FACULDADE CEARENSE – FAC
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO
A INFLUÊNCIA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NO PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO: ESTUDO DE CASO
Antonio Macário da Silva Lopes
Orientador: Ms. Tonny Ítalo Lima Pinheiro
Artigo apresentado ao Curso de Pós Graduação em
Contabilidade e Planejamento Tributário da Faculdade
Cearense – FAC, como pré-requisito para obtenção do
título de Especialista em Contabilidade e Planejamento
Tributário, sob orientação do Prof. Ms. Tonny Ítalo Lima
Pinheiro.
Fortaleza - Ce
Abril/2014
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A INFLUÊNCIA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NO PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO: ESTUDO DE CASO
Antonio Macário da Silva Lopes (1)
Orientador: Ms. Tonny Ítalo Lima Pinheiro (2)
RESUMO
O mundo empresarial é envolto de interesses, e quando as empresas se lançam em um
mercado tão competitivo atuam com um leque de estratégias que as possibilitam
permanecerem no mercado, e para manter-se permanente, o empresário deve está ciente do
seu plano e seus resultados. Quando se entende quais caminhos devem ser percorridos no
mundo empresarial, as inúmeras dificuldades não irão desaparecer, mas poderão traçar
medidas preventivas para quase sempre solucionar as intempéries. O objetivo geral desse
artigo consiste em dimensionar a engenharia tributária através das demonstrações contábeis,
especificando o quanto foram impactantes nos resultados econômicos e financeiros durante
todo o exercício de 2013 e períodos futuros de uma empresa atacadista de alimentos do
Estado do Ceará, cujo regime de tributação é o lucro real.
Palavras-chaves: diagnóstico, planejamento, tributação e estratégia.
ABSTRACT
The business world is wrapped interests, and when companies are engaging in such a
competitive market operate with a range of strategies that enable them to remain in the
market, and to remain permanent, the entrepreneur must are aware of the plan and its results .
When you understand which paths must be traversed in the business world, many difficulties
will not disappear, but may mapping preventive measures to address the often inclement
weather. The general aim of this paper is to scale the tax engineering through financial
statements, specifying how much were impacting on the economic and financial results
throughout the year 2013 and future periods of a wholesale food company in the State of
Ceará, whose tax regime is taxable income.
Keywords: diagnosis, planning , taxation and strategy.
(1) Graduado em Ciências Contábeis pela Faculdade Cearense
Pós graduando em Contabilidade e Planejamento Tributário pela Faculdade Cearense e cursando MBA
em Consultoria e Gestão de Negócios pela Universidade de Fortaleza
Empresário da Adamanto Contabilidade. E-mail: [email protected] (2) Bacharel em Direito pela Universidade de Fortaleza (2010), especialista em Direito Tributário pela
Faculdade 7 de Setembro (2013) e Mestrando em Direito Constitucional pela Universidade Federal do
Ceará (Turma 2014). Servidor Público do Estado do Ceará, lotado na SSPDS, professor de graduação e
pós-graduação, além de articulista, principalmente nas searas do Direito Tributário, Direito
Constitucional e Hermenêutica Jurídica. E-mail: [email protected]
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SUMÁRIO
1) Introdução Pág. 04
2) Conceituando as demonstrações
contábeis que influenciam no
planejamento tributário
Pág. 05
3) Explicando, concisamente, os conceitos
básicos de planejamento tributário
Pág. 06
4) O diagnóstico empresarial Pág. 08
5) Influências das demonstrações
contábeis nos resultados econômicos no
exercício de 2013
Pág. 12
6) Influência das demonstrações contábeis
no planejamento tributário no exercício
de 2013
Pág. 14
7) Conclusão Pág. 20
8) Referências Pág. 22
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1- INTRODUÇÃO
Desde quando ocorreu à mutação das tribos para os Estados e o propósito fim da
agricultura, caça e pastoreio passou a ser sinônimo de riqueza pessoal, surgem junto com a
necessidade de organizar a economia os primeiros traços da contabilidade. Percebe-se, assim,
que as noções primeiras da ciência contábil surgiram e evoluíram juntamente com o ser
humano. É, pois, causa e consequência do desenvolvimento do ser-sociedade.
E a luz da contabilidade outrossim, originou o significado de tributos do latim,
“tributum”, onde dividir, repartir entre tribos tomou as proporções de todo um sistema de
impostos, taxas e contribuições, culminando, derradeiramente, no atual texto normativo do
Código Tributário Nacional em seu artigo 3º.
Os anos passaram e a carga tributária foi tomando proporções que os empresários
de pequenas, médias e grandes empresas buscam reduzir suas saídas de caixas para o governo.
