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GUIA PAELABORA
PROJ M
DE
A
DECOM GERAO DE TRABA
Metodologias e instrumentos para o desenvolvimento e a
implantao de projetos de MDL com gerao
de crditos de carbono, trabalho e renda.
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As mudanas climticas, a maior ameaa humanidade nas prx
tambm oportunidades para criar uma sociedade melhor. A busca
do clima e pela adaptao necessria a ela forar governos, emp
cidades e modos de produo e a diminuir o desperdcio de recu
de organizao social, baseadas na solidariedade, devero ser ad
Essas aes tero impacto econmico em toda a sociedade, que
desenvolver sistemas sociais e comunitrios mais eficientes e me
pela sociedade carbo-neutra estar na agenda poltica: reduzir o d
conforto; preservar a natureza, sem, no entanto, frear o desenvolvde vida das populaes mais pobres; repor a poltica, em vez dos
principal para melhorar a sociedade.
No Brasil, vrias iniciativas j vm sendo t omadas para o desenvo
igualitria, que prope conforto e qualidade de vida para todos.
A Fundao Banco do Brasil tem tido um papel importante na apl
para a gerao de trabalho, renda e educao s comunidades qu
excludas, sempre com respeito s dimenses hu mana, econmic
Nesse sentido, o tema mudanas climticas merece especial aten
tanto pelo perigo que elas levam s populaes mais vulnerveis
de desenvolvimento social que oferecem. Afinal, a adaptao s m
a adoo de polticas sociais, urbanas e rurais inovadoras e mais
natureza. Dentre essas est a obteno de crdito de carbono po
reduza a emisso de gases do efeito estufa.
APRESENTAO
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Em 2008, a FBB redigiu a primeira verso de um guia para a preparao de projetos de crdito
de carbono pelo regime de mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL). Elaborado com o
apoio da Fundao de Apoio Pesquisa e Extenso (Fapex), ligada Universidade Federal da
Bahia, ele passou por uma atualizao e agora posto disposio do pblico.
A maior parte dos projetos dessa espcie tem sido implementada no Brasil por meio da
iniciativa de grandes empresas, mas bastante evidente que eles tambm podem ser
executados com sucesso por agentes de menor porte, incluindo aqueles empenhados em criar
oportunidades de trabalho e renda para grupos em situao de excluso social ou com renda
muito baixa.
Para a implementao exitosa, em larga escala, de projetos de MDL com gerao de crditos
de carbono, a presente publicao torna-se uma fonte de referncias, ao apresentar meios e
instrumentos adequados para a boa compreenso do que o mecanismo de desenvolvimento
limpo e das principais ideias e conceitos associados a ele. O contedo est organizado de
modo a permitir uma leitura integral sobre o assunto ou a simples consulta para sanar dvidas
e esclarecer questes especficas.
Esperamos que este guia possa servir a prefeitos, secretrios, lderes e comunidades
produtivas, cooperativas, associaes, consultores sociais e a todos aqueles que identifiquem
formas de incluso social baseadas na sustentabilidade ambiental.
A Fundao Banco do Brasil continuar contribuindo com o tema, em particular para
disseminar as tecnologias sociais relacionadas ao meio ambiente.
Gostaramos de agradecer s instituies e s pessoas que colaboraram na elaborao deste
trabalho mpar e fundamental, cujo tema to relevante e urgente.
Jacques de Oliveira Pena
Presidente da Fundao Banco do Brasil
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As alteraes dramticas pelas quais tem passado o clima do no
dos principais debates polticos da atualidade e resultam num cen
relaes internacionais. O clima ganha tambm o destaque medi
avaliam desde os efeitos ambientais do aquecimento global at s
economia e a agricultura, entre outras atividades.
As pesquisas revelam a emergncia em conter as mudanas clim
tidas como uma ameaa ao futuro do planeta e da humanidade, j
dias atuais. Toda a devastao ecolgica promovida em nome do
e econmico teve como resultado o fenmeno do aquecimento g
tem sido a causa de catstrofes naturais de considervel proporpontos da Terra. O que se pode observar a ocorrncia de furac
e secas em regies anteriormente estveis e seguras. A violncia
tem intensificado tambm problemas antigos, trazendo consequ
parcela mais pobre da populao, o que vem a agravar ainda mai
Comunidades ribeirinhas sofrem com enchentes cada vez mais
que no s desabrigam e destroem como tambm matam. Nas r
prolongam-se ainda mais, comprometendo a fertilidade do solo e o
O nvel dos oceanos vem-se elevando, colocando em xeque a
inteiras e a sobrevivncia de inmeras espcies.
O esforo internacional de combate ao aquecimento global result
de Quioto, um documento que prope a reduo, por parte de div
dos gases de efeito estufa, responsveis pelo aquecimento globacontrole da poluio do ar, o Protocolo oferece opes de crescim
em desenvolvimento, como o Brasil.
PREFCIO
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A Fundao Banco do Brasil (FBB) reconheceu em uma das ferramentas do Protocolo de
Quioto, chamada mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL), uma oportunidade para gerar
trabalho e renda a grupos em situao de excluso social ou com renda muito baixa.
O MDL prope a criao de projetos que eliminem ou reduzam as emisses dos gases de
efeito estufa gerados pelas atividades humanas e, paralelamente, proporcionem o investimento
financeiro internacional em aes de desenvolvimento local. Com o objetivo de facilitar a
compreenso e a aplicao dessa ferramenta, a FBB publica este Guia para a Elaborao de
Projetos de MDL com Gerao de Trabalho e Renda.
Uma verso inicial foi preparada pela Fundao de Apoio Pesquisa e Extenso (Fapex), de
Salvador, em 2008, pela equipe coordenada por Jorge Thadeu Sampaio e Oswaldo Barreto
e formada por Lara Cristina Loureno Deppe, Sara Godoy Gunfinkel, Maria Teresa Augusti,
Osvaldo Barreto Filho, Marcela Cristina Arruda e Tiago Duque Estrada. Em 2009 e 2010, com
o objetivo de facilitar seu uso por prefeitos, lderes comunitrios e cooperativas, houve uma
atualizao do contedo, representada por esta edio.
Este guia traz, de forma didtica e simplificada, as principais orientaes necessrias para
criar um projeto desse tipo.
Na primeira parte, so apresentados os conceitos que explicam o Protocolo de Quioto, o que
vem a ser o mecanismo de desenvolvimento limpo e qual a sua aplicabilidade. O guia revela
ainda os documentos necessrios para formalizar uma proposta de projeto, onde e como ela
deve ser apresentada, alm de destacar os procedimentos para que seja aprovada e a forma
como poder atrair investimentos financeiros.
Na segunda parte, so apresentados dois tipos de projetos de MDL de pequena escala.
Primeiro, as usinas de triagem e compostagem de lixo; depois, a suinocultura. Ambos tm sido
realizados com sucesso no Brasil e demonstram grande potencial para a gerao de trabalho
e renda. Para cada um deles, o guia traz o contexto e as condies gerais de aplicao, bem
como as vantagens sociais e econmicas de um projeto de crdito de carbono. O ptando por
um desses exemplos, o leitor encontra aqui apoio para o passo a passo para a criao de seu
projeto de MDL.
Ao final, o captulo de anexos apresenta outro suporte para o leitor. Nele est includa uma
cpia do formulrio do documento de concepo do projeto, alm de uma lista de links
relacionados ao assunto e de uma bibliografia adicional, teis para a consulta durante a
preparao do projeto.
importante destacar que os exemplos aqui mostrados podem ser adaptados a outrassituaes tambm propcias aplicao do MDL, mas que no foram abordadas neste guia em
virtude da sua especificidade. o caso do setor de florestas, que oferece oportunidades para
o pequeno fazendeiro. Projetos de florestamento e reflorestamento em pequena escala, muito
usados no Brasil, so adequados para a obteno de crdito de c
especfica determina a escolha da metodologia e a forma de com
crditos de carbono que ser gerado, o que tor na o tema pouco p
menos importante -para a exposio em um guia.
O Conselho Executivo do Protocolo de Quioto j aprovou alguma
em florestamento ou reflorestamento de pequena escala. Um exe
consorciada, ou seja, o plantio de rvores em pastagens e gleba
s a manuteno da verba anual do fazendeiro por meio da ativid
obteno de uma verba adicional proveniente dos crditos de c
plantio das rvores.
H ainda outros tipos de projetos de MDL em florestamento ou re
assentamentos fsicos, que consistem no reflorestamento das ma
e os assentamentos humanos, inclusive os de reforma agrria, em
reflorestada com plantio de rvores, como o eucalipto, para a com
A experin cia de cent enas de projetos de MDL no mundo most
vantagens sociais, polticas, econmicas e ambientais em inve
o simples diagnstico ambiental, o esforo de organizar e lider
a redao de documentos, o acompanhamento da aprovao e
premiao financeira pelo esforo tm como resposta o fortale
comunidades detentoras das propostas.
Para garantir a aprovao do projeto no Conselho Executivo do M
implantao, sugerimos a colaborao de um consultor, cuja expdeterminante nesse sentido. A Fundao Banco do Brasil oferece
podem apoiar as comunidades na preparao da documentao
Est nas mos de vocs, prefeitos, lderes comunitrios, associad
leitores, a chance de promover a transformao e o empoderame
por meio do conhecimento. A deciso por levar adiante um projet
trabalho e renda um desafio, pois exige esforos de organiza
A compensao ser um passo definitivo na histria da sua regi
pela gerao de trabalho e renda, as ms prticas ambientais pel
sustentvel e a estagnao econmica pela movimentao financ
Este guia oferece possibilidades para um futuro de prosperidade
identific-las e adapt-las sua realidade.
Consultor inter
energia e negociaes m
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Expediente
Fundao Banco do Brasil
Jacques de O
Jorge Alfredo
Dnis Corra
Alfredo Leop
Jefferson DA
Mrio Pereira
Claiton Jos
Lenira de So
Jos Climri
Jos Maurci
Maria Helena
Presidente
Diretor Executivo de Desenvolvimento Social
Diretor Executivo de Gesto de Pessoas, Controladoria e Logstica
Secretrio Executivo
Gerncia de Parcerias, Articulaes e Tecnologia Social
Gerente de Trabalho e Renda
Gerente de Comunicao e Mobilizao Social
Gerente de Pessoas e Infraestrutura
Gerente de Finanas e Controladoria
Gerente de Tecnologia da Informao
Assessora Snior
Marcos FadaGerente de Educao e Cultura
Milton NogueConsultor internacenergia e negocia
Teresa Cristi
Guilherme W
Coordenao e contedo
Cris VieiraAdaptao e edio
Portugus e estilo
Projeto grfico
Saulo Pio LemReviso de contedo
Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)
Guia para a Elaborao de Projetos de MDL com Gerao de Trabalho Fundao Banco do Brasil, 2010
100 p.: il., retrs., color.
