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ANO I NO 5 OUTUBRO 2006 PUBLICAÇÃO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Comunidade responde Pág. 15

Eventos Pág. 4

Extensão e cultura Pág. 13

Segurança na Internet Pág. 5

FestivalNacional

de MúsicaCom o objetivo de divulgarmúsica de qualidade – clás-sica, popular e folclórica –nos mais diversos gênerose estilos, a Escola de Músi-ca e Artes Cênicas da UFGrealiza há 31 anos seu Fes-tival Nacional de Música. Oevento ocorre de 17 a 31 de

outubro por meio de concer-tos, recitais, cursos e outras

atividades que transformaramGoiânia e o Estado de Goiás em

um pólo integrador da culturamusical na região Centro-Oeste. O

evento propicia que músicos brasi-leiros e estrangeiros mantenham um

contato próximo com o público nas apre-sentações. Pág.6

Fernando de Freitas Fernandes,professor do Instituto de Patologia Tro-pical e Saúde Pública (IPTSP) da UFG,foi o primeiro colocado na categoria Mi-croscopia, no concurso de fotografias doXXI Congresso Brasileiro de Entomolo-gia, realizado em Recife, de 6 a 11 deagosto. A foto que recebeu o prêmioretrata o aparelho bucal da mosca-do-chifre e foi realizada por meio de umMicroscópio Eletrônico de Varredura

Professor tem fotografia premiada(MEV). As sensilas labelares e maxila-res retratados são órgãos cuticularessensoriais associados a neurônios, res-ponsáveis por estímulos gustatórios,mecânicos e ofativos. A sua identifica-ção tem o objetivo de fomentar estudoseletrofisiológicos para o desenvolvimen-to de medidas seletivas e de menor im-pacto ambiental para o controle da Hae-matobia irritans, conhecida popularmen-te como mosca-do-chifre. Pág.14

Medicina, Adminis-tração, Direito e Psicologiasão os mais procurados aoVestibular/2007 da UFG.Administração e Psicologiaforam criados em 2005 e ademanda crescente refle-te carência de profissio-nais no Estado. As provasda primeira fase serão re-alizadas no dia 26 de no-vembro, e da segunda fase,nos dias 10 e 11 de dezem-bro. Pág.10

Açõesafirmativas

na UFGO seminário sobre

“Ações afirmativas naUFG” incluiu em suasdiscusões, além das co-tas, temáticas como gê-nero, raça e orientaçãosexual. O evento mar-cou também o lança-mento do programa “Co-nexões de Saberes: di-álogos entre as univer-sidades e as comunida-des populares”. Pág.11

Qualidade doleite é tema de

congressoPág.4

Evento reúneensino, pesquisa

e extensãoPágs. 8 e 9

Novos recursospara os câmpus

do interiorPág.7

Semináriodiscute

BiotecnologiaPág.3

Vestibular: cursosnovos entre os

mais procurados

2 Goiânia, outubro de 2006OPINIÃO

PUBLICAÇÃO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃODA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ANO I - NO 5 - OUTUBRO 2006

Jornal UFGAssessor de imprensa e editor-geral: Prof. Magno Medeiros; Editora executiva:Profa. Silvana Coleta Santos Pereira; Editora assistente: Silvânia de CássiaLima. Conselho Editorial: Profa. Angelita Pereira, Prof. Goiamérico FelícioSantos, Profa. Maria das Graças Castro, Profa. Silvana Coleta Santos Pereira,Prof. Venerando Ribeiro de Campos, Profa. Mercês Pietsch Cunha Mendonça;Suplentes: Valéria Maria Soledade de Almeida e Profa. Ellen Synthia Fernandesde Oliveira; Projeto gráfico e editoração eletrônica: Cleomar Nogueira;Fotografia: Carlos Siqueira e Júlia Mariano Ferreira (bolsista); Ilustração:Suryara Bernardi; Repórteres: Alfredo Mergulhão, Elaine Gonzaga, MarianaClímaco, Matheus Álvares, Natália Ribeiro e Núbia Simão (bolsistas); Equipeadministrativa: Amália Magalhães e Leny Borges.

Impresssão: Centro Editorial e Gráfico da UFG (Cegraf)

ASCOM – Reitoria da UFG – Campus SamambaiaC.P.: 131 – CEP 74001-970 – Goiânia – GO

Tel.: (62) 3521-1310 /3521-1311 – Fax: (62) 3521-1169www.ufg.br – [email protected]

ReitorProf. Edward Madureira Brasil

Vice-reitorProf. Benedito Ferreira Marques

Pró-reitora de GraduaçãoProfa. Sandramara Matias Chaves

Pró-reitora de Pesquisa e Pós-GraduaçãoProfa. Divina das Dores de Paula Cardoso

Pró-reitor de Extensão e CulturaProf. Anselmo Pessoa Neto

Pró-reitor de Administração e FinançasProf. Orlando Afonso Valle do Amaral

Pró-reitor de Desenvolvimento Institucional eRecursos Humanos

Prof. Jeblin Antônio AbraãoPró-reitor de Assuntos da Comunidade Universitária

Cirurgião-dentista Ernando Melo Filizzola

ensino, a pesquisa ea extensão como ati-vidades indissociá-

veis nas universidades pú-blicas brasileiras é uma fór-mula relativamente recen-te. Foi a constituição de1988 que a consagrou. A re-forma universitária de1968 previa como ativida-des definidoras do ensinosuperior somente o ensinoe a pesquisa. A partir do mo-mento em que a extensãopassou a integrar o famosotripé que hoje caracterizaas atividades da educaçãosuperior no Brasil, uma lon-ga e interminável discus-são teve início no meio aca-dêmico brasileiro: a defini-ção/conceituação do queseja extensão.

Para o Fórum Nacionalde Pró-Reitores de Extensãodas Universidades PúblicasBrasileiras “a extensãouniversitária é o processoeducativo, cultural e cien-tífico que articula o ensinoe a pesquisa de forma indis-sociável e viabiliza a rela-ção transformadora entreuniversidade e sociedade”.À Proec/UFG cabe acentuarque a extensão é uma ativi-dade indissociável do ensinoe da pesquisa e, ao mesmotempo, criar condições paraque ela exerça sua açãotransformadora. Do ponto devista da discussão conceitu-al, paramos por aqui.

O que estamos ten-tando fazer é criar servi-

Extensão e Cultura na UFGços na Proec que facilitemo trabalho de professores,técnicos-administrativos eestudantes que estejamenvolvidos, de alguma for-ma, em ações de extensãoe cultura. Foi nesse senti-do que estabelecemos oprograma de serviços grá-ficos. Qualquer projeto ca-dastrado na Proec tem di-reito e pode solicitar o ma-terial gráfico necessáriopara o seu bom funciona-mento ou para a promoçãode evento nele previsto.Isto sem nenhum tipo deburocracia, a não ser o atode cadastrar o projeto naProec após sua aprovaçãona unidade/órgão de ori-gem. A única ressalva dizrespeito ao tempo, preci-samos de 15 dias a um mêspara a confecção da arte ea impressão final.

Uma outra iniciativada Proec para facilitar atarefa de quem está envol-vido em atividades de ex-tensão e cultura foi mon-tar um grupo de trabalhocom a finalidade de criarum novo sistema de cadas-tramento de projetos. Onovo sistema, que já seencontra em fase de tes-tes, internamente, e logoestará disponível para todaa comunidade, pretendesimplificar o processo decadastramento de projetosutilizando, de forma efici-ente, recursos de informá-tica via Internet.

Além do cadastramen-to mais fácil, o proponentede projeto de extensão ecultura terá acesso, no novosistema, a um módulo de ge-renciamento de eventos.Todos os procedimentos queenvolvem a organização deevento científico ou cultu-ral estão previstos e serãopassíveis de gerenciamen-to pelo sistema. Da entradade inscrições até a emissãode certificados.

Por outro lado, paradar vazão às manifesta-ções culturais dentro daUFG, estamos ultimandoos projetos arquitetônicospara uma nova reforma noEspaço Cultural, o qualreceberá em breve umasala de exposição moder-na e arrojada e uma salamultiuso para apresenta-ções e debates. O EspaçoCultural comportará aindauma sala técnica paraabrigar o acervo em obrasde arte da UFG e salaspara a sua administração.

Tem sido intenso, tam-bém, o trabalho da Proecpara estabelecer parcerias,entre outras, com Ministé-rio da Educação, Ministérioda Cultura, Agência GoianaPedro Ludovico e SecretariaEstadual da cCultura. A UFGé uma boa semente; plan-tada e regada, frutifica.

Prof. Anselmo Pessoa NetoPró-reitor de Extensão eCultura da UFG

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Apresentar receitas culinárias mais nutritivas e saboro-sas. Esse foi o objetivo do III Concurso de Culinária realizadono início de outubro, entre os estudantes do primeiro ano deNutrição da UFG, no Laboratório de Dietética da Faculdadede Nutrição. De acordo com a professora Ana Laura Berberian,coordenadora do evento, com a atividade, os alunos tiveram aoportunidade de praticar os ensinamentos da disciplina Téc-nica Dietética sobre formas de preparo dos alimentos, bus-cando preservar o valor nutritivo.

Um júri, composto por professores, ex-alunos, umgastrônomo e um representante do Centro Acadêmico de Nu-trição, avaliou as receitas e os pratos apresentados.

CONTEÚDO DE QUALIDADEAgradecemos e cumpri-

mentamos a Universidade peloconteúdo e apresentação do Jor-nal UFG e já esperamos o pró-ximo número.

JOSÉ VALLADARES NETOPresidente da ABO-GO

IMPORTANTE REALIZAÇÃOAgradeço a atenção do en-

vio do Jornal UFG publicadopela Assessoria de Comunicaçãodessa Universidade. Parabenizoaos integrantes da equipe poresta importante realização, re-

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ano

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sultado de um trabalho desen-volvido com seriedade e compe-tência. A todos, meus cumpri-mentos e minha consideração.

IRIS REZENDEPrefeito de Goiânia

NOVAS CONQUISTASCom satisfação em cum-

primentá-los, acusamos o rece-bimento do Jornal UFG e para-benizamos pela profícua gestão,conquistas e iniciativas. Tenhocerteza que Goiás será sempregrato pela deferência dispensa-da aos nossos propósitos.

ODILON CLARO DE LIMASecretário de Agricultu-

ra Pecuária e Abastecimento doEstado de Goiás

CULTIVO DE ORQUÍDEASAcusamos o recebimento

do Jornal UFG e agradecemosmuitíssimo. Aproveitamos parademonstrar o nosso contenta-mento com a matéria sobre oprojeto de cultivo de orquídeas.TEREZINHA COUTINHO DOS SANTOS

Presidente da Associa-ção dos Idosos do Brasil -

Goiânia - GO

Um grupo de 15 estudantes africanos beneficiados peloPrograma Estudante Convênio-Graduação fez uma apresenta-ção cultural no III Conpeex. Provenientes de países comoMoçambique, Guiné Bissau e Cabo Verde, os africanos cursamo ensino superior na Universidade Federal de Goiás e na Uni-versidade Católica de Goiás, com o compromisso de volta-rem aos seus países de origem após a conclusão do curso degraduação. Eles apresentaram características de seus países edanças culturais, e chamaram a atenção do público do congres-so que, ao final, se rendeu aos costumes africanos.

Em sua quarta edição, o Jornal UFG aumentou a tiragem emdois mil exemplares, totalizando sete mil. Com isso, é possívelatingir um grupo maior de pessoas. Em curto espaço de tempo,cumprem-se dois objetivos com a publicação: a primeira, de esta-belecer-se como produto de veiculação de informação junto à co-munidade, e a segunda, de ampliar o seu alcance.

Paralelamente ao Jornal UFG, a Assessoria de Imprensamantém o boletim on-line UFG Notícias, veiculado às terças-feiras;o portal da UFG (www.ufg.br); o site da Ascom (www.ascom.ufg.br);o clipping eletrônico; o atendimento diário à imprensa, dentreoutros produtos e serviços.

Jornal UFG aumenta tiragem

Cultura africana

Concurso de culinária

3Goiânia, outubro de 2006 VIDA ACADÊMICA

urante o Seminário de Bi-otecnologia, foram identifi-cadas duas linhas gerais de

pesquisa dentro da universidade:uma composta por estudos emagropecuária, saúde animal, re-cursos naturais e bioprocessos; eoutra que compreende estudossobre saúde humana. Os doisgrupos envolvem pesquisadoresde várias áreas do conhecimen-to, como biologia molecular, na-notecnologia, genética, farmaco-logia, química e outras.

Também foi discutida a pos-sibilidade de criação de um Cen-tro de Biotecnologia, que concen-traria os pesquisadores e condu-ziria um curso de pós-graduaçãomultidisciplinar. “A tarefa agora éagregar professores das várias uni-dades envolvidas para a realizaçãode trabalhos em conjunto a respei-to de diferentes temas”, afirma oprofessor Cirano José Ulhoa, do Ins-tituto de Ciências Biológicas daUFG. “Os projetos não podem serisolados, pois as chances de obten-ção de recursos para financiar osestudos se reduzem”.

Para o professor Ruy de Araú-jo Caldas, da Universidade Católi-

Clecildo Barreto, diretor da Fapeg, declara que investir em Biotecnologiaé prioridade. UFG buscará recursos do órgão

A pesquisadora Karla Kovary destaca a importância das patentes paraos ganhos econômicos em Biotecnologia

Ciência e desenvolvimento em questãoSEMINÁRIO DISCUTE O POTENCIAL DA BIOTECNOLOGIA E A CRIAÇÃO DE UM CENTRO DE PESQUISAS NA UFG

ca de Brasília, a Biotecnologiadeve caminhar no sentido de umabioindústria, aproveitar o potenci-al da biodiversidade brasileirapara produzir conhecimentos e,sobretudo, transformá-los em ino-vações. Os investimentos em pro-dutos oriundos de pesquisas nes-sa área são milionários e o retor-no financeiro, por sua vez, tam-bém é muito grande. Somente noano de 1999, o Taxol (quimioterá-pico desenvolvido pelo NationalCancer Institute, órgão compostopor pesquisadores de universida-des norte-americanas) rendeu umbilhão e meio de dólares à indús-tria farmacêutica, que licencioua descoberta, a transformou emproduto, e comercializou o medi-camento. As instituições de en-sino que participaram do desen-vo lv imento da droga anti-cancerígena também compartilha-ram os lucros.

