Transcript
Page 1: Estações do TAV devem servir Andrade Gutierrez a linhas ... · Itaipu. Na sua opinião o modelo, atual, que divide o projeto em duas partes —a que definirá o operador ea quedefinirá

DCI Quinta-feira, 8 de novembro de 2012 | S E RV I Ç O S A9

Notas

T E C N O LO G I A

Lucro da Bematech sobe 59,4%

são paulo // A empresa Be m a t e c h , uma das maiores dosetor de tecnologia e especializada em fornecer soluçõesdesse setor para o varejo e para o setor hoteleiro, encer-rou o terceiro trimestre deste ano com alta de 59,4% dolucro líquido, somando R$ 9,7 milhões. Já o Ebitda (lucroantes de juros, impostos, amortizações e depreciações)teve expansão de 172,9% ante o do terceiro trimestre de2011, totalizando R$ 18,4 milhões. Em nota, a empresaatribuiu a alta ao crescimento das vendas no período.

T E C N O LO G I A

TI puxa alta das fusões no Paíssão paulo // Com 33 transações no trimestre, o setor deTecnologia da Informação (TI) foi o que registrou omaior número de fusões e aquisições (F&A) entre julho esetembro de 2012. Segundo números da consultoriaKPMG, no mesmo período de 2011, foram realizadas 16operações, o que representa um aumento de 106%. Nasoma dos nove meses acumulados no ano, o setor soma83 operações, contra 62 no mesmo período de 2011.

paula cristina

F E R R OV I A S

Andrade Gutierrezanuncia interesse emtrem de alta velocidade

são paulo

A Andrade Gutierrez tem inte-resse no projeto do Trem de AltaVelocidade (TAV) tanto comooperadora quanto como cons-trutora. A afirmação foi feitanesta quarta-feira pelo diretorda empresa,Marco AntônioLa-deira, durante o I CongressoMetroferroviário Brasileiro, emSão Paulo. “O grupo AndradeGutierrez tem interesse em to-das as fases”, disse o executivo,explicando que a construtorahoje representa apenas 20% dosnegócios do grupo. A AndradeGutierrez é sócia, por exemplo,da CC R , que atua nos segmen-tos de concessões rodoviárias ede aeroportos, entre outros.

A primeira fase do leilão doTAV, prevista para ocorrer em2013,escolherá oconsórciores-ponsável pela operação do TAVe qual tecnologia será usada. ACCR já anunciou que tem inte-resse no projeto. Questionadosobrese aAndradeGutierrez eaCCR podem disputar a primeirafase do leilão como concorren-tes,Ladeiradisse queessasdeci-sõessão deresponsabilidadedoconselho deadministração. “Eunão saberia responder.”

Com relação ao setor aero-portuário, para evitar conflitode interesses nos negócios, aAndrade Gutierrez e a Ca m a rg oCo r r ê a ,que detinhamativosae-roportuários no exterior, deci-diram vendê-los para a CCR. Fi-cou acertado então, que dessadata em diante os investimen-tos nessa área serão feitos so-mente por meio da CCR.

Ladeira defendeu que o novo

edital do TAV, quedeve ser divul-gado pela Agência Nacional deTransportes Terrestres (ANTT)no próximo dia 26, traga ao in-vestidoralgum tipodeproteçãoquanto à variação cambial. “Háum volume de importação mui-to grande. O tema precisa sercontemplado no projeto. Isso émuito importante”, afirmou. Elesugeriu, por exemplo, a criaçãode “uma banda”.“É como se fos-se um hedge. Até um determina-do valor [de variação no câm-bio],orisco seriadoempresário.Acima disso, o governo poderiatomar esse risco.”

Segundo Ladeira, a AndradeGutierrezparticipou deumgru-po que ao longo de dez meses,entre 2010 e 2011, estudou omodelo antigo do edital do TAV.Ele apresentou dados que mos-tram a dimensão do projeto doTAV: aproximadamente 100 tú-neis, maisde 90milhões deme-tros cúbicos de escavação, ummilhão de toneladasde aço, 125milhões de horas de serventes.“Os cálculos mostraram que, noprazo de construção de oitoanos, seria necessário trabalharcom umamédia de 20mil traba-lhadores por mês”, diz.

