Claudio A. Pinho
Evolução do Marco Regulatório Brasileiro
30.Jan.2014 (Turma I) 03.Abr.2014 (Turma II)
Claudio A. Pinho
Disclaimer - Exclusão de Responsabilidade
Todo o conteúdo constante desta apresentação foi elaborado para fins acadêmicos da pós graduação em Direito Empresarial da Universidade Petrobras/IBMEC. As opiniões emitidas não representam a opinião da
Petrobras ou do IBMEC. Esta apresentação pode conter previsões sobre eventos futuros como previsões que reflitam as análises feitas em palestra ou
sala de aula. Palavras ou expressões tais como, mas sem se limitar a, “acreditar”, “esperar”, “previsão”, “intenção”, “tendência”, “plano”, “projeto”
podem se relacionar a essas previsões. Essas previsões podem envolver riscos ou incertezas não mensuráveis no momento em que foram proferidas. As
expectativas geradas sobre previsões futuras podem ter diferentes resultados para diferentes pessoas. As previsões são apenas para fins acadêmicos e
didáticos, não representando a opinião legal sobre determinada matéria ou assunto, que deve ser sempre consultado e formalizado por meio de contrato
de honorários e para fins específicos. As previsões e análises refletem a opinião pessoal do professor estando expressamente excluídas, todas as instituições acadêmicas ou profissionais das quais o professor participe.
Claudio A. Pinho
Programa apresentado
A Lei do Petróleo (Lei nº 9.478, de 06/08/1997). A ANP: estrutura, competência e controles. O Conselho Nacional de Política Energética -
CNPE: atribuições legais. O Contrato de Concessão e seus aspectos principais: as fases de exploração e produção, a individualização (ou
unitização) de poço e outras questões. O novo papel da Petrobras após a Lei do Petróleo: regras especificas aplicáveis à Empresa. Participação
Governamental. Bônus de Assinatura. Royalties. Participação Especial. Aluguel. Novo Marco Regulatório no Brasil: Lei 12.276/10 e Lei 12.351/10. A
convivência de três regimes contratuais (Concessão, Cessão Onerosa e Partilha da Produção) 8 horas
Módulo: Evolução do Marco Regulatório Brasileiro. Contrato de Concessão Petrolífera.
Campos Marginais. Conteúdo Local.
Claudio A. Pinho
Regulamentação legal, aspectos
técnicos e econômicos
Geopolítica
Ciência Política
Ferramentas de desenvolvimento da atividade econômica
Tendências da atividade econômica em face da política econômica adotada
Motivação e implicações na tomada de decisão
de determinada política econômica
Níveis de análise das atividades econômicas
Claudio A. Pinho
Regulamentação legal, aspectos
técnicos e econômicos
Geopolítica
Ciência Política Dentro dos objetivos de nossa abordagem observaremos a
regulação e regulamentação legal
dentro de determinada política econômica já estabelecida sem nos
atermos a este ou aquele pensamento dentro da ciência
política
Níveis de análise das atividades econômicas
Claudio A. Pinho
Atividades Produtivas
Indústria
Serviços
Comércio
Qual é a essência das atividades produtivas??
Claudio A. Pinho
Perspectiva Financeira de cada Atividade
Benchmarking no Comércio
O segmento de supermercados sempre foi uma atividade familiar, regida pelos pilares: compras à prazo, venda à vista e manutenção de estoques que proporcionam o ganho de escala
O que faz o Carrefour?
Compra preponderantemente de fornecedores que possam entregar nacionalmente aumentando o poder de barganha em grandes quantidades
Os fornecedores entregam just in time evitando assim grandes espaços de armazenamento e centros de distribuição
Vende mercadorias abaixo de custo de aquisição de modo que o ganho financeiro entre a venda e o pagamento gere lucro financeiro
Claudio A. Pinho
Perspectiva Financeira de cada Atividade
Benchmarking no Comércio
Pense de novo: Estamos falando de uma atividade preponderantemente comercial
ou de uma atividade financeira
impulsionada pelo comércio?
Claudio A. Pinho
Perspectiva Financeira de cada Atividade
Benchmarking nos Serviços
O que faz a Localiza?