Para aumentar a capacidadede captação de recursos pelas uni-versidades brasileiras para a rea-lização dos estudos, a pesquisado-ra Karla Kovary, do Instituto Na-cional da Propriedade Industrial,aponta como caminho o desenvol-

vimento de produtos biotecnológi-cos com apelo comercial, a conver-são dos resultados das pesquisasem invenções e a transformaçãoda ciência em tecnologia. Paraisso, é necessário um cuidadoespecial relativo às patentes,uma vez que, sem a proteção doconhecimento científico, não háinvestimentos nem ganhos eco-nômicos.

Com a criação da Fundação deAmparo à Pesquisa de Goiás (Fa-peg), a expectativa é de que a UFGse insira na busca de recursosque estarão à disposição do órgão.A verba destinada à Fapeg aindaaguarda aprovação na Lei de Di-retrizes Orçamentárias. No entan-to, é certo que a Biotecnologia estáincluída entre as suas priorida-des, segundo informações do pro-fessor Clecildo Barreto, diretor ci-entífico da Fundação.

Bioética – Uma das preocupaçõescentrais da Bioética é o impactoda Biotecnologia no meio ambien-te e na saúde humana, pois estaé uma especialidade nova, e asconseqüências das modificaçõesfeitas nas estruturas de animais

Empenhada em criar uma política institucional que contemple os estudos em Biotecnologia, áreaconsiderada estratégica na Política Industrial Brasileira, a Universidade Federal de Goiás realizou, no

dia 22 de setembro, o seu primeiro seminário para tratar do assunto. O evento contou com aparticipação de 150 estudantes de graduação e pós-graduação, e de 60 professores pesquisadores da

UFG e de outras instituições de ensino superior.

e plantas para o organismo do ho-mem ainda não são conhecidascom exatidão.

Para promover o desenvolvi-mento científico nessa área, podeser necessária a pesquisa em se-res humanos, cuja história apontapara atrocidades como as cometi-das pelo regime nazista e pelo Ja-pão na época da 2ª Guerra Mundi-al. “É preciso cautela devido aos in-teresses econômicos envolvidos nosprodutos resultantes dessas pesqui-sas”, afirma o mestrando em Filo-sofia Thiago Pinheiro Oliveira, queestuda o tema. De acordo com ele,a ciência deve assumir que o co-nhecimento não é neutro, sobre-tudo quando há uma preocupaçãomercadológica no fazer científi-co, como no desenvolvimento demedicamentos. Deve-se deter-minar a quem e até que ponto otrabalho desenvolvido é útil.

Porém, hoje em dia, para a re-alização de estudos que envolvemseres humanos é necessário apre-sentar o projeto aos Comitês deÉtica de Pesquisa. A UFG possui oseu, por onde passam as pesqui-sas desse tipo realizadas na ins-tituição. (Alfredo Mergulhão)

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A Universidade Federal de Goi-ás foi selecionada em edital lançadopela Coordenação de Aperfeiçoamen-to de Pessoal de Nível Superior doMinistério da Educação (Capes/MEC)para o Programa de Intercâmbio Téc-nico-científico (Brafagri), mantido emcooperação com o governo francês.A parceria é voltada à formação derecursos humanos nas áreas deAgronomia e Tecnologia de Alimen-tos, e o programa será executado

Intercâmbio com universidades francesasnos anos de 2007 e 2008. Por ano,quatro estudantes de graduaçãodos cursos de Agronomia e Enge-nharia de Alimentos serão selecio-nados e farão intercâmbio em ins-tituições de ensino superior fran-cesas no sistema de graduação san-duíche. A vantagem desse sistemaé que os estágios dos estudantesbrasileiros em universidades e em-presas francesas fazem parte dabolsa e contam como crédito.

A Coordenadoria de Assuntos Internacionais (CAI) daUniversidade Federal de Goiás recebeu, no dia 6 de outubro, a visitado Secretário Político da Embaixada dos Estados Unidos da América,

Dale Prince. Ele foi recepcionado pela coordenadora da CAI,professora Ofir Bergemann de Aguiar, e pela professora DenisePaiva, da Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia da UFG. Oencontro serviu para tratar da parceria entre a UFG e o Centro

Cultural Brasil Estados Unidos (CCBEU), e ilustrar ao visitante ocenário político de Goiás e do Brasil.

Secretário Político da Embaixada dos EUA visita UFG

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4 Goiânia, outubro de 2006AGENDA

A Escola deVeterinária daUFG conta comum dos sete la-boratórios depesquisa emqualidade do lei-te do Brasil. Olaboratório, quese localiza noCentro de Pes-quisa em Ali-mentos (CPA), éfiscalizado peloMinistério daAgricultura, Pe-cuária e Abaste-cimento, o que lhe confe-re credenciamento. Se-gundo o professor Albeno-nes Mesquita, membro daRede Brasileira de Quali-dade do Leite, essa é umaárea de grande interessepara a graduação e da pós-graduação. “Dos dez traba-lhos de mestrado desenvol-vidos na Escola na área deHigiene e Tecnologia deAlimentos, cinco são rela-cionados à qualidade do lei-te”.

O laboratório contacom muitos estagiários,alguns bolsistas, outrosnão. O financiamento pro-

II congresso sobrequalidade do leite

ATUALIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS MOTIVOU OS PARTICIPANTES

UFG realizou, entreos dias 23 e 27 deoutubro, o II Con-

gresso Brasileiro de Qua-lidade do Leite. De carátercientífico, o evento contoucom a presença de profes-sores e técnicos de todo opaís, além de convidadosdos Estados Unidos, Áus-tria e Dinamarca. Eles fo-ram responsáveis por me-sas-redondas, palestras eminicursos. O principal ob-jetivo foi promover a atua-lização de conhecimentosdos profissionais atuantesna área de qualidade doleite.

O evento recebeu cer-ca de 600 pessoas entreestudantes de graduação,pós-graduação, técnicos eprofessores das áreas deAgronomia, Veterinária,Engenharia de Alimentos,Zootecnia, além de produ-tores rurais. Inscrições in-ternacionais também fo-ram realizadas. O profes-

Pesquisa e tecnologia a serviço da comunidade

congresso ocorre de doisem dois anos.

Simultaneamente aocongresso, ocorreu também

no Centro de Cultura eConvenções de Goiânia,a FFATIA – Feira de For-necedores e AtualizaçãoTecnológica da Indús-tria de Alimentação.Com fins tecnológicos,ela esteve aberta a qual-quer pessoa, mesmoaquelas que não esta-vam inscritas no con-gresso. A feira abrangeuos alimentos em geral(carnes e derivados, be-bidas, laticínios e o se-tor sucroalcooleiro) emostrou os equipamen-tos mais modernos nes-sas áreas. Além da ge-ração de negócios, a fei-ra promoveu recicla-gem profissional, desen-

volvimento tecnológico etroca de experiências entreas empresas fornecedorasde equipamentos.

vém do Centro de Pesqui-sa em Alimentos, ligado àFundação de Apoio a Pes-quisa (Funape). Alguns es-tudantes de Sergipe e doPiauí estagiam no labora-tório, mostrando sua im-portância em nível nacio-nal. Weyner Oliveira, estu-dante da Faculdade Pio X,de Sergipe, cumpre as 520horas de estágio, estabele-cidas pela sua faculdade,no Laboratório de Qualida-de do Leite da UFG. Ele dis-se que procurou esse localpara estagiar porque pre-tende trabalhar com higi-ene e tecnologia de ali-

mentos. Para ele,o estágio tem sido“produtivo”.

O laboratóriopresta consultoriaa 98 empresas deGoiás, Mato Gros-so, Pará, DistritoFederal, Minas Ge-rais e São Paulo.São feitas 322 milanálises por mês.Graças a essa tra-dição de serviço, éconferido à UFG oterceiro lugar noranking nacional

de análise de leite. A de-manda maior é por partedas indústrias: elas somam92% das análises.

Os produtores que qui-serem fazer análise do lei-te de seus animais podementrar em contato com oLaboratório de Qualidadedo Leite. O valor cobradopara análise é de R$1,20real por animal. Já para aindústria, o valor cobradoé de R$4,60 reais por tan-que ou por avaliação decada produtor. O laborató-rio entrega as análisesnum prazo de 48 horas.(Júlia Mariano)

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Confira alguns programas de pós-graduação da UFGque estão com inscrições abertas para cursos de mes-trado e doutorado. Os editais estão disponíveis na pági-na da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação(www.prppg.ufg.br). São eles:

•Sociologia – mestrado – 9/10 a 9/11•História – mestrado e doutorado – até 10/11•Agronomia (Jataí) – mestrado – 16/10 a 14/11•Filosofia – mestrado – até 16/11•Agronomia – mestrado e doutorado – 17/11•Ciência Animal – mestrado e doutorado – até 17/11•Química – mestrado – 29 e 30/11

• III Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática –De 6 a 10 de novembro, no Instituto de Matemática eEstatística da UFG (IME). Informações (62)3521-1208.

• V Simpósio de Educação do Sudoeste Goiano – De 6a 11 de novembro, com o tema central “Educação bra-sileira: análises das mudanças recentes”, no Câmpusde Jataí (CAJ/UFG). Inscrições para o evento até 6/11.Informações: www.jatai.ufg.br/ped

• Curso sobre Resíduos de Produção Animal – Dia 18de novembro. Trata-se do primeiro curso sobre utilizaçãode resíduos orgânicos de origem animal na produção deforragens, promovido pelo Departamento de ProduçãoAnimal da Escola de Veterinária da UFG. Inscrições po-derão ser feitas até 10 de novembro. Informações: (62)3521-1592 ou no site www.vet.ufg.br

• X Encontro Nacional de Microbiologia Ambiental (XEnama) – De 28 de novembro a 1º de dezembro, Institutode Patologia Tropical e Saúde Pública. Evento conjunto UFGe UCG. Informações: (62)3209 – 6108, com o professor JoséDaniel Gonçalves Vieira; e-mail: [email protected] ou http://www.iptsp.ufg.br/enama/

• XI Jornada de Educação Matemática – De 8 a 10 dedezembro, no Instituto de Matemática e Estatística (IME).Inscrições: www.mat.ufg.br . Informações: (62)3521-1124.

• I Simpósio de Educação Física do Câmpus de Catalão– Entre os dias 30/11 e 2/12 no CAC/UFG. O tema a serabordado é “Corpo e saúde na contemporaneidade”. Inscri-ções antecipadas custam 20 reais para graduandos e 30reais para profissionais e pós-graduandos. O evento éuma realização do curso de Educação Física do CAC. Maisinformações pelos números (64) 3441-1511/1500 ou peloe-mail [email protected]

A Escola de Veteriná-ria da UFG realizou a cam-panha de vacinação anti-rábica canina em Aparecidade Goiânia. O trabalho,ocorrido no dia 23 de se-tembro, faz parte de umprojeto de extensão, coor-denado pelo professorAires Manoel de Souza, dosetor de Medicina Veteri-nária Preventiva.

Uma parceria entre aUFG e a Prefeitura Municipal de Aparecida de Goiâniaviabilizou a vacinação anti-rábica de cães e gatos. A campa-nha teve início em 1978, mas este ano foi a primeira vez queum reitor da UFG compareceu ao evento. O reitor Edward Ma-dureira Brasil garantiu a manutenção do apoio da instituiçãoà iniciativa ao assinar um termo de compromisso.

Compareceram e participaram da vacinação e da aplica-ção de questionários sobre epidemias e saúde animal, 250alunos de Medicina Veterinária da UFG. Cerca de 80 mil ani-mais foram imunizados em 143 postos de Aparecida de Goiâ-nia, que já foi considerada a cidade com o maior número decasos de raiva da América Latina ao registrar 177 casos, em1996. Desde 2001, não há nenhum caso de animal contami-nado no município. (Júlia Mariano)

Alunos colaboram na imunização de cães e gatos

Inscrições para mestrado e doutorado

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O gerente do laboratórioRodrigo Balduino exibe

amostras de leite armazena-das para análise

No Brasil, apenas sete laboratóriosdesenvolvem esse trabalho

sor da Escola de Veteriná-ria da UFG e coordenadordo evento, Albenones Joséde Mesquita, disse que o

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5Goiânia, outubro de 2006 CIBERESPAÇO

nquestionáveis são as vantagens da internet,o meio de comunicação de maior interação detodos os tempos. Com ela, o microcomputador

entrou de vez nos lares e incorporou-se ao nossocotidiano. A rede mundial de informação é um ca-minho sem volta na história da comunicação.

Informações acadêmicas, técnicas, amorosas,divertidas, pessoais, sigilosas. Quase tudo de queprecisamos para o estudo, o trabalho e o lazer estáno computador. Isso faz dele uma ferramenta pre-ciosa e que merece cuidados.

Mas, tanta virtude não se estabelece sem pro-blemas. No pacote de benefícios possíveis via in-ternet podem estar embutidos elementos indese-jáveis, causadores de danos de variáveis propor-ções para a máquina e para o usuário. São os fa-mosos vírus e outros malwares, capazes de danifi-car arquivos, impossibilitar programas, travar com-putadores.

O assunto foi abordado durante o seminá-rio “Segurança Desktop”, promovido pela equipeda UFGnet , l igada ao Centro de RecursosComputacionais (Cercomp), para servidores daUFG. Com o apoio de tutores, o evento foi minis-trado pelos estagiários Renato Marques e RodrigoHernandez, do curso de Ciência da Computação.

