UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
O USO DA MÍDIA APLICADO A QUESTÕES SOCIAIS:
COMO AS EMPRESAS ESTIMULAM AÇÕES MAIS HUMANAS
ATRAVÉS DAS REDES SOCIAIS
Por: Cristina Aguiar Barbosa
Orientador
Prof. Nelsom Magalhães
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
O USO DA MÍDIA APLICADO A QUESTÕES SOCIAIS:
COMO AS EMPRESAS ESTIMULAM AÇÕES MAIS HUMANAS
ATRAVÉS DAS REDES SOCIAIS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Transmídia – Gestão de
Mídias Sociais.
Por: Cristina Aguiar Barbosa.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu pai, que está ao meu
lado em qualquer situação; à minha
mãe, que é minha âncora e minha
força; à minha madrinha, que guiou
muitos dos meus passos para me
tornar quem sou hoje; aos meus
amigos, que não permitiram que eu
desistisse no meio do caminho e me
ajudaram o tempo todo; e ao meu
noivo, que nunca soltou minha mão e
acreditou que eu chegaria até o fim.
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DEDICATÓRIA
Dedico este estudo à minha primeira filha,
que me mostrou a importância de olhar
para os que estão nas ruas. Dedico,
também, aos meus filhos Marcelo e
Letícia, que crescerão em um lar de amor,
com a certeza de que mais pessoas
poderão estudar formas de fazer o bem.
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RESUMO
O trabalho irá mostrar as atuais estratégias usadas para vender um produto ou
enaltecer uma marca, pois, atualmente, devido à abrangência das redes sociais, elas
são as escolhidas para lançar uma campanha. Assim, o que será abordado nesse
trabalho é que muitas empresas estão utilizando redes sociais variadas para, em vez
de vender um produto, vender uma ideia. Serão mostradas muitas campanhas que
não tratam de um produto específico a ser vendido, mas de um conceito ligado a
projetos sociais, mais humanitários. Assim, será exemplificado que é através dessas
campanhas que o nome da marca se populariza e ainda, acaba, naturalmente, sendo
associado a conceitos éticos. Como conclusão a ser abordada, será mostrado que as
redes sociais têm sido grandes aliadas e o objetivo de uma sociedade mais humana
tem sido atingido a simples distância de um clique.
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METODOLOGIA
Esse estudo se propõe a levantar as principais diretrizes de quando
se trata de projetos sociais associados a nomes de empresas e seu
engajamento com a população e projetos voltados para a sociedade podem
ser divulgados atualmente.
Foram utilizadas referências de autores conhecidos da Sociologia e
Filosofia, como Marx Weber, Émile Durkheim e Talcott Parsons, para que se
possa entender como o ser humano trabalha a motivação em si para uma
causa social.
Em seguida, autores como Theodore Levitt e Philip Kotler irão ajudar
a entender os principais direcionamentos do Marketing e da Propaganda,
inerentes a qualquer tipo de divulgação de uma marca, proposta ou conceito.
Nesse mesmo capítulo, pesquisas recentes e críticas sobre o assunto foram
utilizadas com o foco nos meios que existem atualmente para a divulgação.
Por fim, foram utilizados casos de sucesso que ocorreram
recentemente na era da mídia digital que suscitaram mudanças nas pessoas
através de sua divulgação especificamente em redes sociais variadas.
Dessa forma, o estudo se deu com a leitura de autores
considerados como referências no assunto, assim como notícias recentes de
casos que comprovam a eficácia da divulgação de projetos voltados para a
sociedade em redes sociais na internet.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 06
CAPÍTULO I - As questões sociais 10
CAPÍTULO II - O marketing e a divulgação de
projetos sociais 15
CAPÍTULO III – Cases e as redes sociais:
a solução 21
CONCLUSÃO 33
REFERÊNCIAS 35 BIBLIOGRAFIA 37
WEBGRAFIA 38
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INTRODUÇÃO
Muitos filósofos e estudiosos sociólogos, desde muito tempo,
começaram a elucidar possíveis explicações para o ser humano querer viver
em sociedade e fazer o bem a quem faz parte dela. Muitas teorias surgiram a
partir de Max Weber, Émile Durkheim e Talcott Parsons, por exemplo. Cada
um com sua teoria e pensamento, mostraram ao mundo que o ser humano
sempre vai ser motivado para atuar em uma ação social.
Quando trazemos essa questão para o mundo atual, podemos
relacioná-la com conceitos de Marketing que são comumente usados quando
empresas levantam a bandeira da causa social.
Diante de tantas possibilidades que o mundo capitalista
apresenta através de suas marcas, cores e variedades, vence aquela empresa
que mostra, também, preocupação com questões intangíveis no mundo
material, como ativismo, caridade e o pensar no próximo. Assim, no século
passado, era muito difícil de imaginar que empresas tivessem de se preocupar
com questões ambientais ou sociais – e mais, que tivessem de demonstrar
para seu público essa preocupação.
O mercado, cada vez mais competitivo, acaba demandando essa
necessidade. Já não basta oferecer o melhor produto. Diante de um mundo
capitalista que acabou se perdendo quanto aos valores do ser humano, a nova
sociedade, agora, cobra um posicionamento das empresas detentoras do
capital mundial.
Muitas ações são feitas através de comerciais, campanhas
publicitárias, vídeos e interações com o público nas diferentes formas de mídia
para que todos tenham acesso a suas ações. Entretanto, é inegável que a
forma mais utilizada de divulgação é através das redes sociais.
Atualmente, as redes sociais vêm ganhando cada vez mais
destaque e todos voltam seus olhos a elas. Com um simples clique, um
simples vídeo ou até mesmo uma foto a ser divulgada, uma causa ganha força,
e sempre associada a uma marca. Dessa forma, a marca deixa de apenas
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vender um produto, mas passa a vender uma ideia, um conceito e uma
maneira de encarar a vida.
É interessante observar que esse novo fenômeno vem atraindo
cada vez mais consumidores, antes desinteressados quanto ao produto
oferecido, mas que, depois de campanhas sociais, passam a encará-lo de
outra forma e se arriscam a experimentá-lo, dando uma chance de aquela
mercadoria ou serviço fazer parte de suas vidas justamente por se mostrarem
preocupadas com o mundo a sua volta.
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CAPÍTULO I
AS QUESTÕES SOCIAIS
Filósofos e estudiosos sociólogos, desde o século passado,
criaram teorias e explicações para o ser humano que vive em sociedade
sentir a necessidade de fazer o bem. Muitas teorias surgiram a partir de
Max Weber, Émile Durkheim e Talcott Parsons, autores que serão
estudados nessa tese. Cada autor, com suas teorias e vertentes, mostrou
um ser humano sempre motivado a fazer o bem, atuando por uma causa
social.
Max Weber, sociólogo do séc. XIX, falou de ação social. Essa
ação social está relacionada ao significado que é dado pelos indivíduos
envolvidos, e que são claramente orientados pelas ações de conduta das
outras pessoas. A ação para ser considerada social precisa ter dois itens
indispensáveis: intenção e sentido.