Não bastante a agressividade do mercado em um mundo cada vez mais globalizado, o Brasil
ataca seus contribuintes, entre outros, através de poderosos software e hardware que junto
com uma elevada carga tributária, lhe proporcionam verdadeiras fortunas.
Verdade essa demonstrada na pesquisa do site Instituto Brasileiro de
Planejamento Tributário (IBPT) ao publicar que em 2013 o brasileiro teve que trabalhar 150
dias para pagar impostos, taxas e contribuições as várias esferas governamentais. Isso
equivale há cinco meses, ou seja, até o dia 31 de maio fomos “funcionários” do governo.
O IBPT chegou a esse número de dias, ao consolidar os tributos incidentes sobre a
renda, (Imposto de renda, contribuições previdenciárias e sindicais), a tributação incidente
sobre o consumo dos produtos e/ou serviços (PIS, COFINS, ICMS, IPI, ISS e outros), bem
como os tributos que incidem sobre o patrimônio (IPTU, IPVA) e outros.
Em 31 de dezembro de 2013, o site do impostômetro
(www.impostometro.com.br) totalizava o montante de R$ 1.701.643.048.877,40 (um trilhões,
setecentos e um bilhões, seiscentos e quarenta e três milhões, quarenta e oito mil, oitocentos e
setenta e sete reais e quarenta centavos), foi quanto o brasileiro pagou de tributos de 01 de
janeiro de 2013 até a data mencionada e esse número vai quebrando novas marcar. Inúmeros
estudos comprovam que não é salutar para o crescimento do país a elevada carga tributária e
as inúmeras obrigações acessórias, onde os dois itens são orientados por inúmeras emendas,
instruções normativas, medidas provisórias e outras legislações, sem falar no jurista ao
discorrer age por vezes com tamanha subjetividade, criando um ambiente tempestivo de
sentenças e ações.
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Até que uma real reforma tributária ocorra nesse país os empresários continuarão
a se perguntar: De que forma reduzir a carga tributária? É salutar para a empresa continuar
com a evasão fiscal? É rentável para o empresário continuar na informalidade? Pois bem, a
empresa atacadista de alimentos aqui estudada, presente no mercado a mais de 20 anos, nunca
teve seus fatos contábeis controlados e geridos mensalmente pelo uso das demonstrações
contábeis, mesmo estas sendo obrigadas e trazendo inúmeros benefícios.
Visando auxiliar o crescimento econômico e consequentemente o princípio da
continuidade desse empreendimento e a rentabilidade do capital investido pelos sócios, foram
diagnosticados os pontos que necessitavam serem melhorados nos anos de 2010, 2011.
Usando os poucos controles que a mesma possuía, bem como as incoerências que
existiam nos cruzamentos realizados entre as declarações fiscais e as demonstrações
contábeis, cujo resultado foi levado em conta para o planejamento tributário, bem como dos
seus resultados.
Em função do exposto, apresenta-se o seguinte problema:
Como se darão os resultados econômicos e financeiros utilizando a influência da
contabilidade como ferramenta no planejamento tributário?
O objetivo geral consiste em dimensionar a influência da contabilidade no
planejamento tributário.
Os objetivos específicos consistem em dimensionar a influência da contabilidade
no tocante aos impactos nos resultados econômicos e financeiros durante todo o exercício de
2013 e períodos futuros.
Neste artigo e sem a pretensão de esgotar o assunto, os dados foram coletados
mediante o plano traçado através de um diagnóstico empresarial realizado com os saldos dos
anos de 2010 e 2011.
2- CONCEITUANDO AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS QUE
INFLUÊNCIAM NO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO:
Os princípios e conceitos da contabilidade fundamentam e influenciam na
doutrina do Direito Empresarial, bem como no Direito Tributário, visto que a base de calculo
do Imposto de Renda é definida com base no conceito do lucro líquido do exercício. Sendo a
ciência contábil importante ao direito empresarial e tributário, nada mais natural salientar os
distintos aspectos essenciais das demonstrações contábeis que auxiliam no planejamento
tributário.
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O Regulamento do Imposto de Renda, Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999
orienta que encerrado cada período de apuração do lucro real, deve ser apurado pela pessoa
jurídica o lucro líquido, para tanto deverá está dotada das rubricas das demonstrações
contábeis, tais como; balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício.
No que tange as demonstrações contábeis que influenciam diretamente no
planejamento tributário, cito o balanço patrimonial e a demonstração do resultado do
exercício, onde: No Balanço Patrimonial deverão constar no mínimo os valores relativos das
seguintes rubricas de grupos de contas conforme dispõe a Lei 6.404 de 1976 em seus artigos
176 a 182 e artigo 187 e devidas alterações da Lei 11.638 de 2007:
- Ativo Circulante;
- Ativo Não Circulante;
- Ativo Realizado a Longo Prazo;
- Passivo Circulante;
- Passivo Não Circulante; e
- Patrimônio Liquido.
