerias e cuja inclusão no C.G. se afigurou
vantajosa.
O C.G é portanto um órgão colegial—com
poderes alargados relativamente ao órgão
que veio substituir — a quem compete a
aprovação das regras essenciais do funciona-
mento da escola, decisões estratégicas e de
planeamento e a avaliação e acompanha-
mento da sua concretização. É, por exem-
plo, neste órgão que são definidas as linhas
orientadoras para a elaboração da proposta
anual do orçamento, ou seja, que estabele-
cem critérios quanto às despesas prioritá-
rias—depois de garantido o pagamento de
gastos correntes—assegurando-se que crité-
rios de natureza pedagógica se sobrepo-
nham aos demais. Cabe ainda ao C.G. ava-
liar as candidaturas ao cargo de director,
proceder à sua eleição e conferir-lhe posse.
O director, esse primeiro responsável da
escola dotado dos poderes necessários para
executar localmente as medidas da política
educativa e para implementar o projecto
educativo da escola, tem dever de ―prestar
contas‖ perante o C.G., que dará o aval à
sua acção educativa, podendo dirigir-lhe
recomendações que visem a melhoria do
serviço prestado, ou que, em casos extre-
mos, presumo, o poderá demitir.
Em que medida o Conselho Geral pode
melhorar a vida da Escola?
Sendo o C.G. um órgão colegial constituído
por pessoas de diferentes áreas académicas
e profissionais é óbvio que essa perspectiva
transversal mais ampla do saber se traduz
no enriquecimento próprio da partilha de
experiências. Penso não dever considerar-
se presunção assumir que todos os membros
do Conselho Geral tenham «aprendido»
alguma coisa pelo facto de fazerem parte
deste órgão.
Há que sublinhar que, sendo as linhas de
acção, as práticas da Escola amplamente
expostas e exaustivamente debatidas, há
sempre questões e problemas para os quais
encontramos ajuda no C.G.. É nítido e com-
pensador poder verificar a cumplicidade de
todos na busca de soluções para os proble-
mas detectados.
A título de exemplo, refiro que a Escola
aderiu a um programa de auto-avaliação
por sugestão do representante da FEUP,
que, ao dar-nos a conhecer essa ferramen-
ta, impediu que tivéssemos aderido a um
outro serviço que teria ficado extremamen-
te dispendioso.
Também o Regulamento Interno vigente
este ano lectivo apresentou um novo rosto,
um novo formato. Tal ficou a dever-se à
sugestão de uma representante da APESAS,
que, devido à sua formação na área de
Direito, considerou que o documento deve-
ria organizar-se por secções e artigos a
exemplo do que acontece com as leis. Esta
ideia foi acolhida pela equipa redactora e
dela resultou, inequivocamente, um RI mais
organizado e de mais fácil leitura.
E estes são apenas dois exemplos.
A cooperação entre os diversos sectores
presentes no C. G. é pois frutífera. Como a
nossa Directora costuma dizer «a Escola
não se fecha em si mesmo». A Escola está,
efectivamente, aberta ao exterior, está
atenta às vozes que se fazem ouvir no sen-
tido de introduzir melhorias no nosso rumo
educativo.
E o C. G. é o espaço privilegiado para a
partilha e o saber ouvir.
Até agora, qual considera ser o momento
mais marcante do seu mandato?
Apesar de outros momentos particularmen-
te gratificantes, destacaria como o momen-
to mais marcante desta minha experiência
como Presidente do Conselho Geral o facto
de ter participado, ainda como Presidente
do Conselho Geral Transitório no processo
de recrutamento do Director. Aquando da
alteração legislativa que pôs fim aos Conse-
lhos Executivos e a uma eleição deste órgão
de gestão em que participavam todos os
docentes, foi para mim motivo de grande
regozijo fazer parte da comissão especiali-
zada que avalizou a candidatura da Profes-
sora Delfina Rodrigues por se tratar de
alguém que, enquanto Presidente do Con-
selho Executivo, dera já provas de dedica-
ção e competência e que, paralelamente,
era o garante da manutenção de um clima
de escola afável sem, no entanto, perder
de vista a necessidade de dar continuidade
a um serviço público de qualidade e de
rigor que tinha (e tem) caracterizado a
nossa prática educativa, e que torna a
Aurélia de Sousa uma escola de referência
na cidade.
Numa altura em que, por força de lei, o
Director é investido de novos e mais alarga-
dos poderes foi reconfortante e tranquiliza-
dor «entregar» essa responsabilidade à
Professora Delfina Rodrigues. Presidir à sua
tomada de posse foi mais um motivo de
orgulho pessoal.
―Aurélia‖ – de Escola Industrial a Secundária
Texto de Fernanda Melo e Elsa Rocha - Professoras Grupo Aurélia 50
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A Escola Secundária Aurélia de Sousa é assim
denominada a partir da publicação da Porta-
ria 608/79 de 22 de Novembro, data em que
se uniformiza a designação das antigas esco-
las industriais, comerciais e liceus para escolas secun-
dárias. Esta alteração reflecte as preocupações demo-
cratizantes do poder político que resulta da Revolução
de 25 de Abril de 1974, crente que, até então, a sepa-
ração dos dois tipos de ensino acarretava a estigmati-
zação social dos alunos que frequentavam as escolas
técnicas.
A primeira Escola Aurélia de Sousa foi criada em
1948, através do Decreto-Lei 37028, de 25 de Agosto,
no âmbito da Reforma do Ensino Técnico levada a
cabo pelo Estado Novo no pós – guerra, com a dupla
finalidade de desenvolver uma alternativa ao ensino
liceal e de preparar operários e técnicos para os pro-
jectos de industrialização em curso.
Surge, assim, a Escola Industrial Aurélia de Sousa,
para frequência exclusivamente feminina, na qual se
vão ministrar, após um Ciclo preparatório de dois
anos, o Curso Geral de Formação Feminina, quatro
anos, e as especializações em Bordadeira / Rendeira,
Modista de Vestidos e Roupa Branca, dois anos.
É, no entanto, durante a vigência da 1ª República que
se encontram os primórdios deste ensino técnico
feminino na cidade do Porto. Em 1925, na Escola
Industrial Faria Guimarães, até então destinada ao
ensino de rapazes, é criado, para estudantes do sexo
feminino, o curso de Lavores Femininos.
Os governos da República davam sinal da vontade de
alterar o estado de atraso económico e social em que
se encontrava o país, marcado pela enorme percenta-
gem de analfabetos que ascendia aos 69,6 % em 1911.
Apesar dessa vontade, os problemas de ordem política
e financeira que a marcaram impediram a criação de
condições minimamente dignas para o funcionamento
deste incipiente ensino técnico feminino.
A Escola Industrial Faria Guimarães é extinta pelo já
citado Decreto – Lei 37028, criando – se, em sua subs-
tituição, a Escola de Artes Decorativas Soares dos
Reis, uma Escola Técnica Elementar na zona oriental
da cidade e a Escola Industrial Aurélia de Sousa, a
«nossa» actual ESAS.
―A nossa empresa foi seleccionada entre as 20 empresas apuradas a nível nacional!‖
Por Maria Manuel do 12ºE
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A o longo do ano, as turmas do
Curso de Ciências Socioeconó-
micas desenvolveram um pro-
jecto denominado ―A Empre-
sa‖ da JuniorAchievement. Deste modo,
surgiu o desafio de nos juntarmos em
grupo e criar a nossa Mini-Empresa com
um ciclo empresarial comum às empre-
sas ditas reais. A JuniorHart, AE é uma
jovem empresa criada no âmbito deste
projecto por quatro alunos do 12ºE.
Durante o ano vimos a nossa empresa
crescer e, para isso, tivemos que reali-
zar um conjunto de actividades que nos
permitiram ter sucesso como, por exem-
plo, a elaboração do plano de negócios,
de estudos de mercado etc. No decorrer
do projecto surgiu a oportunidade de
nos candidatarmos à competição nacio-
nal que é celebrada anualmente pela
Junior Achievement Portugal . Neste
evento, as Mini-Empresas seleccionadas
apresentam, orgulhosamente, os resul-
tados do seu negócio e dos conhecimen-
tos adquiridos. Esta apresentação é fei-
ta perante um painel de júris que irá
avaliar de que forma cada equipa vai ao
encontro dos critérios estabelecidos. A
JuniorHart, AE concorreu e ficou selec-
cionada entre as 20 empresas apuradas
a nível nacional! Por conseguinte, pre-
parámos bem a apresentação e o nosso
relatório final de actividades e fomos a
Lisboa, no passado dia 2 de Junho,
expor a nossa ideia de negócio. Infeliz-
mente, não ficámos no pódio mas a
experiência de estar presente e parti-
cipar num evento desta dimensão já
foi muito gratificante para nós, jovens
gestores.
Os alunos na apresentação da sua ideia de negócio — Lisboa
―(…) estar presente
e participar num
evento desta
dimensão já foi
muito gratificante
para nós‖
Mª Manuel, João, Daniel e Nuno
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A convite do grupo de Economia recebemos, em Maio, na ESAS, um conferencista muito
especial, o economista Carlos Costa que deixa a vice-presidência do Banco Europeu de
Investimento para suceder a Vítor Constâncio no cargo de governador do Banco de Por-
tugal.
Numa linguagem acessível, pautada por exemplos práticos, consciencializou para os
desafios da União Europeia e deixou alertas muito importantes para o nosso futuro.
Foi uma conferência memorável em que não foi esquecida a preocupação com os gastos
excessivos dos estados europeus numa economia que não produz o suficiente para garan-
tir a sustentabilidade do sistema e a valorização do papel da escola na construção de um
País mais competitivo.
Carlos Costa Governador do Banco de Portugal na ESAS Alunos do 10ºF
Concurso da Junior Achievement
1º lugar no Innovation Challenge Por José Soares Director do Curso Profissional de Técnico de Marketing
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A Patrícia ganhou um concurso de Empreendedorismo
organizado pela Junior Achievement
Patrícia Cerejo
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Alunas do Curso Profissional Técnico de Marketing
Inês Montenegro
N o passado dia 1 de
Junho de 2010, na
ESAS, no período da
tarde, os alunos do 12º
ano deram a conhecer à comuni-
dade os projectos que desenvol-
veram durante este ano lectivo.
