0
Luiza Soares Zaramela
IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA À DISTÂNCIA EM
UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Pedro Leopoldo
2011
1
Luiza Soares Zaramela
IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA À DISTÂNCIA EM
UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado
em Administração da Fundação Pedro
Leopoldo, como requisito parcial para a
obtenção do grau de Mestre em
Administração.
Linha de Pesquisa: Gestão da Inovação e
Competitividade
Orientadora: Profa. Dra. Eloísa Helena
Rodrigues Guimarães
Pedro Leopoldo
2011
2
À mamãe, amor eterno e único.
Ao Sérgio Zaramela, Pai presente e amigo
À Lívia Zaramela, Irmã, pelo apoio e carinho
de sempre
3
“Não é o mais forte da espécime que
sobrevive, nem o mais inteligente, mas
aquele que responde melhor às
mudanças.”
Charles Darwin
4
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Novas contratações ................................................................................................ 63
Gráfico 2 – Padronizações ........................................................................................................ 63
Gráfico 3 – Comunicação ......................................................................................................... 64
Gráfico 4 – Qualidade dos vídeos aulas ................................................................................... 65
Gráfico 5 – Recebimento de apoio da direção da unidade ....................................................... 65
Gráfico 6 – Experiência com implantação ERP ....................................................................... 66
Gráfico 7 – Cumprimento dos prazos de implantação ERP ..................................................... 67
Gráfico 8 – Atuação dos analistas............................................................................................. 68
Gráfico 9 – Implantação do ERP no Marista ........................................................................... 68
Gráfico 10 – Ausência de recurso local .................................................................................... 69
Gráfico 11 – Elaboração da documentação .............................................................................. 70
Gráfico 12 – Conhecimento do ERP ........................................................................................ 71
Gráfico 13 - Aceitação do sistema ERP nas secretarias acadêmicas ....................................... 72
Gráfico 14 – Recomendação dos analistas sobre o método utilizado....................................... 72
Gráfico 15 – Concordância do uso do sistema pelos Analistas Tutores ................................... 73
Gráfico 16 – Análise geral da aplicação do Sistema de Gestão Integrada à Distância ........... 74
5
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Evolução dos Sistemas de Informação ...................................................................... 20
Tabela 2 Coleta de Dados ......................................................................................................... 24
6
LISTA DE ILUSTRAÇÃO
Figura 1 A Abrangência do MRP e MRP II .............................................................................. 22
Figura 2 O Modelo de Desenvolvimento em Três Camadas .................................................... 28
Figura 3 Estrutura Típica de Funcionamento de Sistema ERP ................................................ 30
Figura 4 Modelo das Etapas de Implantação ............................................................................ 37
Figura 5 Fluxograma do Planejamento da Pesquisa ................................................................. 53
Figura 6 Ambiente de Integração Moodle ................................................................................ 57
7
GLOSSÁRIO
CRM – Customer Relationship Management: Gestão de Relacionamento com o Cliente
DW – Data Warehouse: Armazém de Dados
EAD – Educação a Distância.
ERP – Enterprise resource planning: sistemas integrados de gestão empresarial.
MRP II – Manufacturing resource planning: planejamento de recursos de manufatura.
MRP – Material requirement planning: planejamento das necessidades de materiais.
RH – Recursos humanos.
SCM – Supply Chain Management: Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos
8
RESUMO
Os sistemas integrados de informação têm se destacado nos últimos anos como um importante
recurso à realização e gerenciamento integrado das operações organizacionais. Um sistema
ERP (Enterprise Resourse Planning) tem a pretensão de suportar todas as necessidades de
informação para a tomada de decisão gerencial de um empreendimento como um todo. O
acesso à informação no menor tempo possível pode levar as empresas a melhor atender seus
clientes, elevar o padrão de qualidade de seus produtos e avaliar com mais consistência as
condições do mercado. Outro ponto de interesse desta pesquisa foi a Educação à distância
(EAD), que tem se tornado cada vez mais presente na vida das pessoas. Muito embora a EAD,
como metodologia educacional, não seja novidade, sua adoção conjugada com a utilização de
ferramentas disponíveis na Internet vem se constituindo no grande esforço de muitos
educadores nos últimos anos. Assim, são os programas de EAD que tendem a ser
desenvolvidos com base nas novas tecnologias comunicacionais, sendo certo que os avanços
na área da telemática tornam possível o enriquecimento das atividades de educação à
distância. Assim, o presente estudo tem como tema central a Implantação de um Sistema de
Gestão Integrada à distância em uma Instituição de Ensino conhecida nacionalmente,
Colégios Marista, buscando-se obter informações sobre como essa instituição realiza a
replicação de seus processos de implantação de sistemas ERP em 17 filiais em diversos
estados do Brasil e quais são os benefícios advindos dessa implantação nos processos da
instituição.
No decorrer da pesquisa foi realizado um estudo de sistema ERP e de outros
sistemas de informação, além de estudos organizacionais à distância. São apresentados os
questionários aplicados aos diversos usuários, uma entrevista com o gestor principal do
projeto e o estudo da implantação do ERP na empresa selecionada, tornando-se possível
aliar a descrição narrativa com uma análise rigorosa.
Palavras-chave: Sistemas Integrados, ERP, Educação à distância.
9
ABSTRACT
The integrated information systems have been highlighted in recent years as an important
resource for development and integrated management of organizational operations. An ERP
system purports to support all information needs for management decision making in an
enterprise as a whole. Access to information in the shortest possible time can lead firms to
better serve their customers, raising the standard of their products with more consistency and
assess market conditions. Another point of interest of this research was to Distance Learning
(ODL), which have become increasingly present in people's lives. Although the EAD as
educational methodology, it is not new, its adoption in conjunction with the use of tools
available on the Internet is becoming the great efforts of many educators in recent years. So
are the distance learning offerings that tend to be developed based on new communication
technologies, given that advances in telematics make possible the enrichment activities of
distance education. Thus, the present study is focused on the Implementation of an Integrated
Management System in a distance education institution known nationally, Marist College,
where he will seek information about this institution carries out replication of their
deployment processes ERP systems in 17 branches in various states of Brazil and what are the
benefits from this deployment in the processes of the institution.
Keywords: Integrated Systems, ERP, Distance education.
10
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................... 12
1.1 Problema de Pesquisa ......................................................................................................... 13
1.2 Objetivos ............................................................................................................................. 14
1.3 Justificativa ......................................................................................................................... 14
1.4 Estrutura do Trabalho ......................................................................................................... 15
CAPÍTULO 2 - REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................... 17
2.1 Sistemas de Informação - Evolução ................................................................................... 18
2.2 Sistema ERP: Definição e Evolução .................................................................................. 20
2.2.1 Conceito ........................................................................................................................... 20
2.2.2 Características de um ERP .............................................................................................. 25
2.2.3 Arquitetura de Sistema ERP ............................................................................................ 27
2.2.4 Ciclo de Vida do Sistema ................................................................................................. 30
2.2.4.1 Pré-implantação ............................................................................................................ 33
2.2.4.2 Implantação .................................................................................................................. 35
2.2.4.3 Pós-implantação ........................................................................................................... 39
2.3 Educação à distância no Mundo Empresarial ..................................................................... 41
2.3.1 Conceito ........................................................................................................................... 41
2.3.2 Contexto .......................................................................................................................... 42
2.3.3 Tendências ....................................................................................................................... 43
2.3.4 Educação à distância e Ensino Corporativo .................................................................... 44
2.3.5 Implantação e Avaliação de um Modelo de Ensino Corporativo .................................... 47
2.3.6 Implantação de Sistema de Gestão Integrada à distância ................................................ 48
CAPÍTULO 3 - METODOLOGIA ....................................................................................... 53
3.1 O Método de Estudo de Caso ............................................................................................. 53
3.2 Universo da Pesquisa .......................................................................................................... 54
3.3 Delineamento da Metodologia............................................................................................ 55
3.4 Escolha do Caso ................................................................................................................. 55
3.5 Coleta, Análise e Interpretação dos Dados ......................................................................... 56
11
CAPÍTULO 4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................. 58
4.1 Roteiro de Entrevista .......................................................................................................... 58
4.2 Questionários ...................................................................................................................... 62
CAPÍTULO 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 76
5.1 Reflexões sobre o problema proposto pela pesquisa ......................................................... 76
5.2 Reflexões sobre o objetivo da pesquisa .............................................................................. 77
5.3 Recomendações ................................................................................................................. 78
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 79
ANEXOS ................................................................................................................................. 85
12
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
Com o avanço da Tecnologia da Informação, surgiram, nos anos 90, os sistemas
ERP (Enterprise Resourse Planning), que são capazes de suportar as atividades dos diversos
processos de negócio das empresas. Sistemas ERP são compostos por uma única base de
dados e por módulos que permitem a integração das informações. De acordo com Stair e
Reynolds (2002), a flexibilidade e respostas rápidas constituem marcas fundamentais da
competitividade de um negócio. O acesso à informação no menor tempo possível pode levar
as empresas a melhor atender seus clientes, elevar o padrão de qualidade e avaliar as
condições do mercado. O planejamento de recursos de empreendedorismo é um fator-chave
para garantir a rapidez do acesso à informação.
Segundo Souza (2000), os sistemas ERP surgiram a partir da necessidade de um
rápido desenvolvimento de sistemas integrados, aliada à pressão sofrida pelas empresas para a
terceirização das atividades que extrapolam o foco principal de negócios. Além disso, o
amadurecimento das opções disponíveis no mercado, a evolução da tecnologia utilizada por
esses pacotes e algumas histórias de sucesso de empresas no início da década contribuíram
também para a expansão dos sistemas ERP.
Apesar das dificuldades encontradas para a implantação dos sistemas ERP, devido
à sua complexidade, o que causa, por vezes, insucessos entre as etapas consecutivas dos
processos e também devido à dificuldade de reversão ou cancelamento, os sistemas ERP
expandiram-se mundialmente e obtiveram grande sucesso. Estes sistemas causaram grandes
impactos e disponibilizaram muitos benefícios para as empresas. Assim, é possível afirmar
que os sistemas ERP tornaram-se um dos principais componentes dos sistemas de informação
de empresas de grande e médio porte, no mundo e no Brasil.
A evolução dos meios tecnológicos, sobretudo da internet, fez com que
modificações sem precedentes fossem viabilizadas nas mais diversas áreas, dentre elas o ERP.
Diversas empresas estão adotando o método de capacitar seus profissionais utilizando o
ensino à distância para viabilizar os seus processos, entre eles a implantação de um sistema
ERP, que é algo complexo e precisa, portanto, ser bem planejado para que tudo funcione
corretamente.
À medida que as tecnologias de comunicação virtual evoluem, o conceito de
presencialidade se modifica, pois estamos em uma fase em que muitas organizações estão
transpondo para o método virtual atividades que eram executadas presencialmente, o que
13
favorece o incremento da educação à distância. Assim, é perceptível que começamos a passar
dos modelos predominantemente individuais para os grupais na educação à distância. Das
mídias unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio, caminhamos para mídias mais
interativas e mesmo os meios de comunicação tradicionais buscam novas formas de interação.
Da comunicação off-line estamos evoluindo para um mix de comunicação em tempo real.
Tendo em vista este cenário, o presente estudo tem como tema central a
Implantação de um Sistema de Gestão Integrada à distância em uma Instituição de Ensino
conhecida nacionalmente, os Colégios Marista, buscando-se obter informações sobre como a
instituição realiza a replicação de seus processos de implantação de sistemas ERP em 17
filiais em diversos estados do Brasil e quais são os benefícios advindos dessa implantação.
1.1 Problema de Pesquisa
A implantação de sistemas ERP é de alta complexidade, apresenta custo alto,
envolve grandes riscos e exige um bom planejamento. Devido às dificuldades relacionadas à
implantação de um ERP, a pesquisa a distância viabiliza os custos e acelera a implantação.
Assim, o objetivo desta pesquisa foi responder a seguinte questão: que benefícios podem ser
obtidos pelas empresas a partir da implantação de um sistema ERP à distância?
As implantações de sistemas de gestão integradas à distância, nos dias atuais, são
pouco exploradas. Neste cenário, a intenção deste estudo é verificar os benefícios da
implantação do sistema ERP em termo de eficiência nos processos da implantação, além de
avaliar como os custos de um projeto podem ser viabilizados.
Experiências de implantação atestam que os sistemas ERP otimizam o fluxo de
informações e facilitam o acesso a dados operacionais. As informações originadas dos
sistemas ERP são consistentes e possibilitam a tomada de decisões com base nos dados que
refletem a realidade da empresa. Entretanto, embora os sistemas ERP tragam muitos
benefícios, é fundamental a análise da realidade das empresas para ajustá-los aos casos
específicos.
1.2 Objetivos
14
Esta pesquisa busca fornecer contribuições ao estudo da viabilidade de um
Sistema de Gestão Integrada, ERP, implantado à distância e verificar a viabilidade da
replicação do sistema para outras instituições de ensino ou empresas. Para alcançar esse
objetivo, foi feita uma análise da implantação desse sistema nos Colégios Marista.
O Trabalho de análise concentra-se na motivação para a realização do projeto, em
fatores que podem influenciar o sucesso do empreendimento e na forma de adoção da
tecnologia envolvida. Assim, definiram-se os seguintes objetivos específicos:
• Avaliar os benefícios da implantação de um sistema ERP à distância;
• Desenvolver uma avaliação qualitativa da viabilidade deste tipo de implantação;
• Fornecer subsídios e referências que contribuam para melhorar o processo de
implantação de projetos de ERP.
1.3 Justificativa
Após leitura e posterior elaboração de projeto de pesquisa, percebeu-se a ausência
de literatura específica sobre ERP implantado à distância. Diante desta lacuna, decidiu-se que
seria conveniente levar a cabo um estudo aprofundado sobre o assunto proposto.
No âmbito acadêmico, este estudo poderá ser útil, embora muitas pesquisas, por
exemplo, a de Monteiro (2004), já tenham sido realizadas sobre sistemas ERP e metodologias
propostas para implantação dos mesmos. Porém, implantações à distância são pouco
exploradas e não são estudadas com ênfase. Além disso, o estudo acadêmico tem muito a
oferecer em situações de implantação por se basear em modelos teóricos que permitem maior
objetividade na coleta e apresentação de dados e informações com maior clareza em sua
análise.
Esta pesquisa pretende tornar-se uma contribuição para empresas que pretendem
implantar sistemas ERP com um menor custo e tempo. Os itens pesquisados contribuirão para
facilitar o desenvolvimento de um bom planejamento para implantação de um ERP à distância
que utilize uma metodologia adequada.
Para que as empresas implantem o ERP à distância são necessários, além do
comprometimento de todos os participantes, recursos que envolvem tempo e dinheiro.
15
Constatou-se, por meio de algumas pesquisas realizadas, como a de Colangelo
Filho (2001), que a adoção de um sistema ERP acarreta um processo de mudança cultural nas
empresas. Devido às dificuldades encontradas na implantação do sistema, vários problemas
ocorrem, tais como: o aumento do custo da informatização, a mudança das visões
departamentais para visões de processos, por meio dos módulos disponibilizados pelo
sistema, a necessidade de recrutar novos profissionais, a adaptação de um novo sistema
operacional, a resistência dos funcionários, a falta de suporte técnico satisfatório às
necessidades das organizações e o próprio sistema em fase de inúmeras implementações.
Entre todos os problemas citados, sem margem de dúvidas, surge ainda um aumento nos
custos na aquisição do sistema, nem sempre esperado.
Assim, um estudo profundo e minucioso de viabilidade pode identificar fatores
que contribuam para minimizar os problemas citados acima.
Em síntese, trata-se de trabalho voltado ao estudo da implantação de ERP à
distância, tema importante, portanto, para o desenvolvimento de diversos segmentos
organizacionais.
1.4 Estrutura do Trabalho
Para discutir adequadamente o tema em questão e suas implicações, esta
dissertação está organizada da seguinte forma:
Este capítulo um apresenta o tema do estudo e a estrutura desenvolvida:
apresenta-se o problema de pesquisa, delineiam-se os objetivos e apresenta-se a justificativa
para o trabalho.
No capítulo dois é apresentada a revisão da literatura do tema desenvolvido neste
trabalho, abordando-se os assuntos principais do tema proposto: Sistemas de Informação e
Evolução, Sistemas ERP: Definição e Evolução e Educação à distância no Mundo
Empresarial.
O capítulo três apresenta a metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho,
o Método de Estudo de Caso e o Delineamento da Metodologia.
No capítulo quatro são apresentados os resultados, que são discutidos à luz do
referencial teórico. A seguir, são apresentadas as considerações finais, as reflexões sobre o
problema proposto, sobre os objetivos da pesquisa e as recomendações para investigações
16
futuras.
17
CAPÍTULO 2 - REFERENCIAL TEÓRICO
Todo trabalho investigativo precisa apoiar-se em bases teóricas que fundamentem
o tema da pesquisa construindo-se, assim, um referencial teórico. Neste capítulo, serão
apresentadas e analisadas algumas discussões teóricas sobre o tema aqui proposto, buscando-
se relacioná-las ao objeto da investigação descrito na introdução desta dissertação. Para tanto,
este capítulo busca, inicialmente, delinear o pano de fundo do cenário dos ambientes de
negócios da economia global, enfatizando-se a evolução e o papel das tecnologias da
informação nesse processo. A seguir, são discutidos alguns conceitos centrais deste trabalho,
como ERP e EAD.
A crescente competitividade do ambiente de negócios está desafiando os gestores
de hoje. Exige-se mudança na maneira da gestão das empresas devido ao fortalecimento da
economia global, da transformação da sociedade industrial em uma sociedade baseada na
informação e no conhecimento e das transformações dos negócios, que tornam a informação
uma ferramenta fundamental não só para o crescimento, mas também para a sobrevivência
das organizações.
A informação é o cerne de todo esse processo e é fundamental saber usá-la de
forma estratégica, pois o sucesso empresarial passa a depender, fundamentalmente, da
capacidade da organização de administrar sua base informacional e aproveitar as
oportunidades de diferenciação que as novas tecnologias oferecem. Segundo Tonsig (2003),
atualmente a informação se constitui em um dos principais patrimônios de uma empresa.
Pode-se afirmar que o sucesso das organizações, qualquer que seja o seu porte ou ramo de
atividade, depende, cada vez mais, de informações. Elas são essenciais para as atividades de
qualquer nível hierárquico empresarial, sendo a base para todos os processos de negócio.
A revolução das tecnologias da informação e comunicação surgiu em meados do
século XX e foi denominada a Era da Informação. Essa revolução causou mudanças
importantes na sociedade, desde a invenção do telégrafo elétrico em 1837, passando pelos
meios de comunicação de massa e, até mais recentemente, ao surgimento da grande rede de
comunicação de dados que é a Internet. O ser humano, por sua vez, tem de conviver e lidar
com um crescimento exponencial do volume de dados disponíveis. Segundo Tenório (2007),
o século XX marca o início da era do conhecimento e da informação, caracterizada por um
período de grandes transformações tecnológicas, sociais e econômicas, que impõem novos
padrões de gestão às organizações. Trata-se de um processo de reestruturação produtiva,
18
apoiado pelo desenvolvimento científico e tecnológico e pela globalização de mercados.
Dentro da "sociedade moderna", a dimensão econômica constitui um aspecto crucial e,
certamente, o mais aparente da globalização.
2.1 Sistemas de Informação – Evolução
Antes da propagação dos computadores, os sistemas de informação eram todos
elaborados e controlados em formulários e organizados manualmente. Era preciso que estes
papéis fossem arquivados, registrados, catalogados e recuperados, quando preciso.
Infelizmente, com este processo manual não era possível confrontar os dados e analisá-los
devidamente, justamente porque a atualização de todos estes documentos não era uma tarefa
fácil e prática e sempre envolvia muitas pessoas, aumentando assim a possibilidade de erros.
Entre 1940 a 1952, os computadores eram constituídos de válvulas eletrônicas,
uma técnica lenta e pouco durável. Nessa época os computadores só tinham utilidade
científica para acelerar a elaboração de cálculos. Para manter um computador funcionando,
exigia-se muita manutenção; além disso, eles ocupavam grandes espaços, a inserção de dados
não era nada fácil e as análises eram lentas.
O início da comercialização dos computadores para grandes empresas deu-se no
período de 1952 a 1964 devido à melhoria das máquinas, que se tornaram menores e com
menos fios e cabos, com a utilização de transistores, além de executarem mais cálculos do que
a geração anterior. Nesta época, os dados eram armazenados em fitas e tambores magnéticos.
Deu-se início à fabricação dos microprocessadores e a linguagem de programação dominante
era ASSEMBLY.
De 1964 a 1971 criou-se uma nova técnica de circuitos integrados, os
microcircuitos, que possibilitam a realização de processos simultâneos, além de
proporcionarem novas evoluções para as técnicas de integração e a utilização de uma
linguagem de programação orientada. Os microprocessadores surgiram na geração de 1971 a
1981. Nesta mesma época surgiram também as linguagens de alto nível e a transmissão de
dados entre computadores através de rede. É importante ressaltar que a rede foi criada para
fins militares e posteriormente passou a ser usada para pesquisa em universidades.
Seguindo a linha evolutiva, a década de 80 marcou o início das redes de
computadores ligadas a servidores mais baratos e fáceis de usar que os mainframes, o que
19
revolucionou as atividades de gerenciamento de Produção e Logística. Com essa nova
geração, surgiram os processadores de altíssima velocidade, programas com alto grau de
interatividade com o usuário, entre outras inovações. Diversos fatores contribuíram para que a
Informática se propagasse, ou seja, deixasse de ser privilégio apenas das grandes corporações
e permitisse que as organizações de pequeno ou médio porte incorporassem vantagens
competitivas antes inacessíveis.
Com a entrada do novo século, ficou muito mais evidente a necessidade de
fundamentação dos princípios de gestão da informação. Tais princípios permitem a
apresentação de idéias inovadoras a estudantes, profissionais e principalmente para as
empresas, no que diz respeito à lucratividade no curto prazo e à prospecção de sobrevivência
dentro do ambiente competitivo.
