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FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
Prof. Dr. Carlos Alexandre Habitante
2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CONCEITOS
• “... Estudo de como o corpo, do ponto de vista funcional,responde, ajusta-se e adapta-se ao exercício.”
(FOX, 1991)
• “... A fisiologia do esporte refere-se a discussão dos limitesextremos a que pode ser submetida a maioria dosmecanismos corporais.”
(GUYTON, 1997)
• “Estudo de como o exercício altera a estrutura e a função docorpo humano.”
(WILMORE e COSTILL)
CONTROLE DO MEIOINTERNO
HOMEOSTASIA
“É definido como a manutenção de um meio interno constanteou inalterado”. (Powers, 2000, p.14)
Este termo é utilizado para
descrever condiçõesnormais de repouso.
Apesar do conceito dehomeostasia significar que oambiente interno não está
alterado, isso não quer dizerque ele permaneça
absolutamente constante.
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ESTADO ESTÁVEL (STEADY STATE)
Em contraste com a “HOMEOSTASIA”, o termo “ESTADO ESTÁVEL”não significa que o ambiente interno encontra-se completamente normal, masapenas que ele não se encontra alterado. (Powers, 2000)
Quando o organismo se encontra nessasituação, pode-se dizer que foi obtido umequilíbrio entre as demandas impostassobre o organismo e suas respostas a
essas demandas.
O platô da temperatura central é constante.No entanto, tal temperatura constante é
superior à temperatura normal do
organismo em repouso e, por isso, nãorepresenta condição homeostática
verdadeira.
HOMEOSTASIA
Manutenção de umambiente interno “normal”constante ou inalterado. Termoreservado para descrevercondições normais de repouso.
ESTADO ESTÁVEL
Termo aplicado ao exercício em que avariável não se altera, mas pode não ser igualao valor de repouso verdadeiro.
Pode ser definido como um ambienteinterno constante, mas isso não significa quetal ambiente esteja completamente normal.
HOMEOSTASIA X ESTADO ESTÁVEL (STEADY STATE)
O aumento do consumo de oxigênio (VO2) e da FC dorepouso (homeostasia) para um exercício em estado estável.Essa condição de estado estável é demonstrada pelos valorespraticamente constantes de VO2 e FC ao longo do tempo.
HOMEOSTASIA
HOMEOSTASIA
Mudanças imediatas na pressão arterial sistêmica na transição do repousopara o exercício. Observe a queda quase instantânea nas pressões sistólica e
diastólica após o início do exercício. Logo após essa mudança, a pressãosistólica passa a aumentar, enquanto a pressão diastólica aumenta levemente
e estabiliza em valores próximos ao repouso.
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NATUREZA DOS SISTEMAS DE CONTROLE DO CORPO
SISTEMA DE CONTROLEBIOLÓGICO
Pode ser definido como uma série decomponentes interconectados queservem para manter um parâmetro
físico ou químico do corpo num valorquase constante.
COMPONENTES GERAISCENTRO DEINTEGRAÇÃO EFETOR
RECEPTOR
NATUREZA DOS SISTEMAS DE CONTROLE DO CORPOO sistema de controle biológico age da segu inte forma:
1. RECEPTOR (componente capaz de detectar uma alteração em umavariável. É excitado pelo estímulo)
2. Centro de Integração (ação é similar a uma caixa de con trole. O centrode integração avalia a força do estímulo e emite uma mensagem
adequada a uma componente efetor )
3. EFETOR (componente envolvido na correção do distúrbio. Responde demodo que as alterações do ambiente interno voltem ao normal. O
retorno do ambiente interno a normalidade acarreta uma redução doestímulo original que ativou o sistema de controle.
RETROALIMENTAÇÃO NEGATIVAO sistema de controle respondede forma oposta ao estímulo.
NATUREZA DOS SISTEMAS DE CONTROLE DO CORPO
Componentes de um Sistema de Controle Biológico:
Centro de Integração
Efetor Receptor
Estímulo
1. Oestímuloexcita oreceptor
2. O receptor avisa ocentro de integração
sobre o distúrbio
3. Analisa o estímuloenviado e sinaliza aoefetor para corrigir o
distúrbio
4. O efetor corrige odistúrbio e remove o
estímulo
BIOENERGÉTICA
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Qualquer tipo de trabalho exige o concurso de energia; as máquinas
funcionam graças ao combustível proveniente de diferentes substâncias
químicas, que são transformadas em calor e trabalho mecânico. A
máquina humana, para manter a v ida e desenvolver diferentes atividades
físicas, recebe através dos alimentos os nutrientes adequados para tais
necessidades.