Negocia e compra diretamente das montadoras o veículo parcelado em 12 vezes (financiado direto pelo banco das montadoras)
Consegue autorização do DETRAN (MG e PR) para registrar e emplacar o carro possuindo acesso ao sistema e lacre
Em poucas horas após o veículo sair da linha de montagem ele está emplacado e pronto para a locação de modo a gerar receita
Após 12 meses com o vencimento do financiamento e da garantia o veículo é vendido como semi-novo gerando receita extra
Claudio A. Pinho
Perspectiva Financeira de cada Atividade
Benchmarking nos Serviços
Pense de novo: Estamos falando de uma atividade preponderantemente de serviços
ou de uma atividade financeira
impulsionada pelos serviços?
Claudio A. Pinho
Perspectiva Financeira de cada Atividade
Benchmarking na Indústria
A Xerox detém propriedade intelectual que uma tecnologia que permite a reprogramai de documentos
O que faz a Xerox?
Ao invés de vender seu equipamento ela cede o equipamento em operação de leasing de longo prazo
Ela vende com exclusividade os suprimentos para o funcionamento de seus equipamentos
Claudio A. Pinho
Perspectiva Financeira de cada Atividade
Benchmarking na Indústria
Pense de novo: Estamos falando de uma atividade preponderantemente industrial
ou de uma atividade financeira impulsionada pela indústria?
Claudio A. Pinho
Perspectiva Financeira de cada Atividade
E a indústria do petróleo?
Estamos falando de uma atividade
preponderantemente financeira (capital intensivo)
impulsionada por alta tecnologia e de alto risco
pelas incertezas na obtenção de uma commodity especial
(petróleo)
Claudio A. Pinho
Bibliografia sugerida para este módulo
Claudio A. Pinho
Marco Regulatório (operação, aspectos ambientais)
Contratualização
Tributação
Conhecimento geológico
Infraestrutura de operação e de escoamento
Mitigação de risco e "compliance"
Financiamento
Análise de uma oportunidade
Claudio A. Pinho
Contratualização no Mundo do Petróleo
O que é o contrato sob o aspecto jurídico??
“O Contrato é uma espécie de negócio jurídico que se distingue, na formação, por exigir a presença pelo menos de duas partes.” Orlando Gomes
O que é o contrato na realidade do cidadão comum??
“Quando o sujeito é bom não precisa de contrato.” !
“Quando o sujeito é ruim não adianta o contrato.” !
“Sempre que precisamos olhar o contrato para confirmar se temos ou não direito no mais das vezes estamos numa situação de negativa do próprio
contrato (não-contrato).”
Claudio A. Pinho
Contratualização no Mundo do Petróleo
A expressão chave que sintetiza todo o trabalho do planejamento à execução na indústria do petróleo
(bem como em atividades financeiras e de capital intensivo) é Mitigação de Risco
Claudio A. Pinho
Contratualização no Mundo do Petróleo
Em verdade algo é feito ou não é feito não em virtude de simplesmente ser o mais
eficiente. !
A melhor solução será sempre a que tem o menor risco!!
!
Isso é Mitigação de Risco!
Claudio A. Pinho
Receita Bruta
Excedente EconômicoCustos
Custos Exploratórios
Custos Totais sob a Ótica do Governo
Renda Petrolífera
Custos de Desenvolvimento
Custos Operacionais
Custos de Abandono
Parcela da Empresa
Parcela do Governo
Custos Totais sob a Ótica da EmpresaRoyalties, Impostos e
Participações Governamentais
Claudio A. Pinho
Minimizando Riscos
Claudio A. Pinho
Modelos Regulatórios
Concessão Partilha da Produção
Regime de exploração e produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos no qual o contratado exerce, por sua conta e risco, as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção e, em caso de descoberta comercial, adquire o direito à apropriação do custo em óleo, do volume da produção correspondente aos royalties devidos, bem como de parcela do excedente em óleo, na proporção, condições e prazos estabelecidos em contrato (art. 2º, I da Lei nº 12.351/10)
Regime de exploração e produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos no qual o cessionário exerce a atividade, por sua conta e risco, pagando as participações governamentais e impostos sobre o petróleo efetivamente explorado (petróleo desenterrado ou na boca do poço).