Hoje os sistemas de informação são programas que funcionam por meio de
computadores. Os sistemas são integrados, podendo-se manter contato com quase todas as
partes do mundo em questão de segundos. Podem ser citadas como exemplo as integrações
entre os bancos. A globalização obrigou todas as empresas a se adaptarem a novos métodos
de controle, usando programas de computadores para todo tipo de operação, totalmente
dependente das máquinas. Nota-se que, ao longo do tempo, conforme O‟Brien (2004), houve
uma considerável expansão das funções dos sistemas de informação computadorizados,
causando impacto nos usuários finais e na gestão das organizações. Na TAB. 1, são
apresentadas as principais funções desses sistemas, no que se refere aos três marcos
fundamentais de sua evolução, como suporte operacional e transformacional de dados,
informação e conhecimento.
20
TABELA 1
Evolução dos Sistemas de Informação.
Período / Uso Funções dos Sistemas de Informação
De 1950 a 1960 (‘50-’60): Processamento de
dados
Sistemas de processamento eletrônico de dados: processamento
de transações, manutenção de registros e aplicações contábeis
tradicionais.
De 1960 a 1970 (’60-’70): Relatórios
administrativos
Sistemas de informação gerencial: relatórios administrativos de
informações pré-estipuladas para apoiar a tomada de decisão.
De 1970 a 1980 (’70-’80): Apoio à decisão Sistemas de Apoio à Decisão (SAD): apoio interativo e ad hoc
ao processo de tomada de decisão gerencial.
De 1980 a 1990 (’80-’90): Apoio estratégico e
ao usuário final
Sistemas de computação do usuário final: apoio direto à
computação para produtividade do usuário final e colaboração
de grupos de trabalho.
Sistemas de suporte a executivos: informações críticas para a
alta gerência.
Sistemas especialistas: conselho especializado baseado em
conhecimento para os usuários finais.
Sistemas de informação estratégica.
Produtos e serviços estratégicos para obtenção de vantagem
competitiva.
A partir de 1990 (’90-): Empresa e conexão
em rede global
Sistemas de informação interconectados: sistemas direcionados
ao usuário final, à empresa e à computação, às comunicações e
à colaboração interorganizacionais, incluindo operações e
administração globais nas Internet, intranets, extranets e outras
redes empresariais e mundiais.
Fonte: autora, baseado em O‟Brien (2004)
Para Oliveira (2003), os Sistemas de Informação que utilizam as tecnologias
modernas são totalmente globais, estimuladores da inovação e abertos. Essas características
abrem um leque imenso de possibilidades e de desafios. Essas características aumentam a
eficiência de todas as atividades humanas. A redução do custo permite, nos países e setores
afluentes da sociedade, ganhos de produtividade.
2.2 Sistema ERP: Definição e Evolução
2.2.1 Conceito
O Conceito de sistemas invadiu os campos da ciência e representa um papel
importante em ampla série de áreas. Um sistema é algo com partes inter-relacionadas, ou seja,
21
cada uma delas afeta e é afetada pelas demais. Ele pode ser analiticamente quebrado para
propósitos de estudo científico, mas sua essência só pode ser identificada se for confrontado
como um todo. Para compreendê-lo, deve-se transcender a visão das partes individuais para
encontrar o sistema inteiro em seu nível de complexidade. (HATCH, 1997).
Considerando que os sistemas ERP englobam o conceito de planejamento, vale
notar que este conceito deriva diretamente do conceito de inércia intrínseca dos processos
decisórios. Esta inércia é entendida como o tempo que necessariamente tem de decorrer desde
que se toma determinada decisão até que a decisão tome efeito.
Diferentes decisões demandam diferentes tempos para tomar efeito, dados por suas
diferentes inércias. Portanto, é necessário que se tenha algum tipo de “visão” a
respeito do futuro para que hoje se possam tomar as decisões adequadas que
produzam os efeitos desejados no futuro. Em geral, a “visão” do futuro obtém-se
com base em algum tipo de “previsão”. Planejar é entender como a consideração
conjunta da situação presente e da visão de futuro influencia as decisões tomadas no
presente para que se atinjam determinados objetivos no futuro. (CÔRREA;
GIANESI; CAON, 2001, p. 36-37).
Assim, é cabível debruçar-se sobre os sistemas que ora têm norteado as
organizações no seu planejamento. Os sistemas integrados de informação têm se destacado
nos últimos anos como um importante recurso à realização e gerenciamento integrado das
operações organizacionais. Um sistema dito ERP tem a pretensão de suportar todas as
necessidades de informação para a tomada de decisão gerencial de um empreendimento como
um todo. Em uma tradução livre, Enterprise Resource Planning poderia significar
“Planejamento de Recursos da Corporação”. Esse termo tem sido cunhado como o estágio
mais avançado dos sistemas tradicionalmente chamados MRP II (Material Requirement
Planning).
O uso dos sistemas ERP cresceu a partir de 1990 nos mercados americanos e
europeus e desde 1996 o mercado brasileiro vem presenciando uma demanda crescente no uso
desse recurso. Na década de 1960, o foco dos sistemas de manufatura era o controle de
estoque. Na década de 1970, o fato de os computadores terem se tornado mais poderosos e
com custo de aquisição menor, favoreceu o surgimento do MRP, ou Planejamento de
Necessidades de Materiais, voltados para aplicações em empresas manufatureiras. O sistema
MRP basicamente traduzia o planejamento de produção de vendas da necessidade de
materiais para produzi-los à medida que estes conjuntos, subconjuntos e componentes fossem
necessários no chão de fábrica (SLACK et al, 1996). Nos anos 1980, o sistema e o conceito
22
do planejamento das necessidades de materiais foram expandidos e integrados a outras partes
da empresa e o MRP evolui para o MRP II, uma extensão do antigo sistema. O MRPII era
usado para o planejamento e monitoramento de todos os recursos de uma empresa de
manufatura: Manufatura, Marketing, Finanças e Engenharia.
A diferença principal entre eles é que o MRP orienta as decisões sobre o que,
quanto e quando produzir e comprar, enquanto que o MRPII engloba também as decisões de
como proceder, conforme figura abaixo:
FIGURA 1 - A Abrangência do MRP e MRP II
Fonte: autora, baseado em Corrêa et al (1999. p.67)
No início da década de 90, o conceito do MRP foi estendido às demais áreas das
organizações e assim surgiu o conceito de ERP, um software multi-modular para auxiliar nas
importantes fases de determinado negócio. A denominação MRP II (do inglês Manufacturing
Resource Planning – Planejamento de Recursos de Manufatura) deve-se à evolução do
sistema MRP (Material Requirement Planning – Planejamento das Necessidades de
Materiais), que deixou de atender apenas as necessidades de informação referentes ao cálculo
de necessidade de materiais para atender às necessidades de informação para tomada de
decisão gerencial sobre outros recursos de manufatura.
De acordo com Corrêa, Gianesi e Caon (2001), citado por Baliero (2007, p.42):
(...) dessa forma, os fornecedores gradualmente vão, com objetivo de ampliar o
escopo dos produtos vendidos, agregando mais e mais módulos que suportam mais e
mais funções, integradamente, aos módulos de manufatura, mas com escopo que
passou a transcender em muito o escopo da manufatura. Quando os fornecedores
passam a considerar que suas soluções integradas são suficientemente capazes de
suportar as necessidades de informação para todo o empreendimento, passam a se
autodenominar fornecedores [...] de sistemas ERP
23
Trata-se de um sistema de informação que se revela numa só grande base de
dados corporativa, pois:
(...) a medida e o escopo da adoção das soluções ERP, até certo ponto, são uma
decisão gerencial. Entretanto, a tendência parece claramente indicar que as
estruturas dos ERPs serão usadas pelas empresas como as fundações (a grande base
de dados corporativa para apoio à tomada de decisão, principalmente operacional)
dos sistemas de informação das empresas. (MATHEUS, 2006 p.37).
Sistemas ERP podem ser definidos como um software de gestão integrada, cuja
principal finalidade é auxiliar nas tomadas de decisão. Para isto, é necessário que os processos
de negócios sejam uniformes de forma a se poder compartilhar dados em tempo real. Ao lado
do constante desenvolvimento do hardware e da utilização de robustos bancos de dados
relacionais, Albertão (2001) descreve que a aplicação de linguagens de programação
orientada a objeto viabilizou o aparecimento do ERP, que é a generalização de um conjunto
de processos executados por um software multimodular, que inclui módulos para uma grande
maioria das atividades da empresa.
Conforme Hypólito e Pamplona,
(...) os sistemas de gestão integrada, denominados Enterprise Resource Planning –
ERP - têm atualmente recebido grande atenção de empresas no mercado brasileiro.
[...] e têm como objetivo integrar os processos empresariais. São comercial e
didaticamente divididos em módulos, que quando integrados incorporam tais
processos. (HYPOLITO; PAMPLONA, 2009, p. 02)
Por sua vez, Souza e Zwicker afirmam que:
Segundo Corrêa et al. (1999), os sistemas ERP podem ser entendidos como uma
evolução dos sistemas MRP II, à medida que, além do controle dos recursos
diretamente utilizados na manufatura (materiais, pessoas, equipamentos), também
permitem controlar os demais recursos da empresa utilizados na produção,
comercialização, distribuição e gestão. (SOUZA; ZWICKER, 2000, p. 64-65).
O software de planejamento de recursos do empreendimento, ERP, de acordo com
Stair e Reynolds (2002), é um conjunto de programas integrados, que gerenciam as operações
vitais do negócio de uma empresa, com várias filiais e com uma atuação global. O sistema
deve dar suporte a múltiplas entidades jurídicas, várias linguagens e diversas moedas.
24
Enquanto o escopo de um sistema ERP pode variar de fornecedor para fornecedor, a maioria
dos sistemas ERP fornece um software integrado para dar suporte à manufatura e às finanças
Segundo Norris e outros:
(...) o que o ERP realmente faz é organizar, codificar e padronizar os processos e
dados de negócio de um grupo empresarial. [...] O software do ERP não é
intrinsecamente estratégico; ao contrário, é uma tecnologia de suporte, um conjunto
de módulos integrados de software que formam o núcleo da máquina que realiza o
processamento interno de transações. (NORRIS et al; 2001).
Mendes e Escrivão Filho (2002), referindo-se a uma publicação da Deloitte
Consulting de 1998, afirmam em seu artigo que o sistema ERP é definido como um software
de negócio que permite a automatização e integração da maioria de seus processos de modo a
compartilhar práticas de negócio e dados comuns pela empresa, além de disponibilizar a
informação em tempo real.
Para Rezende (2005, p. 17) ERP “são softwares que integram todas as funções
organizacionais na empresa (privada ou pública), contendo bases de dados únicas,
manipulando e gerando informações operacionais e gerenciais para todas as organizações.”
Antes de surgirem os sistemas ERP, as empresas utilizavam sistemas específicos
para cada setor. A comunicação entre os sistemas não existia ou era mínima, assim
encontrava-se redundância nos dados e as informações não eram consistentes. Portanto, é
difícil sincronizar as informações, quando os sistemas que as armazenam são isolados.
Conforme Colangelo Filho (2001) o problema com sistemas não integrados é a dificuldade de
coordenar as diferentes áreas da organização e o aparecimento de informações redundantes. A
reação a esses problemas foi integrar os sistemas entre si. Daí a necessidade do
desenvolvimento de um ERP, que é adquirido em forma de pacote de software comercial para
atender toda a companhia. Geralmente, dividem-se em módulos e os dados utilizados nos
mesmos são armazenados numa mesma base central de dados para serem disponibilizados
para outros módulos. Dessa forma pode haver a comunicação e a atualização dos dados.
Segundo Stair e Reynolds (2002) a chave para o ERP é o monitoramento em
tempo real das funções do negócio, permitindo a análise, em tempo real, de questões chave
como qualidade, disponibilidade, satisfação do cliente, desempenho e lucratividade.
De acordo com Colangelo Filho (2001, apud OTERO, et al p.4),
25
(...) a integração exige maior capacidade de processamento – equipamentos mais
poderosos – e maior homogeneidade de tecnologias e processos de negócio. A maior
capacidade de processamento é necessária, em função da movimentação de maiores
volumes de informações pelo sistema, em tempo real, e pela consequente
necessidade de validação mais complexa. A homogeneidade dos processos é pré-
requisito da integração, já que não há como integrar ações baseadas em conceitos
conflitantes. (COLANGELO FILHO, 2001, p. 4).
Enfim, a expressão “sistema ERP” refere-se, essencialmente, a pacotes comerciais
comprados. Alguns exemplos de sistemas ERP comercializados no mercado: Oracle
Financials da americana Oracle, o EMS, R/3, da alemã SAP, o Baan IV, da Holandesa Baan,
o OneWorld da americana JD Edwards, o Logix, RM Sistemas, Microsiga e Datasul da
TOTVS.
2.2.2 Características de um ERP
Os sistemas ERP acomodam as diferentes maneiras pelas quais cada companhia
conduz seu negócio, seja pela disponibilização de funções que, muitas vezes, transcendem o
que o negócio realmente precisa, ou seja pela inclusão de ferramentas personalizadas que
viabilizam atingir aquilo que era apenas uma aspiração ou sintonizar o que já está compatível.
O escopo de abrangência dos sistemas ERP supera em muito a abrangência dos
sistemas MRP II; muitas vezes, as empresas optam por não iniciar a implantação dos ERP
pelos módulos de manufatura, mas pelos módulos administrativo-financeiros, por exemplo.
Também fica claro porque muitas empresas que tradicionalmente não consideravam a
necessidade de uma solução MRP II para apoiar seus processos decisórios de logística têm,
com sucesso, optado e implantado sistemas com lógica MRP II/ERP.
De acordo com Corrêa, Gianesi e Caon citados por Marçola e Pereira, isso se
explica pelas
(...) vantagens adicionais que os sistemas ERP vieram a representar e que hoje talvez
seja a principal motivação de grande número de empresas que optam por adotá-lo é
a integração entre as várias áreas e setores funcionais da organização, todas
compartilhando uma base de dados única e não redundante. (MARÇOLA;
PEREIRA, 2006, p. 4).
26
As empresas antigamente implantavam MRP II principalmente pelas suas
características, como um planejamento de produção. Talvez o maior motivo para empresas
optarem por implantar os ERP seja a integração. O sistema financeiro e de planejamento
recebem informações automaticamente. Se algum fato ocorrer na linha de fabricação que afete
a situação do negócio – por exemplo, o estoque de embalagens cair para um determinado
nível, a ponto de interferir na entrega de um pedido – o sistema dispara uma mensagem para a
pessoa adequada no setor de compras. Além da manufatura e do financeiro, os sistemas ERP
também podem atender aos setores como recursos humanos, vendas e distribuição. Esse tipo
de integração está rompendo com os tradicionais limites corporativos.
Segundo Stair e Reynolds, citado por Américo:
O R/3 da SAP América é, indiscutivelmente, o líder da primeira abordagem. O R/3,
cuja capacidade em entidades de dados é, aproximadamente, cinco vezes maior do
que a de seus concorrentes, representa um sistema ERP mais amplo e mais rico em
recursos do mercado. Dessa forma, em vez de competir em tamanho, a maioria dos
concorrentes concentram-se na personalização. Os sistemas ERP têm recursos para
configuração e reconfiguração de todos os aspectos do ambiente de SI, a fim de
suportar o modo como a companhia conduz seu negócio. ( AMÉRICO 2006, p.31).
Sistemas ERP possuem características fundamentais que se distinguem dos
demais sistemas, como:
• Disponibilidade de pacotes comerciais de software (módulos que suportam
diversas atividades das empresas);
• Integração do sistema;
• Trabalho interligado de todos os setores (o que possibilita às empresas serem on-
line);
• Portes variados e presentes em todo o mundo;
• Abrangência funcional (por possuírem ampla função para as empresas);
• Requerimento de procedimentos de ajuste;
• Desenvolvimento a partir de modelos de processos de negócio;
• Atuação nos mais variados ramos de negócio (por estar em diversos tipos de
empresas).
Quanto a sistemas integrados, De Sordi (2003),, citado por Monteiro preconiza
que: “sistemas ERP utilizam sistemas gerenciadores de base de dados para armazenar e
gerenciar seus dados; isto evita a redundância e assegura ponto único e central para
manipulação dos dados” (DE SORDI apud MONTEIRO, 2004, 4).
27
Para Stair e Reynolds (2002) os sistemas ERP não são somente para empresas de
grande porte, pois, de acordo com Monteiro (2004), o ERP trabalha com inúmeras
informações, permitindo a grandes empresas aplicá-los em suas diversas subsidiárias.
2.2.3 Arquitetura de Sistema ERP
A maioria dos sistemas ERP utiliza dois modelos de arquitetura de sistemas:
cliente-servidor e os sistemas abertos. O modelo cliente-servidor descreve uma forma de
relacionamento entre dois programas de computador, no qual um deles recebe o nome de
cliente, que solicita serviços a outro que recebe o nome de servidor. Os programas cliente e
servidor podem ou não ser parte de uma mesma aplicação. O modelo de sistemas abertos
permite interligar dispositivos de diferentes fabricantes em um sistema.
De acordo com Rezende (2005, p.25), as atividades aglutinadas ou funções
presentes em todas as organizações conferirão o fundamento “para o desenvolvimento do
planejamento de informações, dos sistemas de informação organizacional e dos projetos de
tecnologia da informação e de software”. Por isto, referidas “organizações devem ser sistemas
abertos, com integridade, planejamento, normas, procedimentos”, dentre outros, “tudo de
forma estruturada e organizada”, devendo “possibilitar uma dinâmica de funcionamento
sistêmico e integrativo”, dadas as relações de interdependência entre os subsistemas.
A arquitetura dos sistemas abertos propicia
(...) muitos facilitadores na condução cotidiana, na manutenção e crescimento da
organização, favorecendo e destacando: a gestão e administração participativa;
mudanças e adaptações internas; [...] perenidade e melhoria dos negócios; lucro,
competitividade e inteligência organizacional. (REZENDE, 2005, p.25)
Rezende (2005) explicita que são as relações de interdependência entre os
subsistemas – necessárias para o funcionamento efetivo das funções organizacionais e
respectivos Sistemas de Informação – que implicam principalmente a troca de informações
entre eles. O modelo cliente-servidor separa as tarefas de processamento entre clientes e
servidores em uma rede e cada máquina executa as funções que melhor desempenha
(LAUDON; LAUDON, 1999).
28
Os sistemas ERP são desenvolvidos atualmente utilizando-se uma arquitetura de
cliente servidor, que conforme Albertão (2001) é uma rede de computadores com funções
específicas e que um deles faz o papel de servidor de arquivos e os outros são os clientes.
Segundo Souza,
A arquitetura cliente-servidor é dividida em três tipos de processamento: duas
camadas (two-tier), três camadas (three-tier) e n camadas (n-tier). Cada um destes
tipos representa a quantidade de computadores (servidores e cliente) envolvidos no
processamento. No caso dos ERP, por exemplo, as aplicações podem ser divididas
em três partes principais: a apresentação dos dados, os programas que processam as
transações e o banco de dados. Estes três componentes podem estar localizados
todos no mesmo computador (arquitetura mainframe tradicional), divididas em dois
computadores na arquitetura cliente-servidor em duas camadas, com o computador
servidor realizando o processamento do banco de dados e dos programas e o
computador cliente realizando o processamento da apresentação, e finalmente, em
uma arquitetura cliente-servidor de três camadas, o banco de dados pode ser
processado em um servidor, chamado de servidor de bando de dados e os programas
processados em um segundo servidor, chamado de servidor de aplicações e o cliente
realizando a apresentação dos dados. A maioria dos ERP disponíveis hoje permite a
utilização da arquitetura de três camadas, que tem a vantagem da escalabilidade, isto
é, facilidade de aumentar o poder de processamento em passos incrementais,
adicionando mais servidores, à medida que a necessidade de velocidade de
processamento cresce. (SOUZA, 2000, p. 20).
A FIG. 2, abaixo, ilustra o modelo de três camadas:
FIGURA 2 - O Modelo de Desenvolvimento em Três Camadas
Fonte: autora, baseado em Battisti (2003)
Portanto, todo o acesso do cliente às informações do servidor de banco de dados é
feito de acordo com as regras contidas no Servidor Aplicações. Assim o cliente não possui
acesso àquelas informações, sem antes passar pelo Servidor de Aplicações.
29
Ainda segundo Souza (2000),
(...) a maioria dos ERP disponíveis hoje permite a utilização da arquitetura de três
camadas, que tem a vantagem da escalabilidade, isto é, facilidade de aumentar o
poder de processamento em passos incrementais, adicionando, mais servidores, à
medida que a necessidade de velocidade de processamento cresce. (SOUZA, 2000,
p. 21)
De acordo com Favaretto, Cunha e Ormerod,
(...) os sistemas ERP, entre outros, trabalham com dados que são armazenados na
forma como foram coletados, no maior grau de detalhe possível. A tecnologia mais
largamente empregada para este armazenamento é chamada de bancos de dados
relacionais, onde é feita uma modelagem das relações entre conjuntos de dados
(chamados de entidades). Essa tecnologia é empregada na maior parte das empresas,
e também utilizada pela maior parte dos aplicativos disponíveis no mercado.
(FAVARETTO; CUNHA; ORMEROD, 2003, p.2).
O ERP automatiza as tarefas envolvendo o desenvolvimento de um processo, tal
qual a finalização de um pedido, o qual envolve pegar o pedido de um cliente, enviá-lo e fazer
a cobrança. Com o ERP, quando um representante recebe o pedido de um cliente, ele ou ela
tem todas as informações necessárias para completá-lo. Quando um departamento termina a
sua parte em um pedido, este é enviado automaticamente para o próximo departamento via
ERP. Para saber em que ponto está um pedido em um determinado momento, é só checar no
ERP. Com sorte, o processo se move como um raio dentro da organização e os clientes
recebem seus pedidos mais rapidamente que antes. O ERP consegue aplicar essa mesma
mágica à maioria dos processos empresariais, tal qual manter os funcionários informados
sobre seus benefícios ou sobre decisões financeiras em geral.
Os sistemas ERP possuem uma base de dados única e são compostos por módulos
que suportam diversas atividades das empresas. Na FIG. 3, pode-se ver a estrutura típica do
funcionamento de um sistema ERP. Os dados utilizados por um módulo são armazenados na
base de dados central para serem utilizados por outros módulos. Os módulos citados na figura
estão presentes na maioria dos ERP.
