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Page 1: Enfisa 2014 - Convivência Agricultura & Polinizadores
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Page 3: Enfisa 2014 - Convivência Agricultura & Polinizadores

Introdução

Toxicidade de agrotóxicos para abelhas

Uma pesquisa da Embrapa (vídeo)

Efeitos subletais

Desordem do colapso das colônias (DCC)

Conclusões

Page 4: Enfisa 2014 - Convivência Agricultura & Polinizadores

... a vida na Terra seria totalmente diferente

Mel, própolis ou cera são meros subprodutos

O serviço ambiental de polinização garante a produção de frutas, de hortaliças e de alguns

grãos, e mantém a biodiversidade das plantas em maciços florestais nativos ou

cultivados.

Page 5: Enfisa 2014 - Convivência Agricultura & Polinizadores

É mais antigo que a agricultura

Estimado em €150 bilhões na Europa

Estimado em US$200 bilhões nos EUA

Co-produtos: Mel, cera, própolis

Afetado negativamente por atividades antropogênicas

Page 6: Enfisa 2014 - Convivência Agricultura & Polinizadores

(INVARIANTE)

Inseticidas matam insetos Abelhas são insetos Logo, inseticidas matam abelhas Fato: Todos os inseticidas são tóxicos para abelhas, em maior ou menor grau.

Page 7: Enfisa 2014 - Convivência Agricultura & Polinizadores

Abelhas presentes na lavoura no momento da aplicação

Abelhas ingressando na lavoura após a aplicação

Translocação de agrotóxicos para o pólen, néctar ou gutação

Aplicação sobre áreas de forrageamento

Aplicação sobre colmeias

Deriva

Page 8: Enfisa 2014 - Convivência Agricultura & Polinizadores

• Highly toxic (acute LD50 : < 2 μg/bee)

• Moderately toxic (acute LD50 : 2 – 10,99 μg/bee)

• Slightly toxic (acute LD50 : 11 – 100 μg/bee)

• Nontoxic (acute LD50 > : 100 μg/bee)

Classificação do EPA (EUA)

LD50 aguda para abelhas adultas

Page 9: Enfisa 2014 - Convivência Agricultura & Polinizadores

Agrotóxico Classificação

Azinphos-methyl Highly toxic

Carbaryl Highly toxic

Carbofuran Highly toxic

Chlorpyrifos Highly toxic

Clothianidin Highly toxic

Cypermethrin Highly toxic

Demeton Highly toxic

Diazinon Highly toxic

Dichlorvos Highly toxic

Dicrotophos Highly toxic

Dimethoate Highly toxic

Fenitrothion Highly toxic

Fensulfothion Highly toxic

Fenthion Highly toxic

Fenvalerate Highly toxic

Fonofos Highly toxic

Imidacloprid Highly toxic

Malathion Highly toxic

Methamidophos Highly toxic

Methidathion Highly toxic

Methiocarb Highly toxic

Methomyl Highly toxic

Methoxychlor Highly toxic

Methyl parathion Highly toxic

Mevinphos Highly toxic

Mexacarbate Highly toxic

Monocrotophos Highly toxic

Naled Highly toxic

Omethoate Highly toxic

Oxydemeton-methyl Highly toxic

Permethrin Highly toxic

Phorate Highly toxic

Phosmet Highly toxic

Phosphamidon Highly toxic

Propoxur Highly toxic

Pyrazophos Highly toxic

Resmethrin Highly toxic

Tetrachlorvinphos Highly toxic

Thiamethoxam Highly toxic

Acephate Moderately toxic

Endosulfan Moderately toxic

Metildemeton Moderately toxic

2,4-D Relatively nontoxic

Aldicarb Relatively nontoxic

Coumaphos Relatively nontoxic

Dicofol Relatively nontoxic

Mineral oil Relatively nontoxic

Pirimicarb Relatively nontoxic

Trichlorfon Relatively nontoxic

Toxicidade de inseticidas para abelhas

Page 10: Enfisa 2014 - Convivência Agricultura & Polinizadores

Inseticida Via DL50 ng/abelha DL50 ng/g Acetamiprido Oral 14.500,00 69.047,62

Contato 8.100,00 38.571,43 Clotianidina Oral 3,79 18,05

Contato 47,00 223,81 Imidaclopride Oral 3,70 17,62

Contato 81,00 385,71 Tiaclopride Oral 17.320,00 82.476,19

Contato 38.830,00 184.904,76 Tiametoxan Oral 5,00 23,81

Contato 24,00 114,29 Fipronil Oral 4,00 20,4

Contato 6,00 30,6

Apis mellifera

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Page 12: Enfisa 2014 - Convivência Agricultura & Polinizadores