ISBN 978-85-61534-09-7Palavras-chave: Protocolo de Quioto; mecanismo de desenvolvimento lim
projetos de MDL, crditos de carbono.
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Este guia no traz informaes detalhadas sobre o preenchi
bsicos do mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL).
Tambm no informa sobre a tramitao da documentao n
Executivo do MDL, sendo essa uma funo especfica das E
Designadas (EODs).
Alm disso, ele no fornece informaes tcnicas ou sobre
relativos s tecnologias utilizadas. Para isso, sugere que s e
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa).
O objetivo deste guia orientar agentes solidrios na elaborao de documentos de projeto
que utilizem o mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) para gerar trabalho e renda e,
assim, beneficiar grupos locais em situao de excluso social ou com baixa renda.
A criao e a implementao de um documento de projeto de MDL so complexas. Poressa razo, este guia, em vez de capacitar diretamente os membros de grupos locais,
destina-se aos agentes solidrios as pessoas que iro desenvolver e implementar os
projetos nas comunidades. A eles caber, posteriormente, fazer a transferncia da gesto
aos membros das comunidades.
A criao de um documento de concepo do projeto (DCP) que utilize o MDL para
gerar trabalho e renda requer que vrios atores, externos e internos ao processo, sejam
acionados e que diversos tipos de conhecimento sejam utilizados. A articulao desses
atores e das diferentes formas de conhecimento o grande desafio que precisa ser
vencido para o sucesso do projeto.
Este guia servir para:
> Compreender o que o MDL e como ele pode
ser usado para elaborar e implementar projetos voltados para a gerao de
trabalho e renda.
>Apresentar o passo a passo da elaborao de um projeto de MDL desde o
planejamento e o desenvolvimento at a implantao do DCP.
> Orientar na redao da documentao necessria: DCP, Anexo III e cartas dos
agentes envolvidos.
> Orientar agentes sociais a atuar como interlocutores e articuladores dos demais
membros envolvidos no projeto.
> Dois tipos de projetos foram selecionados entre as mais de
aprovadas e sero usados por este guia como referncia p
projetos de MDL com gerao de trabalho e renda.
> Este guia recomenda que o documento de concepo do pro
com o apoio de uma consultoria especializada na tecnolog
>A criao de projetos de MDL aqui proposta busca ser coe
ideias, os objetivos e a aplicao das tecnologias sociais.
SUMRIO EXECUTIVO
O que este guia no fornece
Objetivo
Pblico-alvo
Das dificuldades
Utilidade
Notas
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Introduo
I. O que tecnologia social
II. O que so projetos de mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) com gerao de
III. O que importante saber para criar um projeto de mecanismo de desenvolvimento
O que MDL
Exemplos de projetos de MDL
Documentos bsicos para especicar um projeto de pequena escala
O que crdito de carbono
As duas fases de um projeto de MDL pelas instncias do Conselho Executivo
O passo a passo do ciclo do projeto
IV. Criao de projetos de mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) para gerar trab
Como criar um projeto de MDL com usinas de triagem, reciclagem e compostagem de res
Metodologia de MDL utilizvel no projeto
Como criar um projeto de MDL em suinocultura para produzir energia e adubo
Metodologia de MDL utilizvel no projeto
O passo a passo da elaborao de um projeto de MDL de crdito de carbono
V. Anexos
Onde encontrar formulrios e exemplos de projetos aprovados
Formulrio do documento de concepo do projeto (DCP) para atividades de pequena esc
Principais sitesrelacionados ao assunto
Bibliograa sugerida
NDICE
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Existe atualmente um esforo em escala mundial, coordenado pe
Unidas (ONU), para diminuir os efeitos devastadores que as ativid
atmosfera terrestre desde a Revoluo Industrial.
Esse esforo, denominado Protocolo de Quioto, visa regulamenta
dos gases de efeito estufa (GEE) e estabelece metas a serem cum
industrializados.
Uma das formas de atingir essas metas a implantao, em pase
atividades que reduzam a emisso de gases poluentes ou que os
INTRODUO
Os projetos referentes a essas atividades so criados, validados e
critrios, as normas e os procedimentos do mecanismo de desen
No Brasil, a maioria dos projetos de MDL tem s ido implementada
empresas e por prefeituras, mas agentes de menor porte tambm
sucesso nesse sentido.
Tal panorama fez com que a Fundao Banco do Brasil (FBB) se p
esses agentes a adquirir recursos provenientes do MDL. No intuit
desenvolvimento local, a FBB prope ainda que tais recursos seja
gerem emprego e renda para grupos em situao de excluso soc
e com pouca ou nenhuma qualificao profissional. Essa a final
MDL e Protocolo de Quioto
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I. O QUE TECNOLOGIA SOCIAL
O conceito de tecnologia social compreende produtos, tcnicas o
que se desenvolvem na interao com a comunidade e representtransformao social.
As tecnologias so ciais potencializam o us o de insumos e mo d
meio ambiente, so sustentveis e visam soluo de problemas
educao, sade, energia, habitao, recursos hdricos, saneame
e renda, dentre outros. Elas podem aliar saber popular, organiza
tcnico-cientfico. O que essencialmente importa que sejam e
desenvolvimento social em grande escala.
A noo de tecnologia social pressupe a participao democrt
em projetos que buscam a transformao social significa produzi
e aprendizagem a todos, com consequente empoderamento e em
So beneficirios primrios dos empreendimentos que envolvem t
populacionais, do campo e das cidades, em condies de vulnera
mais especificamente, agricultores familiares, assentados, quilom
extrativistas, povos indgenas e catadores de materiais reciclveis
A metodologia para a elaborao de projetos de MDL com gera
apresentada neste guia pretende se caracterizar como tecnologia
coerente com os conceitos, as ideias, os objetivos e o contexto a
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Esse fenmeno natural -a reteno de calor chamado de efeito estufa.
O conceito de projetos de MDL com gerao de trabalho e renda simples: ele se refere
queles projetos que reduzem as emisses de gases de efeito estufa (GEE) e, ao mesmo
tempo, geram emprego e renda para grupos em situao de excluso social ou com renda
muito baixa. Para isso, tais projetos devero ser s ustentveis e de rpida implementao, alm
de possibilitar que os grupos locais possam geri-los futuramente.
II. O QUE SO PROJETOS DE MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO
LIMPO (MDL) COM GERAO DE TRABALHO E RENDA
As propostas contidas em um projeto desse tipo devem ser formalizadas em um documento
de concepo do projeto (DCP) elaborado em conformidade com o MDL.
Projetos de MDL com gerao de trabalho e renda
III. O QUE IMPORTANTE SABER PARA CRIAR UMECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO
A energia da radiao solar atinge a Terra principalmente na form
de raio infravermelho (calor) e de raio ultravioleta.
Uma parcela dessa radiao refletida pela atmosfera, outra ab
atravessa-a e alcana a superfcie terrestre. Esta, por sua vez, absatinge e reflete o restante, devolvendo-o atmosfera sob a forma
Parte desse calor que a superfcie terrestre devolve atmosfera fi
outra atravessa-a novamente e retorna ao espao. O calor retido n
para a manuteno da temperatura terrestre. Caso isso no acont
da Terra ficaria entre 15C e 20C negativos, ao contrrio dos 15C
observados. Alm disso, a atmosfera difunde o calor que retm e
de temperatura entre os dias (quando a radiao solar sobre a Te
(quando ela mais fraca).
1. O que efeito estufa
Os gases deefeito estufa,principalmenteo CO2,
permitem quea luz do
Sol passepor eles.
Parteda energia solar
pela superfcieterrestre.
Esses mesmos gases,porm,retm
grandepartedo calor gerado pela luz do
superfciepelas molculas dos gases de
efeito estufa,gerando calor.
Sol
Terra
Gases de Efeito Estufa
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GEE so aqueles gases que fazem com que parte do calor irradiado pela superfcie terrestre
seja aprisionada na atmosfera, onde so naturalmente encontrados.
Os mais relevantes so o dixido de carbono (CO2), o vapor de gua (H
2O), o metano (CH
4)
e o xido nitroso (N2O).
Embora a existncia do efeito estufa seja indispensvel vida na
elevar a temperatura do planeta e, por isso, causar mudanas clim
O recrudescimento do efeito estufa j ocorreu diversas vezes na h
diferentes razes. Mas, desde o final do sculo XIX, ele vem eleva
temperatura do planeta, o que comumente chamado de aquecim
Diversos resultados catastrficos e preocupantes que vo desd
polares da Terra at a desertificao de muitas e extensas reas
Chuvas, nevascas e inundaes mais frequentes e maiores em deocorrem. Fenmenos atmosfricos de grandes dimenses, como
se tornando cada vez mais constantes, o nvel e a violncia dos o
vrias regies do globo terrestre, dentro de pouco tempo, correr
submerso permanente.
Se h diversos GEE, por que a maioria das referncias feitas a eles destaca quase sempre
apenas o dixido de carbono (CO2)?
Ocorre que o impacto de cada gs no efeito estufa diferente. Criou-se ento uma tabela
que expressa o efeito de uma unidade de cada gs de efeito estufa em unidades de dixido
de carbono, para este fim denominado CO2e(dixido de carbono equivalente). Dessa forma, o
CO2epassou a ser a unidade de medida desse fenmeno.
A Tabela 1 a seguir permite calcular o volume de CO2necessrio para produzir o mesmo
impacto no efeito estufa que uma determinada quantidade de outro gs. Alm disso,
possibilita quantificar o impacto dos GEE na atmosfera, o que permite compreender mais
facilmente os efeitos provocados pela combinao de vrios desses gases.