30
FIGURA 3 - Estrutura Típica de Funcionamento de Sistema ERP
Fonte: MB Sistemas, 2008.
2.2.4 Ciclo de Vida do Sistema
O desenvolvimento real de uma solução de sistema de informação pode seguir
muitos rumos. A solução pode exigir um grande mainframe central interligando 20.000
pessoas ou um computador pessoal tipo laptop, programação e testes elaborados ou um
simples pacote de edição de textos e imagens. Dependendo do tamanho, escopo,
complexidade e características da empresa, tipos diferentes de sistemas exigem diferentes
abordagens para serem desenvolvidos.
O “ciclo de vida” subdivide o desenvolvimento de um sistema em um conjunto
formal de estágios, de modo semelhante ao ciclo de vida de um ser humano – com um início,
um meio e um fim. O ciclo de vida de sistemas tem seis estágios, conforme ilustrado na FIG.
4. Cada estágio tem atividades vinculadas que devem ser completadas antes que o estágio
seguinte comece. Assim, o sistema deve ser desenvolvido sequencialmente, estágio após
estágio.
Alguns acordos entre o pessoal técnico e os especialistas empresariais são
necessários para marcar a conclusão de cada etapa.
31
FIGURA 4 - Estágios do Ciclo de Vida de Sistemas
Fonte: autora, baseado em Laudon e Laudon (1999)
Outra característica da metodologia do ciclo de vida é sua nítida e formal divisão
do trabalho entre os especialistas empresariais e os especialistas técnicos. A maior parte do
projeto de solução é entregue a técnicos como analistas de sistemas e programadores. Os
analistas de sistemas são responsáveis pela análise de problemas dos sistemas existentes e
pelas especificações de projetos de soluções. Os programadores são responsáveis pela
codificação e testes dos componentes de software dos sistemas. Tanto os analistas quanto os
programadores utilizam informações e feedback proporcionados pelos especialistas
empresariais para orientar seu trabalho, mas os especialistas empresariais desempenham um
papel relativamente passivo. Vê-se, pois, que o ciclo de vida de um sistema pode ser um
processo muito formal, em que os usuários finais têm uma participação igualmente passiva.
O primeiro estágio – definição do projeto – analisa se um problema existe de fato
e se ele necessita de análises e pesquisas mais aprofundadas. Se isso ocorrer, será iniciado um
projeto formal para construir um novo sistema de informação ou para modificar um sistema já
existente. Quanto ao estágio de estudo do problema, as atividades focalizam a descrição e a
análise dos problemas de sistemas já existentes, especificando objetivos de soluções,
descrevendo soluções possíveis e avaliando diversas alternativas de solução. Também são
examinadas as restrições das soluções e a viabilidade de cada alternativa. É importante
ressaltar que uma solução de sistema deve identificar quem precisa de qual informação, onde,
quando e como e, por isso, tal solução não funcionará se não for erguida em torno do conjunto
de requisitos correto.
Depois que os requisitos tiverem sido obtidos, o estágio de projeto pode
prosseguir. A esta altura, são geradas as especificações lógicas do projeto, enfatizando-se o
detalhamento das especificações e da documentação escrita. Durante o estágio de
programação, os especialistas redigem os programas sob medida, utilizando a linguagem
32
adequada, traduzindo-se, assim, as especificações detalhadas em software para o sistema de
informação proposto.
No que tange ao estágio de instalação, há o teste do software e o sistema antigo é
convertido para o novo. Após o treinamento dos especialistas na utilização do novo sistema,
prossegue-se para a pós-implementação. Neste estágio final, o sistema de registro (em
produção) é avaliado para determinar se os objetivos especificados previamente foram
satisfeitos (auditoria pós-implementação).
Por oportuno, Laudon e Laudon assim concluem:
Os resultados da auditoria podem exigir modificações em hardware, software,
procedimentos ou documentação para a sintonia fina do sistema. Essas modificações
nos sistemas depois que eles entram em produção são chamadas de manutenção.
Quando a manutenção torna-se excessiva, normalmente se considera que o sistema
chegou ao final de sua vida útil. O processo de solução de problemas dá partida em
um sistema completamente novo. (LAUDON; LAUDON, 1999, p. 245)
O ciclo de vida é usado para representar as etapas pelas quais passa um projeto
para o seu desenvolvimento e utilização de sistemas de informação. Estas etapas serão
cumpridas desde a concepção do problema até sua efetiva implantação em um sistema
computacional. As etapas do desenvolvimento de sistemas tradicionais variam conforme a
necessidade de cada empresa. No entanto, a maioria aborda seis fases em comum: avaliação,
análise, projeto, implementação, manutenção e revisão.
Os modelos de ciclos de vida existentes possuem diferentes graus de
complexidade e sofisticação. Para projetos que envolvem equipes de desenvolvimento com
poucas pessoas, o mais adequado será utilizar um processo simples. No entanto, para sistemas
maiores, mais complexos e que possuem uma equipe com dezenas de pessoas, o ideal seria
utilizar-se de processos mais formais e disciplinados.
Um dos modelos de ciclo de vida é o tradicional. Segundo Laudon e Laudon
(1999), este modelo representa a mais antiga metodologia para a construção de um sistema de
informação. Consiste de estágios que devem ser completados de maneira sequencial. Há
modelos que utiliza a prototipagem que, segundo Laudon e Laudon (1999), é a construção de
um sistema experimental ou somente uma parte de um sistema para avaliação dos usuários
finais. Por mais simples ou complexo que possa parecer, um modelo de ciclo de vida de
sistema é, de fato, uma versão simplificada da realidade. Desta forma, qualquer empresa que
deseje utilizar-se de um modelo certamente adicionará detalhes específicos para cada
circunstância. Para Souza e Zwicker (2000, p. 49) o ciclo de vida de sistemas ERP “representa
33
as diversas etapas pelas quais passa um projeto de desenvolvimento e utilização de sistemas
de informação”. O ciclo de vida dos sistemas dá a noção de que os sistemas passam por
diversas etapas e que, ao final de todo o ciclo, deve ser substituído por outros sistemas.
Quanto aos sistemas de gestão empresarial, o ciclo de vida de sistemas ERP
diferencia-se dos modelos de ciclos de vida tradicionais por ser um sistema comercial
desenvolvido genericamente, para atender diversas empresas. Segundo Colangelo Filho
(2001) tipicamente, a área de TI (Tecnologia de Informação) considera que o projeto começa
quando é tomada a decisão de implantação e termina assim que o sistema é executado. Em
relação a Sistemas de Gestão Empresarial, as perspectivas costumam ser diferentes. O projeto
inicia-se logo que a ideia de implantação de um sistema ERP vai dar início a um processo de
transformação continuada, sem perspectivas de conclusão. Para Souza e Zwicker (2000, p. 49)
“os sistemas ERP apresentam diferenças em seu ciclo de vida em relação aos pacotes
comerciais tradicionais, principalmente no que se refere à abrangência funcional e à
integração entre seus diversos módulos.” Ao definir um modelo de ciclo de vida para sistemas
ERP, no qual está implícita a noção de que o projeto não acaba quando o ERP entra em
produção, configura-se, noutro viés, a visão de Colangelo Filho (2001).
O modelo de ciclo de vida, que leva as empresas a auferirem os benefícios com a
utilização de um sistema ERP, compreende três etapas, que serão descritas nos tópicos a
seguir.
2.2.4.1 Pré-implantação
Em poucas palavras, nesta fase define-se o sistema a ser implantado e seleciona-se
o software, o hardware e os parceiros de implantação. A pré-implantação de um sistema ERP
é complexa e produz grande impacto na empresa, na organização e seus processos de negócio.
Compromete o orçamento da empresa pelo fato de apresentar um custo elevado. De acordo
com Bergamaschi e Reinhard (2003) os valores são diferenciados, havendo destaque para
projetos menores, até R$500 mil, e para projetos com valores superiores a R$10 milhões,
além dos custos com hardware, software e serviços.
Segundo Tonini (2003):
34
(...) a grande dificuldade é como escolher a alternativa que seja mais aderente e que
consiga agregar mais valor aos negócios em termos de maior eficiência em seus
processos, diante de tantas opções disponíveis no mercado que apresentam as
mesmas funcionalidades. (TONINI, 2003, p. 29).
Neste contexto, Colangelo Filho (2001) relata que a essência da pré-implantação é
a tomada de decisão de implantação de um ERP. Portanto a decisão deve ser baseada em um
sólido estudo de viabilidade, que serve para a base para a seleção do sistema. Durante esta
fase é que são selecionados software, hardware e parceiros de implantação. Segundo
Davenport citado por Souza e Zwicker (2000, p. 52) nesta etapa “analisa a decisão sob o
ponto de vista da compatibilidade entre a organização e as características dos sistemas ERP”.
O ciclo de vida de um sistema integrado abrange a etapa de decisão e de seleção,
que ocorre apenas uma vez. A empresa deve considerar as vantagens e desvantagens
envolvidas na utilização de sistemas ERP. Através da decisão de utilizar um sistema ERP e do
levantamento das características, funcionalidades e possibilidades de cada um dos diferentes
produtos disponíveis, a empresa chega à definição de qual será o pacote a ser implementado.
A ideia geral do que pode ser realizado por meio do uso dos sistemas é obtida dos
fornecedores, em pesquisas, artigos em revistas e visitas a empresas que já estejam utilizando
os sistemas.
Para Mendes e Escrivão Filho (2002, p.10) “a adoção desses sistemas requer a
análise dos processos executados pela empresa. O objetivo é avaliar se os processos devem
ser modificados, modernizados ou mantidos.” O ideal é que, primeiramente, a empresa faça a
análise de seus processos e, na sequência, verifique a adequação das funcionalidades dos
sistemas existentes. Estas análises devem ser efetuadas antes da aquisição do sistema, pois o
resultado terá reflexo em todo o processo de implantação, tendo consequências no tempo de
duração da implantação, na contratação de consultoria externa, nas customizações a serem
realizadas, na profundidade da mudança, no treinamento dos usuários e, principalmente, no
custo final do projeto.
De acordo com Corrêa; Gianesi e Caon
(...) antes de se adquirir um Sistema ERP, faz-se necessária cuidadosa análise de
adequação das funcionalidades, a fim de checar se a solução atende minimamente às
necessidades particulares da organização em questão. (Corrêa; Gianesi; Caon, 2003,
p. 268).
35
Para que as empresas tenham comprometimento com a implantação do ERP, são
necessárias justificativas sólidas e, por meio de um estudo de viabilidade, pode se identificar
fatores precisos para que haja este comprometimento, por se tratar de uma ação de alto custo e
de longa duração, além dos custos de hardware, software e parceiros para a implantação. O
estudo de viabilidade avalia propostas de implantação, concluindo por sua aceitação ou
rejeição. Segundo Colangelo Filho (2001) ao menos quatro dimensões devem ser
consideradas: Estratégica, Operacional, Técnica e Financeira.
De acordo com Colangelo Filho (2001) há três razões essenciais para elaborar o
estudo de viabilidade. A primeira é dar suporte a uma eventual decisão de implantação do
ERP, a segunda é que os benefícios e metas devem ser identificados para que sejam
alcançados e a terceira é a identificação dos recursos necessários para a implantação, o que
permite solicitar o comprometimento da organização.
Uma vez tomada a decisão de implantar um sistema ERP, é necessário
providenciar alguns requisitos como:
• Identificar possíveis fornecedores: independente do sistema escolhido, para
Vidal (1995) “é fundamental que o produto final a ser implantado na organização seja
comercializado por uma empresa sólida e com tradição no ramo.” (VIDAL apud ESCOUTO;
SCHILLING, 2003, p. 274).
• Solicitar propostas para a seleção do sistema: Para a seleção dos pacotes é
necessário comparar as alternativas do mercado. [...] primeiro estabelecem-se os critérios que
deverão ser utilizados para a comparação e sua importância relativa. Cada uma das
alternativas é avaliada, atribuindo se notas ao desempenho destas alternativas frente aos
critérios analisados. Aquele fornecedor que obtiver a melhor nota final será o escolhido.
(SOUZA; 2000, p.30-31).
• Contratar um implantador: segundo Bancroft, Seip e Sprengel (1998) o líder do
projeto deve ser um indivíduo com uma série de características e habilidades interpessoais que
deve ter experiência prévia na implementação do sistema ERP. Para Colangelo Filho (2001)
as características ideais desses representantes são: capacidade de trabalhar em equipe,
conhecimento do processo de negócio e capacidade de inovar e desafiar os processos
existentes.
• Selecionar equipamentos: Uma vez escolhido o software, o número de operações
de plataformas é relativamente limitado. Cabe ainda salientar que, de acordo com Escouto e
Schilling (2003) escolher um software representa, hoje, mais do que escolher uma ferramenta
36
tecnológica, representa introduzir uma nova filosofia de trabalho, novos comportamentos e
valores informacionais.
2.2.4.2 Implantação
É uma das fases do ciclo de vida de um sistema que, no contexto do software,
corresponde a sua inauguração por meio de fornecimentos de dados reais ao usuário. Nesta
fase, há também a implementação do sistema que corresponde à elaboração e preparação dos
módulos necessários a sua execução.
Considerando que o termo “implantação” é empregado pela literatura
especializada ora de forma estrita, ora de forma ampla, mister definir, para fins deste estudo, a
equivalência com a perspectiva ampla. Assim, esse conceito será adota para referir-se à etapa
que vai desde a decisão de adoção de um sistema de informação até sua utilização pelos
membros da empresa. Nestes termos, pode-se dizer que a implantação (adequação do pacote à
organização e instalação) é uma parte do ciclo de vida de um pacote de software e pode
envolver a interação de diferentes partes.
As organizações, nesta fase de implantação, devem rever todos os processos
realizados no dia-a-dia, para se certificarem de que eles estão de acordo com suas reais
necessidades, a fim de buscar compreender melhor os riscos e as oportunidades envolvidos na
adoção de uma Tecnologia de Informação.
A implantação de um sistema ERP é um processo extremamente crítico para as
organizações, pois envolve grande quantidade de tarefas que são realizadas em períodos de
tempo que podem variar de meses a alguns anos, por dependerem de diversos fatores da
empresa.
Lopes et al. (1999, p.52) afirmam:
(...) que o princípio do sistema é simples, porém sua implantação é difícil. Por se
tratar de um produto flexível, o cliente faz a adequação do sistema para as suas
necessidades e assim a implantação pode durar vários anos.
Significa dizer que geralmente empresas de consultoria são as responsáveis pela
implantação, e consequentemente os custos do projetos são altos.
37
Segundo Stamford (2000, p.75) o sucesso de um sistema desse porte é
determinado pela previsão do impacto para a empresa, pois na prática
(...) muitas organizações não levam em consideração todas as mudanças necessárias,
que envolvem estrutura, operação, estratégia e cultura da empresa. Na implantação é
preciso determinar os objetivos a serem alcançados e como as funcionalidades do
sistema podem ajudar nisso. Essa etapa deve contemplar a análise dos processos
atuais e a possibilidade de modificá los, e o envolvimento do usuário.
A etapa da implantação, para Colangelo Filho é a etapa em que
(...) se definem os processos de negócios e se configura o sistema ERP para dar-lhes
suporte adequado. Como o sistema normalmente impõe necessidades adicionais em
termos de tecnologia, também é nesta etapa que se cria a infra-estrutura tecnológica
para o sistema e para os novos processos. O produto final da implantação é a
organização operando novos processos de negócios suportados pelo sistema ERP.
(COLANGELO FILHO, 2001, p. 43)
De acordo com Mendes e Escrivão Filho, “o termo “implantação” compreende o
processo de adoção do ERP, envolvendo seleção, aquisição, implantação e testes” (MENDES;
ESCRIVÃO FILHO, 2001, p.6).
Souza e Zwicker (2000) citados por Mendes e Escrivão filho, afirmam que:
(...) fatores importantes na implantação são: experiência dos usuários com sistemas e
conhecimento prévio sobre as discrepâncias entre o sistema e a empresa;
comprometimento da alta direção; envolvimento das áreas usuárias e de tecnologia;
e treinamento para os usuários finais. É um processo de mudança organizacional
envolvendo mudança nas responsabilidades e tarefas das pessoas e nas relações entre
os departamentos. (MENDES; ESCRIVÃO FILHO, 2002, p.06).
A figura, a seguir apresenta o „Modelo de Implantação‟.
38
FIGURA 4 - Modelo das Etapas de Implantação
Fonte: autora, baseado em Colangelo, 2001.
Cada fase produz resultados bem definidos, de forma a simplificar o
acompanhamento de seus objetivos. Conforme Colangelo Filho (2001) as fases que compõem
o modelo de implantação proposto são: planejamento, desenho da solução, construção, testes
da implantação e tecnologia da informação.
O principal produto dessa fase é um sistema testado e implantado e uma
organização preparada para conduzir negócios de uma forma nova, ou seja, baseada em novas
práticas. A duração da implantação de um projeto varia conforme vários fatores, entre eles a
quantidade de mudanças de processos envolvidos no projeto, por exemplo, se há poucas
mudanças ou de pequena profundidade. Então o sistema será implantado com rapidez.
Outro aspecto determinante da duração do projeto é a decisão a respeito da
maneira como será feito o início da operação do sistema ERP. Segundo Souza e Zwicker
(2000, p. 51), “existem basicamente duas alternativas: implementação em fases onde os
módulos são implementados sucessivamente com diferentes datas para início de operação”
denominada small-bang, “ou a implementação completa (big-bang) onde todos os módulos
são implementados ao mesmo tempo”.
A relação do ERP com outros sistemas é difícil, pois, em geral, eles apresentam
interfaces proprietárias e adaptar aos sistemas existentes requer um esforço de
TESTE E
IMPLANTAÇÃO
CONSTRUÇÃO PLANEJAMENTO DESENHO
DA SOLUÇÃO
GERENCIAMENTO DE MUDANÇAS
TREINAMENTO
PESSOAS
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
GERÊNCIA DO PROJETO
REDESENHO DE PROCESSOS
PROCESSOS
39
desenvolvimento e programação de testes, outra questão refere-se ao planejamento de um
projeto dessa natureza além da adoção de um ERP consistir num projeto longo e caro, sendo
necessária cautela na previsão do tempo de implantação e dos custos envolvidos.
Entretanto, um conjunto de atividades que demandam um elenco de habilidades
específicas forma uma frente do projeto, estando distribuídas por diversas fases. As frentes
cobrem as três principais áreas de transformação das empresas: processos, tecnologia e
pessoas. As frentes consideradas são: gerência de projeto, o redesenho de processos,
tecnologia da informação, gerenciamento de mudanças e treinamento.
Portanto, um adequado processo de implantação de sistema ERP ultrapassa, em
muito, a simples análise das necessidades de informação e de integração organizacional. Ele
pressupõe também toda uma mudança da perspectiva de trabalho e da forma de
relacionamento de diversas competências que devem atuar em conjunto em um ambiente
informacional. Para Ozaki e Vidal (2003),
Em geral, quaisquer que sejam a natureza e o porte da empresa envolvida e a
qualidade do fornecedor e da solução ERP, o processo da implantação é sempre
complexo, árduo, demorado e de difícil planejamento e controle, pois envolve
muitas pessoas, tecnologia sofisticada, muitas atividades, ou seja, muitas variáveis
controláveis e incontroláveis. (OZAKI; VIDAL, 2003, p. 300).
2.2.4.3 Pós-implantação
Essa é a etapa em que a empresa obtém o melhor desempenho de seus processos
com os benefícios oferecidos pelo sistema. Realizam-se também nesta etapa as atualizações
necessárias ao sistema. A pós-implantação é, pois, a etapa em que a organização presencia a
integração das funções e atividades do sistema ERP implantado e passa a conviver com a
nova estrutura organizacional.
Embora o sistema ERP já tenha sido implantado, é neste período que as empresas
devem concentrar-se com grande positivismo, porque o objetivo ainda não foi atingido,
podendo a empresa, caso necessário, voltar ao sistema antigo. Nesta fase surgem as
dificuldades de usabilidade, falhas no treinamento, falhas nos testes, resistência de usuários,
erros de programação, necessidades de customizações, entre outras situações.
40
Colangelo Filho (2001) relata que a pós-implantação é a etapa em que o sistema
se estabiliza, o desempenho da organização cresce de acordo com as novas funções dos novos
processos e os benefícios são auferidos.
Segundo pesquisa da Deloitte Consulting (1998), os benefícios de um ERP só
podem ser obtidos na etapa de utilização se após a implantação o foco for mantido
concentrando os esforços na obtenção dos resultados. A pesquisa revelou que as empresas
sentiram os benefícios do sistema após algum tempo de uso, na medida em que perceberam
suas potencialidades de uso. (MENDES; ESCRIVÃO FILHO, 2001, p.11-12).
Albertão (2001) afirma que, após a implantação do novo sistema, abandona-se o
sistema anterior, e é na etapa da pós-implantação que a empresa tira proveito de seus
investimentos. Diferente das etapas de pré-implantação e implantação, a pós-implantação não
possui fases bem definidas.
Segundo Colangelo Filho (2001) alguns grandes conjuntos de atividades
costumam ser necessários após a implantação de um sistema ERP:
Estabilização e Materialização dos Benefícios: o início de produção do sistema
é marcado por mudanças radicais no decorrer dos dias para os usuários do ERP e para a
equipe de projeto. Os usuários deixam de operar processos bem conhecidos do sistema que
estão familiarizados e passam a trabalhar com novos processos, impostos pelo novo sistema.
A equipe do projeto deixa de atuar em desenvolvimento e configuração e passa a atuar no
suporte aos usuários dos novos processos.
Sinergia, Instalação de Aplicações Complementares Integradas ao Sistema
ERP: uma vez que o sistema ERP foi estabilizado e os padrões de desempenho da organização
foram recuperados e superados, deve-se buscar elevar os sistemas existentes para obter
benefícios adicionais, como novas melhorias em processos. Elevam-se muitas oportunidades
de melhorias após a implantação do ERP, uma vez que, esse processo envolve relações da
empresa em seu meio externo, ou seja, clientes, fornecedores e outros parceiros. Essas
melhorias podem ser associadas à implantação de aplicações que complementam o sistema
ERP com certa naturalidade como: Data Warehouse (DW) ou Armazém de Dados – um
sistema de computação utilizado para armazenar informação relativa às atividades de uma
organização em bancos de dados, de forma consolidada. O desenho da base de dados favorece
a análise de grandes volumes de dados e obtenção de informações estratégicas que podem
facilitar a tomada de decisão.