A apresentação dos projectos
iniciou-se no auditório com uma
pequena sessão de divulgação
dos vários trabalhos realizados,
seguindo-se a exposição dos pro-
dutos elaborados no corredor de
acesso ao bar. Este espaço foi
muito concorrido e animado,
demonstrando que o entusiasmo
de um trabalho (bem) cumprido
ainda impulsiona os alunos.
Apresentação dos projectos do 12ºano
Por Clementina Silva (profª) - Fotografia de António Carvalhal (prof.)
A aluna Patrícia Cerejo do Curso Profissio-
nal de Técnico de Marketing da ESAS,
integrada num grupo composto por mais
quatro elementos de outras escolas, obte-
ve, no passado dia 7 de Maio, o primeiro lugar no
Innovation Challenge. Este concurso consiste na
resolução de um problema proposto por uma
empresa, nesta edição a SONAE, num curto período
de tempo. O desafio foca-se em processos inovado-
res e criativos baseados em desafios de negócios
reais com os quais as empresas têm que lidar no
seu dia-a-dia.
Na sequência deste evento a aluna Patrícia Cerejo
participou na Competição Europeia anual organiza-
da pela Junior Achievement – Young Enterprise
(Junior Achievement Europa), realizada em Bruxe-
las, nos dias 25 e 26 de Maio de 2010, onde obteve
um excelente terceiro lugar. Nesta edição partici-
param, além de Portugal, representantes da Bulgá-
ria, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Grécia, Itália,
Roménia, Turquia.
A Competição Europeia consistia na resolução de
um problema social que implicasse a angariação de
fundos, tendo o grupo da Patrícia apostado nas
problemáticas da reciclagem e da poluição.
―JRA em Acção‖ por Equipa JRA
ESAS representa
Portugal na Alemanha Por Tatiana Correia, Marta Alves e Jorge Santos, do 11ºB Fotografia de Sirje Kivil
U ma babel de línguas diferentes, pessoas de vários
pontos da Europa, estudantes e professores, um
objectivo comum: proteger um ovo cru de uma
queda de 2 andares. Nenhum partiu. Mas isto foi só
o começo. O nosso verdadeiro desafio é, no mesmo contexto,
desenvolver uma declaração para proteger a água do nosso
planeta.
Como devem ter lido na última edição do Jornalesas, a nossa
escola esteve representada no Parlamento Europeu da Ciência
em Aachen, Alemanha, que se realizou de 21 a 25 de Março, e
cujo tema era a Água. Fomos acolhidos pela Câmara Municipal
de Aachen, pela Universidade local e pela Associação Mosaica
na pousada da juventude. Os dois primeiros dias foram uma
preparação para o debate que levou à finalização da Declara-
ção de Aachen, que vinha sendo elaborada desde Julho em
debates num fórum online. Esses dois dias iniciais foram mui-
to importantes para nos apercebermos de que, mesmo sendo
tão diferentes, é possível trabalharmos conjuntamente em
prol do mesmo sonho: o respeito pela água por parte de
todos. Já no Parlamento, o nosso trabalho foi um pouco dife-
rente: fomos divididos em grupos temáticos onde debatemos
assuntos mais específicos como a economia, a tecnologia, a
política, a sociedade e a responsabilidade associadas à água;
no final, houve debate geral em plenário e consequente apro-
vação da declaração. Também no Parlamento deparámo-nos
com diferentes realidades, mas nem por isso o nosso trabalho
foi afectado, antes foi enriquecido.
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N o final do ano lectivo de 2009-2010,
damos conta da conclusão do projecto
―Um pouco mais de Azul‖. Estivemos
atentos durante todo o ano a seguir um
processo de pesquisa, de informação no terreno e
divulgação. Os resultados são muito positivos. Tive-
mos informação de fonte limpa que, neste verão de
2010, todas as praias da orla costeira da nossa cida-
de são candidatas à Bandeira Azul da Europa com a
excepção, compreensível, da praia do Edifício
Transparente. Segundo informação dada em entre-
vista pela directora da ETAR das Sobreiras, Enge-
nheira Elsa Ferraz, a ETAR trata as águas residuais
da zona da Foz e lança-a com um grau de qualidade
muito aceitável no Rio Douro. Os riachos que
banham a área do novo Parque Oriental, recente-
mente inaugurado, foram limpos conforme os
objectivos explícitos no projecto base do parque.
Foi essa a informação que recolhemos do arquitecto
paisagista Sidónio Pardal aquando da visita que
guiou com a associação ambiental Campo Aberto
em que se incluiu um grupo de interessados da
ESAS. A cor das águas da nossa cidade é, sem dúvi-
da, muito mais Azul.
Como conclusão do nosso projecto, faremos uma
festa no Parque Oriental da cidade a celebrar o Dia
Internacional do Ambiente, dia 5 de Junho. E para o
ano haverá mais!
Procure a solução na sala do
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Página 7 •
N o passado dia 11 de Mar-
ço, a equipa dos JRA e os
elementos do 11ºB selec-
cionados para representar
Portugal em Aachen, na Alemanha,
realizaram uma visita de estudo à
ETAR das Sobreiras. Esta era uma das
visitas que mais ansiávamos, mas
receávamos não poder recolher uma
história de fim feliz.
Recebeu-nos a Engenheira Elsa Fer-
raz, com grande alegria e entusias-
mo. Forneceu-nos informações acerca
do tratamento das águas residuais,
nomeadamente os três processos
principais: um primário, onde se
separam os sólidos grosseiros, areias
e gorduras; um secundário, onde se
utilizam bactérias em reactores bio-
lógicos; e, por fim, um terciário,
onde realizam a desinfecção da água
e a remoção de nutrientes, evitando
assim a formação de algas à superfí-
cie que inibiriam a entrada de luz
(eutrofização).
A água que será lançada novamente
para o rio não é potável; mas pode
ser utilizada para fins industriais,
limpezas ou como água de rega, por
exemplo.
Destacamos um extracto da entrevis-
ta que fizemos à Directora da ETAR:
JRA: Muitos cursos de água do Por-
to confluem para este local. Foi um
risco a construção desta ETAR, ten-
do em conta a densidade populacio-
nal à sua volta?
Direcção da ETAR: A construção da
ETAR nesta zona foi favorável. Os
problemas só começaram depois de
ter entrado em actividade. Uma ETAR
precisa de estar sempre a trabalhar,
as 24h e, se houver maus cheiros, a
população local queixa-se logo. (…)
Os camiões que fazem a recolha das
lamas, que têm um cheiro diferente,
só carregam entre as 00horas e as 05
da manhã. Mesmo assim, ao mínimo
sinal de mau cheiro, há sempre pes-
soas a reclamar. (…)
JRA: Que tipo de resíduos devemos
evitar lançar nas águas residuais?
Direcção da ETAR: Os resíduos
industriais e alguns óleos e hidrocar-
bonetos são muito nocivos (…). Mas
os resíduos domésticos com que
temos tido mais problemas recente-
mente são, estranhamente, as coto-
netes. Deveriam ir para o lixo nor-
mal, em vez de ir pela sanita abaixo.
Esse pequeno gesto simplificaria mui-
to a vida da ETAR (…). Os medica-
mentos também provocam efeitos
graves, como o hermafroditismo nos
peixes que se encontram no destino
final das águas.
JRA: Que tipo de projectos estão a
ser desenvolvidos?
Direcção da ETAR: (…) A reabilita-
ção das Águas de Gaia é um exemplo
de sucesso; estamos a tentar avançar
com o projecto da despoluição do rio
Tinto, tal como o da Ribeira da Gran-
ja. Outro projecto já apresentado
para financiamento é a construção de
uma unidade industrial transformado-
ra dos resíduos sólidos em fertilizan-
te.
Prosseguimos com uma visita guiada
a quase toda a ETAR: observámos,
por exemplo, a separação das lamas
dos resíduos, assim como a lavagem
destes. Foi quase insuportável o facto
de, em algumas ocasiões, se sentir o
mau cheiro invadir as nossas narinas.
No entanto, foi uma visita bem pro-
dutiva, na medida em que pudemos
ver o interior de uma ETAR e o modo
como funciona. Para além disso, tive-
mos a oportunidade de nos informar-
mos sobre alguns aspectos ambien-
tais, muito relevantes na nossa comu-
nidade e verificar que as ETARes do
Porto estão a fazer o seu trabalho de
limpar as nossas águas. Como hoje
em dia se diz: ―Pensar Globalmente,
Agir Localmente.‖
Visitem o website: http://aguasdoporto.pt ou
http://ambiporto.pt
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ESAS na ETAR das Sobreiras por Equipa JRA Fotografia de Maria Rosa Costa ( Prof.ª )
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Sabias que a energia solar pode ser transformada em ener-
gia eléctrica e que, além de ser uma fonte praticamente
inesgotável, não deixa resíduos no meio ambiente ? ?
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N o passado dia 10 de Maio, vestimos a camisola. Reali-
zou-se, na nossa escola, a Celebração do Dia da Euro-
pa. As actividades foram organizadas pelo Clube
Europeu e integraram os trabalhos dos alunos partici-
pantes no Clube.
As actividades principais foram uma exposição e uma sessão de
trabalhos no Auditório. Os visitantes da exposição puderam
apreciar literatura diversa e cartazes e sobre a Europa em geral
e guardar alguma da informação sobre os projectos Europeus,
sendo particularmente útil um mapa dos países da União nas
Línguas Nacionais. A sessão de trabalho realizou-se às 15h e 20m
e teve como público convidado as turmas dos alunos participan-
tes no Clube Europeu, 10ºB, 10ºI, 11ºB e os seus professores.
Iniciou-se a sessão com uma breve história do Clube Europeu
na ESAS que está a fazer 10 anos. Seguiu-se a participação de
uma antiga aluna, muito premiada por trabalhos do Clube, Cata-
rina Bastos, representando agora a AEGEE e projectos para
jovens estudantes europeus; os JRA, apresentaram as activida-
des que desenvolveram durante este ano lectivo. Terminámos
com os jovens do Parlamento Europeu da Ciência, que nos
deram conta da participação da nossa escola e do nosso país na
Alemanha.
Os pontos altos desta sessão foram a constante participação da
professora Maria da Luz Carvalheira nos projectos europeus ao
longo da sua história e a recompensa gulosa do conhecimento
por parte do público convidado, sobre a Europa. A cada resposta
correcta fomos sendo contemplados com um saboroso chupa-
- chupa.
