Dra. Valéria Paschoal
Diretora da VP Consultoria Nutricional
Editora da Revista Brasileira de Nutrição Funcional
Coordenadora Científica da Divisão Valéria Paschoal Ensino e Pesquisa
Coordenadora da Comissão Científica do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional
• O ambiente nutricional modifica a expressão dos genes
• Dependendo do genótipo do indivíduo o metabolismo dos nutrientes pode variar e resultar em diferentes estados de saúde
• Os nutrientes afetam nosso metabolismo exercendo efeitos em vários níveis genéticos de grande complexidade biológica como:
- transcrição gênica- processamento do RNA- estabilidade do mRNA- modificações pós-translacional- efeitos diretos no metabolismo celular
NUTRIGENÔMICA
As interações gene-nutriente podem explicar porque alguns indivíduos
respondem mais favoravelmente a certas intervenções dietéticas que outros
TRUJILLO, E. et al., J. Am. Diet. Assoc., 106: 403, 2006
Nutrientes podem aumentar a expressão gênica e de proteínas que pode levar ao aumento:
- Massa Muscular- Força Muscular- Potência Muscular- Capacidade oxidativa do músculo- Regulação Metabólica- Oxidação do tecido adiposo
Nutrientes podem aumentar a atividade de enzimas antioxidantes e a secreção de citocinas antiinflamatórias que podem diminuir
- Inflamação local- Dano e proteólise muscular- Apoptose
Mesmo potencial genético para o esporte
Fator Ambiental X Fator Ambiental Y
RECORDISTA MUNDIALCAMPEÃO SULAMERICANO
MELHOR PERFORMANCE?DIVERSOS FATORES
Capacidade de lidar com as toxinas ambientais e endógenas e destoxificar Inclusive as toxinas produzidas pelo exercício (uréia, amônia e lactato)
(Ausência de SNP na GST)
Menor ativação do sistema imune na produção de substâncias pró-inflamatórias (NFB)
ATLETAS- Toxinas do ar do local de treinamento- Suplementos alimentares: corantes, aditivos, edulcorantes, plásticos- Hormônios Anabolizantes- Alimentação (AGSA, AGtrans, Açúcar, industrializados) Altera permeabilidade intestinal gerando LPS- Excesso no consumo de grelhados no carvão ( hidrocarbonetos policíclicos)- Água contaminada
EXERCÍCIO Potencialiar a liberação para a circulação das toxinas armazenadas no organismo
Eficientemente eliminadas pelo fígadopelo sistema de destoxificação
Re-armazenar já que o fígado não
consegue destoxificar devido a falta de
nutrientes e fitoquímicos para ativar as
enzimas
SNPsGlutationa transferase
POLIMORFISMO DA GLUTATIONA S-TRANSFERASE
POLIMORFISMO DA GLUTATIONA S-TRANSFERASE
O EXERCÍCIO FÍSICO AUMENTA A PRODUÇÃO DE
ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGÊNIO A NÍVEIS QUE
PODEM EXCEDER AS DEFESAS ANTIOXIDANTES E
PROMOVER O ESTRESSE OXIDATIVO
MORILLAS-RUIZ, J.M.; VILLEGAS GARCÍA, J.A.; LÓPEZ, F.J.; et al. Effects of polyphenolic antioxidants on
exercise-induced oxidative stress. Clin Nutr; 25(3):444-53, 2006.
WATSON, T.A.; MACDONALD-WICKS, L.K.; GARG, M.L. Oxidative stress and antioxidants in athletes
undertaking regular exercise training. Int J Sport Nutr Exerc Metab; 15(2):131-46, 2005.
LIU, C.C.; HUANG, C.C.; LIN, W.T.; et al. Lycopene supplementation attenuated xanthine oxidase and
myeloperoxidase activities in skeletal muscle tissues of rats after exhaustive exercise. Br J Nutr; 94, 595–
601, 2005.
NEUMAN, I.; NAHUM, H.; BEN-AMOTZ, A . Reduction of exercise-induced asthma oxidative stress by
lycopene, a natural antioxidant. Allergy; 55(12):1184-9, 2000.
