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Page 1: Jornal do Fórum - abr/2013

Servidores exigemcumprimento da pauta

Uma publicação do Fórum das Entidades Sindicais dos Servidores Públicos Estaduais do Paraná - abril de 2013

EStado dE rESpEito!Servidores exigem

cumprimento da pauta

Categoria luta unida por um novo modelo de atendimento.

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SAÚDE

Governo determina e servidorespagam o aumento.

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PARANAPREVIDÊNCIA

Em maio, reajuste para os servidores. Página 3

DATA-BASE

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Fórum das Entidades Sindicais dos Servidores Públicos Estaduais do Paraná - abril de 2013

EDITORIALO ano de 2012 foi de muita

luta e mobilização por parte dos sindicatos que compõem o Fórum das Entidades Sindicais (FES), seja pela luta específica que cada sindicato fez, ou pela pauta maior que nos unifica.

Na primeira reunião de 2013, houve a apresentação da pau-ta dos servidores para a nova secretária de Administração e Previdência, Dinorah Botto Por-tugal Nogara. O FES deixou bem claro a necessidade de mudança nos debates e nas negociações da pauta. O governo assume compromissos com os servidores estaduais, mas na prática acaba

não honrando o que foi acordado. Várias reuniões e comissões foram compostas e amplos debates reali-zados, mas ao fim o governo acabou encaminhando de forma unilateral suas proposições, através de decre-tos e resoluções que atentam contra o direito da maioria do funcionalis-mo estadual. Temos vários exemplos como o decreto 6808 da readaptação no serviço público, publicado em 19 de dezembro de 2012 e também o PL 02/2013 que foi enviado para a ALEP que trata da parcela compensatória de insalubridade e periculosidade no serviço público, que graças a luta e a pressão dos servidores na audiência pública de 13/03/13 na ALEP foi re-

tirado de pauta, além da aprovação em 18 de dezembro do novo plano de custeio da ParanaPrevidência.

Uma das metas centrais neste iní-cio de 2013 é a mobilização para a da-ta-base em maio com ganho real para além da inflação de 2012 prevista em torno de 6,5%. Nossa reivindicação será de 12,5% sobre os nossos venci-mentos, tendo como parâmetro o sa-lário mínimo regional, com 1% a mais que será cobrado da previdência.

Temos que realizar um amplo deba-te sobre o Estado que queremos e de-fendemos, pois no nosso entendimento o atual Governo vem implementando políticas que estão na contramão de um Estado como o indutor das políticas

públicas. Há um processo amplo de terceirização dos serviços, de am-pliação de cargos comissionados, de entrega do patrimônio público às organizações sociais. Enquanto isso o serviço público padece com a falta de concursos e precarização do trabalho, além da falta de valo-rização do trabalho e da formação como no caso do enquadramento dos servidores.

Fazer o governo cumprir o que foi acordado nas negociações sem retroagir em nossos direitos é tarefa de todos os servidores. Teremos ainda que realizar muita pressão e mobilização para alcan-çar a pauta que nos unifica!

O Fórum das Entidades Sindicais, que representa mais de 200 mil servidores do Paraná e congrega várias categorias do funcionalismo público, é formado pelas seguintes entidades: APP-Sindicato, SindiSeab, Sinteemar, Apra/Policia Militar, Assuel-Sindicato, SindSaúde-PR, Sinclapol, Sindespol, Sipol, Sindarspen, Sinder, Sindifazcre-PR, Sindijus-PR, Sindsec-PR, Sinteoeste, Sintespo e Sintesu.

Exp

EdiE

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Diagramação: Rodrigo Augusto Romani (DRT/PR 7756) • Projeto gráfico: Excelência Comunicação • Jornalistas: Cláudia Maria de Morais (MTE 3186) e Uanilla Marcela Piveta (DRT/PR 8071).Ilustração capa: Marcelo Lopes • Impressão: WL Impressões • Tiragem: 13.000 exemplares.

O FES reitera a necessidade de aprovação do projeto de lei de Saúde do Trabalhador, de caráter abrangen-te, que foi apresentada e debatida com o governo e que até hoje não foi deliberado. A Comissão de Saúde defende realização dos exames mé-dicos pré-admissionais, periódicos,

de retorno de função, de mudança de função e demissionais; monito-ramento biológico para os trabalha-dores expostos a riscos específicos; monitoramento do quadro clínico de todos os trabalhadores, por avaliação clínica, laboratorial e demais exa-mes complementares pertinentes;

implementação de ações educativas de promoção da saúde para todos os trabalhadores da administração, além de instituir Comissões de Saú-de por local de trabalho. Este proje-to deixa claro que tipo de saúde nós queremos para o servidor do Estado do Paraná

Conheça a proposta da entidade sobre Anteprojeto de Lei Saúde do trabalhador

PL 002/2013 foi uma tentativa do governo de minimizar propostas de prevenção

FES cobra política ampla de promoção e prevenção na saúde do servidor

Após intervenções do Fórum das Entidades Sindicais (FES), o governo retirou da pauta de vota-ções da Alep o PL 002/2013, que tratava sobre as diretrizes básicas para a concessão de parcela com-pensatória de insalubridade ou de periculosidade dos servidores pú-blicos estaduais. A retirada do PL é resultado das reivindicações do FES, do trabalho da bancada de oposição da Assembleia e da mo-bilização durante Audiência Pú-blica do último dia 13 de março.