Gostámos de ter feito parte desta celebração porque nos dá
uma sensação de identidade europeia e podemo-nos congratu-
lar com a nossa história e história da Europa, bem como com os
projectos de âmbito internacional e global desenvolvidos pela
União Europeia.
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Celebração do Dia da Europa Fotografia de Mª José Rodrigues (profª)
por Equipa JRA
H á sete anos iniciei na Escola Secundária/3
Aurélia de Sousa, aquele que viria a ser o
propulsor do meu percurso de vida actual, o
Secundário. Por este motivo foi com orgulho
acrescido que este ano entrei na ―nova‖ ESAS com uma
nova tarefa, a de realizar estágio, sob orientação da
Dr.ª Manuela Rios, no Serviço de Psicologia e Orientação
no âmbito do Mestrado de Psicologia Clínica e da Saúde.
O meu estágio resume-se a seis meses extraordinários
de aprendizagem, experiência e muito trabalho, mas
também de muita satisfação e alegria. Tive o prazer de
abraçar as actividades desempenhadas por este serviço
que abarcam a prática clínica figurada pela avaliação e
intervenção; a Orientação Escolar e Profissional desen-
volvida nas turmas de 9º ano de escolaridade e indivi-
dualizada quando solicitada, o apoio à inscrição de exa-
mes, a promoção de (in)formação relativa ao acesso ao
ensino superior e a outras áreas de interesse; o acompa-
nhamento aos alunos no processo de aprendizagem e
socialização na comunidade visando o sucesso escolar; a
cooperação e desenvolvimento de projectos em parceria
com Docentes, Pais/Encarregados de Educação e Auxi-
liares de Acção Educativa no sentido de dar respostas às
solicitações da comunidade; e a integração no NIPES.
Como se pode calcular todas as actividades supra cita-
das exigem empenho e envolvimento que nem sempre
são visíveis para quem está de fora, mas que se traduzi-
ram para mim em meio ano e cerca de 700 horas de
conhecimentos, entrega e certezas das minhas escolhas
académicas.
Foi uma excelente experiência voltar às origens mas
agora do outro lado do panorama!
Um Estágio no Serviço de Psicologia e Orientação Fotografia de António Carvalhal (prof.) Por Patrícia Fernandes
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Na Feira dos Malandrecos (José Vaz)
e História Breve da Lua
(António Gedeão)
O Clube de Teatro da ESAS levou à cena na noite de 11
de Junho do corrente ano duas peças de teatro, interpre-
tadas por 22 alunos, no espaço da Cantina da escola,
pelas 21 horas e 30 minutos:
Na Feira dos Malandrecos (José Vaz) integra alunos do
7.º D (na sua maioria) e do 8.ºB, num total de treze,
sendo todos alunos que optaram pela disciplina de
Expressão Dramática. A peça reúne algumas persona-
gens, colhidas de uma galeria que retrata alguns dos
quadros mais vivos da sociedade nacional.
História Breve da Lua (António Gedeão) reúne oito
alunos do 9.ºB e uma aluna do 11.º ano. O texto é uma
lição de ciência de um grande mestre e de um não
menos grande vulto das letras portuguesas.
A noite de teatro foi ainda o momento oportuno para a
entrega de lembranças aos alunos que participaram a
nível de escola no Concurso Nacional de Leitura.
O Teatro agradece a todos os que tornaram possível a
realização deste projecto.
Noite de Teatro ESAS 2010
José Fernando Ribeiro Professor responsável pelo Clube de Teatro da ESAS
TUI, do Centro de Aconselhamento e Orientação de
Jovens do Porto realiza a sua intervenção no quadro
do Projecto Nacional de Educação Pelos Pares que a
Fundação Portuguesa "A Comunidade Contra a SIDA"
desenvolve em Escolas Básicas e Secundárias com 3º
Ciclo, numa parceria com o Ministério da Educação.
Teatro Universitário de Intervenção (TUI)
do Porto actua na ESAS Por António Almeida, Beatriz Cruz, Inês Manaú e Sofia Morais do 7ºA - Fotografia de Pedro Gomes do 10ºG
N o dia 20 de Maio, a turma A do 7º ano assistiu
uma actuação de Teatro-debate , com o
objectivo de sensibilizar os jovens para com-
portamentos de risco. Nesta dramatização
abordaram-se os temas: a problemática do bullying, a
discriminação associada à S.I.D.A. e a violência no
namoro.
As jovens actrizes eram muito simpáticas e interagiam
bem com o público conseguindo fazer passar a mensa-
gem e mantendo a turma sempre interessada e partici-
pativa durante a sua actuação. Foi um momento educa-
tivo e descontraído, por isso esperamos repetir a expe-
riência.
TUI, teatro universitário de intervenção Por Francisca Ferreira da AMA
As peças - que foram criadas por voluntários e Psicólo-
ga do CAOJ Porto - abordam a problemática dos com-
portamentos de risco em forma de Teatro-debate.
No presente ano lectivo na ESAS tivemos sete actua-
ções para diversas turmas do 3º ciclo a convite do
NIPES e da AMA .
Os voluntários são os estudantes universitá-
rios, Francisca Ferreira (ex-aluna ESAS), Inês Oliveira
(ex-aluna ESAS), João Cardoso, estudantes universitá-
rios e a Psicóloga Raquel Oliveira.
Bernardo e Adriana da turma A do 7ªano
O professor José Fernando com alunos do Clube de Teatro
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Centenário da República Entrevista à professora Mª João Cerqueira
O que significa ser republicano?
Antes de pensar o termo ―republicano‖
é necessário falar de ―república‖.
República, res publica, ou seja, um
bem comum, um regime que é feito
para estar ao serviço de todos. Ser
republicano é respeitar a diferença, a
educação, a cultura, a cidadania…
Ainda faz sentido ser republicano nos
dias de hoje?
Faz sentido, claro, se tivermos uma
República que seja uma democracia
autêntica, que respeite as diversas
opiniões. Nem sempre se pode asso-
ciar, como normalmente se faz, repú-
blica com democracia e monarquia com
ditadura. Há repúblicas que são ditadu-
ras e nós temos um bom exemplo: o
Estado Novo; e monarquias que são
democracias exemplares. O importante
não é a república e a monarquia, mas
sim a democracia.
Concorda com a forma como é abor-
dado o tema no Ensino Básico e
Secundário?
Seria impensável que os programas de
História não abordassem o tema
―república‖. Penso que no que diz res-
peito à Primeira República Portuguesa,
aquilo que perdura mais na memória
dos alunos são os aspectos negativos,
aquilo que afinal explica a sua curta
duração. E muitas vezes é colocado
num plano perfeitamente secundário o
papel que ela desempenhou, por exem-
plo, na educação. Esta foi um dos prin-
cipais objectivos dos republicanos,
embora não tenha sido concretizado
como quereriam, devido ao fraco esta-
do das finanças. Mas conseguiram redu-
zir o analfabetismo - o que tem lógica
visto que defendiam o Sufrágio Univer-
sal - e criar duas novas Universidades:
a do Porto e a de Lisboa, criando ainda
o ensino para adultos e bibliotecas
itinerantes. É também preciso chamar
a atenção dos alunos para os valores
republicanos: o laicismo, a igualdade
de direitos e de oportunidades, os
direitos naturais, o dever de respeito
pela cultura e pelas ciências e ainda a
defesa de uma educação para a cidada-
nia - aliás o tema do nosso Projecto
Educativo há já vários anos.
Quais as actividades mais significati-
vas levadas a cabo pela ESAS, nas
Comemorações do Centenário da
República?
O grupo de História resolveu, desde o
início do ano, realizar algumas activi-
dades comemorativas do Centenário da
implantação da I República. Comemo-
rou-se a revolução republicana de 31
de Janeiro de 1891 com uma exposição
de trabalhos dos alunos do 9º ano e a
passagem de imagens no ―open space‖,
ao longo do dia, sobre o Porto e a revo-
lução falhada; têm sido publicados num
blogue (http://
centenariorepublicae-
sas2010.blogspot.com/) os trabalhos
que têm estado a ser realizados pelos
alunos do Básico e Secundário. Em
colaboração com o clube de dança e
com a Biblioteca foi realizado um
sarau. Foi um encontro com a Dança, a
Poesia e a História, no dia 30 de Abril.
Tem havido a preocupação de divulgar
as diversas efemérides que, pelo país
inteiro, mas sobretudo no Porto, têm
sido realizadas – colóquios, exposições,
conferências… E pensamos ainda iniciar
o próximo ano lectivo, nas proximida-
des do dia 5 de Outubro, com mais
algumas actividades…
Ser republi-
cano é res-
peitar a
diferença,
a educação,
a cultura, a
cidadania… Entrevistada por Pedro Gomes
e Patrícia Costa do 10ºG
No ano das comemorações do Centenário da República, o JORNALESAS encontrou-se com a professora de História e Coordenadora do Departamento das Ciências Sociais e Huma-nas que gentilmente nos deu uma entrevista. O seu enorme interesse histórico e cultural é inquestionável.
Página 11
•
Página 11 J U N H O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I
―Em Torno do Trono‖
Coreografia ―Em Torno do Trono‖
pelo Grupo de Dança Contemporânea.
Recordamos Guerra Junqueiro: poeta, portuense e repu-
blicano que defendia uma república ampla e participati-
va e que afirmava que ―o que não tem música não tem
jeito‖. Em ―Em Torno do Trono‖ as cadeiras são símbolo
do poder e pretendemos gritar bem alto a nossa vonta-
de em participar activamente nas tomadas de decisão!
Nós somos … o futuro da República!!!
Banda Sonora: O cavaleiro Andante, Lágrima e In Pace –
Finis in: A Música de Junqueiro – Som e Imagem, Uni-
versidade Católica Portuguesa (Porto).
Sinopse do espectáculo:
Tendo como pano de fundo o centenário da implan-
tação da República e pretendendo comemorar datas
marcantes de Abril como o dia do livro, o dia da liber-
dade e o dia mundial da dança, tentámos ao realizar
"Encontros..." lançar um olhar cruzado sobre a Dança,
a Poesia e a História tendo como fio condutor os
temas da cultura e da liberdade.
Em Torno do Trono!
Por Mariana Barros do 9ºC
Do alto do nosso trono,
Vimos quanto é pequeno o mundo
E grande a miséria humana
Somos a República – vento furibundo
Somos o poder e a mudança
Pára. Vê. Escuta:
Movemos o mundo com esta dança.
