A E A A R P
A FESTAMAIS BONITADA CIDADE
PATRIMÔNIOCONPPAC deve privilegiar exigências técnicas
CARREIRAO turismo com foco no futuro profissional
INOVAÇÃOSupera Parque tem oportunidades de negócios
Veja a cobertura completa do evento que pela primeira vez aconteceu na sede da AEAARP
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Ano X nº 262 janeiro/ 2017
pala
vra
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ente
Começamos 2017 com a cidade em frangalhos. Inevitável repu-tar a uma gestão inábil o fato de a cidade saltar da pujança, dosresultados expressivos da agroindústria e do setor acadêmico,para as páginas policiais e crônicas infelizes sobre investigações,prisões e processos criminais. Porém, embora esburacada, acidade amanheceu 2017 com perspectivas diferentes e respon-sabilidades aumentadas.Antônio Duarte Nogueira Júnior era criança quando o pai foiprefeito de Ribeirão Preto. Desde então, deve acalentar o sonhode governar a cidade onde nasceu. A sua eleição coincide comum dos períodos mais difíceis dos pontos de vista econômico epolítico, e também com o desmonte da estrutura municipal.Reconstruir, neste caso, deve ser a oportunidade de fazer direito.A cidade exige umPlanoDiretor adequado à realidade social, eco-nômica epolítica; deve liderar o processodaRegiãoMetropolitanae atender à legislação federal em ralação à coleta e destinação deresíduos domésticos e de construção. São questões simples, que atécnica, sobreposta aos interesses pessoais, é capaz de solucionar.E é olhandopara o todoenãopara vaidades pessoais que seremosparceiros desta cidade.Para a AEAARP, olhar o todo significa incrementar a nossa agendade debates que gerem reflexões e resultados práticos. Este é ocompromisso da entidade em relação aomunicípio. É, sobretudo,sua função social.A valorização do profissional de engenharia, arquitetura e agro-nomia vai além das qualidades profissionais de cada indivíduo.Por este motivo, integrar-se à sociedade de classe tem o signifi-cado maior de colocar a serviço da sociedade o conhecimentoe a capacidade técnica de cada indivíduo em uma ação coletiva.É o nosso desafio para 2017.Eng. civil Carlos Alencastre
índi
ce
ESPECIAL 05A festa de todos
ELETRICIDADE 12Atividade agropecuária lidera acidentes com raios
NEGÓCIOS 13Oportunidade para todos
CARREIRA 16Turismo com foco em carreira
PRODUTIVIDADE 18Organização e boas práticas: o uso de intervalos nomeados
INSTITUCIONAL 19Em obras
PATRIMÔNIO 20Um novo CONPPAC para Ribeirão
TECNOLOGIA 22Aplicativo rastreia sementes no Brasil
GESTÃO 24O aprendizado dos anos difíceis
CREA-SP 25Conselho regulamenta e define atividades profissionaispara uso e ocupação do solo
NOTAS E CURSOS 26
DIRETORIA OPERACIONALDiretor Administrativo: eng. agr. Callil João FilhoDiretor Financeiro: eng. agr. Benedito Gléria FilhoDiretor Financeiro Adjunto: eng. civil e seg. do trab. Luis AntonioBagatinDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: eng. civilHirilandes AlvesDiretor Ouvidoria: eng. civil Milton Vieira de Souza Leite
DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: eng. civil Rodrigo Fernandes AraújoDiretor de Comunicação e Cultura: eng. agr. Paulo PurrenesPeixotoDiretor Social: arq. e urb. Marta Benedini VecchiDiretor Universitário: arq. e urb. Ruth Cristina MontanheiroPaolino
DIRETORIA TÉCNICAAgronomia, Agrimensura, Alimentos e afins: eng. agr. Jorge LuizPereira RosaArquitetura, Urbanismo e afins: arq. Ercília Pamplona FernandesSantosEngenharia e afins: eng. Naval José Eduardo Ribeiro
Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700 - Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / [email protected]
Eng. civil Carlos Eduardo Nascimento AlencastrePresidente
Eng. eletr. Tapyr Sandroni Jorge Eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho1º Vice-presidente 2º Vice-presidente
CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: eng.º civil João Paulo de Souza Campos Figueiredo
Conselheiros TitularesEng.º agr.º Dilson Rodrigues CáceresEng.º civil Edgard CuryEng.º civil Elpidio Faria JuniorArquiteta e eng.ª seg.ª do trab.º Fabiana Freire GrelletEng.º agr.º Geraldo Geraldi JrEng.º agr.º Gilberto Marques SoaresEng.º mec.º Giulio Roberto Azevedo PradoEng.º elet.ª Hideo KumasakaEng.º civil Wilson Luiz LagunaEng.º civil Jose Aníbal LagunaArquiteto Luiz Eduardo Siena MedeirosArq.ª e urb.ª Maria Teresa Pereira LimaEng.º civil Ricardo Aparecido Debiagi
Conselheiros SuplentesEng.º agr.º Alexandre Garcia TazinaffoArq.º e urb.ª Celso Oliveira dos SantosEng.º agr.º Denizart BolonheziEng.º civil Fernando Brant da Silva CarvalhoEng.º agr.º José Roberto ScarpelliniEng.º agr.º Ronaldo Posella Zaccaro
REVISTA PAINELConselho Editorial: eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho, arq.urb. Celso Oliveira dos Santos, eng. mec. Giulio Roberto AzevedoPrado e eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto - [email protected]
Conselheiros Titulares do CREA-SP indicados pela AEAARP:eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves eeng. mecânico Fernando Antonio Cauchick Carlucci
Coordenação Editorial: Texto & Cia ComunicaçãoRua Galileu Galilei 1800/4, Jd. Canadá,Ribeirão Preto SP, CEP 14020-620www.textocomunicacao.com.brFones: 16 3916.2840 | [email protected]
Editora: Daniela Antunes – MTb 25679Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044
Publicidade: Departamento de eventos da AEAARP - 16 2102.1719Angela Soares - [email protected]
Tiragem: 3.000 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - 16 2102.1718Editoração eletrônica:Mariana Mendonça NaderImpressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.