J vimos que, em quantidade normal, os gases de efeito estu fa (G
aquecido e atenuam as variaes de temperatura entre os dias e
efeito estufa se intensifica muito que passa a ser motivo de preo
2. O que so gases de efeito estufa (GEE) 4. O que aquecimento global
3. Carbono, unidade de medida do efeito estufa
5. O problema
Gs de Efeito Estufa
Unidades de CO2e
(quantidade equivalente de CO2necessria paraobter o mesmo efeito)
CO2 1
CH4 21
N2O 310
HFC-23 11.700
HFC-125 2.800
HFC-123a 1.300
HFC-152a 140
CF4 6.500
C2
F6
9.200
SF6 23.900
O problema que a concentrao de GEE na atmosfera vem aumrapidamente, produzindo o chamado aquecimento global. A razo
emisses antrpicas ou seja, emisses diretamente geradas po
A produo industrial, a pecuria, a agricultura e certos hbitos d
exemplos de atividades geradoras de emisses de GEE.
Alm disso, os desmatamentos em grande escala e as queimada
o efeito estufa porque diminuem, ou mesmo eliminam por comple
florestas de reter (ou sequestrar) os gases que o provocam.
Mas a queima de combustveis fsseis, principalmente o carvo
gerado a maior parte das emisses de CO2resultantes de atividad
chegam hoje a 360 partes por milho, o que representa 60% do ef
O problema
Tabela 1 Clculo do efeito de uma unidade de cada gs de efeito estufa em massa de dixido de carbono equivalente (CO 2e)
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Embora no seja possvel reverter o efeito estufa, necessrio reduzi-lo ou mesmo interromper
sua intensificao.
Para isso ser necessrio:
i. reduzir as emisses de GEE na atmosfera;
ii. resgatar emisses, ou seja, retirar da atmosfera, por meio de florestamento e
reflorestamento, GEE j existentes nela.
a.Captura e aproveitamento dos gases gerados pela decomposio natural da matria
orgnica de um depsito de lixo.
b. Captura e aproveitamento dos gases gerados pela decomposio natural de dejetos animais
e vegetais, provenientes da criao de animais e de cultivos diversos.
c.Gerao limpa de energia, por exemplo, em pequenas centrais hidreltricas, usinas
elicas ou solares.
d. Reduo do consumo de combustveis fsseis leos diesel e combustvel, gs natural,
carvo mineral por medidas de eficincia energtica e de troca de combustvel (como a
troca de leo por gs ou lenha) em edifcios comerciais, residenciais e pblicos.
e. Melhoria da eficincia energtica de equipamentos agrcolas na indstria e no transporte.
O resgate de emisses de GEE pode ser feito de duas maneiras:
i. por meio de florestamento e reflorestamento, atividades que permitem retirar gs carbnico
da atmosfera pela fotossntese e estoc-lo nas rvores;
ii. por meio de sumidouros de gs carbnico, que capturam CO2da atmosfera e bombeiam-
no para dentro de poos de petrleo desativados e de bolses de rocha no porosos
salinos, onde dever permanecer durante sculos.
6. Como controlar a intensificao do efeito estufa
7. Exemplos de projetos de reduo das emisses de GEE
8. Resgate de emisses de gases de efeito estufa (GEE)
O Protocolo de Quioto um tratado internacional que estabelece lim
de efeito estufa (GEE) para pases industrializados (pases do Anexo
comercializao da reduo ou do resgate de emisses com a partic
(pases do No Anexo I). Ele subordinado s regras da Conveno-
sobre Mudanas Climticas (CQNUMC), aprovada em 1992, durante
A grave ameaa que o aqueciment o global representa e o progre
diminuio da poluio atmosfrica so os motivos que levara
negociaes internacionais sobre a necessidade de controlar as
resultado foi o Protocolo de Quioto.
Os pases industrializados, os grandes emissores de GEE dese os pases ex-soviticos, chamados de economias em transi
(Tabela 2).
9. O que o Protocolo de Quioto
Alemanha, Austrlia , ustr ia, Blgi ca, Belar us, Bul gria, C
Europeia, Crocia, Dinamarca, Eslovquia, Eslovnia, Espa
Federao Russa, Finlndia, Frana, Grcia, Hungria, Irland
Letnia, Liechtenstein, Litunia, Luxemburgo, Mnaco, Nor
Pases Baixos, Polnia, Portugal, Reino Unido da Gr-Br
Norte, Repblica Tcheca, Romnia, Sucia, Sua, Turquia e
Tabela 2 Pases listados no Anexo I da Conveno-Quadro das Naes Unidas sobre Mudan
Na Conveno, foi acordado que esses pases assumiriam a lider
tendncias referentes s emisses de GEE. Duas so as razes p
per capitaneles registradas so mais elevadas do que as da maio
desenvolvimento; 2) a capacidade financeira e institucional deles
do Anexo I comprometeram-se a adotar polticas e medidas nacio
retornar suas emisses aos nveis de 1990.
Todos os demais pases, basicamente aqueles em desenvolvimen
das Partes do No Anexo I. Estes devem relatar em termos geraisao controle das mudanas do clima, mas no esto sujeitos s m
emisses de GEE.
A conveno
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As obrigaes que as Partes do Anexo I (pases desenvolvidos) devem cumprir so, portanto, o
foco principal da Conveno.
primeira reunio d a Conven o-Quadro da s Naes Unidas so bre Mudana s Climtic as
(CQNUMC), em 1992, seguiram-se vrios encontros anuais. Em 1997, foi criado o Protocolo
de Quioto, proposto para dar sustentao s proposies da Conveno e prover recursos
para viabiliz-las.
O Protocolo de Quioto definiu melhor os objetivos inicialmente apresentados na
Conveno e determinou que as metas de reduo das emisses de GEE deveriam
ser atingidas at 2012 e com valores em mdia 5,2% abaixo dos nveis de 1990.
O Protocolo abriu ainda uma oportunidade para que os pases desenvolvidos, por meio
dos chamados mecanismos de flexibilizao, cumpram suas metas com a reduo das
emisses de GEE em outros pases. Tais ferramentas baseiam-se no princpio de que a
poluio atmosfrica mundial pode ser reduzida por aes implantadas em qualquer parte
do mundo. Assim, para minimizar suas emisses, os pases do Anexo I podem investir em
projetos em qualquer ponto do planeta.
O Protocolo entrou em vigor em fevereiro de 2005. Pelo menos 55 pases que tinh am metas
de reduo o ratificaram, contabilizando mais de 55% das emisses mundiais de CO2 e/ou
de gases equivalentes, com base nos nveis de 1990.
O Protocolo de Quioto
A organizao de um esforo em escala mundial para o controle do aquecimento global o
benefcio amplo que o Protocolo de Quioto oferece a todas as naes do planeta.
Para os pases em desenvolvimento, esse esforo pode significar tambm recursos financeiros
e promoo do desenvolvimento. Isso porque, em geral, os custos de implementao de aes
de reduo das emisses de GEE so muito mais baixos nessas naes.
Assim, elas se tornam atrativas para os investimentos dos pases do Anexo I. Esses
investimentos consistem na transferncia de capital, conhecimento, tecnologia, prticas e
processos ambientalmente seguros relativos s mudanas climticas, entre outros. Isso eleva
o nmero e a qualidade dos projetos e aumenta a oferta de crditos de carbono.
10. Benefcios do Protocolo de Quioto para pases em desenvolvimento
O Protocolo de Quioto, portanto, promove diretamente o aperfei
conhecimento tecnolgico nos pases em desenvolvimento e ofer
nos aspectos econmico e social desses pases.
Impactos
O Protocolo de Quioto determina que, at o ano de 2012, os pase
emisses de gases de efeito estufa (GEE) em 5,2% em relao ao
Para facilitar o cumprimento dessa meta de reduo, o Protocolomecanismos de flexibilizao. Por meio deles, um pas do Anexo
com meta de reduo) pode ultrapassar o seu limite de emisse
uma reduo equivalente em outro pas, chamada de crdito de
O Protocolo de Quioto tem uma estrutura institucional que prov
capacidade operacional que o MDL requer.
Para tanto, a Conveno-Quadro das Naes Unidas sobre Mud
criou um conjunto de agentes e funes, a saber:
> Conferncia das Partes
Depois que o Protocolo de Quioto entrou em vigor, em 2005, as reu
passaram a ser anuais e foram denominadas de Conferncia das
pases-membros refletem sobre as determinaes da Conveno
os anteriores. Esse processo permanente e peridico promove a
o desenvolvimento cientfico, o progresso tecnolgico e as dispo
11. O que MDL
12. Estrutura institucional
O instrumento que regulamenta a realizao tipo em pases em desenvolvimento chamade desenvolvimento limpo (MDL).
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> Conselho Executivo do MDL
O Conselho Executivo do MDL supervisiona o funcionamento deste. Rene-se no mnimo
trs vezes por ano ou de acordo com a necessidade. Em suas reunies, aprova ou no
metodologias e projetos submetidos para registro.
O Conselho tem ainda a competncia de desenvolver e manter as regras, os procedimentos
e as metodologias do MDL, entre outras.
> Autoridade Nacional Designada (AND)
A AND determinada pelos pases individualment e e tem por objetivo aprovar ou no osprojetos de MDL no pas hospedeiro.
No Brasil, foi criada, em 7 de julho de 1999, a Comisso Interministerial de Mudana Global
do Clima (CIMGC), composta por representantes de nove ministrios. Aos ministros da
Cincia e Tecnologia e do Meio Ambiente cabem, respectivamente, a presidncia e a vice-
presidncia da AND.
> Entidade Operacional Designada (EOD)
Credenciada pelo Conselho Executivo do MDL, a EOD uma entidade jurdica que faz
a validao, a verificao e a certificao da atividade do projeto. Seu trabalho uma
espcie de auditoria.
No Brasil, a EOD deve estar plenamente estabelecida em territrio nacional e capacitada aassegurar o cumprimento dos requerimentos pertinentes da legislao brasileira.
Um projeto de MDL, tambm chamado de documento de concepo de projeto (DCP),
um documento que traz as especificaes de uma atividade de reduo ou de resgate
das emisses de GEE. Proposto ao Conselho Executivo do MDL da Conveno-Quadro
das Naes Unidas sobre Mudanas Climticas (CQNUMC), seu objetivo implementar
uma ao de reduo das emisses de GEE em um pas do No Anexo I (pas em
desenvolvimento) e cujos resultados podem ser contabilizados por um pas do Anexo I
(pas industrializado).