Sopram Ventos de Mudança!!!... Por Mariana Barros do 9ºC
Sopram ventos de mudança no início do Século XX …
Voam a arte, a literatura, a política e a dança.
Em Portugal dá-se a implantação da República e os ven-
tos do modernismo encontram território fértil para se
instalar.
A Dança também inicia a sua viagem para o moderno.
Apanha os ventos que soltam o movimento no espaço,
liberta-se da rigidez do Ballet Clássico dando azo à livre
expressividade do corpo. Em Paris, nascem os ―Ballets
Russes‖.
Sopram os ventos … trazem a mudança.
Renova-se a mentalidade e constrói-se o futuro século
XXI, onde, algures no Mundo, um Grupo de Dança se
entregará ao conforto da liberdade, expressa em movi-
mento, evocando Parade: um bailado da Companhia
―Ballets Russes‖ com cenários de Picasso e música de
Eric Satie.
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Regina Quintanilha Por Marina Mamede do 11ºE
R egina da Gló-
ria Pinto de
Magalhães
Quintanilha
nasceu a 9 de Maio de
1893 em Miranda do
Douro, e foi a primeira
advogada portuguesa da
1º República.
A 6 de Setembro de
1910, apenas com 17
anos, Regina Quintani-
lha requer a sua matrí-
cula na Faculdade de
Direito de Coimbra,
onde a 24 de Outubro
do mesmo ano dá entra-
da.
De referir que em ter-
mos de Educação, a
escolaridade obrigatória em 1910 era dos 7 aos 11 anos, pois
para as mulheres apenas se desejava que fossem esposas obe-
dientes e boas mães.
Regina Quintanilha foi uma excepção, pois recebeu autoriza-
ção para exercer advocacia, quando este exercício ainda era
vedado às mulheres, de acordo com o Código Civil de 1867.
Com licença certificada pelo Presidente do Supremo Tribunal
de Justiça, veste a toga no Tribunal da Boa-Hora, em Lisboa,
a 14 de Novembro de 1913.
Regina Quintanilha vai também exercer funções como Conser-
vadora do Registo Predial e Notária.
Sob a névoa de mentalidades que ainda não se encontravam
preparadas para aceitar a afirmação feminina, são várias as
vozes portuguesas que não hesitam em denegrir a imagem das
mulheres que exercem uma profissão liberal, o que leva Regi-
na a partir para o Brasil, onde vai colaborar na Reforma da
Lei Brasileira. Estabelece escritórios tanto no Rio de Janeiro
como em Nova Iorque e é advogada de várias empresas fran-
cesas. Anos mais tarde volta para Portugal onde virá a falecer
a 19 de Março de 1967, em Lisboa.
Esta mulher que se tornou a primeira advogada portuguesa,
abriu o caminho, deu a lição, autonomizou-se e mostrou que
era possível fazer a diferença, sendo considerada um exemplo
de feminista da 1º República.
Maria Veleda Por António Mota do 11ºE
M aria Veleda foi uma mulher pioneira na luta pela
educação das crianças, feminista e republicana
que se destacou como dirigente do 1º movimen-
to feminista português.
Foi escritora de poesia, contos e novelas tendo sido as suas
obras dedicadas às ideologias pelas quais lutou. Fundou a
―Obra Maternal‖, instituição em prole do acolhimento de
crianças abandonadas ou em perigo moral, por intermédio
da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas em 1909.
Em 1912, foi nomeada pelo governo Delegada de Vigilância
da Tutoria Central da Infância de Lisboa, instituição desti-
nada a crianças abandonadas, pedintes ou delinquentes.
Como feminista, criou cursos nocturnos femininos, em prole
de uma educação feminina diferente daquilo que era o pres-
suposto aos olhos dos valores tradicionais.
Como dirigente da Liga Republicana das Mulheres Portugue-
sas e das revistas ―A mulher e a criança‖ e ―A Madrugada‖
escreveu, discursou, editou petições e chefiando delegações
aos órgãos de soberania. Assim lutou contra a prostituição
(sobretudo de menores), pela igualdade entre sexos perante
a lei em termos jurídicos, cívicos e políticos. Lutou contra
as superstições e fanatismo religioso que afectava as mulhe-
res e que as prendia a preconceitos sociais e religiosos for-
mando o ―Grupo das Treze‖.
Foi republicana por influência da maçonaria onde se iniciou
em 1907 e, em 1909, foi condenada à prisão, sendo acusada
de abuso de liberdade de imprensa e, para além disso, foi
vítima de ameaças e perseguições por parte dos sectores
mais conservadores (católicos e monárquicos). Foi a favor
da entrada de Portugal na
1ª Guerra Mundial e con-
tra o regime ditatorial do
general Pimenta de Cas-
tro, fazendo parte dos
conspiradores que o der-
rubaram.
Em 1921, Maria Veleda
abandonou a politica acti-
va e fez-se jornalista,
continuando assim a
defender os ideais que a
tornaram famosa.
http://centenariorepublicaesas2010.blogspot.com/2010_02_01_archive.html
Mulheres Republicanas
Página 13
• Página 13 J U N H O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I
O que é uma
república ?
Assim, uma república é um sistema político, que visa
defender, proteger e cuidar dos seus cidadãos garantindo -
- lhes a plenitude dos seus direitos.
Filipa Ferreira, 11ºG
A origem da república está na Roma clássica, quando pri-
meiro surgiram instituições como o Senado. A República é
um governo que procura atender aos interesses gerais de
todo o cidadão.
Vera, 11º G
Uma República é uma forma de governo na qual um repre-
sentante é escolhido pelo povo para ser o chefe do país,
detendo o poder executivo.
Cristina Casimiro, 11ºG
Na manhã do dia 5 de Outubro de 1910 foi proclamada a
República, pondo assim fim à Monarquia que, em Portugal,
durou quase oito séculos.
Susana Vilas-Boas, 11ºG
A república é baseada na dignidade da pessoa humana e na
vontade popular e empenhada na construção de uma socie-
dade livre, justa e solidária.
André Carvalho, 11ºE
Para o futuro fica a esperança de que a República se
desenvolva e seja mais um contributo para o desenvolvi-
mento de Portugal a todos os níveis, principalmente, que-
num futuro próximo seja o criador da estabilidade.
António, 11º E
A República é um governo que procura atender aos interes-
ses gerais de todo o cidadão. É o povo que elege o seu
Chefe de Estado, que exercerá um mandato temporário.
Marisa Moutinho, 11ºG
A república é um governo que procura atender aos interes-
ses gerais de todo o cidadão.
Henrique Mano, 11ºG
É na república que são tomadas decisões com vista a
melhorar o bem-estar de todos e surge uma maior preocu-
pação com o bem comum.
Joana Nicola, 11ºE
A proveitando o tema de Direitos Humanos e
Globalização, foram colocadas algumas
questões à Dra. Cláudia Cordeiro de
Almeida, Advogada – Estagiária, Mestran-
da em Ciências Jurídico - Administrativas, colabora-
dora e monitora em campos de trabalho da Amnis-
tia Internacional.
Dra. Cláudia, acha que os Direitos Humanos são
totalmente aplicados em Portugal?
R: No geral penso que sim, no entanto surgem
alguns casos, que apesar de pontuais não deixam de
ser realmente preocupantes.
Por vezes, as nossas prisões não respeitam os Direi-
tos Humanos, por isso, temos que estar atentos. E
quando constatamos que há violações tem que se
agir, porque só assim podemos repor e reafirmar a
validade dos nossos Direitos. (…)
Sente que a nível laboral há discriminação em
razão de sexo, religião, cor, etc?
Infelizmente, na prática, existe alguma. Mas não
deveria existir, se todos cumpríssemos os preceitos
constitucionais, nomeadamente o nº 2 do artigo 13º
da CRP que refere: ninguém pode ser prejudicado
em razão do sexo, raça, língua, território de ori-
gem, religião, condição social ou orientação sexual.
Por isso, cabe a cada um de nós lutar contra essa
discriminação.
Para isso, basta fazer uma coisa muito simples lutar
pelos nossos direitos. Quando violados, invocá-los
em juízo; só assim poderemos reafirmar a validade
das normas legais e constitucionais que consagram
o direito à não discriminação.
(…)
P: Qualquer estudante pode colaborar com a
Amnistia Internacional? E qual o meio mais ade-
quado?
R: Sim. A ajuda de todos é sempre pouca. O meio
mais adequado é inscreverem-se nas acções urgen-
tes juniores, que podem fazer no site da Amnistia
Internacional – Secção Portuguesa.
Recebem em casa mensalmente um caso de viola-
ção dos Direitos Humanos onde é necessário intervir
e a AI disponibiliza um modelo de carta. Com esta
carta podemos salvar uma vida.
Os Direitos Humanos e a Amnistia Internacional Por Ana Sofia do 10ºH
Ilust
ração d
e A
C (
pro
f.)
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A revolução de 4 de
Outubro de 1910 e a
consequente Proclama-
ção da República no dia
seguinte, encontraram a arte por-
tuguesa num estado que reflectia
a situação do país, que se manti-
nha pobre e afastado do desen-
volvimento técnico, cultural e
social dos restantes países euro-
peus. Na primeira metade do
século XX o conceito básico da
arte contemporânea e o conceito
de vanguardismo estavam quase
automaticamente ligados à ideo-
logia do progresso, característica
da moderna sociedade industrial
que resultou da industrialização
iniciada no séc. XIX na Europa e
E.U.A. e da qual Portugal esteve à
margem, por razões sobejamente
conhecidas.
Enquanto a arte em termos europeus
sofria uma ruptura, com o Fauvismo e
o Expressionismo, movimentos vindos
ainda de finais do séc. XIX, e particu-
larmente com o Cubismo, movimento
iniciado em 1907 com o quadro ―Les
Demoiselles d´Avignon‖ de Picasso,
Portugal era dominado por uma classe
burguesa de base rural - que no fundo
era quem controlava os meios artísti-
cos e culturais - classe essa avessa à
mudança estética, mantendo o gosto
pela tradição e a pintura de
―costumes‖ do séc. XIX protagonizadas
por Columbano Bordalo Pinheiro e José
Malhoa, e ainda com nomes como
António Carneiro, Aurélia de Sousa,
Veloso Salgado, entre outros.