PRINCIPAIS MECANISMOS DE GERAÇÃO DE RL NO EXERCÍCIO
Ciclo de
Krebs
Complexo
NADH CoQ
redutase
e-
Succinato
DH
CoQ
NAD NADH+e-
O2 .O2-
e-
Cyt b
FeSCyt c1
Cyt a1
Cyt a3
O2 H2O4H+
ROS
AMP
IMP
hipoxantina
xantina
ácido
úrico
xantina
oxidase
xantina
oxidase
Reação de Fenton
O2
.O2-
NADPH
NADP+
NADPH oxidase
Fe3 + OH- + OH-H2O2 + Fe 2
RADICAIS LIVRES
Diversos estudos já indicaram que durante a prática de exercício
aeróbio pode ocorrer um na produção de radicais livres:
PACKER L. J Sports Sci, 15: 353–63, 1997.
LAWSON, DL. CHEN, L. MEHTA, JL. Am J Cardiol, 80(12): 1640-2, 1997.
JI LL. LEEUWENBURGH C. LEICHTWEIS S. et al. Ann N Y Acad Sci, 854: 102–7,
1998.
ASHTON T. ROWLANDS CC. JONES E. et al. Eur J Appl Physiol, 77: 498–502, 1998.
KANTER M. Proc Nutr Soc, 57: 9–13, 1998.
4-5% do oxigênio consumido durante a respiração está
envolvido na formação dos radicais livres
Pode ocorrer um na produção de radicais livres também
durante a prática de exercícios anaeróbios
VIÑA J. GOMEZ-CABRERA MC. LLORET A. et al. Free radicals in exhaustive
physical exercise: mechanism of production, and protection by antioxidants.
IUBMB Life, 50(4-5): 271-7, 2000.
FRIDÉN J. SEGER J. SJÖSTRÖM M. EKBLOM B. Int J Sports Med, 4(3): 177-83,
1983.
NEWHAM DJ. MCPHAIL G. MILLS KR. EDWARDS RH. J Neurol Sci, 61(1): 109-22,
1983.
RADICAIS LIVRES
EXERCÍCIO DE ALTA INTENSIDADE & RADICAIS LIVRES
Os danos estruturais são maiores após o
início do exercício:
FRIDÉN e col. observaram maiores danos na
fibra muscular após 3 dias do que 1 hora após o
exercício excêntrico de alta tensão
NEWHAM e col. encontraram um dano
imediato após o exercício excêntrico, mas
danos mais profundo após 24 e 48 horas.
Ocorre um processo contínuo de reparo ( na degradação de
proteínas lesadas e na síntese protéica)
FRIDÉN J. SEGER J. SJÖSTRÖM M. EKBLOM B. Int J Sports Med, 4(3): 177-83, 1983.
NEWHAM DJ. MCPHAIL G. MILLS KR. EDWARDS RH. J Neurol Sci, 61(1): 109-22, 1983.
ESTRESSE MUSCULAR & RESPOSTA INFLAMATÓRIA
Exercício
Físico Número de Neutrófilos circulantes
Migração para
local da lesãoFagocitose dos
tecidos debilitados
Liberação de lisoenzimas e
radicais de oxigênio
Após o exercício excêntrico são observados maiores nos
neutrófilos do que após o exercício concêntrico
CANNON JG. ORENCOLE SF. FIELDING RA. et al. Am J Physiol, 259(6 Pt 2): R1214-9, 1990.
SMITH JK. GRISHAM MB. GRANGER DN. KORTHUIS RJ. Am J Physiol, 256(3 Pt 2): H789-93, 1989.
Epinefrina e outras catecolaminas envolvidas na produção de
RL quando estão metabolicamente inativadas
Produção de ácido lático que pode converter um radical livre
menos oxidante (superóxido) em radicais altamente oxidantes
(hidroxila)
Resposta inflamatória envolvida com o dano muscular
Autoxidação da hemoglobina
no consumo de Oxigênio
Fenômeno Isquemia-Reperfusão
Principais mecanismos envolvidos no aumento da produção de
RL durante o exercício físico
CLARKSON PM. THOMPSON HS. Am J Clin Nutr, 72 (suppl): 637S-46S, 2000.