Vieira, 1996.
O corpo humano é uma usina.
24 horas por dia, 365 dias por ano.
METABOLISMO
é definido como o total de reações celulares que ocorrem no corpo.
REAÇÕES
ANABÓLICAS
REAÇÕES
CATABÓLICAS(síntese demoléculas)
(degradaçãode moléculas)
Vale salientar que todas as células necessitam de energia,para tanto, possuem vias metabólicas capazes de converter
nutrientes alimentares (ou seja, gorduras, proteínas,carboidratos) numa forma de energia biologicamente
utilizável = BIOENERGÉTICA.
BIOENERGÉTICA é o estudo da transferênciade energia entre as reações químicas em tecidosvivos. Fornece as leis que norteiam as funções
do metabolismo. (Robergs e Roberts, 2002)
Reaçõesdo
organismoque
diminuem otamanho
dasmoléculas
Reaçõesdo
organismoque
aumentamo tamanho
dasmoléculas
• Energia
• Trabalho
BIOENERGÉTICA
Formas de Energia
1. Química2. Mecânica3. Térmica4. Luminosa5. Elétrica6. Nuclear
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Bioenergética na Fisiologia do Exercício
A energia de maior interesse é aquela que transforma a energia
química em energia mecânica. A transformação destas energias resulta
no movimento humano.
As fontes destas energias provém da transformação dos alimentos
em energia química.
CICLO ENERGÉTICO BIOLÓGICO
A energia solar chega à terra em forma de energia luminosa.
Os vegetais armazenam a energia luminosa em forma de energia
química, utilizada na elaboração de moléculas alimentares: glicose,
proteínas e lipídios, a partir do CO2 e da H2O (Fotossíntese).
Os alimentos na presença de O2, são transformados em CO2 e
H2O com a liberação de energia química.
Esta energia é utilizada nos diversos processos biológicos. Ex:Crescimento e trabalho mecânico de contração muscular.
Transformação Biológica de Energia
Os alimentos são compostos principalmente por carbono,hidrogênio, oxigênio e, no caso das proteínas, nitrogênio.
As ligações moleculares dos alimentos são relativamente fracas eproduzem pouca energia quando rompidas. Conseqüentemente, osalimentos não são utilizados diretamente nos processo celulares.
Em vez disso, a energia das ligações moleculares dos alimentos éliberada quimicamente no interior de nossas células e, em seguida, ela éarmazenada sob a forma de um composto altamente energéticodenominado ADENOSINA TRIFOSFATO (ATP).
“O ATP é um composto de fosfato de alta energia, com base no qual oorganismo obtém sua energia”.
(Wilmore e Costill, 2001, p.693)
“O ATP é um composto com fosfato de alta energia sintetizado, utilizadopelas células a fim de liberar energia para o trabalho celular”.
(Powers, 2000, p.497)
ATP ADP + Pi
A remoção de cada radical
fosfato libera 12000 calorias de
energia
Caloria é a quantidade de
energia calor necessária para
elevar a temperatura de 1ml de
água a 15°C, ao nível do mar,
em 1°C.
VEGETAIS
SOL
carboidratos gorduras proteínas
Transformação Biológica de Energia
FOTOSSÍNTESE
ATP
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Quantidade de Energia dos
Nutrientes
Carboidratos (Glicídios) – 04 kcal/g
Proteínas – 04 kcal/g
Gorduras – 09 kcal/g
Metabolismo de Carboidratos (Glicídios)
• Os glicídios constituem uma importante fonte de energia para as atividades
vitais e são a base da dieta das populações tropicais e subtropicais;
• É alta a % de calorias fornecidas pelos carboidratos na dieta humana, o que se
justifica, pois são os nutrientes mais baratos.
