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DCI Quinta-feira, 8 de novembro de 2012 | S E RV I Ç O S A9 Notas T E C N O LO G I A Lucro da Bematech sobe 59,4% são paulo // A empresa Bematech, uma das maiores do setor de tecnologia e especializada em fornecer soluções desse setor para o varejo e para o setor hoteleiro, encer- rou o terceiro trimestre deste ano com alta de 59,4% do lucro líquido, somando R$ 9,7 milhões. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) teve expansão de 172,9% ante o do terceiro trimestre de 2011, totalizando R$ 18,4 milhões. Em nota, a empresa atribuiu a alta ao crescimento das vendas no período. T E C N O LO G I A TI puxa alta das fusões no País são paulo // Com 33 transações no trimestre, o setor de Tecnologia da Informação (TI) foi o que registrou o maior número de fusões e aquisições (F&A) entre julho e setembro de 2012. Segundo números da consultoria KPMG, no mesmo período de 2011, foram realizadas 16 operações, o que representa um aumento de 106%. Na soma dos nove meses acumulados no ano, o setor soma 83 operações, contra 62 no mesmo período de 2011. paula cristina F E R R OV I A S Andrade Gutierrez anuncia interesse em trem de alta velocidade são paulo A Andrade Gutierrez tem inte- resse no projeto do Trem de Alta Velocidade (TAV) tanto como operadora quanto como cons- trutora. A afirmação foi feita nesta quarta-feira pelo diretor da empresa, Marco Antônio La- deira, durante o I Congresso Metroferroviário Brasileiro, em São Paulo. “O grupo Andrade Gutierrez tem interesse em to- das as fases”, disse o executivo, explicando que a construtora hoje representa apenas 20% dos negócios do grupo. A Andrade Gutierrez é sócia, por exemplo, da CCR, que atua nos segmen- tos de concessões rodoviárias e de aeroportos, entre outros. A primeira fase do leilão do TAV, prevista para ocorrer em 2013, escolherá o consórcio res- ponsável pela operação do TAV e qual tecnologia será usada. A CCR já anunciou que tem inte- resse no projeto. Questionado sobre se a Andrade Gutierrez e a CCR podem disputar a primeira fase do leilão como concorren- tes,Ladeiradisse queessasdeci- sões são de responsabilidade do conselho de administração. “Eu não saberia responder.” Com relação ao setor aero- portuário, para evitar conflito de interesses nos negócios, a Andrade Gutierrez e a Camargo Corrêa,que detinhamativosae- roportuários no exterior, deci- diram vendê-los para a CCR. Fi- cou acertado então, que dessa data em diante os investimen- tos nessa área serão feitos so- mente por meio da CCR. Ladeira defendeu que o novo edital do TAV, quedeve ser divul- gado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) no próximo dia 26, traga ao in- vestidor algum tipo de proteção quanto à variação cambial. “Há um volume de importação mui- to grande. O tema precisa ser contemplado no projeto. Isso é muito importante”, afirmou. Ele sugeriu, por exemplo, a criação de “uma banda”.“É como se fos- se um hedge. Até um determina- do valor [de variação no câm- bio],orisco seriadoempresário. Acima disso, o governo poderia tomar esse risco.” Segundo Ladeira, a Andrade Gutierrez participou de um gru- po que ao longo de dez meses, entre 2010 e 2011, estudou o modelo antigo do edital do TAV. Ele apresentou dados que mos- tram a dimensão do projeto do TAV: aproximadamente 100 tú- neis, mais de 90 milhões de me- tros cúbicos de escavação, um milhão de toneladas de aço, 125 milhões de horas de serventes. “Os cálculos mostraram que, no prazo de construção de oito anos, seria necessário trabalhar com umamédia de 20mil traba- lhadores por mês”, diz. De acordo com ele, com rela- ção àsobras de escavação,o TAV equivale a uma usina e meia de Itaipu. Na sua opinião, o modelo atual, que divide o projeto em duas partes —a que definirá o operador e a que definirá os res- ponsáveis pela construção— é mais adequado. “Havia antes uma dificuldade maior de iden- tificar riscos e oportunidades.” ae | agências F E R R OV I A S Estações do TAV devem servir a linhas