Na Demonstração do Resultado deverão constar no mínimo os valores das
seguintes rubricas de grupos de contas:
- Receita Operacional Bruta;
- Receita Operacional Líquida;
- Lucro Operacional Bruto;
- Lucro ou Prejuízo Operacional;
- Resultado do exercício antes da provisão para o Imposto de Renda e Contribuição Social;
- Resultado do exercício após a provisão para o Imposto de Renda e Contribuição Social;
- Lucro ou Prejuízo do Exercício.
Dotado dessas duas demonstrações contábeis, o contribuinte também poderá
beneficiar-se da legislação tributária, realizando de forma mais precisa a engenharia tributária,
consolidando assim no melhor regime tributário que a lei lhe permitir, melhorando seu fluxo
de caixa e possibilitando um crescimento econômico.
3- EXPLICANDO, CONCISAMENTE, OS CONCEITOS BÁSICOS DE
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO:
Mediante a revolução digital, os computadores se transformaram em ferramentas
de suma importância. Por intermédio dessa rede tecnológico-informativa, as empresas
vendem, compram, pagam suas contas, conversam com seus clientes, entre outras atividades
misteres ao seu pleno desenvolvimento. Por conseguinte os órgãos fiscalizadores buscaram,
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outrossim, ferramentas que pudessem facilitar seus trabalhos, proporcionando agilidade,
economia e a menor burocracia possível. Vendo tamanha revolução ao passo que seus
contribuintes usufruíram delas para aumentar sua lucratividade, o Fisco, diuturnamente, vem
aprimorando seus softwares e hardwares, objetivando reduzir a sonegação de impostos (típica
evasão fiscal), lhe proporcionando por consequência, uma maior arrecadação financeira, além
da qualidade e quantidade das informações que supostamente, são omitidas pelos
contribuintes.
Ora se o fisco vem criando medidas que visam elevar sua arrecadação oriunda dos
tributos, instituindo como forma facilitadora o projeto Sistema Público de Escrituração Digital
(SPED) que vem com essa idéia inovadora e desafiadora, propiciando aos órgãos
governamentais uma agilidade, restando aos contribuintes buscarem novas formas de
reduzirem suas saídas de caixas com o pagamento dos tributos.
Diante de uma verdadeira fiscalização eletrônica, onde as empresas estão
desnudas, o que nos resta é caminharmos ou pelas lacunas da lei ou também realizando um
planejamento tributário baseado na descrição da própria lei.
Tomando posse dos conceitos de Nilton Latorraca (2000, p. 37), planejamento
tributário é in verbis: [...] “a atividade empresarial que, desenvolvendo-se de forma
estritamente preventiva, projeta os atos e fatos administrativos com o objetivo de informar
quais os ônus tributários em cada uma das opções legais disponíveis. O objeto do
planejamento tributário é, em última análise, a economia tributária. Cotejando as várias
opções legais, o administrador obviamente procura orientar os seus passos de forma a evitar,
sempre que possível, o procedimento mais oneroso do ponto de vista fiscal”.
No mesmo diapasão, Humberto Bonavides (2000, p. 55), menciona a natureza ou
essência do planejamento tributário [...] em organizar os empreendimentos econômicos
mercantis da empresa, mediante o emprego de estruturas e formas jurídicas capazes de
bloquear a concretização da hipótese de incidência tributária ou, então, de fazer com que sua
materialidade ocorra na medida ou no tempo que lhe sejam mais propícios. Trata-se, assim, de
um comportamento técnico-funcional, adotado no universo dos negócios, que visa excluir,
reduzir ou adiar os respectivos encargos tributários.
Tomando de posse das definições mencionadas acima, conclui-se que a
engenharia tributária consistirá na aplicação das alternativas lícitas expostas em lei ou na falta
dessa, possibilitando um menor ônus tributário para o contribuinte, evitando ações ilegais, ou
seja, fraudes para deixar de recolher o tributo devido.
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No que tange a legítima técnica de organizar preventivamente o seu negócio,
conforme definido no artigo 153 da Lei nº 6.404/76, o contribuinte, ou seja, o sujeito passivo
da relação tributante deverá atentar-se para dois efeitos principais decorrentes do
planejamento tributário. A elisão fiscal e a evasão fiscal.