Classificação dos Glicídios
• Monossacarídeos – Açucares simples - Glicose, Frutose e Galactose
• Dissacarídeos – 2 monossacarídeos – Sacarose, Lactose e Maltose
•Polissacarídeos – Vários monossacarídeos:
• Polissacarídeos estruturais – Indigerível – Celulose – Movimentos
peristálticos – Verduras, Frutas, Cereais Integrais e leguminosas (casca)
•Polissacarídeos Nutrientes – Glicogênio (Hepático e Muscular) e Amido
(Produto Final Glicose) – Fontes de Energia
Necessidade Diária de Carboidratos (CHO)
• Quanto maior a Taxa Metabólica Diária e o Nível de Contração Muscular do
indivíduo, maior deve ser a ingestão de (CHO);
• Extremamente importante para alguns tecidos: sistema nervoso, músculo
cardíaco, músculo estriado e fígado.
• Limite inferior máximo – 100 gramas.
• 50 a 60% do Valor Calórico Total ou 4 a 8 g/kg de peso corporal.
Digestão de Glicídios
Amido
- dextrinas Maltose Maltotriose
GLICOSE
- dextrinase maltase sacarase
Trealose
GLICOSE
trealase
Lactose
GALACTOSEGLICOSE
lactase
Sacarose
FRUTOSEGLICOSE
sacarase
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Metabolismo de Proteínas
• À medida que se desenvolve a ciência da nutrição, cresce o valor das
proteínas. As alterações do metabolismo destas no organismo humano vivo
estão associadas ao definhamento nutricional e a muitos estados patológicos;
• As proteínas são as substâncias fundamentais da cromatina do núcleo e do
cromossomo – DNA é proteína;
• Elas são as principais substâncias construtoras do nosso organismo,
essenciais para a construção e reparo nos tecidos;
Aminoácidos
• As proteínas são constituídas por substâncias mais simples, chamadas
aminoácidos (a.a.), podendo conter 100 ou mais a.a.;
• O número, a qualidade e a ordem como eles se encontram na proteína
caracterizam cada proteína;
Aminoácidos Essenciais
• Leucina
•Isoleucina
•Lisina
•Treonina
•Metionina
•Fenilalanina•Valina
•Triptofano
Classificação das Proteínas
• Completas – Mantêm o animal vivo e promovem o crescimento do animal
jovem quando administradas como única fonte protéica (caseína do leite,
albumina/miosina da carne e ovoalbumina);
• Parcialmente completas – Mantêm a vida, porém não promovem o crescimento
do animal (gliadina do trigo – pobre em lisina)
• Incompletas – Incapazes de manter a vida ou de promover o crescimento (zeina
do milho – pobre em lisina e triptofano)
• A mistura de duas ou mais proteínas vegetais diferentes pode resultar numa
proteína de melhor valor biológico, quando possuem aminogramas que se
completam ( Proteína do arroz pobre em lisina com proteína do feijão rica em
lisina).
Necessidades ou Requerimentos Protéicos
• A alimentação diária deve proporcionar uma quantidade suficiente de proteínas
para satisfazer as reparações teciduais e a formação de novos tecidos;
• Recomenda-se a ingestão de 50% de proteína animal;
• 1 a 2 g/kg de peso corporal;
• 11 a 15% do Valor Calórico Total.
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Ativação das Proteases Gastrintestinais
Estômago
Pepsinogênio
PEPSINA
pH baixo
Tripsinogênio
TRIPSINA
enterocinase
Ativação das Proteases Gastrintestinais
Intestino Delgado
Tripsinogênio
TRIPSINA
tripsina
Quimotripsinogênio
QUIMOTRIPSINA
tripsina
Proelastase
ELASTASE
tripsina
Procarboxipeptidase A
CARBOXIPETIDASE A
tripsina
Procarboxipeptidase B
CARBOXIPETIDASE B
tripsina
Digestão de Proteínas
Estômago
Proteínas
AMINOÁCIDOS
OLIGOPEPTÍDEOS
pepsina
Digestão de Proteínas
Intestino Delgado
Proteínas
DIPEPTÍDEOS
TRIPEPTÍDEOS
AMINOÁCIDOS
Tripsina, quimotripsina, elastase,
carboxipeptidase A, carboxipeptidase B
OLIGOPEPTÍDEOS
peptidases
DIPEPTÍDEOS
TRIPEPTÍDEOS
AMINOÁCIDOS
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Metabolismo de Lipídeos (Gorduras)
• O tecido adiposo atua como reserva potencial de energia, isolante térmico e
contra traumas, além de ser reconhecido atualmente como um importante órgão
endócrino;
• Os lipídeos são uma forma concentrada de energia, uma vez que, entre os
nutrientes, produzem a maior quantidade de energia (9 kcal/g);
• Os lipídeos são os nutrientes mais palatáveis da dieta humana;
•As formas mais importantes das gorduras são os triglicerídeos (TG), os
fosfolipídios (FL) e o Éster de Colesterol (COL).