ferroviárias regionais A parada do trecho paulistano do trem deve ficar na Água Branca, na zona oeste da capital. Esta pertence à linha da CPTM e até 2016 deverá ser conectada ao metrô. são paulo A partir das estações que serão construídas para o trem de alta velocidade (TAV) no Estado de São Paulo deverão surgir linhas de trens rápidos que serão feitas visando a integrar o interior pau- lista ao sistema. Além disso, é pos- sível que, a partir de um dos extre- mos da linha do TAV Campi- nas-São Paulo-Rio de Janeiro — no caso, a cidade de Campinas (SP) — o trem-veloz seja estendi- do para Ribeirão Preto (SP), Ube- raba (MG), e deste último, a Brasí- lia. Neste caso não se trata de trens regionais, mas de linhas de trens de alta velocidade propriamente ditas, as quais, uma vez erguidas, seriam parte integrante do TAV Campinas-São Paulo-Rio de Ja- neiro, que ficará pronto antes. As ideias e os projetos públicos foram apresentados ontem, no 1º Congresso Metroferroviário Bra- sileiro, dentro da 15ª Feira Negó- cios nos Trilhos, emSão Paulo, em São Paulo. A construção das li- nhas de trem regionais a partir das futuras estações do TAV é o projeto que está mais adiantado. “A espinha dorsal do TAV será seu trajeto norte-sul, mas a partir dele sairão trens rápidos para o leste e para o oeste, que servirão o interior paulista”, conta Guilher- me Quintella, presidente da Agência de Desenvolvimento de Trens Rápidos entre Municípios (Adtrem). A entidade tem um acordo com o governo estadual paulista pelo qual ela participa do desenvolvimento do plano diretor dos trens regionais do estado. Já a extensão da linha do TAV a partir de Cam- pinas é uma ideia ousa- da que empresários e autoridades públicas cultivam. Plínio Ass- mann, especialista em transportes da Ass- mann Consultoria, traz a receita para que a mesma vingue: “O me- lhor a ser feito é garantir que as linhas da Com- panhia Paulista de Trens Metropolitanos [CPTM] se comuni- quem com o TAV. Se isto ocorrer, se tornará viável que prolongue- mos o trem de alta velocidade que será feito até Brasília via Ribeirão Preto e Uberaba”. Isto porque, ex- plica ele, a mútua alimentação de demanda que a conexão TAV-CPTM trará contribuirá for- temente para que se justifique a extensão do trem-rápido. Aliás, o primeiro passo para is- to já foi dado, observa Assmann, com a decisão do governo anun- ciada esta semana de não cons- truir uma parada para o TAV no Campo de Marte, na zona norte da cidade de São Paulo. A estação do trecho paulistano do trem-ve- loz deverá ficar na Água Branca, na zona oeste da capital. Esta já pertence hoje a uma linha da CPTM, e até 2016 deverá ser co- nectada a uma nova linha de me- trô, a Linha 6-Laranja. Serra das Araras Por outro lado, o governo parece ter descartado em defi- nitivouma iniciativaque vinha sendo debatida para a viabilização eco- nômica do trem de alta velocidade: o uso do TAV para o transporte de car- ga, além de passageiros. “Chegamos a estudar esta possibilidade, mas ela não é viável tecnica- mente. O TAV servirá pa- ra a condução de pes- soas e também de cargas postais, que são mais le- ves, e apenas isto”, afir- ma Roberto David, su- perintendente da Agên- cia Nacional de Trans- portes Terrestres (ANTT). Justamenteporisto háaexpec- tativa de que os Correios sejam uma das companhias investido- ras do trem de alta velocidade. Existe, noentanto, umadivergên- cia entre a iniciativa privada e o poder público acerca da implan- tação do empreendimento que tem potencial para gerar disputas no futuro. Segundo a minuta do edital do projeto, o trem de alta velocidade deve ser construído em cinco anos — mas algumas empresas não acham isto possí- vel. “Estimamos um prazo míni- mo de oito anos para o término da linha do TAV”, diz Marco Antônio Ladeira, diretor da Andrade Gu- tierrez. “Há fatores complexos no projeto que precisam ser consi- derados. Teremos de fazer inter- venções nas duas maiores cida- des doPaís, quesão oRio deJanei- ro e São Paulo. Muitas desapro- priações serão