Horário de funcionamentoAEAARP - das 8h às 12h e das 13h às 17hCREA - das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.
painel A s s o c i A ç ã ode engenhAriAArquiteturA eAgronomiA deribeirão Preto
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AEAARP
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A FESTA DE TODOSA grande festa da AEAARP aconteceu pela primeira vez na sede da
entidade, depois da entrega do prêmio Profissionais do Ano AEAARP2016 e com show exclusivo da cantora Verônica Ferriani
Cerca de 300 pessoas participaram da
festa e da entrega do prêmio Profissio-
nais doAnoAEAARP 2016, realizados em
dezembro passado. A arquiteta Marta
Benedini Vechi, diretora social da enti-
dade, afirma que a decisão por realizar
o evento na sede valorizou o patrimônio
conquistado pelos profissionais asso-
ciados. Foi a primeira vez, desde que o
prêmio foi instituído em1979, que a ceri-
mônia e a festa foram realizadas na sede.
Na cerimônia, o engenheiro Carlos
Alencastre, presidente da AEAARP, fez
um balanço das ações desenvolvidas em
2016, como cursos, palestras e atividades
sociais. “A entidade de classe cumpre pa-
pel importanteparaosprofissionais, queé
o de promover a integração, a valorização
Cemitério da Saudade, de Ribeirão Preto
especial
Diretores e conselheiros com os Profissionais do Ano AEAARP 2016: Marcos Canini, Ruy Spinelli e José Walter Figueiredo
profissional e defender as atribuições. Há
também a responsabilidade perante a
sociedade, que é o maior patrimônio de
engenheiros,arquitetoseagrônomos:acu-
mular o conhecimento e ter a capacidade
de interferir positivamente na qualidade
de vida do cidadão”, afirma o engenheiro.
Nas próximas páginas, publicamos as
imagens da festa de 2016.
Revista Painel
6
José Aníbal Laguna, Marcos Canini e
Samanta Pineda
Carlos Alencastre, Ruy Spinelli e Carlos Gabarra José Paulo Figueiredo, Carlos Alencastre,
José Walter Figueiredo e Callil João Filho
Carlos Alencastre, José Aníbal Laguna, João Paulo Figueiredo, Samanta Pineda, Marcos
Canini, Ruy Spinelli, José Walter Figueiredo, Callil João Filho e Carlos Gabarra
Geraldo Geraldi Júnior, Renato Curotto Prado e Giulio Roberto Azevedo Prado Carlos Alencastre, Helio Jorge e Tapyr Sandroni Jorge
especial
Carlos Alencastre fez o balanço das ações do ano de 2016
AEAARP
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Jorge Rosa, Germano Rafael Bilota Mariutti, Alexandre Tazinaffo e
José Walter Figueiredo
Benedito Gleria Filho, Paulo Peixoto, Gilberto Marques Soares e
Milton Vieira Leite
Regina Foresti, Denise Camara e Carlos Alencastre
Os homenageados com o Coral Som Geométrico
Marcos Canini, Ruy Spinelli e José Walter Figueiredo
RP
homenageados com o Coral Som Geométrico
Revista Painel
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José Roberto Pereira Alvin, Guilherme Rezende e Ulisses Tavares Canini
Carlos Alencastre, Antônio Carlos Maçonetto e João Paulo Figueiredo
Antonio Carlos Maçonetto, Sebastião Azevedo, Valério Veloni e Julio Cesar Sancini
Celso Santos, Ercilia Pamplona e Ruy Spinelli
Milton Vieira Leite, Marcos Canini e Paulo Peixoto
Verônica Ferriani
Ruy Spinelli, Rosi Bulamah Spinelli e Carlos Alberto Gabarra
Angela Dorta e Marta Benedini VechiShirlei e Genésio Abadio de Paula e Silva
AEAARP
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Sônia e Arlindo Clemente, Telma e Rafael Nazar,
Rosangela e Noboro Saiki e Dilson Cáceres
Argemiro Gonçalves, Cristina Gonçalves, Simone Malardo Sanches e
José Laercio Sanches
Denis Cardozo, Vanessa Cardozo, Josiane Cardozo e Renilton Cardozo
Ulisses Tavares Canini, Sonia Pinheiro, Natalia Waldt, Renato Comparatto,
Marcos Canini e Marcos Cordon
Rafael Mello Martins, Lyndsay Zancan mello Martins, Glaucia Maria
Figueiredo Silva, Rosa Maria Figueiredo Silva, Nelci Barros Maia, José
Walter Figueiredo Silva, João Carlos Figueiredo Silva, Tereza Odete
Mello Martins Figueiredo Silva e Muriel Figueiredo Maia
Arlindo Sicchieri, Paulo Peixoto, Daniela Antunes, Giulio Prado e
Celso Santos
Revista Painel
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Carlos Ferriani, Flávia Ferriani, Darrel Sicchieri, Arlindo Sicchieri,
Cristiano Lara e Alessandra Lara
Ana Eugenia, Marlei Barros Ferreira, Manoel Eduardo Ferreira,
José Eduardo Ribeiro, Roberto Vecchi e Marta Benedini Vechi
Jorge Rosa, Germano Rafael Bilota Mariutti, Fabiana Grellet, Rangel Romão,
José Miguel e Ana Maria Santos
Ronaldo Zacaro, Callil João Filho, Tapyr Sandroni Jorge, Regina Sandroni,
Rita Junqueira Reis e Valdemar Junqueira Reis
Giulio Azevedo Prado, Hideo Kumasaka,
Ana Claudia Marincek, Rosa Bertini e
José Onécio Castro Prado
AEAARP
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AARP
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Hirilandes, Maria das Graças Oliveira Alves, Júlia Dalla
Valle Alves e Camila Dalla Valle do Couto
Ana Lucia Darini, Sônia Abrão Moraes, Reginal Darini e Vivaldo Moraes
Andreza Elias, Cassia Elias, Selma Canini, Manuela Canini,
Andreia Baliero e Marici Baliero
Ana Paula Santos, Celso Santos, Geraldo Fernandes Santos e
Ercília Pamplona
Juliana Araujo, Rodrigo Araujo, José Luis Barbaro e Mariangela Barbaro
Gracielli Cruz, Danielli Maturo, Bianca Lolli, Gerson de
Barros, Luciana Iglesias de Barros, Vilma Blossey, Ercília
Pamplona e Edineia Araújo
Daniela Antunes, Geraldo Geraldi Júnior e
Blanche Amancio Silva
Revista Painel
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O Grupo de Eletricidade Atmosférica
(ELAT) do InstitutoNacional de Pesquisas
Espaciais (INPE) analisou dados relativos
às 1.792 mortes por raios constatadas
durante os últimos 15 anos, entre 2000
e 2014, e revelou circunstâncias nas
quais acontecem o maior número de
óbitos por descargas elétricas. A cada
três mortes, duas acontecem ao ar livre;
43% ocorrem durante o verão e a proba-
bilidade de um homem morrer por raio
é 4,5 vezes maior que a de uma mulher.