Ácidos Graxos Livres (AGL)
• Os componentes principais dos lipídeos são os Ácidos Graxos.
• Do ponto de Vista Nutricional, eles se dividem em:
•Ácidos Graxos Essenciais;
•Ácidos Graxos não Essenciais.
• Ácidos Graxos Essenciais são:
•Linoléico;
•Linolênico
•Araquidônico
Digestão de Lipídeos
Triglicerídeo
GLICEROL
Lipases lingual e
pancreática
Éster de Colesterol
ÁCIDO GRAXOCOLESTEROL
Colesterol éster hidrolase
Fosfolipídio
ÁCIDO GRAXOLISOLECITINA
Fosfolipase A2
ÁCIDO GRAXO
ÁCIDO GRAXO
Absorção dos lipídeos no intestino delgado
Luz Sangue
Sais biliares
Sais biliares
COL
MG
LisoFL
AGL
COL + AGL = ECol
MG + AGL = TG
LisoFL + AGL = FL
AGL
FL FL
FL
FL
FL
ApoB
Ecol
TGExocitose
LINFA
(ducto torácico)
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Metabolismo das Lipoproteínas
QUILOMÍCRONS
LPL
QUILOMÍCRONREMANESCENTE
TG
INSULINA
LDL
VLDL
AAGLICOSE
Plasma:LACTATOPIRUVATOAA
LIPOGÊNESEATP- citrato liaseAcetil CoA carboxilaseÁcido graxo sintetaseEnzima málica
TGINSULINA
Lipogênese
TG TG
NORADRENALINAGLUCAGONLEPTINA
AG
LHS
Lipólise Metabolismo dos Carboidratos e Exercício Físico
A dependência dos músculos de carboidratos durante o exercício estárelacionada à disponibilidade dos carboidratos e do sistema bem desenvolvidodos músculos para o seu metabolismo.
Os carboidratos são, em última instância, convertidos em glicose, ummonossacarídeo (uma unidade de açúcar) que é transportado através dosangue para todos os tecidos do organismo.
Em repouso os carboidratos ingeridos são captados pelos músculos epelo fígado e, em seguida, são convertidos numa molécula mais complexa deaçúcar: o GLICOGÊNIO. Este é armazenado no citoplasma até as célulasutilizarem-no para formar ATP. Quando necessário, o glicogênio armazenadono fígado é reconvertido em glicose e então transportada pelo sangue aostecidos ativos, onde ela é metabolizada.
As reservas hepáticas e musculares de glicogênio são limitadas epodem ser depletadas, exceto se a dieta contiver uma quantidade razoável decarboidratos. Por isso, dependemos muito das fontes nutricionais de amidos eaçúcares para repor as nossas reservas de carboidratos. Sem uma ingestãoadequada de carboidratos, os músculos e o fígado podem apresentar privaçãode sua principal fonte de energia.
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A utilização do glicogênio muscular no repouso é negligênciável, e oestoque de glicogênio muscular é preservado para o uso durante as situaçõesde alta atividade muscular esquelética.
Em contraste, o principal papel do glicogênio hepático estocado é o demanter a concentração sanguínea de glicose entre as refeições, assegurandoum adequado suprimento para os órgãos dependentes da glicose, tais como océrebro, o SNC, as células sanguíneas e os rins.
O glicogênio muscular e a glicose sanguínea, derivados dagliconeogênese (processo através do qual as proteínas ou as gorduras - oglicerol do triglicerídeo - são convertidas em glicose) e da glicogenólise(quebra do glicogênio para glicose), respectivamente, são os principaissubstratos responsáveis pela contração muscular esquelética durante oesforço físico, sendo que a fadiga é freqüentemente associada à depleçãodessas reservas de carboidratos.
O nível de utilização do glicogênio, a absorção de glicose e a liberaçãoda glicose hepática são determinadas principalmente pela intensidade e peladuração do exercício, mas podem ser modificadas pela dieta precedente bemcomo pelo nível de treinamento.