necessárias. E a li- nha do TAV teráde transpor o ma- ciço daSerra dasAraras, oque não será simples”, pontua ele. Sinergia As últimas estimativas do projeto do trem de alta velocidade brasi- leiro se fixaram no valor de R$ 35,637 bilhões de custo total para a iniciativa (vale lembrar, a esse respeito, que a primeira projeção de custos do projeto, feita anos atrás, era de R$ 23,760 bilhões). O TAV Campinas-São Paulo-Rio de Janeiro terá 511 quilômetros e pa- radas obrigatórios nos Estados de São Paulo e Rio, cuja localização ainda está sendo debatida. Gastos e dificuldades à parte, é cada vez maior a quantidade de especialistas,membros dogover- no e empresários que defendem a implantação do trem bala brasi- leiro. “Nós não podemos ter um País do tamanho do Brasil sem meios eficientes de transporte que integrem suas grandes me- trópoles. O trem de alta velocida- de vai permitir que a sinergia en- tre Rio e São Paulo ocorra de for- ma bem mais intensa que nos dias de hoje, em benefício de to- dos”, defende Plínio Assmann, da Assmann Consultoria. alex ricciardi Publicamos 286 reportagens sobre FERROVIAS www.dci.com.br www.panoramabrasil.com.br Plínio Assmann «NÓS NÃO PODEMOS TER UM PAÍS DO TAMANHO DO BRASIL SEM MEIOS EFICIENTES DE TRANSPORTE QUE INTEGREM AS METRÓPOLES» AV I AÇ ÃO Tarifa aérea média doméstica cai 36% em dez anos, afirma Anac são paulo Atarifaaérea médiadomésticafoi de R$ 272,64 no primeiro semes- tre de 2012, valor 36,2% menor em relação ao mesmo período de 2002 — quando ficou em R$ 427,16, segundo dados divulga- dos ontem pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Conforme o Relatório de Tari- fas Aéreas, na comparação com o primeiro semestre de 2011, a tari- fa aérea média doméstica dos seis primeiros meses de 2012 apre- sentou redução de 1,1%. Ainda de acordo com a Anac, o valor refe- rente ao segundo trimestre de 2012, de R$ 258,59, teve redução de 6,2% se comparado ao mesmo período do ano passado. Já o pri- meiro trimestre deste ano apre- sentou aumento de 4,5% em rela- ção ao mesmo período de 2011, para R$ 287,88. O indicador representa o valor médio pago pelo passageiro por uma viagem aérea em território brasileiro, em razão dos serviços de transporte aéreo. Ainda se- gundo a Agência Nacional de Aviação Civil, o yield da tarifa aé- rea doméstica — indicador que representa o valor médio pago por passageiro para voar 1 quilô- metro em território nacional — caiu de R$ 0,70 para R$ 0,34 em dez anos, na comparação entre o primeiro trimestre deste ano e o mesmo período de 2002. No primeiro semestre deste ano, o indicador recuou em rela- ção ao do mesmo período de 2011, quando o valor foi de R$ 0,35. No segundo trimestre de 2012, o yield da tarifa aérea do- méstica caiu de R$ 0,36 para R$ 0,33 na comparação com o mes- mo período de 2011. No primeiro trimestre de 2012, por sua vez, houve aumento do indicador ante igual intervalo do ano passado: de R$ 0,35 para R$ 0,36. ae | agências T E L E CO M U N I C AÇÔ E S Vivendi intensifica negociação da GVT e pede 7 bi de euros Especialistas acreditam que a empresa norte-americana Directv, que controla a Sky no País, seria a principal interessada no negócio brasília // são paulo A empresa francesa Vivendi, que controla a GVT, parece ter intensi- ficado as conversas com possíveis interessados na aquisição da tele brasileira. Fontes do mercado apontam que a francesa espera lucrar cerca de 7 bilhões de euros com a venda da GVT e que a em- presa norte-americana Directv, que controla a Sky no País, seria a principal interessada em efetivar o negócio. Na terça-feira (6) a mí- dia internacional divulgou decla- rações do presidente-executivo da Directv, Mike White, que afir- mou que a companhia não tem um parecer fechado sobre a viabi- lidade do negócio, mas a aquisi- ção de uma empresa com a GVT, que opera um negócio de alto crescimento, poderia ser com- plementar aos planos da Directv no Brasil, principalmente no mercado de TV por assinatura. No final de outubro, durante evento que lançamentoda