13. O que um projeto de MDL
So exemplos de projeto de MDL os listados a seguir:
> Projeto de melhoria da eficincia energtica em casas de baix
na frica do Sul: posto em prtica junto com o Programa de D
Baixo Custo, promove melhorias no rendimento trmico para a il
da gua por meio da instalao de aquecedor solar, teto solar e
> Projetos de foges de energia solar, na Indonsia: ajudam a red
fssil (querosene, diesel e GLP) por meio de coletores e grelhas
energia para uso na cozinha, alm de aquecer a gua do banhe
> Projeto de vapor solar para cozinha e outras aplicaes, na nd
e a operao de cozinhas comunitrias movidas a energia sola
H substituio de combustvel fssil por energia solar para o p
mornas para uma comunidade de aproximadamente 28.000 pes
> Projeto de iluminao eficiente, em Gana: domiclios privados e
tecnologias de iluminao com os custos iniciais mais baixos, que
incandescentes. O projeto prev a doao de lmpadas fluores
cada domiclio cliente da Companhia de Eletricidade de Gana, o q
do consumo de energia.
> TransMilenio, o sistema de Trnsito Rpido de nibus de Bogo
um sistema urbano de transporte de massa sustentvel. Parte d
mudana do modo de locomoo, que inclui restries dire
uso do carro, esforos para reduzir o nmero de veculos de
construo de ciclovias.
> Projeto de gerao de energia a partir de dejetos de criao
gerao de energia, a partir dos resduos provenientes da cr
tanto para o consumo prprio da granja quanto para a venda
14. Exemplos de projetos de MDL
De acordo com o estabelecido pelas regras do mecanismo de
(MDL), todo projeto deve ter um proponente, que ser o respon
instncias do Conselho Executivo do MDL.
15. Quem pode propor um projeto de MDL
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Segundo o Conselho Executivo, um projeto de MDL deve:
> ter a participao voluntria dos atores envolvidos;
> contar com a aprovao do pas onde ser implantado;> apoiar os objetivos de desenvolvimento sustentvel definido
ser implantado;
> reduzir as emisses de GEE em relao ao que ocorrer se ele n
> contabilizar o aumento de emisses de GEE que ocorra fora do
atividades (chamadas fugas) e que seja atribuvel a essas ativ
> trazer uma estimativa dos impactos de suas atividades as par
por esses impactos devero ter sido comprovadamente consult
> gerar benefcios climticos mensurveis, reais e de longo praz
17. Requisitos gerais que devem ser atendidos por um pro
16. Quem so os participantes de um projeto de MDL
frequente que projetos de MDL, principalmente aqueles voltados para a gerao de trabalho e
renda, contem com a participao de diversos atores em atividades variadas.
Assim sendo, algumas pessoas tero uma atuao mais decisiva na conduo do projeto e na
diviso dos recursos que sero obtidos com a comercializao das redues de GEE.
Por essa razo, alm do proponente, as demais partes envolvidas em um dado projeto e, portanto,
formalmente declaradas nele sero reconhecidas pelo Conselho Executivo do MDL e referidascomo participantes.
importante ressaltar que um participante pode, por deciso prpria, abrir mo de opinar sobrea diviso do dinheiro obtido com a comercializao das redues de GEE. Tal deciso dever,
no entanto, ser comunicada formalmente ao Conselho Executivo do MDL.
Assim como o proponente do projeto, todo participante dever:
> ser uma pessoa jurdica;> apresentar documentao completa e atualizada;
> estar em dia com suas obrigaes legais e fiscais.
As organizaes aptas a realizar termos de parceria com o Poder Pblico e a ser reconhecidas
como participantes de um projeto de MDL so:
> cooperativas;
> associaes;
Participantes
Exemplo: quantidade de gs metano (CH4) emitida por um
sanitrio durante o ano de 2007.
A linha de base a referncia para calcu lar a redu o das emis
implantado um projeto de MDL.
18. O que a linha de base de um projeto de MDL
Linha de base uma estimativa da quantidadestufa (GEE) emitida por atividades econmic
A diferena entre as emisses da linha de base e as emiss es v
atividades do projeto de MDL, incluindo as fugas, chamada d
19. O que a adicionalidade de um projeto de MDL
Emisses da linha de base Emisses aps o projeto de MDL
O proponente deve ser uma pessoa jurdica o que significa que projetos de MDL podemser propostos por governos, ONGs, cooperativas, associaes e empresas ou outras
instituies formais, mas no por indivduos ou entidades informais.
Quando h diversas partes envolvidas em um projeto, as regulamentaes do MDL no
impem critrios para definir, dentre elas, qual dever ser a proponente do projeto. Aceita-se
at mesmo que seja criada uma figura jurdica especificamente para desempenhar tal funo.
O proponente precisa apresentar documentos que comprovem sua situao de legalidadeno pas e sua sade financeira, demonstrando capacidade para levar o projeto adiante
mesmo antes de ter acesso aos recursos que sero obtidos com a comercializao dasredues de emisses de GEE pela atividade do projeto.
Proponente > organizaes no governamentais (ONGs);
> organizaes da sociedade civil de int eresse pblico (Oscips, co
por pessoas jurdicas);> universidades;
> empresas.
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A reduo das emisses de GEE depende das caractersticas de cada projeto, de suadimenso, do tipo de atividade proposta e da metodologia utilizada para aferir essa reduo.
A adicionalidade um dos principais critrios para a aprovao de projetos de MDL, pois
comprova a eficcia do mecanismo proposto.
Para assegurar a adicionalidade de um projeto, preciso:
> demonstrar que a quantidade de GEE emitida depois de implementado o projeto ser menorque a da linha de base;
> demonstrar que, na ausncia dos incentivos e dos benefcios do MDL, tal projeto no seria vivel.
Para fazer o clculo da linha de base e o monitoramento da reduo das emisses de GEE
de um projeto de MDL, preciso eleger uma entre as diversas metodologias validadas e
registradas pelo Conselho Executivo do MDL. Tal metodologia responsvel por determinar:
> a tecnologia que ser usada;
> as frmulas para estimar as emisses da linha de base e a efetiva reduo das emisses de GEE;
> qual linha de base ser adotada;
> como monitorar a atividade.
H mais de 140 metodologias de linha de base e de monitoramento j registradas pelo
Conselho Executivo do MDL, e muitas outras esto em estudo. Pode ocorrer que um projeto
no encontre entre elas a que seja adequada sua atividade-fim. Nesse caso, ser preciso
propor uma nova metodologia Entidade Operacional Designada (EOD), que a submeter
avaliao do Conselho Executivo do MDL. Uma vez registrada a nova metodologia, a EOD dar
sequncia tramitao do registro do projeto.
20. Metodologias de linha de base e de monitoramento de reduo das emisses
Os projetos e metodologias de pequena escala podem ser me
> projetos para gerar energia renovvel, com capacidade instala
45 MW trmico);
> projetos de aumento da eficincia energtica que resultem em r
energia em at 60 Gwh/ano.
> projetos de reduo de emisso de gases de efeito estufa (GEE) de
So caractersticas dos projetos de pequena escala:
> o documento de concepo do projeto (DPC) simples;
> os clculos de linha de base e de monitoramento tambm s
> a mesma Entidade Operacional Designada (EOD) pode valida
quantidades de GEE estimadas pelo projeto;
> os custos de transao, tais como consultoria, reunies, aud
verificaes, so reduzidos.
Vrio s pro jeto s de peque na es cala podem ser agrup ados parno Conselho Executivo do MDL. Esses grupos so tambm c
(pacote, na traduo literal do ingls) e podem incluir a parti
entidades ou instituies.
Exemplo: trs prefeituras entram em acordo para apresenta
comum, responsvel pela implantao dos respectivos aterr
prefeitura ter um aterro sanitrio, mas os custos do projeto
A van tagem do ag rupam ento qu e ser ger ado u m n ico r el
nico certificado de reduo de emisses (CRE) e um nico
uma excelente opo para projetos de MDL voltados para a
renda porque permite unir esforos e diminuir os custos de a
do agrupamento no poder ultrapassar os limites estabelec
projeto como de pequena escala, conforme anteriormente de
21.1 Projetos e metodologias de pequena escala
10.000 t de CH4menos 7.000 t de CH
4= 3.000 t de CH
4(adicionalidade)
1 t de CH4= 21 t de CO 2e (dixido de carbono equivalente)
3.000 t de CH4X21 t de CO2e = 63.000 t de CO2e(adicionalidade em massa equivalente de CO2)
2007
010.000 t de CH
47.000 t de CH
4
2008
Projeto de MDLem andamento
Existem projetos e metodologias de grande e de pequena escala. E
os de pequena escala, que abrangem a maioria das oportunid
projetos de MDL voltados para a gerao de trabalho e renda.
21. Escalas de projetos e metodologiasExemplo: emisses de um a terro sanit rio.
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Todo projeto candidato a avaliao e aprovao pelo Conselho Executivo do MDL precisa
contemplar as normas, os critrios e as orientaes desse Conselho. Para comprovar o
cumprimento dessas exigncias, o proponente dever apresentar a seguinte documentao:
a. Documento de concepo do projeto (DCP)
O DCP dever conter o mximo possvel de informaes. o principal documento do projeto,
pois ser submetido a validao pela Entidade Operacional Designada (EOD) e a aprovao
pela Autoridade Nacional Designada (AND) e pelo Conselho Executivo do MDL.
H vrios tipos de projetos de MDL. Para cada um deles, s er preenchido um formulrio
de DCP especfico.
No caso de projetos de pequena escala, o DCP poder ser:
> projeto de pequena escala de reduo de emisses;
> projeto de pequena escala de florestamento e reflorestamento.
O formulrio do DCP est disponvel no site do Ministrio de Cincia e Tecnologia (www.mct.
gov.br>temas>mudanasclimticas). O captulo Anexos, ao final deste guia, traz uma cpia
do DCP. Ele dever ser preenchido tendo como base uma metodologia de monitoramento de
reduo de emisses j validada e registrada pelo Conselho Executivo do MDL (ver item 20
deste captulo).
Assim, o preenchimento do DCP dever contemplar tambm um plano de monitorament o
do projeto baseado nessa metodologia. Esse plano especifica os dados que devero ser
registrados pelos participantes para comprovar a reduo das emisses de GEE observada
depois de implantado o projeto. Alm disso, o plano dever fornecer os critrios e os
procedimentos que sero utilizados para monitorar e capturar tais dados.