RADICAIS LIVRES
FENÔMENO ISQUEMIA - REPERFUSÃO
ATP
AMP
ADENOSINA
INOSINA
HIPOXANTINA XANTINAÁCIDOÚRICO
+ O2+
H2O2
H2O
+Fe2+OH -+OH -+Fe3
O2 O2 REPERFUSÃOSUPERÓXIDODISMUTASE
GLUTATIONAPEROXIDASE e
CATALASE
XANTINA OXIDASE
XANTINA DESIDROGENASE
PROTEASES ( OXIDAÇÃO )
+Ca2
Exercício
Físico IntensoAtivação do ciclo de degradação das purinas
Acúmulo de Inosina Monofosfato (IMP)
O metabolismo contínuo
da IMP gera Hipoxantina
Conversão da xantina
desidrogenase a xantina oxidase
A xantina oxidase metaboliza a hipoxantina
Produção de oxirradicais, peróxidos de hidrogênio e ácido úrico
VIÑA J. GIMENO A. SASTRE J. IUBMB Life, 49(6): 539-44, 2000.
RADICAIS LIVRES
da performance física
Fadiga muscular
ESTRESSE OXIDATIVO
Pode levar à destruição de macromoléculas celulares como
lipídios, proteínas e ácidos nucléicos:
A quantidade fisiológica de antioxidantes pode não ser
suficiente para prevenir o estresse oxidativo induzido pelo
exercício
Antioxidantes adicionais podem ser necessários para reduzir o
estresse oxidativo, o dano muscular e o processo inflamatório
KÖNIG D. WAGNER KH. ELMADFA I. BERG A. Exercise and oxidative stress: significance of
antioxidants with reference to inflammatory, muscular, and systemic stress. Exerc Immunol Rev, 7:
108-33, 2001.
Estresse muscular
Overtraining
LICOPENO & ESTRESSE OXIDATIVO
LIU e colaboradores avaliaram os efeitos da suplementação de licopeno
no status antioxidante saguíneo e dos tecidos musculares esqueléticos em
ratos após o exercício exaustivo
Grupo controle sedentário
Grupo controle sedentário com baixa dose de licopeno (2,6mg/kg/dia)
Grupo controle sedentário com alta dose de licopeno (7,8mg/kg/dia)
Grupo com exercício exaustivo
Grupo com exercício exaustivo com baixa dose de licopeno
Grupo com exercício exaustivo com alta dose de licopeno
LIU, C.C.; HUANG, C.C.; LIN, W.T.; et al. Lycopene supplementation attenuated xanthine oxidase and myeloperoxidase
activities in skeletal muscle tissues of rats after exhaustive exercise. Br J Nutr; 94, 595–601, 2005.
Controle Sedentário Exercício exaustivo
Controle
(n 7)
Controle
+2,6mg
licopeno (n
7)
Controle
+7,8mg
licopeno (n
8)
Exercício
(n 8)
Exercício
+2,6mg
licopeno (n
8)
Exercício
+7,8mg
licopeno (n
8)
Média Média Média Média Média Média
AST (U/I) 82a 90a, b 83a 193c 157b, c 151a, b, c
ALT (U/I) 33a, b 32a, b 26a 52c 44b, c 39a, b, c
LDH (U/I) 441a, b 372a 269a 1359c 1289c 965b, c
UA (mg/l) 12a 19a 13a 62b 54b 46b
CK (U/I) 357a, b 337a, b 292a 3014c 2981c 2435b, c
Tabela 1. Efeitos da suplementação do licopeno sobre os níveis plasmáticos da
aspartato aminotransferase (AST), a alanina aminotransferase (ALT), lactato
desidrogenase (LDH), creatina quinase (CK), e ácido úrico (UA) após exercício
exaustivo.
a,b,c Valores médios significativamente diferentes pelo ANOVA (p<0,05)
Adaptado de: LIU, C.C.; HUANG, C.C.; LIN, W.T.; et al. Br J Nutr; 94, 595–601, 2005.
Controle sedentário Exercício exaustivo
Controle (n 7) Controle
+2,6mg
licopeno (n
7)
Controle
+7,8mg
licopeno (n
8)
Exercício (n
8)
Exercício
+2,6mg
licopeno (n
8)
Exercício
+7,8mg
licopeno (n
8)
Média Média Média Média Média Média
Plasma XO
(mU/ ml)
78a 75a 79a 106b 94b 93b
Músculo XO
(U/g
proteína)
8-7a, b 8-4a 8-4a 12-7c 10-1b 9-8a, b
Músculo MPO
(U/ mg
proteína)
134a 125a 126a 174b 141a, b 127a
Tabela 2. Efeitos da suplementação de licopeno sobre a atividade da xantina
oxidase (XO) do plasma e tecidos musculares esqueléticos e a atividade da
mieloperoxidase (MPO) dos tecidos musculares esquelético após exercício
exaustivo.
a,b,c Valores médios significativamente diferentes pelo ANOVA (p<0,05)
Adaptado de: LIU, C.C.; HUANG, C.C.; LIN, W.T.; et al. Br J Nutr; 94, 595–601, 2005.