parce- ria daSky coma companhiaaérea Azul em um projeto de transmis- são de televisão ao vivo dentro das aeronaves, o presidente da Sky Brasil, Luiz Eduardo Baptista da Rocha, foi questionado sobre o assunto, e, apesar de ter afirmado desconhecer qualquer negocia- ção, não negou o interesse na GVT. “Todas as empresas do mer- cado estão interessadas na GVT. Eu não sei de nenhuma negocia- ção, mas não posso garantir que em Nova York ninguém do grupo esteja fazendo alguma análise desse assunto”, declarou. Fora a empresa norte-ameri- cana, o mercado espera que as companhias Oi, América Móvil (que controla a operadora Claro no Brasil) e Telecom Italia, hol- ding da operadora TIM, esquen- tem a briga. Estas empresas tam- bém estariam participando das conversas iniciais sobre o proces- so de venda da GVT. Plano Geral de Metas Com relação ao novo Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), o diretor de Assuntos Regulatórios da TIM, Mario Gira- sole, avaliou ontem que o assunto é a peça mais relevante para o se- tor depois da Lei Geral de Teleco- municações (LGT). Ele disse ain- da que regulamentos desse porte não são para deixar empresas sa- tisfeitas ou insatisfeitas, mas para serem cumpridos. “O PGMC é muito importante porque inau- gura um novo conceito de regula- ção que deixa o modelo antigo de dualidade entre serviços públicos e privados e passa para uma nova relação entre infraestrutura e ser- viços”, afirmou Girasole. O executivo destacou o fato de as fibras ópticas terem sido pre- servadas do compartilhamento pelos próximos nove anos. “Esse é um incentivo importante para os investimentos em redes mais modernas, porém seria impor- tante que essa percepção tam- bémtivessesido aplicadaàsredes móveis de quarta geração [4G]”. Girasole disse que as compa- nhias esperavam que houvesse mesmo uma queda de tarifas de interconexão de telefonia móvel até 2016, mas ele considerou que a medida da Anatel foi robusta. “Até para preservação dos nossos investimentos, a redução dessa tarifa poderia ter sido mais suave. De qualquer forma, trata-se de um arcabouço desafiador.” No novo modelo apenas os ca- sos mais complexos precisariam ir ajulgamento peloórgão regula- dor. Girasole também criticou a Nextel por ter sido uma das maio- res beneficiadas das medidas em compartilhamento, junto com a CTBCeaSercomtel.“A Nextel não é uma entrante, já tem um fatura- mento robusto noBrasil e mesmo assim ganhou uma vantagem competitiva significativa.” maria carolina de ré | ae ABIMDE - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE MATERIAIS DE DEFESA E SEGURANÇA Av. Paulista, 460 - 17º andar - Conj. B - CEP: 01310-000 - Bela Vista - São Paulo/SP - Fone/Fax: (11) 3170-1860 Consultamos as possíveis empresas que comercializem o produto: “ Kit de ferramentas para montagem e manutenção de sistema de municiamento para canhão 30MM”, referência TGT-SP-1-0-1620; “ Kit para manutenção 5.000 tiros da metralhadora .50” M3P” referência TGT-SP-14-1187; “ Barrete Elétrico do Canhão 30MM, referência TGT-SP-10-1152.” a se manifestarem, com a devida comprovação, em até 5 (cinco) dias úteis, após a divulgação deste informe, nos termos de nossa Norma de Emissão de Declaração de Exclusividade. No caso de até o fim deste prazo não houver qualquer manifestação em contrário, serão expedidas as Declarações de Exclusividade. São Paulo, 08 de Novembro de 2012. ABIMDE - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE MATERIAIS DE DEFESA E SEGURANÇA Av. Paulista, 460 - 17º andar - Conj. B - CEP: 01310-000 - Bela Vista - São Paulo/SP - Fone/Fax: (11) 3170-1860 Consultamos as possíveis empresas que comercializem o produto: Canhão de Salva de 47mm, a se manifestarem, com a devida comprovação, em até 5 (cinco) dias úteis, após a divulgação deste informe, nos termos de nossa Norma de Emissão de Declaração de Exclusividade. No caso de até o fim deste prazo não houver qualquer manifestação em contrário, serão expedidas as Declarações de Exclusividade. São Paulo, 08 de novembro de 2012.