A Elisão Fiscal ou elisão tributária consiste na aplicabilidade hora da própria lei
ou de lacunas existentes, para que o contribuinte possa alcançar seu direito de diminuir o
pagamento de tributos. Pelo uso da lei, o legislador permite ao contribuinte determinados
benefícios, tais como, os incentivos fiscais. Já pelas lacunas, o contribuinte configura seus
negócios de forma a harmonizar com um menor ônus tributário, tal como a empresa
prestadora de serviços que muda sua sede para determinado município, visando uma alíquota
mais baixa do Imposto sobre Serviços.
Quanto a Evasão Fiscal ou evasão tributária, está configura a pratica ilegal, ou
seja, ação ilícita do contribuinte, que visa manipular determinado fato gerador (simulando o
fato gerador), onde tal prática é considerada crime. Quanto ao negócio simulado, vale
salientar que a simulação absoluta (relativa) não é aceita pelo fisco (nulo) devido existir
somente a aparência do negócio, sem que haja intenção de executar. Distintamente da
simulação legal (dissimulado), onde, por trás do negócio real, há outro negócio real e
dissimulado, não causando ofensas a lei e prejuízos a terceiros.
Se não vejamos o que ressalta o artigo 167 do Código Civil:
Art. 167 do Código Civil: “É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. § 1
o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem; II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados. § 2
o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos
contraentes do negócio jurídico simulado.
Logo, a engenharia tributária não é de boa fé se não estiver relacionada com a
responsabilidade civil, ou seja, cuidado com a economia, com o social e com os bons
costumes.
4- O DIAGNÓSTICO EMPRESÁRIAL:
Para se constituir uma empresa, não basta simplesmente o capital a ser
disponibilizado para formá-la. É por pensar assim, que a maioria dos empresários de novas
empresas, tem seus empreendimentos tolhidos antes mesmo de darem passos mais
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significativos no mercado. Visando uma maior competitividade, as entidades devem
vislumbrar informações relevantes sobre o campo que desejam atuar, o regime tributário, o
negócio, a concorrência e especialmente seus clientes. O processo de pesquisa consiste na
definição do problema e dos objetivos, desenvolvimento do plano de negócio, coleta de
informações, análise das informações e apresentação dos resultados. Os sócios da empresa em
estudo cresceram de forma desorganizada, perdendo espaço no mercado, capital e outras
oportunidades pela falta de um plano de negócios.
Com intuito máximo de auxiliá-los foi realizado um diagnostico empresarial,
foram analisadas as operações realizadas nos exercícios de 2010 - 2011, as quais foram
obtidas de acordo com os documentos entregues (Declaração de Informações Econômico-
Fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ e demonstrações contábeis). Vale salientar que o diagnóstico
foi concluído em meados de dezembro de 2012 e que nesse período não existiam sequer
balancetes contábeis do referido ano. Além da inexistência do usufruto das demonstrações
contábeis o que já torna a empresa menos competitiva com a inexistência dos controles
financeiros, uma base mais coerente e legal para apuração do lucro tributável, a facilidade no
acesso as linhas de créditos, a distribuição de lucro e outros benefícios.
Além das perdas mencionadas acima, foi constatado que o custo das mercadorias
vendidas não era avaliado pelos métodos aceitos pelo fisco conforme o artigo 295 do Decreto
nº 3.000 de 1999.
O custo de aquisição não era formado em sua totalidade conforme §§1º a 3º do art.
289 do RIR/99, onde o ICMS Substituição Tributário (Decreto nº 29.560 de 2008 – onde
enquadra a empresa em estudo), não compunham o custo, ficando as alíquotas e valores de
cada mercadoria a mercê da memória de um dos sócios que no ato da venda informava o valor
do ICMS a ser considerado. Das despesas operacionais, digo dedutíveis para apuração do
Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL), foram analisadas pela demonstração do resultado do exercício e DIPJ na ficha 05A,
onde foi constatado o não provisionamento dos créditos de liquidação duvidosa e as
permitidas com o pessoal e encargos trabalhistas. Não foi possível maior detalhamento por
não serem repassados os documentos fiscais, bem como outros solicitados.
Na apuração do IRPJ e CSLL foi constatado irregularidades, tais como a falta de
recolhimento das estimativas mensais dos meses de fevereiro a novembro de cada ano, haja
vista que a empresa não dispunha das demonstrações contábeis para que pudesse
levantarbalanço de suspensão ou redução. Foi também constatado a falta do adicional de 10%
para o IRPJ nos meses em que ocorram o recolhimento.