Controle sedentário Exercício exaustivo
Controle
(n 7)
Controle
+2,6mg
licopeno
(n 7)
Controle
+7,8mg
licopeno
(n 8)
Exercício
(n 8)
Exercício
+2,6mg licopeno
(n 8)
Exercício
+7,8mg
licopeno (n
8)
Média Média Média Média Média Média
Plasma MDA
(umol/l)
5-8a 5-3a 3.2a 10.1b 5.1a 5.1a
Músculo MDA
(umol/mg
proteína)
16-3a 17-1a, b 16.3a 34.9c 23.3a, b 24.7b
Eritrócito GSH
(umol/mg Hb)
30-8 42-8 45.7 30.8 37.4 37.5
Músculo GSH
(umol/mg
proteína)
66-8 b, c 77-7c 71.5b, c 44.2a 50.6a 54.5a. b
Tabela 3. Efeitos da suplementação de licopeno sobre as concentrações plasmáticas
de malondialdeído e tecido muscular esquelético e concentrações reduzidas de
glutationa de eritrócitos e tecido muscular esquelético após exercício exaustivo.
a,b,c Valores médios significativamente diferentes pelo ANOVA (p<0,05)
Adaptado de: LIU, C.C.; HUANG, C.C.; LIN, W.T.; et al. Br J Nutr; 94, 595–601, 2005.
CONCLUSÕES...
Maior atividade da xantina oxidase e da mieloperoxidase nos grupos
praticantes de exercício
No grupo com exercício e alta dose de licopeno foram observadas
menores elevações na atividade das enzimas
A suplementação com licopeno preveniu a elevação das concentrações
de MDA após o exercício.
O licopeno protege o tecido
muscular dos efeitos do
estresse oxidativo após o
exercício físico exaustivo
LIU, C.C.; HUANG, C.C.; LIN, W.T.; et al. Br J Nutr; 94, 595–601, 2005.
LICOPENO & ATIVIDADE ANTIOXIDANTE NA ASMA
Pacientes com asma induzida pelo exercício físico foram acompanhados para
avaliação dos efeitos agudos do licopeno na hiperreatividade das vias aéreas
20 pacientes
1. Medida inicial da função pulmonar
2. Sessão de exercício de 7 minutos em esteira
3. Descanso por 8 minutos
4. Reavaliação da função pulmonarSuplementação por 7 dias de
30mg de licopeno ou placebo de
forma randomizada, duplo-cega
Repetição dos testes pulmonares
Cada indivíduo foi submetido aos dois protocolos (placebo ou licopeno) com intervalo de 4
semanas entre cada protocolo
NEUMAN, I.; NAHUM, H.; BEN-AMOTZ, A . Reduction of exercise-induced asthma oxidative stress by
lycopene, a natural antioxidant. Allergy; 55(12):1184-9, 2000.
Tabela 1. % De diminuição
da Função Pulmonar Idade Placebo Licopeno
29 -38 -20
10 -21 -2
33 -50 -31
26 -15 0
17 -23 -8
17 -28 -22
26 -31 -4
25 -34 -10
12 -19 -9
22 -17 -11
11 -50 -24
39 -14 -4
25 -19 -17
15 -25 -22
25 -14 -22
25 -50 -35
43 -21 0
25 -14 -8
16 -24 -7
22 -23 -27
Média 23±9 -26,5 ± 12.1 -14,7 ± -11,0Adaptado de: NEUMAN, I.; NAHUM, H.; BEN-
AMOTZ, A . Allergy; 55(12):1184-9, 2000.
Quantidade Variável no plasma
Retinol Tocofe-
róis
Carote-
nóides
Licope-
no
Luteína Beta-
cripto-
xantina
Alfa e
Beta-
carote-
nos
Placebo
(n=20)
0.23+/-0.08 23+/-12 0.31+/-
0.26
0.04+/-
0.02
0.14+/-
0.05
0.06+/-
0.04
0.12+/-
0.05
Licopeno
(n=20)
0.28+/-0.05 25+/-11 0.36+/-
0.20
0.08+/-
0.02*
0.18+/-
0.08
0.08+/-
0.05
0.10+/-
0.04
* Diferença significante do placebo (P<0.05).