Para o adequado preenchimento do DCP, o participante dever utilizar como referncia
outros DCPs j existentes nos sites do Ministrio de Cincia e Tecnologia ou da
Conveno-Quadro das Naes Unidas sobre Mudana do Clima (http://unfccc.int, em
ingls), referentes a projetos similares proposta em questo.
22. Documentos bsicos para especificar um projeto de pequena escala b. Anexo III
Um projeto de MDL somente ser aceito se promover o desenvo
determinada regio do pas hospedeiro, ou seja, se propuser a p
progresso econmico e social daquele pas. O Anexo III o docu
explicar de que forma isso ser possvel. Para isso, dever enfa
atividade proposta para cada um dos seguintes aspectos:
> sustentabilidade ambiental local;
> condies de trabalho e gerao de empregos;
> formas de distribuio de renda;
> capacitao e desenvolvimento tecnolgico;> integrao regional e articulao com outros setores.
c. Cartas de comprovao de interesse
Ser necessrio encaminhar, junto com o DCP e o Anexo III, cp
comprovao de interesse. Escritas pelos agentes envolvidos no
os comentrios deles sobre a preocupao com a sustentabilida
encaminhar cartas daqueles que sero afetados pelas atividades
contribuio do projeto para o desenvolvimento local e a preserv
As cartas devero ser enviadas pelos propon entes do projeto ao
> prefeituras e cmaras de vereadores;
> rgos ambientais estaduais e municipais;
> Frum Brasileiro de ONGs;
> associaes comunitrias;
> Ministrio Pblico.
23. O que crdito de carbono
O documento reduo certificada de emisses (RCE) o certi
Conselho Executivo do MDL que informa a quantidade de red
gases de efeito estufa (GEE) decorrente da implantao de um
comumente chamado de crdito de carbono.
Crdito de carbono
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Isto , para cada tonelada de CO2e (dixido de carbono equivalente) referente reduo das
emisses de GEE atingida, atribuda uma unidade de crdito de carbono. A quantidade de
crditos de carbono depende das caractersticas do projeto: tipo e quantidade de gases, forma e
metodologia que sero utilizadas.
O processo o seguinte: um documento de concepo do projeto (DCP), depois de
aprovado pela Autoridade Nacional Designada (AND), registrado no Conselho Executivo
do MDL. Durante a implementao da atividade, ele anualmente monitorado e atestado
por agentes autorizados por uma Entidade Operacional Designada (EOD). Finalmente, o
Conselho Executivo do MDL emite a RCE, documento que oficializa e declara a reduo
nas emisses de GEE alcanada pelo projeto, quantificada em massa de CO2.
O fluxograma a seguir representa o ciclo do projeto.
Entidade OperacionalDesignada
Entidade OperacionalDesignada
Atividades
do projeto
AutoridadeNacional
RCEConselhoExecutivo
(5) Monitoramento
(3) Aprovao
(2) Validao
(6) Verificao/ Certificao
(4) Registro dasatividades do projeto
(7) Emisso
(1) DCP
Participantes
do projeto
Fluxograma 1 Ciclo do projeto
Fonte: O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo MDL: guia de Orientao / Coordenao-geral Ignez Vidigal Lopes Rio de Janeiro: Fundao Getlio Vargas, 2002. 90p.
A reduo certificada de emisses (RCE) pode ser vendida, e seu
quantidade de emisses de GEE reduzida, da flutuao de merca
do projeto, entre outros fatores.
No futuro, emitir GEE ser um custo contabilizvel no balano financ
Exemplo: uma fbrica que emite 100.000 toneladas de GE
governo e ter de reduzir a emisso para 80.000 t/ano. Pa
cota, ela ter duas opes: reduzir fisicamente em 20.000
ou comprar crditos de carbono para compensar a quantid
ultrapassa sua cota. Se quiser comprar crditos de carbon
concretamente, um preo o dos crditos de carbono que
pas ou de outra empresa para co ntinuar produzindo.
Crditos de carbono
Mercado de carbono o comrcio de reduo certificada de em
compra e venda de crditos de carbono. A comercializao de C
do Protocolo de Quioto como meio para que os pases do Anexo
reduo das emisses de GEE.
A comercializao de RCEs obedece s lei s de mercado e acont
financeiras, empresas privadas ou pblicas e governos federal, e
H dois momentos para o comrcio de crditos de carbono:
i. Depois de certificados pelo Conselho Executivo do MDL:
> por negociao direta entre o atual detentor dos crditos e
> por negociao intermediada, feita por terceiros;
> pela venda em uma das bolsas de crditos de carbono, por
Valores, Mercado rias e Futu ros (B M&F).
ii. A venda a futuro, ou seja, antes que as RCEs sejam emitida
do MDL ou antes mesmo que o projeto seja aprovado por ess
pode acontecer a antecipao do pagamento. O desgio cost
isso, o comprador dever estar atento:
24. O que mercado de carbono e como so comercializa
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> ao perfil dos agentes que comercializam os certificados, para evitar fraudes e calotes;
> ao risco do registro a possibilidade de um projeto no ser aprovado e registrado pelo
Conselho Executivo do MDL;
> ao risco do projeto a possibilidade de o projeto no gerar a quantidade
esperada de RCEs;
> origem e data prevista para a obteno dos certificados;
> aos benefcios sociais e ambientais adicionais que o projeto pode trazer.
A proba bilidad e de re jeio de um projeto de MDL pelo C onselh o Execu tivo do MDL
ser muito baixa se o documento de concepo do projeto (DCP) cont emplar as normas
e os procedimentos do Conselho, se ele for similar a um projeto j aprovado e se for
demonstrada a necessidade de implementao dele.
No havendo compradores diretos, o detentor das RCEs dever procurar uma instituio
que possa auxili-lo a localiz-los, tais como bancos privados ou pblicos, fundos de
investimento e consultorias privadas especializadas em meio ambiente.
Exemplos de instituies que negociam crdito de carbono:
Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&F) -em convnio com o Ministrio de
Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior e a Fundao Getlio Vargas, organiza o
Mercado Brasileiro de Reduo de Emisses.
Banco Mundial (BM)-por meio de seu fundo de captao de recursos, o Prototype
Carbon Fund(PCF). O BM tambm financia projetos de reduo das emisses de GEEem pases em desenvolvimento.
Banco Real.
Bolsa do Clima de Chicago(CCX, sigla para a expresso em ingls Chicago Climate Exchange).
Bolsa de Mercado de Carbono da Unio Europeia(EUETS, sigla para a expresso em
ingls European Union Emission Trade Scheme).
No Brasil, existem bolsas de comercializao de crditos de carbono no Rio de Janeiro e
em So Paulo.
Os governos europeus tm agncias de compra de RCEs, m
Brasil. O governo holands, por exemplo, compra RCEs po
(sigla para a expresso em ingls Certified Emission Reduction
Ao lon go de seu ci clo de vida, um proj eto em confor midade c
desenvolvimento limpo (MDL) passa por duas fases:
> de aprovao quando a proposta do projeto submetida
Designada (AND) e ao Comit Executivo do MDL. Para a apr
a validao da proposta, seguida do registro pelo Conselho
significa o reconhecimento oficial de que o projeto se enqua
> de implementao e execuo uma vez aprovado, o projet
periodicamente auditado por uma Entidade Operacional Des
e atesta a quantidade de GEE reduzida a cada intervalo de t
auditoria servir de base para a emisso, pelo Conselho Exe
certificada de emisses (RCE), que conter o nmero de cr
pelo projeto.
Para a validao de uma proposta de projeto de MDL, a EOD:
> avalia o projeto proposto e at esta ou no que ele est em
requisitos especificados pelo Conselho Executivo de pr
pequena escala;
> agencia a aprovao do projeto pela Autoridade Nacional D
> providencia que toda a documentao e todas as informa
submeter o projeto ao Conselho Executivo do MDL para reg
sejam juntadas ao projeto;
> emite o documento denominado relatrio de validao. Trat
a EOD declara que todos os passos administrativos e tcnic
esto em conformidade com as diretrizes do MDL e que o proj
EOD. Esse documento uma referncia para a avaliao pelo
Durante a avaliao, a EOD torna pblica a validao, disponibilizanddo projeto (DCP), durante 30 dias, para comentrios das partes e de
25. As duas fases de um projeto de MDL pelas instncias do C
26. Validao da proposta de projeto de MDL por uma E
Designada (EOD)
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Caso considere validado o projeto, a EOD encaminhar AND que, no Brasil, a
Comisso Interministerial de Mudana Global do Clima os seguintes documentos:
> documento de concepo do projeto (DCP), em portugus e em ingls;
>Anexo III relatrio apresentando as contribuies do projeto para o desenvolvimento sustentvel;
> cpias das cartas de interesse contendo comentrios das partes envolvidas no projeto;
> declarao, assinada pelos participantes do projeto, atestando que todos tm
conhecimento dele e esto de acordo com a implantao da atividade de projeto;
> documentos que assegurem a conformidade da atividade de projeto com a legislao
ambiental e trabalhista em vigor, quando for o caso;
> relatrio de validao da EOD.
Depois de receber toda a documentao pertinente, a Comisso Interministerial de
Mudana Global do Clima ter at dois meses para:
> verificar se a documentao est completa;
> avaliar se o projeto contribui para o desenvolvimento sustentvel;
> verificar se a participao de todos os envolvidos voluntria;
> aprovar ou no o projeto.
Caso o projeto seja aprovado:
> a aprovao ser publicada no site do Ministrio de Cincia e Tecnologia (www.mct.gov.br);
> ser emitida a carta de aprovao, documento que atesta que o projeto contribui para o
desenvolvimento sustentvel e que a participao de todos os envolvidos voluntria.
Em seguida, a EOD junta a carta de aprovao aos demais documentos e submete toda a
papelada ao Conselho Executivo do MDL para avaliao e registro. O Conselho Executivo
do MDL sediado em Bonn, na Alemanha.
Caso a proposta de projeto no seja validada, a EOD explicar aos participantes as
razes e sugerir as alteraes necessrias para a aprovao.
O registro de um projeto a aceitao formal dele pelo Conse
base no relatrio de validao emitido pela Ent idade Operacio
carta de aprovao emitida pela Autoridade Nacional Designa
de registro poder levar at dois meses para ser concludo ca
apresentada esteja completa.