As mortes no campo representam
25% do total de óbitos por raio em
todo o país, variando de ummínimo de
12% na região Norte a 25% na região
Sul. Esses números demonstram que
a prática de atividades agropecuárias
lidera as circunstâncias com maior
número de vítimas.
As mortes que ocorrem dentro de
casa estão em segundo lugar e repre-
sentam 17%, variando de um mínimo
de 7% no Sudeste e Centro-Oeste a
21% no Nordeste.
ATIVIDADE AGROPECUÁRIALIDERA ACIDENTES COM RAIOS
Incidência de descargas elétricas coloca Ribeirão Preto naposição 453 no ranking estadual e 2.378 no nacional
eletricidade
A maioria das mortes acontece na
região Sudeste (28%) e as outras quatro
regiões estão empatadas com18% cada.
São Paulo é o estado commaior número
de vítimas, seguido porMinasGerais, Rio
Grande do Sul, Pará,MatoGrosso do Sul,
Mato Grosso e Goiás.
Em 2015 morreram 104 pessoas. Em
2016, as projeções preliminares indi-
cam que o número de mortes deve ficar
abaixo de 70 casos. Se confirmado, será
o menor valor anual registrado desde o
início do levantamento, em 2000. A mé-
dia anual no período foi de 111 mortes.
De acordo com o ELAT, a densidade de
descargas elétricas em Ribeirão Preto
é de 7,27 por quilômetro quadrado ao
ano. Para efeito de comparação, a cidade
paulista onde hámais incidência de raios
é Itaquaquecetuba, que registra 13,13
descargas por quilômetro quadrado ao
ano. Porto Real (RJ) é a líder nacional
nesse ranking, com 19,66 descargas elé-
tricas por quilômetro quadrado ao ano.
Com Informações da Agência Fapesp
AEAARP
13
negócios
Em fevereiro de 2017, o Supera, Par-
que de Inovação Tecnológica de Ribeirão
Preto, deverá abrir o processo de seleção
de projetos a serem incentivados. O
Supera abriga uma incubadora de em-
presas debase tecnológica, umcentro de
negócios e uma aceleradora de startups
(SEVNA Seed). Atualmente, 59 empresas
participam desses programas, a maior
parte deles na incubadora.
OPORTUNIDADE PARA TODOSParque tecnológico de Ribeirão Preto oferece
ponte entre a universidade e o mercado
Os projetos estão ligados às áreas de
tecnologia da informação, equipamentos
médicos, hospitalares e odontológicos,
química, biotecnologia, fármacos e
cosméticos.
O estudo Índice de Cidades Empreen-
dedoras – Brasil 2016, divulgado pela
Endeavor, coloca Ribeirão Preto (SP) na
décima posição entre as cidades mais
empreendedoras do Brasil. Em relação
ao levantamento de 2015, a cidade
avançou duas posições. Foram 60 indi-
cadores avaliados nas 32 cidades que
participaram do levantamento, levando
emconsideraçãoo ambiente regulatório,
infraestrutura,mercado, acesso à capital,
inovação, capital humano e cultura em-
preendedora.
Eduardo Cicconi, gerente do Supera
Parque, informa que em 2015 apenas
Revista Painel
14
De acordo com o Supera, o Índice de Cidades Empreendedoras – Brasil 2016,
divulgado pela Endeavor, coloca a cidade em sexta posição no ranking de
ambiente regulatório, que mede o tempo de processos, custo de impostos e
a complexidade tributária para quem quer abrir uma nova empresa. Também
se encontra em sexta colocada em infraestrutura, que considera transporte
urbano - mede a conexão da cidade “da porta para fora”, e condições urbanas
– que avalia cidade “da porta para dentro” no que se refere a: acesso à
internet rápida, custo médio de energia, preço médio do metro quadrado,
qualidade de vida relacionada à fluidez do trânsito e segurança (com dados
da taxa de homicídio para cada 100 mil habitantes).
Essas são algumas das características que colocam a cidade em 10º lugar
entre as mais empreendedoras do país, à frente de muitas capitais brasileiras
e atrás de cidades consideradas de interior e que exibem as mesmas
características de qualidade de vida, como Joinville (SC) e Campinas (SP).
três cidades do interior paulista figura-
vam entre as dez primeiras. O resultado
atual, na avaliação dele, demonstra
fortalecimento do ambiente para o em-
preendedorismo.
Cicconi explica que, além de questões
estruturais, Ribeirão Preto se destaca
como polo empreendedor graças aos
negócios na área da saúde. Essa é uma
vocação da cidade, iniciada em meados
dos anos de 1950, quando a economia
local se recuperava da grave crise de
1929, que afetou a exportação de café.
