FAS, 29a, fem, bca, natural e procedente de SP
Paciente recebendo lítio cronicamente para tratamento de distúrbio bipolar. Há 3 dias com febre, tosse seca, coriza e irritabilidade.
Confusa, sonolenta, voz pastosa
Plasma: Uréia 50 (normal 20-45), creatinina 1,3 (normal 0,7 a 1,3), RFG estimado: 67 mL/min/1,73 m2 (normal 100), Na 149, K 4,5, Osmolaridade = 312 mOsm/L
Urina: Osmolaridade = 330 mOsm/L. Fluxo urinário = 3 L/dia
MSS, 59a, masc, bco, natural de Contagem, MG, e procedente de SP
Paciente com doença renal crônica pré-dialítica, em regime de restrição de água, ingeriu 1 melancia inteira em menos de 1/2 hora.
Confuso, sonolento, voz pastosa
Plasma: Uréia 180, creatinina 4,3, RFG estimado: 17 mL/min/1,73 m2 (normal 100), Na 126, K 5,5
•Eliminação de excretas
•Regulação do volume extracelular
•Regulação da pressão osmótica
•Regulação do equilíbrio ácido-base
•Regulação da excreção de potássio
•Regulação da excreção de cálcio e fósforo
•Regulação da pressão arterial
PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS RINS NO ORGANISMO
•Eliminação de excretasEliminação de excretas
•Regulação do volume extracelularRegulação do volume extracelular
•Regulação da pressão osmótica
•Regulação do equilíbrio ácido-baseRegulação do equilíbrio ácido-base
•Regulação da excreção de potássioRegulação da excreção de potássio
•Regulação da excreção de cálcio e fósforoRegulação da excreção de cálcio e fósforo
•Regulação da pressão arterialRegulação da pressão arterial
PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS RINS NO ORGANISMO
0
100
200
300
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO INTRA E DO EXTRACELULAR
Proteínas
EXTRA
Na+
Cl -K+
HCO3-
Outros
mOsm/L
INTRA
K+
Cl -HCO3
-
Na
0
100
200
300
O SÓDIO É O PRINCIPAL CÁTION DO ESPAÇO EXTRACELULAR
Proteínas
EXTRA
Na+
Cl -K+
HCO3-
Outros
mOsm/L
INTRA
K+
Cl -HCO3
-
Na
Posm= [ Ce ]1
n
Posm 2 [Na+]e + [Glicose]e + [Uréia]e+ [Outros]e
= 285-290 mOsm/L
Posm (extracelular)
Posm= [ Ce ]1
n
Posm 2 [Na+]e + [Glicose]+ [Glicose]e e + [Uréia]+ [Uréia]ee+ [Outros]e
= 285-290 mOsm/L
Posm (extracelular)
O SÓDIO É O PRINCIPAL CÁTION DO COMPARTIMENTO EXTRACELULAR.
SUA CONCENTRAÇÃO PODE SER USADA PARA ESTIMAR A OSMOLALIDADE EXTRACELULAR.
0
200
400
600
800
0 10 20 30 40 50
Osmolaridadeextra - Osmolaridadeintra , mOsm/L
Pressão osmótica, mmHg
Variações relativamente pequenas da concentração
de sódio (e portanto da osmolaridade) extracelular
podem levar a deformações catastróficas do
sistema nervoso central
~28 L
VOL. INTRACELULAR
~14 L
VOL. EXTRACELULAR
~42 L
H2O TOTAL
[K+] = 4 mmol/L
[Na+] = 140 mmol/L
[K+] = 150 mmol/L
[Na+] = 10 mmol/L
~28 L
VOL. INTRACELULAR
~14 L
VOL. EXTRACELULAR