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Na apuração do PIS e COFINS, pela falta das demonstrações contábeis e outros
controles, a empresa não considerava as despesas com depreciação dos bens diretamente
ligados a venda, o que onerou de forma significativa suas disponibilidades, haja vista os
inúmeros veículos que transportam as mercadorias vendidas, onde em um único ano foi
constatado uma perda de suas disponibilidades no montante de R$ 3.960,00 referente ao PIS e
R$ 18.240,00 referente a COFINS, totalizando assim uma sangria de R$ 22.200,00 em um
único ano. Além dessas desconformidades, foram verificadas outras referentes à falta de
cruzamentos e coerências entre as declarações e obrigações acessórias, bem como a falta de
entrega de algumas delas, onde no resultado do diagnóstico e limitado pela falta de
documentos foi concluído que a empresa passava por alguns gargalos administrativos e
fiscais, faltas estas que em seu somatório final debilita a rentabilidade da empresa e fragiliza
diante de possíveis fiscalizações, fazendo com que esta entidade fique atrasada em relação ao
mercado.
Munido da celeuma de desconformidades, o primeiro passo adotado foi à criação
do plano de contas contábeis mediante as entrevistas realizadas com os sócios e gestores da
empresa para coletar as operações que gerassem fatos contábeis.
Estruturado o plano de contas foi iniciada a integração com os sistemas, onde a
dificuldade encontrada foi à falta de pontualidade da equipe de informática que veio a
entregar o resultado do leiaute de forma correta depois de quarenta e cinco dias de solicitação.
Paralelamente era analisado o sistema de compras, onde foi otimizada a entrada da
mercadoria que anteriormente era escriturado manualmente, passando no final de janeiro a ser
por intermédio da nota fiscal eletrônica - XML ou pelo leitor da chave de acesso, evitando os
constantes erros de valores e outras informações. Em fevereiro foi iniciado um
acompanhamento do setor financeiro (contas a pagar e a receber) que utilizava como controle
dos seus movimentos um “caderninho”.
Foi solicitada uma capacitação para os colaboradores envolvidos nesse setor para
que pudessem utilizar de maneira mais produtiva o sistema da empresa. Inicialmente se
colocaram contra a mudança, mas ao final de fevereiro já estavam se adaptando com a ideia
de abandonar a rotina arcaica. Saliento que as demonstrações contábeis de 2012 somente
foram concluídas e entregues a nova empresa de contabilidade no dia 26 de dezembro de
2013. A empresa não tinha controle de horas extras, mesmo com a obrigação do ponto
eletrônico e pagava uma quantidade fixa aos colaboradores conforme função exercida.
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Foi orientada para a necessidade do registro no ponto eletrônico e criada uma
rotina, onde em março foi comprovado que alguns colaboradores recebiam horas extras onde
na verdade estavam com saldo negativo ao final de cada mês.
Visando a otimização do tempo e ganho na quantidade e qualidade de
informações, foi iniciado o processo de integração entre o sistema de vendas, compras e
financeiro com a contabilidade. O volume de informações oriundas da empresa são inúmeros
e impossíveis de contabilizá-los manualmente como foi realizado nos anos de 2010, 2011 e
2012. Ao final de fevereiro de 2013 os sistemas de compras e vendas já estavam integrados e
que até o final do exercício a equipe de informática não disponibilizou o arquivo para
integração do financeiro, sendo esta área contabilizada manualmente. No entanto a otimização
foi significativa, dado o volume de notas fiscais de compras e vendas que giram em torno de
3.000 mil a 5.000 mil/mês.
Nesse primeiro bimestre, foi entregue um comparativo do que a empresa previa
crescer, que foi estipulado 25% do faturamento de 2012. Percentual este fornecido pelo
gerente de vendas e creio que não foi planejado de forma precisa, pois o realizado está bem
abaixo do estimado, suponho que pela falta dos resultados contábeis de anos anteriores o
planejamento não foi adequado.
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5- INFLUÊNCIAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NOS RESULTADOS
ECONÔMICOS NO EXERCÍCIO DE 2013:
Conforme citado anteriormente a integração otimizou o tempo para que esse fosse
investido em planejamento da empresa e além dos já descritos segue a planilha com os
resultados dos meses de janeiro a dezembro de 2013.
A tabela demonstra o resultado do primeiro semestre de 2013.
Tabela 1: Resultados do Primeiro Semestre de 2013
Fonte: próprio autor
A tabela demonstra o resultado mensal do primeiro semestre de 2013, onde o
resultado operacional (lucro contábil antes do IRPJ e CSLL será base para a apuração do lucro
real.
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A tabela demonstra o resultado do segundo semestre de 2013.
Tabela 2: Resultados do Segundo Semestre de 2013
Fonte: próprio autor
A tabela demonstra o resultado mensal do segundo semestre de 2013, onde o
resultado operacional (lucro contábil antes do IRPJ e CSLL) será base para a apuração do
lucro real.