Normalmente, o Conselho Executivo do MDL registra a propos
pela EOD, a no ser que uma das partes envolvidas ou trs m
requisitem a reviso da atividade de projeto.
Depois que um projeto de MDL entra em vigor, o Conselho Ex
tempos em tempos, a reduo certificada de emisses (R CE),
os crditos de carbono alcanados por esse projeto. Para tal,
Operacional Designada (EOD) verifique e certifique a reduo
obtida por ele durante determinado perodo de tempo.
Para cada projeto de MDL j implantado, a EOD:
> verifica se o plano de monitoramento da atividade foi seguid
> audita os dados e as informaes que documentam a quant
reduzida pelo projeto durante um dado perodo de tempo;
> certifica a reduo das emisses de GEE alcanada pelo pr
> solicita ao Conselho Executivo do MDL que emita crditos d
ao perodo de tempo em questo.
No h critrio predeterminado para especificar os int ervalos
os efeitos da atividade de um projeto devam ser medidos. re
que no sejam menores que o t empo que a EOD leva para ver
de emisses cada vez que solicitada a faz-lo.
Aps a certif icao, a EOD emite um rela trio no qu al ate sta a
reduo das emisses de GEE. Em seguida, a EOD solicita qu
MDL emita o montante de RCEs.
27. Registro pelo Conselho Executivo do MDL
28. Emisso dos certificados de crdito de carbono
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Quando recebe um relatrio de certificao de uma EOD, o Conselho Executivo do MDL
emite em trs semanas, contadas a partir da data de recebimento da solicitao de
emisso, o nmero solicitado de RCEs.
A Tabela 3 a segu ir tr az o p asso a pass o do ciclo do proj eto, desde a elabor ao do
documento de concepo do projeto (DCP) at a emisso das RCEs.
28.1 Emisso de RCEs pelo Conselho Executivo do MDL
Tabela 3 O passo a passo do ciclo do projeto
Fonte: O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo MDL: guia de orientao / Coordenao-geral Ignez Vidigal Lopes Rio de Janeiro:Fundao Getlio Vargas, 2002. 90p.
IV. CRIAO DE PROJETOS DE MECANISMO DE DLIMPO (MDL) PARA GERAR TRABALHO E REN
Conforme definido no item III deste guia, projetos de MDL voltado
e renda so aqueles que agrupam as seguintes caractersticas:
> so concebidos e implementados sob as normas do MDL;
> resultam na reduo das emisses de gases de efeito estufa (G
> geram emprego e renda para grupos em situao de exclus
muito baixa, que so os beneficirios especiais do projeto.
Alm disso, um projeto de MDL com gerao de trabalho e renda
> enquadrar-se como de pequena escala, por ser mais simples e
agrupamento de projetos;
> utilizar uma metodologia de monitoramento j registrada pelo C
Afinal criar uma metodologia leva tempo e aumenta o custo do
> ser gerido, depois de implementado, pela associao ou pela co
o grupo em funo do qual foi criado. Sem contar que essa ser
social desse grupo;
> aproveitar a experincia de outros projetos brasileiros similares
atual estar em conformidade com a legislao federal brasileirargumentos de outros projetos j registrados ajuda a evitar erro
Entre os projetos e metodologias j registrados no Conselho Exec
que atendem mais adequadamente a essas exigncias:
> a implantao de usinas de triagem, reciclagem e compostagem d
> a implantao de biossistemas integrados para o processamento
1. Oportunidades de projetos de MDL para gerar trabalho
1. Documento de concepodo projeto (DCP)
A elaborao do DCP a primeira etapado ciclo do projeto. Todas as informaes
necessrias para validao/registro,monitoramento, verificao e certificaodevero estar contempladas. O formulrio
est disponvel no site do Ministrio daCincia e Tecnologia (www.mct.gov.br).
Participantes do projeto
2. Validao/aprovao
Validao o processo de avaliao dodocumento de concepo do projeto(DCP) por uma Entidade Operacional
Designada (EOD).
Aprovao o processo pelo qual aAutoridade Nacional Designada (AND)
atesta que a atividade proposta contribuipara a reduo das emisses de GEE e o
desenvolvimento sustentvel.
EOD
AND
3. RegistroRegistro a aceitao formal, pelo ConselhoExecutivo do MDL, de um projeto validado
como atividade de projeto de MDL.
Conselho Executivo do MDL
4. Monitoramento
Monitoramento o recolhimento e aarmazenagem dos dados necessrios paracalcular a reduo das emisses de GEE
atribuveis ao projeto.
Participantes do projeto
5. Verificao/certificao
Verificao o processo de auditoriaperidico para revisar os clculos dareduo das emisses de GEE ou daremoo de CO
2resultantes de um
projeto de MDL.
Certificao a garantia, fornecida porescrito, da reduo das emisses de GEE.
EOD
EOD
6. Emisso
Cumpridas todas as etapas, as reduesde emisses de GEE decorrentes das
atividades de projetos so reconhecidascomo reais, mensurveis e de longo prazoe, portanto, podem dar origem s redues
certificadas de emisses (RCEs).
Conselho Executivo
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2. Como criar um projeto de MDL com usinas de triagem, reciclagem e
compostagem de resduos slidos urbanos
Para compreender a necessidade de implantao de usinas de triagem e compostagem
de lixo no Brasil e a forma como o tratamento adequado dele pode promover o
desenvolvimento local ao reduzir a degradao ambiental e gerar emprego e renda,
preciso observar: a composio do lixo; o modo como sua destinao t em afetado o
meio ambiente; e de que maneira poss vel beneficiar as comunidades locais com a
gerao de trabalho e renda a partir da reciclagem.
a. Resduos slidos urbanos
Todo material slido ou semisslido indesejvel e descartvel por ser considerado intil
chamado de lixo ou resduo slido.
Esse resduo composto de uma parte orgnica e de outra no orgnica. A
decomposio do lixo orgnico, de origem animal ou vegetal, responsvel por emisses
de GEE, causadoras da poluio da atmosfera e, por isso, o foco deste guia.
b. Lixo, um problema ambiental
A Pesq uisa N aciona l de S aneamen to Bs ico 200 0, real izada p elo I nstit uto B rasilei ro de
Geografia e Estatstica (IBGE), revela a situao da destinao final do lixo coletado no
Brasil nos ltimos anos. Naquela data, o lixo produzido diariamente no pas chegava a125.281 toneladas, sendo que:
> 47,1% era destinado a aterros sanitrios,
> 22,3 % a aterros controlados,
> 30,5 % a lixes.
A depos io em lixes polui o meio ambient e de d iversa s manei ras. Os ga ses n eles
produzidos, predominantemente o gs metano (CH 4) e o gs ca rbnic o (CO 2) d ois G EE
podem migrar para o subsolo ou ser liberados para a atmosfera. Ocorre que a emisso
desses gases vem aumentando por conta de fatores como o crescimento populacional,
o crescimento das produes industrial e agrcola e a queima em larga escala de
combustveis fsseis.
O Brasil pioneiro na implantao de projetos de MDL, princi
sanitrios e na suinocultura. Desde 2005, o pas mantm a ter
logo aps a China e a ndia. Vrias Entidades Operacionais De
estabeleceram no pas para atender demanda por certifica
documentos. Alm delas, diversas organizaes no governamenta
qualificaram para apoiar pequenas empresas e prefeituras na anlis
No entanto a maioria dos projetos brasileiros para o tratamen
urbanos j aprovada de grande escala. Isso se deve maior
eles apresentam em termos de custo-benefcio, j que o custoequipamentos no diretamente proporcional ao volume de l
Apesar de os projet os de MDL de pequen a escal a em a terros
mais simples, muitos deles nem sempre conseguem cobrir tod
de implantao. Isso vem explicar a relevncia da comercializ
carbono, sem a qual seria muito difcil viabilizar a eliminao
aterros sanitrios, objetivo principal de tais projetos.
Inicialmente preciso conceituar triagem e compostagem de
processo de separar os materiais reciclveis dos orgnicos e compostagem a transformao do material orgnico do lixo
hmus e nutrientes minerais que pode ser utilizado como ferti
c. O lixo e o trabalho
A colet a selet iva, isto , a s eparao do lix o a s er reci clado e
poluio e a incentivar a reciclagem. No Brasil, esse trabalho
independentes, associaes e cooperativas, pblico-alvo des
podem se transformar nos beneficirios especiais de um proje
trabalho e renda. Assim possvel afirmar que quanto mais es
cooperativa, mais chances existem de aprovar o projeto.
Importante tambm dizer que a criao de uma usina de rec
ampliar a renda desses trabalhadores, pois gerar novos post
o leque de produtos passveis de serem comercializados.
2.1 Contexto
2.2 Uma nota sobre a experincia brasileira
2.3 Exemplo de projeto de MDL voltado para a gerao de emp
usina de triagem e compostagem de lixo
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Numa usina de triagem e compostagem de lixo, so executados esses dois processos.
A tri agem do lixo n o se qualif ica par a a ge rao de crd ito de carbon o porqu e no reduz
as emisses de gases de efeito estufa (GEE). A degradao de materiais reciclveis, tais
como plsticos, vidros, cermicas e metais, no emite gases de efeito est ufa. Apesar
disso, a triagem parte importante da estratgia de sustentabilidade desses projetos,
porque a comercializao dos materiais reciclveis provenientes do lixo gera capital.
a. Grupos em situao de excluso social e econmica vistos como beneficirios
especiais do projeto
No caso de projetos de MDL para a gerao de emprego e renda a grupos em situao
de excluso social e econmica, importante ter claro quem sero os beneficirios
especiais uma vez que as especificidades de cada grupo tm impacto sobre os projetos.
Por exemplo, na criao de usinas de triagem e compostagem de lixo, os beneficirios
especiais so os catadores de lixo.
b. Condies favorveis criao do projeto
As seg uint es con dies favorec em a cr iao d o proj eto:
1-J existe coleta regular dos resduos slidos urbanos na regio de interesse do projeto.
Caso contrrio, no haver como encaminhar o lixo para a usina de triagem e
compostagem a ser criada. importante esclarecer que, se ainda no existir, a coletaprecisa ser implantada pelas prefeituras.
2-J existe coleta seletiva de resduos.
Isso reduz o trabalho de triagem na usina, e a atividade pode-se concentrar em melhor-la, o
que aumenta o valor comercial dos materiais reciclveis selecionados.