41
Customer Relationship Management (CRM) ou Gestão de Relacionamento
com o Cliente: designação de metodologias e software que permitem a uma empresa melhorar
a satisfação dos seus clientes e aumentar os seus resultados, com base, nomeadamente, no
conhecimento aprofundado das necessidades dos seus clientes, no tratamento privilegiado dos
melhores clientes, na gestão mais eficiente de campanhas de marketing e na melhoria da
gestão dos canais de vendas.
Supply Chain Management (SCM) ou Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos: é uma alternativa eletrônica para a tradicional cadeia de papel, que dá às
empresas um meio mais inteligente, mais rápido e mais eficaz de levar o produto certo ao
cliente certo, na hora certa e a um preço certo. Combina o poder da Internet com as mais
recentes tecnologias, permitindo aos fornecedores envolvidos acessar dados atualizados da
empresa. Com isso, a organização pode gerenciar e acompanhar melhor os fornecimentos e a
demanda.
E-Procurement: é a aquisição direta ou indireta de produtos e serviços,
utilizando a Internet e novas tecnologias para facilitar um fluxo contínuo e completo de
atividades estratégicas de compras, por meio da conexão entre compradores e fornecedores,
além de incluir ferramentas e sistemas de inteligência de negócios, que aumentam a
capacidade de resposta e de análise em uma organização voltada para aquisições.
Atualizações do Sistema: os fornecedores de sistemas atualizam continuamente
seus produtos, agregando novas funcionalidades e tecnologias, novas formas de conduzir
processos de negócios, atendimento a novas exigências legais, entre outras. Há que se
ressaltar que muitas mudanças originam-se dos pedidos de usuários. O interesse na utilização
de novas funcionalidades pode ser decorrência de uma exigência legal ou da atração pelas
novas funcionalidades. Isso leva as empresas a substituir as versões de seus sistemas por
outras mais novas. Há dois tipos de atualização de um sistema ERP: a técnica, que é
executada unicamente por motivos técnicos, não havendo qualquer modificação em termos de
uso de funcionalidade, e a funcional, que além da atualização técnica, passa a utilizar novas
funcionalidades.
Conforme Ozaki e Vidal (2003) problemas nesta fase podem ser gerados com as
atualizações de versões, devido à necessidade de readaptação dos funcionários às novas
rotinas do sistema, bem como ao esforço necessário à readaptação das customizações que
foram desenvolvidas para atender às necessidades específicas da empresa. Em alguns casos,
42
torna-se necessária também a atualização dos equipamentos e hardwares utilizados, tanto no
que se refere aos servidores, quanto às estações de trabalho.
Cabe ressaltar que um sistema ERP pode ser considerado uma ferramenta padrão
para qualquer empresa. Embora haja riscos, exija-se dedicação, os custos sejam altos e
inúmeros e haja constantes problemas a serem enfrentados, o ERP é fundamental para as
empresas. É um avanço que, com certeza, agregará muitos valores. Porém, a presença de
controles fortes na organização é um fator essencial para o sucesso das empresas.
2.3 Educação à distância no Mundo Empresarial
2.3.1 Conceito
É o processo de formação humana cujas finalidades podem ser resumidas no
preparo do aluno para o exercício da cidadania através de recursos tecnológicos (educational
media).
As finalidades da educação estão materializadas na confluência das faces daquele
processo, quais sejam a esfera dos direitos humanos e a face cívica. Isto posto, faz-se mister
reafirmar as finalidades precípuas do processo educativo centradas no ideal da cidadania em
seu sentido ampliado. Para isso, é indiscutível a importância do ensino à distância, pois, por
definição, este se vale de recursos para o atendimento do direito à educação como
prerrogativa de todo cidadão numa via de duas mãos. Essa importância provém do fato de ser
uma modalidade flexível de educação, por meio da qual professores, alunos e funcionários se
envolvem em situações de ensino/aprendizagem, em espaços e tempos que não são
compartilhados fisicamente.
Por essa razão, ainda que a educação à distância (EAD) tenha como um dos
pressupostos primordiais a autonomia intelectual das pessoas, pois este tem o controle do
processo de aprendizagem, e a sua possibilidade de escolher espaços e tempos para realizar as
atividades pedagógicas, não se pode confundi-la com autodidatismo.
Não se pode, igualmente, deixar de mencionar a importância dos avanços da
tecnologia, para que se pudesse chegar a pensar a EAD nos moldes defendidos pelos versados
na matéria. As novas tecnologias da comunicação e da informação propiciaram
43
desenvolvimento de propostas de EAD assentadas na interação entre os seus usuários, o que
antes constituía um entrave a essas propostas. Com isso, passou a ser possível maior agilidade
na implementação das mesmas, a troca de ideias, conduzindo à redefinição do conceito e das
práticas de educação à distância.
Entretanto, não se pode confundir uso de tecnologias e da Internet, em particular,
com EAD, conforme já explicitado, uma vez que a interação, no sentido mais verdadeiro da
palavra, não é um conceito técnico e sim um conceito pedagógico, traduzido pelo diálogo,
pela conversação, ainda que os suportes tecnológicos sejam os meios para ultrapassar os
limites impostos pelo tempo e pelo espaço. Em síntese, EAD é o processo em que existe total
separação entre o professor e o aluno durante a maioria do tempo em que durar o ensino e a
aprendizagem.
2.3.2 Contexto
Há diversas contradições da Era da Informação, dentre as quais se destaca a
proximidade virtual de ideias e de culturas, em conjugação com a distância física, que
ocasionou profundas mudanças em todos os aspectos de nossas vidas. Para o que diz respeito
ao presente trabalho, a maior mudança concerne ao mais amplo aprendizado em tempo mais
curto. Assim, as chances de revitalização do modo de produção, assim como a maior
flexibilidade de gerenciamento e a individualização crescente das relações de trabalho
compõem o quadro das referidas mudanças e contribuem para a análise dos processos de
introdução de educação básica de qualidade nos diversos países do mundo.
No caso do Brasil, a universalização da educação formal não se fazia necessária
no contexto histórico de país exportador de matérias-primas, conforme sustentam os
historiadores da educação. Dessa maneira, o sistema educacional brasileiro defronta-se com
desafios inusitados, sendo a democratização da educação uma questão de sobrevivência de
nosso país, tanto internamente quanto em suas relações internacionais.
44
2.3.3 Tendências
Muito embora a EAD, como metodologia educacional, não seja novidade, sua
adoção conjugada com a utilização de ferramentas disponíveis na Internet vem se constituindo
no grande esforço de muitos educadores nos últimos anos. Assim, são os programas de EAD
que tendem a ser desenvolvidos com base nas novas tecnologias comunicacionais, sendo certo
que os avanços na área da telemática tornam possível o enriquecimento das atividades de
educação à distância.
Ademais, tem-se assistido à transformação do professor em conteudista e/ou tutor,
levando-o a exercer um papel distinto do tradicional. O papel de conteudista implica atuar
como orientador ou facilitador do processo educacional, orientando a busca de soluções,
incentivando a produção dos estudantes, assumindo um papel de parceiro no processo de
construção do conhecimento, que migra da lógica da transmissão para a da interatividade.
A interatividade (que, por sua vez, é a lógica da comunicação) tem três
fundamentos, conforme o enfoque dado: 1) participação-intervenção; 2) bidirecionalidade-
hibridação e 3) permutabilidade-potencialidade (SILVA, 2000). Em suma, a tendência da
interatividade da educação à distância, contribui para sustentar, em nosso tempo, outra
concepção de “educar”, o que somente tem sido possível graças ao desenvolvimento das
novas tecnologias comunicacionais.
A esse respeito, a nova mídia detém poder enorme de motivação do aluno, porque
pode proporcionar ambientes mais atraentes e dinâmicos. Porém, é inútil procurar nela um
substituto para o saber-pensar, pesquisar, elaborar, argumentar, mas pode-se achar por lá
enorme apoio em termos de oferta de informação e dados, textos e imagens, inclusive em
softwares em desenvolvimento e implantação.
Ainda quanto à nova mídia, vislumbra-se a possibilidade de formação de grupos
de estudo, participação em eventos ou em processos de pesquisa, divulgação de textos
próprios e diálogo interdisciplinar. Acresça-se a essas vantagens: a veiculação partilhada de
resultados, soluções, montagem de plataformas próprias e o favorecimento do contato
possível com professores/pesquisadores, dentro dos limites de tempo de cada um.
Aludidas tecnologias comunicacionais contribuem para a interação e a
aprendizagem, pois aquela ocorre pela ação e pela coordenação das ações, cuja interiorização
gera a conservação das estruturas cognitivas decorrentes de processos que geram novos
significados. Portanto, a exploração do hipertexto em si mesma, embora com enorme
45
potencial de interatividade, depende da ação do usuário das tecnologias (Giusta; Franco,
2003).
Quando o hipertexto fornece ao usuário um espaço aberto para registrar as
representações que lhe são significativas, esse processo poderá conduzi-lo à construção do seu
próprio ambiente de aprendizagem. Para os desenvolvedores de software educacional, o maior
desafio está em criar ambientes flexíveis para permitir ao usuário fazer suas descobertas e
representações, deixando espaço suficiente para que ele se sinta livre sem ficar perdido ou
confuso.
Dentre as tendências na educação à distância, destaca-se, pois, a interação em
ambientes que propiciem o desenvolvimento co-construído dos participantes por meio das
mediações entre os mesmos, o meio social e o próprio ambiente. Nesse contexto, o elemento
fundamental é o diálogo, que faz da interação o centro organizador da atividade.
2.3.4 Educação à distância e Ensino Corporativo
A fim de cruzar os novos espaços de aprendizagem, empregado e empregador
devem encarar o diploma como o primeiro passo de uma longa caminhada, já que o termo
“aprendizagem permanente” já faz parte do nosso vocabulário. É necessário, portanto, que
profissionais deem continuidade à sua educação e desenvolvimento em todos os períodos da
vida.
No Brasil, parte significativa da população formalmente empregada ainda precisa
concluir os ciclos básicos, o que demonstra a extrema urgência de se democratizar a educação
continuada. Ocorre que, dadas às longas jornadas de trabalho – o que dificulta a permanência
de adultos nas salas de aula – e o fato de que a escola tradicional não tem condições de
absorver todo mundo, o ensino à distância se enquadra muito bem ao universo corporativo.
Não é novidade que a educação corporativa já detém inquestionável força, não só
no Brasil como no exterior. Sendo uma ruptura com os modelos de treinamento – que
focalizam a tarefa, o repetitivo – a educação corporativa aprofunda a concepção do
funcionário autônomo, flexível e com espírito crítico e de liderança.
Sabe-se que o ambiente virtual passou, a partir de meados da década de 1990, a
proporcionar a interatividade, de modo a fornecer ensino de qualidade a todos os
trabalhadores. Assim, para que a EAD possibilite a formação do sujeito crítico e autônomo,
46
ela deve estar inserida num novo paradigma educacional, acessível ao trabalhador menos
qualificado e de baixa renda.
Tal paradigma, ao mudar o foco do processo de ensino-aprendizagem do professor
para o aluno, além de conferir ao docente uma função de mediador da aprendizagem, está
intimamente vinculado à autonomia colaborativa e à flexibilidade, competências básicas nos
ambientes de negócios.
De efeito, o modelo de educação à distância, ao trabalhar de forma autônoma e
colaborativa ao desenvolvimento dessas competências, contribui para sua inserção como
ferramenta indispensável na educação corporativa. Muitas empresas, já tendo percebido a
adequação da aprendizagem colaborativa à lapidação da autonomia, têm oferecido cursos
online, onde há troca de experiências entre alunos e entre professores. Para os negócios, a
colaboração via educational media ainda agrega outra vantagem competitiva: o registro, em
um banco de dados virtual, das práticas organizacionais.
Quanto à flexibilidade, além de empregados e empregadores não se afastarem do
trabalho, a EAD permite que cada aluno dite seu próprio ritmo de aprendizagem. Não é por
outro motivo que é necessário respeitar as diferenças e oferecer atendimento educacional
personalizado no ambiente de EAD.
Quando os funcionários são tutores nos cursos customizados, há um ganho extra
com a valorização dos talentos internos. O e-learning permite inclusive que o funcionário seja
aprendiz num módulo, tutor em outro e gerador de conteúdo num terceiro. Em adição a tudo
isto, a flexibilidade própria da EAD ajuda o funcionário a gerenciar a própria carreira,
podendo-se citar como exemplos as Universidades Corporativas da Datasul (SC-Brasil), a
empresa TOTVS e os Colégios e Faculdades Marista.
Além de estimular todas as competências básicas no ambiente corporativo, a EAD
pode atrair também pelo baixo custo. Ocorre que tal não é a regra, em especial no que tange à
EAD de qualidade, que demanda investimento em ferramentas tecnológicas que assegurem a
interatividade. Apesar de a qualidade custar alto, a possibilidade replicar um bom curso
incontáveis vezes leva a uma economia de escala muito positiva para as empresas.
A avaliação do investimento em EAD depende muito dos objetivos traçados pela
organização, que não deve vislumbrar no e-learning um pretexto para apenas reduzir gastos. A
finalidade, a par da referida redução, é muito mais nobre e revela-se na medida em que a
velocidade da pesquisa contribui para a diminuição do tempo de “execução do conhecimento”
(período que medeia sua criação a aplicação efetiva nos negócios).
47
Partindo-se do conceito de instituição como objeto cultural que expressa certa
parcela de poder social, pode-se dizer que os modelos e as ideologias elaborados pela
instituição diferem em vários aspectos. As tensões geradas em razão dessa diferença podem
refletir na necessidade de instâncias de diálogo e negociação, haja vista que o conflito é
inerente ao funcionamento mesmo das instituições sociais.
Dentre as questões inerentes aos projetos de educação à distância em instituições,
a demanda, a necessidade e a proposição são sintomáticas da expressão de poder já na fase de
pré-implantação do projeto. Algumas instituições, por optarem por realizar estudos de
viabilidade antes de implantar os projetos, são levadas a refletir sobre a problemática da
elucidação de demandas nos projetos à distância, tendo em vista a ambigüidade do termo
“necessidade” em ambientes educacionais. Em suma, a análise das demandas e das
necessidades educacionais da população em amplos setores sociais, não podendo ser realizada
de forma taxativa (regras de mercado), contribui para a potencialidade projetiva que a EAD
possui.
Outra questão relevante diz respeito aos espaços para a implantação dos projetos
de EAD: tendo em vista que a ausência de reclusão para organizar as atividades de estudo é
uma das características mais valorizadas na modalidade de educação em tela, compreende-se
o porquê da resistência quanto ao desenvolvimento de propostas inovadoras neste setor. Ora,
se a educação tradicional, ocorrida em espaços físicos reais, incorpora as concepções mais
sutis de lugares de circulação de poder, é natural que grupos sociais vejam com reserva
proposições que pretendam abolir o espaço institucional como âmbito exclusivo para a
inscrição de processos de ensino.
É nestes processos, aliás, que a problemática social da avaliação de projetos de
EAD toma corpo. Se na avaliação educacional tradicional o sistema de reconhecimento,
baseado em qualificações, está relacionado a políticas sociais mais amplas, na avaliação de
projetos de EAD faz-se necessário refletir acerca dos sujeitos implicados, em especial a quem
correspondem às necessidades e os interesses em liça. O intuito da avaliação, nos projetos de
EAD, é aperfeiçoá-los durante seu por meio da criação de espaços legitimadores daqueles
interesses.
Em resumo, a tomada de decisões quanto à realização de ações necessárias para
melhorar certos aspectos do meio social condiciona-se a um modelo participativo e
democrático que construa uma trama de vozes a partir da diversidade dos grupos de
destinatários.
48
2.3.5 Implantação e Avaliação de um Modelo de Ensino Corporativo
A premissa básica para a implantação de um modelo bem sucedido de e-learning,
já que não existe um roteiro pré-determinado, é que a cultura empresarial encoraje o
aprendizado contínuo, o que acarreta uma nova concepção do setor de recursos humanos
(RH). Em linhas básicas, o RH deixa de ser burocrático e passa a ser estratégico. Cabe ao RH,
neste modelo de implantação, mapear as necessidades de qualificação profissional de cada
setor, além de estruturar o projeto pedagógico. Definido este projeto, o e-learning vai sendo
implantado aos poucos, haja vista a qualidade modular da tecnologia atual. Ao fim do curso,
cabe à empresa promover debates com os participantes, que fornecem subsídios para a
ampliação contínua do trabalho.
Outra porta para iniciar a implantação do modelo de EAD corporativa é o
treinamento com software multimídia, hipótese em que a parceria é palavra-chave e extrapola
o ambiente empresarial. Isto porque o conhecimento pedagógico e didático das universidades
tem contribuído para projetos empresariais.
Em síntese, a implantação do modelo de e-learning, objetiva superar a separação
física entre funcionários, pode-se dizer bem-sucedida se concretizar as competências básicas
nos ambientes de negócio e contribuir para criar novos espaços de aprendizagem.
Já na avaliação de programas de e-learning, o modelo proposto por Reeves e
Reeves (LITWIN, 2001, p.25), tem por finalidade caracterizar os diferentes aspectos do
projeto de EAD.
As dez dimensões desse modelo de avaliação são:
• Filosofia pedagógica: varia do instrutivismo ao construtivismo;
• Teoria de aprendizado: varia do behaviorismo ao cognitivismo;
• Orientação dos objetivos: de específica a genérica;
• Orientação das tarefas: de acadêmica a autêntica;
• Fonte de motivação: de extrínseca a intrínseca;
• Papel do professor: de didática a facilitativa;
• Suporte metacongnitivo: de não-implementado a integral;
• Aprendizado colaborativo: de não-implementado a integral;
• Sensibilidade cultural: de não-implementado a integral e
• Flexibilidade estrutural: de fixa a aberta.
49
2.3.6 Implantação de Sistema de Gestão Integrada à distância
Diante de um cenário competitivo, todas as organizações precisam optar pelas
melhores decisões para estarem sempre bem posicionadas no mercado, pois, conforme citado
por Favaretto; Cunha; Ormerod (2003), “toda decisão é tomada com base em informações
disponíveis para tal. Estas devem ser precisas e corretas, além de estarem disponíveis no
momento necessário”. (FAVARETTO; CUNHA; ORMEROD, 2003, p.01).
São rápidas as transformações no ambiente empresarial que colocam acadêmicos
e gestores diante de desafios para organizar as empresas. A globalização favorece o
surgimento de grandes organizações com filiais espalhadas pelo mundo, que precisam
gerenciar adequadamente o conhecimento para gerar inovação e aumentar a competitividade.
Com esta mudança contínua no ambiente empresarial, as empresas tornam-se cada vez mais
dependentes de informação e de toda a infraestrutura tecnológica que permite o
gerenciamento de enormes quantidades de dados.
A tecnologia gera enormes transformações, que ocorrem de forma ágil e sutil. É
uma mudança com consequências fundamentais para o mundo empresarial, que causa
preocupação diária aos executivos das corporações. A convergência desta infraestrutura
tecnológica com as telecomunicações eliminou as distâncias e está determinando um novo
perfil de produtos e de serviços.
A Tecnologia da Informação tem gerado mudanças significativas nas
organizações. Na visão de Henderson e Venkatraman (1999), conforme citado por Pelanda “o
impacto de TI está transcendendo o seu tradicional papel de ferramenta administrativa e está
evoluindo para um papel estratégico.” (PELANDA, 2006, p.17).
O ERP é uma ferramenta tecnológica de gestão empresarial utilizada
mundialmente por diversas organizações para obter informações precisas de apoio a decisão e
controle financeiro que evoluiu com o passar do tempo e atualmente tornou-se indispensável
para gestão das empresas. Em um sistema ERP os dados são integrados para obter
informações corretas. É preciso exigir muito dos usuários ao armazenarem os dados, uma vez
que sua informação alimenta todo o processo da corporação.
Com todas estas exigências do mercado e do governo, implementar um ERP,
treinar seus usuários, parametrizar as regras de negócio e de atendimento fiscal passou a ser
um grande desafio, complexo e de muito envolvimento. O ERP também evoluiu, simplificou
a interface do usuário, trabalha com gráficos e imagens e com informações em tempo real.
50
Algumas empresas de desenvolvimento de ERP já estão adotando um serviço de software
remotamente, em que os dados estarão armazenados em servidores externos à corporação que
irá contratar o serviço.
Há uma grande promessa neste modelo, pois no caso do ERP haverá uma
considerável redução da complexidade de instalação e preparação de ambiente, que inclui
parametrizações básicas conforme a área de atuação da corporação e de acordo com sua
situação geográfica, e, por conseguinte, suas obrigações fiscais e acessórias. Conforme Moran
(2009):
EAD é cada vez mais complexa, porque está crescendo em todos os campos, com
modelos diferentes, rápida evolução das redes, mobilidade tecnológica, pela
abrangência dos sistemas de comunicação digitais. EAD tem significados muito
variados, que respondem a concepções e necessidades distintas. (MORAN, 2009, p.
55).
Sartori e Rodrigues oferecem uma definição oficial para educação à distância:
EAD é uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a medição de
recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes
suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos
diversos meios de comunicação. (SARTORI; RODRIGUES, 2002, p. 37)
A TOTVS, empresa de software de gestão empresarial ERP, também aderiu às
soluções à distância para viabilizar a vida dos clientes. Segundo Bellati (2008) a TOTVS
fornece toda a infraestrutura, produtos e serviços necessários para que um cliente utilize a
educação à distância como forma única ou complementar de capacitação pela internet para
alunos, colaboradores, equipe de vendas, fornecedores, clientes e até mesmo do mercado em
geral. (BELLATI, 2008, p 04).
A TOTVS desenvolveu soluções de Educação via internet para facilitar o acesso à
informação, democratizar os conteúdos existentes e, o mais importante, eliminar as barreiras
de distâncias com seus clientes. A educação corporativa foi precursora desse tipo de
educação, quebrando paradigmas ainda presentes nas instituições acadêmicas. Investir na
capacitação de pessoas é fundamental, quando a gestão do conhecimento e gestão do capital
humano são fatores que diferenciam as empresas que pretendem se destacar em seus setores
de atuação por inovação e crescimento.