Daí a continuação dos valores naturalis-
tas nas artes plásticas e dos valores
revivalistas na arquitectura na transição
do séc. XIX para o XX e nos primórdios
do séc. XX, com a consequente pene-
tração polémica e tardia do Cubismo e
do Futurismo na arte nacional a partir
de 1915 (até mais acentuada no campo
literário - Pessoa/Álvaro de Campos,
Raul Leal e Almada Negreiros, do que
no artístico onde Santa-Rita Pintor fun-
cionava bastante isolado) e do nosso
Surrealismo tardio em contraponto ao
Neo-realismo.
Os primeiros pintores a manifestarem o
seu vanguardismo, em sintonia com
Paris e Berlim foram Santa-Rita Pintor
(1889-1918) e Amadeo de Souza-
Cardoso (1887-1918), que estavam em
Paris por altura da eclosão do Cubis-
mo. Foram eles os autores de obras e
atitudes futuristas que deram uma rara
animação à vanguarda artística portu-
guesa, entre 1915 e 1917, no entanto
mal acompanhados pela maioria dos
outros artistas e ainda hostilizados
pelos naturalistas e pelo público, numa
época dominada pelo conservadorismo
cultural e pela agitação política do
início da República.
O primeiro sinal de ruptura que se
seguiu à Proclamação da República de
1910 foi uma exposição de “Arte
Livre‖, que tinha a intenção de
―denunciar os métodos retrógrados do
ensino oficial‖, realizada em 1911 em
Lisboa e organizada por Manuel Bentes
que reunia companheiros de Paris,
como Francisco Smith, Eduardo Viana,
Emmerico Nunes entre outros. Estes
jovens artistas contestatários da arte
vigente apregoavam o culto da nature-
za, o que se nota nas obras expostas,
naturalmente ainda influenciadas pelo
Impressionismo francês.
A esta contestação dos pintores seguiu-
se a dos desenhadores e caricaturistas,
com destaque para Leal da Câmara,
celebrizado pelos seus ataques à
monarquia, ao clero e à polícia ainda
antes de 1910, ataques esses feitos
As artes plásticas por altura da Proclamação da República em Portugal Por António Carvalhal (prof.)
Portugal era domi-
nado por uma classe
burguesa de base
rural (…) classe
essa avessa à
mudança estética,
mantendo o gosto
pela tradição e a
pintura de
―costumes‖ do séc.
XIX protagonizadas
por Columbano Bor-
dalo Pinheiro e José
Malhoa, e ainda
com nomes como
António Carneiro,
Aurélia de Sousa,
Veloso Salgado(…).
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com lápis e tinta e em forma de carica-
tura. Leal da Câmara, pintor e ilustrador
que estava refugiado em Paris, expôs
individualmente em Lisboa em 1912, a
que se seguiu no mesmo ano a exposição,
inaugurada pelo Presidente da Repúbli-
ca, Manuel de Arriaga, dita ―Salão dos
Humoristas‖, grupo de que Almada
Negreiros fez parte, assim como Cristia-
no Cruz, António Soares e Jorge Barradas
(que a partir da década de 40 se tornou o
nosso ceramista mais importante). À
mesma geração pertenceram Stuart Car-
valhais, que veio a ser o caricaturista e
ilustrador mais popular das décadas
seguintes, e Fernando Correia Dias o
primeiro a tornar-se profissional colabo-
rando com três publicações, com desta-
que para a ―Ilustração Portuguesa‖.
Em 1913, o poeta Fernando Pessoa,
aproveitou a primeira exposição indivi-
dual de Almada Negreiros para redigir
um texto sobre a arte satírica. Escre-
veu o poeta que a ―arte satírica pode
provocar o ódio, o riso ou o mero sorri-
so; e em cada um destes aspectos, o
artista pode ter génio, talento ou ape-
nas habilidade‖, querendo com isto
Pessoa dizer que Almada não era um
génio, mas certamente mais do que
um habilidoso.
Esta não deixa de ser uma
―classificação‖ interessante para um
dos mais profícuos artistas portugueses
da primeira metade do século XX, que,
juntamente com os infelizmente desa-
parecidos demasiado cedo, Santa-Rita
Pintor e Amadeo de Souza-Cardoso (a
figura mais brilhante e mais represen-
tativa da participação portuguesa na
renovação artística europeia) se
podem considerar os introdutores do
modernismo em Portugal, com os dois
últimos a terem a particularidade de
introduzirem o Geometrismo e o
Cubismo e de algum modo colocarem
Portugal no mapa da arte internacio-
nal.
Outros artistas importantes que surgi-
ram por altura da Proclamação da
República, ligados à ―1ª Geração
Modernista‖ e que desenvolveram o
seu trabalho nas décadas seguintes
foram o casal francês refugiado em
Portugal, Robert e Sonia Delaunay,
que foram os mentores do Orfismo,
movimento inspirado no Cubismo, José
Pacheko, Cristiano Cruz e Eduardo
Viana (1881-1967), que com uma pin-
tura fortemente estruturada e de
grandes preocupações colorísticas,
influenciada pelo Orfismo, é um dos
mais interessante pintores da primeira
metade do século XX.
Esta geração lançou as bases para o
trabalho dos grandes nomes das artes
plásticas portuguesas do séc. XX, como
Francisco Franco, Leopoldo de Almei-
da e Canto da Maia, artistas bastante
ligados ao regime Salazarista, princi-
palmente em termos de estatuária
iconográfica.
Dos outros artistas, destaque para Antó-
nio Dacosta (um dos nossos pintores Sur-
realistas juntamente com António Pedro,
Vespeira, Fernando Lemos, Cruzeiro Sei-
xas e Mário Cesariny), João Hogan, Abel
Manta, Dórdio Gomes, Carlos Botelho,
Mário Eloy, Dominguez Alvarez, Sarah
Afonso, Vieira da Silva, Júlio Pomar,
Júlio Resende, Fernando Lanhas, Fernan-
do de Azevedo, Eurico Gonçalves,
Menez, António Areal, Joaquim Rodrigo,
Paula Rego, René Bertholo, Lurdes Cas-
tro, Joaquim Rodrigo,
Eduardo Luís, Carlos Calvet, Barto-
lomeu Cid dos Santos (exímio gra-
vador), Nadir Afonso, Alberto Car-
neiro, Jorge Martins, Noronha da
Costa e Rolando Sá Nogueira (bom
pintor e excelente professor), isto
para citar apenas alguns nomes das
artes plásticas portuguesas até ao
25 de Abril de 1974.
Continua na página 26
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Foi no início do ano lectivo que o desafio da Câmara Municipal do Porto chegou: construir um carrinho solar! O desafio foi aceite e no dia 29 de Maio, na Praça D. João I, foi hora de prestar provas… Por Tiago Peixoto do 7ºC
E m Outubro de 2009, os alunos da turma C do
7º ano da ESAS souberam que a Câmara
Municipal do Porto iria promover uma série
de actividades no âmbito da ―Semana da
Energia e do Ambiente‖, entre as quais uma corrida
de carrinhos solares. Logo, um grupo de alunos se
juntou para meter mãos à obra: o André Almeida, o
Diogo Múrias, o Henrique Lobo, o Rodrigo Wandsch-
neider e o Tiago Peixoto.
Era necessário ajuda e a professora de Físico-
Química, Maria da Luz, prontificou-se para fazê-lo.
Foi um trabalho árduo e nem sempre fácil, mas em
Maio de 2010 um carrinho capaz de se mover apenas
com a energia do sol estava finalmente pronto.
No dia 29 de Maio pelas 10 horas, na Praça D. João I,
chegava finalmente a hora da corrida ―À Velocidade
do Sol‖. O entusiasmo era grande e as expectativas
também. Eram vinte e dois os carrinhos a concurso e
algumas das claques bem numerosas.
No entanto, nem tudo correu como o previsto e o sol
resolveu não comparecer ao encontro… Ora, sem sol ,
não houve energia para os carros prestarem provas,
pelo que o júri se viu obrigado a atribuir apenas o
prémio pela concepção do carrinho.
Quando o segundo prémio foi anunciado, o grupo de
alunos da ESAS nem queria acreditar: ― O segundo
prémio vai para o carrinho número vinte e dois, da
Escola Secundária Aurélia de Sousa!‖. O Fire Blade
ficou em segundo lugar e cada um dos alunos recebeu
um cheque da FNAC, além de algumas lembranças da
CM do Porto.
Fire Blade: o carrinho solar
Forno Solar José T. Soares, Mª Miguel Vaz e Rita Castro do 8ºA
D esde o fim do 1º período do ano lectivo
2009/2010, nós, três alunos do 8ºA, com a
ajuda da professora de Física e Química
Manuela Montenegro, começámos a cons-
truir um forno solar. Após várias semanas de trabalho
exaustivo mas divertido, acabámos o forno. Encon-
trámos obstáculos, mas ultrapassámo-los! Foi diverti-
do viver esta pequena experiência em que soltámos
gargalhadas e, partindo dum pequeno pensamento,
construímos algo amigo do ambiente.
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
À velocidade do sol!
2º Prémio ecológico para o 7ºC
Página 17
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Põe-te a andar robô Por Carlos Morais (Prof. Coordenador do Lugar da Ciência)
Durante o ano lectivo, o Lugar da Ciência desenvolveu
actividades ligadas à robótica que envolveram mais de
uma dúzia de estudantes, rapazes e raparigas do 9º,
do 10º e do 12º ano, que construíram, com peças
Lego, criaturas móveis que tiveram de ser programa-
das para poderem fazer algumas habilidades como
seguir uma linha, reagir ao toque, reagir à distância
de alguns obstáculos, emitir sons, distinguir cores,
etc.
O ciclo de trabalho foi (e será) construir-programar-
testar: movimentos, sensores, programas. Trabalho de
equipa, trabalho de observação dos resultados, discus-
são de soluções para se melhorar o programa ou para
a construção tarefas que exigiram sempre o envolvi-
mento constante de cada um e de todos.
No próximo ano, vamos poder começar mais cedo,
para nos prepararmos para a participação no Festival
Nacional de Robótica, contando desde já com todos os
que nos acompanharam durante estes meses, mesmo
com todos aqueles que nos vão deixar por terminarem
o ciclo de estudos do ensino secundário.