Inseticida Espécie μg ia / abelha μg ia/g abelha Referência

Acetamiprid Mosplian (3% ai) B. ignites 48 hr oral 0,0023 Wu et al (2010) Acetamiprid Mosplian (3% ai) B. hypocrite 48 hr oral 0,0028 Wu et al (2010)

Acetamiprid Mosplian (3% ai) B. patagiatus 48 hr oral 0,0021 Wu et al (2010) Imidacloprid (formulation) B. terrestris 72 hour contact 0,02 0,095 Marletto et al (2003) Imidacloprid (formulation) B. terrestris 72 hour oral 0,02 0,095 Marletto et al (2003)

Imidacloprid Confidor (17.8% ai) B. terrestris 24 hour contact 0,445 2.119 Bortolotti et al (2001)

Imidacloprid Confidor (17.8% ai) B. terrestris 48 hour contact 0,0142 0,0676 Bortolotti et al (2001)

Imidacloprid Confidor (17.8% ai) B. terrestris 72 hour contact 0,0053 0,0252 Bortolotti et al (2001) Imidacloprid Confidor (17.8% ai) B. terrestris 24 hour oral 0,0071 0,0339 Bortolotti et al (2001) Imidacloprid Confidor (17.8% ai) B. terrestris 48 hour oral 0,0053 0,0252 Bortolotti et al (2001)

Imidacloprid Confidor (17.8% ai) B. terrestris 72 hour oral 0,0046 0,022 Bortolotti et al (2001) Imidacloprid A. indica 24 hr contact 0,0025 0,0362 Kumar and Regupathy (2005)

Imidacloprid A. florae 24 hr contact 0,0022 0,0767 Kumar and Regupathy (2005) Imidacloprid T. irridipenis 24 hr contact 0,002 0,5275 Kumar and Regupathy (2005) Imidacloprid N. perilampoides 24 hr contact 0,0011 0,13 Valdovinos-Nunez et al 2009

Imidacloprid B. terrestris 24 hour contact 0,04 0,19 Marletto et al (2003) Thiacloprid N perilampoides 24 hr contact 0,007 0,85 Valdovinos-Nunez et al 2009

Thiamethoxam A. indica 24 hr contact 0,0056 0,0819 Kumar and Regupathy (2005) Thiamethoxam A. florae 24 hr contact 0,0056 0,1905 Kumar and Regupathy (2005) Thiamethoxam T. irridipenis 24 hr contact 0,0051 13.381 Kumar and Regupathy (2005)

Thiamethoxam N. perilampoides 0,004 0,49 Valdovinos-Nunez

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Vídeo sobre trabalho realizado pela Embrapa

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Fungicida Flusilasole Miclobutanil Propiconazole Tebuconazole Inseticida Clotianidina Contato 1,19 0,78 1,12 1,22

Oral 1,68 1,24 1,29 1,9 Imidaclopride Contato 1,41 1,64 1,15 1,93

Oral 0,45 0,5 0,36 0,59 Tiaclopride Contato 0,28 0,19 0,28 0,46

Oral 0,41 0,88 0,48 0,62 Tiametoxam Contato 2,31 1,27 1,94 2,59

Oral 1,09 1,51 1,35 1,31

> 1 = Sinergia <1 = Antagonismo

Page 15: Enfisa 2014 - Convivência Agricultura & Polinizadores

Agrotóxicos e outros fatores podem ter efeito imunossupressor, causando impacto sobre o sistema imunológico das abelhas, aumentando suscetibilidade a doenças, ao Varroa destructor, a antibióticos, metais e sulfonamidas.

O confinamento de colônias pode resultar em supressão imune e estresse oxidativo em colônias.

A má qualidade do habitat e da nutrição pode resultar em resposta imunológica diminuída.

Existe muita variação entre respostas das colônias à ação dos mesmos fatores.