O ser humano precisa ter a nata intenção de querer fazer algo
pelo próximo, ou seja, qualquer atitude sua não pode ser impensada, mas
sim, intencional. Quanto ao sentido, a atitude não existe por simplesmente
existir, mas ela só é considerada uma ação social se tiver algum sentido
para aquele que a promove.
Uma ação social é aquela que leva os outros em consideração,
atuando junto com eles de forma intencional e recíproca. Nesse caso, a
reciprocidade é muito importante, pois está relacionada à intenção de cada
indivíduo envolvido em uma ação social.
Quando falamos de uma ação ligada à sociedade, Weber fala de
alguns tipos de ações e sobre os sentimentos que as movem. Dessas
ações, destacam-se duas: a ação estritamente afetiva e a ação em relação
a valores.
A ação estritamente afetiva é a expressão de uma emoção e,
dessa forma, fundada em sentimentos. Ela se baseia na afetividade dos
indivíduos e é direcionada pelo emocional. Normalmente, a pessoa sente
um impulso que é direcionado pelas emoções imediatas, sem envolver seu
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lado racional e muito menos que tipo de consequências essas ações
poderiam gerar.
Esse tipo de comportamento acaba sendo válido sem necessidade
de explicações complementares, ou seja, ele é válido por si só, desde que o
indivíduo esteja sendo direcionado pela fidelidade aos seus valores. Weber
(2009, p.42) ressaltou:
A ação estritamente afetiva também fica na linha do que pode ser
considerada uma ação consciente de sentido e, com frequência,
ultrapassa também a linha; por exemplo, pode ser uma reação
desinibida a algum estímulo extraordinário.
O outro tipo de ação pertinente ao tema é a ação em relação a
valores. Essa ação é determinada pelos princípios éticos, religiosos e morais
que o ser humano possui. A questão é que não é possível mensurar suas
consequências, uma vez que, guiada por valores, não há previsão quanto aos
seus resultados.
Nesse caso, a ação que o indivíduo exerce baseia-se na fidelidade
dos valores que inspiram sua conduta. Assim, uma vez fiel aos seus valores, o
comportamento independe de outras ações, pois ele é válido por si só. Weber
(2009, p. 42), sobre esse assunto, colocou da seguinte forma:
Exemplos de ação pura em relação a valores estariam na ação de
pessoas que independente das consequências, conduzem-se de tal
maneira a pôr em pratica suas convicções e o que lhes parece ser
exigido pelo dever, honra, beleza, religiosidade, piedade ou pela
importância de uma “causa”, não importando qual o seu fim.
Portanto, fica claro que, com a modernidade, as ações passaram a
ser cada vez mais racionais, baseadas em um mundo capitalista e que se
preocupa apenas com o lado material do que o cerca. É essa crise de valores
que faz com que o ser humano tenha que repensar quão relevante está sendo
sua atuação no mundo, observando seus próprios valores e não se importando
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tanto com os resultados provenientes de suas ações baseadas em princípios
morais.
Outro sociólogo e filósofo do séc. XIX foi Émile Durkheim, figura
essencial para o estudo de fatos sociais. Para ele, um fato social consistiria
nas formas de agir, pensar e sentir que influenciam os indivíduos, obrigando-os
a se adaptarem às determinações, preceitos e regras das sociedades onde
vivem.
“Ora, descartado o indivíduo, resta apenas a sociedade; é portanto da
natureza da própria sociedade que se deve buscar a explicação da
vida social. Como ela supera infinitamente o indivíduo tanto no tempo
como no espaço, concebe-se, com efeito, que seja capaz de impor-
lhe as maneiras de agir e de pensar que consagrou por sua
autoridade. Essa pressão, sinal distintivo dos fatos sociais, é aquela
que todos exercem sobre cada um.” (DURKHEIM, 2007, p. 104)
Além disso, ele ressalta que nem todas as ações de uma pessoa
podem ser consideradas fatos sociais, pois, o que caracteriza um fato social
como tal são três características: generalidade, exterioridade e coercitividade.
A generalidade fala sobre os fatos sociais serem coletivos. Dessa
forma, eles não existem apenas para um só indivíduo, mas sim, para um
grupo, comunidade ou a sociedade como um todo; a exterioridade se dá
quando a pessoa nasce, pois a sociedade já está organizada, concisa em seus
padrões, leis, regras e sistemas – assim, cabe ao indivíduo apenas aprender
esses preceitos já existentes; e, por último, a coercitividade está relacionada
ao poder e força com os quais os padrões culturais de uma sociedade são
impostos aos indivíduos, sem que eles tenham a chance de descumpri-los.
Esse último ponto levantado é interessante pois incita a ideia de que
as pessoas sentem, fazem e pensam apenas aquilo que foi preestabelecido
pela sociedade. Não necessariamente seriam comportamentos impostos a
uma pessoa, mas um conceito que já estava lá antes de o indivíduo nascer, e
assim, só lhe resta dar seguimento àquelas regras e leis da sociedade. O
indivíduo, então, deixaria de ter escolhas perante o que lhe foi imposto.
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Diante dessa forma de pensar, poderíamos assumir que a
sociedade é imutável, assim como os seres humanos. Já que as regras são
preestabelecidas em uma sociedade que muda apenas de tempos em tempos,
como o indivíduo poderia ter uma formação diferente em seu futuro?
“A questão [...] está assim estreitamente vinculada à que diz respeito
à constituição dos tipos sociais. Se há espécies sociais, é porque a
vida coletiva depende antes de tudo de condições concomitantes que
apresentam uma certa diversidade. Se, ao contrário, as principais
causas dos acontecimentos sociais estivessem todas no passado,
cada povo não seria mais que o prolongamento daquele que o
precedeu, e as diferentes sociedades perderiam sua individualidade
para se tornarem apenas momentos diversos de um mesmo e único
desenvolvimento”. (DURKHEIM, 2007, p. 121 - 122)
Ainda em sua obra, Durkheim chama a atenção para o fato de
que mesmo que os indivíduos já nasçam com uma sociedade cheia de
preceitos teoricamente imutáveis, o próprio indivíduo tem suas vontades e
desejos, e assim, vai se modificando e modificando o ambiente a sua volta
com o passar do tempo.
É de suma importância tratar do sociólogo Talcott Parsons e suas
observações acerca da sociedade do séc XX. Para ele, o conceito de ação
social seria baseado em uma premissa voluntarista. Contrariando Durkheim,
para Parsons, os indivíduos agem racionalmente, utilizando os recursos que
estiverem a sua disposição para alcançar seus objetivos pessoais.
Em sua concepção, não haveria o determinismo social de forma
absoluta. As ações seriam resultantes de direcionamentos recebidos pelos
indivíduos ao longo de suas vidas, desde que iniciaram seu processo de
inserção na sociedade, lá na infância.