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O gráfico demonstra o resultado mensal e acumulado de 2013 do lucro contábil
(resultado operacional) e do lucro líquido (resultado líquido).
Gráfico 1: Comparativo do Resultado Operacional (Lucro Líquido Antes do IRPJ e CSLL) e Resultado Líquido
(Lucro Líquido)
Fonte: próprio autor
Conforme informado anteriormente que ao final de fevereiro de 2013, parte da
integração já estava concluída e que os resultados já estavam sendo disponibilizados para a
administração da empresa, onde observa-se nesse gráfico que os meses seguintes foram de
crescimento do resultado operacional ao final de cada mês (salvo nos meses de setembro
outubro e novembro por serem meses de baixos resultados).
Mediante tal lucro líquido, temos a base para apuração do IRPJ e CSLL. Munido
dessa base, demonstrei aos sócios uma simulação com o levantamento do balanço de
suspensão e redução, onde até o fim do primeiro semestre o recolhimento foi efetuado pela
estimativa mensal, isso devido à inexistência dos saldos de 2012 estarem conciliados pela
empresa de contabilidade anterior.
6- INFLUÊNCIAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NO
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NO EXERCÍCIO DE 2013:
Em conformidade com o artigo 153 da Lei das S/A (6.404/76) que menciona que
o contribuinte tem o direito de arrumar seus negócios, de forma cuidadosa e acrescento que
mesmo o fisco não sendo favorável a prática da engenharia tributária, se existir lacuna na lei,
ou que a administração não pratique evasão fiscal, existem bases legais que são pontuais e
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favoráveis a adoção da elisão fiscal. A prática aqui demonstrada foi à comparação da
apuração do IRPJ e CSLL entre a estimativa mensal e o balanço de suspensão ou redução.
No entanto como até o final do ano de 2013, as demonstrações de 2012 não foram
concluídas pelo profissional contábil do referido ano, apenas fornecendo saldos sem a devida
comprovação ao fim do primeiro semestre, a empresa não pode levantar balanço de suspensão
ou redução.Demonstrando uma simulação com os saldos de 2013 a empresa apurou IRPJ e
CSLL conforme evidenciado nas próximas planilhas.
A tabela demonstra as saídas de disponibilidade que a empresa efetuou de janeiro
até julho de 2013 de 2013.
PELA ESTIMATIVA:
Tabela 3: Pagamento do IRPJ e CSLL pela estimativa
Fonte: próprio autor
A tabela demonstra as saídas de disponibilidade que a empresa efetuou de janeiro
até julho de 2013, foram de R$ 166.052,76 para o IRPJ e R$ 79.377,66 para a CSLL.
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PELO BALANCETE DE SUSPENSÃO OU REDUÇÃO:
A tabela demonstra o valor devido pela empresa caso houvesse utilizado a
demonstrações contábeis para suspender ou reduzir o IRPJ e CSSL no primeiro semestre de
2013.
No Primeiro Semestre de 2013:
Tabela 4: Pagamento do IRPJ e CSLL através do balancete de suspensão ou redução
Fonte: próprio autor
Pela ausência da utilização das demonstrações contábeis a empresa recolheu a
maior IRPJ e CSLL dos meses de fevereiro a junho ao adotar a apuração pela estimativa.
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A tabela demonstra o valor devido pela empresa caso houvesse utilizado a
demonstrações contábeis para suspender ou reduzir o IRPJ e CSSL no segundo semestre de
2013.
No Segundo Semestre de 2013:
Tabela 5: Pagamento do IRPJ e CSLL através do balancete de suspensão ou redução
Fonte: próprio autor
Pela ausência da utilização das demonstrações contábeis a empresa recolheu a
maior IRPJ e CSLL dos meses de julho a novembro em decorrência da apuração pela
estimativa, onerando as disponibilidades da empresa nesse período.
Antes de traçar as comparações, saliento que nesse ano a empresa não optou pelo
programa de alimentação ao trabalhador – PAT, que conforme consta na tabela 6 (seguinte)
poderia reduzir R$ 4.976,53, se o limite do incentivo fosse de fato os 4% sobre o IRPJ devido.
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Tabela 6: Incentivo Fiscal com o PAT
Fonte: próprio autor
O incentivo fiscal com o programa de alimentação ao trabalhador será sugerido
para a empresa para os anos seguintes.