Nesse regime jurídico o governo (cedente) não fica com a propriedade do petróleo recebendo apenas o que cobra em face da descoberta.
A propriedade d
o
petróleo
é a gr
ande
diferença
Claudio A. Pinho
Produção
Excedente em ÓleoCusto em Óleo Royalty
Parcela do Contratante (PC)
Total do Contratante
Participação Governamental
PC depois dos impostos
Tributação sobre PC
Total do Governo
Esquema do Contrato de Partilha da Produção
Claudio A. Pinho
NOC IOC
custos
60% 40%
National Oil Company International Oil Company
Empresa nacional Operador
Contrato de Partilha da Produção (simplificado)
Claudio A. Pinho
Quanto ao Marco Regulatório Brasileiro
1a. Parte (1953/1997) Da criação da Petrobras até a Lei do Petróleo
(Lei nº 9.478/97)
2a. Parte (1997/2010) O período do contrato de concessão
3a. Parte (a partir de 2010) Novos regimes
Exclusivamente para os fins didáticos deste módulo dividiremos a regulação em três partes
Claudio A. Pinho
A Constituição de 1988 e a abertura do mercado
A maioria dos problemas gerados com a abertura do mercado após a promulgação da Emenda Constitucional nº 9/95 foi que o modelo da atividade de petróleo e gás havia sido idealizado no regime de monopólio e com a
criação de mercado e a multiplicação dos agentes econômicos gerou grandes distorções
As correções das distorções foram imaginadas pontualmente sem uma revisão sistêmica da base
constitucional do setor do petróleo e gás sem resolver problemas que perduram até hoje
Claudio A. PinhoClaudio A. Pinho
Estrutura da Lei nº 9.487/97 (Lei do Petróleo)
CNPE - Conselho Nacional de Política EnergéticaArt. 2° Fica criado o Conselho Nacional de Política Energética - CNPE, vinculado à Presidência da República e presidido pelo Ministro de Estado de Minas e Energia, com a atribuição de propor ao Presidente da República políticas nacionais e medidas específicas destinadas a:
I - promover o aproveitamento racional dos recursos energéticos do País;
II - assegurar o suprimento de insumos energéticos às áreas mais remotas ou de difícil acesso do País;
III - rever periodicamente as matrizes energéticas aplicadas às diversas regiões do País, considerando as fontes convencionais e alternativas e as tecnologias disponíveis;
IV - estabelecer diretrizes para programas específicos, como os de uso do gás natural, do carvão, da energia termonuclear, dos biocombustíveis, da energia solar, da energia eólica e da energia proveniente de outras fontes alternativas;
V - estabelecer diretrizes para a importação e exportação, de maneira a atender às necessidades de consumo interno de petróleo e seus derivados, biocombustíveis, gás natural e condensado, e assegurar o adequado funcionamento do Sistema Nacional de Estoques de Combustíveis e o cumprimento do Plano Anual de Estoques Estratégicos de Combustíveis;
Claudio A. Pinho
Estrutura da Lei nº 9.487/97 (Lei do Petróleo)
CNPE - Conselho Nacional de Política Energética
VI - sugerir a adoção de medidas necessárias para garantir o atendimento à demanda nacional de energia elétrica, considerando o planejamento de longo, médio e curto prazos, podendo indicar empreendimentos que devam ter prioridade de licitação e implantação, tendo em vista seu caráter estratégico e de interesse público, de forma que tais projetos venham assegurar a otimização do binômio modicidade tarifária e confiabilidade do Sistema Elétrico;
VII - estabelecer diretrizes para o uso de gás natural como matéria-prima em processos produtivos industriais, mediante a regulamentação de condições e critérios específicos, que visem a sua utilização eficiente e compatível com os mercados interno e externos;
VIII - definir os blocos a serem objeto de concessão ou partilha de produção;
IX - definir a estratégia e a política de desenvolvimento econômico e tecnológico da indústria de petróleo, de gás natural, de outros hidrocarbonetos fluidos e de biocombustíveis, bem como da sua cadeia de suprimento;