De acordo comele, com rela-ção àsobras de escavação,o TAVequivale a uma usina e meia deItaipu. Na sua opinião, o modeloatual, que divide o projeto emduas partes —a que definirá ooperador ea quedefinirá osres-ponsáveis pela construção— émais adequado. “Havia antesuma dificuldade maiorde iden-tificar riscos e oportunidades.”

ae | ag ê n c i a s

F E R R OV I A S

Estações do TAV devem servira linhas ferroviárias regionaisA parada do trechopaulistano do trem deveficar na Água Branca, nazona oeste da capital.Esta pertence à linha daCPTM e até 2016 deveráser conectada ao metrô.

são paulo

A partir das estações que serãoconstruídas para o trem de altavelocidade (TAV) no Estado deSão Paulo deverão surgir linhasde trens rápidos que serão feitasvisando a integrar o interior pau-lista ao sistema. Além disso, é pos-sívelque, apartirdeum dosextre-mos da linha do TAV Campi-nas-São Paulo-Rio de Janeiro —no caso, a cidade de Campinas(SP) — o trem-veloz seja estendi-do para Ribeirão Preto (SP), Ube-raba (MG),e desteúltimo, aBrasí-lia. Neste caso não se trata de trensregionais, mas de linhas de trensde alta velocidade propriamenteditas, as quais, uma vez erguidas,seriam parte integrante do TAVCampinas-São Paulo-Rio de Ja-neiro, que ficará pronto antes.

Asideiase osprojetospúblicosforam apresentadosontem, no1ºCongresso Metroferroviário Bra-sileiro, dentro da 15ª Feira Negó-cios nos Trilhos, emSão Paulo, emSão Paulo. A construção das li-nhas de trem regionais a partirdas futuras estações do TAV é oprojeto que está mais adiantado.

“A espinha dorsal do TAV seráseu trajeto norte-sul, mas a partirdele sairão trens rápidos para olestee paraooeste,que servirãoo

interior paulista”, conta Guilher-me Quintella, presidente daAgência de Desenvolvimento deTrens Rápidos entre Municípios(Adtrem). A entidade tem umacordo com o governo estadualpaulista peloqual elaparticipa dodesenvolvimento doplano diretor dos trensregionais do estado.

Já a extensãoda linhado TAV a partir de Cam-pinas é uma ideia ousa-da que empresários eautoridades públicascultivam. Plínio Ass-mann, especialista emtransportes da Ass -mann Consultoria, traza receita para que amesma vingue: “O me-lhor a ser feito é garantirque as linhas da Com-panhia Paulista deTrens Metropolitanos[CPTM] se comuni-quem com o TAV. Se isto ocorrer,se tornará viável que prolongue-mos o trem de alta velocidade queserá feito até Brasília via RibeirãoPreto e Uberaba”. Isto porque, ex-plicaele, amútua alimentaçãodedemanda que a conexãoTAV-CPTM trará contribuirá for-temente para que se justifique aextensão do trem-rápido.

Aliás, o primeiro passo para is-to já foi dado, observa Assmann,com a decisão do governo anun-ciada esta semana de não cons-truir uma parada para o TAV noCampo de Marte, na zona norteda cidade de São Paulo. A estaçãodo trecho paulistano do trem-ve-loz deverá ficar na Água Branca,na zona oeste da capital. Esta já

pertence hoje a uma linha daCPTM, e até 2016 deverá ser co-nectada auma novalinha deme-trô, a Linha 6-Laranja.

Serra das ArarasPor outro lado, o governo parece

ter descartado em defi-nitivouma iniciativaquevinha sendo debatidapara a viabilização eco-nômica do trem de altavelocidade: o uso do TAVpara o transporte de car-ga, além de passageiros.“Chegamos a estudaresta possibilidade, masela não é viável tecnica-mente. OTAV servirápa-ra a condução de pes-soase tambémdecargaspostais, que são mais le-ves, e apenas isto”, afir-ma Roberto David, su-perintendente da Agên-cia Nacional de Trans-

portes Terrestres (ANTT).Justamenteporisto háaexpec-

tativa de que os Co r re i o s sejamuma das companhias investido-ras do trem de alta velocidade.Existe, noentanto, umadivergên-cia entre a iniciativa privada e opoder público acerca da implan-tação do empreendimento quetem potencial paragerar disputasno futuro. Segundo a minuta doedital do projeto, o trem de altavelocidade deve ser construídoem cinco anos — mas algumasempresas não acham isto possí-vel. “Estimamos um prazo míni-mo de oito anos para o término dalinha do TAV”, diz Marco AntônioLadeira, diretor da Andrade Gu-t i e r rez .“Háfatores complexosno

projeto que precisam ser consi-derados. Teremos de fazer inter-venções nas duas maiores cida-des doPaís, quesão oRio deJanei-ro e São Paulo. Muitas desapro-priações serão necessárias. E a li-nha do TAV teráde transpor o ma-ciço daSerra dasAraras, oque nãoserá simples”, pontua ele.