Para entender o PL 002/2013:

Os servidores que exercem suas funções em condições ina-dequadas têm o direito assegura-do pela Lei 10.692, aprovada em 1993, do pagamento de um adi-cional de 10%, 20% ou 40% sobre o vencimento inicial para casos de insalubridade e de 30% em casos de periculosidade. No Paraná, os valores estão congelados desde 2002. Agora, o governo queria estabelecer valores fixos: insalu-bridade entre R$ 100 e R$ 150 e periculosidade em R$ 300,00. Um alinhamento abaixo do porcentu-al previsto na Lei.

E por falar em projeto de Lei...

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Fórum das Entidades Sindicais dos Servidores Públicos Estaduais do Paraná - abril de 2013

O Fórum reivindica o cumpri-mento do reajuste dos servidores para maio, como já é tradição no Paraná. A reivindicação é para que, este ano, o aumento traga um ga-nho real à categoria dos servidores, e não só a reposição da inflação, que ficaria em 6,11%. A proposta é de aumento salarial em 13,5%. Este

valor contemplaria o mesmo per-centual de aumento do salário mí-nimo estadual (que girará em torno de 12,5%) mais o adicional de 1%, referente a uma reposição do au-mento do desconto na previdência. A secretária afirmou que fará as contas necessárias para analisar a viabilidade do reajuste proposto.

O FES tem argumentado e cobra-do exaustivamente a devida atenção para um novo modelo de atendimen-to à saúde dos servidores. A cate-goria adoece e não recebe atendi-mento satisfatório do atual sistema, o SAS. Em todo o Paraná o cenário do atual modelo é a liberação de um insuficiente número de consultas, demora no acesso ao atendimento, carência de algumas especialidades médicas e entraves na marcação de procedimentos. Um serviço que, em sua totalidade, deixa muito a dese-jar, principalmente nos casos de do-enças graves. E os valores destinados

ao SAS não são insignificantes: mais de 140 milhões/ano. Chega de des-respeito com a categoria!

O Fórum lidera a Campanha de Valorização pela Saúde dos Servi-dores e reivindica especial e ur-gente atenção junto ao Departa-mento de Assistência à Saúde (DAS/SEAP) e aguarda, da nova secretá-ria de Administração e Previdência (Seap), Dinorah Nogara, o período de 40 dias solicitado por ela no dia 5 de março, para obter uma res-posta formal do governo sobre as propostas já debatidas de um novo modelo.

• Um novo projeto de atendimento, descentralizado e gerido de forma paritária.

• A criação do Fundo da Saúde e a inclusão de todos(as) os(as) servidores(as) - independente do vínculo com o Estado.

• Propostas sobre valores de coparticipação para debate.

• A inclusão de dependentes.

• A ampliação dos recursos por parte do governo.

• Credenciamento de várias clínicas e hospitais.

O alarme da saúde está soando!O FES defende para um novo modelo de saúde:

FES defende reposição igual ao proposto para o salário mínimo regional

Burocracia excessiva e descaso do governo adoecem os servidores

Data-base e Reposição Salarial: uma questão de igualdade

Saúde dos servidores vai mal

Representantes da Comissão de Saúde do FES estiveram no Departa-mento de Assistência a Saúde (DAS) no dia 21 de março para tratar de uma grave situação do Hospital da Po-lícia Militar (HPM). Diante da situação exposta, o superintendente do DAS José Fernando Macedo reiterou que

já fez os pagamentos no valor de 16 milhões, referentes aos meses de ou-tubro, novembro e dezembro de 2012 e que também fará repasse referente aos meses de janeiro e fevereiro de 2013. Outro compromisso assumido pelo Departamento foi a regulariza-ção das cirurgias pendentes.

HPM reflete falência do SAS

Alerta!

A partir de abril, mais 1% do seu salário, servidor, vai para o governo! Este valor será repassado para o atual modelo de previdên-cia do Paraná. Graças a aprovação da Lei Estadual 17.435, sancio-nada, às pressas - e sem ouvir o manifesto da categoria - no final do ano passado os trabalhadores irão custear as dívidas do Estado (estima-se que o valor das dívidas ultrapasse os R$ 8 bilhões).

A forma como foi alterado o custeio da ParanaPrevidência, foi mais um desrespeito de Beto Ri-cha. Durante meses, o FES tentou dialogar propondo mudanças na forma de aplicação do desconto (que era de 10%). O governo não ouviu o Fórum, atropelou o diá-logo e mandou o PL 613/12, em regime de urgência, para a ALEP.