OportunidadeSegundo Cicconi, o objetivo da incuba-
dora é fazer com que o aluno de gradua-
ção, independente da instituição em que
estuda, enxergue novas possibilidades,
alémdoambienteacadêmico,equesejam
incentivados a aplicar em seu próprio ne-
gócioos conceitosdesenvolvidosao longo
da sua formação. Para egressos das uni-
versidades, é a oportunidade de colocar
emprática tudooqueaprendeuna teoria.
“É a porta de entrada para omercado,
que auxilia os alunos a desenvolverem
seu negócio de forma sustentável, ofe-
recendo suporte e consultorias nasmais
diversas áreas”, diz.
As empresas assistidas usufruem
de serviços básicos como luz, água,
telefone, assessoria e consultoria para
o desenvolvimento de seus negócios,
além de capacitação técnica e acesso à
rede de contatos. Elas têm acesso aos
eventos internos, palestras, workshops,
participação nos mais importantes
eventos nacionais e internacionais,
como a Feira Hospitalar – que acontece
todos os anos em São Paulo, e aMedica,
na Alemanha.
Durante o período em que a empresa
está incubada na Supera, recebe todo
o suporte necessário para fazer com
que a ideia seja transformada em um
negócio inovador. “A ideia não é dar
embasamento teórico para o aluno,
mas conteúdo prático para que ele
transforme uma ideia em um negócio”,
explica Cicconi.
Desde o processo seletivo, a em-
presa já começa a ser capacitada para
desenvolver o seu plano de negócios,
recebe treinamentos, mentorias, pa-
lestras em diversas áreas do conhe-
cimento como administração, marke-
ting, finanças, propriedade intelectual,
direito, dentre outros.
Cicconi argumenta que as ferramentas
oferecidas pelo programa reduzemos ris-
cos do negócio, fazendo com que a taxa
de mortalidade das empresas diminua,
além de facilitar o acesso ao mercado,
aumentando o número de contatos e
gerando também novos negócios.
Para acessar o programa, é necessário
ter uma ideia inovadora de base tecno-
lógica. Apesar de ser o ambiente ideal
para aqueles que estão concluindo a fase
acadêmica, não há limite de idade para
acessar os programasdisponibilizados no
Parque, nem necessidade de se ter uma
formação universitária.
“A relação estabelecida entre empre-
endedores e Supera não é acadêmica, e
sim voltada para o desenvolvimento do
negócio. Eles recebem orientações de
acordo com as necessidades apresenta-
das no decorrer do desenvolvimento de
seuempreendimento. Esse suporte pode
ser, por exemplo, na área de modelo de
negócio, sobre propriedade intelectual,
registro de patente e internacionaliza-
ção”, explica.
O processo seletivo de startups, em-
presas consolidadas ou empresas inter-
nacionais avalia o potencial inovativo.
O edital fica disponível na página www.
superaparque.com.br.
InvestimentoO Supera Parque facilita o acesso dos
empreendedores aos investidores, às
agências de fomento e possíveis parcei-
ros. A Fipase, gestora do Parque, oferece
subsídios para que os empreendedores
participem de eventos nacionais e inter-
nacionais emsuas áreasdeatuaçãoeque
são importantes para o desenvolvimento
de seus negócios.
AEAARP
15
As empresas em pré-incubação têm o
direito de utilizar a sala compartilhada
por um período entre seis meses e dois
anos. Na categoria incubação, as empre-
sas são divididas em salas individuais de
40, 60 e 80 metros quadrados, por um
período de três anos, renovável pormais
um. Há ainda a possibilidade do Centro
de Negócios para as empresas que já
passaram da fase de graduação.
Para 2017, a expectativa é que seja
realizada a urbanização dos lotes locali-
zados no entorno do Parque, destinada
para empresas inovadoras de base
tecnológica e poderá abrigar até 126
empreendimentos.
Revista Painel
16
TURISMO COM FOCOEM CARREIRA
Os roteiros normalmente incluem cidadesemblemáticas e visitas técnicas a empresas
carreira
Unir o útil ao agradável é a síntese
de uma nova tendência no mercado
turístico que tem grande impacto entre
profissionais de engenharia, arquitetura
e agronomia. Larissa Di Battista trabalha
hámais de 20 anos com roteiros de turis-
moeducativo. “Observamos que cresceu
o número de pessoas com carreiras
consolidadas que querem mais do que
aprender outro idioma, por exemplo.
Eles buscam incrementar o currículo e a
vivência profissional”, explica.
exclusivamente para os alunos de enge-
nharia de produção.
Para Remoto, a experiência turística
conta pontos na disputa de vagas no
mercado de trabalho. “Experiências in-
ternacionais são semprebemvistas pelos
contratantes, pode impactar desde uma
entrevista de estágio a uma recolocação
profissional, sem contar o contato multi-
disciplinaradquiridocomoutras culturas”.
O engenheiro conta que a visita à fábri-
ca de aviões em Hamburgo (Alemanha)
Grupo de profissionais visitam a Igreja de Pedra em Helsinki (Finlândia), em 2016
Oengenheiro de produção João Felipe
Brites Remoto era estudante quando
embarcou, emnovembro de 2015, junto
a outros 14 alunos da Universidade de
Ribeirão Preto (UNAERP) para Alema-
nha e Portugal, onde visitou três mul-
tinacionais. A viagem durou 14 dias e o
roteiro incluía paradas em cinco cidades:
Hamburgo, Dresden, Berlin, Monique
e Lisboa, além de visitas às fábricas da
Airbus, BMW Motors e Volkswagen. O
roteiro e as visitações foram criados
AEAARP
17
foi surpreendente. A indústria comporta
12.500 funcionários e todos, indepen-
dentemente de suas funções, foram
cordiais e agiramdeacordo comapolítica
da empresa. “Foi surpreendente, em se
tratando de um país de pessoas muito
fechadas e formais”. Remoto também
destaca a organização e o planejamento
queaplicamemqualquertipodeassunto.