~42 L
H2O TOTAL
[K+] = 150 mmol/L
[Na+] = 10 mmol/L
[K+] = 4 mmol/L
[Na+] = 160 mmol/L
~28 L
VOL. INTRACELULAR
~14 L
VOL. EXTRACELULAR
~42 L
H2O TOTAL
[K+] = 150 mmol/L
[Na+] = 10 mmol/L
[K+] = 4 mmol/L
[Na+] = 160 mmol/L
~28 L
VOL. INTRACELULAR
~14 L
VOL. EXTRACELULAR
~42 L
H2O TOTAL
[K+] = 4 mmol/L
[Na+] = 140 mmol/L
[K+] = 150 mmol/L
[Na+] = 10 mmol/L
~28 L
VOL. INTRACELULAR
~14 L
VOL. EXTRACELULAR
~42 L
H2O TOTAL
[K+] = 4 mmol/L[K+] = 150 mmol/L
[Na+] = 10 mmol/L
[Na+] = 120 mmol/L
~28 L
VOL. INTRACELULAR
~14 L
VOL. EXTRACELULAR
~42 L
H2O TOTAL
[K+] = 4 mmol/L[K+] = 150 mmol/L
[Na+] = 10 mmol/L
[Na+] = 120 mmol/L
~28 L
VOL. INTRACELULAR
~14 L
VOL. EXTRACELULAR
~42 L
H2O TOTAL
ICosm 280 mOsm/L
ECosm= Posm
2 140 mmol/L =
280 mOsm/L
VOL. INTRACELULAR
2.2 L/dia
0.2 0.11.5 0.7
0.3 (endógena)
[Na+] =
140 mmol/L
H2O = 0 L/dia
VOLUME EXTRACELULAR
2.2 L/dia
0.2 0.11.5 0.7
0.3 (endógena)
H2O = 0 L/dia
VOL. INTRACELULAR
[Na+] =
140 mmol/L
VOLUME EXTRACELULAR
O volume extracelular e o intracelular são iguais com relação:
a) ao volume (em litros)
b) à concentração de sódio
c) à concentração de potássio
d) À pressão osmótica
O volume extracelular e o intracelular são iguais com relação:
a) ao volume (em litros)
b) à concentração de sódio
c) à concentração de potássio
d) À pressão osmótica
PROXIMAL
PORÇÃO FINA DESCENDENTE
PORÇÃO FINA ASCENDENTE
PORÇÃO ESPESSA
CONEXÃO +COLETOR
TÚBULO DISTAL
67 %
23 %
9 %
<1 %
RFG = 170 L/dia
PROXIMAL
PORÇÃO FINA DESCENDENTE
PORÇÃO FINA ASCENDENTE
PORÇÃO ESPESSA
CONEXÃO +COLETOR
TÚBULO DISTAL
67 %
23 %
9 %
<1 %
RFG = 170 L/dia
PROXIMAL
PORÇÃO FINA DESCENDENTE
PORÇÃO FINA ASCENDENTE
PORÇÃO ESPESSA
CONEXÃO +COLETOR
TÚBULO DISTAL
67 %
9 %
<1 %
RFG = 170 L/dia
23 %
300
500
700
900
1100
1300
mOsm/LASCDESC ASCDESC
NÉFRONS SUPERFICIAIS (MAIORIA)
NÉFRONS JUSTAMEDULARES (MINORIA)
600 mOsm
1300 mOsm
300
500
700
900
1100
1300
mOsm/LASCDESC ASCDESC
H2O
H2O
H2O
H2O
H2O
H2O
H2O
H2O
H2O
NÉFRONS SUPERFICIAIS (MAIORIA)
NÉFRONS JUSTAMEDULARES (MINORIA)
600 mOsm
1300 mOsm
PROXIMAL
PORÇÃO FINA DESCENDENTE
PORÇÃO FINA ASCENDENTE
PORÇÃO ESPESSA
CONEXÃO +COLETOR
TÚBULO DISTAL
67 %
9 %
<1 %
RFG = 170 L/dia
23 %
Sódio: 150 mOsm/dia
K: 50 mOsm/dia
Outros cátions: 50 mOsm/dia
Ânions: 275 mOsm/dia
Uréia: 350 mOsm/dia
Total: 850 mOsm/dia
Solutos a serem eliminados pela urina:
Excreção sem concentrar a urina
(a ~300 mOsm/L)
Vur =850 mOsm/dia
300 mOsm/L = 2,8 L/dia
Excreção concentrando a
urina
(a ~1300 mOsm/L)Vur =850 mOsm/dia
1300 mOsm/L = 0,57 L/dia
FAS, 29a, fem, bca, natural e procedente de SP
Paciente recebendo lítio cronicamente para tratamento de distúrbio bipolar. Há 3 dias com febre, tosse seca, coriza e irritabilidade.