A fim de evitar dissabores com o uso da Inter-net, medidas de prevenção são altamente recomen-dadas. As principais são: utilizar e manteratualizados o sistema operacional e seus aplicativos(navegadores, leitores de e-mails, etc); um bom anti-vírus; um firewall pessoal, que controla o acesso deredes; um detectscan, que pode identificar a tentati-va de scanner nas portas de um computador por usu-ários não autorizados; instalar patches (correções)sempre que forem disponibilizados no site do fabri-

Segurança na Internet, quem não quer?A ATUALIZAÇÃO FREQÜENTE DE PROGRAMAS DE BOA PROCEDÊNCIA E O USO DE SENHAS SÃO RECOMENDADOS

cante do software; desabilitar a execução automáti-ca de programas Java, JavaScript, ActiveX e pop-upsno navegador; preferencialmente, digitar o endereçoURL no navegador, evitando acessar os sites de pro-cedência duvidosa e manter cautela com anexos dee-mails, evitando abrir arquivos suspeitos.

A execução de programas de procedência du-vidosa, a partir da internet, disquetes, CDs, e autilização de softwares piratas também são açõespassíveis de contaminar o computador por vírus.De acordo com a equipe da UFGnet, é preciso ob-servar a procedência do fabricante dos sofwaresutilizados.

Inteligência a serviço do mal – A possibilida-de da troca livre e direta de informações, demanter conversas simultâneas ao vivo, de semostrar, de ser ouvido e visto por um grupo in-definido de pessoas. Para muitos, não dá paraimaginar a vida funcionando sem a Internet enão é à toa que já existem os “viciados” em tec-nologia.

Sem ter como fugir das más influências dolado obscuro da humanidade, expresso pelo ego-ísmo, a inveja, a vingança, a ganância, o desejo depoder ou, simplesmente, de fazer o mal, por meioda Internet também são praticados atos imorais eilícitos.

São muitas as razões que podem levar umapessoa inteligente e capacitada – ninguém duvidadisso – burlar, roubar, destruir informações deoutros por meio do computador. O fato é que oshackers – curiosos – e os crackers – maliciosos –estão à solta. Somam-se a esses grupos os lammersque, sem muito conhecimento, se utilizam de pro-gramas de crackers para brincar.

Geralmente, os atacantes usam “scannersde portas”, que são programas que buscam por-tas abertas por onde possa ser feita uma inva-são. Quando o invasor não encontra portas aber-tas, pode se utilizar de trojans, que irão abri-las, o que possibilitará um controle sobre o sis-tema invadido.

Para evitar o ataque, um firewall pode ser asolução. Se uma conexão suspeita for estabeleci-da em um computador, o dispositivo tentará blo-quear o acesso do possível invasor. Algunsfirewalls são capazes de analisar continuamenteuma conexão, o que pode provocar lentidão, porém,proporcionar maior segurança.

Senhas – No universo da informática, assenhas são utilizadas para autenticar umusuário. São características de uma se-nha eficiente: ser de fácil memorização;ser formada por letras maiúsculas e mi-núsculas, números e caracteres especi-ais; possuir pelo menos oito dígitos; serúnica no acervo de senhas do usuário,pois utilizar a mesma senha em váriosserv iços pode cu lminar no acessoindevido e não autorizado a vários servi-ços que utilizam essa senha. É recomen-dável modificar a senha periodicamentee não usá-la em computadores de aces-so público, como lan houses, e cyber-ca-fés etc. (Silvânia Lima)

A UFGNet implantou um novo sistema de ge-renciamento dos sites da UFG, o THIS (Tecnology onInformation System). A ferramenta foi desenvolvidapara dinamizar e otimizar o trabalho de criação eatualização de sites de órgãos e unidades da Univer-sidade.

Devido ao grande número de solicitações, aequipe de web da UFG designou um funcionário ecinco bolsistas para desenvolverem um sistema quepermitisse que as próprias unidades pudessem cri-ar e gerenciar seus sites de maneira autônoma.

Entre janeiro e julho de 2006, a equipe estevevoltada para o desenvolvimento do sistema. Já nos me-ses de julho e agosto, o sistema foi colocado em cará-

THIS: mais autonomiapara os sites da UFG

ter experimental para a Pró-reitoria de DesenvolvimentoInstitucional e Recursos Humanos (Prodirh) e para aRádio Universitária, que já propuseram adequações emostraram algumas falhas percebidas durante a utili-zação do THIS. No mês de setembro ele foi disponibili-zado para o uso nas demais unidades da UFG e estásendo feito um treinamento de capacitação para funci-onários da Universidade.

Além das vantagens já citadas, o uso desse siste-ma possibilita um layout uniformizado, mas com capa-cidade de adaptações, por ser bastante flexível. Cadaunidade ou órgão poderá hospedar quantos diretóriosquiser no seu menu principal.

Foram criados três perfis para os atualizadores dosite: o administrador, o editor e o redator, com graus depermissão diferenciados para alterar os dados do portal.Segundo o professor Hugo Alexandre Dantas do Nasci-mento, coordenador de Informática da Prodirh e do Cen-tro de Informação e Teleprocessamento (CIT-Cercomp/UFG), está previsto para o ano que vêm um treinamentobásico em web designer para os funcionários, o que pos-sibilitará maior qualidade dos portais. (Júlia Mariano)

FRAUDE

Vírus

Worms

Trojans

Adwares eSpywares

Keyloggers

Phishing

CARACTERÍSTICAS

Infecta um sistema causando danos; pode propagar-se para outros,geralmente por meio de anexos e e-mails.

Não causa os mesmos danos dos vírus e seu objetivo é consumirexcessivamente os recursos do computador; não precisa ser execu-tado explicitamente para infectar o computador, o que geralmenteacontece por compartilhamento de arquivos com extensão .exe, .pif,.scr ou .zip. É o software malicioso mais disseminado.

Programas aparentemente inofensivos que agem como a lenda docavalo de tróia. Ao entrarem no computador, abrem brechas para oinvasor ter acesso remoto, geralmente sem o consentimento do usu-ário; pela execução de arquivos de procedência duvidosa, como car-tão virtual, álbum de fotos, jogos, MP3 etc.

Programas projetados para apresentar propagandas através de ou-tros aplicativos, geralmente navegadores. Existem Adwares que secomportam como Spywares, que são programas utilizados paramonitorar os hábitos de um usuário. Podem contaminar um compu-tador através de uma janela pop-up, de anexos de e-mail, de linksenviados por meio de mensageiros instantâneos (MSN, ICQ, YahooMessenger, etc) ou embutido em um software.

É um programa que captura e armazena as teclas digitadas pelousuário no teclado, monitorando todos os seus passos. Nem semprepossui intenções maliciosas; normalmente são instalados como partede trojans ou spywares ou disponibilizados em sites da Internet.

Tipo de fraude caracterizada, geralmente, pelo envio de um e-mailnão solicitado que busca persuadir o usuário a acessar páginas frau-dulentas. O conteúdo desses e-mails pode ser cartões virtuais, so-licitações de recadastro, convites, confirmação de compras etc.

PREVENÇÃO

Manter um bom anti-virus, sempreatualizado.

Instalar patches, correções específi-cas para corrigir vulnerabilidadesencontradas no programa.

Instalar e manter atualizado umbom anti-vírus; um bom firewall;desabilitar a função de auto-execu-ção de arquivos anexos em seu pro-grama leitor de e-mails.

Utilizar um anti-spyware; um firewallpessoal; adotar medidas de preven-ção semelhantes às dos vírus.

Evitar uti l izar suas senhas emcybercafés, lan houses etc, adotar asmesmas prevenções para combateros vírus; utilizar um bom firewall.

Tomar cuidado ao abrir e-mails e ane-xos de procedência desconhecida ouduvidosa. Usar anti-virus.

ANTI-VÍRUSUso doméstico:Avast - http://www.avast.comAVG - http://www.avgbrasil.com.brUso geral (comercial ou doméstico):ClamWin - http://www.clamwin.comClam AV - http://www.clamav.net/

FIREWALLUso doméstico:Zone Alarm - http://www.zonelabs.comUso geral:Winpooch Watchdog - http://winpooch.free.fr

Mais informações: www.cercomp.ufg.br

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Estagiários da UFGnet falam sobre as medidas desegurança recomendadas para quem usa a internet

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6 Goiânia, outubro de 2006EM TEMPO

É fácil encontrar referências à importância dacomputação para o mundo moderno. Enquanto háaqueles que culpem este seguimento pelos al-tos índices de desemprego, entre outras conse-qüências não menos indesejáveis, também háos que destacam a produtividade como um dosprincipais resultados decorrentes do emprego doscomputadores. Em verdade, a computação pre-enche cada vez mais brechas com o intuito deagilizar processos, estabelecer “pontes” entrepessoas, entre instituições, entre pessoas e ins-t i tu ições . Até o conce i to de anal fabeto éadjetivado em vários meios com o propósito dechamar a atenção para aquele que não conhecee não possui contato com o mundo digital (anal-fabeto digital).

No restante deste artigo é apresentada umavisão da computação menos informal, talvez me-nos romântica, mas sobretudo, que reitera a im-portância atual de computadores, softwares e tec-nologias correlatas.

Nada melhor que iniciar por um documentoformal. Neste caso, um relatório apresentado aopresidente dos Estados Unidos em junho de 2005,acerca de como a competitividade americana podeser mantida e possivelmente estendida com oemprego de computadores. O documento intitulado/Computational Science: Ensuring America’sCompetitiveness/, produzido pelo comitê de tecno-logia da informação, que acessora o presidente, podeser obtido livremente em http://www.nitrd.gov/p i t a c / r e p o r t s / 2 0 0 5 0 6 0 9 _ c o m p u t a t i o n a l /computational.pdf.

Naquele relatório a computação é referencia-da como o “terceiro pilar” da pesquisa científica.Ou seja, o “terceiro pilar” da pesquisa em geral,qualquer que seja a área. Neste caso, ocupando omesmo prestígio que a teoria e a experimentaçãofísica (os outros dois pilares). Não se trata de umasimples frase de efeito. Aquele relatório apresen-ta progressos científicos recentes e a significati-va participação da computação neles, sem a qualespecula-se que alguns não teriam sido possíveis.Entre os progressos encontra-se o Projeto Genoma,considerado o maior avanço científico do correnteséculo. Segundo o relatório, este projeto é um tri-unfo da computação.

O relatório, contudo, ainda é mais contunden-te ao defender o que se pode obter no futuro. Aspossibilidades são inúmeras. Educação, saúde, ci-ências sociais e engenharias para citar apenas al-gumas. Recomendo fortemente a leitura do rela-tório para uma compreensão ampla, além do es-paço aqui disponível. No espaço que resta, umacomissão de destacados pesquisadores brasilei-ros, no documento Grandes Desafios da Compu-tação para o decênio 2006-2016 (http://1 4 3 . 5 4 . 8 3 . 4 / A r q u i v o s C o m u n i c a c a o /Desafios_portugues.pdf) , reforça o relatóriosupracitado e apresenta um conjunto de temas queprovavelmente ocupará pesquisadores brasileirosem computação nos anos seguintes. Naturalmen-te há interação com uma infinidade de áreas. Con-vém ressaltar que a computação é uma ferramen-ta por excelência, um meio, o que exige a presen-ça daqueles que irão fazer uso para que resultadossejam obtidos. Ambos os documentos estabelecemuma janela de oportunidades de pesquisa ligadasà computação para o presente e futuro próximo.

Fábio Nogueira de LucenaInstituto de Informática (UFG)

Computação é “terceiropilar” da ciência

Escola de Música eArtes Cênicas (Emac)da Universidade Fede-

ral de Goiás (UFG) promoveuentre os dias 16 e 31 de outu-bro o 31º Festival Nacional deMúsica. O evento, que é con-siderado o maior do gênero noBrasil, tem como objetivo di-vulgar música de qualidade –clássica, popular e folclórica -nos mais diversos gêneros eestilos.

Segundo a diretora daEmac, professora Glacy Antu-nes de Oliveira, o festival temcomo princípio divulgar os di-versos gêneros musicais, ain-da que o clássico seja o gêne-ro predominante. Exemplo dis-so foi a apresentação do coroda Emac intitulada “Músicadas Américas”.

A professora destacaainda a importância de semanter uma relação entre opúblico e o artista. “O quefalta para o músico em Goi-ás é o contato com o públi-

A UniversidadeFedera l de Go iásteve par t i c ipaçãoativa na sétima edi-ção do Pensar – Con-gresso e Feira, rea-lizado de 5 a 8 de ou-tubro no Centro deConvenções de Goi-ânia. Cerca de 45mil pessoas visita-ram o evento duran-te os quatro dias deexposição. As confe-rências e minicur-sos este ano propu-seram uma discussão sobrea qualidade da educação noBrasil, visto que essa áreavem se desenvolvendo ulti-mamente, principalmenteno âmbito quantitativo, de-tendo-se apenas a garantiro acesso do estudante à salade aula.

Paralelamente aos de-bates, a feira contou com di-versos estandes de veículosde comunicação, editoras einstituições de ensino su-perior. A UFG apresentouem seu espaço os trabalhosde cinco órgãos desenvolvi-dos na universidade. O Ins-tituto de Patologia Tropicale Saúde Pública (IPTSP) le-vou mater ia l ret i rado depesquisas recentes. Parasi-tas, bactérias, fungos, todosidentificando onde podemser encontrados e os malesque podem causar ao ho-mem. O que mais chamou aatenção dos visitantes foi agrande quantidade de inse-tos que o Instituto mostrou.O destaque foi o mosquitoda dengue, exibido de formaampliada em um monitor li-gado a um microscópio.

31º Festival Nacional de MúsicaOBJETIVO DO EVENTO É DIVULGAR PRODUÇÃO DE QUALIDADE

co após o concerto. Saberse ele gostou ou não”.

Esta também foi a pri-meira edição do festival a re-alizar um concerto com har-pas, o que ocorreu no dia 23de outubro, no auditório daEmac.

