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Integração de Portugal na União Europeia
Os problemas do desenvolvimento económico
O derrube da ditadura, a 25 de Abril de 1974, marcou
uma profunda mudança em todo o país, um dos mais
pobres em toda a Europa. A longa guerra colonial (1961-
1974) absorveu a maior parte dos recursos económicos e
humanos do país, condicionando de forma brutal o seu
desenvolvimento. Foi por isso que o fim do “Império
Colonial” (1974/75) só por si implicou uma verdadeira
revolução.
O Economia
O fim do “Império Colonial” implicava uma
completa reorganização da economia, que até então
estava dependente das colónias. Muitas das grandes
empresas do país encerraram; sectores económicos
inteiros entraram em ruptura; o desemprego não
tardou a subir.
O População
O fim das colónias implicou o regresso de cerca de
um milhão de pessoas. As guerras civis que depois se
desencadearam em Angola, Moçambique, Timor e
Guiné Bissau trouxeram para Portugal, até aos anos
90, centenas de milhares de refugiados. A população
tornou-se mais heterogénea, contribuindo para agravar
os problemas sociais já existentes.
O Finanças Públicas
A inflação neste período chegou a atingir valores
superiores a 30%. O escudo foi desvalorizado várias
vezes. As finanças públicas estiveram à beira da
bancarrota. Por duas vezes, Portugal foi obrigado a
negociar um acordo com o FMI (1977 e 1983).
A conflitualidade social neste período foi sempre
muito intensa.
É neste quadro que surge a opção europeia e, em
particular, o pedido de adesão à CEE (1977), que tinha
em vista atingir três objectivos:
a) evitar o isolamento do país;
b) obter apoios externos para consolidar o regime
democrático;
c) conseguir ajudas económicas para relançar a
economia e fazer as reformas necessárias no país.
A integração europeia
Os responsáveis políticos entenderam que o
desenvolvimento económico e social do país, bem como
a democracia, tornar-se-iam mais fortes com a adesão
de Portugal à CEE – uma comunidade cujos ideais de
democracia, liberdade, cooperação e solidariedade
atraíam Portugal para o estreitamento de laços com a
Europa e o Mundo.
Depois de uma ronda negocial pelas capitais
europeias, o Governo apresentou, em Março de 1977, o
pedido de adesão de Portugal à CEE. Seguiu-se quase
uma década de negociações.
Em 1985, o pedido de adesão foi aceite. A partir de 1
de Janeiro de 1986, Portugal passou a ser membro, de
pleno direito, da Comunidade Europeia, participando
nas tomadas de decisão.