3-H lixo ou o lixo est sendo depositado em aterros sanitrios sem haver
reduo de emisses.
Nesse caso, cabe a implantao de uma u sina de triagem e compostagem para o
tratamento do lixo novo.
4-Os regulamentos e as normas sanitrias do municpio permitem a implantao de umausina de triagem e compostagem.
Usina Embora a implantao de uma usina de triagem e compostag
com a legislao federal, preciso verificar se ela tambm es
normas ambientais locais. Se no estiver, deve-se alterar o pr
no ser possvel implant-la.
5-O lixo a ser processado pela usin a de triagem e compostag
ser proveniente de domiclios e de est abelecimentos com
preciso verificar a origem do lixo que a usina ter de proces
que ela lidar apenas com o lixo domiciliar e o comercial. Por
hospitalar devem ter tratamento diferenciado.
6-H mercado para os produtos reciclveis.
Se o trabalho de coleta seletiva e reciclagem j estiver sendo
aproveitar e melhorar a estrutura montada. Criar parcerias com
reciclveis pode ajudar a estruturar o projeto.
7- Faz-se compostagem e h mercado para o composto (rea
preciso que o projeto seja implantado onde haja demanda p
o que, inclusive, ter de ser comprovado. A metodologia exige
a utilizao do composto, o que ser feito com os recibos de
se analisar se h demanda pelo composto e buscar estruturar
comercializao dele.
8-H catadores de lixo j organizados em uma cooperativa ou
O projeto poder ento comear a trabalhar com essa entidad
primeiros passos organizar os catadores em uma cooperativ
9-Existem outras entidades na regio de interesse que atuam
conhecimentos especficos e tcnicos em reas relevantes
usina de triagem e compostagem.
ONGs, rgos pblicos e universidades que atuem ou que det
especficos e tcnicos em reas relevantes para a criao de
compostagem podem, por exemplo, ser parceiros valiosos do
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10- Existe a possibilidade de firmar um cons rcio com municpios vizinhos para a
utilizao da usina de triagem e compostagem que se pretende criar.
Se a disposio final do lixo for um problema que afeta toda uma regio e se for possvel
estabelecer um consrcio com municpios vizinhos, isso pode reduzir os custos e
melhorar a sustentabilidade da usina que se pretende criar.
Diferentes agentes podem fazer parte de um projeto de MDL de uma usina de triagem e
compostagem, conforme a seguir:
a. Prefeituras
As prefeituras so responsveis pela gesto dos resduos domiciliares e pblicos, alm daqueles
provenientes de pequenos empreendimentos, e precisam, portanto, achar uma soluo
adequada para o lixo. Num projeto de MDL, uma prefeitura ou um consrcio de prefeituras:
> ajuda a organizar os catadores de lixo;
> cede um terreno para o depsito de lixo;
> contrata servios de coleta e gerenciamento de lixo;
> gere o projeto;
> articula parcerias.
b. Associaes e cooperativas
A part icipa o das associ aes de cat adores ou das coopera tivas de cat adores o
grupo em situao de excluso social e econmica visto como beneficirio especial do
projeto consiste em:
> obter financiamento ou crdito rural;
> fazer a coleta de reciclveis nas ruas;
> operar a usina de t riagem e compostagem;
> comercializar o composto e os reciclveis;
> controlar e verificar os padres do projeto proposto;
> prover apoio tcnico e logstico aos cooperados;
> receber os crditos de carbono;
> distribuir os crditos de carbono entre os cooperados.
2.4 Possveis participantes de um projeto de MDL de implantao de uma usina de
triagem e compostagem
c. Organizaes no governamentais (ONGs) e organizae
interesse pblico (Oscips)
As pri ncipai s ativ idades dessas organi zaes so:
> contribuir para a estruturao dos catadores e a gesto do
> buscar recursos e negociar com possveis financiadores;
> prover conhecimento especializado e suporte tecnolgico;
> articular parcerias;
> auxiliar na comercializao dos crditos de carbono.
d. Empresas
s empre sas ca bem as fune s de:
> realizar o estudo de viabilidade de um projeto;
> elaborar e propor o projeto;
> validar o projeto;
> financiar o projeto, tendo como interesse promover a respon
socioempresarial ou os crditos de carbono;
> negociar o financiamento do projeto nos bancos;
> prestar servios especializados.
e. Universidades
As funes das universidades na implantao de usinas de triagem
> realizar o estudo de viabilidade de um projeto;
> contribuir para a estruturao dos catadores e a gesto do
> fornecer tecnologia, conhecimento e suporte especializado;
> articular parcerias.
2.5 Produtos e servios gerados pelo projeto
Uma central de triagem e compostagem de resduos gera dois
i. os materiais reciclveis, que so selecionados e separado
durante a triagem;
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ii.o composto orgnico, rico em hmus e nutrientes minerais, que pode ser usado na
agricultura como recondicionador de solos em razo de ser um potencial
fertilizante produzido pela compostagem do restante do lixo.
A parcel a do lixo q ue r eciclada varia um pou co de projeto para p rojeto . Em al guns
casos, mesmo materiais muitas vezes considerados como no reciclveis so
reaproveitados. Por exemplo, as pedras, que podem ser transformadas em brita e em
outros materiais de construo.
Alm de sses produto s, al guns servi os pod em ser oferecid os pel as as socia es ou
cooperativas de catadores de lixo ligadas a uma usina:
i.trabalho em marcenaria (recuperao de mveis);
ii. produo de peas decorativas;
iii. servios de limpeza.
As pri ncipai s recei tas g eradas por um projeto de MDL que en volva uma us ina d e tria gem
e compostagem de resduos slidos so:
> os crditos de carbono auferidos;
> a receita proveniente da comercializao dos materiais reciclveis;
> a receita proveniente da comercializao do composto orgnico;
> a receita proveniente da prestao de servios.
O nmero de postos de trabalho gerados com a implantao d
compostagem de resduos e a natureza deles v ariam conform
Em geral, o funcionamento de uma usina de triagem e compo
seguintes reas:
> triagem e compostagem do lixo;
> manuteno da usina;
> limpeza e conservao da usina;
> gesto da usina;
> comercializao dos produtos.
Vrios so o s impac tos p ositi vos qu e um p rojeto de impl anta
e compostagem de resduos traz para a comunidade. Entre el
> a gerao de emprego e renda para os membros da comuni> a reduo das emisses de GEE;
> o aquecimento da economia local, proveniente da gerao d
e da comercializao dos produtos da usina;
> a preservao dos lenis de gua e a reduo dos impactos am
> a extenso considervel da vida til do depsito em que d
que no reciclada. Essa parcela normalmente menor que 10%
processada, o que faz com que o depsito cresa mais lent
> a possvel multiplicao da organizao de at ividades que b
local, como a criao de creches e de cantinas para atender a
H duas possibilidades principais de comercializao das mercadorias produzidas na usina:
> a venda dos materiais reciclveis, selecionados e separados do restante do lixo durante
a triagem, a empresas que atuam no ramo da reciclagem ou diretamente a indstrias
que os utilizam;
> a venda do composto orgnico, rico em hmus e nutrientes minerais, a indstrias e
fornecedores de fertilizantes; a prefeituras e a outros rgos pblicos que o utilizam
diretamente ou que o distribuem a agricultores; ou, ainda, diretamente aos agricultores.
Cabe ressaltar que o composto orgnico apresenta caractersticas variveis. Assim, preciso controlar a frao orgnica do lixo e a operao do processo de compostagem
para garantir a qualidade do produto final, essencial comercializao.
2.6 Receitas geradas pelo projeto
2.8 Postos de trabalho gerados pelo projeto
2.9 Impactos positivos do projeto na comunidade
2.7 Possibilidades de comercializao dos produtos da usina
A legislao determina que o composto comercializado como fe
de 40% de matria orgnica, ndice mximo de acidez, ou seja,
de nitrognio de 1,0% e relao carbono/nitrognio de 18 para 1
no deve conter patognicos e metais pesados em limites acima
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A metodologia mais adequada para criar um projeto de usina de triagem e compostagem
chamada de Evitando a produo de metano por meio do tratamento biolgico controlado da
biomassa e tem cdigo AMS III.F1.
Aplicabilidade:
1.A decomposio da biomassa ou de outra matria orgn ica pode gerar emisses de
gases de dois tipos: gs metano, no caso da decomposio anaerbica (sem a presena
do ar) ou gs carbnico, no caso da aerbica (na presena do ar). Uma vez que 1 grama de
metano equivale a 21 gramas de gs carbnico (conforme Tabela 1 do captulo III deste guia),
a alterao da forma de decomposio dos materiais diminui em 21 vezes as emisses de
GEE. Esta justamente a proposta da metodologia AMS III.F: proporcionar a esse tipo de
projeto a adoo de medidas que evitem a produo de metano. Sem a aplicao dessa
metodologia, esses materiais se decomporiam anaerobicamente em um local de disposio
de resduos slidos sem recuperao de metano.
A decomposio evitada pela compostagem e pela aplicao adequada do composto no
solo. A atividade de um projeto que faa uso da metodologia AMS III.F recupera ou queima
metano (diferentemente da metodologia AMS-III.G) e no realiza a combusto controlada
do resduo (diferentemente da metodologia AMS-III.E). As medidas se limitam quelas queacarretem reduo de emisses inferior ou igual a 60.000 toneladas de CO2e(dixido de carbono
equivalente) anualmente.
2. Esse tipo de projeto inclui a construo de uma usina de compostagem e a expanso da
produo de composto. Para isso, os participantes do projeto devero demonstrar que esforos
especiais sero feitos para aumentar a capacidade de uso ser necessrio identific-los
e descrev-los; que a estao de compostagem existente se enquadra em todas as leis e
regulaes; e que ela no faz parte de outro projeto.
3. Essa categoria tambm se aplica cocompostagem de guas residurias e resduos slidos
de biomassa, em que as guas residurias teriam sido, do contrrio, tratadas em um sistema
sem recuperao de metano. No cenrio do projeto, essas guas so usadas como fonte de
2.10 Metodologia de MDL utilizvel no projeto
AMS III.F Verso 08
umidade e/ou de nutrientes para o processo de compostagem. Um
de cachos de frutos vazios, resduo da produo do leo de dend,
residurias cogeradas na produo desse leo.
A forma mais p recisa para es timar o metan o ou o equi valent
um lixo ou por um aterro fazer medies de gs metano di
local de disposio.