51
Cada vez mais, as empresas precisam de profissionais treinados em suas funções e
com um grande conhecimento do mercado, da concorrência, dos clientes e das próprias
empresas. Por outro lado, o tempo e o custo, para a perfeita capacitação, são fatores limitantes
quando o treinamento convencional é utilizado. Com o avanço da internet interligando
pessoas e empresas em qualquer lugar e em qualquer momento, a educação à distância
permite a capacitação de pessoas com custo e tempo reduzido. Facilita o acesso à informação,
democratiza os conteúdos acadêmicos e o mais importante elimina barreiras de distância.
Qualquer pessoa pode ser treinada, desde que tenha um computador e aceso a internet.
Com o objetivo de facilitar a capacitação global de seus clientes a TOTVS decidiu
transformar a Internet no mais poderoso meio de transmissão e gestão de conhecimento
quando definiu a educação à distância como mais um negócio. Segundo Meister (1999), para
sobreviver no mercado, as organizações precisam ajustar seus sistemas e processos internos,
que dependem da capacidade dos funcionários de aprender novos papéis, processos e
habilidades. Portanto a aprendizagem desempenha importante papel na mudança das
organizações.
O ensino à distância no Brasil é muito semelhante ao mercado de software, ainda
pouco estudado e documentado do ponto de vista acadêmico, pois, segundo Bellati (2008)
(...) as estatísticas relativas às atividades de software são sempre passíveis de
fragilidades, sendo que frequentemente a existência de discrepâncias significativas,
de acordo com os critérios assumidos nas diferentes abordagens. Além de
dificuldades de mensuração decorrentes da natureza imaterial e intangível do
software, a própria definição dos contornos da indústria é particularmente
problemática. ( BELLATI, 2008, p.06).
Já Alava (2002) relata que
(...) apesar de ser um estudo relativamente recente e intangível como já demonstrado
os processos de formação midiatizada, mostra, por meio de propostas práticas, que o
ciberespaço pode ser uma oportunidade de valorizar as práticas de auto formação e
de introduzir procedimentos inovadores.” (ALAVA 2002, p 07).
A evolução dos meios tecnológicos, sobretudo da internet, fez com que
modificações sem precedentes fossem viabilizadas nas mais diversas áreas como o e-
commerce, o e-business, e agora o ERP. Diversas empresas estão adotando o método de EAD
para viabilizar os seus processos, entre eles a implantação de um sistema ERP, que é algo
complexo, mas precisa ser bem planejado para que tudo funcione corretamente. Desta forma,
52
a proposta do presente trabalho é pertinente, porquanto foca a adoção da EAD para a
implantação e replicação do ERP em unidades de uma mesma organização.
Faz-se premente envidar esforços a fim de que as organizações passem a
pesquisar e a implantar novos softwares, com processos de abordagens distintas e cada vez
mais condizentes com as necessidades da educação à distância. Neste sentido, a iniciativa
deste trabalho coaduna-se com a tendência na tomada de decisões gerenciais, ao mesmo
tempo bem informadas e cada vez mais em ambientes virtuais e/ou remotos.
53
CAPÍTULO 3 - METODOLOGIA
A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação
desenvolvida ao longo do trabalho de pesquisa.
Neste capítulo são apresentados os métodos utilizados neste trabalho, a escolha do
caso, a coleta dos dados e a análise e interpretação dos dados.
3.1 O Método de Estudo de Caso
O Estudo de Caso é apenas uma das muitas maneiras de se fazer pesquisa em
ciências sociais. (YIN, 2001, p. 19)
A clara necessidade pelos estudos de caso surge do desejo de se compreender
fenômenos sociais complexos. Ou seja, o método de estudo de caso permite uma investigação
para se preservar as características holísticas e significativas dos eventos da vida real.
O método de estudo de caso é adequado a este trabalho, porque, conforme Yin,
(1989) é uma pesquisa empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de um
contexto real da vida, no qual as fronteiras entre fenômeno e contexto não são claramente
evidentes e as múltiplas fontes de evidências são usadas.
Esta pesquisa pode ser classificada como aplicada, pois se destina a investigar a
viabilidade e benefícios de implantação à distância de um ERP. Tem por objetivo repassar
para organizações que estão iniciando projetos de ERP ou em fase de implantação a
possibilidade de optarem por implantá-los à distância.
A pesquisa empírica realizada, do ponto de vista da abordagem, é de natureza
qualitativa. Utilizam-se questionários e técnicas de estatística como instrumento de
direcionamento dos trabalhos cuja finalidade foi descobrir quais são os benefícios de se
implantar um sistema ERP à distância, uma vez que o Marista optou por este método em 17
filiais. Para atingir esse objetivo, inicialmente foi estabelecida uma referência teórica para o
estudo e realizou-se o levantamento bibliográfico sobre as principais questões e implantações
de sistemas ERP. Este estudo resultou em uma entrevista com o Gestor de TI do Marista em
Brasília, onde foi visto todo o processo que foi desenvolvido para implantar um ERP à
distância.
54
3.2 Universo da Pesquisa
A pesquisa em questão foi conduzida nas áreas de TI e Secretarias Acadêmicas de
dezessete unidades do Marista, localizadas na região norte e nordeste.
O Marista, instituição de ensino fundada na França em 1817, pelo Padre
Marcelino Champagnat e introduzida no Brasil em 1897, é organizada em províncias. Cada
província é constituída por colégios, faculdades e obras sociais. Por determinação da direção
superior da instituição, as províncias do Rio de Janeiro e Brasil Norte, cujas mantenedoras são
respectivamente a União Brasileira de Educação e Ensino (UBEE) e União Norte Brasileira
de Educação e Cultura (UNBEC), iniciaram, em 2004, um processo de fusão destinada à
criação da Província Marista do Brasil Centro-norte.
A nova província é composta por trinta e quatro comunidades religiosas, duas
faculdades, uma universidade, vinte e seis colégios maristas e trinta obras sociais. São
aproximadamente quatro mil funcionários, trinta mil alunos e duzentas mil pessoas atendidas
através das obras sociais. Possui duas equipes de Tecnologia da Informação (TI), uma sediada
na UBEE, outra na UNBEC, coordenadas por uma única gerência. A equipe de TI inclui
funcionários que prestam serviços de TI aos colégios e faculdades. A equipe de TI da
instituição é composta por quarenta e cinco membros.
As mantenedoras UBEE e UNBEC realizaram em 2005 a fusão dos seus
escritórios administrativos, constituindo o escritório central em Brasília.
Apesar de estarem fisicamente e operacionalmente atreladas, as mantenedoras
utilizam sistemas de informações distintos que possuem algum nível de integração apenas
dentro de cada mantenedora.
A UBEE e suas unidades mantidas utilizam os sistemas SAP (Administrativo
financeiro), SEITUDO (Administração escolar) e FatorRH (RH).
A UNBEC e suas unidades mantidas utilizam os sistemas ADAPTA
(Administrativo financeiro), ASPESCOLA (Administração escolar) e Bonum (RH).
Devido a esta característica, a introdução de um novo sistema de gestão deve
considerar como será realizada a migração das informações entre os sistemas de informação
ora implantados e o novo sistema.
É importante salientar que, além de utilizarem sistemas de informações diferentes,
as mantenedoras possuem culturas administrativas diferentes, que são refletidas nos processos
administrativos utilizados por elas e suas mantidas. Assim, a estratégia de implantação tem
55
que possibilitar a revisão desses processos e a criação de procedimentos padrões comuns em
ambas as mantenedoras e suas unidade.
Observa-se que a implantação do novo sistema consiste em uma oportunidade
impar, para cada gerência, de revisar os processos administrativos de sua competência
implantados no escritório central e unidades mantidas.
3.3 Delineamentos da Metodologia
Para Gil (1999), o delineamento da metodologia refere-se ao planejamento da
pesquisa em sua dimensão mais ampla. Envolve tanto a sua diagramação quanto a previsão de
análise e interpretação dos dados. A FIGURA 5 apresenta o fluxograma de delineamento da
pesquisa deste trabalho.
FIGURA 5 - Fluxograma do Planejamento da Pesquisa
Fonte: Gil (1999)
3.4 Escolha do Caso
A escolha do caso foi feita com base em pontos que foram julgados como
importantes e relevantes no contexto atual. Esses pontos são:
• A escolha de um Sistema ERP já inserido no mercado. Essa escolha é importante
para a seqüência do trabalho, uma vez que o sistema é disponibilizado por uma empresa
brasileira em franca ascensão e com alto padrão de qualidade no desenvolvimento de sistemas
de gestão integrada.
• A idéia da Gestão Tecnológica do Marista, por optar pelo método à distância
para replicação das informações nas demais unidades da Instituição.
ESCOLHA DO CASO
COLETA DE
DADOS
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS
DADOS
RESULTADO DA PESQUISA
56
• A criação de um ambiente de interação utilizando o Moodle, software livre e de
apoio à aprendizagem e executado em um ambiente virtual, para o processo de aprendizagem
e discussões.
• O fornecimento, pela TOTVS, de toda a infraestrutura, produtos e serviços
necessários para que um cliente utilize a educação à distância como forma única ou
complementar de capacitação pela internet para alunos, colaboradores, equipe de vendas,
fornecedores, clientes e até mesmo do mercado em geral.
• A importância do ensino à distância, uma modalidade flexível de educação,
através da quais professores, alunos e funcionários se envolvem em situações de
ensino/aprendizagem, em espaços e tempos que não são compartilhados fisicamente.
3.5 Coleta, Análise e Interpretação dos Dados
O roteiro da entrevista (ANEXO 1) consiste em três etapas: um diagnóstico
referente a decisão e seleção do sistema (Pré-Implantação); uma análise geral da condução da
Implantação do ERP e como surgiu a idéia da implantação à distância para as demais
unidades; relato final sobre a utilização do sistema (Pós-Implantação). A entrevista foi
realizada com o Gestor de Tecnologia e responsável pela idéia da implantação à distância. A
entrevista aconteceu em dois momentos: um encontro presencial e uma videoconferência.
Foram aplicados questionários (ANEXO 2) para capturar informações relevantes
para o direcionamento e documentação dos resultados da pesquisa. Os questionários foram
disponibilizados no ambiente criado pela instituição e compartilhado entre todas as unidades
que estavam participando do processo de implantação à distância.
Analista de Sistemas, Tutores e Secretárias Acadêmicas das instituições foram
considerados como fonte de coleta das informações. Para Yin, (1989) qualquer tipo de
pesquisa empírica deve ter um delineamento de pesquisa, que é uma seqüência lógica que
conecta as questões propostas pela pesquisa aos dados coletados e, finalmente, às conclusões
que serão traçadas. É um plano de ação, que indica qual o caminho que será seguido para se
sair das questões propostas e chegar às respostas desejadas. Os questionários propostos foram
aplicados a:
57
TABELA 2
Coleta de dados.
Participantes Coletas de dados Nº participantes
Analistas de Referência Questionário 2
Analistas Tutores Questionário 4
Secretário(a)s Acadêmicos Questionário 16
Neste caso específico, não se pretendeu tratar os aspectos causais ou relacionais,
mas sim a descrição. Dessa forma, houve preocupação com o levantamento de componentes
do problema ou fenômeno a ser descrito. Os fatos foram registrados, analisados, classificados
e interpretados, sem que ocorresse a interferência do pesquisador, caracterizando a pesquisa
como descritiva. Com o intuito de obter uma descrição a mais próxima da realidade vivida
durante a implantação, foi utilizado, devido à sua característica de ter um caráter de
profundidade e de detalhamento, o método de estudo de caso, como citado acima.
A natureza exploratória e qualitativa da pesquisa empírica é justificável, uma vez
que, objetivando a ampliação dos conhecimentos a respeito de ERP e EAD, pretende-se obter
informações sobre como a instituição realiza a replicação de seus processos de implantação de
sistemas ERP em 17 filiais em diversos estados do Brasil e quais os benefícios encontrados.
58
CAPÍTULO 4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
Este capítulo apresenta os resultados obtidos com o roteiro de entrevista e os
questionários aplicados. As hipóteses desta pesquisa são confrontadas com o as informações
coletadas e com a revisão da literatura apresentada no capítulo 2.
4.1 Roteiro de Entrevista
Iniciou-se a coleta dos dados com um Roteiro de Entrevista (ANEXO 1) realizado
com o Gestor de Tecnologia e responsável pela idéia da implantação à distância. É importante
ressaltar que a entrevista aumenta sensivelmente a taxa de resposta em relação ao
questionário, além de ser um valioso instrumento de coleta de dados. O roteiro foi dividido
em três fases.
Na primeira fase, discutiu-se sobre a Decisão e Seleção (Pré-Implantação).
Primeiramente foram apresentadas as justificativas para a opção pela implantação de um novo
sistema. Segundo o entrevistado, Marcelo Ricardo Carvalho, a troca do sistema ocorreu
devido ao processo de fusão entre duas províncias do Marista, UBEE e UNBEC, pois cada
unidade trabalhava com sistemas diversos e não existia integração das informações, nem
mesmo dentro da empresa. Portanto, com a nova gestão, houve a necessidade da aquisição de
um novo software que fosse integrado e pudesse unificar todas as informações.
Posteriormente, procurou instigar a discussão de assuntos relevantes sobre a escolha do
sistema, a análise da adequação das novas funcionalidades favorecidas pelo ERP e os
benefícios buscados pela instituição ao utilizar o sistema.
Na segunda fase, buscou-se levantar dados sobre a Implantação do Sistema. O
Gestor de Tecnologia explicou que a Instituição optou por utilizar sua própria Metodologia de
Implantação (ANEXO 3) e que nesta fase contratou-se um Gerente de Projetos para melhor
condução do projeto e criou-se o Plano de Implantação de Projeto (ANEXO 4).
O Plano de Implantação de Projeto tem por objetivo propor como será conduzido
o processo de implantação de um ERP na Instituição e para isto alguns pontos foram
abordados:
Definição da abrangência do projeto;
59
Estratégia de condução do projeto;
Produtos que serão entregues;
Gestão do projeto;
Metodologia.
Importante ressaltar que, na elaboração de condução estratégica do projeto, alguns
princípios devem ser considerados:
Garantir os meios necessários para que a diretoria executiva possa acompanhar
o andamento do projeto.
Garantir a ampla participação das gerências na definição dos processos de sua
competência e no todo.
Garantir, para as gerências, oportunidades para ampliação de participação de
funcionários que possam colaborar para o aperfeiçoamento dos processos.
Garantir os meios necessários para que o gerente de projeto possa conduzir os
trabalhos cumprindo os objetivos definidos pelo projeto relacionados a tempo, qualidade e
custo, utilizando o programa MS Project da Microsoft.
Garantir os recursos adequados para realização do acompanhamento e controle
do projeto pelos gerentes.
Garantir os fóruns adequados para tratamento de impasses.
Reduzir o máximo possível o impacto da mudança dos sistemas de informação
no negócio.
A implantação iniciou-se primeiramente em duas unidades piloto, Brasília e Belo
Horizonte, e o sistema foi implantado em parceria com a empresa contratada, a TOTVS. Esta
implantação ocorreu in loco. A idéia da implantação através de EAD surgiu logo após a
implantação das duas unidades piloto. Ao finalizar esta fase observou-se que os custos foram
altíssimos com analistas de implantação, customizações e com a demora da implantação do
sistema. Como houve ganho de grande experiência na primeira etapa e toda a vivência de
implantação, o Gestor de Tecnologia sugeriu a implantação do sistema nas demais unidades
com recursos internos e utilizando o método à distância. Criou-se um ambiente de interação
utilizando o Moodle, software livre e de apoio à aprendizagem e executado em um ambiente
virtual, para o processo de aprendizagem e discussões.
60
FIGURA 6 - Ambiente de Integração – Moodle
O projeto foi apresentado ao Comitê de Implantação do Marista e agradou a
todos; entretanto o Comitê sugeriu que a ideia deveria ser vendida para os demais envolvidos
no projeto e que o mesmo deveria ser aprovado por todos. Para conseguir o convencimento de
toda equipe, realizaram-se congressos simultaneamente em Minas Gerais e Rio Grande do
61
Norte. Para esses eventos foram convocadas todas as secretárias de educação e responsáveis
de tecnologia de todas as unidades. Foram três dias em que foram apresentadas a Metodologia
de Implantação (ANEXO 3), o ambiente de interação (AI) , Moodle, conhecido também como
comunidade prática, e realizados treinamentos e simulações no ambiente. Foram apresentadas,
também, explicações sobre o conceito da implantação e sua importância, principalmente no
quesito da integridade das informações e os cuidados que todos deveriam ter com suas bases
de dados.
O congresso não foi realizado para apresentar o sistema, mas sim para tratar a
forma de trabalho escolhida, a Implantação do Sistema de Gestão Integrada à Distância. Para
fazer a análise de aprovação do projeto, foi elaborado um questionário sobre o evento
realizado e a nova forma de implantação. Salienta-se que todos os participantes responderam
no próprio AI. Para grande surpresa obtivemos um ótimo resultado. Este questionário foi
repassado ao Comitê que validou e procedeu à aprovação final do projeto. Ressalta-se que
todas as unidades receberam recursos para que o projeto fosse concluído com eficácia e ótima
tecnologia. Além disso, todas as unidades puderam contratar auxiliares para ajudar na
execução das tarefas e em qualquer outra eventualidade teriam auxilio para que tudo fosse
concluído com sucesso. Após congresso, foram contratados quatro analistas para trabalharem
como tutores do AI, todos recém-formados em TI. A função deles era trabalhar para manter o
AI atualizado e servir de motivadores na comunidade prática para todos os usuários
cadastrados. Cada motivador tem a responsabilidade de gerir de quatro a cinco unidades e
podem pedir auxilio a um analista sênior e uma analista do educacional na parte de gestão
escolar.
Relatou-se na entrevista que nas demais unidades, no caso 17, toda a implantação
seria realizada à distância. Treinamentos intensivos foram realizados com todos os
participantes das unidades envolvidas no projeto, como líderes de processos, usuários chaves
e usuários finais. Todos declararam estarem satisfeitos com o projeto, pois não tiveram
reclamações e a velocidade em que os o projeto está sendo implantando é surpreendente.
Na terceira fase, descreveu-se a utilização do sistema (Pós-Implantação). Foram
citados todos os benefícios trazidos pela utilização do método à distância, dentre eles: redução
de custos, aumento da confiabilidade do usuário na implantação, mais envolvimento de todos,
redução do desgaste de implantação, velocidade da implantação e definições dos processos. E
para finalizar a entrevista, questionou-se ao Gestor se ele indicaria a outras empresas a
utilização da metodologia de implantação de sistema através de EAD e por quê. Sua resposta
foi:
62
Claro. É muito interessante, no entanto é preciso muito comprometimento das
empresas ao optar por este método. O principal é que tenham uma governança
estruturada e organizada para não haver problemas de gestão, que é o maior
problema da maioria dos projetos de implantação e fornecer recursos para os
usuários fazerem seu papel, como foi no nosso caso, a idéia do ambiente, dos
tutores, skype, metodologia própria e o apoio principal que é o da instituição. É
importante acentuar que o usuário é o autor principal de tudo e não os analistas da
empresa contratada. (ANEXO 1)
4.2 Questionários
A partir das respostas obtidas pelos questionários eletrônicos aplicados (ANEXO
2), os dados foram tratados de forma não estatística, isto é, de forma qualitativa.
Estudos qualitativos permitem um relacionamento mais próximo do pesquisador
com o fenômeno analisado, propiciando uma análise mais profunda, completa e rica, mas
implicando em uma possível subjetividade. Logo, tal tipo de estudo não permitirá
generalizações, mas identificará características de forma mais detalhada, permitindo aos
gestores das empresas tomarem decisões específicas sobre o tema.
As questões aplicadas foram divididas em três Questionários de Avaliação
Metodológica de Projeto: Secretário (a)s Acadêmicos, Analistas de Referência e Analistas
Tutores. Houve questões específicas para cada tipo de questionário e não houve questões
tratadas em casos particulares.
O questionário está dividido em vinte e cinco itens, cada um dos itens refere-se a
aspectos importantes para a compreensão da metodologia utilizada e aceitação dos
entrevistados ao método da implantação à distância, exposto em gráficos.
Conforme descrito no referencial teórico, há momentos na fase de implantação de
um ERP em que há a necessidade de novas contratações devido a alterações de processos que
ocorrem. Mediante este contexto, foram entrevistadas dezesseis pessoas e 75% delas
(GRÁFICO 1) afirmaram que a contratação de auxiliares de secretaria, durante a execução do
projeto, foi uma decisão fundamental que colaborou muito para o andamento dos trabalhos.
63
GRÁFICO 1- Novas contratações.
Dentre os entrevistados, 78% (GRÁFICO 2) concordaram que é de suma
importância a padronização de alguns processos em todas as unidades Marista, afetando
diretamente na qualidade da implantação do sistema, ou seja, foi essencial para garantir a
coesão das informações no sistema.
GRÁFICO 2 –Padronizações.
64
Cinquenta e três por cento dos entrevistados concordam que o processo de
comunicação envolvendo Secretárias Acadêmicas, Analistas Tutores e Analistas de
Referência da Gerência Educacional funcionaram muito bem minimizando o stress durante a
execução das atividades relacionadas com o projeto. Entretanto 47% (GRAFICO 3), por
estarem acostumados a terem a presença local de apoio e por não terem familiaridade com
ferramentas virtuais, pouco concordam com o meio de comunicação disponibilizado.
GRÁFICO 3 – Comunicação.
A qualidade das informações, contidas nos vídeos produzidos para treinamento
dos usuários no sistema, foi adequada, conforme 56% dos entrevistados (GRAFICO 4). Em
virtude disso, os processos de implantação do sistema realizados pelas secretarias foram
facilitados.
65
GRÁFICO 4 – Qualidade dos vídeos aulas.
Na pesquisa realizada com as Secretárias Acadêmicas, 75% (GRAFICO 5)
concordam plenamente que durante o transcorrer do processo de implantação receberam
muito apoio da Direção da Unidade, o que é de suma importância para o bom
desenvolvimento do trabalho.