X - induzir o incremento dos índices mínimos de conteúdo local de bens e serviços, a serem observados em licitações e contratos de concessão e de partilha de produção, observado o disposto no inciso IX;
Claudio A. Pinho
Estrutura da Lei nº 9.487/97 (Lei do Petróleo)
CNPE - Conselho Nacional de Política Energética
Na página eletrônica do Ministério das
Minas e Energia o Plano Nacional de Energia para 2030
é baseado em dados de 2005
Claudio A. Pinho
Estrutura da Lei nº 9.487/97 (Lei do Petróleo)
CNPE - Conselho Nacional de Política Energética
Na página eletrônica da Empresa de
Pesquisa Energética os dados do Plano
Nacional de Energia datam de 2008
Claudio A. Pinho
Estrutura da Lei nº 9.487/97 (Lei do Petróleo)
CNPE - Conselho Nacional de Política Energética
VI - sugerir a adoção de medidas necessárias para garantir o atendimento à demanda nacional de energia elétrica, considerando o planejamento de longo, médio e curto prazos, podendo indicar empreendimentos que devam ter prioridade de licitação e implantação, tendo em vista seu caráter estratégico e de interesse público, de forma que tais projetos venham assegurar a otimização do binômio modicidade tarifária e confiabilidade do Sistema Elétrico;
VII - estabelecer diretrizes para o uso de gás natural como matéria-prima em processos produtivos industriais, mediante a regulamentação de condições e critérios específicos, que visem a sua utilização eficiente e compatível com os mercados interno e externos;
VIII - definir os blocos a serem objeto de concessão ou partilha de produção;
IX - definir a estratégia e a política de desenvolvimento econômico e tecnológico da indústria de petróleo, de gás natural, de outros hidrocarbonetos fluidos e de biocombustíveis, bem como da sua cadeia de suprimento;
X - induzir o incremento dos índices mínimos de conteúdo local de bens e serviços, a serem observados em licitações e contratos de concessão e de partilha de produção, observado o disposto no inciso IX;
Claudio A. Pinho
O conjunto regulatório do Pré-Sal
Marco Regulatório do Pré-Sal
O Governo encaminha em regime de urgência quatro
projetos que posteriormente foram consolidades em três:
Criação da PPSA
Capitalização da Petrobras e cessão onerosa do Pré-Sal
Claudio A. Pinho
NOC IOC
custos
60% 40%
Contrato de Partilha da Produção
National Oil Company International Oil Company
Empresa nacional Operador
Lei nº 12.351/10
Claudio A. Pinho
IOC
custos
60% 40%
PPSA
Contrato de Partilha da Produção
NOC
Lei nº 12.276/10
Claudio A. Pinho
IOC
custos
60% 40%
5 bilhõ
es de
barri
sPPSA
30% Petrobras 70% Consórcio
Contrato de Partilha da Produção
Lei nº 12.304/10
Claudio A. Pinho
Fatos ocorridos em 2010
- Em Março de 2010 começa a polarização dos royalties
- 30 de Março de 2010: Todas as emendas ambientais são rejeitadas em prol da celeridade
- 20 de Abril de 2010: Acidente com a Deep Horizon no Golfo do México
Claudio A. Pinho
Fatos ocorridos em 2010
É retirado o pedido de urgência dos projetos na condição de que fossa a provada a capitalização da Petrobras antes da eleição Presidencial, deixando a
discussão dos royalties para depois da eleição. !
Com a inversão dos projetos é dada outra interpretação à capitalização da Petrobras que dá
possibilidade à criação de um terceiro marco regulatório:
Lei nº 9.478/97 - Lei do Petróleo (ou Lei do Pós-Sal) Lei nº 12.351/10 - Lei do Pré-Sal
Lei nº 12.304/10 - “Lei da Cessão Onerosa”
Claudio A. Pinho
Royalties: O que são?
Basicamente hoje os royalties são uma compensação pela utilização
de recursos naturais
Aprofundaremos que tipo de
compensação mais adiante
Claudio A. Pinho
Constituição Federal de 1946
Claudio A. Pinho
O texto originário da distribuição de royalties veio
descrito no art. 27 da Lei nº 2.004/53, mas não
havia previsão de distribuição dos royalties do
petróleo explorado na Plataforma Continental.
A alíquota originária era de 5%.