APRENDER NUNCA ÉDEMAIS“Para o estudante de Arquitetura e
Urbanismo, por exemplo, ter a opor-
tunidade de visitar roteiros específicos
extrapola o que se aprende na sala de
aula”, explica a arquiteta Ruth Cristina
Montanheiro Paolino, diretora Univer-
sitária da AEAARP. Ela acrescenta que a
viagem proporciona a experimentação
prática do conteúdo aprendido na teoria.
Conhecer a realidade de outros povos
e ver de perto o trabalho executado por
arquitetos renomados é o que, na opi-
nião do arquiteto José RobertoGeraldine
Junior, amplia o repertório daquele que
vivencia a experiência. Ele explica que
uma das dificuldades pode ser com o
idioma. Com ele, isso só aconteceu na
China, onde são poucas pessoas que
falam outro idioma além do mandarim.
“Mas, por fim, com o nosso jeito brasi-
leiro somos bem sucedidos e bem rece-
bidos em todos os lugares”, diz.
ROTEIROS ESPECÍFICOSA demanda por esses roteiros inspira
a criação de opções de viagens especí-
ficas para cada profissão, geralmente
curtas, com duração entre sete e quinze
dias. Além de cidades emblemáticas, os
programas incluem visitas a empresas
que são referência em cada área. Dessa
forma, tanto estudantes quanto profis-
sionais veem e vivenciam inovações tec-
nológicas, produtos, serviços e a forma
de gestão e organização.
Battista afirma que a duração da
viagem tem impacto no custo, o que
pode torna-la ainda mais atrativa para
os profissionais, ou seja, quanto menos
tempo, menor é o investimento em
hotel e alimentação, por exemplo. Em
contrapartida, um bom roteiro aumenta
o custo-benefício.
Ela acrescenta que cada destino é
capaz de proporcionar experiências dife-
rentes. Cidades comoMadrid, Barcelona
e Toledo, todas na Espanha, são destinos
buscadosporprofissionais deEngenharia
e Arquitetura. O projeto urbanístico de
Barcelona, por exemplo, data do século
XIX e, se tornou referência para o urba-
nismo moderno. Além disso, a cidade
tem umdosmais exitosos programas de
coleta e destinação de resíduos.
Além da Espanha, a Alemanha tam-
bém é destino bastante procurado por
esses profissionais. Battista acrescenta
Berlim e Frankfurt ao roteiro, mas
desta vez despertando interesse maior
entre engenheiros. “Neste caso, são as
indústrias que chamam a atenção dos
profissionais”, observa. Para ela, inde-
pendentemente do destino, viajar é uma
das experiências mais enriquecedoras
para o ser humano. “E se agrega a opor-
tunidade de incrementar o currículo, o
turista ganha duas vezes”.
João Felipe Brites Remoto em frente à fábrica da
Volkswagen em Dresden (Alemanha)
Estudantes de Engenharia de Produção em frente à Airbus em Hamburgo (Alemanha)
Revista Painel
18
produtividade
Uma excelente prática paramelhorar a produtividade e orga-
nização em suas planilhas de Excel é o uso do recurso Nomear
Intervalos que permite:
• Otimizar tempo na criação de fórmulas e funções;
• Identificar intervalos e cálculosmais facilmente, lembrando
que nossas soluções em planilhas nem sempre ficam paradas
conosco, sendo compartilhadas entre vários usuários damesma
empresa;
• Trabalhar mais facilmente com a referência de células ab-
solutas ou relativas.
A forma mais rápida e prática de dar nome a uma célula é
selecioná-la e clicar na Caixa de nome, que fica ao lado da Barra
de Fórmulas.
ORGANIZAÇÃO EBOAS PRÁTICAS: O
USO DE INTERVALOSNOMEADOS
NoGerenciador deNomes, conseguimos acessar a listagemde
todos os nomes que já criamos, permitindo que criemos novos
nomes e editemos ou excluamos os já existentes.
Fábio Gatti,
especialista em Pacote Office
Neste exemplo, substituiremos o nome da célula A1 por Teste
e, para finalizar, apertamos [Enter].
A partir de agora, a célula A1 desta planilha se chama Teste.
Vá na célula B1, escreva = e clique na célula A1, e perceba que
o resultado será =Teste.
Na guia Fórmulas, temos o grupoNomesDefinidos, que possui
várias funcionalidades, formas de nomear e editar os nomes e
utilizações para eles.
Além de células individuais, podemos nomear um intervalo:
Nomeando as células C1, C2 e C3 comoValores e colocando os
números 10, 20 e 30 nas células, respectivamente.
Em outro local qualquer, no mesmo arquivo, escreva
=SOMA(Valores) e veja o que acontece.
Além de células, os nomes podem ser criados à partir de fun-
ções e fórmulas. Experimente!
AEAARP
19
institucional
Nos próximos dois meses, a AEAARP
estará em obras. A escada em formato
caracol será substituída por outras duas,
retas, umapara subir e outra para descer.
Entre elas, será instalado um elevador.
O diretor administrativo da AEAARP,
engenheiro agrônomo Callil João Filho,
explica que a obra objetiva aprimorar
a acessibilidade aos três pisos da sede
onde estão a área administrativa, a
recepção e o auditório.
Seguindo a norma do Corpo de Bom-
beiros, as duas escadas terão 1,5 metro
de largura, com corrimão.
O projeto é do arquiteto Carlos Al-
berto Gabarra e será executado pela
construtora Tavares Canini.
EM OBRASIntervenção foca na acessibilidade
VISTA PANORÂMICANo piso inferior do salão de festas
foi erguida mais uma sala de aula,
ampliando a infraestrutura física da
sede em cerca de 80 metros quadra-
dos. João Filho esclarece que o projeto
valoriza a área verde, por este motivo
foi adotado o fechamento com parede
de vidro para proporcionar vista pano-
râmica para o jardim.