Assim, o ser humano tem como referência a si mesmo (suas
vontades, objetivos pessoais e crenças) e os outros quanto indivíduos ou
coletividades. O ser humano utiliza os conhecimentos adquiridos na
sociedade para mesclar com tudo aquilo que ele absorveu ao longo de sua
vida. Por isso, os objetos culturais são o conjunto de símbolos, crenças,
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conceitos e ideias que cada pessoa assimila durante a sua existência e,
com esse insumo, ela compõe a estrutura da sua personalidade e julga a
sociedade ao seu redor da forma que melhor lhe convier.
Portanto, tendo mostrado as diferentes formas de encarar as
motivações que o ser humano tem para praticar ações sociais e os
diferentes aspectos que podem influenciá-lo nas suas decisões, é válido
analisar esses conceitos de acordo com o mundo atual em que vivemos,
com foco nas estratégias de Marketing que está sendo constantemente
utilizadas para promover o social.
Então, fica claro que o ser humano já tem em si a motivação
necessária para se preocupar com o próximo e com a sua própria
sociedade, seja ele predeterminado pelo meio em que vive ou moldado pela
educação que recebeu ao longo da vida.
As propagandas da primeira década do séc. XXI estão focando
nesse papel do ser humano em ser um ator ativo perante a sociedade. Não
basta mais apenas a venda de produtos com qualidade, pois uma marca já
não se vende apenas por isso atualmente. Vivemos em um mundo onde há
muita oferta de produtos e serviços variados e, então, a preocupação das
empresas com a sociedade na qual está inserida tornou-se um grande
trunfo, tanto para a empresa, que acaba angariando mais fãs devido as
suas atitudes, quanto para a sociedade, que sempre ganha com essas
campanhas.
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CAPÍTULO 2
O MARKETING E A DIVULGAÇÃO
DE PROJETOS SOCIAIS
O capitalismo e o mundo multi-industrial, cheio de tecnologias cada
vez mais acolhedoras e, ao mesmo tempo, que distanciam os seres humanos
de seus semelhantes, foi se desenvolvendo com o passar dos anos. Assim,
todos os dias, milhões de pessoas do mundo todo assistem aos meus
programas de televisão, jogam os mesmos jogos em videogames e
computadores, e se conectam através da internet e redes sociais onde
conseguem, inclusive, saber da existência umas das outras.
O consumo cultural vem se tornando um conteúdo massificado e de
forma metódica, cada vez mais imbuído de intenções primeira e segundas
daqueles que controlam os meios de comunicação e de mídia. Através dessa
manipulação voluntária, seria inocente afirmar que essa escolha é feita sem
intenções e consequências sobre o desejo e a consciência.
Muitas pesquisas são realizadas diariamente para investigar o que
atinge o ser humano, seus sentimentos e especialmente aqueles sentimentos
que levam ao consumismo desenfreado. Seus resultados são utilizados nos
comerciais de TV, propagandas impressas e hoje, acima de tudo, na internet.
Philip Kotler, professor universitário considerado um dos gurus do
Marketing, sempre demonstrou o quanto os conceitos do público-alvo devem
ser levados em consideração.
O produto ou oferta alcançará êxito se proporcionar valor e satisfação
ao comprador-alvo. O comprador escolhe entre diferentes ofertas com
base naquilo que parece proporcionar o maior valor. Definimos valor
como a razão entre o que o cliente recebe e o que ele dá. O cliente
recebe benefícios e assume custos. Os benefícios incluem benefícios
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funcionais e emocionais. Os custos incluem custos monetários, de
tempo, de energia e psicológicos. (KOTLER, 2000, p.33)
Assim como ele mencionou, o valor é algo mutável e está associado
a diversos fatores. Cada consumidor enxerga determinado valor em certo
produto de acordo com suas necessidades, cultura, costumes, história de vida,
renda etc.
Quando se trata de valores, o produto passa uma mensagem direta
para o seu consumidor e muito dessa imagem, normalmente, é construído a
partir de sua propaganda, de sua divulgação, do que se fala a respeito daquela
determinada marca, pois é a partir desses insumos que o consumidor irá criar
uma identidade própria para aquele produto. E, assim, valorizá-lo da forma que
melhor lhe convier.
Devido a essa tecnologia exacerbada, na qual tudo o que acontece,
em qualquer lugar do mundo, sabe-se em instantes, as empresas aproveitam
essa característica para deixar todos cientes de todas as campanhas que
estão promovendo e, principalmente, de quantos seguidores cada vez mais
elas estão tendo. É como se fosse um efeito em cadeia: quanto mais ficar claro
pro cliente que aquela empresa é boa e tem vários fãs, mais ela vai atrais fãs
curiosos e que, por sua vez, gostarão do seu serviço e o divulgarão.
Fica claro neste resumo a seguir a ideia de “marketing gerar
marketing” em uma simples definição:
“Para empresas centradas no cliente, a satisfação de clientes é ao
mesmo tempo uma meta e uma ferramenta de marketing. Empresas
que alcançam altos índices de satisfação de clientes fazem questão
que seu mercado-alvo saiba disso.” (KOTLER, 2000, p.59)
Assim, as empresas estão se utilizando das ferramentas de
divulgação atuais – liderando, a internet como ferramenta principal – para
mostrarem ao seu público quão fantásticas elas podem ser. E esse fato está
intimamente ligado à questão de o consumidor querer enxergar um valor na
empresa com a qual gasta seu tempo e dinheiro.
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Um outro ponto importante é quem é esse público-alvo a quem as
propagandas das empresas se direcionam, pois há o seu público-fã que já
conhece a marca e fica aguardando novas campanhas, como há o público que
claramente não se interessa por aquele produto ou serviço, mas que precisa
passar a se interessar depois de assistir um anúncio, por menos que ele seja,
e assim, suscitar a curiosidade nesse público novo.
“[...] um anúncio realmente excepcional será notado por menos de 50
por cento do público ao qual foi dirigido. Cerca de 30 por cento do
público que estava sujeito à ação da propaganda pode ser lembrar
dos pontos principais do título; 25 por cento pode lembrar o nome do
anunciante, e menos de 10 por cento lerá o resto do texto. Os
anúncios comuns não conseguem nem mesmo esses resultados.”
(KOTLER, 2000, p. 603)
Levando em consideração todos os pontos aqui expostos sobre
divulgação de propagandas elaboradas por empresas que pretendem passar
um conceito, entramos no ponto principal deste trabalho. Agora, daremos foco
em como as empresas passam essa imagem de vender não apenas um
produto, mas um conceito e, assim, angariam cada vez mais consumidores e
fãs a cada campanha. Para isso, é necessário entender como o público
consumidor dessa década absorve e compreende os conceitos que lhes são
impostos.
Foi feito um estudo pelo Instituto GlobeScan através do programa
Super Potência, da rede BBC no mundo todo, entre novembro de 2009 e
fevereiro de 2010. A intenção era verificar como a população começava a
entender comunicação e a mídia, já que a internet chegava com força em
vários países do mundo inteiro.