Jogos Matemáticos Por Carlos Morais (Prof. Coordenador do Lugar da Ciência)
A partir do próximo ano, o Lugar da Ciência vai pro-
mover a divulgação de alguns jogos matemáticos como
o Ouri, o Hex, o Rastros e o Avanço, destinados ao 3º
ciclo e ao ensino secundário. Para se poder jogar
estes jogos, que não envolvem o factor sorte, basta
conhecer um número reduzido de regras simples, apli-
cá-las e pensar nas melhores jogadas, nas melhores
defesas, nos melhores ataques, na análise de casos
particulares, nas generalizações, nas comparações de
uns jogos com outros, etc.
Vamos organizar torneios e preparar uma delegação
da ESAS para participar no 7º campeonato nacional de
jogos matemáticos a realizar no próximo ano lectivo.
Vamos jogar.
HEX
? Sabias que, apenas numa hora, o Sol
despeja sobre a Terra uma quantida-
de de energia maior que o consumo
do mundo num ano inteiro?
• • • • • • • • • • • • • • • • • • •
• • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Procure a solução na sala do
Ilust
ração d
e T
ere
sa V
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(pro
fª)
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TURISMO TOTAL! Jogos Electrónicos, Visitas de Estudo, muita aprendizagem e et cetera e tal!
Página 18 • Página 18 • J U N H O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I
10º Ano
Turma numerosa e buliçosa torna imperativo o desenvolvimento de
actividades de carácter instrumental, que apelem à criatividade e
espírito de iniciativa dos alunos que a compõem. Através do con-
texto de colaboração de várias disciplinas com a Porto Vivo, Socie-
dade de Reabilitação Urbana (SRU) da cidade do Porto, sociedade
essa que ―apela à participação de múltiplos parceiros da Cidade,
numa óptica de cumprimento de objectivos sociais, culturais, turís-
ticos e económicos…‖, os alunos do 10º J realizaram duas Visitas de
Estudo a zonas do Centro Histórico do Porto, a partir das quais,
conceberam e construíram jogos didácticos para computador, alu-
sivos às áreas já visitadas: Ribeira, Sé, Clérigos e Cordoaria.
A mostra destes trabalhos à comunidade escolar teve lugar dia 15
de Junho no auditório da ESAS. Do programa que se iniciou com um
almoço na escola, constou uma apresentação do jogo electrónico
no Auditório da escola e uma sessão de entretenimento para os
alunos do 7º e 10º anos, nos laboratórios de informática.
O 11º Ano
Portefólios, panfletos, desdobráveis, apresentações em Powerpoint,
trabalhos bem formatados, fazem dos alunos da turma verdadeiros
técnicos especializados. No âmbito das disciplinas de Turismo –
Informação e Animação Turística, de Área de Integração, de Portu-
guês, está claro, e até de Comunicar em Alemão (!) estes alunos
mostraram a sua verdadeira mestria. Estão a fazer-se Técnicos e
Campeões de Cidadania!
O 12º Ano
No último ano do Curso e com a ansiedade natural que isso implica,
os alunos voltaram-se para Espanha e a experiência foi rica:
Novembro, em Santiago de Compostela, ―estudaram‖ o Centro His-
tórico e só‖à laia de guisa‖, incluíram nos objectivos o enquadra-
mento turístico do Eixo Porto-Galiza. Em Janeiro, visitaram a cida-
de de Madrid, por alturas da Feira de Turismo (FITUR), a maior da
Europa. Formaram-se grupos, partiu-se à aventura. A Feira agra-
dou, assim como ―la movida” – tanto no plano turístico como no
das experiências para a vida. E outra vida os espera fora da nossa
ESAS: trabalho ou faculdade, conforme a opção. Mas antes ainda,
em Julho, as Provas de Aptidão! Que desta escola levem, a par de
conhecimentos, modelos de actuação e a verticalidade que, no que
é essencial, distingue ―o mau do bom‖. Os estágios que a Escola
diligentemente lhes ofereceu será um bom início dessa vida que
queremos que aproveitem.
O empreendedorismo e criatividade do 10ºJ; a mestria na realização de trabalhos prá-
ticos do 11º I; as aventuras ibéricas do 12º J. As turmas do Curso Profissional de Técni-
co de Turismo da ESAS rapidamente passadas em revista.
Por Rosa Lídia Mota (coordenadora dos Cursos Profissionais)
Fotografias de António Carvalhal (prof.)
Jogo didáctico para computador
Saber alemão … É útil! É divertido! É bom!
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Página 19 J U N H O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I
O Espaço
Alemão no Coração da
Europa
DACH − Sigla
Usada para
Representar os Estados
Dominantes da Língua Alemã
Factos e Números — Sabias que…
mais de 100 milhões de pessoas falam alemão como
língua materna? o alemão é a língua materna mais falada na Europa
(cerca de 1/3 da população)? o alemão é a segunda língua estrangeira mais estu-
dada? o alemão é a segunda língua mais usada no mundo
da ciência e na Internet? um em cada dez livros é impresso em língua alemã? a Alemanha é a terceira maior economia do mundo?
Vantagens — Sabias que…?
o alemão é uma língua importante a nível académico
e profissional? juristas, médicos, engenheiros, economistas, músicos
e filósofos com conhecimentos de alemão têm priori-dade no mercado de trabalho?
o alemão é uma porta aberta para o mundo da cultu-ra, da ciência e do lazer?
Einstein, Goethe, Beethoven, Mozart, Kant, mas tam-bém os Rammstein, os Tokio Hotel, Schuhmacher e Kahn representam, entre muitos outros, a diversidade cultural alemã de ontem e de hoje?
Por isso, se optares por estudar alemão, seguramente ficarás
a saber que:
esta língua é uma mais-valia para a vida e uma expe-riência inesquecível e a sua aprendizagem contribui para enriquecer o diálogo intercultural,
e poderás concluir que:
em qualquer altura, o monolinguismo tem cura! ☺
Por Olga Moutinho e Rosa Lídia Sousa (profªs)
D
E ntre 26 e 30 de Abril, os alunos desta escola res-
ponderam afirmativamente a estas perguntas.
Alguns dos trabalhos por eles executados ao longo
do ano, para e nas diversas línguas, estiveram
expostos, abrangendo uma diversidade de tópicos e compe-
tências que reflectem o trabalho de qualidade desenvolvido
nas aulas de Línguas.
Paralelamente à exposição, contámos com a presença de
professoras do Instituto Encounter English, que desenvolve-
ram actividades no âmbito da importância de aprender Lín-
guas no mundo global em que vivemos e a quem agradece-
mos pela disponibilidade demonstrada. A gastronomia teve
também um papel de relevo, quer nas refeições servidas na
cantina da escola – e gostaríamos de aqui deixar registado o
nosso ‗muito obrigado‘ a todas as funcionárias da cozinha,
que, mais uma vez, prontamente aderiram a esta actividade
que representa acréscimo de trabalho, bem como a outros
funcionários sempre prontos para nos ajudar - quer nos
‗docinhos‘ característicos das diversas culturas gastronómi-
cas, com que os alunos (e não só…) foram brindados no
intervalo entre aulas.
A dinâmica verificada permite-nos acreditar que, para o
ano, faremos ainda melhor. Contamos com todos vós!
Por Maria Paula Magalhães Professora de Inglês e Coordenadora do Dep. de Línguas
Os dias das línguas em dife-rentes cores e sabores
Falas português? Hablas Espanhol? Parlez-vous Français? Sprechen Sie Deutsch? Do you speak English?
Os Dias da Geografia Nos dias 2, 3, 4 e 5 de Março estiveram na ESAS Carlos Azevedo, Alexandra Inácio, Ana Monteiro e Álvaro Domingues por alunos das turmas F, G e H do 10ºano
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O s ―Dias da Geografia‖ foram o pretexto para estimular a
curiosidade geográfica e dar a conhecer diferentes lugares de
Portugal e do Mundo. Assim, a ESAS assistiu durante quatro
dias à apresentação de trabalhos de Geografia elaborados por
alunos do 7ºano ao 12ºano.
Os alunos do ensino secundário tiveram ainda oportunidade de ouvir
palestras proferidas por especialistas convidados. Assim:
Os gestores, Carlos Azevedo (mestrado em Economia Social) e Ale-
xandra Inácio da
UDIPSS - União
Distrital das
Instituições Par-
ticulares de Soli-
dariedade Social
do Porto, alerta-
ram para a
necessidade de
sermos pró-
activos em ter-
mos solidários.
Ficámos a saber
que é possível
garantir a sus-
tentabilidade
económica e
simultaneamen-
te contribuir
para o equilíbrio
geracional .
A geógrafa cate-
drática da FLUP,
Ana Monteiro, falou-nos da «Impulsividade do sistema climático –
ameaça ou oportunidade?», levantando questões de grande actuali-
dade, tais como: ‗Aquecimento Global, um fenómeno natural ou
provocado?‘,‘ Como conciliar o desenvolvimento com o equilíbrio
ambiental?‘ e demonstrou que as respostas não são simples porque,
havendo riscos, há também novas oportunidades que surgem destes
novos cenários. Só uma sociedade bem estruturada e consolidada
pode atenuar a vulnerabilidade das populações.
O geógrafo Álvaro Domingues, investigador na Universidade de Arqui-
tectura do Porto, falou-nos das ―Cidades em mudança‖ de uma for-
ma quase poética, escalpelizando a organização urbana e a dificulda-
de de, nos dias de hoje, encontrarmos uma definição consensual
para o conceito de cidade, pois todas as infra-estruturas que eram
apontadas na caracterização e diferenciação do espaço urbano estão
hoje disseminadas por toda a paisagem.
Carta
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O ano terminou em beleza com o
jantar/baile de Finalistas da
ESAS, organizado pela aluna do
12ºE, Maria Manuel, na fundação
Cupertino de Miranda, no passado dia 9 de
Junho.
Esta iniciativa reuniu alunos dos diferentes
cursos e professores, num ambiente de
confraternização onde não faltou a magia e
o glamour dos grandes momentos.