Metabolismo dos Carboidratos e Exercício Físico
Após o exercício, a restauração dos estoques intramusculares deglicogênio é cons iderada prioritária e é dependente da ingestão decarboidratos.
Nos momentos mais precoces após o exercício (< 6 horas), aingestão de glicose ou de sacarose resulta em um nível mais alto dosestoques de glicogênio muscular, confirmando as observações de que aingestão de alimentos que contenham grandes quantidades de carboidratospossui maior efeito na resposta glicêmica, contribuindo para o aumentomais significativo dos estoques de glicogênio muscular do que os alimentospobres em carboidratos.
Metabolismo dos Carboidratos e Exercício Físico
As gorduras fornecem uma quantidade considerável de energiadurante o exercício prolongado menos intenso.
Os estoques orgânicos de energia potencial sob a forma degorduras são substancialmente maiores do que as reservas decarboidratos.
No entanto, as gorduras são menos acessíveis para o metabolismocelular porque elas necessitam ser primeiramente reduzidas de suasformas complexas, os triglicerídeos, aos seus componentes básicos, oglicerol e os ácidos graxos livres (LIPÓLISE).
Somente os ácidos graxos livres são utilizados na formação de ATP.
Metabolismo das Gorduras e Exercício Físico
As proteínas também podem ser utilizadas como fonteenergética, mas elas devem ser primeiramente convertidas em glicose.
No caso de depleção energética severa ou de inanição, asproteínas podem até ser utilizadas na geração de ácidos graxos livrespara a energia celular.
O processo através do qual as proteínas ou as gorduras (oglicerol do triglicerídeo) são convertidas em glicose é denominadoGLICONEOGÊNESE.
O processo de conversão das proteínas em ácidos graxos livres édenominado LIPOGÊNESE.
Metabolismo das Proteínas e Exercício Físico
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A necessidade de uma ingestão protéica para os indivíduos
fisicamente ativos tem sido debatida há anos.
O que parece direcionar os mecanismos responsáveis pelo
aumento das necessidades é o incremento nas taxas de síntese protéica
muscular em atletas de força e o uso de substrato pelos atletas no
exercício aeróbio.
Metabolismo das Proteínas e Exercício Físico
SISTEMA
DE
OXIGÊNIO
A
T
P
SISTEMA ANAERÓBICO
LÁTICO
(GLICOLÍTICO)
SISTEMA ATP-CP
Processos Produtores de Energia para Elaboração de ATP
(FOSFAGÊNIO)
A) Término da Oxidação dos carboidratos.
B) Oxidação de ácidos graxos.
As duas partes do sistema de oxigênio possuem o Ciclode Krebs como via final de oxidação ( Via Final Comum).
Sobreposição do Metabolismo
O organismo usa ou depleta as fontes energéticas durante osexercícios, de acordo com a intensidade e duração da atividade.
Exceto em atividades de duração muito curta, a maior parte dos
esportes emprega as duas fontes de energia em graus variados, havendouma sobreposição dos metabolismos aeróbico e anaeróbico.