Para os brasileiros, a internet significa comunicação, e as redes
sociais foram apontadas como diferenciais por 60% dos internautas, contra os
51% da média mundial. Isso significa que o brasileiro já não busca a TV, ou o
rádio, ou jornal, ou qualquer outro meio para ler notícias, por exemplo; a
internet lhe basta. Esse dado implica em uma grande mudança de paradigmas
que existiam até então, especialmente sobre o assunto divulgação de
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informações, que também compete às empresas que querem aparecer no
mercado.
Não apenas em termos de divulgação prática, mas inclusive quanto
a questões financeiras, a internet é uma excelente opção para propagar
eventos, campanhas e ações de marketing, pois ela, diferente da TV ou do
rádio, é capaz de gerar um efeito cascata em muito pouco tempo e de forma
visível e, até certo ponto, passível de ser contabilizada.
As mídias sociais falam diretamente com aquele consumidor que é
formador de opinião por essência e que, por isso, vai multiplicar a informação
que achar pertinente. Assim, quando a empresa chega até a pessoa certa, ela
consegue fazer com que sua mensagem seja passada espontaneamente para
milhares de pessoas em muito pouco tempo. Se levarmos em consideração o
custo que seria necessário para esse mesmo alcance utilizando os meios
tradicionais, a conta seria altíssima. Assim, o custo e o esforço foram bastante
reduzidos diante desse novo panorama de divulgação.
O que fica claro é que a grande chave para que a comunicação na
internet dê tão certo é porque ela se baseia na construção de relacionamentos.
Esse preceito é o utilizado na “vida real”, desde sempre. O que se tenta trazer
nesse novo formato de comunicação é esse ponto crucial. Assim como
acontece na sociedade, esse processo de construção de relações deve
acontecer aos poucos, cautelosamente, pois, caso contrário, os efeitos podem
ser catastróficos.
É justamente por esse motivo que, para aumentar a disseminação
de uma campanha, conceito ou mensagem, é estritamente necessário criar
uma rede de interlocutores que conheça e confie no que a empresa está
dizendo, divulgando e vendendo, mas, principalmente, que confie na empresa,
pois ela é a voz que deve ser digna de confiança.
Hoje em dia, a reputação que uma empresa conquista com o tempo
na internet já deixou de ser algo a mais para se tornar o essencial. A reputação
é, hoje, vista como um bem de alto valor e que pode determinar o fracasso de
um empreendimento ou o seu sucesso e adoração por parte do público. O que
era apenas uma formalidade até pouco tempo, agora se tornou regra e peça-
chave para qualquer negócio.
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Vale lembrar também como foi o início dessa divulgação em massa
através das redes sociais. A primeira grande rede foi o Orkut, criado em 2004,
a pioneira no sentido de troca de ideias e compartilhamento de informações
em um nível mundial. Através de seus grupos de discussões conhecidos como
“comunidades”, seus usuários podiam declarar abertamente suas preferências
ou desavenças com qualquer tipo de pessoa, produto ou empresa, e o que era
uma simples opinião se tornava pauta de uma discussão por dias acerca do
mesmo tópico.
Depois disso, surgiu o Facebook, em 2004, que chegou para,
gradativamente, ir substituindo o Orkut na vida dos internautas. Com ele,
eventos são marcados, grupos de preferências e, o mais importante para esse
trabalho, as empresas ganharam voz. Nessa rede, as empresas têm seu
próprio perfil, fazendo com que se pareçam mais com seres humanos,
expressando ideias, sentimentos, fotos, vídeos, lançando campanhas,
contando casos, pedindo opinião, dentre outras funções.
Em 2006, surgiu o Twitter, rede social que, através de uma
quantidade limitada de caracteres para postagens, veio com a força de
marketing muito maior que até então havia se visto. Através dela, as empresas
são capazes de acompanhar – quase em tempo real – o que seus clientes
pensam e avaliam sobre seus produtos e serviços.
A conexão é direta, a conversa não possui intermediadores e o
cliente pode dizer que tem um problema com determinado serviço e, em
menos de uma hora, a empresa responder diretamente a ele informando o
reparo e pedindo desculpas. Dessa forma, não apenas o cliente fica satisfeito,
como se torna um fã da marca, assim como os outros que estavam apenas
acompanhando o desenrolar da história e passam a se tornar novos fãs
daquela marca, sem necessariamente, ainda, consumirem seu produto.
Por tudo isso, fica claro que as empresas devem aproveitar seu
potencial de divulgação para explorar o lado mais humanitário do capitalismo,
de forma a angariar mais fãs para a sua marca. É através da divulgação de
programas e ações sociais que elas podem fazer diferente e criar uma imagem
mais altruísta, acolhedora e preocupada com o mundo a sua volta.
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Basta saber que, de acordo com dados de 2014, o Facebook possui
900.000.000 de usuários ativos. Ainda que uma campanha não afete a todo
esse número, que atinja a uma pessoa que compartilhe determinada
informação para mais 50 amigos, a divulgação já foi feita de forma muito mais
abrangente do que se fosse pelos meios convencionais.
As mídias sociais têm como atrativo o poder de permitir o
engajamento de pessoas que se importam com as causas mais humanas do
mundo, fazendo com elas possam participar, trocar ideias e se sentirem parte
útil do meio que as cerca.
O que torna ainda mais mágico esse novo mundo de comunicações
interligadas é que as mídias sociais e as formas tradicionais, como TV, rádio,
mídia impressa e outras não são excludentes. Elas podem caminhar juntas e
se unirem em prol de um só objetivo, vendendo o nome daquela marca. A esse
processo de união de mais de uma mídia com o intuito de contar uma história
par vender uma ideia, produto ou serviço dá-se o nome de Transmídia.
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CAPÍTULO 3
CASES E AS REDES SOCIAIS: A SOLUÇÃO
O marketing digital tem ganhado cada vez mais força como mídia de
divulgação. Isso se deve ao constante crescimento da quantidade de pessoas
que estão conectadas no mundo inteiro e que, cada vez mais, buscam se
integrar através das redes. Até pouco tempo, o mais comum a se fazer, por
exemplo, para saber de alguma notícia, era abrir o jornal e ler, ou ligar a
televisão e ver o telejornal. Hoje, rapidamente se sabe do que aconteceu
digitando o assunto na internet, ou navegando pela página principal do
Facebook, rede social mais utilizada no mundo todo.
Com essa mudança drástica na forma de aceitar as informações
externas que são passadas ao homem, foi necessário reavaliar a forma de
disposição dessas notícias e, consequentemente, dos anúncios e publicidade
que as rodeiam.
Um outro ponto extremamente importante é que, nesse mundo de
várias mídias, redes e formas diferentes de se comunicar, a competitividade
entre esses meios é muito grande, o que faz com que o homem tenha de
escolher como vai se comunicar, por qual formato e em qual rede. Assim, as
mídias disputam entre si um espaço no dia a dia do homem moderno, que faz
várias atividades ao mesmo tempo, mas que está conectado o tempo todo, e
que, por sua vez, quer se informar, saber das notícias e, ao mesmo tempo, se
divertir.