MEDIDAS DA CONTABILIDADE QUE INFLUÊNCIARAM NO PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO:
REDUÇÃO DO IRPJ E CSLL EM 2013:
DESCRIÇÃO VALORES Provisão de 13º Salário R$ 44.598,58
Provisão encargos 13º Salário R$ 19.558,92
Provisão de Férias R$ 95.125,91
Provisão encargos Férias R$ 21.817,79
Perdas em operação de crédito R$ 207.183,22
De outras despesas R$ 35.766,00
Outras depreciações R$ 582,59
TOTAL R$ 424.633,01
34% IRPJ E CSLL R$ 144.375,22
No diagnóstico realizado nos anos de 2010 e 2011, a empresa não realizava a
contabilização das provisões com 13º salário, férias e encargos trabalhistas sobre essas
rubricas, bem como não realizava a depreciação de alguns dos seus imobilizados e o
reconhecimento de outras despesas sem notas fiscais de compras ou serviços tomados que são
consideradas como dedutíveis do IRPJ e CSLL conforme estabelece o Decreto nº 3.000/99.
Em 2013, tais registros foram realizados, impactando numa redução aproximada
do IRPJ e CSLL de R$ 144.375,22.
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Tais registros foram sugeridos para serem realizados para os anos seguintes, pois
permitirá que a empresa obtenha uma economia financeira significante.
REDUÇÃO DO IRPJ E CSLL PARA ANOS SEGUINTES
a) Continuar a provisionar mensalmente o 13º salário, férias e encargos, visando suspensão,
redução ou postergação do recolhimento do IRPJ e CSLL;
b) Das outras sugestões: não mais emitir Notas fiscais de saídas de brindes/bônus para clientes
e sim realizar um desconto incondicional na nota fiscal, visando reduzir 34% de IR/CSLL e
9,25% de PIS/COFINS:
DESCRIÇÃO VALORES Notas Fiscais de Brindes R$ 21.623,78
Outras despesas s/ nota fiscal R$ 98.436,57
TOTAL R$ 120.060,35
34% IRPJ E CSLL 40.820,52
9,25% DE PIS E COFINS 2.000,20
NOVOS GANHOS PREVISTO PARA 2014 42.820,72
Tais medidas a serem realizados para os anos seguintes, reduzirá ainda mais as
saídas das disponibilidades da empresa.
COMPARANDO A APURAÇÃO PELA ESTIMATIVA E O BALANÇO DE
SUSPENSÃO OU REDUÇÃO:
Traçando as comparações do que a empresa recolheu em estimativa do IRPJ pela
falta das demonstrações contábeis do ano calendário de 2012 em tempo hábil conforme
demonstrado na tabela 7.
Tabela 7:Comparação dos métodos de apuração do IRPJ
Fonte: próprio autor
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A ausência das demonstrações contábeis do ano calendário de 2012 em tempo
hábil onerou a empresa de janeiro a julho, realizando pagamentos maiores que o devido para o
IRPJ (R$ 33.593,50) caso levanta-se balanços de suspensões ou reduções.
Traçando as comparações do que a empresa recolheu em estimativa da CSLL pela
falta das demonstrações contábeis do ano calendário de 2012 em tempo hábil conforme
demonstrado na tabela 8.
Tabela 8:Comparação dos métodos de apuração da CSLL
Fonte: próprio autor
A ausência das demonstrações contábeis do ano calendário de 2012 em tempo
hábil onerou a empresa de janeiro a julho, realizando pagamentos maiores que o devido para a
CSLL (R$ 44.503,16) caso levanta-se balanços de suspensões ou reduções.
7- CONCLUSÃO:
De fato o mundo empresarial é envolto de interesses, onde os sócios, acionistas e
investidores buscam um resultado mais rentável do que a aplicação na caderneta de poupança,
tesouro nacional e/ou outras. A elevada arrecadação com tributos do governo oriunda da
altiva carga tributária é com toda certeza parte integrante do ceifamento empresarial, sejam
empresas grandes ou não, afinal já está mais que comprovado a inexistência da seletividade e
essencialidade tributária que alguns produtos sofrem, tais como os combustíveis, energia e
telefonia, bem como a ganância e irresponsabilidade de alguns governantes em não zelar pela
máquina publica.
No entanto pode-se observar que, os resultados positivos alcançados no ano de
2013 e benefícios previstos para períodos futuros confirmam a influência da contabilidade no
planejamento tributário.
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A aplicação de um planejamento tributário demonstrado nesse artigo em dois
tributos (IRPJ e CSLL) traria caso a empresa tivesse os saldos contábeis de 2012, um
incremento no seu fluxo de caixa até julho de 2013 de R$ 33.593,50 de IRPJ e R$ 44.503,16
da CSLL (total de R$ 78.096,66 postergação), faltando aqui saber se ela teve prejuízos fiscais
de períodos posteriores a serem compensados, bem como a redução com o PAT (caso optado)
de R$ 4.976,53. Da redução do IRPJ e CSLL oriundos da contabilização de novos fatos
contábeis ainda não adotados pela empresa até 2013 foi de R$ 144.375,22
Faço questão de retomar o crédito de PIS e COFINS mencionado anteriormente
na rubrica de R$ 22.200,00, o qual está sendo considerado devido o usufruto das
demonstrações contábeis e outros controles. Saliento que para a CSLL, a empresa comporá
um saldo de R$ 22.580,56 para compensar em 2014, pois foi recolhida a maior do que o
devido.