Tabela 2. Níveis séricos de licopeno, carotenóides, retinol e tocoferóis
após a suplementação com placebo ou licopeno
Adaptado de: NEUMAN, I.; NAHUM, H.; BEN-AMOTZ, A . Allergy; 55(12):1184-9, 2000.
RESULTADOS Os pacientes ingerindo placebo apresentaram uma redução significativa de mais
de 14% no volume de expiração forçada
A suplementação com 210mg de licopeno por 7 dias mostrou uma redução menor
do que 14% em 55% dos pacientes
O grupo placebo apresentou uma redução média de – 26,5%
No grupo suplementado a média de redução foi de -14,7%
Os pacientes que responderam mais favoravelmente ao licopeno relataram um
sentimento de bem estar, oposto àqueles menos responsivos, que não relataram
mudanças
Os níveis séricos de licopeno foram elevados após a suplementação
NEUMAN, I.; NAHUM, H.; BEN-AMOTZ, A . Allergy; 55(12):1184-9, 2000.
A suplementação dietética com licopeno protege
contra a asma induzida pelo exercício
Tabela 1. Níveis plasmáticos de F2-isoprostano livre e antioxidantes
Controle (n=20) Atletas (n=20)
HeF2-isoprostano (pg/ml) 62,3 + 6,7 50,9 + 4,7
Tac (umol/L) 298,2 + 12,9 281,4 + 9,3
-tocoferol (umol/L) 16,8 + 1,1 20,7 + 4,1
Ácido ascórbico (umol/L) 44,6 + 4,2 46,9 + 4,1
-caroteno (umol/L) 0,3 + 0,06 0,4 + 0,07
Uratos (umol/L) 0,3 + 0,01 0,3 + 0,01
GSHPx (U/mgHb) 21,8 + 1,0 20,4 + 1,5
SOD (U/mgHb) 3,0 + 0,2 3,2 + 0,1
Adaptado de: WATSON, T.A.; MACDONALD-WICKS, L.K.; GARG, M.L. Oxidative stress and antioxidants in athletes undertaking
regular exercise training. Int J Sport Nutr Exerc Metab; 15(2):131-46, 2005.
Avaliação do consumo dietético de antioxidantes, dos níveis de atividade
física e dos marcadores bioquímicos de antioxidantes e do estresse
oxidativo em atletas treinados e indivíduos sedentários
Avaliação do consumo dietético de antioxidantes, dos níveis de atividade
física e dos marcadores bioquímicos de antioxidantes e do estresse
oxidativo em atletas treinados e indivíduos sedentários
Níveis plasmáticos de F2-isoprostanos, atividade das enzimas antioxidantes e
níveis de ácido úrico foram similares entre todos os participantes
Níveis plasmáticos de -tocoferol e -caroteno nos atletas
Capacidade antioxidante total nos atletas, com diferença significativa
Consumo de antioxidantes foi similar, sendo acima dos níveis recomendados
WATSON, T.A.; MACDONALD-WICKS, L.K.; GARG, M.L. Oxidative stress and antioxidants in athletes undertaking regular
exercise training. Int J Sport Nutr Exerc Metab; 15(2):131-46, 2005.
Atletas que consomem dieta rica em antioxidantes apresentam níveis
elevados de -tocoferol e -caroteno, causados por um processo
adaptativo resultante do exercício regular
MORILLAS-RUIZ, J.M.; VILLEGAS GARCÍA, J.A.; LÓPEZ, F.J.; et al. Effects of polyphenolic antioxidants on
exercise-induced oxidative stress. Clin Nutr; 25(3):444-53, 2006.
POLIFENÓIS & ESTRESSE OXIDATIVO
MORILLAS-RUIZ e colaboradores ofereceram uma bebida rica em
flavonóides (2,3g - como única fonte de antioxidantes) a ciclistas
Realização de análises de biomarcadores do estresse oxidativo após
duas sessões idênticas de exercício aeróbico sub-máximo com consumo de
placebo ou flavonóides:
TBARS
Oxidação de proteínas
Lactato desidrogenase
Creatina quinase
MORILLAS-RUIZ, J.M.; VILLEGAS GARCÍA, J.A.; LÓPEZ, F.J.; et al. Effects of polyphenolic antioxidants on
exercise-induced oxidative stress. Clin Nutr; 25(3):444-53, 2006.