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Page 1: Estações do TAV devem servir Andrade Gutierrez a linhas ... · Itaipu. Na sua opinião o modelo, atual, que divide o projeto em duas partes —a que definirá o operador ea quedefinirá

DCI Quinta-feira, 8 de novembro de 2012 | S E RV I Ç O S A9

Notas

T E C N O LO G I A

Lucro da Bematech sobe 59,4%

são paulo // A empresa Be m a t e c h , uma das maiores dosetor de tecnologia e especializada em fornecer soluçõesdesse setor para o varejo e para o setor hoteleiro, encer-rou o terceiro trimestre deste ano com alta de 59,4% dolucro líquido, somando R$ 9,7 milhões. Já o Ebitda (lucroantes de juros, impostos, amortizações e depreciações)teve expansão de 172,9% ante o do terceiro trimestre de2011, totalizando R$ 18,4 milhões. Em nota, a empresaatribuiu a alta ao crescimento das vendas no período.

T E C N O LO G I A

TI puxa alta das fusões no Paíssão paulo // Com 33 transações no trimestre, o setor deTecnologia da Informação (TI) foi o que registrou omaior número de fusões e aquisições (F&A) entre julho esetembro de 2012. Segundo números da consultoriaKPMG, no mesmo período de 2011, foram realizadas 16operações, o que representa um aumento de 106%. Nasoma dos nove meses acumulados no ano, o setor soma83 operações, contra 62 no mesmo período de 2011.

paula cristina

F E R R OV I A S

Andrade Gutierrezanuncia interesse emtrem de alta velocidade

são paulo

A Andrade Gutierrez tem inte-resse no projeto do Trem de AltaVelocidade (TAV) tanto comooperadora quanto como cons-trutora. A afirmação foi feitanesta quarta-feira pelo diretorda empresa,Marco AntônioLa-deira, durante o I CongressoMetroferroviário Brasileiro, emSão Paulo. “O grupo AndradeGutierrez tem interesse em to-das as fases”, disse o executivo,explicando que a construtorahoje representa apenas 20% dosnegócios do grupo. A AndradeGutierrez é sócia, por exemplo,da CC R , que atua nos segmen-tos de concessões rodoviárias ede aeroportos, entre outros.

A primeira fase do leilão doTAV, prevista para ocorrer em2013,escolherá oconsórciores-ponsável pela operação do TAVe qual tecnologia será usada. ACCR já anunciou que tem inte-resse no projeto. Questionadosobrese aAndradeGutierrez eaCCR podem disputar a primeirafase do leilão como concorren-tes,Ladeiradisse queessasdeci-sõessão deresponsabilidadedoconselho deadministração. “Eunão saberia responder.”

Com relação ao setor aero-portuário, para evitar conflitode interesses nos negócios, aAndrade Gutierrez e a Ca m a rg oCo r r ê a ,que detinhamativosae-roportuários no exterior, deci-diram vendê-los para a CCR. Fi-cou acertado então, que dessadata em diante os investimen-tos nessa área serão feitos so-mente por meio da CCR.

Ladeira defendeu que o novo

edital do TAV, quedeve ser divul-gado pela Agência Nacional deTransportes Terrestres (ANTT)no próximo dia 26, traga ao in-vestidoralgum tipodeproteçãoquanto à variação cambial. “Háum volume de importação mui-to grande. O tema precisa sercontemplado no projeto. Isso émuito importante”, afirmou. Elesugeriu, por exemplo, a criaçãode “uma banda”.“É como se fos-se um hedge. Até um determina-do valor [de variação no câm-bio],orisco seriadoempresário.Acima disso, o governo poderiatomar esse risco.”