Por que a situaçãochegou neste ponto?

Os governos Lerner, Requião e Richa contribuíram com percen-tual abaixo do que estava deter-minado na Lei 12.398/98. O atual governo, por exemplo, vinha con-tribuindo com apenas 7,5%, quan-do o previsto era 14%. Os royalties de 20 anos da Itaipu também não foram repassados para o Fundo Previdenciário. Não se sabe do re-passe das contribuições recolhidas pelo antigo IPE e pelo INSS. A Lei aprovada ANISTIOU tais dívidas.

O FES reivindica em negocia-ções que o 1% descontado re-torne ao servidores junto com o reajuste da Data-base, em maio. Por isso, nossa pauta defente os 12,5% mais 1%.

Governo cria lei que altera a cobrança

Alíquota de 11% entra em vigor em abril

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Data-base é destaque na primeira reunião do FES com a nova secretaria da SEAP

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Fórum das Entidades Sindicais dos Servidores Públicos Estaduais do Paraná - abril de 2013

Richa quer privatizarserviços públicos

Sem qualquer transparência, Richa quer firmar uma Parceria-Público-Privada para instalar os “Tudo Aqui”: nove centros de atendimento para prestar serviços públicos ao cidadão a serem instalados na capital e em outras seis cidades do Paraná.

Para a implantação, manutenção, ope-ração e gestão das unidades, o governo quer pagar R$ 9,9 milhões por mês para as empresas, num contrato por 25 anos, ao custo total de R$ 2,9 bilhões do dinheiro do contribuinte!

O líder da oposição, Tadeu Veneri, refor-ça: “esqueceram de apresentar para a As-sembleia Legislativa, cuja atribuição cons-titucional é fiscalizar os atos do governo”. Richa alega ter o aval do Ministério Público e do Tribunal de Contas (TC) para a transa-ção. Porém, o TC afirmou publicamente não ter sido sequer consultado.

A oposição convidou, para o dia 26 de março, o Secretário do Planejamento, Cás-sio Taniguchi, a prestar esclarecimentos na ALEP. Contudo, na véspera, a bancada governista rejeitou o requerimento, por 25 votos a 17. Clara, aqui, é a falta de respei-to com a população!

A falta de concurso obrigou inúmeros servido-res - que quando admitidos no quadro funcional ti-nham escolaridade fundamental e média - a cum-prir funções de nível superior. Os servidores foram estudar para garantir o aperfeiçoamento exigido e estão em desvio de função há anos. Porém, o governo não paga os salários como nível superior; ganham ordenados das funções que exerciam an-tes. Estes são os desenquadrados.

O governo anterior reenquadrou uma parte dos servidores em disfunção e deixou os outros de lado. Quatro listas com nomes de servidores a serem re-enquadrados chegaram a ser publicadas no Diário Oficial do Estado em 2010. No entanto, o governo Beto Richa mostrou total desrespeito, mais uma vez, ao suspender o enquadramento no início de

2011. O FES tem cobrado do governo uma solução para tais casos. O governo passou a responsabilida-de para o Ministério Público e o Tribunal de Contas, que tinham até outubro de 2012 para emitir pare-

ceres sobre o caso, mas até hoje não se manifesta-ram. Enquanto isso, os servidores das 3ª e 4ª listas do Diário Oficial do Estado (DOE) ainda aguardam o reenquadramento e continuam a ser explorados.

Servidores exercem funções de nível superior, mas são remunerados como nível fundamental ou médio

Enquadramento: governo é injusto com os servidores

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FES organiza Ato Público em prol dos desenquadrados. A luta continua!

A Constituição (Art. 37) prevê que o número de cargos comissionados não pode superar 10% dos efetivos de cada instituição. Quando Richa assumiu, o Poder Executivo tinha 3.938 cargos comissionados. De lá para cá, um cargo comis-sionado foi criado a cada dois dias. No início deste ano, já eram 4.281 cargos em comissão.

Em 2012, o reajuste dos comissionados foi de 128% enquanto os servidores de carreira ob-tiveram, na data-base, míseros 5,1%. Em apenas dois anos, o gasto com comissionados passou de R$ 9,2 milhões para R$ 17,6 milhões, um aumento de 91%. Richa criou, em março, mais 110 cargos comissionados injetando mais R$ 7,9 milhões nos cálculos do limite prudencial para 2013. Que desrespeito!

Os cargos comissionados são políticos e colocam na condição de comando quem, mui-tas vezes, não compreende o serviço público. Mesmo com o estouro do limite prudencial, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) garante a reposição da inflação para os servidores e determina que o governo reduza em 20% os cargos comissionados.

Atual gestão cria um cargo comissionada a cada dois dias

Gastos com comissionados quase triplica


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