4 mmol de Ácido LáticoSistema Anaeróbico
Lático
Sistema Aeróbico~ 85% FC máxima
http://d/FISIOLOGIA%20DO%20EXERC%CD%83IO%20-%20UnC%20-%202005/Sistema%20Aer%E3%A2%A9o.ppthttp://d/FISIOLOGIA%20DO%20EXERC%CD%83IO%20-%20UnC%20-%202005/Sistema%20Aer%E3%A2%A9o.ppthttp://d/FISIOLOGIA%20DO%20EXERC%CD%83IO%20-%20UnC%20-%202005/Sistema%20Aer%E3%A2%A9o.ppthttp://d/FISIOLOGIA%20DO%20EXERC%CD%83IO%20-%20UnC%20-%202005/Sistema%20Anaer%E3%A2%A9o%20Latico.ppthttp://d/FISIOLOGIA%20DO%20EXERC%CD%83IO%20-%20UnC%20-%202005/Sistema%20Anaer%E3%A2%A9o%20Latico.ppthttp://d/FISIOLOGIA%20DO%20EXERC%CD%83IO%20-%20UnC%20-%202005/Sistema%20Anaer%E3%A2%A9o%20Latico.ppthttp://d/FISIOLOGIA%20DO%20EXERC%CD%83IO%20-%20UnC%20-%202005/Sistema%20Anaer%E3%A2%A9o%20Latico.ppthttp://d/FISIOLOGIA%20DO%20EXERC%CD%83IO%20-%20UnC%20-%202005/ATP-CP.ppthttp://d/FISIOLOGIA%20DO%20EXERC%CD%83IO%20-%20UnC%20-%202005/ATP-CP.ppthttp://d/FISIOLOGIA%20DO%20EXERC%CD%83IO%20-%20UnC%20-%202005/ATP-CP.ppthttp://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.sabido.com.br/figuras/cofre.jpg&imgrefurl=http://www.sabido.com.br/artigo.asp%3Fcat%3D90%26art%3D2291&h=147&w=150&sz=12&tbnid=Gbxl3GfFSzoJ:&tbnh=88&tbnw=89&start=34&prev=/images%3Fq%3Dcofre%26start%3D20%26hl%3Dpt-BR%26lr%3D%26sa%3DNhttp://d/FISIOLOGIA%20DO%20EXERC%CD%83IO%20-%20UnC%20-%202005/Sistema%20Aer%E3%A2%A9o.ppthttp://d/FISIOLOGIA%20DO%20EXERC%CD%83IO%20-%20UnC%20-%202005/Sistema%20Anaer%E3%A2%A9o%20Latico.ppt
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Sobreposição do MetabolismoRelações entre a duração de atividades físicas exaustivas e a contribuição das
vias creatina fosfato, glicolítica e oxidativa para a regeneração de ATP.
CLASSIFICAÇÃO DAS CARGAS PELAS ZONAS DEINTENSIDADE
No. ZONA CRITÉRIOS FISIOLÓGICOS DURAÇÃO MÁXIMADE TRABALHO
FCT (bpm) % VO2máx Lactato(mmol/l)
1 Aeróbica Até 140 40-60 Até 2 Algumas horas
2 Aeróbica (delimiar)
140-160 60-85 Até 4 Mais de 2 horas
3 Mista(aeróbica-anaerób.)
160-180 70-95 4-6
6-8
30’- 2 horas
10’-30’
4 Anaeróbica(glicolítica)
Mais de 180 95-100 8-15
10-18
14-20 e mais
5’-10’
2’-5’
até 2’5 Anaeróbica
(ATP-CP)- 95-90 - 10-15”
(FONTE – ZAKHAROV e GOMES, 1992)
DURAÇÃO DOTRABALHO
NÍVELINTENSIDADE
SISTEMAPRODUTOR
% METABOLISMO ANAERÓBICO
% METABOLISMO AERÓBICO
1” -15” LIMITES ATP-CP 100 – 95 0 – 5
15” –60” MÁXIMA ATP-CPe
ANAERÓBICOLÁTICO
90 – 80 10 – 20
1’ – 6’ SUBMÁXIMA ANAERÓBICOLÁTICO
= AERÓBICO
70 (40-30) 30 (60-70)
6’ –30’ MÉDIA AERÓBICO (40-30) 10 (60-70) 90
+ 30’ BAIXA AERÓBICO 5 95
ZONAS DE INTENSIDADES DOS ESPORTES CÍCLICOS
(Farfel, 1960; Astrand e Saltin, 1961; Margaria e col, 1963; Mathews e Fox, 1971).
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CLASSIFICAÇÃO DOS DEPORTOS QUANTO AO SISTEMAENERGÉTICO PREDOMINANTE
Ênfase Percentual por Sistema Energético
AT P- CP e G li cóli se Gl icóli se Ana er óbi ca e Si st emaDESPORTO Anaeróbica Sistema Aeróbico A eróbico
1. BASQUETE 60 20 202. GINÁSTICA 80 15 53. FUTEBOLA-Goleiro, extremas 60 30 10B-Zagueiros, meias 60 20 204. NATAÇÃOA-50m 90 5 5B-100m 80 15 5C-200m 30 65 5D-400m 20 40 405.ATLETISMOA-100, 200m 95-98 2-5 negligenciávelB-400m 80 15 5C-800m 30 65 5D-Maratona negligenciável 5 95
6. VOLEIBOL 80 5 15
(FONTE – FOX e MATHEWS, 1974)