Confusa, sonolenta, voz pastosa
Plasma: Uréia 50 (normal 20-45), creatinina 1,3 (normal 0,7 a 1,3), RFG estimado: 67 mL/min/1,73 m2 (normal 100), Na 149, K 4,5, Osmolaridade = 312 mOsm/L
Urina: Osmolaridade = 330 mOsm/L. Fluxo urinário = 3 L/dia
$100
$100
$100
$100
$100
$100
$100
$100
$100
$100
$100
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$$
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A porção espessa da alça de Henle é a
principal responsável pela geração de
energia para o funcionamento do sistema
de contracorrente medular e para a
formação de uma urina hipertônica em
relação ao plasma
•Sistema de contracorrente Sistema de contracorrente medularmedular
•HADHAD
MECANISMO DE CONCENTRAÇÃO URINÁRIA
Para concentrar a urina, os rins necessitam:
a) do hormônio antidiurético
b) do arranjo em contracorrente das alças de Henle
c) do transporte ativo na porção espessa da alça de Henle
d) de todas as anteriores
Para concentrar a urina, os rins necessitam:
a) do hormônio antidiurético
b) do arranjo em contracorrente das alças de Henle
c) do transporte ativo na porção espessa da alça de Henle
d) de todas as anteriores
A recirculação de uréia entre o final do túbulo coletor e a porção ascendente fina
da alça de Henle é essencial à formação de uma medula hipertônica e à excreção de
uma urina concentrada ao máximo
+
MSS, 59a, masc, bco, natural de Contagem, MG, e procedente de SP
Paciente com doença renal crônica pré-dialítica, em regime de restrição de água, ingeriu 1 melancia inteira em menos de 1/2 hora.
Confuso, sonolento, voz pastosa
Plasma: Uréia 180, creatinina 4,3, RFG estimado: 17 mL/min/1,73 m2 (normal 100), Na 126, K 5,5
Urina: Fluxo = 2,5 L/dia. Osmolaridade = 310 mOsm/L
NA AUSÊNCIA DO HAD, OCORRE POUCA
REABSORÇÃO DE ÁGUA NOS TÚBULOS
DISTAL E COLETOR, MAS A REABSORÇÃO
DE SOLUTO CONTINUA, RESULTANDO NA
EXCREÇÃO DE UMA URINA DILUÍDA
PROXIMAL
PORÇÃO FINA DESCENDENTE
PORÇÃO FINA ASCENDENTE
PORÇÃO ESPESSA
CONEXÃO +COLETOR
TÚBULO DISTAL
RFG = 170 L/dia
A DILUIÇÃO URINÁRIA OCORRE POR REJEIÇÃO
NO TÚBULO DE CONEXÃO/COLETOR
HAD
NA AUSÊNCIA PROLONGADA DO HAD, O
GRADIENTE CÓRTICO-MEDULAR GERADO
PELO SISTEMA DE CONTRA-CORRENTE SE
DISSIPA, EM GRANDE PARTE DEVIDO À
PERDA DA RECIRCULAÇÃO DE URÉIA
2.2 L/dia
0.2 0.11.5 0.7
0.3 (endógena)
[Na+] =
140 mmol/L
H2O = 0 L/dia
VOLUME EXTRACELULAR
VOL. INTRACELULAR
8.7
10 L/dia
0.2 0.1 0.7
0.3 (endógena)
[Na+] =
140 mmol/L
H2O = 0 L/dia
VOLUME EXTRACELULAR
VOL. INTRACELULAR
0.6
1.3 L/dia
0.2 0.1 0.7
0.3 (endógena)
[Na+] =
140 mmol/L
H2O = 0 L/dia
VOLUME EXTRACELULAR
VOL. INTRACELULAR
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0 3 6 9 12 15 18HAD
Vo
lum
e U
rin
ário
0
300
600
900
1200
1500
Osm
olalid
ade u
rinária, m
Osm
/L
0 L/dia
0.2 0.10.6 0.7
0.3 (endógena)
[Na+] =
140 mmol/L
H2O = -1.3 L/dia
VOLUME EXTRACELULAR
VOL. INTRACELULAR
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
200 250 300 350 400 450Posm
[HA
D]
200 250 300 350 400Posm
SE
DE
(u
nid
ade
s a
rbit
rári
as)
•Ingestão insuficiente de água
•Perdas de água
•Hipovolemia
•Ingestão de sal sem água
DESENCADEIAM A SENSAÇÃO DE SEDE:
Em um indivíduo com função renal normal:
a) A ingestão continuada de uma grande quantidade de sal (duas vezes o normal) leva a uma hipernatremia
b) A ingestão continuada de uma grande quantidade de água (duas vezes o normal) leva a uma hiponatremia
c) A ingestão continuada de quantidades muito baixas de água (1/10 do normal) leva a uma hipernatremia