A gerao de lixo em cidades brasileiras varia de 0,5 a 1,0 kg/dia ppelo tamanho da populao e pelo estilo de consumo da comun
apresenta uma estimativa da gerao de lixo de cidades de dive
Com base na populao envolvida e na equivalncia entre gs
possvel fazer uso da seguin te equao para calcular prelimin
de CO2eemitida pelo aterro a cada ano:
Na preparao de um projeto, necessrio t abular, durante u
estatsticos dirios. Essas sries histricas serviro de base d
base do projeto. Nos sites do Ministrio da Cincia e Tecnolo
Conveno da Organizao das Naes Unidas (ONU) para o
possvel acessar a frmula e as condies exigidas para a apl
AMS I II.F aqui s ugerid a.
2.11 Como avaliar o potencial de crdito de carbono do projeto
Tabela 3 Estimativa da gerao de lixo urbano de acordo com o tamanho da populao da cidade
Quantidade anual de CO2e
cuja emisso pode ser evitada = p
POPULAO URBANA GERAO D
Pequena (at 30 mil habitantes)
Mdia (de 30 mil a 500 mil habitantes) 0
Grande (de 500 mil a 5 milhes de habitantes) 0
Megalpole (acima de 5 milhes de habitantes) Ac
1Sigla em ingls para a metodologia aprovada para projeto de pequena escala,da coleo III.F.
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H vrias tecnologias disponveis para reciclagem e compostagem. Os preos variam de acordo
com o grau de mecanizao e devem ser calculados separadamente: construo, instalao,
mquinas e equipamentos. Usinas mecanizadas de reciclagem utilizam, entre outros, esteiras,
moinhos, prensas e trituradores de vidro.
No caso da compostagem, deve-se procurar uma tecnologia que permita o uso intensivo de mo
de obra j que o objetivo social do projeto a gerao de trabalho e renda.
Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social (BNDES)
A principal fonte de financiamento para projetos de triagem e compostagem de lixo o BNDES,
cujo Fundo Social tem o programa Apoio a Projetos de Materiais Reciclveis. Voltado para
associaes e cooperativas de catadores de lixo, esse programa pode ser acessado por meio de
agentes financeiros credenciados. O BNDES j financiou projetos de catadores de papel e de lixo
em Apucarana (PR), Arax (MG), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA) e So Paulo (SP).
Ministrio das Cidades
Por meio da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA), o Ministrio das Cidades
apoia a implantao e a ampliao dos sistemas de limpeza pblica, acondicionamento, coleta,
disposio final e tratamento de resduos slidos urbanos em municpios com populao
superior a 250.000 habitantes ou integrantes de regies metropolitanas.
O programa Resduos Slidos Urbanos tem tambm como objetivos incentivar a reduo,
a reutilizao e a reciclagem de resduos slidos urbanos e promover a insero social de
catadores por meio da eliminao dos lixes e do trabalho infantil no lixo.
Fundao Nacional de Sade (Funasa)
A Funasa transfere tecnologia aos municpios interessados na estruturao do sistema de
limpeza urbana e resduos slidos. Tm prioridade pequenos municpios que apresentem casos
notificados e confirmados de dengue associados ausncia ou inadequao das aes de
limpeza urbana.
As pri ncipai s font es de assis tncia tcnic a para os pro jetos d
do lixo so:
Associao de Agricultura Orgnica
Oferece cursos e palestras sobre o processo de compostagem
relativas ao assunto. Para associar-se, necessrio pagar um
em So Paulo.
Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre)
Fornece fontes de referncia sobre gerenciamento de lixo. Em
dvidas por telefone ou por e-mail.
Fundao Nacional de Sade (Funasa)
Presta informaes a respeito dos aspectos tcnicos de enge
e da execuo de obras voltadas ao tratamento e disposi
como implantao de unidades de reciclagem e compostagem
Instituto Brasileiro de Administrao Municipal (IBAM)
Visa d esenvo lver instr umento s de trabal ho e c olabor ar para foao dos governos municipais no gerenciamento de resduos
Ministrio das Cidades
A Secre taria Nacion al de S aneament o Ambie ntal (SNSA) , do M
disponibiliza estudos, planos e projetos para o desenvolvimen
em resduos slidos urbanos, bem como promove o fortalecim
e o desenvolvimento institucional e de recursos humanos, a fi
funcionamento da usina.
Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas
Oferece orientao e capacitao aos interessados em criar c
microempresas. Presta servios de esclarecimentos sobre a g
2.12 Investimento nos principais equipamentos e instalaes
2.13 Fontes de financiamento
2.14 Fontes de assistncia tcnica
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Rede de Intercmbio de Tecnologia Alternativa
Faz a articulao entre os agricult ores locais para que esses t roquem experincias, entre
outras, aquelas relacionadas compostagem.
A seguir, apresenta-se uma lista com as principais fontes de referncia para a formulao tcnica
do projeto de triagem e compostagem:
Ambiente Brasil
Portal que dispe de artigos e informaes sobre diversos temas relacionados ao meio ambiente.
Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre)
Produz manuais e guias de orientao sobre gerenciamento de lixo, reciclagem e constituio de
cooperativas, entre outros temas. Destaque merece ser dado aos seguintes:
> Compostagem: A Outra Metade da Reciclagem;
> Reciclagem e Negcios;
> O Sucateiro e a Coleta Seletiva;
> Guia da Coleta Seletiva de Lixo;
> Guia da Cooperativa de Catadores.
Cooperativa dos Recicladores de Penpolis (Corpe)
Projeto bem-sucedido desenvolvido na cidade de Penpolis, no interior de So Paulo, o Corpe
objetivava retirar 35 famlias do lixo e oferecer-lhes melhores condies de trabalho. Alm da
incluso dessas famlias na sociedade, a cooperativa tinha tambm como metas solucionar
os problemas tcnicos que o aterro sanitrio vinha apresentando e incentivar a comunidade a
adotar a prtica do reaproveitamento e da reciclagem dos resduos inorgnicos.
Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento
O Ministrio da Agricultura tem, entre outras, a competncia para inspecionar e fiscalizar a
produo e a comercializao dos biofertilizantes decorrentes do material composto.
2.15 Fontes de referncia
ONG PANGEA
Um dos objetivos do projeto Rede Catabahia organizar e fortalec
catadores de dez municpios baianos. A iniciativa compreende a im
solidria de coleta e comercializao de materiais reciclveis.
Programa de Reciclagem e Compostagem de Lixo Urbano de Ch
O programa, implantado em Chapado do Cu (Gois), um exemp
municpio capaz de articular parcerias para implantar um sistema
meio da reciclagem e da compostagem.
Universida de Federal de Viosa (UFV)
A UFV desenv olve p rojeto s de r eciclag em e di sponib iliza, em
para venda de materiais reciclveis em algumas regies do B
triagem e compostagem.
Institu to para a Democratizao de Informaes sobre Saneame
(Web-Resol)
O instituto oferece informaes sobre reciclagem, gesto de resdu
Em seusite, h uma srie de cartilhas e artigos disponveis para do
> Manual de Gerenciamento Integrado de Resduos Slidos;> Coleta Seletiva: Guia de Implantao da Prefeitura.
> Projeto Vega Bahia Projeto de Gs de Aterro de Salvador da Ba
> Projeto ONYX de Recuperao de Gs de Aterro Trememb.
> Projeto de Recuperao de Gs de Aterro ESTRE Paulnea (Pro
> Projeto de Reduo de Emisses de Biogs Caieiras.
> Projeto de Gs do Aterro Sanitrio Anaconda.
> Projeto de Gs do Aterro de Bragana Embralixo/Arana.
> Projeto de Gs de Aterro Sanitrio de Manaus.
> Projeto de Gs de Aterro CDR Pedreira (Progaep).
> Projeto de Captura e Queima de Gs de Aterro Sanitrio de Tijuq
> Urbam/Arana Projeto de Gs de Aterro Sanitrio (Uapgas).
2.16 Projetos similares aprovados no mbito da Autoridade
(AND) brasileira
40
3 C i j d MDL i l
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A impla ntao de um projeto de geren ciament o de r esduo s sl idos d eve res peitar
tanto as normas ambientais estaduais quanto as federais. Alm disso, a preocupao
da sociedade com o meio ambiente, a exigncia cada v ez maior de uma boa conduta
ambiental por parte das empresas e a polt ica nacional do meio ambiente tornam
imprescindvel a correta destinao dos resduos.
Informao importante se refere ao fato de que, apesar de a legislao brasileira atual
no exigir que os aterros faam coleta de gases do lixo, ela feita por razes de
segurana, para evitar exploses.
O resumo da legislao relevante para o projeto est apresentado a seguir:
> Decreto Federal 24.643/1934 institui o Cdigo de guas.
> Lei 6.766/1979 dispe sobre o parcelamento do solo urbano e d out ras providncias.
> Lei 6.894/1980 dispe sobre a ins peo e a fiscalizao da produo e do comrcio
de fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes destinados
agricultura e d outras providncias.
> Lei 9.433/1997 institui a Poltica Nacional de Recursos Hdricos e cria o Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos.
> Lei 10.257/2001 estabelece diretrizes gerais da poltica urbana e d outras providncias.
> NBR 8.419/1983 fixa as condies mnimas para a apresentao de projetos de
aterros sanitrios de resduos slidos urbanos.
> NBR 10.004/1987 classifica os resduos slidos quanto aos riscos potenciais ao meioambiente e sade pblica para o manuseio e a destinao adequados.
> NBR 13.895/1997 normatiza a construo de poos de monitoramento e amostragem
para acompanhar a infiltrao de veculos contaminantes no lenol.
> Resoluo do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) n 005/1988 dispe
sobre o licenciamento de obras de saneamento bsico.
> Resoluo Conama n 302/2002 dispe s obre os parmetros, as definies e os
limites das reas de Preservao Permanente de reservatrios artificiais e o regime de
uso do entorno.
> Resoluo Conama n 308/2002 dispe s obre o licenciamento ambiental dos sistemas
de disposio final dos resduos slidos urbanos gerados em municpios de pequeno porte.
> Resoluo Conama n 313/2002 dispe sobre o Inventrio Nacional de Resduos
Slidos Industriais.
2.17 Legislao relevante para a implantao do projeto 3. Como criar um projeto de MDL em suinocultura para pro
Para compreender a necessidade de criar um projeto de MDL
a forma com