Isso é fruto de um mundo que se tornou hiperestimulado, e que,
apresentando diferentes formas para o homem se comunicar, acaba, por
muitas vezes, fazendo com que ele se aprofunde menos nos assuntos sobre
os quais lê, vê algum vídeo ou se informa. Essa quantidade enorme de
informações que recebemos faz com que tenhamos uma dupla sensação:
sabemos tudo sobre tudo, mas também não sabemos nada profundamente. As
notícias, artigos, vídeos, fotos e textos são em grande quantidade e
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constantemente, não deixando espaço, por exemplo, para um pensamento
crítico a respeito do que se está vendo.
É nesse contexto que o tema deste trabalho se insere. Uma vez que
há tantos estímulos diários para o homem, e este não tem
tempo/vontade/percepção para pensar criticamente a respeito de sua
realidade, as ações voltadas para o próximo, como projetos sociais, acabam
em segundo plano. Com o capitalismo gritando incessantemente, um trabalho
com o qual não se tenho um retorno claro e financeiro acaba sendo ignorado.
Por isso, a ação de empresas em resgatar essa preocupação com o próximo e,
obviamente, acabar associando a sua marca a algo emocionalmente
significativo, faz com que elas sejam ainda mais valorizadas perante seu
público-alvo.
É nessa realidade competitiva entre os próprios anunciantes e as
empresas que o marketing digital aflora de diferentes formas. Nas redes
sociais, é muito comum encontrarmos publicações que são orientadas a gerar
engajamento da população, como participar, dizer que gosta ou não de algo,
compartilhar determinada informação etc. Em muitos casos, postagens que
envolvam novidades na empresa ou promoções para seus produtos não
despertam tanto o interesse do público-alvo, curiosamente. Esse novo perfil
vem se mostrado mais interessado em postagens nas quais eles são
direcionados a interagir diretamente com aquele publicação, como “curtindo”
ou compartilhando, para que outras pessoas a vejam também.
Quando falamos do Twitter, as postagens mais comentadas e
“compartilhadas” – isto é, “retweetadas” – são aquelas em que a empresa fala
diretamente com o seu cliente, seja para dar a solução para um produto
defeituoso ou para oferecer novas promoções personalizadas. Outros casos
que são constantemente divulgados é quando uma loja/empresa trata bem
seus funcionários publicamente e, também, seus clientes, chamando-os pelo
nome ou divulgando uma campanha que não precisa, necessariamente, estar
ligada ao capital da mesma, mas, como já foi dito, uma campanha libertadora
dos paradigmas capitalistas, mas que soubesse aproveitar o que cada
consumidor fez ou faz em sua vida pessoal para lhe tocar o coração, e assim
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veicular sua campanha “altruísta”, tornando-se alvo de várias rodas de
discussão – reais ou virtuais.
Outras duas redes sociais em ascensão são o Pinterest e o
Youtube. O Pinterest é uma rede de divulgação de imagens, sobre diversos
temas e essas fotos possuem alta qualidade. Cada vez mais usuários estão
fazendo parte dessa rede, que, se assemelhando a um quadro de cortiça
antigo – costume passado de gerações em gerações -, é possível que a
pessoa selecione as fotos de que mais gosta e aprecia. Através dela, as
empresas mostram seus produtos e convidam as pessoas a participarem de
sua rede de imagens, bombardeando seus seguidores com suas filosofias.
O Youtube, rede social que muitas vezes acaba sendo confundida
com um site de vídeos, é uma das redes mais fortes atualmente. Com ela, é
possível incluir vídeos dos mais variados tamanhos e estilos. Esses vídeos
são, inclusive, compartilhados dentro de outras redes sociais, como Facebook
e Twitter. Atualmente, ele é um dos maiores propagadores de campanhas,
pois, com um simples vídeo que as empresas fazem, a quantidade de
visualizações aumenta progressivamente, assim como as pessoas que o
compartilham, e, rapidamente, o vídeo se transforma em um “viral” – termo que
define algo rapidamente consumido pela maioria das pessoas e que se torna
comum.
Para que uma campanha seja bem feita e atinja o público-alvo em
grande escala, é necessário um planejamento para a divulgação na mídia.
Assim, é importante: planejamento digital; diagnóstico de mercado;
estruturação dos canais de mídia; gestão de anúncios; padronização da
comunicação digital; gestão de conteúdo; relacionamento com os clientes; e
monitoramento das mídias sociais.
Planejamento digital é o primeiro item dessa lista pois é através
desse primeiro momento de organização que serão definidos os objetivos
gerais e específicos de cana canal, qual o público-alvo que deverão atingir,
qual o posicionamento que a marca deve seguir, com qual conteúdo deve
trabalhar, de quanto em quanto tempo lançará uma campanha e em qual mídia
e a linguagem universal a ser utilizada.
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O segundo momento é começar a destrinchar cada tópico desse
mapeamento inicial. Com o diagnóstico de mercado, é preciso fazer uma
pesquisa sobre as mídias sociais dos principais concorrentes diretos e
indiretos. Para atingir o público do concorrente, é necessário usar a mesma
plataforma, para que as campanhas fiquem mais visíveis e, em tese, o
consumidor tenha de optar seguir por aquela que ele mais prefere.
Quanto à estruturação de canais, é extremamente importante que
haja a edição de informações institucionais, através da melhoria na
comunicação visual e definição de aplicativos – se serão usados e como –
para as redes sociais.
Outro ponto importante é a gestão de anúncios. Atualmente, esse é
um dos pontos que faz com que uma campanha se torne rentável, pois é
através da divulgação de informações estratégicas apresentadas da forma
correta e inovadora que se espera hoje em dia que a marca conquista novos
fãs, seguidores e consumidores, além de permitir que a marca tenha uma
abrangência geográfica – que, depois, poderá até ser delimitada como fonte de
pesquisa no estágio inicial.
Além disso, a padronização da comunicação digital é um ponto
crucial que nem todas as empresas valorizam o suficiente. Mesmo que uma
campanha seja excelente, se o consumidor for tratado de uma determinada
forma no Facebook, por exemplo, digamos que muito bem e com cortesia, e
quando ele for ao estabelecimento real as pessoas são mal educadas e ele
descobre informações divergentes do que lhe haviam passado pela internet,
toda a campanha se perde. Além disso, há o risco de esse ex-fã passar a
divulgar negativamente a marca no mundo real e no virtual, trazendo enormes
prejuízos.
A gestão de conteúdo é uma questão essencial nesse processo,
pois é necessário organizar que tipo de informação será divulgado nas
páginas, nos sites, nas redes sociais etc. O consumidor que se tornará fã
precisa ter a real noção de que todos tratam da mesma marca sem distinção e
que, em qualquer fonte, ele terá a mesma informação a respeito do que
deseja. Além disso, é essencial estudar a periodicidade das publicações. Se o
consumidor está acostumado a ler matérias de saúde divulgadas pela marca
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às segundas de manhã, por exemplo, com o intuito do marketing de estimulá-lo
a começar bem a semana, é necessário manter essa rotina e não alterar o dia
nem o horário desse tipo de postagem, pois, rapidamente, causará um certo
desconforto no cliente, levando uma campanha a perder aquele que havia
conquistado em tão pouco tempo.