d) A ingestão continuada de quantidades muito baixas de sódio (1/10 do normal) leva a uma hiponatremia
Em um indivíduo com função renal normal:
a) A ingestão continuada de uma grande quantidade de sal (duas vezes o normal) leva a uma hipernatremia
b) A ingestão continuada de uma grande quantidade de água (duas vezes o normal) leva a uma hiponatremia
c) A ingestão continuada de quantidades muito baixas de água (1/10 do normal) leva a uma hipernatremia
d) A ingestão continuada de quantidades muito baixas de sódio (1/10 do normal) leva a uma hiponatremia
8.7
10 L/dia
0.2 0.1 0.7
0.3 (endógena)
[Na+] =
140 mmol/L
H2O = 0 L/dia
VOLUME EXTRACELULAR
VOL. INTRACELULAR
DIABETE INSÍPIDO (Nefrogênico ou hipotalâmico)
2.2 L/dia
0.2 0.18 0.7
0.3 (endógena)
[Na+] =
140 mmol/L
H2O = -6.5 L/dia
VOLUME EXTRACELULAR
VOL. INTRACELULAR
SEDE
8,7 L/dia
0.2 0.18 0.7
0.3 (endógena)
VOLUME EXTRACELULAR
[Na+] =
140 mmol/L
DIABETE INSÍPIDO (Nefrogênico ou hipotalâmico)
H2O = 0 L/dia
VOL. INTRACELULAR
SEDE
8,7 L/dia
0.2 0.18 0.7
0.3 (endógena)
VOLUME EXTRACELULAR
[Na+] =
140 mmol/L
DIABETE INSÍPIDO (Nefrogênico ou hipotalâmico)
H2O = 0 L/dia
VOL. INTRACELULAR
FAZ SENTIDO ADMINISTRAR HAD A PACIENTES COM DI NEFROGÊNICO?
Para tratar o DI nefrogênico deve-se:
a) Administrar DdAVP (análogo do HAD)
b) Restringir a ingestão de água para diminuir a poliúria
c) Restringir sódio para diminuir a poliúria
d) Nenhuma das anteriores
Para tratar o DI nefrogênico deve-se:
a) Administrar DdAVP (análogo do HAD)
b) Restringir a ingestão de água para diminuir a poliúria
c) Restringir sódio para diminuir a poliúria
d) Nenhuma das anteriores
TRATAMENTO DO DIABETES INSÍPIDO NEFROGÊNICO:
DIURÉTICOS TIAZÍDICOS (!!!)
Mecanismo de ação: contração do VEC
???
CAUSAS DE SECREÇÃO INAPROPRIADA DE HAD
Trauma craniano
Tumores intracranianos
Hipovolemia arterial efetiva: ICC, cirrose, choque
Tumores brônquicos (produção ectópica)
Drogas anestésicas
Cirurgias extensas
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0 3 6 9 12 15 18HAD
Vo
lum
e U
rin
ário
0
300
600
900
1200
1500
Osm
olalid
ade u
rinária, m
Osm
/L
2.2 L/dia
0.2 0.10.6 0.7
[Na+] =
120 mmol/L
H2O = +0.9 L/dia
VOLUME EXTRACELULAR
VOL. INTRACELULAR
SINTOMAS NEUROLÓGICO
S
TRATAMENTO DA SIHAD
Tratamento da causa básica
Restrição hídrica
Diurético + NaCl
Drogas que inibem a ação renal do HAD
Dimetilclortetraciclina
Antagonista V2 (aquarético)
8.7
10 L/dia
0.2 0.1 0.7
0.3 (endógena)
[Na+] =
140 mmol/L
H2O = 0 L/dia
VOLUME EXTRACELULAR
VOL. INTRACELULAR
0 L/dia
0.2 0.10.6 0.7
0.3 (endógena)
[Na+] =
140 mmol/L
H2O = -1.3 L/dia
VOLUME EXTRACELULAR
VOL. INTRACELULAR
Em qual dos casos abaixo é necessário restringir a ingestão de líquidos?
a) Síndrome da secreção inapropriada de HAD
b) Diabetes insípido nefrogênico
c) Baixa ingestão de sódio
d) Todos os anteriores
Em qual dos casos abaixo é necessário restringir a ingestão de líquidos?
a) Síndrome da secreção inapropriada de HAD
b) Diabetes insípido nefrogênico
c) Baixa ingestão de sódio
d) Todos os anteriores
Fatal hyponatremia in a young woman after ecstasy ingestion
Nat Clin Pract Nephrol. 2006 May;2(5):283-8
Uma estudante de 20 anos, previamente sadia,
deu entrada no Pronto Socorro em coma e
insuficiência respiratória. Sódio plasmático inicial
de 117 mEq/L. Tomografia computadorizada
revelou edema cerebral. Foi tratada com 6,8 litros
de soro fisiológico e 0,245 litros de solução salina
3%. Óbito 12 horas após a admissão.