De novas reduções do IRPJ e CSLL previstas para 2014 de orientações não
seguidas em 2013 será de R$ 40.820,52 e de PIS e COFINS de R$ 2.000,20. Friso que na
otimização de alguns procedimentos aqui citados e não mensurados em dinheiro a empresa
reduziu sua folha de pagamento e seus encargos trabalhistas com a diminuição das horas
extras.
O setor de vendas pode enfim definir políticas mais coerentes na formação dos
preços dos seus produtos que tiveram seu custo de aquisição calculado de forma correta. O
setor financeiro pode observar e prevê períodos de fluxo de caixa positivos e negativos.
A empresa poderá adotar um planejamento mais coerente para os próximos anos,
tomando como base os resultados apresentados ao final de 2013 e munida da escrituração
contábil, poderá também pela liberdade dada à luz da legislação, eliminar ou reduzir a carga
tributária, postergando a incidência tributária. De certo não importando o porte da empresa,
salvo o Micro Empreendedor Individual (MEI – faturamento anual de até 60 mil), conforme
Lei nº 10.406/2002, bem como a Resolução 1.255, estão obrigadas a levantar o balanço
patrimonial e de resultados as Sociedades, Empresas de Pequeno Porte e Micro Empresa e
mesmo estando ou não obrigadas a realizar o levantamento das demonstrações contábeis
conforme a lei, a empresa que mensalmente obtêm as informações da contabilidade por meio
do seu controle patrimonial terá uma fonte de informações para a tomada de decisões
empresariais, bem como; maior controle financeiro e econômico da entidade, base de
apuração de lucro tributável e possibilidade de compensação de prejuízos fiscais acumulados,
facilita acesso as linhas de créditos, de lucros como alternativa de diminuição de carga
tributável.
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8- REFERÊNCIAS:
- Código Tributário Nacional – Lei nº 5.172 de 25 de outubro de 1966;
- Código Civil – Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002;
-MARQUES, Fernando, CHING, Hong Yuh / Contabilidade e finanças para não especialistas
3ª Ed, São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010;
- ARISTEU de Oliveira, Cálculos trabalhistas, 24ª Ed, São Paulo, Atlas, 2012;
- Contabilidade para pequenas e médias empresas: Normas Brasileiras de Contabilidade NBC
T 19.41, Conselho Federal de Contabilidade, Brasília: CFC, 2010;
- NILTON, Latorraca, Direito Tributário: imposto de renda das empresas.15. Ed. São Paulo:
Atlas, 2000;
- BORGES, Humberto Bonavides. Gerência de impostos: IPI, ICMS e ISS. 3. Ed. São Paulo:
Atlas, 2000
- Decreto nº 3.000/99;
- Decreto nº 29.560 de 2008;
- OLIVEIRA, Francisco Wildys – ICMS e Processo Fiscal, 12ª Ed – Fortaleza, Editora
Expressão gráfica, 2010;
- Lei das S/A (6.404/76);
- OLIVEIRA, Luíz Martins de, Manual de contabilidade tributária: textos e teste com as
respostas / [et al.]. – 7, ed. – São Paulo: Atlas, 2009
- NETO, Jocildo Figueiredo Correia, Planejamento e controle orçamentário: manual de
orçamento empresarial, , Rio de Janeiro, Elsevier, 2011;
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FACULDADE CEARENSE – FAC
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO
Artigo apresentado ao curso de Pós Graduação em Contabilidade e Planejamento Tributário
da Faculdade Cearense – FAC, como pré-requisito para obtenção do título de Especialista em
Contabilidade e Planejamento Tributário, sob orientação do Prof. Ms. Tonny Ítalo Lima
Pinheiro.
A INFLUÊNCIA DASDEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NO PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO: ESTUDO DE CASO
Antonio Macário da Silva Lopes
DATA DA DEFESA _______/_______/______
________________________________________
Prof. Ms. Tonny Ítalo Lima Pinheiro
Orientador
________________________________________
Profª Dra. Marcia Maria Machado Freitas
Membro I
________________________________________
Prof. Esp. Humberto Correia Lima Filho
Membro II
Fortaleza –Ce
Abril/2014