A sala é dotada de projetor multi-
mídia, conexão com a internet, telão,
sistema de som, mesas e cadeiras. Já
na inauguração, será ocupada por um
dos cursos oferecidos pelo Instituto de
Pós-graduação e Graduação (IPOG) na
sede da entidade.
Revista Painel
20
patrimônio
UM NOVO CONPPACPARA RIBEIRÃODiretora de Arquitetura da AEAARP sugere que
Conselho adote lista com exigências técnicas paradeterminar destino de imóveis tombados
Nos últimos dias de 2016, a Câmara
Municipal de Ribeirão Preto aprovou
a Lei Complementar 2.799/2016 que
cria o Sistema Municipal de Patrimônio
Cultural de Ribeirão Preto (SMPC-RP) e
estabelece regramentos para diversas
ações nesta área. Sobretudo, restabe-
lece a constitucionalidade do Conselho
de Defesa do Patrimônio Histórico e
Cultural do Município de Ribeirão Preto
(CONPPAC-RP). Em 2016, a Lei que criou
o CONPPAC, há mais de uma década,
foi considerada inconstitucional depois
de julgada uma Ação Direta de Incons-
titucionalidade (ADIN) proposta pela
Prefeitura Municipal em 2007.
Para além dos aspectos jurídicos, a
arquiteta Ercília Pamplona, diretora de
Arquitetura da AEAARP, opina que o
Conselho deve aproveitar a oportuni-
dade e estabelecer novos parâmetros
de atuação.
No último ano, ela foi titular no Conse-
lho, que reunia-se eventualmente, ainda
que nenhuma leimunicipal lhe desse re-
taguarda. Pamplona acredita que o novo
modelo será oportuno para estabelecer
novas diretrizes de análises e discussões.
“O CONPPAC precisa ter uma lista
de exigências, estabelecidas a partir de
Ercília Pamplona,
diretora de Arquitetura da AEAARP
AEAARP
21
Vitral no Palacete Lobato, no centro da cidade
critérios técnicos, que levem em conta
as características artísticas, históricas,
físicas, construtivas, patrimoniais, dentre
outros, para respaldar as análises dos
conselheiros”, fala.
Para ela, as impressões pessoais, por
exemplo, não devem ter o mesmo peso
que o Código de Obras, o Plano Diretor
domunicípio ou a avaliação de umhisto-
riador. Ela pondera que algumasdecisões
inviabilizam investimentos e resultam
em imóveis abandonados e deteriorados
pelo tempo.
“Se o Louvre [museu localizado em
Paris-França] tem uma pirâmide de vi-
dro na frente, por que não pode haver
alteração interna em um imóvel que
viabilize o investimento e dê função a
ele?”, questiona.
Pamplona explica que, ao ser criado
junto com o SMPC-RP, o CONPPAC pode
ter ficado submetido à Secretaria da
Cultura. Se, do ponto de vista negativo,
esse fato poderá significar algum tipo
de ingerência sobre as decisões do
Conselho, por outro poderá ampliar
sua atuação.
FUNPPACAmesma Lei criou tambémoFundode
Preservação do Patrimônio Cultural do
Município de Ribeirão Preto (FUNPPAC),
que será geridopela SecretariaMunicipal
da Cultura e fiscalizado pelo CONPPAC-
-RP. Os recursos serão destinados à
execução de serviços e obras de manu-
tenção e reparos dos bens tombados,
aquisição de equipamentos e materiais,
investimento em programas de promo-
ção, conservação, restauração e preser-
vação de bens culturais, financiamento
de pesquisas e estudos relacionados
ao patrimônio cultural e capacitação e
aperfeiçoamento.
A fonte dos recursos, além da dotação
orçamentária própria, terá origem em
contribuições e doações, convênios,
multas originadas por sanções previstas
na Lei, subvenções, indenizações, pena-
lidades e condenações judiciais obtidas
em ações para defesa do patrimônio
histórico e cultural local, dentre outras.
LegalidadePara dar validade às decisões tomadas
anteriormente, a Lei prevê que o novo
CONPPAC, ainda a ser formado, deverá
deliberar sobre a ratificação ou não das
decisões tomadas antes e depois de
declarada a sua inconstitucionalidade.
Revista Painel
22
A rastreabilidade de produtos alimentí-
ciosvemganhandoforçanosúltimosanos,
tornando-seopçãoparafidelizar consumi-
dores através do repasse de informações
sobre o caminho percorrido de tudo que
chega à mesa das famílias. O engenheiro
agrônomo Alexandre Gazolla Neto criou
o aplicativo Sementes Rastreadas, que
registradadosdetalhadosdetodaacadeia
produtiva – dos campos de produção,
passandopelaUnidadedeBeneficiamento
deSementes (UBS), atéa comercialização.
APLICATIVO RASTREIASEMENTES NO BRASIL
Inovação no campo: engenheiro agrônomo cria sistema queregistra dados detalhados da cadeia produtiva das sementes
tecnologia
do produto no aplicativo, informando
as aplicações de produtos e vistorias
técnicas com índices e fotos. Durante o
período em que as sementes ficam na
UBS, são registrados no sistema o con-
trole da recepção das cargas, estoque,
transferências e criações de lotes de be-
neficiamento e embalo. “A organização,
que hoje é feita emplanilhas, passa a ser
mais rápida, simples e completa, gerando
economia de tempo e de mão de obra”,
diz o engenheiro agrônomo.
“A rastreabilidade é um processo de
grande relevância para o agro, pode
proporcionar maior controle sobre as
etapas de produção aos produtores de
sementes e agricultores, garantindo
qualidade e reduzindo custos. Além de
facilitar a vida do homem do campo na
hora de comprar insumos mais confiá-
veis”, diz Gazolla.