GRÁFICO 5 – Recebimento de apoio da Direção da Unidade
66
Observa-se, no questionário aplicado a todos os participantes envolvidos,
Secretárias Acadêmicas, Tutores e Analistas Educacionais, que 50% dos entrevistados
(GRAFICO 6) possuem de fato muita experiência na implantação de sistemas de informação
acadêmica em outras organizações. Em contra partida, entre os demais há uma grande
variação no que tange o grau de experiência.
GRÁFICO 6 – Experiência com implantação ERP.
O cumprimento de prazos na implantação de um ERP foi essencial, pois caso não
fossem cumpridos, poderiam comprometer a qualidade do trabalho, aumentando os custos.
Portanto 70% dos participantes (GRAFICO 7) concordaram e concordam plenamente que os
prazos acordados com as unidades para entrega de tarefas foram observados.
O GRAF. 7 também mostra que os prazos acordados com as unidades para
entrega de tarefas relacionadas aos cadastros dentro do ERP foram sempre obedecidos. Já os
prazos acordados com as unidades para entrega de tarefas relacionadas à definição das
fórmulas de cálculo e os acordados com as unidades para validação de migração foram
parcialmente obedecidos.
67
GRÁFICO 7 – Cumprimento dos prazos de implantação ERP.
Mais de 60% dos entrevistado (GRAFICO 8) concordam plenamente que os
Analistas de Referência conseguiram atuar junto às unidades com o foco voltado para a gestão
administrativa e acadêmica e que questões operacionais sobre a utilização do sistema foram
resolvidas pelos Analistas Tutores, portanto entende-se que isso funcionou bem e agregou
valor ao projeto.
GRÁFICO 8 – Atuação do analistas.
68
Conforme mostra o GRAF. 9, 55% dos participantes concordam plenamente na
afirmação de que é a primeira vez em que está envolvido na implantação de um sistema de
Gestão Acadêmica no Marista.
GRÁFICO 9 – Implantação do ERP no Marista.
As concordâncias sobre a presença de um recurso local para implantação do
sistema foram bastante diversificadas, pois 31% (GRAFICO 10) concordam plenamente que a
ausência de analistas TOTVS na unidade, durante todas as etapas do projeto, limitou os
resultados obtidos pelo projeto de implantação; em contrapartida, 38% não concordam com
está afirmação, 23% concordam com um pouco de convencimento e 8% concordam.
69
GRÁFICO 10 – Ausência de recurso local.
Importante mencionar que 100% dos analistas referências entrevistados
concordaram com algum convencimento que não houve necessidade de visitar as unidades
para tratar de assuntos essencialmente relacionados com o projeto.
É importante salientar que projetos de sucesso apresentam documentações muito
bem elaboradas. É fundamental que projetos de implantação de sistemas tenham todos os
processos bem definidos e escritos para evitar problemas futuros. Quanto à documentação do
projeto Marista, 68% dos participantes (GRAFICO 11) concordam plenamente que o Gerente
de projetos documentou adequadamente o andamento das atividades, compromissos
assumidos e resultados entregues durante o projeto.
70
GRÁFICO 11 – Elaboração da documentação.
Foi apurado que 72% dos participantes envolvidos na pesquisa (GRÁFICO 12)
concordam plenamente que os Analistas Tutores demonstraram possuir conhecimento sobre o
ERP, sanando as dúvidas relacionadas ao sistema, além de não haver reclamações dos
Analistas Tutores pelas Secretarias Acadêmicas. É de extrema importância o nível de
conhecimento dos envolvidos na implantação do ERP, pois os Analistas Tutores são os
responsáveis diretos pelo atendimento aos usuários do sistema, e é necessário que os mesmos
demonstrem conhecimento do sistema para motivarem a todos a utilizarem o ERP de forma
correta.
71
GRÁFICO 12 – Conhecimento do ERP
Quanto à utilização das ferramentas, Skype, Moodle, estas foram bem aceitas
pelos entrevistados e foram amplamente recomendadas. A satisfação apenas superficial do
(a)s Secretário (a)s Acadêmicos deve-se a uma deficiência de operabilidade, decorrente a uma
falha no treinamento. A literatura estudada aborda a importância do treinamento no processo
de implantação do ERP, pois a maioria das empresas apresenta dificuldades em adaptar-se ao
novo sistema.
Em reforço a isto, de acordo como 75% dos Analistas Tutores, os Secretários (a)s
Acadêmicos sempre necessitavam de uma ajuda adicional para operar o sistema, após
assistirem os vídeos de treinamento. Este resultado sugere uma avaliação e possível
reformulação no treinamento do (a) (s) Secretário (a)s Acadêmicos.
Em relação ao suporte, sempre que procurado por uma unidade, o tempo para
iniciar um atendimento foi inferior a 30 minutos, com poucas exceções, e após iniciar um
atendimento com uma unidade o tempo para dirimir dúvidas não excedeu a 30 minutos, com
poucas exceções, conforme questionário aplicado.
Como ilustrado pelos dados obtidos nos questionários, o Sistema ERP mostrou-se
bem aceito entre os funcionários. A recomendação da utilização do método de Implantação de
Sistemas Assistida à distância foi bem aceita pelas Secretarias Acadêmicas (GRÁFICO 13),
pois 16 foram entrevistadas, 31% concordam com a metodologia à distância utilizada e 38%
concordam plenamente.
72
GRÁFICO 13 – Aceitação do Sistema ERP nas secretarias acadêmicas.
Os analistas responsáveis pelo sistema, para fazê-lo funcionar adequadamente e
pela implantação do mesmo, também foram questionados sobre a recomendação do método
utilizado e todos concordaram 100% com a metodologia aplicada (GRÁFICO 14).
GRÁFICO 14 – Recomendação dos analistas sobre o método utilizado
73
Já os Analistas Tutores, responsáveis por toda atualização do ambiente Moodle,
assistência aos usuários, além de serem motivadores das comunidades criadas no ambiente,
75% concordam plenamente (GRÁFICO 15) com a utilização do método. Somente 25%, que
corresponde apenas a um Analista, ficou indeciso quanto à recomendação. Esse resultado
pode ser explicado pelo curto tempo de adaptação com o novo sistema, o que inicialmente
pode criar certo desconforto devido à necessidade de aquisição de novos conhecimentos e à
responsabilidade sobre as informações inseridas no sistema.
GRÁFICO 15 – Concordância do uso do sistema pelos Analistas Tutores
A análise dos dados mostrou, de uma forma geral (GRÁFICO 16), que aplicação
da Implantação do Sistema de Gestão Integrada à Distância foi bem sucedida e aceita entre
seus membros. O principal benefício identificado é a forte integração propiciada pelo novo
sistema, pois como o Colégio Marista utiliza-se de diferentes ferramentas (Moodle, Skype), a
integração dos participantes colaborou para aperfeiçoar o serviço.
74
GRÁFICO 16 – Análise geral da aplicação do Sistema de Gestão Integrada à
Distância.
Consolidando os resultados da aceitação da implantação assistida à distância,
pode-se concluir que, dos 22 entrevistados, 73% concordam com a Implantação do Sistema de
Gestão Integrada à Distância e recomendariam para outras empresas a utilização do método.
Mediante questionário aplicado anexo, 100% dos Analistas Tutores concordam
que não houve reclamação, por parte da Diretoria das unidades, relacionadas ao método de
implantação de sistemas utilizado.
Diante do exposto podem-se sintetizar os dados colhidos em pontos positivos e
negativos para a Implantação de um Sistema de Gestão Integrada à Distância:
Os aspectos negativos foram:
Período curto para adequação dos membros envolvidos na implantação;
Implantação executados estando os processos ainda não inteiramente definidos;
Resistência à implantação por parte dos Secretário(a)s Acadêmicos;
Treinamento baseado na ferramenta gera dificuldades, pois o certo é basear-se
nos processos;
Falha na comunicação entre os Secretário(a)s Acadêmicos e seus gestores.
Os aspectos positivos foram:
Maior controle efetivo sobre custos de um projeto;
Reunião dos membros envolvidos na implantação; exposição dos problemas
recorrentes a implantação;
75
Determinação de parâmetros e níveis ótimos de serviços, padronizando
procedimentos para toda a empresa;
Acesso rápido às informações necessárias, para todos os níveis da empresa;
Aumento da produtividade, pela eliminação referente às várias entradas das
mesmas informações acadêmicas em vários sistemas;
Aumento da qualidade do serviço, especialmente em atendimento de prazos;
Planejamento eficiente e realístico, mais ajustado às reais capacidades da
empresa e às suas restrições operacionais;
Aumento flexibilidade, ao lidar com ensino a distancia, facilitando para alunos
professores;
Interface web bem organizada e de rápido acesso aos dados.
Os impactos causados pela implantação do ERP apresentaram-se de forma
diversa, principalmente, no tocante à resistência às mudanças, fato este, que segundo os
analistas, exigiu a união de esforços para ser contornado.
Percebe-se que após as adequações necessárias, o sistema tornou-se aceito pelas
secretarias que mencionaram que as barreiras foram quebradas.
Desta forma, pode-se inferir que os funcionários preferem o ERP aos antigos
sistemas utilizados pela empresa, pois os mesmos concordam entre si que o saldo da
implantação foi positivo.
76
CAPÍTULO 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
O aprendizado obtido durante o processo de implantação do sistema proposto no
Colégio Marista permitiu extrair informações críticas de sucesso, as quais poderão ser
consideradas por empresas com sistema de gestão semelhantes e que desejem preparar-se para
implantar sistemas integrados.
Mesmo demonstrando alguns pontos sensíveis durante o processo de implantação,
o resultado final foi satisfatório. O bom relacionamento entre os membros da empresa e o
pronto atendimento dos Analistas Tutores e Analistas de Referência são determinantes para a
implantação do sistema ERP à distância. Como citado anteriormente, grande parte da
responsabilidade pelo sucesso da implantação se deve ao empenho das partes envolvidas no
processo. Na fase de implantação do sistema, é indispensável buscar o efetivo
comprometimento da alta direção e dos usuários-chave, de modo a reduzir as chances de
resistências ativa ou passiva, causadoras potenciais de desistência e/ou baixo nível de
utilização dos sistemas.
Os problemas encontrados devem-se em grande parte a uma falha de treinamento,
processo que deverá ser melhor discutido e avaliado.
Conclui-se que a Implantação de Sistemas de Gestão Integrada à Distância é
viável, desde que apresente um plano de desenvolvimento (pré-implantação, implantação e
pós-implantação) bem definido antes do início do processo. Esta pesquisa mostrou que a
integração dos sistemas possibilitou uma maior flexibilidade de atendimento, maior agilidade
no acesso aos dados e redução de custos em relação ao processo de implantação convencional.
5.1 Reflexões sobre o problema proposto pela pesquisa
Em relação ao problema proposto, observou-se que o método da Implantação de
Sistema de Gestão Integrada à Distância, apresentou diversos benefícios que podem ser
obtidos pelas empresas que optarem por utilizar esta metodologia.
Dentre eles pode-se destacar a redução considerável dos custos, a rapidez da
replicação dos dados nas demais unidades e a enorme flexibilidade de suporte e atendimento
aos usuários finais. Houve aprimoramento do processo de comunicação e participação dos
77
envolvidos, o que colaborou para um melhor entendimento sobre a forma de implantar um
sistema à distância. Observou-se, também, que houve um aumento significativo do
envolvimento e comprometimento das Secretárias Acadêmicas e Analistas, pois eram os
responsáveis diretos pelo sucesso da implantação do sistema.
5.2 Reflexões sobre o objetivo da pesquisa
Este trabalho avaliou os benefícios trazidos por uma empresa ao optar por
implantar um Sistema de Gestão Integrada à Distância e, como já visto, este método foi bem
aceito por todos e recomenda-se que seja utilizado para demais organizações, desde que as
mesmas possuam uma metodologia bem estruturada.
O Trabalho de análise aqui proposto concentra-se na motivação para a realização
do projeto, em fatores que podem influenciar o sucesso do empreendimento e na forma de
adoção da tecnologia envolvida. Assim, pode-se afirmar que os objetivos específicos
delineados no início a pesquisa foram alcançados, avaliando-se os benefícios da implantação
de um sistema ERP à distância. Houve uma avaliação qualitativa da viabilidade deste tipo de
implantação, fornecendo subsídios e referências que contribuíram para a implantação de
projetos de ERP.
Apesar dos benefícios e vantagens apresentadas com a utilização do sistema,
administrar um projeto de implantação de sistema ERP é uma tarefa difícil, arriscada,
demanda longo tempo e despende normalmente elevadas somas financeiras.
No que tange a outros fatores abordados na pesquisa e que também concorrem
para se alcançar uma implantação bem sucedida, recomenda-se a participação e o
engajamento da alta direção da empresa no projeto. Assim, torna-se fundamental o aval da
direção, pois quanto maior for o envolvimento e contribuição dos chefes no projeto, apoiando
para estabelecer uma imagem positiva do sistema, maiores são as probabilidades de ocorrer
uma implantação de sucesso.
78
5.3 Recomendações
Por ainda ser recente na sua utilização, os efeitos do ERP sobre a organização
necessitam ser intensamente pesquisados. Nesta pesquisa abordaram-se alguns aspectos
fundamentais referentes à implantação de sistemas de gestão integrada à distância.
No entanto, outros aspectos devem ser estudados, tais como:
Estudo sobre o como as organização se preparam para, sempre que necessário,
ajustar não somente os processos, mas também suas políticas e prover o crescimento humano,
técnico e profissional de seus recursos, ajustando-os para a nova realidade e para as novas
necessidades, expectativas e metas da empresa, visando, com isso, atingir o sucesso da
implantação.
A Especificação Técnica dos processos deverá ser considerada para determinar
as funcionalidades disponíveis nos sistemas e registrar quais serão de fato implantadas de
acordo com as necessidades reais do cliente. Quais os critérios utilizados para especificar
procedimentos à distância?
O conhecimento em gerenciamento de projetos vem a cada dia sendo mais
difundido e requisitado pelas empresas aos profissionais. Atualmente são raras as empresas
que não utilizam Gerenciamento de Projetos e que conseguem fazer sucesso sem desperdício
de tempo e dinheiro. O conhecimento das técnicas e melhores práticas existentes no PMBOK
aliadas a ferramenta de gerenciamento de projetos e uma metodologia de implementação
elaborada para atender as características dos projetos da empresa trazem a garantia de melhor
qualidade no gerenciamento dos projetos. Um gerenciamento de projetos adequado garante a
satisfação do cliente atendendo o escopo, prazo e custos do projeto tornando os projetos
rentáveis. Com todas as necessidades relatadas, é de extrema necessidade que seja criado uma
metodologia para a implantação de sistemas de gestão integrada à distância.
79
REFERÊNCIAS
ALBERTÃO, Sebastião Edmar. ERP sistema de gestão empresarial: metodologia para
avaliação, seleção e implantação para pequenas e médias empresas. a. ed. São Paulo: Iglu,
2001. 102p.
AMERICO, Eroni Bento. Implantação de um Software de Erp em uma Indústria Metalúrgica:
Contribuição da Tecnologia da Informação como Prestadora de Serviços ao Negócio. 2006.
Disponível em <http://paginas.ucpel.tche.br/~loh/erp-eroni.pdf> . Acesso em: 4 jul. 2009.
BANCROFT, Nancy H.; SEIP, Henning; SPRENGEL, Andréa. Implementing SAP R/3: how
to introduce a large system into a large organization. 2nd. ed. Greenwich: Manning, 1997.
266p.
BATTISTI, Julio. Criando aplicações em 3, 4 ou n camadas. 30 mai. 2003. Disponível em:
<http://www.juliobattisti.com.br/artigos/ti/ncamadas.asp>. Acesso em: 3 jul. 2009.
BELLATI, Fabiano Silvestre. E-learning no Brasil. Artigo apresentado no I Fórum de
Estratégia e Potencial Humano no Centro Salesiano São Paulo, no Campus Maria
Auxiliadora, na cidade de Americana-SP, em setembro de 2008. Disponível em: <
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6b/Comunicacao05.pdf>. Acesso em: 25
ago. 2009.
BERGAMASCHI, Sidnei. Um estudo sobre projetos de implementação de sistemas para
gestão empresarial. 1999. 181 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo,
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Disponível em: <
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12133/tde-27122003-224740/>. Acesso em
11/9/09.
BERGAMASCHI, Sidnei; REINHARD, Nicolau. Fatores Críticos de Sucesso para a
Implementação de Sistemas de Gestão Empresarial. In: SOUZA, Cesar Alexandre de;
SACCOL, Amarolinda Zanela (Org.). Sistemas ERP no Brasil (Enterprise Resource
Planning): teoria e casos. São Paulo: Atlas, 2003. p. 106-129.
BOOG, G.G. O desafio da competência: como enfrentar as dificuldades do presente e
preparar sua empresa para o futuro. 3 ed. São Paulo: Best Seller, 1991. 206p.
CAIÇARA Jr., Cícero. Sistemas integrados de gestão ERP: uma abordagem gerencial. São
Paulo : IBPEX, 2008.
CHOO, Chun Wei. A organização do conhecimento: como as organizações usam a
informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. Tradução Eliana
Rocha. São Paulo: SENAC, 2003. 421p.
CIANCONI, Regina de Barros. Gestão do Conhecimento: visão de indivíduos e organizações
no Brasil. Rio de Janeiro: 2003. 287p. Disponível em: <http://tede-
dep.ibict.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=14>. Acesso em: 27 jun. 2009.
80
COLANGELO FILHO, Lúcio. Implantação de sistemas ERP: um enfoque de longo prazo.
São Paulo: Atlas, 2001. 191p.
CORREA, Henrique L.; Gianesi, Irineu G.; Caon, Mauro. Planejamento e Controle: MRP
II/ERP: conceito, uso e implantação. 2 ed. São Paulo: Gianesi Corrêa & Associados: Atlas,
1999.
CORRÊA, Henrique; GIANESI, Irineu G. N., CAON, Mauro. Planejamento, programação e
controle da produção MRP II/ERP: conceitos, uso e implantação. 4 ed. São Paulo: Atlas,
2001. 452p.
DAVENPORT, Thomas H. Putting the enterprise into the enterprise system. Harvard
Business Review, v. 76, n. 4, p.121-131, Jul/Aug. 1998.
DAVENPORT, Thomas H.; PRUSAK, Laurence. Conhecimento empresarial: como as
organizações gerenciam o seu capital intelectual. Tradução Lenke Peres. 12ª. reimpressão. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2003. 237p.
ESCOUTO, Rita M. da C.; SCHILLING, Luís F. Proposta de metodologia de seleção de
sistemas ERP para uma empresa de médio porte. In: SOUZA, Cesar Alexandre de; SACCOL,
Amarolinda Zanela (Org.). Sistemas ERP no Brasil (Enterprise Resource Planning): teoria e
casos. São Paulo: Atlas, 2003. p.266-284.
FAVARETTO, Fábio; CUNHA, Nara Inês Pereira Vieira da; ORMEROD, Paulo Ernesto
Seabra Bueno. Implantação de sistema de suporte à decisão para gerenciamento de índices
de refugo. In: X SIMPEP – Simpósio de Engenharia de Produção, 10-12 nov. 2003.
Disponível em:
<ttp://search.utorrent.com/search.php?q=Sistemas%20ERP%3a%20conceitua%c3%a7%c3%a
3o%2c%20ciclo%20de%20vida%20e%20estudos%20de%20casos%20comparados&e=http%
3a%2f%2fgoogle.com%2fsearch%3fq%3d&u=1>. Acesso em: 11 set. 2009.
FEDICHINA, Márcio A. H.; GOZZI, Sérgio. A Implementação de Sistemas Integrados ERP:
uma análise dos Fatores Críticos de sucesso. Iberoamerican Academy of Management –
International Conference, 2003, São Paulo. Anais da Iberoamerican Academy of
Management, 2003. v.1, p.1-15.
FIORENTINI, Leda Maria Rangearo; MORAES, Raquel de Almeida. Linguagens e
interatividade na educação à distância. Rio de Janeiro: DP&A, 2003, 132 p.
Fornecedores de ERP terão de se adaptar ao crescimento da adesão a software como
serviço. Portal Fator Brasil. 7 jul. 2009. Disponível em:
http://www.revistafatorbrasil.com.br/ver_noticia.php?not=83024. Acesso em: 18 set. 2009.
GIUSTA, Agnela da Silva; FRANCO, Iara Melo (Org.). Educação à distância: uma
articulação entre a teoria e a prática. Belo Horizonte: PucMinas Virtual, 2003. 142p.
GODOY, Arilda Schmidt. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. Revista de
Administração de Empresas. São Paulo, v. 35, n.2, 1995b, p. 57-63.
81
HATCH, Mary J. Organization Theory: Modern, symbolic and postmodern perspectives.
Oxford: Oxford University Press, 1997, p. 416.
HEHN, H. F. Peopleware: Como trabalhar o fator humano na implementação de sistemas
integrados de informação (ERP). São Paulo: Gente, 1999. 167p.
HOLLANDER, Nathan. A guide to software package evalution & selection: the R2 ISC
method. New York: Amacon, 2000. 344p.
HOSSAIN, Liaquat; PATRICK, Jon D.; RASHID, M. A.. Enterprise resource planning:
global opportunities and challenges. Hershey : Idea Group Publishing, 2002.
HYPOLITO, Christiane Mendes; PAMPLONA, Edson de Oliveira. Sistemas de Gestão
Integrada: conceitos e considerações de uma implantação. Disponível em:
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP1999_A0357.PDF>. Acesso em: 26 jun.
2009.
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane Price. Sistemas de informação: com Internet.
Tradução Dalton Conde de Alencar. 4 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. 389 p.
LIMA, A. D. A. et al. Implantação de Pacote de Gestão Empresarial em Médias Empresas.
KMPress, 2003. Disponível em:
<http://www.kmpress.com.br/portal/artigos/preview.asp?id=147>. Acesso em: 2 jul. 2009.
LITWIN, E. (Org). Educação a Distância à distância: temas para o debate de uma nova
agenda educativa. Porto Alegre: Artmed, 2001. 110p.
MARÇOLA, Josadak Astorino; PEREIRA, Hernane Candido. Estudo Dirigido ao
Acompanhamento e Controle dos Processos de Produção e Suprimentos de uma Empresa
Make to Order. In: XXVI ENEGEP, Fortaleza, CE, 9-11 out. 2006. Associação Brasileira de
Engenharia de Produção, 2006. Disponível em: <
http://search.utorrent.com/search.php?q=Sistemas%20ERP%3a%20conceitua%c3%a7%c3%a
3o%2c%20ciclo%20de%20vida%20e%20estudos%20de%20casos%20comparados&e=http%
3a%2f%2fgoogle.com%2fsearch%3fq%3d&u=1>. Acesso em: 10 set. 2009.