Segundo Ladeira, a AndradeGutierrezparticipou deumgru-po que ao longo de dez meses,entre 2010 e 2011, estudou omodelo antigo do edital do TAV.Ele apresentou dados que mos-tram a dimensão do projeto doTAV: aproximadamente 100 tú-neis, maisde 90milhões deme-tros cúbicos de escavação, ummilhão de toneladasde aço, 125milhões de horas de serventes.“Os cálculos mostraram que, noprazo de construção de oitoanos, seria necessário trabalharcom umamédia de 20mil traba-lhadores por mês”, diz.

De acordo comele, com rela-ção àsobras de escavação,o TAVequivale a uma usina e meia deItaipu. Na sua opinião, o modeloatual, que divide o projeto emduas partes —a que definirá ooperador ea quedefinirá osres-ponsáveis pela construção— émais adequado. “Havia antesuma dificuldade maiorde iden-tificar riscos e oportunidades.”

ae | ag ê n c i a s

F E R R OV I A S

Estações do TAV devem servira linhas ferroviárias regionaisA parada do trechopaulistano do trem deveficar na Água Branca, nazona oeste da capital.Esta pertence à linha daCPTM e até 2016 deveráser conectada ao metrô.

são paulo

A partir das estações que serãoconstruídas para o trem de altavelocidade (TAV) no Estado deSão Paulo deverão surgir linhasde trens rápidos que serão feitasvisando a integrar o interior pau-lista ao sistema. Além disso, é pos-sívelque, apartirdeum dosextre-mos da linha do TAV Campi-nas-São Paulo-Rio de Janeiro —no caso, a cidade de Campinas(SP) — o trem-veloz seja estendi-do para Ribeirão Preto (SP), Ube-raba (MG),e desteúltimo, aBrasí-lia. Neste caso não se trata de trensregionais, mas de linhas de trensde alta velocidade propriamenteditas, as quais, uma vez erguidas,seriam parte integrante do TAVCampinas-São Paulo-Rio de Ja-neiro, que ficará pronto antes.

Asideiase osprojetospúblicosforam apresentadosontem, no1ºCongresso Metroferroviário Bra-sileiro, dentro da 15ª Feira Negó-cios nos Trilhos, emSão Paulo, emSão Paulo. A construção das li-nhas de trem regionais a partirdas futuras estações do TAV é oprojeto que está mais adiantado.

“A espinha dorsal do TAV seráseu trajeto norte-sul, mas a partirdele sairão trens rápidos para olestee paraooeste,que servirãoo

interior paulista”, conta Guilher-me Quintella, presidente daAgência de Desenvolvimento deTrens Rápidos entre Municípios(Adtrem). A entidade tem umacordo com o governo estadualpaulista peloqual elaparticipa dodesenvolvimento doplano diretor dos trensregionais do estado.

Já a extensãoda linhado TAV a partir de Cam-pinas é uma ideia ousa-da que empresários eautoridades públicascultivam. Plínio Ass-mann, especialista emtransportes da Ass -mann Consultoria, traza receita para que amesma vingue: “O me-lhor a ser feito é garantirque as linhas da Com-panhia Paulista deTrens Metropolitanos[CPTM] se comuni-quem com o TAV. Se isto ocorrer,se tornará viável que prolongue-mos o trem de alta velocidade queserá feito até Brasília via RibeirãoPreto e Uberaba”. Isto porque, ex-plicaele, amútua alimentaçãodedemanda que a conexãoTAV-CPTM trará contribuirá for-temente para que se justifique aextensão do trem-rápido.

Aliás, o primeiro passo para is-to já foi dado, observa Assmann,com a decisão do governo anun-ciada esta semana de não cons-truir uma parada para o TAV noCampo de Marte, na zona norteda cidade de São Paulo. A estaçãodo trecho paulistano do trem-ve-loz deverá ficar na Água Branca,na zona oeste da capital. Esta já

pertence hoje a uma linha daCPTM, e até 2016 deverá ser co-nectada auma novalinha deme-trô, a Linha 6-Laranja.

