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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA O USO DA MÍDIA APLICADO A QUESTÕES SOCIAIS: COMO AS EMPRESAS ESTIMULAM AÇÕES MAIS HUMANAS ATRAVÉS DAS REDES SOCIAIS Por: Cristina Aguiar Barbosa Orientador Prof. Nelsom Magalhães Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

AVM FACULDADE INTEGRADA

O USO DA MÍDIA APLICADO A QUESTÕES SOCIAIS:

COMO AS EMPRESAS ESTIMULAM AÇÕES MAIS HUMANAS

ATRAVÉS DAS REDES SOCIAIS

Por: Cristina Aguiar Barbosa

Orientador

Prof. Nelsom Magalhães

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

AVM FACULDADE INTEGRADA

O USO DA MÍDIA APLICADO A QUESTÕES SOCIAIS:

COMO AS EMPRESAS ESTIMULAM AÇÕES MAIS HUMANAS

ATRAVÉS DAS REDES SOCIAIS

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Transmídia – Gestão de

Mídias Sociais.

Por: Cristina Aguiar Barbosa.

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu pai, que está ao meu

lado em qualquer situação; à minha

mãe, que é minha âncora e minha

força; à minha madrinha, que guiou

muitos dos meus passos para me

tornar quem sou hoje; aos meus

amigos, que não permitiram que eu

desistisse no meio do caminho e me

ajudaram o tempo todo; e ao meu

noivo, que nunca soltou minha mão e

acreditou que eu chegaria até o fim.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este estudo à minha primeira filha,

que me mostrou a importância de olhar

para os que estão nas ruas. Dedico,

também, aos meus filhos Marcelo e

Letícia, que crescerão em um lar de amor,

com a certeza de que mais pessoas

poderão estudar formas de fazer o bem.

5

RESUMO

O trabalho irá mostrar as atuais estratégias usadas para vender um produto ou

enaltecer uma marca, pois, atualmente, devido à abrangência das redes sociais, elas

são as escolhidas para lançar uma campanha. Assim, o que será abordado nesse

trabalho é que muitas empresas estão utilizando redes sociais variadas para, em vez

de vender um produto, vender uma ideia. Serão mostradas muitas campanhas que

não tratam de um produto específico a ser vendido, mas de um conceito ligado a

projetos sociais, mais humanitários. Assim, será exemplificado que é através dessas

campanhas que o nome da marca se populariza e ainda, acaba, naturalmente, sendo

associado a conceitos éticos. Como conclusão a ser abordada, será mostrado que as

redes sociais têm sido grandes aliadas e o objetivo de uma sociedade mais humana

tem sido atingido a simples distância de um clique.

6

METODOLOGIA

Esse estudo se propõe a levantar as principais diretrizes de quando

se trata de projetos sociais associados a nomes de empresas e seu

engajamento com a população e projetos voltados para a sociedade podem

ser divulgados atualmente.

Foram utilizadas referências de autores conhecidos da Sociologia e

Filosofia, como Marx Weber, Émile Durkheim e Talcott Parsons, para que se

possa entender como o ser humano trabalha a motivação em si para uma

causa social.

Em seguida, autores como Theodore Levitt e Philip Kotler irão ajudar

a entender os principais direcionamentos do Marketing e da Propaganda,

inerentes a qualquer tipo de divulgação de uma marca, proposta ou conceito.

Nesse mesmo capítulo, pesquisas recentes e críticas sobre o assunto foram

utilizadas com o foco nos meios que existem atualmente para a divulgação.

Por fim, foram utilizados casos de sucesso que ocorreram

recentemente na era da mídia digital que suscitaram mudanças nas pessoas

através de sua divulgação especificamente em redes sociais variadas.

Dessa forma, o estudo se deu com a leitura de autores

considerados como referências no assunto, assim como notícias recentes de

casos que comprovam a eficácia da divulgação de projetos voltados para a

sociedade em redes sociais na internet.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 06

CAPÍTULO I - As questões sociais 10

CAPÍTULO II - O marketing e a divulgação de

projetos sociais 15

CAPÍTULO III – Cases e as redes sociais:

a solução 21

CONCLUSÃO 33

REFERÊNCIAS 35 BIBLIOGRAFIA 37

WEBGRAFIA 38

8

INTRODUÇÃO

Muitos filósofos e estudiosos sociólogos, desde muito tempo,

começaram a elucidar possíveis explicações para o ser humano querer viver

em sociedade e fazer o bem a quem faz parte dela. Muitas teorias surgiram a

partir de Max Weber, Émile Durkheim e Talcott Parsons, por exemplo. Cada

um com sua teoria e pensamento, mostraram ao mundo que o ser humano

sempre vai ser motivado para atuar em uma ação social.

Quando trazemos essa questão para o mundo atual, podemos

relacioná-la com conceitos de Marketing que são comumente usados quando

empresas levantam a bandeira da causa social.

Diante de tantas possibilidades que o mundo capitalista

apresenta através de suas marcas, cores e variedades, vence aquela empresa

que mostra, também, preocupação com questões intangíveis no mundo

material, como ativismo, caridade e o pensar no próximo. Assim, no século

passado, era muito difícil de imaginar que empresas tivessem de se preocupar

com questões ambientais ou sociais – e mais, que tivessem de demonstrar

para seu público essa preocupação.