A programação do festi-val incluiu entre suas atra-ções uma série de concertosrealizados no Teatro Goiâniae no auditório da Emac, além

de seminários e minicursos.Estiveram presentes músi-cos de várias partes do paíse do mundo. É o caso do nor-te-americano Joshua Haber-man e dos brasileiros AnorLuciano, Norton Morozowics(que já esteve presente emoutras atividades da Emac) eo grupo Barbatuques, que fazmúsica a partir de sons ex-traídos do corpo humano.(Matheus Álvares Ribeiro)

UFG participa do 7º Congresso Pensar

Estudantes da Faculda-de de Enfermagem (FEN)disponibi l i zaram atendi-mento aos visitantes, afe-rindo pressão arterial e cal-culando índice de massacorpórea. A estudante do 4ºano Letícia Cunha Franco,participando pela primeiravez do Pensar, afirma que apresença da UFG gera ummaior contato com o públi-co adolescente, que almejaestudar na instituição, cri-ando a integração entre uni-versidade e comunidade.

O Centro de Seleção(CS) também esteve presen-te distribuindo gratuitamen-te aos interessados as pro-vas do último processo sele-tivo da UFG. Também esta-va à disposição o Manual doEstudante 2007 e um boletiminformativo referente ao pró-ximo vestibular. As princi-pais dúvidas dos vestibulan-dos que chegavam até o es-tande da UFG, segundo AnaPaula Melo, funcionária doCS, era em relação ao acom-panhamento da inscrição esobre as datas de divulgaçãodos locais de prova (23 de no-

vembro, para a 1º fase e7 de dezembro para a 2ºfase).

A Editora da UFGlevou livros lançadoseste ano em diversasáreas como educação,antropologia, ciências,entre outros, não só deautores da universida-de, como de outros es-critores. A Faculdade deDireito (FD) tambémparticipou por meio doNúcleo de Práticas Ju-rídicas, coordenado pelo

professor Robledo de Freitas.O Núcleo faz parte do progra-ma de estágio supervisiona-do na FD, onde os estudan-tes trabalham com a simula-ção de práticas jurídicas.

O Instituto de Física (IF)foi o que mais chamou a aten-ção do público, principalmen-te entre crianças e adoles-centes que passavam peloestande. O professor CelsoViana e o estudante do 4ºano Thiago Rodrigues apre-sentaram alguns aparelhosque demonstravam princípi-os da mecânica, eletrostáti-ca, dinâmica e magnetismo.Para o professor, a grandeimportância de participar doCongresso é mostrar à comu-nidade que a Física pode seraprendida de uma maneiramais divertida, diferente doque acontece nas salas deaula. Com explicações sim-ples sobre os fenômenos queocorriam nos aparelhos, mui-tos estudantes confessa-ram que poderiam compre-ender melhor o que era pas-sado apenas teoricamenteem sala de aula. (NatáliaRibeiro)

Estande da UFG foi bastanteprocurado pelos visitantes da feira

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Daniel Guedes e Zygmunt Kubala durante apresentação no evento

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7Goiânia, outubro de 2006 ADMINISTRAÇÃO

Universidade Fe-dera l de Goiás(UFG) gastou, nes-

te pr imeiro semestre ,mais de R$ 10 milhõescom despesas de manu-tenção dos seus câmpus.Os dados são da Pró-Rei-toria de Administração eFinanças (Proad) e estãodisponíve is na páginawww.proad.ufg.br.

Segundo o pró-reitorde Administração e Fi-nanças, professor Orlan-do Afonso Valle do Ama-ral, anualmente a UFGrecebe em torno de R$307 milhões para o cus-teio de suas despesas doano letivo. Este valor in-clui as verbas do governo,aluguéis de terrenos etaxas acadêmicas em ge-ral.

O valor, na verdade,tem sua maior porcenta-gem voltada para o paga-

UFG reduz despesas e busca novos recursosVERBA NÃO É SUFICIENTE PARA GARANTIR APLICAÇÃO EM ÁREAS ESSENCIAIS DA UFG

mento dos funcionários eprofessores da institui-ção. Este ano, o valor gas-to com a folha de paga-mento e encargos traba-lhistas foi de aproxima-damente R$ 270 milhões.

O que sobra deste va-lor é gasto com a manu-tenção da universidade.Despesas com energiaelétrica, telefone, vigi-lância, fotocópias e lim-peza somam R$ 16 mi-lhões. Do valor restante,a Proad distribui em tor-no de R$ 2,2 milhões paraas unidades e órgãos daUFG. Este valor é desti-nado à compra de mate-riais de limpeza, papel hi-giênico, papel para docu-mentos, dentre outros.

Em torno de R$ 3 mi-lhões são distribuídos en-tre as unidades acadêmi-cas para a compra deequipamentos. O restan-

te da verba é destinado agastos, como água, passa-gens, diárias e publica-ções.

O baixo orçamentocompromete, segundo oprofessor Orlando, o in-centivo à pesquisa nauniversidade. A maiorparte dos recursos desti-nados à pesquisa na UFGvem de entidades como aFinanciadora de Estudose Projetos (Finep), Capes,CNPq e a Fundação deApoio à Pesquisa (Funa-pe), além das leis de in-centivo dos governos es-tadual e federal.

Redução dos custos – AProad vem tentando, namedida do possível, redu-zir os custos de algumasdespesas. É o caso das fo-tocópias que davam à ins-tituição um custo mensalde R$ 78 mil. Estima-se

que, com fim do contratocom a antiga empresa eassinatura com a nova,haverá uma redução des-te valor para cerca de R$32 mil mensais.

Medida semelhantetem sido tomada com oserviço de telefonia, emque se estima uma eco-nomia de R$ 40 mil/mês.No que se refere à ener-gia, a Proad tem promovi-do a troca de lâmpadasdas unidades por outrasmais econômicas. A tro-ca ainda não foi total-mente efetuada por faltade recursos, mas, parale-lamente, tem sido feitotodo um trabalho de cons-cientização junto à co-munidade.

Além disso, a UFGtem fe i to negoc iaçõescom o governo de Goiáspara a isenção do ICMS,que corresponde a 30% do

valor da conta de energia.Essa isenção já é uma re-alidade em instituiçõescomo a Universidade Fe-deral do Piauí (UFPI). NoCentro-Oeste, a própriaUniversidade de Brasília(UnB), até o ano passado,era isenta da conta deenergia. Uma economiacons ideráve l em umainstituição daquele porte.

A inst i tu ição vembuscando também novosrecursos por meio de ne-gociações com parlamen-tares. No último ano, auniversidade conseguiuarrecadar em torno de R$1,25 milhão em emendas.Parte desse recurso seráusado na construção doCybercafé, vinculado ao ci-nema, na Faculdade deLetras, e de um centro decomputação, com inícioprevisto para este ano. (Ma-theus Álvares Ribeiro)

A Financiadora de Es-tudos e Projetos (Finep), ór-gão ligado ao Ministério daCiência e Tecnologia, libe-rou cerca de R$ 2 milhõespara a Universidade Fede-ral de Goiás. A verba serádestinada à melhoria dainfra-estrutura dos Câm-pus de Catalão e Jataí.

Finep libera recursospara câmpus do interior

Jataí destinará partedos recursos para a cons-trução de prédios e labora-tórios para o Programa dePós-Graduação em Agrono-mia. A outra parte dos re-cursos para Jataí serãodestinados à compra deequipamentos para labora-tórios, que estão prejudi-cados por falta de materi-ais e máquinas essenciaispara seu funcionamento.(Matheus Álvares Ribeiro)

O Câmpus de Catalão,que recebeu em torno de R$360 mil, priorizará a com-pra de equipamentos comocomputadores e materiaisde laboratório e outros. Adistribuição dependerá daforma como os subprojetosinscritos foram contempla-dos pela Finep.

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Depois da folha de pagamento de professores e funcionários, os maiores gastos da Universidade estão relacionados à sua manutenção

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Vista parcial do prédio da administração do Câmpus de Catalão

8 Goiânia, outubro de 2006CIÊNCIA E TECNOLOGIA

pesar de ter milhares demecânicos, técnicos em

rádio e televisão, costureirase eletricistas formados emcursos feitos por correspon-dência, o Brasil ainda é con-siderado resistente à Educa-ção a Distância (EAD). Aten-ta a isso, a Universidade Fe-deral de Goiás promoveu, nodia 5 de outubro, dentro daprogramação do III Congres-so de Pesquisa, Ensino e Ex-tensão (Conpeex), a mesa-redonda “Os desafios e im-passes da EAD”.

A resistência começapelos próprios docentes, poismuitos não consideram essamodalidade como educação.Porém, a EAD está regula-mentada desde o ano de

2005, por decreto presiden-cial, e submetida ao SistemaNacional de Avaliação do En-sino Superior, no qual rece-be o mesmo tratamento dadoaos cursos presenciais, nãohavendo instrumentos espe-cíficos como critério de apre-ciação.

Para a professora VaniMoreira Kenski, da Universi-dade de São Paulo, “é neces-sário um maior envolvimen-to por parte dos professores,a fim de democratizar o aces-so ao ensino superior no Bra-sil por meio da Educação aDistância”. O Ministério daEducação considera, hoje,que os investimentos emEAD são estratégicos para aPolítica Educacional Brasilei-

ra. Sua relevância consistena necessidade de alcançara meta estipulada de colocar30% da população de jovensdo País – entre 18 e 24 anos– em cursos de graduação.Para isso, faz-se necessárioum aumento de 200% da ofer-ta de vagas em instituiçõesde ensino superior no Brasil.

Por outro lado, a EADainda carece de uma siste-matização mais consistente,com objetivos educacionaisde formação profissional e dequadros, e com normas e pro-cedimentos padronizados, éo que afirma o professor Sér-gio Franco, da UniversidadeFederal do Rio Grande doSul, que também esteve pre-sente no evento.

Entretanto, a EAD é pro-missora. A integração dasmídias ocorre com rapidez eo acesso às Tecnologias deInformação e Comunicaçãotêm sido ampliado, uma vezque não se pode desconside-rar os avanços tecnológicosnessa modalidade de ensino.A UFG mantêm dois cursosde graduação a distância emandamento: Biologia e Admi-nistração.

O que é EAD – Educação aDistância é uma modalida-de em que as atividades deensino-aprendizagem sãodesenvolvidas, exclusiva-mente ou em maioria, semque alunos e professoresestejam presentes no mes-

mo lugar à mesma hora. AEAD utiliza meios de comu-nicação, isolados ou combi-nados – material impressodistr ibuído pelo corre io ,transmissão de rádio ou TV,fitas de áudio ou de vídeo,redes de computadores, sis-temas de teleconferência ouvideoconferência, telefone -para aplicação dos conteú-dos programáticos.

Cursos a distância ofe-recidos por instituições es-trangeiras são como cursosfeitos no exterior, sujeitos ànão serem reconhecidos noBrasil. Os que são feitos eminstituições brasileiras têmo diploma válido em todo oterritório nacional. (AlfredoMergulhão)

Rompendo a territorialidade EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA QUEBRA A BARREIRA DOESPAÇO E DO TEMPO NA PROMOÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

Congresso promove inte

om o objetivo de incen-tivar projetos voltados

para a melhoria dos cursosde licenciatura, nas univer-sidades públicas o MEC criouem 1980 o Programa de Fi-nanciamento de Bolsas paraAlunos de Licenciatura (Pro-licen), que reune propostaspedagógicas visando a valo-rização dos cursos de licen-ciatura e a interação da uni-versidade com a rede públicade ensino.

Com a mudança da polí-tica governamental, o Proli-cen/Mec foi extinto em 1996,mas, em razão do nível demobilização nos anos anteri-

• Melhorar a qualidade dos cursos de licenciatura.• Articular a licenciatura com a educação infantil, ensino fun-

damental e médio.• Apoiar o desenvolvimento de projetos de caráter pedagógico

que resultem em produção de conhecimento e/ou materialdidático para os diferentes níveis de ensino.

• Promover a pesquisa educacional que contribua para a for-mação de professores.

• Viabilizar a iniciação científica dos estudantes dos cursosde licenciatura.

Objetivos específicos do Prolicen

CONPEEX MOBILIZA COMUNIDADE COM EXPOSIÇÕE

O III Congressode Pesquisa, Ensinoe Extensão da UFG

(Conpeex) ocorreuentre os dias 2 a 5de outubro. O tema

deste ano foi “Apesquisa e a

formaçãoprofissional na

universidade”. Oevento contou com

cerca de 2.500inscritos, 855

trabalhosapresentados emforma oral e em

pôsteres, e diversosminicursos. Além de

trabalhosacadêmicos houve

apresentaçõesculturais, estandes e

exposições.

ores e avanços em torno dosprojetos desenvolvidos noscursos de licenciatura daUFG, como também a neces-sidade de enfrentamento dosproblemas relativos às licen-ciaturas, a UFG decidiu insti-tucionalizar o programa e suaadministração foi transferidapara a Pro-Reitoria de Gradu-ação. O projeto é mantido des-de então com recursos própri-os da universidade.

Na UFG o Prolicen con-ta, atualmente, com 57 bolsascom duração de 7 meses. Deacordo com a coordenadora deLicenciaturas da UFG, profes-sora Lana de Souza Cavalcan-

ti, a intenção da Prograd éadequar o Prolicen aos moldesdo Pibic no que diz respeito avalores das bolsas e tempo deexecução dos projetos. A pro-

fessora explica que o progra-ma é aberto a todos os cursosde licenciatura da UFG, bastaa pesquisa ser ligada ao ensi-no em qualquer nível. No to-

tal, 70 estudantes bolsistasapresentaram seus trabalhos,em formato de pôsteres eapresentações orais, no Com-peex. (Elaine Gonzaga)

Pesquisa em Educação PROJETO DE BOLSAS VOLTADO PARA OS CURSOS DELICENCIATURA INCENTIVA ESTUDOS NA ÁREA

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9Goiânia, outubro de 2006 CIÊNCIA E TECNOLOGIA

impacto do desenvolvi-mento científico e dos

avanços tecnológicos sãosentidos em toda esfera davida humana, pois afetam osetor produtivo, as ativida-des industriais, as relaçõesinternacionais, a saúde, aeducação, o cotidiano. Umbom exemplo é o automóvel,que de sofisticada inovaçãopassou, rapidamente, a in-corporar o dia-a-dia das pes-soas ao redor de todo o mun-do. Para acompanhar e produ-zir novas transformações épreciso uma base científicabem estruturada, que gere co-nhecimentos e produtos no-vos. No cumprimento dessatarefa faz-se necessária a for-mação de mestres e doutoresnas Instituições de EnsinoSuperior do Brasil, que foi umdos temas centrais do III Con-gresso de Pesquisa, Ensino eExtensão (Conpeex) da Uni-versidade Federal de Goiás,realizado entre os dias 2 e 5de outubro desse ano.