S i n e rg i aAs últimas estimativas do projetodo trem de alta velocidade brasi-leiro se fixaram no valor de R$35,637 bilhões de custo total paraa iniciativa (vale lembrar, a esserespeito, que a primeira projeçãode custos do projeto, feita anosatrás, era de R$ 23,760 bilhões). OTAV Campinas-São Paulo-Rio deJaneiro terá 511 quilômetros e pa-radas obrigatórios nos Estados deSão Paulo e Rio, cuja localizaçãoainda está sendo debatida.

Gastos e dificuldades à parte, écada vez maior a quantidade deespecialistas,membros dogover-no e empresários que defendem aimplantação do trem bala brasi-leiro. “Nós não podemos ter umPaís do tamanho do Brasil semmeios eficientes de transporteque integrem suas grandes me-trópoles. O trem de alta velocida-de vai permitir que a sinergia en-tre Rio e São Paulo ocorra de for-ma bem mais intensa que nosdias de hoje, em benefício de to-d o s”, defende PlínioAssmann, daAssmann Consultoria.

alex ricciardi

Publicamos 286 reportagens sobre

F E R R OV I A Swww.dci.com.br

w w w . p a n o ra m a b ra s i l . c o m . b r

Plínio Assmann

«NÓS NÃO

PODEMOS TER UM

PAÍS DO TAMANHO

DO BRASIL SEM

MEIOS EFICIENTES

DE TRANSPORTE

QUE INTEGREM AS

M E T RÓ P O L E S »

AV I AÇ ÃO

Tarifa aérea média doméstica cai36% em dez anos, afirma Anacsão paulo

Atarifaaérea médiadomésticafoide R$ 272,64 no primeiro semes-tre de 2012, valor 36,2% menoremrelaçãoao mesmoperíodode2002 — quando ficou em R$427,16, segundo dados divulga-dos ontem pela Agência Nacionalde Aviação Civil (Anac).

Conforme o Relatório de Tari-fasAéreas,na comparaçãocomoprimeirosemestre de2011, atari-

fa aérea médiadoméstica dos seisprimeiros meses de 2012 apre-sentou redução de1,1%. Ainda deacordo com a Anac, o valor refe-rente ao segundo trimestre de2012, de R$ 258,59, teve reduçãode6,2% secomparado aomesmoperíodo do ano passado. Já o pri-meiro trimestre deste ano apre-sentouaumentode 4,5%emrela-ção ao mesmo período de 2011,para R$ 287,88.

O indicador representa o valormédio pago pelo passageiro poruma viagem aérea em territóriobrasileiro, em razão dos serviçosde transporte aéreo. Ainda se-gundo a Agência Nacional deAviação Civil, o yield da tarifa aé-rea doméstica — indicador querepresenta o valor médio pagopor passageiro para voar 1 quilô-metro em território nacional —caiu de R$ 0,70 para R$ 0,34 em

dez anos, na comparação entre oprimeiro trimestre deste ano e omesmo período de 2002.

No primeiro semestre desteano, o indicador recuou em rela-ção ao do mesmo período de2011, quando o valor foi de R$0,35. No segundo trimestre de2012, o yield da tarifa aérea do-méstica caiu de R$ 0,36 para R$0,33 na comparação com o mes-mo período de 2011.

No primeiro trimestre de 2012,por sua vez, houve aumento doindicador ante igual intervalo doano passado: de R$ 0,35 para R$0,36.

ae | ag ê n c i a s

T E L E CO M U N I C AÇÔ E S

Vivendi intensifica negociaçãoda GVT e pede 7 bi de eurosEspecialistas acreditam que a empresanorte-americana D i re c t v, que controla a S ky noPaís, seria a principal interessada no negócio

brasília // são paulo

A empresa francesa V ivendi, quecontrola a GV T, parece ter intensi-ficado as conversas com possíveisinteressados na aquisição da telebrasileira. Fontes do mercadoapontam que a francesa esperalucrar cerca de 7 bilhões de euroscom a venda da GVT e que a em-presa norte-americana Di re c t v,que controla a Sk y no País, seria aprincipal interessada em efetivaro negócio. Na terça-feira (6) a mí-diainternacional divulgoudecla-rações do presidente-executivoda Directv, Mike White, que afir-mou que a companhia não temum parecer fechado sobre a viabi-lidade do negócio, mas a aquisi-ção de uma empresa com a GVT,que opera um negócio de altocrescimento, poderia ser com-plementar aos planos da Directvno Brasil, principalmente no