Serra das ArarasPor outro lado, o governo parece

ter descartado em defi-nitivouma iniciativaquevinha sendo debatidapara a viabilização eco-nômica do trem de altavelocidade: o uso do TAVpara o transporte de car-ga, além de passageiros.“Chegamos a estudaresta possibilidade, masela não é viável tecnica-mente. OTAV servirápa-ra a condução de pes-soase tambémdecargaspostais, que são mais le-ves, e apenas isto”, afir-ma Roberto David, su-perintendente da Agên-cia Nacional de Trans-

portes Terrestres (ANTT).Justamenteporisto háaexpec-

tativa de que os Co r re i o s sejamuma das companhias investido-ras do trem de alta velocidade.Existe, noentanto, umadivergên-cia entre a iniciativa privada e opoder público acerca da implan-tação do empreendimento quetem potencial paragerar disputasno futuro. Segundo a minuta doedital do projeto, o trem de altavelocidade deve ser construídoem cinco anos — mas algumasempresas não acham isto possí-vel. “Estimamos um prazo míni-mo de oito anos para o término dalinha do TAV”, diz Marco AntônioLadeira, diretor da Andrade Gu-t i e r rez .“Háfatores complexosno

projeto que precisam ser consi-derados. Teremos de fazer inter-venções nas duas maiores cida-des doPaís, quesão oRio deJanei-ro e São Paulo. Muitas desapro-priações serão necessárias. E a li-nha do TAV teráde transpor o ma-ciço daSerra dasAraras, oque nãoserá simples”, pontua ele.

S i n e rg i aAs últimas estimativas do projetodo trem de alta velocidade brasi-leiro se fixaram no valor de R$35,637 bilhões de custo total paraa iniciativa (vale lembrar, a esserespeito, que a primeira projeçãode custos do projeto, feita anosatrás, era de R$ 23,760 bilhões). OTAV Campinas-São Paulo-Rio deJaneiro terá 511 quilômetros e pa-radas obrigatórios nos Estados deSão Paulo e Rio, cuja localizaçãoainda está sendo debatida.

Gastos e dificuldades à parte, écada vez maior a quantidade deespecialistas,membros dogover-no e empresários que defendem aimplantação do trem bala brasi-leiro. “Nós não podemos ter umPaís do tamanho do Brasil semmeios eficientes de transporteque integrem suas grandes me-trópoles. O trem de alta velocida-de vai permitir que a sinergia en-tre Rio e São Paulo ocorra de for-ma bem mais intensa que nosdias de hoje, em benefício de to-d o s”, defende PlínioAssmann, daAssmann Consultoria.

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w w w . p a n o ra m a b ra s i l . c o m . b r

Plínio Assmann

«NÓS NÃO

PODEMOS TER UM

PAÍS DO TAMANHO

DO BRASIL SEM

MEIOS EFICIENTES

DE TRANSPORTE

QUE INTEGREM AS

M E T RÓ P O L E S »

AV I AÇ ÃO

Tarifa aérea média doméstica cai36% em dez anos, afirma Anacsão paulo

Atarifaaérea médiadomésticafoide R$ 272,64 no primeiro semes-tre de 2012, valor 36,2% menoremrelaçãoao mesmoperíodode2002 — quando ficou em R$427,16, segundo dados divulga-dos ontem pela Agência Nacionalde Aviação Civil (Anac).

Conforme o Relatório de Tari-fasAéreas,na comparaçãocomoprimeirosemestre de2011, atari-

fa aérea médiadoméstica dos seisprimeiros meses de 2012 apre-sentou redução de1,1%. Ainda deacordo com a Anac, o valor refe-rente ao segundo trimestre de2012, de R$ 258,59, teve reduçãode6,2% secomparado aomesmoperíodo do ano passado. Já o pri-meiro trimestre deste ano apre-sentouaumentode 4,5%emrela-ção ao mesmo período de 2011,para R$ 287,88.

O indicador representa o valormédio pago pelo passageiro poruma viagem aérea em territóriobrasileiro, em razão dos serviçosde transporte aéreo. Ainda se-gundo a Agência Nacional deAviação Civil, o yield da tarifa aé-rea doméstica — indicador querepresenta o valor médio pagopor passageiro para voar 1 quilô-metro em território nacional —caiu de R$ 0,70 para R$ 0,34 em

dez anos, na comparação entre oprimeiro trimestre deste ano e omesmo período de 2002.