COMPOSIÇÃO DE ANTIOXIDANTES POLIFENÓLICOS NA BEBIDA ESPORTIVA
Polifenóis antioxidantes mg/L
Antocianinas 758,6
Flavonols 80,5
Derivados de hidroxicinâmico 245,7
Estilbenos 1,0
Ácido elágico 167,7
Total 1253,5
NÍVEIS DE TBARS
Grupo suplementado
AI – Antes exercício
Afo – Imediatamente após o exercício
AF – 45 minutos após o exercício
Grupo placebo
PI – Antes exercício
Pfo – Imediatamente após o exercício
PF – 45 minutos após o exercício
MORILLAS-RUIZ, J.M.; VILLEGAS GARCÍA, J.A.; LÓPEZ, F.J.; et al. Clin Nutr; 25(3):444-53, 2006.
* Diferença significativa
OXIDAÇÃO NAS PROTEÍNAS DO PLASMA
Grupo suplementado
AI – Antes exercício
AF – 45 minutos após o exercício
Grupo placebo
PI – Antes exercício
PF – 45 minutos após o exercício
MORILLAS-RUIZ, J.M.; VILLEGAS GARCÍA, J.A.; LÓPEZ, F.J.; et al. Clin Nutr; 25(3):444-53, 2006.
VALORES ESTATÍSTICOS DE CK E LDH (U/l) PRÉ- E PÓS-EXERCÍCIOS PARA
SUPLEMENTAÇÃO (A) E PLACEBO (P)Descrição (n=31) Média + SD
CK AI 203,0 + 7,4
CK AF 233, 1 + 8,4 *
CK PI 128,4 + 2,9
CK PF 168,7 + 3,8 *
LDH AI 329,2 + 3,8
LDH AF 337,4 + 6,8
LDH PI 331,5 + 3,9
LDH PF 349,1 + 3,2
* Aumento significante
MORILLAS-RUIZ, J.M.; VILLEGAS GARCÍA, J.A.; LÓPEZ, F.J.; et al. Clin Nutr; 25(3):444-53, 2006.
CONCLUSÕES...
Não foram observadas mudanças nos níveis de LDH após o
exercício ou após a suplementação
Os níveis de CK e TBARS aumentaram após o exercício em ambos
os testes, porém esse aumento foi menor com o consumo da bebida
A oxidação protéica aumentou 12% após o placebo e reduziu 23%
após o consumo da bebida com polifenóis
MORILLAS-RUIZ, J.M.; VILLEGAS GARCÍA, J.A.; LÓPEZ, F.J.; et al. Clin Nutr; 25(3):444-53, 2006.
A bebida rica em polifenóis ofereceu proteção
contra o estresse oxidativo induzido pelo exercício
VINHO TINTO
JOHANSEN, K.M.; SKORPE, S.; OLSEN, J.O.; OSTERUD, B. The effect of red wine on the fibrinolytic system and the cellular
activation reactions before and after exercise. Thromb Res; 96(5):355-63, 1999.
Nove estudantes saudáveis praticantes de atividade física
Situação controle
Grupo com baixa dose de vinho
Grupo com alta dose de vinho
Avaliação do potencial
fibrinolíticoColeta sanguínea
CONCLUSÕES...
O consumo de vinho tinto tem um efeito negativo no sistema fibrimolítico
durante o repouso, mas pode ter um efeito positivo após o exercício agudo
O vinho tinto não tem um efeito imediato na produção de TNF- e IL-8, embora
tenha sido observada uma maior tendência para maior produção de citocinas no
grupo controle
Apesar de sem significância, houve uma forte tendência de o consumo de vinho
tinto noturno suprimir a reatividade das células após a atividade física na manhã
subseqüente
O efeito negativo do vinho tinto pode ser atribuído ao efeito tóxico do etanol nos
hepatócitos e no tecido adiposo, com subseqüente liberação de PAI-1
O efeito positivo pode ser devido à supressão da agregação plaquetária e
liberação de PAI-1 das plaquetas ativadas.
Propõe-se que parte do efeito benéfico do vinho esteja associada com a
downregulation da produção de citocinas
JOHANSEN, K.M.; SKORPE, S.; OLSEN, J.O.; OSTERUD, B. The effect of red wine on the fibrinolytic system and the cellular
activation reactions before and after exercise. Thromb Res; 96(5):355-63, 1999.