Os responsáveis técnicos das empre-
sas produtoras de sementes registram
informações detalhadas sobre omanejo
A rastreabilidade é considerada estratégica para o agronegócio brasileiro
AEAARP
23
Segundo Gazolla, o relatório das in-
formações rastreadas fica disponível no
site da empresa produtora de semente
e pode ser acessado pelo agricultor por
meio de um código de barras 2D, loca-
lizado no rótulo de cada embalagem.
Na página principal do site, o usuário
encontra dados detalhados da cultura,
a localização e extensão do campo de
produção, resultados de qualidade do
lote de sementes, dentre outras informa-
ções. “O histórico de germinação e vigor
são informações essenciais ao agricultor,
que tem a segurança de que o produto
comprado terá ótimo desempenho no
campo”, diz o agrônomo.
O histórico de produção da semente
permite o registro e acompanhamento
das atividades e aplicações que ocorre-
ram nas áreas de produção, semeadura
e colheita. O registro das informações
pode ser realizado pelo cooperado ou
pelo responsável da empresa produtora
de sementes, mediante acesso seguro
ao sistema. Alguns dos dados são exibi-
dos na função Rastreabilidade On-line e
os demais ficam restritos ao acesso da
empresa produtora de sementes para
fins de gestão.
O aplicativo oferece tambéma calcula-
dora de plantabilidade, que recomenda
quando e em qual proporção as semen-
tes devem ser distribuídas no campo.
“Rastreabilidade significa agregar valor
à semente do produtor e conferir credi-
bilidade a seu trabalho. Por outro lado, o
agricultor tem,mais do queumhistórico,
informações essenciais para o planeja-
mento e alocação de recurso durante
a semeadura. Essa técnica deve evoluir
muito nos próximos anos no Brasil e no
mundo”, avalia Gazolla.
Fonte: Sociedade Nacional de Agricultura
Revista Painel
24
Mariana RossattiMolina
Analista de negócios do
SEBRAE-Ribeirão Preto
O aprendizadodos anos difíceis
Muito se fala no ambiente em-
presarial sobre o planejamento
para o ano. Vemos metas sendo
estipuladas que mais se asse-
melham às famosas promessas
de ano novo, fadadas a nunca se cumprirem. Muitas empresas
esperam que o ano de 2017 passe uma borracha em 2016 e
comece uma página em branco, quando, na verdade, o seu
2017 depende muito de como sua empresa se preparou e de
um bom planejamento.
É interessante começar este planejamento com um plano de
aprendizado. Sem dúvidas, o ano de 2016 foi difícil para mui-
tos, mas com as dificuldades vem a evolução, e a empresa que
aprender sairá fortalecida.
Reúna a equipe e pergunte: os resultados esperados em2016
foram alcançados? O que foi planejado foi executado? O que
dificultou a obtenção dos resultados?
Logicamente, não temos poder de impedir imprevistos ou
controlar as dificuldades do mercado. A ideia não é fazer uma
sessão de lamento na qual toda a culpa é da crise, é domercado
ou é do concorrente. Mas sim, uma avaliação, principalmente,
do que está sob o nosso poder de ação e de influência.
Será que fizemos o que poderíamos para nos anteciparmos
às ameaças do mercado? A estratégia utilizada foi a melhor,
dada a conjuntura? Ela foi corretamente implantada? Estabeleci
metas e planos de ações? A empresa esteve aberta a identificar
novas oportunidades e aproveitá-las?Quais foramos pontos de
melhoria do ano que passou?
E também comemorar os resultados alcançados. O que a
sua equipe aprendeu que não sabia? Quais foram as melhorias
implantadas? Quais foram as dificuldades superadas? Quais as
novas parcerias estabelecidas? Quais foram os novos clientes e
mercados conquistados? Quais foram os pontos positivos? De
tudo isso, quais são as recomendações para 2017?
E, aprendendo, começamos o planejamento. Antes de esta-
belecer metas, faça uma análise do cenário. Não adianta colo-
car uma meta de crescimento do faturamento de 20% no ano
se não tiver um plano de ação para alcançá-la, se está em um
mercado em declínio e se tudo indica que terá dificuldades de,
simplesmente,manter-se nomercado.Umametanão alcançável
irá frustrar e desmotivar a equipe.
Considere o macro e microambiente, cenários econômicos,
tendências, mudanças do comportamento dos clientes. Reúna
informações e análises de cenários futuros: previsões otimistas,
realistas e pessimistas. Diante do cenário, qual será a estratégia?
O posicionamento de sua empresa?
A partir desse ponto, defina aonde quer chegar. Determine
macro objetivos, avalie se os recursos serão suficientes, defina
indicadores mensuráveis para acompanhar e metas de resulta-
dos para cada indicador. Pequenas empresas se guiam apenas
como indicador de faturamento, o que é umerro. Um indicador
por si só não proporciona a visão real do que está acontecendo.
Existem casos de empresas que faliram aumentando o fatura-
mento. Você não dirige o seu carro com um painel mostrando
somente o combustível. Pense emoutros indicadores: satisfação
do cliente, produtividade, ociosidade, ticket-médio, lucrativida-
de, número de novos clientes, endividamento, market share,
faturamento atrelado aprodutos e serviços lançados nos últimos
três anos, dentre outros.
É interessante que cada área da empresa tenha metas, ob-
jetivos, indicadores, recursos e um plano de ação, com prazos
e responsáveis. A meta e a ação que não têm prazo definido e
responsabilidade não ocorrerão. Todos devem contribuir para
os objetivos estratégicos da organização.
Da nossa parte, somos gratos pelo ano que passou, por di-
versas ações efetuadas de capacitação e encontros de negócios
para empresário demicro e pequenas empresas e agradecemos,
principalmente, parceiros como a AEAARP, que fazem nossas
ações terem um impacto maior e mais significativo. Temos o
nosso 2017 planejado, e você?
