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7/30/2019 Escola de Ulm (História do Design)
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Profª Mary Meürer - [email protected] | Universidade do Vale do Itajaí | Curso de Design Gráfico
site da disciplina: www.aulad.com.br | Se o material for reproduzido a fonte deve ser citada.
1 A8 - Escola de Ulm
Aula 8 - Escola de Ulm (1953-1968)
1. Criação da Escola
Após o final da II Guerra Mundial (por volta de 1949),a Alemanha encontra-se desestabilizada economi-camente. Os Estados Unidos, preocupados com oavanço soviético, lançam o Plano Marshall, para areconstrução econômica da Europa.
Buscando reerguer a economia e a identidade do país, a Alemanha retoma seu interesse pela Bauhaus, símbolode qualidade, tecnologia, cultura e superioridade. A imprensa local passar a publicar diversos artigossobre a escola, fato que desperta em Max Bill (ex-aluno da Bauhaus) o interesse em fundar, em 1951,a Hochschule für Gestalting (Escola Superior daForma) em Ulm.
A verba para a criação veio através da professoraInge Aicher-Scholl, que conseguiu junto ao superin- tendente americano J.J. McClay uma licença para criar a Fundação Irmãos Scholl, que apoiaria a escola.
Além de Max Bill e da senhora Inge Aicher-Scholl,
também participaram da fundação da escola osprofessores Otl Aicher, Max Bense, Hans Gugelot
e Tomás Maldonado.
2. A direção de Max Bill
As atividades da escola iniciam em 1953, sob a direçãode Max Bill, que privilegiava a forma em detrimentoda usabilidade, da produção e do mercado. Suas idéiascontrariavam o corpo docente que buscava uma escola voltada ao design mais tecnológico.
2.1 Sobre Max Bill (1908-1994)
Nascido na Suíça, foi pintor, escultor, arquiteto edesigner gráfico. Organizou numerosas exibições de Arte Concreta, entre os anos de 1944 e 64.
Foi premiado na 1ª Bienal do
Museu de Arte Moderna de
São Paulo , em 1951, com aobra “Unidade Tripartida”.Exerceu grande infuência
sobre o desenvolvimento dodesign no Brasil.
“Em termos pedagógicos, na Escola de Ulm,
existe um antes e um depois de Max Bill.
Mas cabe constatar que, do ponto de vista
formal, não houve uma grande diferença
entre as propostas de Bill e os principais
resultados práticos da escola.”Souza, 2000
2. A direção de Tomás Maldonado Em 1956 a direção da escola é assumida por TomásMaldonado, pintor argentino, que muda todo osistema de ensino adotado por Bill. Sua proposta erauma estrutura de ensino mais rigorosa, interdisciplinar e voltada as inovações tecnológicas. Segundo ele omodelo de ensino da Bauhaus estava ultrapassado, nãosendo adequado a realidade atual.
“Design é arte” Max Bill
“Design não é arte” Tomás Maldonado
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2 A8 - Escola de Ulm
“O renascimento do design alemão se
caracterizou por uma estética puramente
racional, que se converteu na base da
chamada “síndrome da caixa preta”, em
que grande número de produtos, sobretudo
aparelhos de som, eram paralelepípedos
negros.”Niemeyer, 2000
Braun SK 4 - 1956 (rádio e toca-discos)Design: Hans Gugelot e Dieter Rams
3. Encerramento das atividades
Com o tempo as discordâncias internas ultrapassaramos limites da escola e chegaram a público pela imprensa.Com isso o governo passou a exigir uma reformulaçãoideológica da escola como condição para obtenção denovos recursos. Contrários a essa idéia, professores e
alunos decidiram pelo fim da escola, em 1968.
“A Escola de Ulm votou sua auto-extinção
em 1968, depois de intensos choques com a
ideologia do neocapitalismo alemão.”
Souza, 2000
Assim como a Bauhaus, a escola de Ulm continuouespalhando suas sementes através de ex-professorese alunos, entre eles o brasileiro Alexandre Wollner e
o alemão Gui Bonsiepe.
4. Referências Bibliográficas
NIEMEYER, Lucy. Design no Brasil: origens e instalação.Rio de Janeiro: 2AB, 2000.
SOUZA, Pedro L. P. Notas para uma história do design.2. ed. Rio de Janeiro: 2AB, 2000.
VILLAS-BOAS, André. Utopia e disciplina. Rio de Janeiro: 2AB, 1998.
STOLARSKI, André. Alexandre Wollner e a formaçãodo design moderno no Brasil. São Paulo: Cosac Naify,
2005.