EXPOSIÇÃO
TÓXICA E
DESTOXIFICAÇÃO
EM ATLETAS
Constituintes Fontes
Dietéticas
Enzimas
FASE I
Enzimas
FASE II
Referências/Modelo
Sulforafano Brássicas Quinona
redutase (QR)
Zhang et al., 1992
(camundongos)
Dialil sulfeto
Dialil dissulfeto
Dialil trissulfeto
Alho CIP1A1 e
2B1
CIP2E1
GST Wu et al., 2002 (ratos)
Limoneno e
sobrerol
Limão CIP2BC,
2C e hepoxi
hidrolase
GST e UGT Maltzman et al., 1991;
Elegbede et al., 1993
(ratos)
Licopeno Tomate,
melancia,
goiaba
----- GST e QR Breinholt et al., 2000
(ratos)
Carnosol e Ácido
Carnosóico
Alecrim CIP1A1 GST e QR Offord et al., 1995
(células humanas)
Timol Tomilho ECOD GST e QR Sasaki et al., 2005
(camundongos)
CONSTITUINTES FITOQUÍMICOS PRESENTES EM ALIMENTOS,
COM PROPRIEDADES MODULADORAS DE ENZIMAS DE FASE I E
FASE II
ENDOTOXEMIA E PERMEABILIDADE INTESTINALOs LPS (lipopolissacarídeos) são gatilhos originários da parece celular das bactérias intestinais Gram-negativas que atravessam a barreira intestinal (num quadro de permeabilidade intestinal)
e geram o aumento da produção de citocinas pró-inflamatórias
BOSSHART, H.; HEINZELMANN, M. Ann N.Y. Acad Sci; 1096: 1-17, 2007
Elevados níveis plasmáticos de LPS têm sido encontrados após provas de ultratriatlo e ultramaratona. Ultimamente, há uma
correlação entre endotoxemia, náusea e vômito
ENDOTOXEMIA E PERMEABILIDADE INTESTINAL
GIL SM et al. Sports Med, 26(6):365-378, 1998
LAMBERT, G.P. et al. J Appl Physiol, 92: 1750-1761, 2002.
PROBIÓTICOS E EXERCÍCIO
KEKKONEN RA et al. International Journal of Sport Nutrition and Exercise Metabolism 17: 352-363, 2007
Lactobacillus rhamnosus GG 3.0 × 108 CFU/mL
CLANCY RL et al. Br J Sports Med;40(4): 351-4, 2006
Suplementação (1 mês) com Lactobacillus acidophilus levou a um aumento na secreção de IFN-gama das células T e na saliva, demonstrando a capacidade dos probióticos
em aumentar a concentração de IFN-gama na mucosa
Suplementação com Lactobacillus fermentum levou a um aumento na secreção de IFN-gama na mucosa
CHÁ VERDE E TERMOGÊNESE
DULLOO et al. Am J Clin Nutr, 70:1040, 1999.
DULLOO et al. (1999) avaliaram se o extrato de chá verde,
por meio de seus polifenóis, pode melhorar o gasto energético
de 24h e a oxidação de gorduras em humanos
Grupo 1: extrato de chá verde com 50mg de cafeína
e 90mg de EGCG
Grupo 2: cafeína 50mg
Grupo 3: Placebo
Quociente respiratório (QR) após consumo de cafeína e chá
verde
QR Diurno
QR Noturno
QR Total de 24h
Placebo Cafeína Chá Verde
0.887
0.870
0.881
0.878
0.864
0.873
0.858
0.841
0.852
DULLOO et al. Am J Clin Nutr, 70:1040, 1999.
CHÁ VERDE E TERMOGÊNESE
Substrato de oxidação durante 24h na câmara
respiratória
Proteína (g)
% GE de 24h
Carboidrato (g)
% GE de 24h
Gordura (g)
% GE de 24h
Placebo Cafeína Chá Verde
65.6
13.2
336
55.1
76.2
31.6
66.9
13.4
324
52.7
81.9
33.8
68.3
13.3
285
45.2
103
41.5
DULLOO et al. Am J Clin Nutr, 70:1040, 1999.
