Introdução
Toxicidade de agrotóxicos para abelhas
Uma pesquisa da Embrapa (vídeo)
Efeitos subletais
Desordem do colapso das colônias (DCC)
Conclusões
... a vida na Terra seria totalmente diferente
Mel, própolis ou cera são meros subprodutos
O serviço ambiental de polinização garante a produção de frutas, de hortaliças e de alguns
grãos, e mantém a biodiversidade das plantas em maciços florestais nativos ou
cultivados.
É mais antigo que a agricultura
Estimado em €150 bilhões na Europa
Estimado em US$200 bilhões nos EUA
Co-produtos: Mel, cera, própolis
Afetado negativamente por atividades antropogênicas
(INVARIANTE)
Inseticidas matam insetos Abelhas são insetos Logo, inseticidas matam abelhas Fato: Todos os inseticidas são tóxicos para abelhas, em maior ou menor grau.
Abelhas presentes na lavoura no momento da aplicação
Abelhas ingressando na lavoura após a aplicação
Translocação de agrotóxicos para o pólen, néctar ou gutação
Aplicação sobre áreas de forrageamento
Aplicação sobre colmeias
Deriva
• Highly toxic (acute LD50 : < 2 μg/bee)
• Moderately toxic (acute LD50 : 2 – 10,99 μg/bee)
• Slightly toxic (acute LD50 : 11 – 100 μg/bee)
• Nontoxic (acute LD50 > : 100 μg/bee)
Classificação do EPA (EUA)
LD50 aguda para abelhas adultas
Agrotóxico Classificação
Azinphos-methyl Highly toxic
Carbaryl Highly toxic
Carbofuran Highly toxic
Chlorpyrifos Highly toxic
Clothianidin Highly toxic
Cypermethrin Highly toxic
Demeton Highly toxic
Diazinon Highly toxic
Dichlorvos Highly toxic
Dicrotophos Highly toxic
Dimethoate Highly toxic
Fenitrothion Highly toxic
Fensulfothion Highly toxic
Fenthion Highly toxic
Fenvalerate Highly toxic
Fonofos Highly toxic
Imidacloprid Highly toxic
Malathion Highly toxic
Methamidophos Highly toxic
Methidathion Highly toxic
Methiocarb Highly toxic
Methomyl Highly toxic
Methoxychlor Highly toxic
Methyl parathion Highly toxic
Mevinphos Highly toxic
Mexacarbate Highly toxic
Monocrotophos Highly toxic
Naled Highly toxic
Omethoate Highly toxic
Oxydemeton-methyl Highly toxic
Permethrin Highly toxic
Phorate Highly toxic
Phosmet Highly toxic
Phosphamidon Highly toxic
Propoxur Highly toxic
Pyrazophos Highly toxic
Resmethrin Highly toxic
Tetrachlorvinphos Highly toxic
Thiamethoxam Highly toxic
Acephate Moderately toxic
Endosulfan Moderately toxic
Metildemeton Moderately toxic
2,4-D Relatively nontoxic
Aldicarb Relatively nontoxic
Coumaphos Relatively nontoxic
Dicofol Relatively nontoxic
Mineral oil Relatively nontoxic
Pirimicarb Relatively nontoxic
Trichlorfon Relatively nontoxic
Toxicidade de inseticidas para abelhas
Inseticida Via DL50 ng/abelha DL50 ng/g Acetamiprido Oral 14.500,00 69.047,62
Contato 8.100,00 38.571,43 Clotianidina Oral 3,79 18,05
Contato 47,00 223,81 Imidaclopride Oral 3,70 17,62
Contato 81,00 385,71 Tiaclopride Oral 17.320,00 82.476,19
Contato 38.830,00 184.904,76 Tiametoxan Oral 5,00 23,81
Contato 24,00 114,29 Fipronil Oral 4,00 20,4
Contato 6,00 30,6
Apis mellifera
Inseticida Espécie μg ia / abelha μg ia/g abelha Referência
Acetamiprid Mosplian (3% ai) B. ignites 48 hr oral 0,0023 Wu et al (2010) Acetamiprid Mosplian (3% ai) B. hypocrite 48 hr oral 0,0028 Wu et al (2010)
Acetamiprid Mosplian (3% ai) B. patagiatus 48 hr oral 0,0021 Wu et al (2010) Imidacloprid (formulation) B. terrestris 72 hour contact 0,02 0,095 Marletto et al (2003) Imidacloprid (formulation) B. terrestris 72 hour oral 0,02 0,095 Marletto et al (2003)
Imidacloprid Confidor (17.8% ai) B. terrestris 24 hour contact 0,445 2.119 Bortolotti et al (2001)
Imidacloprid Confidor (17.8% ai) B. terrestris 48 hour contact 0,0142 0,0676 Bortolotti et al (2001)
Imidacloprid Confidor (17.8% ai) B. terrestris 72 hour contact 0,0053 0,0252 Bortolotti et al (2001) Imidacloprid Confidor (17.8% ai) B. terrestris 24 hour oral 0,0071 0,0339 Bortolotti et al (2001) Imidacloprid Confidor (17.8% ai) B. terrestris 48 hour oral 0,0053 0,0252 Bortolotti et al (2001)
Imidacloprid Confidor (17.8% ai) B. terrestris 72 hour oral 0,0046 0,022 Bortolotti et al (2001) Imidacloprid A. indica 24 hr contact 0,0025 0,0362 Kumar and Regupathy (2005)
Imidacloprid A. florae 24 hr contact 0,0022 0,0767 Kumar and Regupathy (2005) Imidacloprid T. irridipenis 24 hr contact 0,002 0,5275 Kumar and Regupathy (2005) Imidacloprid N. perilampoides 24 hr contact 0,0011 0,13 Valdovinos-Nunez et al 2009