Diretamente relacionado a essa questão, está o relacionamento com
o cliente, o famoso SAC da telefonia (Serviço de Atendimento ao Cliente). É
através do atendimento a dúvidas, sugestões, críticas e elogios que a marca se
fortalece como um item de confiança para esse consumidor. Inclusive, e
principalmente, as críticas, pois, uma vez que o consumidor expõe seu
sentimento negativo em relação a quem está ali para lhe servir e recebe como
resposta um “não”, uma resposta atravessada ou até mesmo – e mais comum
– é ignorado, o primeiro concorrente que lhe der a atenção necessária
conquistará esse cliente de vez e o tornará fã da marca. Assim, dar a devida
atenção a qualquer tipo de comentário vindo do cliente é extremamente
importante, especialmente agora, época em que os consumidores nunca
estiveram tão perto de suas marcas preferidas e nunca se sentiram tão parte
delas como agora.
Por último, ainda que se tenha desenvolvido uma campanha de
grande porte e que, inicialmente, tenha dado certo, é essencial monitorar as
mídias sociais. O acompanhamento é que vai determinar, efetivamente, se as
campanhas estão surtindo efeito na população, assim como classifica e
categorizar as menções sobre a marca nas mídias sociais.
Todos esses itens fazem parte de um planejamento inicial que deve
ser bem detalhado e seguido à risca; caso contrário, muito dinheiro pode ser
investido sem haver retorno algum, mas, por outro lado, quando a campanha é
bem feita, bem articulada e planejada, é possível fazer um excelente trabalho
com poucos recursos e seus efeitos serem tão vantajosos que a tornariam uma
campanha de alto valor.
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Cases escolhidos
Antes de mostrar, os cases escolhidos, é essencial comentar alguns
pontos. O engajamento virtual vem sendo cada vez mais discutido e muitos,
inclusive, têm chamado de “sofativismo”, que seria um neologismo com a
junção dos termos “sofá” e “ativismo”. Esse termo faz referência àquelas
pessoas que pretendem salvar o mundo dentro de casa, sentada em seus
sofás, apenas compartilhando mensagens, vídeos e fotos. É um fenômeno
novo que surgiu com a propagação da internet e, principalmente, das redes
sociais.
O que as empresas têm feito atualmente é usarem esse
“sofativismo” a seu favor, criando campanhas publicitárias voltadas para
aspectos sociais e que, muitas vezes, até esquecemos qual o produto que
determinada empresa vende ou qual serviço ela presta, tamanho é o
envolvimento do consumidor com aquele novo conceito social.
Para exemplificar algumas campanhas feitas recentemente,
mostraremos como algumas divulgações foram feitas, de que forma foram
feitas, qual meios midiáticos foram utilizados, e, em alguns casos, quais foram
os efeitos daquela divulgação. A intenção destes exemplos é mostrar que é
possível que empresas trabalhem muito bem aspectos sociais e, assim,
transformem a sociedade, de forma unida com seu desejo de continuar
vendendo e angariando cada vez mais clientes – que, ultimamente, têm se
tornado fãs.
A prefeitura de Curitiba
O case da prefeitura de Curitiba é diferente pois, teoricamente, não
se trata de uma empresa propriamente dita. Sendo uma instituição pública, de
acordo com a realidade brasileira, não é comum de se esperar que um órgão
público possa ter um plano de mídia social tão bem desenvolvido quanto o da
prefeitura de Curitiba.
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Sua equipe é formada por publicitários e jornalistas, todos oriundos
do mercado privado e uma boa parte já trabalhou em agências com foco em
internet. A prefeitura possui perfis nas mais conhecidas e utilizadas redes
sociais: Facebook, Twitter, Google+, Instagram e Youtube.
A estratégia utilizada foi usar uma linguagem mais corriqueira,
amena, próxima da realidade da população, além de postagens engraçadas e
capazes de interagir com tudo o que está acontecendo no mundo. Tudo isso é
trabalhado sem deixar de falar de notícias sérias e de extrema necessidade
para a população, mas sempre alternando esse tipo de conteúdo – da mesma
forma que uma pessoa normal faz em sua rede social.
Com essa linguagem mais humana, a prefeitura de Curitiba utiliza a
cultura da cidade como base para seu engajamento com os fãs, sempre
sugerindo o que fazer na cidade, como se precaver de alguns problemas, o
que fazer caso ocorra algo inesperado, sempre assuntos trabalhados de forma
menos clássica e sisuda, termos que usaríamos, em primeira instância, ao
imaginar que um órgão do governo pudesse ter uma rede social.
Dentre várias possibilidades, uma que mais faz sucesso na internet
é a utilização de fatos e comentários que estão acontecendo realmente no
mundo para falar de algum outro ponto que interesse à cidade. Um exemplo
disso foi quando, em 2013, o preço do videogame Playstation 4 foi um dos
assuntos mais comentados da semana, pois, por ser um lançamento, todos
aguardavam-no com ansiedade. Quando as notícias chegaram acompanhadas
do preço que ele seria comercializado no Brasil, os comentários viralizaram,
pois ele seria vendido muito mais caro do que seu preço original, e assim, seu
custo seria de R$ 4.000.
Diante dessa história, a prefeitura fez uma postagem sobre o que
seria possível de fazer em Curitiba com esses mesmos R$ 4.000. Assim,
sugeriu passeios diferentes, lojas para serem visitadas, lugares históricos,
referências para bares à noite, dentre diversas outras possibilidades. Assim, de
uma forma muito sutil, ela soube se aproveitar de um momento importante
para falar sobre ela mesma, fazer propaganda de seus próprios “serviços e
produtos”.
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Um outro trabalho importante é o de parceria com outras marcas,
como Redbull, KitKat, Coca-Cola, Oreo e outras. Assim, a prefeitura acaba
mostrando suas influências no mercado dos grandes nomes de marcas e com
essas parcerias, todos divulgam seus principais produtos, levando
confiabilidade ao consumidor.
Como conclusão, fica claro que o que mais importa para ser
considerado um case de sucesso não necessariamente é a quantidade de fãs
e seguidores em uma rede social, mas sim, quão influenciadas as pessoas
estão sendo com o seu discurso.
Pedigree
A Pedigree, marca famosa de ração de cachorros e gatos, é
também muito conhecida por ser ativa quanto a animais abandonados que
precisem de um lar. Esse já é um ponto que trata dos conceitos de ações
sociais que foram discutidos inicialmente. O ser humano é movido pelo desejo
de agir no bem, ainda que o mesmo seja encoberto pela sociedade, e é aí
onde trabalhos desse tipo fazem toda a diferença para suscitar essa vontade
no homem, ainda que atrelada à projeção do nome de uma empresa.