Page 16: Enfisa 2014 - Convivência Agricultura & Polinizadores

Pequenas doses de um agrotóxico não causam a morte das abelhas, mas podem induzir mudanças no seu comportamento, como desorientação ou diminuição no forrageamento, afetando temporariamente toda a colônia. As doses que provocam tais efeitos são conhecidas como doses subletais, ou seja, doses abaixo da dose letal media (DL50)

Page 17: Enfisa 2014 - Convivência Agricultura & Polinizadores

µg/kg néctar

Fonte: FERA – EU Food and Environmental Agency – 2013.

Page 18: Enfisa 2014 - Convivência Agricultura & Polinizadores

Fonte: FERA – EU Food and Environmental Agency – 2013.

ng/abelha

Page 19: Enfisa 2014 - Convivência Agricultura & Polinizadores

Fonte: FERA – EU Food and Environmental Agency – 2013.

ng/abelha

Page 20: Enfisa 2014 - Convivência Agricultura & Polinizadores

Fonte: FERA – EU Food and Environmental Agency – 2013.

µg/kg néctar

Page 21: Enfisa 2014 - Convivência Agricultura & Polinizadores

... mas nem sempre a causa foi esclarecida!

Patógenos (Bactérias, vírus, fungos, nematoides) Ácaros Estresse nutricional Forrageamento em plantas tóxicas Estresse de movimentação Falta de habitat Choques térmicos ... ... ... Agrotóxicos

Page 22: Enfisa 2014 - Convivência Agricultura & Polinizadores

As abelhas desaparecem das colmeias abrupta e repentinamente

As abelhas (mortas) raramente estão visíveis

Os primeiros relatos datam de 150 anos

As causas quase sempre são obscuras ou sujeitas a contestações

Aparentemente só está ocorrendo nos EUA

Se morrem longe da colmeia pode ser desorientação

Doses sub-letais de neonicotinoides podem causar desorientação

Page 23: Enfisa 2014 - Convivência Agricultura & Polinizadores

Ano Local Referência

1868 Kentucky, Tennessee USDA, 1869

1872 Australia Beuhne, 1910

1891 Colorado Aikin, 1897

1896 Colorado Aikin, 1897

1906 Isle of Wight Bullamore, 1922

1910 Australia Beuhne, 1910

1915 Portland, Oregon Root et al., 1923

1915 Florida to California Tew, 2002

1917 United States Root et al., 1923

1917 New Jersey, Canada Carr, 1918

1960's Louisiana, Texas Williams & Kauffeld, 1974

1960's Louisiana, Texas Kaufeld, 1973

1960’s Louisiana Roberge, 1978

1963 Louisiana Oertel, 1965

1964 Louisiana Oertel, 1965

1964 California Foote, 1966

1970’s Mexico Kulinčević et al., 1984

1970’s Seattle, Washington Thurber, 1976

1974 Texas Kauffeld et al., 1976

1975 Australia Olley, 1976

1977 Mexico Kulinčević et al., 1984

1978 Florida Whiterell, 1975

1995 Pennsylvania Finley et al., 1996

1996 Pennsylvania Finley et al., 1996

1999 France Faucon et al., 2002

2000 France Faucon et al., 2002

2002 Alabama Tew, 2002

2002 Sweden, Germany Swenson, 2003

2003 Sweden, Germany Swenson, 2003

Causas não elucidadas

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Insetos pragas reduzem a produção agrícola

Inseticidas são úteis para assegurar a produção

Mas não devem afetar insetos úteis (polinizadores, inimigos naturais)

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Pontos Focais

Legislação adequada

Fiscalização adequada

Tecnologias apropriadas

Educação e conscientização do agricultor

Adoção das tecnologias em larga escala

Acidente zero!

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Tecnologia de aplicação

Treinamento e conscientização de produtores e aplicadores

Restrições à aplicações em determinadas épocas ou cultivos

Tecnologia de formulação

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A campo (tratamento de sementes)

sem efeito com efeito <1,1 ug/kg nectar 8 2 1,1 - 10 ug/kg 8 9 > 10,1 ug/kg 3 35

Laboratório (doses aplicadas)

<0,11 ug/abelha 3 1 0,11 - 1 ug/abelha 6 2 > 1 ug/abelha 4 15

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