MB SISTEMAS SOLUÇÕES CORPORATIVAS. Enterprise Resource Planning Software –
ERP: Planejamento de recursos empresariais. 2008. Disponível em:
<http://www.mbsistemas.com.br/erp.asp>. Acesso em 10 abr. 2009.
MATHEUS, Fábio. Controle de Custos: Implantação de um Sistema ERP em uma
Construtora. 2006. Disponível em <http://cursos.anhembi.br/tcc-06/civil-14.pdf>. Acesso em
20. Jul. 2009.
MEISTER, J. Educação Corporativa. São Paulo: Pearson Makron Books, 1999, 296 p.
MENDES, Juliana V.; ESCRIVÃO Filho, Edmundo. Sistemas integrados de gestão ERP em
pequenas empresas: um confronto entre o referencial teórico e a prática empresarial. São
Carlos, v.9, n.3, dez. 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-
530X2002000300006&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 22 jun. 2009.
82
MENDES, Juliana V.; ESCRIVÃO Filho, Edmundo. Sistema Integrado de Gestão (ERP) em
Empresas de Médio Porte: um confronto entre o referencial teórico e a prática empresarial.
In: Resumo dos Trabalhos XXV ENANPAD. Rio de Janeiro: Anpad, 2001.
MONTEIRO, Jamir Mendes. Aspectos que dificultam um sistema ERP de promover a
reorganização das empresas por processos de negócios: uma análise da realidade brasileira.
XI SIMPEP, Bauru, SP, 8-10 nov. 2004. Disponível em: <
http://search.utorrent.com/search.php?q=Sistemas%20ERP%3a%20conceitua%c3%a7%c3%a
3o%2c%20ciclo%20de%20vida%20e%20estudos%20de%20casos%20comparados&e=http%
3a%2f%2fgoogle.com%2fsearch%3fq%3d&u=1>. Acesso em: 23 ago. 2009.
MORAN, José Manuel. EAD – Porque não? Modelos e avaliação do ensino superior a
distânciaà distância no Brasil. ETD – Educação Temática Digital, Campinas, v. 0, nº 2, p.54-
70, jun. 2009. Disponível em:
< http://www.fae.unicamp.br/etd/viewarticle.php?id=482>. Acesso em 28 ago. 2009.
NONAKA, Ikujiro; TAKEUCHI, Hirotaka. Criação de conhecimento na empresa: como as
empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. 4 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997. 358p.
NORRIS, Grant et al. E-Bussiness e ERP: Transformando a empresa. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2001. 193p.
O‟BRIEN, James. A. Sistemas de Informação e as Decisões Gerenciais na Era da Internet.
Trad. de Célio Knipel Moreira e Cid Knipel Moreira. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. 431 p.
OLIVEIRA, Djalma de Pinto Rebouças. Estratégia empresarial & vantagem competitiva:
como estabelecer, implementar e avaliar. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001. 456p.
OLIVEIRA, José Palazzo Moreira de. Sistemas de informação e sociedade. Cienc. Cult.
[online]. 2003, v. 55, n. 2, pp. 39-41. ISSN 0009-6725.
OLIVEIRA, Marcos Bueno de. Implantação do ERP como instrumento de gestão, para
empresas de pequeno porte. In: XV SIMPEP – Simpósio de Engenharia de Produção,
cidade/UF, 10-12 nov. 2008.
OZAKI, Adalton Masalu; VIDAL, Antônio Geraldo da Rocha. Desafios da Implantação de
Sistemas ERP: um estudo de caso em uma empresa de médio porte. In: SOUZA, Cesar
Alexandre de; SACCOL, Amarolinda Zanela (Org.). Sistemas ERP no Brasil (Enterprise
Resource Planning): teoria e casos. São Paulo: Atlas, 2003. p.285-303.
PAMPLONA, Edson de Oliveira. Contribuição para a análise crítica do sistema de custos
ABC através da avaliação de direcionadores de custos. 1997. Tese (Doutorado) em
Administração Contábil e Financeira - Fundação Getúlio Vargas, EAESP. São Paulo. 200p.
PELANDA, Maurício Luiz. Modelos de governança de tecnologia da informação adotados
no Brasil: um estudo de casos múltiplos. 2006. Dissertação (Mestrado) em Administração –
Universidade Metodista de São Paulo. São Bernardo do Campo. 133p.
83
PINOSA, Sebastian Hernan. Aprendizagem organizacional: apresentação de mapa conceitual.
Florianópolis-SC. 24p. Disponível em:
<http://artigocientifico.uol.com.br/uploads/artc_1193622576_50.doc>. Acesso em: 25 mai.
2009.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Padrão PUC Minas de
normalização: normas da ABNT para apresentação de trabalhos científicos, teses,
dissertações e monografia. Belo Horizonte: PUC Minas, ago. 2008. 50p. Disponível em:
<http://www.pucminas.br/documentos/normalizacao_monografias.pdf >. Acesso em: 21 abr.
2009.
REZENDE, Denis Alcides. Engenharia de software e sistemas de informação. 3 ed. rev. e
ampl. Rio de Janeiro: Brasport, 2005. 316p.
REZENDE, Denis Alcides. Engenharia de software e sistemas de informação. 3 ed. reed. Rio
de Janeiro: Brasport, 2006. 316p.
SOUZA, Cesar Alexandre de; SACCOL, Amarolinda Zanela. Sistemas ERP e seu histórico.
In: SACCOL, Amarolinda Zanela; SOUZA, Cesar Alexandre de (Org.). Sistemas ERP no
Brasil (Enterprise Resource Planning): teoria e casos. São Paulo: Atlas, 2003. p. 19-26.
SANTOS, Fernando C. A. Estratégias de recursos humanos: dimensões competitivas. 1 ed.
São Paulo: Atlas, 1999. 120p.
SARTORI, A.S.; RODRIGUES, S.G. Metodologia da educação à distância: resposta
pedagógica aos desafios da educação contemporânea. 2 ed. Florianópolis:
UDESC/FAED/CEAD, 2002.
SILVA, Marco. Sala de aula interativa. Rio de Janeiro: Quartet, 2000. 230p.
SILVA, Marco (Org.). Educação on-line: teorias, práticas, legislação, formação corporativa.
São Paulo: Edições Loyola, 2003. 512p.
SILVA, Maria Vitória M.F.P.; NOVAES, Celso Carlos. A gestão do conhecimento e o projeto
de edificações. Gestão & Tecnologia de Projetos, São Carlos, v. 2, nº 1, p. 30-58, mai. 2007.
Disponível em:
< http://www.ppgciv.ufscar.br/arquivos/File/celso_artigos/Celso1.pdf>. Acesso em: 8/7/09.
SLACK, Nigel, et al. Administração da produção. Revisão técnica por: Henrique Corrêa e
Irineu Gianesi. São Paulo: Atlas, 1996, 726p.
SOUZA, César Alexandre. Sistemas integrados de gestão empresarial: estudos de casos de
implementação de sistemas ERP. Mai. 2000. 305 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade de
São Paulo, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Disponível em:
http://search.utorrent.com/search.php?q=Sistemas%20ERP%3a%20conceitua%c3%a7%c3%a
3o%2c%20ciclo%20de%20vida%20e%20estudos%20de%20casos%20comparados&e=http%
3a%2f%2fgoogle.com%2fsearch%3fq%3d&u=1>. Acesso em: 5 mai. 2009.
84
SOUZA, Cesar Alexandre de; ZWICKER, Ronaldo. Ciclo de vida de sistemas ERP. Caderno
de Pesquisas em Administração, São Paulo, v.1, n.11, p. 46-57, 1º trim./2000. Disponível em:
<http://search.utorrent.com/search.php?q=Sistemas%20ERP%3a%20conceitua%c3%a7%c3
%a3o%2c%20ciclo%20de%20vida%20e%20estudos%20de%20casos%20comparados&e=htt
p%3a%2f%2fgoogle.com%2fsearch%3fq%3d&u=1>. Acesso em: 10 set. 2009.
STAIR, Ralph M., REYNOLDS, George W. Princípios de Sistemas de Informação: uma
abordagem gerencial. 4 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. 496 p.
STAMFORD, P. P. ERP's: prepare-se para a mudança. KMPress, 15 jun. 2003. Disponível
em: <http://www.kmpress.com.br/portal/artigos/preview.asp?id=134>. Acesso em: 15 mai.
2009.
SWIERINGA, Joop; WIERDSMA, André. La organización que aprende. Wilmington:
Addison-Wesley, 1995. 165p.
TENÓRIO, Fernando G. Tecnologia da informação transformando as organizações e o
trabalho. Rio de janeiro: Editora FGV, 2007. 216p.
TONINI, Antonio Carlos. Metodologia para seleção de sistemas ERP: um estudo de caso. In:
SOUZA, Cesar Alexandre de; SACCOL, Amarolinda Zanela (Org.). Sistemas ERP no Brasil
(Enterprise Resource Planning): teoria e casos. São Paulo: Atlas, 2003. p. 29-60.
TONSIG, Sérgio Luiz. Engenharia de Software: Análise e Projeto de Sistemas. São Paulo:
Editora Futura, 2003. 351p.
ULRICH, Dave. (Org.) Recursos Humanos Estratégicos: novas perspectivas para os
profissionais de RH. Tradução Cristina Bazán, Bazán Tecnologia e Lingüística. 3 ed. São
Paulo: Futura, 2000, 379 p.
VASCONCELOS, Maria Celeste R. L; FERREIRA, Marta A.T. O processo de aprendizagem
e a Gestão do Conhecimento em empresas mineiras de vanguarda. In: ENANPAD, XXVI,
2002, Salvador-BA. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em
Administração, 21-25 set. 2002. Disponível em: <
http://www.anpad.org.br/evento.php?acao=trabalho&cod_edicao_subsecao=49&cod_evento_
edicao=6&cod_edicao_trabalho=2230>. Acesso em: 13/7/09.
WAGNER, Bret; MONK, Ellen. Enterprise resource planning. 3rd. Edition. Boston : Course
Technology, 2008.
ZWICKER, R.; SOUZA, C.A. Sistemas ERP: conceituação, ciclo de vida e estudos de casos
comparados. In: SOUZA, Cesar Alexandre de; SACCOL, Amarolinda Zanela (Org.).
Sistemas ERP no Brasil (Enterprise Resource Planning): teoria e casos. São Paulo: Atlas,
2003. p.63-87.
YIN, Robert K. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman,
2001.
YIN, Robert K. - Case Study Research: Design and Methods Third Edition. Sage Publications
Inc.,USA, 2003, p.20- 24.
85
ANEXOS
86
ANEXO A – Roteiro de Entrevista
87
88
89
90
91
ANEXO B - Questionários
Q u e s t io n á r io d e A v a lia ç ã o M e t o d o ló g ic a d e P r o je t o
S e c r e t á r io ( a ) s A c a d ê m ic o ( a ) sG e rê n c ia E d u c a c io n a l
P o u c o . . . . .P l e n a m e n te
N ú m e r o T ip o Q u e s t ã o 1 2 3 4 5
1
2
3
4
5
6 R e c om e ndo a util iz a ç ã o do S K Y PE pa ra tra ta r a s s untos do proje to c om os Ana lis ta s T utore s .
7
8
9 D ura nte o tra ns c orre r do proc e s s o de im pla nta ç ã o, re c e bí m uito a pôio da D ire ç ã o da U nida de .
10
11
12
13
14
15 Os pra z os a c orda dos c om a s unida de s pa ra e ntre g a de ta re fa s fora m obs e rv a dos .
16
17 A pa droniz a ç ã o dos re la tórios a c a dê m ic os c ontribuiu pa ra a prim ora r o proc e s s o de g e s tã o e s c ola r.
18
19
20
21
22 E s tou s a tis fe ito(a ) c om os re s ulta dos a lc a nç a dos pe lo proje to de im pla nta ç ã o a té o pre s e nte m om e nto.
23
24 R e c om e ndo a util iz a ç ã o do m é todo de Im pla nta ç ã o de S is te m a s As s is tida à D is tâ nc ia .
25
Ava lie a s que stõe s a pre se nta da s a se g uir re sponde ndo c om um a nota de 1 a 5 sobre sua c onc ordâ nc ia c om a s a firm a ç õe s re a liza da s . AT E NÇ ÃO a nota 1 s ig nific a C O NC O R D O PO UC O e a nota 5 c onc ordo PL E NAME NT E c om a a firm a ç ã o.
N ív e l d e C o n c o rd â n c ia
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
A c ontra ta ç ã o de a ux ilia re s de s e c re ta ria , dura nte a e x e c uç ã o do proje to, foi um a de c is ã o que c ola borou m uito pa ra o a nda m e nto dos tra ba lhos .
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
Os a na lis ta s tutore s de m ons tra ra m pos s uir c onhe c im e nto s obre o s is te m a C la s s is R M, s a na ndo a s dúv ida s re la c iona da s c om a util iz a ç ã o do s is te m a .
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
A e ta pa de pa droniz a ç ã o de inform a ç õe s c om o: s é rie , turm a , e tc . foi e s s e nc ia l pa ra g a ra ntir a c oe s ã o da s inform a ç õe s no s is te m a .
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
A util iz a ç ã o de Ana lis ta s T utore s fa c il itou o proc e s s o de e nte ndim e nto da s a tiv ida de s re la c iona da s c om o proje to.
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
O proc e s s o de c om unic a ç ã o e nv olv e ndo: S e c re tá ria s Ac a dê m ic a s , Ana lis ta s T utore s e Ana lis ta s de R e fe rê nc ia da G e rê nc ia E duc a c iona l func ionou m uito be m m inim iz a ndo o s tre s s dura nte a e x e c uç ã o da s a tiv ida de s re la c iona da s c om o proje to.
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
O proc e s s o de c orre ç ã o da s inform a ç õe s a c a dê m ic a s , c onduz ido nos s is te m a s de orig e m S E IT udo e AS PE s c ola , fa c il itou o proc e s s o de m ig ra ç ã o da s inform a ç õe s a c a dê m ic a s .
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
A qua lida de da s inform a ç õe s , c ontida s nos v íde os produz idos pa ra tre ina m e nto dos us uá rios do s is te m a C la s s is R M, foi a de qua da . E m v irtude dis s o os proc e s s os de im pla nta ç ã o do s is te m a re a liz a dos pe la s s e c re ta ria s fora m fa c il ita dos .
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
Os a na lis ta s tutore s a pre s e nta ra m fa c il ida de de c om unic a ç ã o e dis ponibilida de pa ra tra ta r dos a s s untos a pre s e nta dos pe la S e c re ta ria dura nte a c onduç ã o da s a tiv ida de s de proje to.
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
R e c om e ndo a util iz a ç ã o do a m bie nte MOOD L E pa ra fa c il ita r a inte g ra ç ã o e ntre a s unida de s e o e s c ritório c e ntra l dura nte a e x e c uç ã o da s a tiv ida de s de proje to.
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
Pos s uo m uita e x pe riê nc ia na im pla nta ç ã o de s is te m a s de inform a ç ã o a c a dê m ic a e m outra s org a niz a ç õe s .
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
O proc e s s o de m ig ra ç ã o da s inform a ç õe s a c a dê m ic a s e ntre os s is te m a s AS PE s c ola e S E IT udo pa ra o R M func ionou a de qua da m e nte .
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
E s tou s a tis fe ita c om a a tua ç ã o dos Ana lis ta s de s is te m a s WE B da G e rê nc ia de T I, re s pons á v e is pe la dis ponibiliz a ç ã o do Porta l E duc a c iona l na IN T E R N E T .
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
Os Ana lis ta s de R e fe rê nc ia c ons s e g uira m a tua r junto à s unida de s c om o foc o v olta do pa ra a g e s tã o a dm inis tra tiv a e a c a dê m ic a . Que s tõe s ope ra c iona is s obre a util iz a ç ã o do s is te m a fora m re s olv ida s pe los Ana lis ta s T utore s . E nte ndo que is s o func ionou be m e a g re g ou v a lor a o proje to.
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
A a us ê nc ia de a na lis ta s da R M e m m inha unida de , dura nte toda s a s e ta pa s do proje to, l im itou os re s ulta dos obtidos pe lo proje to de im pla nta ç ã o.
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
Os Ana lis ta s de R e fe rê nc ia da G e rê nc ia E duc a c iona l fa c il ita ra m o tra ba lho da s e c re ta ria a c a dê m ic a s e m pre que fora m s olic ita dos pa ra re s olv e r que s tõe s de c unho a dm inis tra tiv o e a c a dê m ic o, re la c iona da s c om o proje to.
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
O G e re nte de proje tos doc um e ntou a de qua da m e nte o a nda m e nto da s a tiv ida de s , c om prom is s os a s s um idos e re s ulta dos e ntre g ue s dura nte o proje to.
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
E s tou s a tis fe ito(a ) c om a c onduç ã o da a tiv ida de de m ig ra ç ã o de inform a ç õe s a c a dê m ic a s e ntre os s is te m a s a ntig os e R M, e fe tua da pe los a na lis ta s de s is te m a s da G e rê nc ia de T I.
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
E s ta foi a prim e ira v e z que e s tiv e e nv olv ido na im pla nta ç ã o de um s is te m a de G e s tã o Ac a dê m ic a no Ma ris ta .
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic o(a )
Os a na lis ta s da G e rê nc ia de T I a poia ra m a de qua da m e nte a s s e c re ta ria s , c orrig indo os de fe itos a pre s e nta dos pe lo s is te m a e inte ra g indo c om a e m pre s a R M.
92
Q u e s t io n á r io d e A v a lia ç ã o M e t o d o ló g ic a d e P r o je t o
A n a lis t a s d e R e fe r ê n c iaG e rê n c ia E d u c a c io n a l
P o u c o . . . . .P l e n a m e n te
N ú m e r o T ip o Q u e s t ã o 1 2 3 4 5
1
2 N ã o houv e re c la m a ç õe s s obre a a tua ç ã o dos a na lis ta s tutore s pe la s S e c re tá ria s Ac a dê m ic a s .
3
4 As S e c re tá ria s Ac a dê m ic a s a c e ita ra m o proc e s s o de pa droniz a ç ã o da s inform a ç õe s .
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14 Fique i s a tis fe ito c om os re s ulta dos a lc a nç a dos pe lo proje to.
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24 R e c om e ndo a util iz a ç ã o do m é todo de Im pla nta ç ã o de S is te m a s As s is tida à dis tâ nc ia .
25
Ava lie a s que stõe s a pre se nta da s a se g uir re sponde ndo c om um a nota de 1 a 5 sobre sua c onc ordâ nc ia c om a s a firm a ç õe s re a liza da s . AT E NÇ ÃO a nota 1 s ig nific a C O NC O R D O PO UC O e a nota 5 c onc ordo ple na m e nte c om a a firm a ç ã o.
N ív e l d e C o n c o rd â n c ia
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
A c ontra ta ç ã o de a ux ilia re s de s e c re ta ria , dura nte a e x e c uç ã o do proje to, foi um a de c is ã o que c ola borou m uito pa ra o a nda m e nto dos tra ba lhos .
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
A e ta pa de pa droniz a ç ã o de inform a ç õe s c om o: s é rie , turm a , e tc . foi e s s e nc ia l pa ra g a ra ntir a c oe s ã o da s inform a ç õe s no s is te m a .
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
O proc e s s o de c om unic a ç ã o e nv olv e ndo: S e c re tá ria s Ac a dê m ic a s , Ana lis ta s T utore s e Ana lis ta s de
R e fe rê nc ia func ionou m uito be m m inim iz a ndo o s tre s s d os p a rtic ip a n tes d o p rojeto.Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
As s e c re tá ria s de m os tra ra m dific ulda de e m util iz a r o re c urs o de c om uic a ç ã o S K Y PE pre fe rindo a util iz a ç ã o de te le fone s , g e ra ndo re c la m a ç õe s fre qüe nte s .
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
As S e c re tá ria s Ac a dê m ic a s fic a ra m s a tis fe ita s c om o proc e s s o de m ig ra ç ã o da s inform a ç õe s a c a dê m ic a s dos s is te m a s . N ã o houv e re c la m a ç õe s re la c iona da s c om e s s e proc e s s o.
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
A qua lida de da s inform a ç õe s , c ontida s nos v íde os produz idos pa ra tre ina m e nto dos us uá rios do s is te m a R M, foi a de qua da e nã o g e rou re c la m a ç õe s por pa rte da s S e c re tá ria s Ac a dê m ic a s na s unida de s .
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
As S e c re tá ria s Ac a dê m ic a s a c e ita ra m o m é todo de im pla nta ç ã o de s is te m a a dota do. N ã o houv e re c la m a ç õe s .
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
Os a na lis ta s tutore s fa c il ita ra m o proc e s s o de im pla nta ç ã o do s is te m a e c om unic a ç ã o c om a s unida de s , re duz indo a c a rg a de tra ba lho dos Ana lis ta s de R e fe rê nc ia da G e rê nc ia E duc a c iona l.
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
R e c om e ndo a util iz a ç ã o do a m bie nte MOOD L E pa ra fa c il ita r a inte g ra ç ã o c om a s unida de s dura nte a e x e c uç ã o da s a tiv ida de s de proje to.
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
Pos s uo m uita e x pe riê nc ia na im pla nta ç ã o de s is te m a s de inform a ç ã o a c a dê m ic a e m outra s org a niz a ç õe s .
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
N ã o houv e ne c e s s ida de de v is ita r a s unida de s pa ra tra ta r de a s s untos e s s e nc ia lm e nte re la c iona dos c om o proje to.
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
Os pra z os a c orda dos c om a s unida de s , pa ra e ntre g a de ta re fa s re la c iona da s à de finiç ã o da s fórm ula s de c á lc ulo, fora m s e m pre obe de c idos .
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
Os Ana lis ta s de R e fe rê nc ia c ons s e g uira m a tua r junto à s unida de s c om o foc o v olta do pa ra a g e s tã o a dm inis tra tiv a e a c a dê m ic a . Que s tõe s ope ra c iona is s obre a util iz a ç ã o do s is te m a fora m re s olv ida s pe los Ana lis ta s T utore s .