Uma de suas campanhas mais conhecidas foi a de 2014, quando a
Pedigree lançou uma campanha em associação com 3 grandes agências
americanas: MARS, Colenso BBDO e Finch. O grande diferencial foi que eles
trouxeram algo para a campanha que é extremamente comum de se fazer nas
redes sociais: compartilhar vídeos de animais fofos e brincando.
Nessa overdose de vídeos, especialmente provenientes do Youtube,
é muito comum que a pessoas compartilhem vídeos de animais brincando, se
divertindo, interagindo. Então, que eles conseguiram associar esse ato já tão
natural e que promove felicidade nos seus usuários com um ato de
responsabilidade social. A ideia é que, simplesmente por compartilhar um
vídeo produzido por eles com esse conteúdo, o internauta já estaria ajudando
a instituições que cuidam de animais abandonados a levantar fundos para
suas campanhas de adoção.
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O vídeo, feito de forma brilhante, inclusive artisticamente, mostra
animais lindos, em poses diferentes e que causam leveza e alegria, e o
narrador avisa que, pelo simples fato de já estar assistindo ao vídeo, o público
já está ajudando a levantar fundos. Isso se dá através da quantidade de
compartilhamentos e visualizações que aquele vídeo consegue ter. Uma vez
que ele seja assistido milhões de vezes, seus criadores recebem do Youtube
parte do lucro que foi conseguido através dos anúncios que são apresentados
antes do vídeo passar.
Dessa forma, a Pedigree possibilitou que as pessoas pudessem
ajudar aos animais apenas a um clique de distância, suprindo a necessidade
social de fazer o bem, intrínseca ao ser humano, e isso sem deixar de
continuar mantendo seu nome junto à lista de marcas que promovem questões
sociais importantes.
Coca-Cola
Um case bem interessante foi o da Coca-Cola, marca de
refrigerantes mundialmente conhecida por seu produto inigualável e poder
aquisitivo exorbitante. Em busca de trazer esse conceito um pouco mais
humanitário a sua marca, a Coca aproveitou a época de Natal do ano de 2014
para lançar um vídeo na internet que fazia com que as pessoas refletissem
catadores de lixo nas ruas, tão comumente ignorados nas grandes cidades.
No dia 12 de dezembro, a Coca lançou a campanha de transformar
indiferença em felicidade, com o tema “Faça alguém feliz, trenó de rua”. Em
parceria com a agência de comunicação DAVID, as carroças usadas por
catadores de lixos foram transformadas em trenós cheios de presentes. Eles
selecionaram alguns catadores de lixos, recolheram suas carroças já
quebradas, sujas ou feias e as transformaram com uma reforma, pintando-as
de vermelho e dourado, com a imagem típica do trenó do Papai Noel da Coca-
Cola (figura extremamente conhecida no mundo todo).
Assim, no centro de São Paulo, os catadores passeiam pelas ruas
com suas carroças agora transformadas em trenós distribuindo presentes
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variados aos pedestres e motoristas que passam. No vídeo, também há o
depoimento dos catadores e das pessoas impactadas pela campanha, dizendo
o quanto aquele ação foi extremamente importante para o seu sentimento,
fazendo com que elas se sentissem muito felizes.
Com essa campanha, a Coca-Cola fez com que seu vídeo fosse
compartilhado nas redes sociais milhares de vezes e, sempre tendo seu nome
associado a esse gesto tão humano, e pouco capitalista. Ainda que a intenção
a projeção da marca esteja inerente à campanha, o fato de ter havido a
conscientização especialmente na época em que o ser humano fica
naturalmente mais emotivo fez com que fosse válido todo o esforço.
Cartoon Network
A campanha lançada pelo canal de televisão pago para crianças
chamado Cartoon Network foi extremamente importante para a divulgação de
um problema atual: o cyberbulliyng. Esse termo diz respeito a pessoas que
desrespeitam, xingam ou denigrem a imagem de outras pessoas na internet,
especialmente através de blogs ou redes sociais.
Com um vídeo inteligente, eles levantaram a questão de que, quem
faz esse tipo de brincadeira maldosa com outra pessoa, muitas vezes, são as
crianças e adolescentes que, achando que estão apenas brincando com seus
amigos, fazem comentários ruins, o que pode acabar levando ao suicídio e
depressão quem passa por isso. Eles comparam com um “monstro” que cada
um carrega dentro de si, e que, em alguns momentos, as pessoas deixam esse
monstro livre, aterrorizando a vida das pessoas.
O “Movimento Cartoon” é o programa social do canal que veiculou o
tema de “Chega de bullying e não fique calado”, e o vídeo no qual mostram o
ser aterrorizando os outros pela internet foi feito pela agência Lobo/Vetor Zero.
Em determinado momento, um menino está na internet navegando e falando
com os amigos. Ele levanta e sai do seu quarto, quando o monstro entra e
toma o seu lugar no computador. Esse monstro, desenhado de forma
assustadora para crianças e adolescentes chama a atenção no meio de um
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cenário real. Em outro vídeo, uma menina mexe em seu celular e, quando sai,
um monstro também toma conta dele e parece escrever mensagens ruins para
alguém.
Além dessa campanha na internet, em seu site principal, eles
criaram um hotsite com conteúdo exclusivo sobre esse assunto, onde é
possível achar mais informações sobre bullying, como uma pesquisa sobre o
assunto, quadrinhos dizendo o que fazer se a criança for vítima ou testemunha
de um caso e, inclusive, um material didático para ser baixado e utilizado em
escolas. Com uma linguagem simples e acessível a seu público-alvo, assim
como um design convidativo e de didática efetiva, essa campanha foi bem
elaborada e trabalhada em mais de uma mídia.
Mais uma vez, ainda que o objetivo seja a divulgação para os pais
das crianças que assistem esse canal de que é um fornecedor infantil
preocupado com questões sociais, e, consequentemente, angariar mais fãs, o
que importa é a ação social sendo implementada, ainda mais diante de um
assunto dificilmente abordado com tanta clareza como foi feito em um veículo
totalmente dedicado ao público infanto-juvenil.
Tinder
Uma agência de publicidade chamada OneWG criou uma
campanha para trazer um tópico já bastante corriqueiro e, ao mesmo tempo,
pouco mencionado no nosso dia a dia: pessoas desaparecidas. Esse é um
problema social já bastante antigo, sobre o qual já houve algumas campanhas
publicitárias – especialmente mídia impressa e televisão -, mas que sempre
perde a força justamente por ser comum e por, teoricamente, não ter o que
fazer para ajudar.
Diante desse panorama, essa agência criou uma campanha
bastante interessante: ela escolheu o estado de Santa Catarina para
desenvolver o seu projeto, pois lá, cerca de 3.000 pessoas desaparecem todos
os anos e não há indícios de onde elas estejam. Assim, as investigações
policiais se tornam pouco úteis e os casos não são resolvidos.