Atualmente, o Brasil éresponsável por 1,8% de todaa produção científica mundial(em 1980 correspondia a 0,4%),e ocupa a 17° colocação, entre180 países, no ranking da ati-vidade. Esse crescimento estávinculado aos investimentosem pós-graduação, que tive-ram aumentos consideráveissobretudo após a redemocra-tização do Brasil. É o País quemais emprega fundos em co-nhecimento cientifico no mun-do, com 54% das verbas des-tinadas a investimentos. Su-pera países como a Alemanha

(51%) e o Japão (50%), quedeslocam verbas para pesqui-sa e inovação pelo fato de se-rem proibidos de aplicar emmateriais bélicos desde a Se-gunda Guerra Mundial. NosEstados Unidos da América,nação mais rica e desenvolvi-da do planeta, o que lidera aaplicação de recursos são osprodutos de guerra, e não aciência.

No entanto, somente0,02% das inovações produzi-das no mundo são oriundas daAmérica Latina, e inclui-se aío Brasil. Esse número é con-siderado pequeno para tocar odesafio do país em relação àinovação, é o que afirma o pro-fessor José Fernandes Lima,Diretor de Programas da Co-ordenação de Aperfeiçoamen-to de Pessoal de Nível Supe-rior (Capes), órgão vinculadoao Ministério da Educação.Apenas 5,9% das pós-gradua-ções são nas áreas das enge-nharias, número que, segun-do o professor, revela carên-cia para a Política IndustrialBrasileira, que dá as diretri-zes para o desenvolvimentocientífico e tecnológico nasuniversidades brasileiras.

A UFG possui, hoje, 45cursos de especialização, 37programas de mestrado - cin-co interinstitucionais - e 11doutorados. Entre 1999 e2005 foram defendidas 676dissertações de mestrado eteses de doutorado na insti-tuição. No mesmo período,como resultados de pesqui-sas, foram publicados maisde 5000 artigos em anais de

eventos científicos e mais de1200 artigos em periódicosnacionais e internacionais.Foram produzidos 85 livros eaproximadamente 200 capí-tulos de livros. Atualmente,183 Grupos de Pesquisas es-tão Cadastrados no ConselhoNacional de Desenvolvimen-to Científico e Tecnológico(CNPq) nas oito grandes áre-as do conhecimento - ciênci-as biológicas; exatas e daterra; sociais aplicadas; lin-güística, letras e artes; hu-manas; engenharias; agrári-as; e saúde.

Durante o Conpeex foirealizado o primeiro Encon-tro de Coordenadores de Gru-pos de Pesquisa da UFG, como intuito de congregar ospesquisadores com linhas depesquisa em áreas afins doconhecimento. Na ocasião foifeito um diagnóstico sobre as

carências, dificuldades, po-tencialidades e possibilida-des de trabalhos multidisci-plinares dentro da institui-ção. O objetivo é maximizaros resultados e a obtençãode verbas de fomento.

Iniciação Científica – A Ini-ciação Científica (IC) é uminstrumento que permite in-troduzir estudantes de gra-duação na pesquisa científi-ca. Desempenha papel fun-damental na formação de re-cursos humanos, principal-mente em relação aos qua-dros que irão desenvolver co-nhecimentos científicos etecnológicos nas universida-des brasileiras.

Para o professor Romãoda Cunha Nunes, da Escolade Veterinária da Universida-de Federal de Goiás, “a ga-rantia de um futuro de alto

padrão no Brasil passa pelaIC. Mas para isso os estu-dantes não podem ser mera-mente mãos-de-obra, elestêm que ser integrados comos professores, a equipe e oprojeto de pesquisa”.

É o caso da estudante deNutrição Suziane MartinsSeverino, 24, que desenvol-veu um projeto que avalioua dieta de crianças de pri-meira infância matriculadasem creches municipais deGoiânia. “Foi meu primeirocontato com a pesquisa e mefez tomar gosto pela ciência.Descobri que quero seguir car-reira acadêmica”, afirma. Osresultados do seu trabalho,ainda parciais, apontam parauma carência de energia nascrianças devido ao grande con-sumo de sopas e, por outrolado, uma afluência em ferroe proteínas provocada pela in-

gestão de carne e feijão.O interessante desse es-tudo é que ele pode ori-entar as políticas públicasde merenda escolar daPrefeitura Municipal dacapital.

Na UFG, atualmen-te, 535 estudantes estãona iniciação científica,245 vinculados ao Pro-grama Voluntário de Ini-ciação Científica (PIVIC),e 290 ligados ao Progra-ma Institucional de Bol-sas de Iniciação Cientí-fica (PIBIC), sendo que100 bolsas são oferecidascom recursos da própriaUniversidade. (AlfredoMergulhão)

Ciência a serviço da vida PAPEL DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA E SUA TRANSFORMAÇÃOEM TECNOLOGIAS NA PROGRAMAÇÃO DO III CONPEEX

egração acadêmica na UFGES E DEBATES SOBRE O ENSINO, A PESQUISA E A EXTENSÃO

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Evolução de PIBIC e PIVIC entre 2002 e 2006

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10 Goiânia, outubro de 2006MOVIMENTAÇÃO

Adivulgação da relaçãode candidatos/vagapara o processo sele-

tivo de 2007 pelo Centro deSeleção da Universidade Fe-deral de Goiás, no dia 6 deoutubro mostrou a intensaprocura por cursos até en-tão existentes apenas eminstituições particulares doEstado. É o caso de Admi-nistração e Biologia.

Os cursos os mais con-corridos são: Medicina (36,98),Administração (27,20), Direi-to matutino e noturno (26,12e 24,32) e Psicologia (23,74).Destes, Administração e Psi-cologia estão entre os maisnovos (criados em 2005). Aa l ta procura demonstrauma demanda no Estado,até então, reprimida pelaausência destas áreas em

A Escola de EngenhariaCivil (EEC) da UniversidadeFederal de Goiás (UFG) rece-beu a visita dos estudantes daUniversidade Nacional do Pa-raguai, Almilcar Emílio Villa-santi Ruiz, Diego Paolo Fus-ter Volpe e Jorge Andrés Ma-chuca, no mês de outubro. Osestudantes paraguaios esco-lheram a UFG devido à tecno-logia de concretos desenvol-vida pela EEC. “Esse é o mo-tivo pelo qual escolhemos Goi-ânia e não São Paulo, porexemplo. Viemos aqui em bus-ca da tecnologia para cons-truir uma câmara de carbona-tação do concreto (é um equi-pamento que envelhece o con-creto, e é utilizado para tes-

Cursos novos estão entre osmais procurados ao vestibular

uma instituição pública.Mesmo sendo áreas de

formação que freqüente-mente aparecem na gradecurricular de instituições deensino superior de Goiás, apresença delas em uma uni-versidade pública é parte docomprometimento da insti-tuição em englobar todas aáreas do conhec imento .“Não é por que estes cur-sos já existem que não po-demos incluí-los em nossagrade”, afirma o professorFernando Pereira dos San-tos, coordenador de Infor-mática e Estatística do Cen-tro de Seleção da UFG.

Provas – Cerca de 30 mil can-didatos se inscreveram para ovestibular/2007. A universida-de disponibilizou este ano em

torno de 3800 vagas. As pro-vas da primeira fase ocorrerãodia 26 de novembro. Os docu-mentos exigidos para o diadas provas são de identidadeoriginal (não serão aceitos ou-tros documentos), caneta es-ferográfica preta e o cartão deinscrição. Estão vetados o usode bonés, celulares e alarmes.

Os portões serão aber-tos às 12h30 e fechados às13h30. As provas da segun-da fase serão realizadas nosdias 10 e 11 de dezembro. Apartir do dia 7, estarão dis-poníveis os locais de prova.Para os candidatos das mo-dalidades de artes, as provasde verificação de habilidadese conhecimentos específicosserão realizadas nos dias 17e 18 de dezembro. (MatheusÁlvares Ribeiro)

Estudantes Paraguaios buscam tecnologia na UFGtar o material que o consti-tui)”, justificou Machuca.

Na ocasião, a Coorde-nadoria de Assuntos Inter-nac ionais (CAI ) rea l i zouuma reunião com os estu-dantes e o professor da EEC,que os recebeu, Ênio Pazi-ni Figueiredo. A coordena-dora de Assuntos Interna-cionais Ofir Bergemann deAguiar explicou como se dáo mecanismo de intercâm-bio por meio da CAI-UFG, equais ações foram efetua-das e as novas propostas deprogramas para aumentar onúmero de intercambistas.“Fizemos um folheto bilín-gue explicando sobre a UFGe iremos promover um pro-

grama específico para a re-cepção dos visitantes”.

Os estudantes vieram aUFG buscar tecnologia paraconcluir seu projeto de fim decurso. Os trabalhos são de-senvolvidos na área de con-cretos especiais, em que aEEC/UFG possui uma linha depesquisa no mestrado. O pro-fessor Figueiredo é delegadonacional da Associação Lati-no-americana de Patologiadas Construções (Alconpat).“ No mestrado há um alunoda UFG desenvolvendo outracâmara de carbonatação, oque é uma ocasião ímpar paraa troca de experiências so-bre a tecnologia”, afirmouFigueiredo. (Núbia Simão)

Difícil dizer o que significa fazer parte do Programa Co-nexões de Saberes (PCS). Sob vários aspectos, participar des-se projeto representa para mim uma experiência de grandevalor. Esse texto não tem a pretensão de explanar a totalidadedo significado dessa experiência, mas confesso que nele estáembutida a pretensão de falar em nome dos demais colegasparticipantes e, quem sabe, até o de suscitar uma boa discus-são.

Conexão! Do latim, connexione. De acordo com um dici-onário on-line qualquer: ligação; nexo; vínculo; união; coe-rência. O PCS tem me ensinado quanto valor essa palavracarrega consigo. Conexão resume a essência desse projeto emque o saber acadêmico se conecta ao saber popular e, assim,nos ensina que não faz sentido que a universidade se restrin-ja aos câmpus e revela como essa integração pode ser vantajo-sa para ambos os envolvidos.

E o melhor foi perceber, logo nas primeiras reuniões,que não são apenas os saberes que se conectam. O PCS tam-bém foi capaz de conectar-me comigo mesma numa prazerosadescoberta interior. Na universidade, ambiente em que a es-magadora maioria vive uma realidade econômica e social dife-rente da minha, por vezes me sentia fora de contexto e inca-paz de prosseguir na formação acadêmica com o mesmo graude desenvolvimento daqueles que tiveram tantas oportunida-des que sempre estiveram além das minhas.

O PCS, entretanto, me presenteou com um conceito: Es-tudante Universitário de Origem Popular. Muito mais que umasigla, EUOP significou um espelho, um incentivo e, sem ne-nhum exagero, uma revolução. Da vitimização passiva aoengajamento, do receio e sentimento de inferioridade ao de-sejo de crescer aliado à confiança de que há portas abertas;do ressentimento por fazer parte de uma parcela menos privi-legiada da sociedade ao crescente senso da responsabilidadede fazer parte da mudança.

Na verdade, não atribuo toda essa transformação ao con-ceito isolado de EUOP, mas ao fato de que ele veio acompa-nhado de um grupo no qual pude me reconhecer. Pude obser-var, cumprimentar, conversar com pessoas que, como eu, vie-ram de escolas públicas, moram em bairros distantes, pegamônibus, pechincham (...)

Isso fez com que o estranhamento com relação à acade-mia, desse lugar ao início de um delicioso momento em queme percebo protagonista no processo de formação, dotada devoz e força para não somente permanecer com qualidade nagraduação, como também interferir na realidade social e atémesmo motivar os demais EUOP que ainda não conhecem ounão assumiram para si essa identidade.

O que quero frisar nesse momento é que, ao menos paramim, o Conexões de Saberes só teve esse efeito porque trata-se de um GRUPO. De todas as conexões que podem ser feitaspor meio desse programa, a que exerceu maior relevância so-bre mim foi a Conexão de Pessoas. Reunir-me com os colegasem cada atividade, compartilhar de conhecimentos de dife-rentes áreas, seja ensinando ou aprendendo, passar peloscorredores do Câmpus ou nos ônibus lotados e terminais davida e encontrar com membros do grupo, acenar de longe ouconversar longamente com cada um de vocês, assumiu, emminha vivência, um valor imensurável. Em cada simples apertode mão, me sinto GRUPO, e, portanto, forte.

Peço desculpas se para alguns esse texto parece melan-cólico ou apaixonado, mas essas palavras transmitem toda aimportância que atribuo a esse programa e à maravilhosa ex-periência que tem sido conviver com vocês (no que se incluinossas coordenadoras) e descobrir nas nossas semelhanças ediferenças, a beleza de ser um grupo. Espero que não nosesqueçamos disso e daquela velha história dos gravetos, que,juntos, não podem ser quebrados.

Fran RodriguesEstudante de Jornalismo da UFG e voluntária do programaConexões de Saberes

Um relato apaixonado ...