Festa de finalistas Por Maria Manuel do 12ºE
A História e a Geografia em plena acção
Em Conímbriga e Mira de Aire com as turmas G e H do 10º ano
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N o dia 29 de Abril, os décimos G e H visitaram
Conímbriga, lugar de povoado pré-romano de
finais do II Milénio a.C., e percorremos, ao ar
livre, os inúmeros caminhos entre as ruínas
onde pudemos observar desde o fórum, até às muralhas,
passando por duas domus fantásticas e requintadas, que
possuíam mosaicos, frescos e aquários. Vimos também os
jardins interiores que embelezavam o ambiente aprimo-
rado em que viviam as famílias mais ricas e as mais
modestas insulae onde viviam os cidadãos mais pobres ou
mais remediados. Por fim, observámos as estruturas incrí-
veis das termas, que possuíam uma palestra onde se
faziam discursos e números de circo e possuíam um frigi-
darium, um tepidarium e um caldarium conforme o tan-
que fosse de água fria, morna ou quente. Houve ainda a
oportunidade de apreciarmos as quatro salas do Museu
Monográfico de Conímbriga, sendo fascinante descobrir o
modo de viver dos nossos ascendentes a partir do estudo
dos resquícios históricos que vamos encontrando.
A tarde foi dedicada às Grutas de Mira de Aire situadas
na região conhecida por Maciço Calcário Estremenho,
onde a paisagem envolvente é dominada pela morfologia
cársica. Ficámos todos boquiabertos tal era a magnifi-
cência do que vislumbrámos. Estas são as maiores grutas
turísticas do nosso país com 11 kms, mas apenas 600
metros podem ser visitados turisticamente. Lá dentro,
serpenteámos ao longo de 640 escadas e admirámos
variadíssimas formações calcárias como as estalactites e
as estalagmites.
Esta foi uma visita de estudo de carácter interdisciplinar,
em que os conhecimentos de História e de Geografia aju-
daram a desvendar aspectos que passariam certamente
despercebidos ao olhar distraído de muitos de nós. Para
além do que aprendemos, também nos divertimos, por-
que a boa disposição fez-nos permanentemente compa-
nhia.
H
E ste ano lectivo, a disciplina
de Educação Moral e Reli-
giosa Católica incidiu as
suas actividades no âmbito
da diversidade motivada pela temá-
tica internacional para o ano 2010.
No final do primeiro período, explo-
rámos a diversidade religiosa e mul-
ticultural do nosso país: fomos a
Lisboa conhecer a Sinagoga e a
Comunidade Islâmica. Nas férias da
Páscoa, percorremos, em dois dias,
parte do nosso litoral aproveitando uma
ida ao Badoca Parque (sempre a biodi-
versidade!) e a riqueza cultural e patri-
monial do nosso país, visitando o Con-
vento de Mafra e o Castelo de Óbidos.
Já no final do ano lectivo, participámos
no Encontro de Alunos de EMRC onde
deu para experimentar uma verdadeira
paleta de escolas, cores, pessoas, acti-
vidades, emoções, tendo sido um dia
para não esquecer! E para o ano há
mais… Boas férias para todos…
EMRC na onda da diversidade por Nuno Lima (prof.)
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Por Helder Costa do 10ºH e Inês Bem-Haja do 10ºG
O Douro, Tormes e S. Leonardo da Galafúra na disciplina de Literatura Portuguesa
Por Ana Rita Fonseca e Juliana Almeida do 10ºG
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N o âmbito da disciplina de
Literatura Portuguesa, a
turma do 10ºG, em conjun-
to com o 11ºA e o 11ºB,
realizou uma visita de estudo até ao
Douro vinhateiro.
Depois de duas horas de viagem che-
gámos ao nosso primeiro destino: a
casa de Eça de Queirós, em Tormes.
Aí, foram contadas, pela guia, várias
histórias relacionadas com o estilo de
vida do escritor. Vimos alguns objec-
tos pessoais de Eça e da sua família.
Mais tarde, dirigimo-nos à Régua para
almoçar e comprar os famosos rebu-
çados da Régua, mas o nosso principal
objectivo era a visita ao Museu do
Douro, onde observámos pinturas de
Joaquim Lopes relacionadas com o rio
Douro e as produções vinícolas da
região. De seguida, vimos uma expo-
sição sobre as várias etapas da produ-
ção do vinho e os instrumentos utili-
zados para tal.
Para finalizar esta viagem, rumámos
a S. Leonardo da Galafúra, uma das
paisagens mais belas de Portugal, que
é também património mundial. Esta
paisagem foi motivo de inspiração
para Torga, que escreveu um poema,
que se encontra na parede da capeli-
nha.
Esta visita de estudo foi muito enri-
quecedora e uma experiência agradá-
vel e divertida.
E
m Abril, Maria José Viegas
veio à ESAS e com a simpatia exclusiva
das octogenárias, desdobrou-se em
explicações para ensinar, aos alunos da
turma I do 12ºano, a arte de repuxar o
couro. Foi um ateliê surpreendente,
até porque poucas pessoas dominam
esta técnica que, dada a sua especifici-
dade, é rara nos dias de hoje.
Esta forma de trabalho ancestral per-
mite encadernar livros e fazer quadros.
Foi uma experiência única a que toda a
turma aderiu com entusiasmo. Todos
quiseram experimentar a técnica,
embora conscientes de que a perícia
dos gestos permite veleidades a que os
aprendizes não ousam, mas nem por
isso o tempo se deu por mal empregue,
muito pelo contrário, valeu bem a
pena.
Repuxar
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ouro
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no
J U N H O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I
Desde quando estás a prestar provas
de alta competição?
Desde há 4 anos.
Que medalhas já conquistaste até
hoje?
Conquistei muitas medalhas a nível
regional, algumas de torneios e, mais
importantes que essas, quatro a nível
nacional, duas delas de campeão nacio-
nal de estafeta.
Qual o prémio que mais valorizas?
Uma medalha nacional individual.
De quantos anos é feita a vida de um
nadador?
Não sei ao certo, mas para se ser bom
nadador precisamos pelo menos de 10
anos. Um nadador pode ir até aos 26/28
anos, mas isso varia muito.
A natação ao nível da alta competição
exige muitos sacrifícios, nomeadamen-
te levantar muito cedo (6:00 da manhã
em tempo de aulas). O que te motiva?
Vale a pena?
As vitórias que tenho vindo a conseguir.
Tudo vale a pena, desde que nos empe-
nhemos. Sem esforço não vamos a lado
nenhum.
Que benefícios te tem trazido a práti-
ca da natação?
Os benefícios são físicos, mas também
psicológicos. Ajuda-me a ser mais sau-
dável e auto-confiante.
Por que razão os resultados nos Jogos
olímpicos por parte da equipa portu-
guesa ficam sempre aquém dos objec-
tivos traçados? Falta de apoios?
Os apoios nunca são muitos, mas talvez
ainda não tenha surgido um grande
nadador capaz de lutar por medalhas
nos Jogos Olímpicos. Esta situação pode
mudar, pois vem aí uma geração de
grandes nadadores.
O nadador recebe remuneração?
O nadador não recebe renumeração do
clube, mas quando ganha uma prova
importante, como é o caso de um mee-
ting internacional, é compensado mone-
tariamente. Além disso, existem sempre
aqueles nadadores que ganham imenso
com os patrocínios.
Que curso queres tirar?
O curso de Direito.
F rancisco
Mangas tem 16 anos
e é aluno da turma G
do 10ºano do curso
de Ciências Sociais e
Humanas. Nadador e
atleta do FCP, treina
7/8 vezes por sema-
na, cerca de 3 horas
à tarde e, às vezes,
também de manhã.
Da família recebe
todo o apoio.
No próximo ano lecti-
vo, irá para os EUA
(Napoleon, Ohio).
Entrevistado por Patrícia
Costa do 10ºG
―Vem aí uma geração de grandes nadadores‖
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A linguagem e o amor Por João do 10ºB
O amor começa a manifestar-se muito cedo. Por muito
estranho que pareça, começa logo no infantário. Nes-
ta altura, é bastante simples: é caracterizado por uma
linguagem verbal e corporal simples e por uma troca
de olhares, seguida de um beijo na cara do rapaz pela
rapariga, ao qual se segue a corrida de ambos para
direcções contrárias a gritar – ―Ai que nojo!‖. Real-
mente muito simples.
A partir daí, começam as complicações. Na adolescên-
cia, o amor é como um programa do National Geogra-
phic. O macho usa uma acentuada linguagem corpo-
ral, pavoneia-se em frente da fêmea e espera a sua
aceitação. Quando outro macho se aproxima, ficam
ambos a combater, enquanto vociferam elogios em
construções frásicas indecifráveis.
Uns anos depois, as relações ficam ainda mais interes-
santes. Salta-se de caso em caso e de noite em noite.
Normalmente tudo começa em bares ou discotecas. O
homem aproxima-se de uma mulher e corteja-a usan-
do uma série de piadas foleiras e copos carregados de
álcool. No dia seguinte, a ressaca acompanha-o sem-
pre e a mulher, às vezes, também. No fim, isto acaba
por ser muito parecido com o tipo de casos que se
encontra em algumas tristes esquinas da baixa do Por-
to.
Quando se arranja uma namorada a sério, a linguagem
amorosa envolve cartões amorosos, frases tão compli-
cadas que raramente fazem sentido e inúmeras sur-
presas, sendo que, se tudo correr bem, a última é o
anel de noivado! O dia mais feliz das nossas vidas!
Chegamos ao desejado casamento. Começam os inde-
sejados desleixos e vai diminuindo a comunicação. O
homem começa a esquecer-se dos aniversários e a
mulher começa a fazê-lo dormir no sofá. Às vezes,
contudo, qual milagres, também há surpresas, envol-
vendo uma linguagem extremamente carinhosa. Rara-
mente, claro! Para, quando acontecer, nunca deixar
de ser surpresa!
Quando se chega à terceira idade, a vida amorosa
regride radicalmente e a única verbalização sobre o
Amor resume-se ao comentário feito da varanda para
os jovens que passeiam romanticamente: ―Pouca ver-
gonha! Vão mas é trabalhar!‖
Realmente o amor é muito complicado! Mas por que
será que ele continua a suscitar nos corações humanos
amizade, se tão contrário a si é o mesmo amor?
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Fotografias de António Carvalhal (prof.) - Alunos do 11ºH
Pedro Huet
Catarina
Francisco
Bárbara
A Cidade Dos Deuses Selvagens, de Isabel Allende
Por Rita Araújo do 7ºB
I sabel Allende nasceu em Lima, no Peru,
em 1942, tendo, no entanto, nacionalida-
de chilena. Trabalhou como jornalista
desde os 17 anos. Publicou o seu primei-
ro livro, ―A casa dos Espíritos‖, em 1982. Des-
de aí os seus livros tem sido um grande suces-
so. Actualmente reside nos Estados Unidos,
onde casou e vive com os seus filhos e netos.