mercado de TV por assinatura.No final de outubro, duranteevento que lançamentoda parce-ria daSk y coma companhiaaéreaA zul em um projeto de transmis-são de televisão ao vivo dentro dasaeronaves, o presidente da SkyBrasil, Luiz Eduardo Baptista daRocha, foi questionado sobre oassunto,e, apesarde terafirmadodesconhecer qualquer negocia-ção, não negou o interesse naGVT. “Todas as empresas do mer-cado estão interessadas na GVT.Eu não sei de nenhuma negocia-ção, mas não posso garantir queem Nova York ninguém do grupoesteja fazendo alguma análisedesse assunto”, declarou.

Fora a empresa norte-ameri-cana, o mercado espera que ascompanhias Oi, América Móvil(que controla a operadora Clarono Brasil) e Telecom Italia, hol -

ding da operadora TIM, esquen-tem a briga. Estas empresas tam-bém estariam participando dasconversasiniciais sobreoproces-so de venda da GVT.

Plano Geral de MetasCom relação ao novo Plano Geralde Metas de Competição(PGMC), o diretor de AssuntosRegulatórios da TIM, Mario Gira-sole, avaliou ontem que o assuntoé a peça mais relevante para o se-tor depois da Lei Geral de Teleco-municações (LGT). Ele disse ain-da que regulamentos desse portenão são para deixar empresas sa-tisfeitas ouinsatisfeitas, masparaserem cumpridos. “O PGMC émuito importante porque inau-gura um novo conceito de regula-ção quedeixa o modeloantigo dedualidade entre serviços públicoseprivados epassapara umanovarelação entre infraestruturae ser-v i ç o s”, afirmou Girasole.

O executivo destacou o fato deas fibras ópticas terem sido pre-servadas do compartilhamentopelos próximos nove anos. “Esse é

um incentivo importante para osinvestimentos em redes maismodernas, porém seria impor-tante que essa percepção tam-bémtivessesido aplicadaàsredesmóveis de quarta geração [4G]”.

Girasole disse que as compa-nhias esperavam que houvessemesmo uma queda de tarifas deinterconexão de telefonia móvelaté 2016, mas ele considerou quea medida da Anatel foi robusta.“Até para preservação dos nossosinvestimentos, a redução dessatarifa poderiater sidomais suave.De qualquer forma, trata-se deum arcabouço desafiador.”

No novomodelo apenasos ca-sos mais complexos precisariamir ajulgamento peloórgão regula-dor. Girasole também criticou aNe x t e l porter sidouma dasmaio-res beneficiadas das medidas emcompartilhamento, junto com aCTBCeaSe rc o m t e l .“A Nextel nãoé uma entrante, já tem um fatura-mento robusto noBrasil e mesmoassim ganhou uma vantagemcompetitiva significativa.”

maria carolina de ré | ae

ABIMDE - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE MATERIAIS DE DEFESA E SEGURANÇAAv. Paulista, 460 - 17º andar - Conj. B - CEP: 01310-000 - Bela Vista - São Paulo/SP - Fone/Fax: (11) 3170-1860Consultamos as possíveis empresas que comercializem o produto: “ Kit de ferramentas para montagem e manutenção de sistema de municiamento para canhão 30MM”, referência TGT-SP-1-0-1620; “ Kit para manutenção 5.000 tiros da metralhadora .50” M3P” referência TGT-SP-14-1187; “ Barrete Elétrico do Canhão 30MM, referência TGT-SP-10-1152.” a se manifestarem, com a devida comprovação, em até 5 (cinco) dias úteis, após a divulgação deste informe, nos termos de nossa Norma de Emissão de Declaração de Exclusividade. No caso de até o fi m deste prazo não houver qualquer manifestação em contrário, serão expedidas as Declarações de Exclusividade. São Paulo, 08 de Novembro de 2012.

ABIMDE - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE MATERIAIS DE DEFESA E SEGURANÇAAv. Paulista, 460 - 17º andar - Conj. B - CEP: 01310-000 - Bela Vista - São Paulo/SP - Fone/Fax: (11) 3170-1860Consultamos as possíveis empresas que comercializem o produto: Canhão de Salva de 47mm, a se manifestarem, com a devida comprovação, em até 5 (cinco) dias úteis, após a divulgação deste informe, nos termos de nossa Norma de Emissão de Declaração de Exclusividade. No caso de até o fim deste prazo não houver qualquer manifestação em contrário, serão expedidas as Declarações de Exclusividade. São Paulo, 08 de novembro de 2012.

Top Related