Bolsistas no lançamento do programa Conexões de Saberes

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11Goiânia, outubro de 2006 SOCIEDADE

s Pró-Reitorias deGraduação (Prograd)e de Extensão e Cul-

tura (Proec) promoveram,de 9 a 11 de outubro, umseminário sobre “Açõesafirmativas na UFG”. Oevento serviu também parafazer o lançamento do pro-grama “Conexões de Sabe-res: diálogos entre as uni-versidades e as comunida-des populares” (PCS).

O PCS é um programade ações afirmativas paraestudantes de origem po-pular em parceria com oObservatório de Favelas e oMinistério da Educação. AUFG aderiu ao programaque, além de preparar osestudantes para a pesquisa,preconiza a troca de expe-riências da universidadecom a comunidade. O PCSconta com 25 bolsistas devários cursos que, além deorganizarem o seminário,realizam ações de trocas deexperiências com os mora-dores das comunidades doNossa Morada e Shangri-lá.

A Orquestra de Violei-ros de Goiás abriu o even-to, que contou com com apresença do reitor EdwardMadureira Brasil, da pró-reitora de Graduação San-dramara Matias Chaves,do pró-reitor de Extensão eCultura Anselmo PessoaNeto, o representante doMEC Francisco PotiguaraCavalcante Júnior, a coor-denadora do PCS na UFGprofessora Angelita Perei-

Seminário discute ações afirmativas na UFGTEMÁTICAS COMO GÊNERO, RAÇA E ORIENTAÇÃO SEXUAL TAMBÉM FORAM ABORDADAS NO EVENTO

O reitor da UFG afir-mou que espera muito des-se trabalho e terá muitoempenho para a consolida-ção do PCS. Disse que acre-dita nessa proposta, pois elatem um caráter que permi-te uma intervenção na so-ciedade e que o projeto sejade Estado, não de governo.Afirmou que é preciso tra-zer estudantes das escolaspúblicas para a UFG, porém,é preciso dar condições paraque elas se mantenham.Ele lembrou que a UFG vemtrabalhando no sentido deações afirmativas, por exem-plo com a criação de cursos,como o de Licenciatura In-tercultural Indígena.

Durante o seminário,as mesas-redondas discuti-ram não somente as políti-cas afirmativas e cotas.Também houve espaçopara a discussão sobre di-versidade na UFG. Alémdas professoras Eline Jonase Maria José Pereira Ro-cha, da Universidade Cató-lica de Goiás (UCG), que co-locaram em pauta a discus-são acerca de gênero nes-

se contexto. Representan-tes de grupos organizados daUFG, como o Colcha de Re-talhos e o Coletivo de Alu-nas e Alunos Negros BeatrizNascimento (Canbenas),estiveram na mesa.

No último dia do semi-nário, os professores Nel-son Inocêncio da Universi-dade de Brasília (UNB), Ed-gar Salvadori Decca da Uni-versidade de Campinas(Unicamp) e Márcia SoutoMaior Mourão Sá da Uni-versidade Estadual do Riode Janeiro (Uerj) relata-ram as experiência da ado-ção de políticas afirmati-vas nessas universidades.A Unicamp, ao contráriodas outras duas institui-ções, adotou pol í t icasafirmativas sem cotas. Oprograma constitui-se naconcessão de 30 pontosno vestibular para os es-tudantes oriundos de es-cola pública e quarentapontos para negros e ne-gras, desde que tambémsejam egressos da escolapública.

(Elaine Gonzaga)

ra Lima, o coordenador doObservatório de FavelasJailson de Souza e Silva edos estudantes bolsistas doprojeto Fabiana Leonel eEdilto Rodrigues.

A professora Angelitadisse que o seminário,além de lançar o PCS, abreo debate sobre o acesso dos

estudantes de origem popu-lar à universidade. Jailsonlembrou que o PCS nasceuna favela da Maré (RJ) pormeio de cursinhos popula-res, e os estudantes come-çaram a entrar para as uni-versidades públicas. Porém,não havia políticas paramanter esses estudantes.

Caldas Novas sediou,entre os dias 28 de setembroa 1º de outubro o IV SimpósioInternacional do Centro de Es-tudos do Caribe no Brasil (Ce-cab) com o tema “Migrações eprocessos identitários: África-Brasil-Caribe”. O evento con-tou com cerca de 200 partici-pantes de várias partes doPaís e do mundo, além de 76trabalhos inscritos.

A abertura contou com apresença do reitor da UFG,Edward Madureira Brasil; dacoordenadora do Cecab, pro-fessora da Faculdade de Ciên-cias Humanas e Filosofia daUFG, Olga Cabrera; do presi-dente da Fundação Palmarese professor da UFBA, UbiratanCastro de Araújo; da secretá-ria adjunta da Secretaria Es-pecial de Políticas de Promo-ção da Igualdade Racial (Sep-

Estudos sobre o Caribe sãotemas de simpósio internacional

pir), Maria do Carmo Ferreirada Silva, e da coordenadora deAssuntos Internacionais daUFG, Ofir Bergemann. A con-ferência de abertura foi profe-rida pela professora Olga Ca-brera, que ressaltou a impor-tância do Cecab – único cen-tro científico brasileiro volta-do para o estudo das culturascaribenhas, considerado comoo mais atuante em nível naci-onal e internacional dentrodessa especificidade. Produza “Revista Brasileira do Cari-be” e organiza bi-anualmenteos simpósios internacionais.Vários projetos de cooperaçãocom outras instituições, na-cionais e estrangeiras, têmpermitido e viabilizado a pu-blicação de obras conjuntas,especialmente trabalhos demestrados e doutorados “san-duíches”. (Elaine Gonzaga)Evento é o ponto de partida para as discussões sobre o sistema de cotas na UFG

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12 Goiânia, outubro de 2006LIVROS

Editora da UFGCampus Samambaia

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Lenice Marques Teixeira

LIVROS INFORMATIVOS PARA CRIANÇASAndré Barcellos Carlos de Souza1

Um critério essencial a ser considerado na escolhade textos para o público infantil é a sedução de novos lei-tores por meio de obras capazes de suscitar o desejo denovas leituras. A sedução ocorre pela qualidade das ilus-trações, linguagem clara e desafiadora, quando o texto forapresentado ao leitor com um objetivo primeiro: o prazer.

O livro informativo abrange arte e ciência, nele hácompromissos éticos, estéticos e científicos. O espaçoocupado pelo texto informativo é construído pelas zo-nas limítrofes entre o texto literário e o texto científi-co, pois se forma justamente na controversa relaçãoentre arte e ciência. Deve ter o rigor da linguagem cien-tífica e a liberdade da criação artística, bem como a ino-vação da criação científica e a clareza e precisão da lin-guagem artística.

As editoras e os autores perceberam esse filão mer-cadológico aberto pela crítica ao livro didático na décadade 1990, e começaram a investir em publicações de textoscientíficos direcionados às crianças, denominados textosinformativos. O texto informativo difere, em forma e con-teúdo, tanto do texto literário quanto do didático, mas, aomesmo tempo, se aproxi-ma de ambos. O texto in-formativo se afasta do tex-to literário pela naturezade seu objeto, e isso oaproxima do texto didático;da mesma maneira, o textoinformativo se afasta dotexto didático pela lingua-gem, e, justamente, isso oaproxima do texto literário.E nesse movimento, criasua identidade.

O livro informativo recomendável sugere uma proble-mática, implícita ou explicitamente, em seu diálogo com oleitor. Este problema, devidamente contextualizado, é ocondutor da narrativa que, na medida do seu desenvolvi-mento, instrui e forma. Abordam um tema específico den-tro de um contexto também específico, portanto, é histori-camente situado em uma cultura, em uma sociedade.

Para Olga Larralde Arocha (1984), o livro informativodeve ter sua linguagem acessível à linguagem das crian-ças às quais se dirige, implicando escolhas de vocabulá-rio, ilustrações e, sobretudo, na organização coerente dainformação, para que essas crianças construam unidadesfáceis de lembrar. Deve também refletir o conhecimento eo prazer do escritor, tanto em relação ao assunto quanto àlinguagem, que devem ser adequados para jovens e crian-ças. A organização do material, das informações, deve ori-entar a leitura de maneira que crie no leitor uma linhacondutora de reflexão, seguindo uma seqüência conscien-te de perguntas e respostas que conduza a investigação aoutros lugares. Deve proporcionar ao leitor, portanto, pra-zer e satisfação, despertando-lhe o entusiasmo para pros-seguir buscando e investigando o tema.

Podemos também relacionar o livro informativo aoparadidático. Este último é considerado por Ernesta Zam-boni (1991, p. 5) “uma forma nova de cultura livresca, (que)vem demonstrar até que ponto a crise da cultura chegou:sendo ela domínio da crítica e do conhecimento, o paradi-dático faz com que ela receba influxos reiterados de de-sinformação e alienação”. Segundo a autora, o paradidáti-co cumpre funções mercadológicas importantes, pois é ummesmo produto oferecido ao longo de todo o ano letivo, empacotes menores. É o livro didático, vendido apenas nosprimeiros meses do ano, recortado e embalado para o con-

sumo fácil, durante o ano todo. Ele nasce com a finalidadede complementar o livro didático, subsidiar o trabalho do-cente e oferecer a professores e alunos uma compilaçãodas informações sobre um assunto. A novidade é o modocomo é apresentado – o mesmo conteúdo do texto didáti-co, o tamanho das letras, a qualidade do papel, as co-res das ilustrações, o formato dos livros. Um típico pro-duto da indústria cultural, “um bem destinado ao consu-mo que editores e autores têm interesse em comercializar,uma mercadoria entre outras que circula pelo mercado eproduz lucro, muito lucro” (Zamboni, 1991, p. 6).

A distinção entre o texto informativo e o literário é acoerência com a realidade e a intencionalidade. A inten-ção do informativo é informar/formar sobre uma determi-nada realidade concreta e, para tanto, deve se valer dosconhecimentos universalmente válidos. A literatura nãotem essa motivação, até porque, se tiver intenção infor-madora, é, conforme Goldman (1979), “literatura engaja-da”, portanto, má literatura.

O limite tênue entre a boa literatura e o bom livroinformativo pode sugerir que o informativo seja uma “lite-

ratura engajada”. Entre-tanto, a literatura engaja-da é, antes de tudo, este-ticamente pobre, implican-do sua desqualificação sobqualquer aspecto. E, emsegundo lugar, nela setenta, sem sucesso, es-conder uma mensagemmoral. O texto informati-vo é explícito, franco e sin-cero ao mostrar o seu ob-jetivo, embora em um bom

livro, como já dissemos, esse objetivo está encoberto pelasua narrativa envolvente e sedutora.

A obra literária, em particular, e a obra de arte, emgeral, não têm a preocupação com o rigor conceitual. ParaGoldman (1979, p. 82), “o artista não copia a realidade nemensina verdades. Ele cria seres e coisas que constituemum universo mais ou menos vasto e unificado” (grifos doautor).

Os bons livros informativos possuem ilustração dequalidade e projeto gráfico esmerado, enquanto o textocom as imagens constitui um sentido, um diálogo com oleitor. Geralmente, o autor cria uma dissertação envol-vente para tratar do assunto, artifício que, assim como naliteratura, se feito com desenvoltura, coerência e compe-tência, seduz e impele o leitor a saber mais, a construirconhecimento.

A definição de parâmetros de análise é fundamentalpara a formação de pessoas que atuam como mediadoresna relação criança–livro. Tais parâmetros não devem serrígidos e devem ser analisados a cada nova publicação. Adiscussão de parâmetros técnicos e estéticos que com-põem um processo de análise pode favorecer a formaçãodesses mediadores. É com essa intenção que buscamosmeios para a formação de pessoas mais críticas, capazesde eleger critérios de análise que justifiquem suas esco-lhas ao selecionar textos para as crianças.

REFERÊNCIASAROCHA, Olga Larralde de García. Selección de libros deinformación. Parapara; revista de literatura infantil, Cara-cas, n. l0, dez. 1984. p.10-21.GOLDMANN, Lucien. Materialismo dialético e história daliteratura. In: _____. Dialética e Cultura. Rio de Janeiro, Paze Terra, 1979. p.70-90.ZAMBONI, Ernesta. Que história é essa ? Uma proposta analíti-ca dos livros paradidáticos de história. Tese (Doutorado) – Cam-pinas, Unicamp, 1991.

1 Professor da Faculdade de Educação da UFG e mestre emEducação Brasileira.

Os bons livros informativos possuem ilustraçãode qualidade e projeto gráfico esmerado,

enquanto o texto com as imagens constitui umsentido, um diálogo com o leitor

Por dentro dos cerrados– Studio NobelNilson Moulin

A coleção Bicho-folha traz osprincipais ecossistemas doBrasil. Em linguagem atraen-te e estimulante, o autor in-troduz neste volume a vasti-

dão dos cer-rados. Mos-trando a ri-queza deseus sítiosarqueológi-cos e de suah i s t ó r i a ,observa a

importância de sua flora e fau-na apontando para a belezainesperada de suas variadaspaisagens. Fotos e desenhosconvidam à observação, à re-flexão e sugerem ações múl-tiplas de preservação desteecossistema.

Bicho de artista– Cosac & NaifyKátia Canton

Sem propor um panorama dahistória da representação de

animais, Bi-cho de artistaassocia asd i f e r e n t e stendênc iasdos artistasem trabalharo tema, emobras deSiron Fran-co, Tarsila do

Amaral, Pablo Picasso e Miro.Assim como nos outros livrosda coleção Mundo de artista, opequeno leitor pode desenvol-ver seu próprio bicho de esti-mação, de forma criativa eeducativa.

RESENHAS

13Goiânia, outubro de 2006 EXTENSÃO E CULTURA

arte da narração misturada com a per-formance de pessoas é conhecida comoTeatro. Mas, a narração só surge da his-

tória das vivências de alguém, sendo, portan-to, ato antropológico. Com o objetivo de enfo-car estudos e abordagens que relacionam An-tropologia e Teatro Contemporâneo, a Escolade Música e Artes Cênicas (Emac) e o Mu-seu Antropológico (MA) da Universidade Fe-deral de Goiás (UFG) realizaram o V Semi-nário de Teatro, Performance e suas Antro-pologias – “Museu e Teatro Universitários:narrativas culturais e experimentos con-temporâneos”, entre os dias 9 e 11 de outu-bro, na Emac e no MA.