Catecolaminas urinárias durante os três períodos
Diurno
Epinefrina
Norepinefrina
Dopamina
Noturno
Epinefrina
Norepinefrina
Dopamina
Total 24h
Epinefrina
Norepinefrina
Dopamina
Placebo Cafeína Chá Verde
nmol
66
106
893
12
54
694
78
160
1587
49
127
946
19
61
632
67
187
1578
55
146
1086
15
73
803
70
219
1889
CHÁ VERDE & OBESIDADE
KAO et al injetaram intraperitonealmente 30 a 50mg/kg de
EGCG em ratos
KAO Y, HIIPAKKA RA, LIAO S. Am J Clin Nutr; 72(5):1232-33, 2000.
KAO Y, HIIPAKKA RA, LIAO S. Endocrinology; 141:980-7, 2000.
ECGC promoveu perda de 10 a 13% de peso de forma
reversível em comparação ao peso inicial, quando associada a
uma redução da ingestão alimentar
Ingestão de 2-4 xícaras/dia (500 a 1000ml):
efeitos semelhantes em humanos (???)
EPIGALOCATEQUINA GALATO & OBESIDADE
KLAUS et al. suplementaram ratos que consumiam dieta
hiperlipídica com EGCG purificada (0,5 a 1,0%)
KLAUS, S. et al.International Journal of Obesity; 29:615–623, 2005.
Acúmulo de gordura corporal
Absorção energética devido à da digestibilidade da dieta
expressão gênica da leptina e da estearoil-CoA desaturase-1
(SCD1) na gordura branca
expressão gênica da SCD1, enzima málica e glicoquinase
CHÁ VERDE & OBESIDADE
SHIMOTOYODOME et al. suplementaram chá verde (81,3%/kg
de catequinas) associados com a prática de exercício físico
regular em ratos e verificaram
SHIMOTOYODOME, A.S. et al. Med. Sci. Sports Exerc, 37(11):1884-1892, 2005.
89% no ganho de peso corporal
Utilização de gorduras durante o exercício
oxidação dos ácidos graxos hepáticos e dos ácidos graxos do
músculo esquelético
CHÁ VERDE e OOLONG & OBESIDADE
WU et al. verificaram o consumo de chá verde ou chá
oolong em 1210 homens e mulheres e verificaram:
WU, C.H. et al. Obes Res; 11:1088 –1095, 2003.
do percentual de gordura corporal em 19,6%
Redução em 2,1% da relação cintura/quadril (RCQ)
CHÁ VERDE e OOLONG & OBESIDADE
WU, C.H. et al. Obes Res; 11:1088 –1095, 2003.
A redução do percentual de gordura e da RCQ foi mais
significante em indivíduos que apresentaram consumo
habitual de chá verde ou chá oolong por mais de 10 anos
Variável Antropométrica Consumo de chá verde/oolong
1-5 anos 6-10 anos > 10 anos
IMC (kg/m²) 26,09±0,46 26,16±0,49 25,62±0,49
% Gordura Corporal 25,22±0,88 24,85±0,92 20,39±0,92
Relação Cintura/Quadril 0,873±0,0009 0,871±0,009 0,855±0,009
CHÁ OOLONG & OBESIDADE
RUMPLER W, SEALE J, CLEVIDENCE B, et al. Oolong tea increases metabolic rate and fat oxidation in me. J
Nutr 131:2848-52, 2001.
RUMPLER et al. testaram a eficácia do chá oolong em o
gasto energético em homens
Chá forte: 3g de chá oolong em 300mL de
água (48,7mg de EGCG e 53,7mg de cafeína)
Chá meio forte: 1,5g de chá oolong em
300mL de água
Água
Água e cafeína (equivalente ao conteúdo
de cafeína do chá forte)
Consumo 5x/dia por
3 dias a cada 30min
entre 8:30 e 14:30
RUMPLER W, SEALE J, CLEVIDENCE B, et al. Oolong tea increases metabolic rate and fat oxidation in me. J
Nutr 131:2848-52, 2001.
Consumo de
chá oolong
Consumo de água
+ cafeína
Maior gasto
energético em 24h
e da oxidação
de gorduras
CHÁ OOLONG & OBESIDADE
EFETIVIDADE DO CHÁ NO CONTROLE DE PESO
Faltam estudos com metodologia semelhante e
maior número de indivíduos
O conteúdo das substâncias bioativas na planta
pode variar em função das condições climáticas, de
cultivo, época de colheita, tempo de armazenamento
Atenção quanto à quantidade de chá utilizada para
preparo da infusão
CONTRIBUINDO PARA O SUCESSO
DOS NOSSOS ATLETAS!!!