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
A pa droniz a ç ã o dos re la tórios a c a dê m ic os c ontribuiu pa ra a prim ora r o proc e s s o de g e s tã o e s c ola r. H ouv e a c e ita ç ã o de s te proc e s s o por pa rte da s unida de s .
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
H ouv e s e m pre fa c il ida de de a tua ç ã o c om os Ana lis ta s tutore s pa ra tra ta r de que s tõe s re la c iona da s a o proje to na s unida de s .
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
Os Ana lis ta s de R e fe rê nc ia da G e rê nc ia E duc a c iona l fa c il ita ra m o tra ba lho dos Ana lis ta s T utore s , junto à s unida de s , s e m pre que ha v ia um a de c is ã o de c unho a dm inis tra tiv o e a c a dê m ic o.
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
O G e re nte de proje tos doc um e ntou a de qua da m e nte o a nda m e nto do proje to, c om prom is s os a s s um idos e re s ulta dos e ntre g ue s pe lo proje to.
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
N ã o houv e re c la m a ç ã o, por pa rte da D ire toria da s unida de s , re la c iona da s a o m é todo de im pla nta ç ã o de s is te m a s util iz a do.
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
R e c om e ndo a util iz a ç ã o do S K Y PE c om o fe rra m e nta de c om unic a ç ã o c om a s unida de s dura nte a e x e c uç ã o dos proje tos .
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
E s ta foi a prim e ira v e z que e s tiv e e nv olv ido na im pla nta ç ã o de um s is te m a de G e s tã o Ac a dê m ic a no Ma ris ta .
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
Ana lis ta s de R e fe rê nc ia
Os a na lis ta s da G e rê nc ia de T I a poia ra m a de qua da m e nte a a tua ç ã o dos Ana lis ta s de R e fe rê nc ia , dirim indo dúv ida s e re s olv e ndo proble m a s re la c iona dos c om o C la s s is .
93
Q u e s t io n á r io d e A v a lia ç ã o d e P r o je t o s
A n a lis t a s T u t o r e sG e rê n c ia E d u c a c io n a l
P o u c o . . . . .P l e n a m e n te
N ú m e r o T ip o Q u e s t ã o 1 2 3 4 5
1 T utor
2 T utor
3 T utor
4 T utor Fre que nte m e nte a s unida de s a pre s e nta ra m dific ulda de de e nte ndim e nto da s ins truç õe s forne c ida s .
5 T utor
6 T utor
7 T utor O c a na l de c om unic a ç ã o S K Y PE fre que nte m e nte a pre s e nta v a ótim a qua lida de .
8 T utor
9 T utor
10 T utor
11 T utor R e c om e ndo a util iz a ç ã o do a m bie nte MOOD L E pa ra fa c il ita r a inte g ra ç ã o c om a s unida de s .
12 T utor Pos s uo m uita e x pe riê nc ia na im pla nta ç ã o de s is te m a s de inform a ç ã o e m outra s org a niz a ç õe s .
13 T utor
14 T utor Fique i s a tis fe ito c om os re s ulta dos a lc a nç a dos pe lo proje to.
15 T utor
16 T utor Os pra z os a c orda dos c om a s unida de s pa ra v a lida ç ã o de m ig ra ç ã o fora m s e m pre c um pridos .
17 T utor O g e re nte de proje tos fa c il itou a c onduç ã o da s a tiv ida de s .
18 T utor
19 T utor
20 T utor
21 T utor
22 T utor R e c om e ndo a util iz a ç ã o do S K Y PE c om o fe rra m e nta de c om unic a ç ã o c om a s unida de s .
23 T utor E s ta foi a prim e ira v e z que e s tiv e e nv olv ido na im pla nta ç ã o de um s is te m a de g e s tã o a c a dê m ic o.
24 T utor R e c om e ndo a util iz a ç ã o do m é todo de Im pla nta ç ã o de S is te m a s As s is tida à dis tâ nc ia .
25 T utor
Ava lie a s que stõe s a pre se nta da s a se g uir re sponde ndo c om um a nota de 1 a 5 sobre sua c onc ordâ nc ia c om a s a firm a ç õe s re a liza da s . AT E NÇ ÃO a nota 1 s ig nific a C O NC O R D O PO UC O e a nota 5 c onc ordo ple na m e nte c om a a firm a ç ã o.
N ív e l d e C o n c o rd â n c ia
S e m pre que proc ura do por um a unida de o te m po pa ra inic ia r um a te ndim e nto foi infe rior a 30 m inutos c om pouc a s e x c e ç õe s .
Após inic ia r um a te ndim e nto c om um a unida de o te m po pa ra dirim ir dúv ida s nã o e x c e de u 30 m inutos c om pouc a s e x c e ç õe s .
H ouv e um núm e ro e x pre s s iv o de c ha m a da s orig ina da pe la m e s m a unida de pa ra tra ta r de a s s untos a nte riorm e nte e x plic a dos g e ra ndo m uita re c orrê nc ia .
As s e c re tá ria s de m os tra ra m dific ulda de e m util iz a r o a m bie nte de inte ira ç ã o MOOB L E , g e ra ndo dúv ida s fre qüe nte s .
As s e c re tá ria s de m os tra ra m dific ulda de e m util iz a r o re c urs o de c om uic a ç ã o S K Y PE pre fe rindo a util iz a ç ã o de te le fone .
A qua lida de da s inform a ç õe s c ontida s nos v íde os produz idos pa ra tre ina m e nto dos us uá rios do s is te m a R M foi a de qua da .
Após a s s is tire m os v íde os os s e c re tá rios a c a dê m ic os s e m pre ne c e s s ita v a m de um a a juda a dic iona l pa ra ope ra r o s is te m a .H ouv e , por pa rte dos s e c re tá rios , m uita re c la m a ç ã o s obre a qua lida de dos v íde os a o s e re m e x ibidos pe la re de IN T R AN E T .
Os pra z os a c orda dos c om a s unida de s pa ra e ntre g a de ta re fa s re la c iona da s a os c a da s tros de ntro do E R P fora m s e m pre obe de c idos .
Os pra z os a c orda dos c om a s unida de s pa ra e ntre g a de ta re fa s re la c iona da s a de finiç ã o da s fórm ula s de c á lc ulo fora m s e m pre obe de c idos .
A c om unic a ç ã o c om a s s e c re tá ria s a c a dê m ic a s oc orre u s e m pre c om c ordia lida de ha v e ndo pouc a s
s itua ç õe s de s tre s .Os a na lis ta s de re fe rê nc ia da G e rê nc ia E duc a c iona l fa c il ita ra m o proc e s s o de c om unic a ç ã o c om a s unida de s .O G e re nte de proje tos doc um e ntou a de qua da m e nte o a nda m e nto do proje to, c om prom is s os a s s um idos e re s ulta dos e ntre g ue s .
Os a na lis ta s de re fe rê nc ia da G e rê nc ia E duc a c iona l a pre s e nta ra m fa c il ida de de c om unic a r-s e c om os a na lis ta s tutore s .
Os a na lis ta s da G e rê nc ia de T I a poia ra m a de qua da m e nte a a tua ç ã o dos tutore s , dirim indo dúv ida s e re s olv e ndo proble m a s re la c iona dos c om o C la s s is .
94
Q u e s t io n á r io d e A v a lia ç ã o M e t o d o ló g ic a d e P r o je t o
S e c r e t á r ia s A c a d ê m ic a sG e rê n c ia E d u c a c io n a l
T a b e la d e F r e q u ê n c ia - S e c r e t á r io ( a ) s A c a d ê m ic o s
ƩP o u c o . . . . .P l e n a m e n te
N ú m e r o T i p o Q u e s t ã o 1 2 3 4 5
1 2 0 0 4 1016
2 0 1 2 2 11 16
3 0 0 0 3 1316
4 0 0 1 3 1216
5 0 0 6 3 716
6 R e c om e ndo a util iz a ç ã o do S K Y PE pa ra tra ta r a s s untos do proje to c om os Ana lis ta s T utore s . 0 2 2 4 816
7 1 0 3 4 8 16
8 1 2 1 4 816
9 D ura nte o tra ns c orre r do proc e s s o de im pla nta ç ã o, re c e bi m uito a poio da D ire ç ã o da U nida de . 1 0 2 1 12 16
10 0 1 3 5 7 16
11 1 2 1 3 916
12 8 2 3 2 1 16
13 1 0 7 6 216
14 0 1 1 4 1016
15 Os pra z os a c orda dos c om a s unida de s pa ra e ntre g a de ta re fa s fora m obs e rv a dos . 0 0 0 8 8 16
16 0 0 2 5 916
17 A pa droniz a ç ã o dos re la tórios a c a dê m ic os c ontribuiu pa ra a prim ora r o proc e s s o de g e s tã o e s c ola r. 0 0 4 6 616
18 5 3 3 1 416
19 0 0 0 8 816
20 0 0 1 4 11 16
21 0 1 2 6 7 16
22 E s tou s a tis fe ito(a ) c om os re s ulta dos a lc a nç a dos pe lo proje to de im pla nta ç ã o a té o pre s e nte m om e nto. 0 2 1 7 616
23 6 0 1 1 816
24 R e c om e ndo a util iz a ç ã o do m é todo de Im pla nta ç ã o de S is te m a s As s is tida à D is tâ nc ia . 0 1 4 5 616
25 0 2 2 5 716
N ív e l d e C o n c o rd â n c ia
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
A c ontra ta ç ã o de a ux ilia re s de s e c re ta ria , dura nte a e x e c uç ã o do proje to, foi um a de c is ã o que c ola borou m uito pa ra o a nda m e nto dos tra ba lhos .
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
Os a na lis ta s tutore s de m ons tra ra m pos s uir c onhe c im e nto s obre o s is te m a C la s s is R M, s a na ndo a s dúv ida s re la c iona da s c om a util iz a ç ã o do s is te m a .
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
A e ta pa de pa droniz a ç ã o de inform a ç õe s c om o: s é rie , turm a , e tc . foi e s s e nc ia l pa ra g a ra ntir a c oe s ã o da s inform a ç õe s no s is te m a .
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
A util iz a ç ã o de Ana lis ta s T utore s fa c il itou o proc e s s o de e nte ndim e nto da s a tiv ida de s re la c iona da s c om o proje to.
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
O proc e s s o de c om unic a ç ã o e nv olv e ndo: S e c re tá ria s Ac a dê m ic a s , Ana lis ta s T utore s e Ana lis ta s de R e fe rê nc ia da G e rê nc ia E duc a c iona l func ionou m uito be m m inim iz a ndo o e s tre s s e dura nte a e x e c uç ã o da s a tiv ida de s re la c iona da s c om o proje to.
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic aS e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
O proc e s s o de c orre ç ã o da s inform a ç õe s a c a dê m ic a s , c onduz ido nos s is te m a s de orig e m S E IT udo e AS PE s c ola , fa c il itou o proc e s s o de m ig ra ç ã o da s inform a ç õe s a c a dê m ic a s .
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
A qua lida de da s inform a ç õe s , c ontida s nos v íde os produz idos pa ra tre ina m e nto dos us uá rios do s is te m a C la s s is R M, foi a de qua da . E m v irtude dis s o os proc e s s os de im pla nta ç ã o do s is te m a re a liz a dos pe la s s e c re ta ria s fora m fa c il ita dos .
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic aS e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
Os a na lis ta s tutore s a pre s e nta ra m fa c il ida de de c om unic a ç ã o e dis ponibilida de pa ra tra ta r dos a s s untos a pre s e nta dos pe la S e c re ta ria dura nte a c onduç ã o da s a tiv ida de s de proje to.
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
R e c om e ndo a util iz a ç ã o do a m bie nte MOOD L E pa ra fa c il ita r a inte g ra ç ã o e ntre a s unida de s e o e s c ritório c e ntra l dura nte a e x e c uç ã o da s a tiv ida de s de proje to.
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
Pos s uo m uita e x pe riê nc ia na im pla nta ç ã o de s is te m a s de inform a ç ã o a c a dê m ic a e m outra s org a niz a ç õe s .
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
O proc e s s o de m ig ra ç ã o da s inform a ç õe s a c a dê m ic a s e ntre os s is te m a s AS PE s c ola e S E IT udo pa ra o R M func ionou a de qua da m e nte .
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
E s tou s a tis fe ita c om a a tua ç ã o dos Ana lis ta s de s is te m a s WE B da G e rê nc ia de T I, re s pons á v e is pe la dis ponibiliz a ç ã o do Porta l E duc a c iona l na IN T E R N E T .
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
Os Ana lis ta s de R e fe rê nc ia c ons e g uira m a tua r junto à s unida de s c om o foc o v olta do pa ra a g e s tã o a dm inis tra tiv a e a c a dê m ic a . Que s tõe s ope ra c iona is s obre a util iz a ç ã o do s is te m a fora m re s olv ida s pe los Ana lis ta s T utore s . E nte ndo que is s o func ionou be m e a g re g ou v a lor a o proje to.
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
A ausência de analistas da RM em minha unidade, durante todas as etapas do projeto, limitou os resultados obtidos pelo projeto de implantação.
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
Os Ana lis ta s de R e fe rê nc ia da G e rê nc ia E duc a c iona l fa c il ita ra m o tra ba lho da s e c re ta ria a c a dê m ic a s e m pre que fora m s olic ita dos pa ra re s olv e r que s tõe s de c unho a dm inis tra tiv o e a c a dê m ic o, re la c iona da s c om o proje to.
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
O G e re nte de proje tos doc um e ntou a de qua da m e nte o a nda m e nto da s a tiv ida de s , c om prom is s os a s s um idos e re s ulta dos e ntre g ue s dura nte o proje to.
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
E s tou s a tis fe ito(a ) c om a c onduç ã o da a tiv ida de de m ig ra ç ã o de inform a ç õe s a c a dê m ic a s e ntre os s is te m a s a ntig os e R M, e fe tua da pe los a na lis ta s de s is te m a s da G e rê nc ia de T I.
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
E s ta foi a prim e ira v e z que e s tiv e e nv olv ido na im pla nta ç ã o de um s is te m a de G e s tã o Ac a dê m ic a no Ma ris ta .
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
S e c re tá rio(a ) a c a dê m ic a
Os a na lis ta s da G e rê nc ia de T I a poia ra m a de qua da m e nte a s s e c re ta ria s , c orrig indo os de fe itos a pre s e nta dos pe lo s is te m a e inte ra g indo c om a e m pre s a R M.
95
Q u e s t io n á r io d e A v a lia ç ã o M e t o d o ló g ic a d e P r o je t o
A n a lis t a s d e R e fe r ê n c iaG e rê n c ia E d u c a c io n a l
T a b e la d e F r e q u ê n c ia – A n a lis t a s d e R e f e r ê n c ia
ƩP o u c o . . . . .P l e n a m e n te
N ú m e r o T ip o Q u e s t ã o 1 2 3 4 5
1 0 0 0 0 22
2 0 0 0 0 22
3 0 0 0 1 12
4 As S ecretá ria s Aca d êm ica s a ceita ra m o p roces s o d e p a d ron iz a çã o d a s in form a ções . 0 0 1 1 0 2
5 0 0 2 0 02
6 0 0 0 2 02
7 0 0 0 2 02
8 0 0 0 0 22
9 0 0 2 0 02
1 0 0 0 0 2 02
1 1 0 0 0 0 22
1 2 1 1 0 0 02
1 3 0 0 2 0 02
1 4 F iq u ei s a tis fe ito com os res u lta d os a lca n ça d os p elo p rojeto. 0 0 0 2 0 2
1 5 0 0 2 0 02
1 6 0 0 0 0 22
1 7 0 0 1 1 02
1 8 0 0 0 1 12
1 9 0 0 0 0 22
2 0 0 0 0 0 22
2 1 0 0 0 2 02
2 2 0 0 0 0 22
2 3 0 0 0 0 22
2 4 R ecom en d o a u tiliz a çã o d o m étod o d e Im p la n ta çã o d e S is tem a s As s is tid a à d is tâ n c ia . 0 0 0 2 02
2 5 0 0 0 0 22
N ív e l d e C o n c o r d â n c ia
An alis tas d e R eferên c ia
A con tra ta çã o d e a u x ilia res d e s ecreta ria , d u ra n te a ex ecu çã o d o p rojeto, foi u m a d ec is ã o q u e cola b orou m u ito p a ra o a n d a m en to d os tra b a lh os .
An alis tas d e R eferên c ia
Nã o h ou v e rec la m a ções s ob re a a tu a çã o d os a n a lis ta s tu tores p ela s S ecretá ria s Aca d êm ica s .
An alis tas d e R eferên c ia
A eta p a d e p a d ron iz a çã o d e in form a ções com o: s érie , tu rm a , etc . foi es s en c ia l p a ra g a ra n tir a coes ã o d a s in form a ções n o s is tem a .
An alis tas d e R eferên c ia
An alis tas d e R eferên c ia
O p roces s o d e com u n ica çã o en v olv en d o: S ecretá ria s Aca d êm ica s , An a lis ta s Tu tores e An a lis ta s d e R eferên c ia fu n c ion ou m u ito b em m in im iz a n d o o s tre s s d os p a rtic ip a n tes d o p rojeto.
An alis tas d e R eferên c ia
As s ecretá ria s d em os tra ra m d ificu ld a d e em u tiliz a r o recu rs o d e com u n ica çã o S K YPE p referin d o a u tiliz a çã o d e te lefon es , g era n d o rec la m a ções freq u en tes .
An alis tas d e R eferên c ia
As S ecretá ria s Aca d êm ica s fica ra m s a tis fe ita s com o p roces s o d e m ig ra çã o d a s in form a ções a ca d êm ica s d os s is tem a s . Nã o h ou v e rec la m a ções re la c ion a d a s com es s e p roces s o.
An alis tas d e R eferên c ia
A q u a lid a d e d a s in form a ções , con tid a s n os v íd eos p rod u z id os p a ra tre in a m en to d os u s u á rios d o s is tem a R M, foi a d eq u a d a e n ã o g erou rec la m a ções p or p a rte d a s S ecretá ria s Aca d êm ica s n a s u n id a d es .
An alis tas d e R eferên c ia
As S ecretá ria s Aca d êm ica s a ceita ra m o m étod o d e im p la n ta çã o d e s is tem a a d ota d o. Nã o h ou v e rec la m a ções .
An alis tas d e R eferên c ia
O s a n a lis ta s tu tores fa c ilita ra m o p roces s o d e im p la n ta çã o d o s is tem a e com u n ica çã o com a s u n id a d es , red u z in d o a ca rg a d e tra b a lh o d os An a lis ta s d e R eferên c ia d a G erên c ia Ed u ca c ion a l.
An alis tas d e R eferên c ia
R ecom en d o a u tiliz a çã o d o a m b ien te MO O D LE p a ra fa c ilita r a in teg ra çã o com a s u n id a d es d u ra n te a ex ecu çã o d a s a tiv id a d es d e p rojeto.
An alis tas d e R eferên c ia
Pos s u o m u ita ex p eriên c ia n a im p la n ta çã o d e s is tem a s d e in form a çã o a ca d êm ica em ou tra s org a n iz a ções .
An alis tas d e R eferên c ia
Nã o h ou v e n eces s id a d e d e v is ita r a s u n id a d es p a ra tra ta r d e a s s u n tos es s en c ia lm en te re la c ion a d os com o p rojeto.
An alis tas d e R eferên c ia
An alis tas d e R eferên c ia
O s p ra z os a cord a d os com a s u n id a d es , p a ra en treg a d e ta refa s re la c ion a d a s à d efin içã o d a s fórm u la s d e cá lcu lo, fora m s em p re ob ed ec id os .
An alis tas d e R eferên c ia
O s An a lis ta s d e R eferên c ia con s eg u ira m a tu a r ju n to à s u n id a d es com o foco v olta d o p a ra a g es tã o a d m in is tra tiv a e a ca d êm ica . Q u es tões op era c ion a is s ob re a u tiliz a çã o d o s is tem a fora m res olv id a s p elos An a lis ta s Tu tores .
An alis tas d e R eferên c ia
A p a d ron iz a çã o d os re la tórios a ca d êm icos con trib u iu p a ra a p rim ora r o p roces s o d e g es tã o es cola r. Hou v e a ceita çã o d es te p roces s o p or p a rte d a s u n id a d es .
An alis tas d e R eferên c ia
Hou v e s em p re fa c ilid a d e d e a tu a çã o com os An a lis ta s tu tores p a ra tra ta r d e q u es tões re la c ion a d a s a o p rojeto n a s u n id a d es .
An alis tas d e R eferên c ia
O s An a lis ta s d e R eferên c ia d a G erên c ia Ed u ca c ion a l fa c ilita ra m o tra b a lh o d os An a lis ta s Tu tores , ju n to à s u n id a d es , s em p re q u e h a v ia u m a d ec is ã o d e cu n h o a d m in is tra tiv o e a ca d êm ico.
An alis tas d e R eferên c ia
O G eren te d e p rojetos d ocu m en tou a d eq u a d a m en te o a n d a m en to d o p rojeto, com p rom is s os a s s u m id os e res u lta d os en treg u es p elo p rojeto.
An alis tas d e R eferên c ia
Nã o h ou v e rec la m a çã o, p or p a rte d a D iretoria d a s u n id a d es , re la c ion a d a s a o m étod o d e im p la n ta çã o d e s is tem a s u tiliz a d o.
An alis tas d e R eferên c ia
R ecom en d o a u tiliz a çã o d o S K YPE com o ferra m en ta d e com u n ica çã o com a s u n id a d es d u ra n te a ex ecu çã o d os p rojetos .
An alis tas d e R eferên c ia
Es ta foi a p rim eira v ez q u e es tiv e en v olv id o n a im p la n ta çã o d e u m s is tem a d e G es tã o Aca d êm ica n o Ma ris ta .
An alis tas d e R eferên c ia
An alis tas d e R eferên c ia
O s a n a lis ta s d a G erên c ia d e T I a p oia ra m a d eq u a d a m en te a a tu a çã o d os An a lis ta s d e R eferên c ia , d irim in d o d ú v id a s e res olv en d o p rob lem a s re la c ion a d os com o C la s s is .
96
ANEXO C – Metodologia de Implantação
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
ANEXO D – Plano de Implantação
109
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
121
122
123