No primeiro semestre desteano, o indicador recuou em rela-ção ao do mesmo período de2011, quando o valor foi de R$0,35. No segundo trimestre de2012, o yield da tarifa aérea do-méstica caiu de R$ 0,36 para R$0,33 na comparação com o mes-mo período de 2011.

No primeiro trimestre de 2012,por sua vez, houve aumento doindicador ante igual intervalo doano passado: de R$ 0,35 para R$0,36.

ae | ag ê n c i a s

T E L E CO M U N I C AÇÔ E S

Vivendi intensifica negociaçãoda GVT e pede 7 bi de eurosEspecialistas acreditam que a empresanorte-americana D i re c t v, que controla a S ky noPaís, seria a principal interessada no negócio

brasília // são paulo

A empresa francesa V ivendi, quecontrola a GV T, parece ter intensi-ficado as conversas com possíveisinteressados na aquisição da telebrasileira. Fontes do mercadoapontam que a francesa esperalucrar cerca de 7 bilhões de euroscom a venda da GVT e que a em-presa norte-americana Di re c t v,que controla a Sk y no País, seria aprincipal interessada em efetivaro negócio. Na terça-feira (6) a mí-diainternacional divulgoudecla-rações do presidente-executivoda Directv, Mike White, que afir-mou que a companhia não temum parecer fechado sobre a viabi-lidade do negócio, mas a aquisi-ção de uma empresa com a GVT,que opera um negócio de altocrescimento, poderia ser com-plementar aos planos da Directvno Brasil, principalmente no

mercado de TV por assinatura.No final de outubro, duranteevento que lançamentoda parce-ria daSk y coma companhiaaéreaA zul em um projeto de transmis-são de televisão ao vivo dentro dasaeronaves, o presidente da SkyBrasil, Luiz Eduardo Baptista daRocha, foi questionado sobre oassunto,e, apesarde terafirmadodesconhecer qualquer negocia-ção, não negou o interesse naGVT. “Todas as empresas do mer-cado estão interessadas na GVT.Eu não sei de nenhuma negocia-ção, mas não posso garantir queem Nova York ninguém do grupoesteja fazendo alguma análisedesse assunto”, declarou.

Fora a empresa norte-ameri-cana, o mercado espera que ascompanhias Oi, América Móvil(que controla a operadora Clarono Brasil) e Telecom Italia, hol -

ding da operadora TIM, esquen-tem a briga. Estas empresas tam-bém estariam participando dasconversasiniciais sobreoproces-so de venda da GVT.

Plano Geral de MetasCom relação ao novo Plano Geralde Metas de Competição(PGMC), o diretor de AssuntosRegulatórios da TIM, Mario Gira-sole, avaliou ontem que o assuntoé a peça mais relevante para o se-tor depois da Lei Geral de Teleco-municações (LGT). Ele disse ain-da que regulamentos desse portenão são para deixar empresas sa-tisfeitas ouinsatisfeitas, masparaserem cumpridos. “O PGMC émuito importante porque inau-gura um novo conceito de regula-ção quedeixa o modeloantigo dedualidade entre serviços públicoseprivados epassapara umanovarelação entre infraestruturae ser-v i ç o s”, afirmou Girasole.

O executivo destacou o fato deas fibras ópticas terem sido pre-servadas do compartilhamentopelos próximos nove anos. “Esse é

um incentivo importante para osinvestimentos em redes maismodernas, porém seria impor-tante que essa percepção tam-bémtivessesido aplicadaàsredesmóveis de quarta geração [4G]”.

Girasole disse que as compa-nhias esperavam que houvessemesmo uma queda de tarifas deinterconexão de telefonia móvelaté 2016, mas ele considerou quea medida da Anatel foi robusta.“Até para preservação dos nossosinvestimentos, a redução dessatarifa poderiater sidomais suave.De qualquer forma, trata-se deum arcabouço desafiador.”

No novomodelo apenasos ca-sos mais complexos precisariamir ajulgamento peloórgão regula-dor. Girasole também criticou aNe x t e l porter sidouma dasmaio-res beneficiadas das medidas emcompartilhamento, junto com aCTBCeaSe rc o m t e l .“A Nextel nãoé uma entrante, já tem um fatura-mento robusto noBrasil e mesmoassim ganhou uma vantagemcompetitiva significativa.”

maria carolina de ré | ae

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