Distribuição dos Royalties na Legislação
Claudio A. Pinho
Constituição Federal de 1967
Claudio A. Pinho
O art. 27 da Lei nº 2004/53 foi alterado pela Lei nº 7.453/85, incluindo o §4º para operações na
Plataforma Continental (alíquota de 5%).
Distribuição dos Royalties na Legislação
1,5% Estados e Territórios confrontantes
1,5% Municípios e respectivas áreas geoeconômicas
1% Ministério da Marinha
1% Fundo Especial a ser distribuído entre todos os Estado, Territórios e Municípios
Claudio A. Pinho
O art. 27 da Lei nº 2004/53 foi alterado pela Lei nº 7.453/85, incluindo o §4º para operações na
Plataforma Continental (alíquota de 5%).
Distribuição dos Royalties na Legislação
1,5% Estados e Territórios confrontantes
1,5% Municípios e respectivas áreas geoeconômicas
1% Ministério da Marinha
1% Fundo Especial a ser distribuído entre todos os Estado, Territórios e Municípios
Claudio A. Pinho
Constituição Federal de 1988
Claudio A. Pinho
Constituição Federal de 1988
Desde que os royalties foram instituídos a alíquota
sempre foi de 5% (essa era a realidade do legislador
constituinte conhecia)
A parcela dos Estados sempre foi 1,5% dos 5% que
equivalem a 30% do total dos royalties recolhidos
Primeiras premissas:
Claudio A. Pinho
O §4º do art. 27 da Lei nº 2004/53 foi alterado pela Lei nº 7.990/89 para operações na Plataforma
Continental (alíquota de 5%).
Distribuição dos Royalties na Legislação
1,5% Estados e Distrito Federal
0,5% Municípios onde se localizarem as instalações marítimas
1,5% Municípios e respectivas áreas geoeconômicas
1% Ministério da Marinha
0,5% Fundo Especial a ser distribuído entre todos os Estado, Territórios e Municípios
Claudio A. Pinho
O §4º do art. 27 da Lei nº 2004/53 foi alterado pela Lei nº 7.990/89 para operações na Plataforma
Continental (alíquota de 5%).
Distribuição dos Royalties na Legislação
1,5% Estados e Distrito Federal
0,5% Municípios onde se localizarem as instalações marítimas
1,5% Municípios e respectivas áreas geoeconômicas
1% Ministério da Marinha
0,5% Fundo Especial a ser distribuído entre todos os Estado, Territórios e Municípios
Claudio A. Pinho
Emenda Constitucional nº 9/95
Incluiu dois parágrafos no artigo 177 da Constituição
Federal, quebrando o exercício do monopólio que
até então era realizado pela Petrobras, criando os
elementos para criação da agência reguladora e o
início da competição no mercado da exploração do
petróleo e gás natural.
Claudio A. Pinho
A principal mudança relativamente aos royalties foi que a alíquota deixa de ser 5% e passa a ser
de 5% a 10%, dependendo da dificuldade exploratória do bloco a ser licitado,
sendo definida no edital.
Lei nº 9.478/97
O art. 48 define que os 5% mínimos são obrigatórios
Os mesmos 5%
históricos
Claudio A. Pinho
Lei nº 9.478/97
O doutrina passa a classificar os royalties em dois tipos:
!
Royalties compensatórios (os 5% obrigatórios)
!
Royalties sobre o excedente da produção
(entre 5% a 10% )
Claudio A. Pinho
Distribuição dos Royalties na Legislação
22,5% Estados produtores confrontates
22,5% Municípios produtores confrontantes
15% Ministério da Marinha
7,5% Municípios afetados pelas operações de embarque e desembarque
7,5% Todos os Estado, Territórios e Municípios
25% Ministério da Ciência e Tecnologia
Claudio A. Pinho
Fatos ocorridos em 2010
A alíquota do pré-sal fica estabelecida em 10%. !
É aprovada a distribuição igualitária dos royalties (Emenda Ibsen Pinheiro / Pedro Simon)
!
Presidente Lula veta o artigo 64 que alterava não só a distribuição dos royalties para a
Lei do Pré-Sal (Lei nº 12.351/10), bem como para a Lei do Petróleo (Lei nº 9.478/97)
Claudio A. Pinho
Fatos ocorridos em 2011
Projeto de Lei nº 2.565/2011 objetiva rediscutir a matéria dos royalties e consolidar
todos os projetos de lei que tramitavam sobre a matéria nas duas casas.