Alexander Cold, o protagonista, reside na
Califórnia com os seus pais e irmãs. Devido à
doença de Lisa Cold, cancro, ela e o marido,
John Cold, têm de ausentar-se para que os
tratamentos decorram. Assim, Alex e as suas
irmãs são separados, indo viver para casa das
suas avós. Contrariado e com receio, de dei-
xar a sua família, Alex parte rumo a Nova Ior-
que ao encontro de Kate. Alex e Kate partem
numa expedição, da International Geographic,
para o perigoso Amazonas, com o propósito de
encontrar uma lendária criatura a que os indí-
genas chamam de ―besta‖. A equipa da expe-
dição é constituída por Alexander, Kate, dois
fotógrafos, o famoso e arrogante (Ludovic
Leblanc),
Mário Carias,
Ariosto, um
guia brasilei-
ro (César
Santos), a sua
filha (Nádia
Santos) e
mais tarde
junta-se a
eles uma
médica
(Omayra Tor-
res), com a
missão de
vacinar uma
tribo de
índios. Depois de vários acontecimentos que
nos prendem à leitura, Kate Cold e Ludovic
Leblanc juntaram-se para fazerem um docu-
mentário, não sobre a ―Besta‖ mas sim sobre
a preservação dos índios e da floresta amazó-
nica.
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O que é uma
república ? (continuação)
Uma república protege os direitos do povo e favorece-o sempre
que pode, pelo menos na teoria.
Chandni, 11º G
Comparemos a República com a Monarquia (e falando já numa
Monarquia Constitucional, que limitaria os poderes do Rei)…. A
República trouxe duas vantagens essenciais: todos nascem
iguais, e é o povo que escolhe directamente o Chefe de Estado
(que tem um poder limitado). No entanto, também a monar-
quia tem as suas vantagens, que se prendem essencialmente
com a liberdade do Rei em relação a partidos.
Inês Trigo, 11ºG
Acho que a República foi um dos muitos instrumentos utiliza-
dos ao longo dos séculos, pelo SER HUMANO, para tentar alcan-
çar o objectivo que nunca conseguiu: a igualdade...
João Brandão, 11º E
Se optarmos por uma explicação elementar, afirmaremos: é
um regime político inclusivo que procura atender aos interes-
ses de todo e qualquer cidadão, garantindo uma sociedade com
valores: ―justa, solidária e humanitária‖ (Art. 1º Constituição
República Portuguesa). Mas... Será assim tão linear o seu
papel?
Liliana, 11ºG
Entre os romanos, Cícero, ao dizer que a "república é coisa do
povo‖, esclarecendo que ― povo não é um mero ajuntamento
de pessoas postas lado a lado, mas uma convivência consciente
de pessoas que se torna uma sociedade pelo reconhecimento
de um direito e de objectivos comuns", delimitou, com preci-
são, o sentido mais autêntico de República, ao mesmo tempo
em que não a contrapõe à monarquia, mas aos Governos injus-
tos.
Maria Sinde, 11ºG
República é o segredo mais mal guardado da injustiça e falta
de igualdade.
André Drummond, 11º G
A República pode ser entendida como o reconhecimento dos
direitos e deveres dos cidadãos que convivem numa sociedade
pluralista e possuem objectivos comuns.
Rita Magalhães, 11º E
Ilust
ração d
e A
C (
pro
f.)
Procure a solução na sala do
―Catarina Malye- O espelho de duas faces‖, de Margarida Góis
Por Joana Sofia Ferreira do 7ºB
N a Oriety, a celebração dos onze anos da
princesa herdeira, Catarina Aimani-Malye,
termina com um atentado sangrento, em
que ela vê a mãe e o tio, o rei Otão IV,
gravemente atingidos pelas balas e o seu guarda-
costas morrer para a salvar. Este incidente faz mergu-
lhar Catarina na realidade do mundo que a rodeia: a
política autocrática do tio, a violência das contesta-
ções internas e da repressão…
Começa, então, a
chamada
―educação ofi-
cial‖. A princesa
orietyana deixará
de estar a cargo
de uma só pre-
ceptora, como
até ali, e passará
a ser entregue a
três professores –
Kormiov, Sch-
ramps e Deïk
Ricar – de varia-
das tendências,
para que se
debruce sobre
áreas tão dife-
rentes como a
política e cultura
orietyanas, polí-
tica externa, línguas diversas, e as ciências puras. O
livro baseia-se no crescimento de Catarina ao longo
dos anos e a sua evolução como princesa do reino. Ela
vai ganhando uma opinião própria e percebe que as
atitudes do seu tio nem sempre são as mais acerta-
das.
Penso que o livro nos ajuda a descobrir a nossa pró-
pria personalidade e a fundamentar opiniões sobre
questões que até agora apenas ouvimos adultos a
comentar.
J U N H O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I Página 26 •
Por João Magalhães do 7ºC
Pintura a três dimensões Julian Beever — pintor de rua
“ As artes plásticas por altura da Procla-mação da República em Portugal”
Continuação da página 15
Estes artistas podem-se situar em vários ―ismos‖, desde o
Abstraccionismo, passando pelo Neo-Realismo, Surrealis-
mo, Expressionismo Onírico, Dimensionismo, indo até às
Artes POP e OP, Nova Figuração, Nova Abstracção e Con-
ceptualismo.
Mas isto já é outra história, dentro das artes plásticas
portuguesas…
Bibliografia consultada:
GONÇALVES, R. M. – A arte portuguesa do século XX – Temas e Debates
FRANÇA, J. A. – A arte em Portugal no séc. XX – Bertrand
VASCONCELOS F. - A arte em Portugal – Verbo
Vários - Museu do Chiado, Arte Portuguesa 1850-1950 - Museu do Chiado
NUNES, P. S. – História da Cultura e das Artes, 12º ano – Lisboa Editora
Legendas das imagens:
Stuart Carvalhais - Cartaz para o jornal “República” – década de 1910 - a cubo-futurista-1912. Amadeo de Souza-Cardoso - Pintura-colagem, c. 1917 Eduardo Viana – Nu-1925 Almada Negreiros – Retrato de Fernando Pessoa - 1954
Ilust
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10
Página 27
A influência oriental, o folclore e a história na moda de 1910 é eviden-te. Os tecidos eram finos e delicados (seda e cetim). As cores da
alta-costura eram, essencialmente, vermelho e cor-de-rosa brilhante,
verde e amarelo, isto numa época em que as senhoras de classes infe-
riores se costumavam vestir em tons discretos com a cor de malva, o cinzento e o azul.
Estavam na moda os vestidos que marcaram a nova silhueta da mulher,
não tão apertada como quando espremida pelo espartilho.
O homem da primeira década do século XX era caracterizado pelas cores escuras. A moda tornou-se cada vez mais simples e prática.
Mantinha um certo aspecto de uniformização. Todos vestiam calça
comprida, paletó, colete e gravata. Nas classes superiores o chapéu
era usado frequentemente.
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http://www.hm.com/pt
Por Patrícia Costa e Pedro Gomes 10ºG
J U N H O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I I
A escolha de Olga Moutinho (Presidente do Conselho Geral)
COM FÚRIA E RAIVA Com fúria e raiva acuso o demagogo E o seu capitalismo das palavras Pois é preciso saber que a palavra é sagrada Que de longe muito longe um povo a trouxe E nela pôs sua alma confiada De longe muito longe desde o início O homem soube de si pela palavra E nomeou a pedra a flor a água E tudo emergiu porque ele disse Com fúria e raiva acuso o demagogo Que se promove à sombra da palavra E da palavra faz poder e jogo E transforma as palavras em moeda Como se fez com o trigo e com a terra
Sofia de Melo Breyner Andresen in O Nome das Coisas
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fia
C ostuma dizer-se que as instituições são como as pessoas.
Têm vida, ritmos e leis próprias. Mas, ao dizer-se isto,
esquece-se o essencial: que estas são feitas por mulheres e
homens com todo o seu cortejo de coisas boas e más. Con-
tudo, o que define uma instituição é esse pairar por cima de qual-
quer conjuntura e tender a afirmar-se, negativa ou positivamente,
ao longo do tempo. É o caso da Escola Secundária Aurélia de Sousa
cujos 50 anos são registados numa época de êxitos assinaláveis. Não
estaremos só a falar de resultados – a nós interessam-nos, principal-
mente, os processos desenvolvidos até chegar a esse fim e, nessa
evolução, conseguimos ver honestidade, espírito de equipa, iniciati-
va e solidariedade. O pulsar desta forma de trabalhar muito própria
vê-se no Jornalesas que, nestas três edições, vos apresentámos com
o gosto de quem vê este projecto ser procurado e participado por
cada vez mais alunos e professores. Portanto, se o Jornalesas acom-
panha o bater de coração da Instituição Aurélia de Sousa estamos
bem. Agradecemos o empenho que todos demonstraram ao longo do
ano.
O mérito, esse, vai em grande parte para os nossos alunos que, des-
de muito cedo, se confrontam com as leis, normas e regras que os
mais velhos vão transmitindo aos mais novos e que vão moldando a
vida e o trabalho desenvolvido na Escola. Esta Instituição merecerá
passar os seus 50 anos como as pessoas merecerão viver: com a dig-
nidade, a paz e o saber estar que serão características de sociedades
em constante evolução.
Neste contexto, a celebração dos 100 anos da República a que
damos destaque neste número, adquire uma nova perspectiva que só
a História poderá oferecer-nos em toda a sua plenitude: a conquista
que só um regime que saberá renovar-se continuamente na moderni-
dade poderá atingir – a da liberdade plenamente partilhada. Cremos,
porque somos educadores e sabemos a importância de o ser, que só
as novas gerações poderão fazê-lo melhor.
Editorial
FICHA TÉCNICA
Coordenadores:
Prof. António Catarino
Profª Julieta Viegas Redacção e
Tratamento da Informação:
Prof. António Catarino Paginação e Maquetagem:
Profª Julieta Viegas
Equipa de alunos:
Pedro Gomes 10ºG Patrícia Costa 10ºG
Vanessa d‘Orey 10ºF
Diana Castro 10ºG Apoio e financiamento :
AMA—Associação Mais Aurélia
Repr.: Francisca Ferreira www.amaurelia.com
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Escola Sec/3 Aurélia de Sousa
Rua Aurélia de Sousa
4000– 099 Porto
Telf 225 021 773
Fax 225 508 135