Segundo a produtora cultural do MA,Marisa Damas Vieira, o seminário sur-giu do projeto “Práticas Artísticas Cultu-rais”, que visa pensar academicamenteas diversas linguagens artísticas. Alémdisso, o evento está em consonância como objetivo do Museu, que é ser um espa-ço para a formação multidisciplinar, tan-to para a pesquisa, como para o ensino ea extensão.

Para o coordenador do curso de Ar-tes Cênicas da Emac, Márcio Pizarro No-ronha, “o tema do V Seminário é muitoimportante para Goiás, porque o Estadotem uma tradição em teatro amador, masformou apenas duas turmas em caráteracadêmico. Sendo assim, o Semináriovem ao encontro de amadurecer o teatrouniversitário”.

O evento inscreveu cerca de 140 es-tudantes de diversas áreas, tais como Ar-tes Cênicas, História, Pedagogia, Letras,Psicologia, dentre outras. De acordo com aprodutora, “uma das idéias da realizaçãodo seminário era a de promover a inter-disciplinaridade”.

Para a estudante de Pedagogia daFaculdade Padrão Ariely de Souza Piauí,“o evento é uma oportunidade ímpar paraa troca de experiências. A arte é uma dasáreas de relevância para a formação dopedagogo”.

O seminário contou com três gruposde trabalho que discutiram temas refe-rentes à importância da narrativa paraa construção histórica. A conferência deabertura foi proferida pela professora da

A Faculdade de Educação (FE) da Universida-de Federal de Goiás (UFG) expõe trabalhos da ar-tista Kátia Jacarandá até o próximo mês de de-zembro, no seu hall de entrada. A exposição fazparte do projeto de extensão “Percursos do Olhar”.

O projeto, que teve início em fevereiro de2005, é coordenado pelos professores da FE AnnaRita Araújo, André Barcellos Carlos de Souza eAndréia Ferreira da Silva. Segundo a professoraAnna Rita Araújo, “o projeto tem o objetivo deaproximar os alunos, tanto da faculdade, comode outras instituições do mundo da arte, paraaprimorar sua cognição. É necessário que o alu-no saiba ler a obra de arte, refletir a respeito eaprender sobre o contexto histórico dela”.

A arquiteta Wânia da Cunha, que pretende fa-zer a prova de seleção para o mestrado na FE, disse

A arte de narrar a vidaO V Seminário de Teatro, Performancee suas Antropologias reuniu maisde 140 estudantes de diversasáreas, em Goiânia

Projeto “Percursosdo Olhar”

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O termo ‘crioulo’ vem do verbo ‘criar’ esignifica, extensivamente, o escravo nasci-do na América. De tal acepção vem a expres-são ‘língua crioula’, com o sentido de línguanascida (ou criada) do contato entre duas oumais línguas.

Uma língua crioula sempre emerge emsituação de contato intercultural conflituoso,devido à assimetria de poder entre os povos,sendo um grupo o dominador e outro o domi-nado. A emergência de línguas crioulas é,portanto, própria dos contextos de coloniza-ção e de escravidão.

Caracteriza a língua crioula a manu-tenção da gramática da língua dominada eo léxico da língua dominante.

Por muito tempo foi defendido que o por-tuguês brasileiro era uma língua crioula, coma gramática das línguas africanas do grupoBanto, principalmente Quimbundo, a línguados povos dominados, sujeitados, e o léxicoda língua portuguesa, a língua do povodominador. Defenderam-se ainda a existên-cia, ao lado da língua portuguesa, no Brasil,de dialetos crioulos, alguns de base Tupi eoutros de base Banto. Atualmente, acredita-se que o português brasileiro não seja cri-oulo nem tenha tido uma origem crioula. To-davia, não é rara a crença de que em agrupa-mentos sociais rurais isolados ainda sub-sistam falares crioulos de base Banto.

Mônica Veloso Borges e Tânia FerreiraRezendeProfessoras de Estudos Língüísticos eLiterários da Faculdade de Letras da UFG

O conceito “Crioulo”

A Escola de Música e Artes Cênicas daUFG (Emac) criou, recentemente, o Centrode Estudos Semióticos-Peirce. O grupo temcomo objetivo realizar estudos básicos so-bre Semiótica como ferramentas para análi-se das linguagens e dos processos comuni-cativos.

Com o tema “Semiótica, doutrina for-mal dos signos”, o centro tem como públi-co alvo professores e estudantes de gra-duação e de pós-graduação, da UFG e deoutras universidades, além de outras pes-soas interessadas na temática. Mais in-formações pelo fone (62)3521-1125, daEmac-UFG, pelo site www.musica.ufg.br oupelo e-mail [email protected]

Centro de Estudos Semióticos

Exposição Lavras e Louvores encantaparticipantes do seminário

Estudantes discutem trabalhos naexposição de pôsteres

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que se impressionou com a utilização do espaço daFaculdade. “As obras de arte são belíssimas, e o fatode estarem ao longo do rol de entrada da Faculdade,impressionou-me”.

Já o professor Souza destacou que “o objeti-vo maior é formar os alunos como sujeitos inte-ressados em prosseguir cultivando o espírito deuma formação cultural permanente”. O que se pre-tende, segundo ele, “é uma formação cultural quevisa instrumentalizar os futuros professores emseres capazes de reconhecer as dualidades da cul-

tura, conscientes do caráter positivo e emancipa-dor da obra de arte, do caráter autônomo e do seucaráter de adaptação, de barbárie”.

Anna Rita enfatizou a opção pela artista con-temporânea Kátia Jacarandá, pois “ela é uma artis-ta goiana que trabalha elementos do imaginário po-pular, suas obras misturam o sagrado e o profano,com objetos do cotidiano, da religião e da culturapopular. Hoje, os artistas contemporâneos retomamo lúdico, toda brincadeira serve para ampliar a cog-nição, pois instiga o aluno a formular perguntas”.

O projeto inova ao trazer a obra de arte para oespaço do cotidiano. “Uma coisa é a obra de arteno mundo, outra coisa é a ação educativa, que en-seja a educação e só assim pode suscitar trans-formações sociais”, defendeu a professora AnnaRita. (Núbia Simão)

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFR-GS) Rosemary Fritsch Brum, que discorreu so-bre a importância das narrativas dos imigran-tes italianos para a história de Porto Alegre.

Ocorreram também apresentações de pôs-teres, uma sessão comentada do filme Narra-dores de Javé, sob a coordenação da professoraAndréa Pita (Emac/UFG) e um percurso noMuseu, em que foi exposto o processo de con-cepção e montagem da exposição “Lavras e Lou-vores”. “O objetivo foi mostrar como a narrati-va da exposição foi pensada, ou seja, de queforma a narrativa foi construída na montagemda exposição”, sintetizou Marisa. “A apresen-tação do filme foi importante, pois ressaltou,de forma artística, como deve se comportar oantropólogo dando ênfase às mais variadasvozes para contar uma história”, observou aestagiária de Ciências Sociais do MA e estu-dante do 4° período de Ciências Sociais da UFG,Sara Pereira Soares. (Núbia Simão)

14 Goiânia, outubro de 2006DESTAQUE

ançado em 3 de novembro de2005, por meio da PortariaInterministerial dos Ministé-

rios da Saúde e da Educação, o Pro-grama Nacional de Reorientação daFormação Profissional em Saúde(Pró-saúde), que visa uma aproxima-ção maior entre agentes que atuamna saúde (professores, gestores, es-tudantes e representantes da comu-nidade) com a realidade desta áreano Brasil.

O programa tem como objetivoreorientar o processo de formação dosprofissionais nas áreas de Medicina,Enfermagem e Odontologia, de modo aoferecer à sociedade profissionais ha-bilitados a responder às necessidadesda população que utiliza principalmen-te o Sistema Único de Saúde (SUS).

Entre 90 projetos de institui-ções de ensino particulares e públi-cas selecionados pelos Ministériosda Saúde e Educação, a Universida-de Federal de Goiás (UFG) foi con-templada com a aprovação de trêsprojetos, das Faculdades de Medici-na, Enfermagem e Odontologia, quereceberão, em três anos, uma verba

O professor doInstituto de PatologiaTropical e Saúde Públi-ca (IPTSP) da Universi-dade Federal de Goiás(UFG), Fernando deFreitas Fernandes, foipremiado em primeirolugar na categoria Mi-croscopia, no concursode fotografias do XXICongresso Brasileiro deEntomologia, realizadoem Recife, Pernambu-co, de 6 a 11 de agosto.Sua eletromicrografia,foto realizada por meiode um Microscópico Eletrônico deVarredura (MEV), que recebeu o prê-mio, retrata o aparelho bucal da mos-ca-do-chifre.

A Haematobia irritans conhecidapopularmente como mosca-do-chi-fre, infesta principalmente os bo-vinos, seus principais hospedeiros.Com menor freqüência pode para-sitar também os bubalinos, capri-nos, ovinos, eqüinos, suínos, cani-nos e, esporadicamente, o homem.Elas podem picar e sugar o sanguebovino aproximadamente 20 a 40vezes em um dia e, em altas densi-dades, estas moscas causam gran-de estresse ao gado e, conseqüen-temente, perdas consideráveis naprodução.

Parte do aparelho bucal, as sen-silas labelares e maxilares da mosca-do-chifre, são órgãos cuticulares sen-soriais associados a neurônios. A suaidentificação e o seu mapeamento ob-jetivam fomentar modernos estudoseletrofisiológicos (Single Sensillum Re-

A aluna do curso de doutora-do em Agronomia da UniversidadeFederal de Goiás (UFG), ThannyaNascimento Soares, recebeu daSociedade Brasileira de Genéticao Prêmio Paulo Sodero Martins pelomelhor trabalho apresentado no52º Congresso Brasileiro de Gené-tica, na área de Evolução e Ecolo-gia Evolutiva de Plantas. Duranteo evento, realizado em Foz do Igua-çu, Paraná, de 3 a 6 de setembrode 2006, foram escolhidos cincotrabalhos para apresentação orale o ganhador foi definido por umabanca examinadora.

O trabalho premiado é intitu-lado “Estrutura genética espacialdentro de subpopulações naturais de

Thannya Nascimento Soares aluna deDoutorado em Agronomia pela UFG

Pró-saúde integra Enfermagem, Medicina e OdontoPROGRAMA VISA REORIENTAR PROCESSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL NESSAS ÁREAS

de R$ 1,5 milhão para cada unidadedesenvolver seu projeto.

O Programa tem o auxílio e asupervisão de uma comissão asses-

Professor de Parasitologiaganha prêmio nacional

sora do Ministério da Saúde, quetraça as diretrizes sobre as linhasde ação do projeto, além de verifi-car o seu andamento e a devida uti-

lização dos recursos recebidos.A primeira visita da comissão

ocorreu nos dias 12 e 13 de setem-bro, quando foram realizadas reuni-ões com os diretores das unidadese visitas aos locais dos serviços desaúde em Goiânia. Estiveram pre-sentes na reunião de abertura oreitor da UFG, Edward MadureiraBrasil; a pró-reitora de Graduação,Sandramara Matias Chaves; e osdiretores das Faculdades de Medi-cina, Heitor Rosa, de Enfermagem,Marcelo Medeiros, e de Odontolo-gia, Gersinei Carlos de Freitas.

Segundo Gersinei Carlos deFreitas, o Pró-saúde é uma ferramen-ta para auxiliar a implantação dasnovas grades curriculares, dando oapoio necessário às unidades, tantono quesito de formação, quanto namelhoria de equipamentos. Além dis-so, o projeto trará importantes be-nefícios às redes municipal e esta-dual de saúde em que atuam os es-tudantes e profissionais da UFG, eonde serão aplicados parte dos recur-sos financeiros destinados ao proje-to. (Mariana Clímaco)

Premiado trabalho dedoutoranda da UFG

Dipteryx alata Vogel (Barueiro)”. Tra-ta-se da dissertação de mestradoda autora, defendida em fevereirode 2006, sob orientação do profes-sor Lázaro José Chaves, do setorde Melhoramento de Plantas daEscola de Agronomia da UFG.

O objetivo do trabalho foi ava-liar a variabilidade genética deplantas frutíferas nativas do Cer-rado, visando estratégias de con-servação e uso. As informações ge-néticas e geográficas foram obti-das de 90 plantas, localizadas nosmunicípios de Icém, São Paulo;Monte Alegre de Minas, MinasGerais, e Luziânia, Goiás.

A aluna de doutorado atribui apremiação do trabalho ao fato deseu estudo ser relativamente recen-te no Brasil e pioneiro na área deplantas do Cerrado. Ela acredita quea importância desse estudo está nolevantamento de questões que di-ferenciam este bioma de outros, tra-çando técnicas novas de conserva-ção, específicas para as plantas quese desenvolvem no Cerrado, e queantes eram copiadas das utilizadasem biomas diferentes.

Participaram ainda do trabalhoo professor José Alexandre FelizolaDiniz Filho, do Instituto de Ciênci-as Biológicas (ICB) da UFG, e a pro-fessora de Zootecnia da Universida-de Católica de Goiás (UCG), Maria-na Pires de Campos Telles, como co-orientadora do projeto. Devido auma parceria com a UCG, toda aparte laboratorial do trabalho de pes-quisa foi desenvolvido no Laborató-rio de Plantas Nativas da Universi-dade. (Mariana Clímaco)

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Reunião de abertura da primeira visita da Comissão Assessora do Pró-saúde

Fernando de Freitas (à direita) no momento em querecebeu o certificado de primeiro lugar

cording) para o desenvolvimento demedidas seletivas e de menor impactoambiental para controle desta praga.