Imidacloprid B. terrestris 24 hour contact 0,04 0,19 Marletto et al (2003) Thiacloprid N perilampoides 24 hr contact 0,007 0,85 Valdovinos-Nunez et al 2009
Thiamethoxam A. indica 24 hr contact 0,0056 0,0819 Kumar and Regupathy (2005) Thiamethoxam A. florae 24 hr contact 0,0056 0,1905 Kumar and Regupathy (2005) Thiamethoxam T. irridipenis 24 hr contact 0,0051 13.381 Kumar and Regupathy (2005)
Thiamethoxam N. perilampoides 0,004 0,49 Valdovinos-Nunez
Vídeo sobre trabalho realizado pela Embrapa
Fungicida Flusilasole Miclobutanil Propiconazole Tebuconazole Inseticida Clotianidina Contato 1,19 0,78 1,12 1,22
Oral 1,68 1,24 1,29 1,9 Imidaclopride Contato 1,41 1,64 1,15 1,93
Oral 0,45 0,5 0,36 0,59 Tiaclopride Contato 0,28 0,19 0,28 0,46
Oral 0,41 0,88 0,48 0,62 Tiametoxam Contato 2,31 1,27 1,94 2,59
Oral 1,09 1,51 1,35 1,31
> 1 = Sinergia <1 = Antagonismo
Agrotóxicos e outros fatores podem ter efeito imunossupressor, causando impacto sobre o sistema imunológico das abelhas, aumentando suscetibilidade a doenças, ao Varroa destructor, a antibióticos, metais e sulfonamidas.
O confinamento de colônias pode resultar em supressão imune e estresse oxidativo em colônias.
A má qualidade do habitat e da nutrição pode resultar em resposta imunológica diminuída.
Existe muita variação entre respostas das colônias à ação dos mesmos fatores.
Pequenas doses de um agrotóxico não causam a morte das abelhas, mas podem induzir mudanças no seu comportamento, como desorientação ou diminuição no forrageamento, afetando temporariamente toda a colônia. As doses que provocam tais efeitos são conhecidas como doses subletais, ou seja, doses abaixo da dose letal media (DL50)
µg/kg néctar
Fonte: FERA – EU Food and Environmental Agency – 2013.
Fonte: FERA – EU Food and Environmental Agency – 2013.
ng/abelha
Fonte: FERA – EU Food and Environmental Agency – 2013.
ng/abelha
Fonte: FERA – EU Food and Environmental Agency – 2013.
µg/kg néctar
... mas nem sempre a causa foi esclarecida!
Patógenos (Bactérias, vírus, fungos, nematoides) Ácaros Estresse nutricional Forrageamento em plantas tóxicas Estresse de movimentação Falta de habitat Choques térmicos ... ... ... Agrotóxicos
As abelhas desaparecem das colmeias abrupta e repentinamente
As abelhas (mortas) raramente estão visíveis
Os primeiros relatos datam de 150 anos
As causas quase sempre são obscuras ou sujeitas a contestações
Aparentemente só está ocorrendo nos EUA
Se morrem longe da colmeia pode ser desorientação
Doses sub-letais de neonicotinoides podem causar desorientação
Ano Local Referência
1868 Kentucky, Tennessee USDA, 1869
1872 Australia Beuhne, 1910
1891 Colorado Aikin, 1897
1896 Colorado Aikin, 1897
1906 Isle of Wight Bullamore, 1922
1910 Australia Beuhne, 1910
1915 Portland, Oregon Root et al., 1923
1915 Florida to California Tew, 2002
1917 United States Root et al., 1923
1917 New Jersey, Canada Carr, 1918
1960's Louisiana, Texas Williams & Kauffeld, 1974
1960's Louisiana, Texas Kaufeld, 1973
1960’s Louisiana Roberge, 1978
1963 Louisiana Oertel, 1965
1964 Louisiana Oertel, 1965
1964 California Foote, 1966
1970’s Mexico Kulinčević et al., 1984
1970’s Seattle, Washington Thurber, 1976
1974 Texas Kauffeld et al., 1976
1975 Australia Olley, 1976
1977 Mexico Kulinčević et al., 1984
1978 Florida Whiterell, 1975
1995 Pennsylvania Finley et al., 1996
1996 Pennsylvania Finley et al., 1996
1999 France Faucon et al., 2002
2000 France Faucon et al., 2002
2002 Alabama Tew, 2002
2002 Sweden, Germany Swenson, 2003
2003 Sweden, Germany Swenson, 2003
Causas não elucidadas
Insetos pragas reduzem a produção agrícola
Inseticidas são úteis para assegurar a produção
Mas não devem afetar insetos úteis (polinizadores, inimigos naturais)
Pontos Focais
Legislação adequada
Fiscalização adequada
Tecnologias apropriadas
Educação e conscientização do agricultor
Adoção das tecnologias em larga escala
Acidente zero!
Tecnologia de aplicação
Treinamento e conscientização de produtores e aplicadores
Restrições à aplicações em determinadas épocas ou cultivos
Tecnologia de formulação
A campo (tratamento de sementes)
sem efeito com efeito <1,1 ug/kg nectar 8 2 1,1 - 10 ug/kg 8 9 > 10,1 ug/kg 3 35
Laboratório (doses aplicadas)
<0,11 ug/abelha 3 1 0,11 - 1 ug/abelha 6 2 > 1 ug/abelha 4 15