GESTÃO
AEAARP
25
crea-sp
CONSELHO REGULAMENTAE DEFINE ATIVIDADES
PROFISSIONAIS PARA USO EOCUPAÇÃO DO SOLO
A Decisão Normativa 47/1992 regu-
lamenta atividades de parcelamento
e uso do solo urbano e define compe-
tências para executar este serviço. As
atividades compreendem 12 itens, e
Alterada pela Decisão Normativa 104 de 29 de outubrode 2014
Dispõe sobre as atividades de Parcelamento do Solo Urbano, as
competências para executá-las e dá outras providências.
Constituem atividades de Parcelamento do Solo Urbano:
1 Laudos técnicos para atender o disposto na Lei nº 6.766/79, Art. 3º,
parágrafo único;
2 Serviços topográficos;
3 Fotogrametria e foto interpretação;
4 Planejamento geral básico - Projeto de loteamento;
5 Paisagismo;
6 Sondagens geotécnicas;
7 Obras de terra e contenções;
8 Pontes e viadutos, estruturas, fundações e estruturas de contenções;
9 Sistema viário;
10 Sistema de abastecimento de água;
11 Sistemas de esgoto cloacal e pluvial;
12 Sistema de distribuição de energia elétrica.
Decisão Normativa foi publicada em 1992
tiva 107, de 29 demaio de 2015, podem
ser prestados pelos profissionais do sis-
tema CONFEA/CREA e indica a legislação
específica de cada atribuição. O primeiro
item, por exemplo, trata da emissão de
laudos técnicos que atendamaodisposto
no Artigo 3º da Lei 6.766/1979.
Nesse artigo, a Lei determina que não
será admitidooparcelamentode solo em
terrenos alagadiços e sujeitos a inunda-
ções até que se tomem providências de
escoamento, dentre outras coisas, como
a garantia de que não tenham sido ater-
rados materiais nocivos à saúde e que
atenda exigências sanitárias.
Para atender à exigência, deverão ser
emitidos laudos técnicos que compro-
vem as condições de implantação do
loteamento ou edificação. Nesse caso,
DecisãoNormativa estabelece que o lau-
do seja elaborado por engenheiro civil,
agrimensor, de fortificação e construção,
sanitarista ou geólogo. A última altera-
ção nesta decisão aconteceu em 2015 e
inseriu o engenheiro florestal como pro-
fissional habilitado a exercer as funções
do item cinco, que trata do paisagismo,
função anteriormente atribuída somente
ao engenheiro agrônomo.
estão reunidas no anexo da legislação.
A Normativa detalha os serviços que,
alterado pela DecisãoNormativa 104, de
29 de outubro de 2014 e Item 5 do qua-
dro anexo alterado pela Decisão Norma-
Revista Painel
26
notas e cursos
novos associados
Jose Carlos Souza Marques
Engenheiro agrônomo
Renata Rossin Garone Borelli
Engenheiro agrônomo
Victor de Paula Vieira
Engenheiro civil
Antonio Adauto Alves
Engenheiro eletricista
Paulo Francisco Ferreira Delgado
Engenheiro eletricista
Roberto Canassa Junior
Engenheiro mecânico
Tiago Augusto Pavanelli
Engenheiro mecânico
Colemar Mendes Cardoso
Técnico em eletrônica
Carlos Roberto Barreto
Técnico em eletrotécnica
Ricardo Sampaio Diniz
Técnico em meio ambiente
Silvio Martins
Técnico em química
Luciana de Paula Queiroz Bonato
Estudante de arquitetura
Murari Advaita Acarya Tannous Munoz
Estudante de agronomia
Tierre Victor Fernandes Oliveira
Estudante de arquitetura
Guilherme Pimentel de Lima Souza
Estudante de engenharia civil
Tinta transforma calor em eletricidade
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul desenvolveu uma tinta
especial que se aplicada em peças quentes – como motores, turbinas, caldeiras –
utiliza o calor desses produtos para gerar eletricidade. A novidade também atua no
resfriamento dessas peças. O material termoelétrico tem propriedades físicas que
o fazem comportar-se como um líquido e depois de aplicado, ele seca e transforma
a superfície pintada em um coletor de calor. Os cientistas registraram a densidade
de energia de quatro miliwatts por centímetro quadrado de área pintada. A tinta
pode ser aplicada sobre qualquer fonte de calor – independente da forma, tipo e
tamanho – e funcionará como um novo sistema de geração de energia renovável.
Fonte: Inovação Tecnológica
Defensivos agrícolas naturais
A Embrapa publicou o livro Defensivos
Agrícolas Naturais: Uso e Perspectivas,
que apresenta temas ligados ao acesso
ao patrimônio genético natural, legis-
lação para o desenvolvimento e uso de
defensivos naturais, testes laboratoriais
e qualidade de análises exigidas para o
registro desses produtos. Os defensivos
agrícolas naturais são originários de par-
tes de plantas, microrganismos, animais
e minerais. O mercado de defensivos
naturais está crescendo cerca de 16%
ao ano nomundo. No Brasil, o segmento
já representa de 3 a 5% das vendas dos
pesticidas químicos e há espaço para
continuar crescendo. Esse movimento
tem colocado os defensivos agrícolas
naturais emdiscussão comoopção viável
para a produção saudável de alimentos.
O livro lançado pela Embrapa pode ser
baixado gratuitamente, veja o atalho na
área de Notícias no endereço eletrônico
da AEAARP.
Fonte: Embrapa
Mais resistente que o aço
Cientistas doMassachusetts Institute of Technology (MIT) anunciaram a criação de um
material extremamente leve e resistente, feito de grafeno e resistência 10 vezes maior
do que o aço. Comaparência esponjosa, ele é produzido a partir da compressão e fusão
de grafeno— uma forma de carbono de apenas duas dimensões e grande resistência.
Apesar de ser mais resistente do que o aço, o novo material tem apenas 5% da sua
densidade, resultando em objetos mais leves do que os equivalentes construídos com
aço. A expectativa équeobjetos criados usandoessa tecnologia sejamusados na criação
de aviões, grandes construções e carros.
Fonte: Instituto de Engenharia
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