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Assim, foram criados diversos perfis no Facebook com os nomes e
as fotos de várias pessoas desaparecidas e, em seguida, todos os dados
foram compartilhados no Tinder, aplicativo cujo objetivo é reunir casais para
encontros. A pessoa tem acesso a vários perfis e fotos de pessoas diferentes
e, lá, seleciona dizendo que gostou dela e até, possivelmente, marca um
encontro.
O que acontecia é que, no momento em que as pessoas buscavam
homens e mulheres interessantes, acabavam clicando em perfis de pessoas
desaparecidas que estavam cadastradas. Então, eles se deparavam com a
informação de que aquela pessoa estava sendo procurada há determinado
tempo e o aplicativo pedia para que ela entrasse em contato com a delegacia
caso pudessem ajudar com pistas ou se tivessem visto alguém parecido com
ela.
O interessante da campanha é que, de dezembro de 2013 a agosto
de 2014, 40.000 pessoas foram impactadas diretamente por essa campanha
através de visualizações dos perfis das pessoas desaparecidas. O mais
incrível é que 23 pessoas desaparecidas voltaram para suas casas e puderam
reencontrar suas famílias.
Mais uma vez, vemos uma campanha publicitária em prol da
sociedade. Ainda que a agência tenha lucrado com a criatividade para uma
campanha desse nível e o aplicativo Tinder tenha ficado ainda mais famoso, já
que muitas pessoas que não estão envolvidas em encontros pela internet
passaram a conhecer o aplicativo através dessa campanha, o resultado foi
muito válido.
É um dos exemplos em que, ainda que o capitalismo no sentido de
divulgação de uma marca esteja presente o tempo todo, a ação social que foi
promovida e o engajamento político-social de que Max Weber tanto falava foi
atingido com sucesso.
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CONCLUSÃO
Trazendo à tona novamente o que Durkheim pregava enquanto ato
social, fica claro que o ser humano tem o poder de definir a forma com que irá
conduzir sua vida em relação à sociedade. Ainda que o formato imposto –
coercitividade – seja extremamente capitalista e, teoricamente, isento de
sentimentalismo, pois, onde há o dinheiro e o lucro, não espaço para isso, as
últimas campanhas têm mostrado que é possível enxergar essas questões de
outro jeito.
Décadas atrás, as campanhas publicitárias de qualquer empresa
que estimulasse o consumo de seus produtos eram extremamente agressivas
e focavam apenas no que elas queriam como resultado final: a compra
incessante do mesmo produto por consumidores diferentes. Não havia certa
preocupação em manter aquele cliente que já conhecia a marca, mas sim,
quanto mais clientes novos fossem possíveis era melhor, pois significava mais
lucro para a empresa, não sendo necessário nem ao menos ouvir suas
opiniões, sugestões e interagir com eles.
Ainda que décadas atrás a possiblidade de ouvir os consumidores
fosse mais difícil, esse não era o foco das empresas. Hoje, essa questão muda
de figura quando as mídias sociais são envolvidas e a opinião de um
consumidor pode influenciar a opinião de milhares de consumidores e não
consumidores em questão de segundos. Assim, a preocupação em ouvir os
clientes, responder as suas solicitações e reclamações tornou-se essencial
para as empresas modernas caminharem junto ao seu público-alvo.
É interessante observar que cada vez mais as empresas estão
utilizando essa publicidade diferente, para promover causas sociais diversas,
como forma de colocar seu nome na boca dos consumidores. Hoje, não basta
ter consumidores e clientes no seu portfólio: é necessário angariar cada vez
mais fãs. Essa perspectiva mudou justamente porque, hoje, uma pessoa se
torna fã de uma marca devido a sua conduta, responsabilidade social,
ambiental etc. Ainda que a pessoa não consuma seus produtos, ela pode se
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tornar uma fã daquela marca e divulgar o seu nome para outras pessoas a
consumirem.
Atualmente, não há forma melhor de se chegar a essa questão que
não seja através das redes sociais. Elas estão ganhando cada vez mais
espaço na vida das pessoas que se tornam cada vez mais conectadas. A
necessidade de verificar redes sociais a cada minuto faz com que a pessoa
nem assista tanto à televisão como antes, nem leia mais tanto a revista
convencional. Os estilos mudaram e a realidade também. Hoje, os vídeos
tomam conta da forma com que o ser percebe o mundo, junto com as notícias
que agora, também são divulgadas e comentadas nas redes sociais; e o
principal: compartilhadas.
As empresas entenderam a importância de mostrar que seus
valores e missões, antes escondidos em um pedaço de papel ou na parede de
uma sala, agora, precisam ganhar a realidade, precisam tomar forma como
campanhas, precisam estar à vista do público. Só assim, é possível julgar,
tomar conhecimento, buscar informações, se apaixonar pela marca e consumi-
la. Tudo isso a distância de um clique.
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REFERÊNCIAS
BBC – British Broadcasting Corporation – Emissora de rádio e televisão do
Reino Unido mundialmente conhecida.
BULLYING – Prática de cometer atos de violência física ou psicológica que
causa dor, constrangimento e angústia às suas vítimas.
CYBERBULLYING – Prática que envolve o uso de tecnologias para dar
suporte a comportamentos hostis, com o objetivo de fazer com que um
indivíduo ou grupo se sinta denegrido virtualmente, seja em sites ou redes
sociais.
FACEBOOK – Rede social mundialmente conhecida como a mais utilizada
atualmente. Possui grande apelo na mídia e é um dos grandes focos do
marketing atualmente.
GOOGLE+ - Rede social e serviço de identidade mantido pelo Google, lançado
em 2011. Está crescendo mas ainda não é uma rede tão famosa quanto o
Facebook, por exemplo.
INSTAGRAM – Rede social que permite o compartilhamento de vídeos e fotos,
aplicação de filtros de cor e a possibilidade de acompanhar perfis previamente
escolhidos.
ORKUT – Rede social filiada ao Google criada em 2004 e desativada em 2014,
devido à maioria de seus usuários já não a utilizarem mais.
PINTEREST – Rede social de compartilhamento de fotos que se assemelha a
um quadro de inspirações.
SAC – Serviço de Atendimento ao Consumidor – serviço utilizada via internet
ou telefone para ajudar os clientes a resolverem os seus problemas.
TINDER – É um aplicativo para dispositivos móveis que permite a localização
de pessoas para encontros românticos, uma vez que seus dados são cruzados
utilizando informações de outras redes como o Facebook. TWEET – RETWEET – É o nome que se dá às mensagens enviadas através
da rede social Twitter. O fato de compartilhar novamente algo que foi publicado
se chama “retweet”.
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TWITTER – Rede social que permite aos usuários enviar e compartilhar
mensagens curtas, de até 140 caracteres.
VIRAL – Algo como uma foto, um vídeo ou alguma outra peça midiática que
rapidamente ganha popularidade devido ao seu alto poder de circulação e
compartilhamento na internet, configurando-se como um fenômeno que fica
famoso muito rapidamente.
YOUTUBE – Site e rede social que permite que seus usuários carreguem e
compartilhem vídeos em formato digital.
37
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Janeiro: Zahar, 2003.
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ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
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LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
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