!
Em 18.10.2011 o Senador Vital do Rêgo/PI, apresenta o Relatório que votado e aprovado amplia a repatição
dos royalties não só para os futuras rodadas, mas também para os contratos já licitados.
!
Modifica também a alíquota de 10% para 15% para a Lei do Pré-Sal.
Claudio A. Pinho
Fatos ocorridos em 2011
Cria uma tabela progressiva de compensação para os Estados produtores.
Claudio A. Pinho
Fatos ocorridos em 2012
Projeto de Lei nº 2.565/2011 volta para a Câmara e sob a Relatoria do Deputado Carlos Zarattini são mantidas as mesmas idéias do
Senado Federal !
O parecer foi proferido em plenário em 06.11.2012, sendo posteriormente convertido na Lei 12.734, de
30 de novembro de 2012.
Claudio A. Pinho
Fatos ocorridos em 2012
Através da Mensagem nº 522, de 30 de Novembro de 2012 a Presidenta da República veta alguns
dispositivos que gerariam margem sobre a incidência nos contratos decorrentes de leilões já ocorridos.
Em 3 de dezembro de 2012 foi editada a Medida Provisória nº 592, retirando a integralidade dos
recursos dos royalties para “projetos direcionados ao desenvolvimento da educação”.
Claudio A. Pinho
Fatos ocorridos em 2013
O veto da Presidência da República é derrubado, sendo que no dia 15.03.2013 são impetradas as seguintes ações diretas de inconstitucionalidade:
4.016 Governador do Estado do Espírito Santo
4.017 Governado do Estado do Rio de Janeiro
4.018Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado
do Rio de Janeiro
4.020 Governador do Estado de São Paulo
Claudio A. Pinho
Da análise dos fatos
A compensação dos royalties definidos na Constituição não é só de natureza ambiental é de perda financeira pela regra do Sistema Tributário Nacional baseada em três pilares:
Tributação do ICMS no Estado produtor do bem (18%)
Alíquota interestaduais para incentivar o consumo (12% - 6%)
Alíquota interestaduais para reduzir as desigualdades regionais (7% - 11%)
Claudio A. Pinho
Da análise dos fatos
Em se tratando de determinados bens gerados e geridos sob o regime de monopólio teve que se excepcionar a tributação para totalmente no consumo como é o caso da Energia Elétrica (por conta de Itaipú) e do Petróleo e Gás (por conta da Petrobras).
Criou-se a imunidade tributária das operações interestaduasis [art. 155, §2º, X, b)]
Criou-se a imunidade tributária do art. 155, §3º
Referências nos MS 24.312-1/DF e RE 228.800-5/DF do Supremo Tribunal Federal
Claudio A. Pinho
Da análise dos fatos
O Supremo Tribunal Federal no MS 24.312/DF já se pronunciou que a receita dos royalties constitui receita originária do Estado, sendo que o fato gerador desta receita se dá com a materialização do contrato de cessão em decorrência do leilão.
Os Estados produtores contestaram não somente o veto derrubado, mas toda a Lei nº12.734/12.
Claudio A. Pinho
Conclusões quanto aos Royalties
- A compensação dos Estados produtores, ou que primeiro recebem o bem produzido na plataforma continental ou na ZEE, não é só de natureza ambiental, mas também de recomposição de perda de receita financeira pela excepcionalização do regime tributário da Constituição de 1988
- A higidez do §1º do art. 20 da Constituição Federal só protege a alíquota histórica-obrigatória de 5%, sendo que acima desta alíquota é possível se dar uma interpretação conforme para distribuir da forma que bem entender o legislador.
Claudio A. Pinho
- Respeitado o parâmetro da limitação constitucional não há como restringir a distribuição futura dos royalties nas próximas rodadas da ANP.
Conclusões quanto aos Royalties
Claudio A. Pinho
Claudio A. Pinho
Esta apresentação está postada www.slideshare.net/capinho
OBRIGADO !!
@ClaudioAPinho
Claudio A. Pinho
Claudio A. Pinho