Estas pesquisas fazem parte deum projeto do Laboratório de Artro-podologia Médica e Veterinária(LAMV), do IPTSP/UFG, em parceriacom o Laboratório de EntomologiaMédica (LEM) do Centro de PesquisaRené Rachou (CPqRR) da FundaçãoOswaldo Cruz (Fiocruz).

Além disso, luta pela criação deum Centro de Microscopia Avançada,onde todos os pesquisadores e alu-nos da universidade teriam acesso àsmais modernas técnicas de micros-copia, por meio do desenvolvimentode pesquisas e realização de cursose disciplinas, além da aquisição deequipamentos como MicroscópiosConfocal de Varredura a Laser, Ele-trônico de Transmissão e de ForçaAtômica (equipamento recém adqui-rido pela UFG, com recursos obtidospelo projeto aprovado no último CT-INFRA). (Mariana Clímaco)

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15Goiânia, outubro de 2006 ANÁLISE

Envie sua sugestão de pergunta para esta coluna: [email protected]

or meio do projeto O Câmpus emCampo, projetos de pesquisa e ex-tensão de todos os cursos do Câm-

pus de Jataí (CAJ) têm sido divulgados emdiversos veículos midiáticos – RevistaFoccus, Revista Metas, Jornal Folha doSudoeste e TV Jataí Educativa.

Instalado há 25 anos em Jataí, o CAJtem expandido continuamente o númerode cursos. Hoje, já são 13 em pleno funci-onamento: Agronomia, Ciências Biológi-cas, Educação Física, Física, Geografia,História, Letras-Inglês, Letras-Português,Matemática, Medicina Veterinária e Pe-dagogia, Química e Zootecnia. A partir dopróximo ano, dois outros cursos serão ofe-recidos: Biomedicina e Psicologia.

O Câmpus em Campo parte do princí-pio de que não se faz uma universidade dequalidade sem que pesquisa e extensão ca-minhem lado a lado. Ou seja, o lema doprojeto é: “se quisermos uma universida-de de fato engajada na solução de proble-mas sociais, deveremos divulgar todos osresultados de nossas pesquisas à socieda-de porque não faz sentido desenvolver pro-jetos de altíssima qualidade se os resulta-dos dessas investigações não são levadosaos que deles possam se beneficiar”.

Acreditamos que a iniciativa de divul-gar os projetos da Universidade Federal deGoiás – Câmpus Jataí na mídia trará be-nefícios para os três segmentos envolvi-dos. Para a UFG, a relevância pode ser bus-cada na necessidade de indissociabilidadedas atividades de ensino, pesquisa e ex-tensão. Para a comunidade, a relevân-cia também nos parece óbvia, porque osresultados das pesquisas desenvolvidasna universidade, normalmente divulga-dos em artigos científicos, serão divul-gados em importantes ve ículosmidiáticos, aos quais toda a populaçãotem acesso, com uma linguagem aces-sível, para permitir a compreensão doassunto por toda a população, indepen-dente do nível sócio-cultural. Para as em-presas de mídia, acreditamos que sejade absoluta importância veicular proje-tos desenvolvidos na universidade, por-que isso demonstra o compromisso coma cultura e a informação da população.

A equipe do projeto está preparandoagora programas de rádio que, assim comoos de TV, irão ao ar semanalmente. O pri-meiro programa de TV foi transmitido dia20 de setembro, e um novo programaserá veiculado todas as quartas-feiras,após as duas edições do telejornal, às12h e às 19h. Mas quem está fora do al-cance da TV Jataí não tem motivo paraficar triste. Todos os programas serãomostrados, na íntegra, na internet. DeJataí direto para o mundo! Confira emwww.tvgoiasweb.com.br.

Com certeza, está aberto um impor-tante espaço para a interação entre oCampus Jataí e a comunidade!

Professora Maria de Lourdes Faria dosSantos Paniago – Coordenadora doprojeto “O Câmpus em Campo” eAssessora de Extensão e Cultura do CAJ

Câmpus Jataíem destaque

Nosso sistema representativo é muito bom, apenas deveríamos serlivres para escolher entre votar ou não. As plataformas políticasdos candidatos é uma, mas a atuação dos governantes tem sido umaincógnita. Eu voto em um candidato, muitas vezes, por falta de op-ção para escolher outro.

Qual é a sua opinião sobre o sistema representativo brasileiro equais são as suas expectativas em relação aos próximos quatro anos

de mandato dos candidatos recém eleitos?

Marinalva Rosa de Oliveira Mesquita, estudante de Pedagogiada UFG

Um dos pontos positivos do sistema representativo é o direito à es-colha de representantes por meio do voto. Quando uma pessoa nãovota ou opta pelo voto nulo, ela sofre as conseqüências das esco-lhas que alguém fez por ela. Como tudo depende da política, minhaesperança é de melhoria, mas sempre é a mesma elite que assu-me o poder por meio da reeleição dos candidatos.

Mauri de Castro, estudante de Artes Cênicas da UFG

Acredito que para que o sistema representativo funcione melhor, épreciso que a população seja educada. Sem educação não há umsuporte para a conscientização popular. A democracia no Brasil sóse concretizará quando se fizer a escolha pela educação. Senão fa-laremos de cidadania, mas sem um povo consciente de seus direi-tos e deveres. Isso não fará sentido. Atualmente, o que se observanas plataformas políticas é um discurso demagógico, pois todos osprogramas de governo resolvem todos os problemas, e isso é umreflexo da sociedade que deve se organizar para cobrar de formaveemente uma mudança política. No entanto, uma sociedade mo-bilizada geralmente foi educada!

Márcio Pizarro Noronha, coordenador do Curso de ArtesCênicas da UFG

Devemos nos perguntar qual é a cultura política do País. Na histó-ria política do Brasil tem-se ainda uma relação com o voto como seele pudesse ser trocado. O voto acaba na urna, que seria onde eledeveria começar. Nesse sentido, é importante que o voto seja obri-gatório para que se consolide a democracia no País. Mas, sou favo-rável a um regime representativo, que o voto possa ser uma opçãoe não uma obrigação. Isso seria possível no momento em que fir-masse uma cultura política no Brasil.

Sara Pereira Soares, estudante de Ciências Sociais da UFG

Um ponto antidemocrático no sistema representativo brasileiro é aobrigatoriedade do voto. No entanto, uma cultura como a nossa temmuitas falhas. Deveria-se dar mais direito à pluralidade. Mas, ape-sar da conjuntura, temos de ter esperança, pois a atuação da soci-edade é imprescindível, não só em ir às urnas, mas também em serecordar do seu voto e cobrar o cumprimento das plataformas decampanha.

Euripedes Antônio da Silva, vigilante do MuseuAntropológico da UFG

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16 Goiânia, outubro de 2006PESQUISA 16

abitantes nativos da área de preservação ambientaldo Bosque Auguste de Saint-Hilare, no Câmpus IIda UFG, os macaco, convivem “harmoniosamente”

com a comunidade acadêmica, a não ser quando o assuntoé comida.

De fácil acesso, os restos de comida nas lixeiras sãoalimentos bem mais atrativos aos macacos do que frutas,insetos, raízes e cascas de árvores, base da alimentação des-ses animais, devido ao seu paladar, que é tão apurado quan-to o nosso.

Esses animais preferem comidas preparadas e doces, pelamaior facilidade de mastigação e por proporcionarem a elesmais energia, devido à grande quantidade de nutrientes en-contrados nos alimentos industrializados, afirma o profes-sor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFG, TalesAlexandre Aversi-Ferreira, que coordena um estudo sobre aanatomia e o comportamento dos macacos-pregos.

Segundo o professor da área de Neurociência, esse es-tudo é uma inovação, já que a maioria dos trabalhos existen-tes sobre a espécie refere-se somente ao comportamento,tornando o ICB/UFG um dos únicos centros mundiais quetrabalham com a anatomia desses macacos, denominados ci-entificamente de Cebus libidinosus.

Sob o título de “Anatomia comparativa entre o Cebus e ohomem associados a aspectos comportamentais”, o projetofoca, além de sua fisiologia, a relaçãode contato do macaco com o homem, eaté que ponto ela se torna positiva ounegativa. Um dos estudos do trabalhoé a análise parasitológica que visaidentificar uma possível transmissãode doenças, tanto do animal para o ho-mem, quanto o inverso.

Um sub-projeto do trabalho pro-cura analisar os reflexos do consumopelos macacos de produtos industria-lizados, já que eles consomem boa par-te do lixo descartado pela comunidadedo Câmpus. Salgados, doces, refrige-rantes e ketchup são suas guloseimaspreferidas, e nem a embalagem maiscomplicada é impedimento ao contatodos macacos com tais alimentos.

De acordo com o professor, devi-do à desenvolvida musculatura de seuantebraço, os Cebus são capazes de uti-lizar objetos como ferramentas paraabrir cocos e outros recipientes, mas,

Amantes do lixo

Vítimas corriqueiras deacidentes de trânsito, os ma-cacos do câmpus trazem trans-torno também ao Hospital Ve-terinário (HV) da UFG, que nãotem estrutura especializadapara o recebimento e tratamen-to de animais silvestres, admi-te o seu diretor, Apóstolo Fer-reira Martins. “Já é uma neces-sidade do hospital o atendi-mento a esses tipos de animais,mas isso despenderia de umaestrutura adequada como jaulas,locais de permanência e ali-mentação específica a eles”.

O diretor não sabe totali-zar o número exato de macacosque já chegaram ao hospital, queatende apenas os casos de emer-gência a pedido do professor ediretor da Unidade de Conser-vação da UFG, José Ângelo Ri-zzo. Segundo ele, esse é um pro-blema não só da Universidade,mas de Goiânia como um todo,

que não tem um local especializa-do para o atendimento de ani-mais silvestres e que comporte ademanda que, hoje, é escoadatoda para o Zoológico.

Ele conta que o problemajá esteve em pauta no ConselhoRegional de Medicina Veteriná-ria (CRMV) e que já se discutesobre a necessidade de cursospara a formação de profissionaisespecializados em Animais Sil-vestres. A Pró-Reitoria de Pes-quisa e Pós-Graduação (PRPPG)da UFG, à qual é ligada a Uni-dade de Conservação, prevê acriação de um grupo para tentarsolucionar esse problema, pormeio da formação específica deprofissionais nessa área, anteci-pa o coordenador geral de pes-quisa da PRPPG, João TeodoroPádua. O grupo deve ser compostopelo professor Rizzo, um repre-sentante do HV e outro do CRMV.(Mariana Clímaco)

ESPÉCIE DE MACACO QUE HABITA O CÂMPUS É TEMA DE PROJETOPIONEIRO DESENVOLVIDO NO INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

apesar disso, assim como outrosanimais, não perdem o seu ins-tinto natural de busca de ali-mento.

Esse sub-projeto, queainda não teve início, pre-tende medir e comparar ataxa de açúcar e gordura dosangue dos macacos-pregosexistentes no Câmpus, com outrosda mesma espécie moradores do Zoológico deGoiânia e da reserva do Clube Jaó. O professorsuspeita que haverá alteração da glicose, assimcomo do colesterol e, possivelmente, também exis-tirão problemas no fígado, mas nada que esteja preju-dicando a saúde dos mesmos, já que a população des-ses macacos tem aumentado a cada ano de dois a trêsindivíduos por grupo, o que é considerado bom.

Conforme estudo da ex-professora da área de Zoo-logia do ICB/UFG, Zara Faria Sobrinho Guimarães, trêsgrupos do gênero Cebus habitam o Câmpus e são identi-ficados de acordo com o lugar em que procuram suacomida. Além disso, outro fator que indica ser positivaa convivência do macaco com o homem é sua estimati-va de vida, que é de aproximadamente 30 anos, e que

na vida selvagem é deapenas 18 anos.

Um grande proble-ma para a continuida-de dos estudos está na dificuldade de captura dos animaisque são muito espertos e dificilmente caem em armadilhaspreviamente montadas. Hoje, o ICB dispõe de apenas 13 car-caças destes animais para estudo, sendo quatro que foram aóbito decorrente de acidentes e outras nove carcaças doadaspela Universidade de Uberlândia (UFU).

A dificuldade de aprisionamento dos macacos faz com queo ICB estude uma parceria com a Escola de Veterinária (EV) afim de viabilizar o recolhimento desses animais, para a realiza-ção de exames de sangue, saliva, urina e de biópsia do estôma-go, com eles apenas anestesiados, já que o cativeiro os deixaestressados, interferindo nos resultado dos exames.

O projeto, que antes se mantinha somente com orça-mento do ICB, recebeu em setembro último um financiamen-to de R$ 3 mil da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação(PRPPG) da UFG e da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape).Além do professor, fazem parte da pesquisa mais sete alu-nos do Instituto, dois do mestrado, um do doutorado e qua-tro da iniciação cientifica.

Animais silvestres e falta de estrutura

Goiânia, outubro de 2006

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O Bosque Auguste deSaint-Hilare, localizado noCâmpus II da UFG, é uma daspoucas áreas que aindaconserva a vegetaçãoprimitiva de Goiânia. Comaproximadamente 20 hectares,faz parte do bioma Cerrado.Sua formação vegetal é defloresta semidecídua -remanescente da MataAtlântica, onde muitasespécies perdem as folhas naestação da seca. O local possuitrilhas ecológicas, onde osalunos e visitantes do Câmpuspodem apreciar uma lindavegetação e muitos macacos-pregos do Gênero Cebus,entre outros pequenos animaise pássaros.

O Bosque Auguste deSaint-Hilare, localizado noCâmpus II da UFG, é uma daspoucas áreas que aindaconserva a vegetaçãoprimitiva de Goiânia. Comaproximadamente 20 hectares,faz parte do bioma Cerrado.Sua formação vegetal é defloresta semidecídua -remanescente da MataAtlântica, onde muitasespécies perdem as folhas naestação da seca. O local possuitrilhas ecológicas, onde osalunos e visitantes do Câmpuspodem apreciar uma lindavegetação e muitos macacos-pregos do Gênero Cebus,entre outros pequenos animaise pássaros.


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