O mercado, cada vez mais competitivo, acaba demandando essa

necessidade. Já não basta oferecer o melhor produto. Diante de um mundo

capitalista que acabou se perdendo quanto aos valores do ser humano, a nova

sociedade, agora, cobra um posicionamento das empresas detentoras do

capital mundial.

Muitas ações são feitas através de comerciais, campanhas

publicitárias, vídeos e interações com o público nas diferentes formas de mídia

para que todos tenham acesso a suas ações. Entretanto, é inegável que a

forma mais utilizada de divulgação é através das redes sociais.

Atualmente, as redes sociais vêm ganhando cada vez mais

destaque e todos voltam seus olhos a elas. Com um simples clique, um

simples vídeo ou até mesmo uma foto a ser divulgada, uma causa ganha força,

e sempre associada a uma marca. Dessa forma, a marca deixa de apenas

9

vender um produto, mas passa a vender uma ideia, um conceito e uma

maneira de encarar a vida.

É interessante observar que esse novo fenômeno vem atraindo

cada vez mais consumidores, antes desinteressados quanto ao produto

oferecido, mas que, depois de campanhas sociais, passam a encará-lo de

outra forma e se arriscam a experimentá-lo, dando uma chance de aquela

mercadoria ou serviço fazer parte de suas vidas justamente por se mostrarem

preocupadas com o mundo a sua volta.

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CAPÍTULO I

AS QUESTÕES SOCIAIS

Filósofos e estudiosos sociólogos, desde o século passado,

criaram teorias e explicações para o ser humano que vive em sociedade

sentir a necessidade de fazer o bem. Muitas teorias surgiram a partir de

Max Weber, Émile Durkheim e Talcott Parsons, autores que serão

estudados nessa tese. Cada autor, com suas teorias e vertentes, mostrou

um ser humano sempre motivado a fazer o bem, atuando por uma causa

social.

Max Weber, sociólogo do séc. XIX, falou de ação social. Essa

ação social está relacionada ao significado que é dado pelos indivíduos

envolvidos, e que são claramente orientados pelas ações de conduta das

outras pessoas. A ação para ser considerada social precisa ter dois itens

indispensáveis: intenção e sentido.

O ser humano precisa ter a nata intenção de querer fazer algo

pelo próximo, ou seja, qualquer atitude sua não pode ser impensada, mas

sim, intencional. Quanto ao sentido, a atitude não existe por simplesmente

existir, mas ela só é considerada uma ação social se tiver algum sentido

para aquele que a promove.

Uma ação social é aquela que leva os outros em consideração,

atuando junto com eles de forma intencional e recíproca. Nesse caso, a

reciprocidade é muito importante, pois está relacionada à intenção de cada

indivíduo envolvido em uma ação social.

Quando falamos de uma ação ligada à sociedade, Weber fala de

alguns tipos de ações e sobre os sentimentos que as movem. Dessas

ações, destacam-se duas: a ação estritamente afetiva e a ação em relação

a valores.

A ação estritamente afetiva é a expressão de uma emoção e,

dessa forma, fundada em sentimentos. Ela se baseia na afetividade dos

indivíduos e é direcionada pelo emocional. Normalmente, a pessoa sente

um impulso que é direcionado pelas emoções imediatas, sem envolver seu

11

lado racional e muito menos que tipo de consequências essas ações

poderiam gerar.

Esse tipo de comportamento acaba sendo válido sem necessidade

de explicações complementares, ou seja, ele é válido por si só, desde que o

indivíduo esteja sendo direcionado pela fidelidade aos seus valores. Weber

(2009, p.42) ressaltou:

A ação estritamente afetiva também fica na linha do que pode ser

considerada uma ação consciente de sentido e, com frequência,

ultrapassa também a linha; por exemplo, pode ser uma reação

desinibida a algum estímulo extraordinário.

O outro tipo de ação pertinente ao tema é a ação em relação a

valores. Essa ação é determinada pelos princípios éticos, religiosos e morais

que o ser humano possui. A questão é que não é possível mensurar suas

consequências, uma vez que, guiada por valores, não há previsão quanto aos

seus resultados.

Nesse caso, a ação que o indivíduo exerce baseia-se na fidelidade

dos valores que inspiram sua conduta. Assim, uma vez fiel aos seus valores, o

comportamento independe de outras ações, pois ele é válido por si só. Weber

(2009, p. 42), sobre esse assunto, colocou da seguinte forma:

Exemplos de ação pura em relação a valores estariam na ação de

pessoas que independente das consequências, conduzem-se de tal

maneira a pôr em pratica suas convicções e o que lhes parece ser

exigido pelo dever, honra, beleza, religiosidade, piedade ou pela

importância de uma “causa”, não importando qual o seu fim.

Portanto, fica claro que, com a modernidade, as ações passaram a

ser cada vez mais racionais, baseadas em um mundo capitalista e que se

preocupa apenas com o lado material do que o cerca. É essa crise de valores

que faz com que o ser humano tenha que repensar quão relevante está sendo

sua atuação no mundo, observando seus próprios valores e não se importando

12

tanto com os resultados provenientes de suas ações baseadas em princípios

morais.

Outro sociólogo e filósofo do séc. XIX foi Émile Durkheim, figura

essencial para o estudo de fatos sociais. Para ele, um fato social consistiria

nas formas de agir, pensar e sentir que influenciam os indivíduos, obrigando-os

a se adaptarem às determinações, preceitos e regras das sociedades onde

vivem.

“Ora, descartado o indivíduo, resta apenas a sociedade; é portanto da

natureza da própria sociedade que se deve buscar a explicação da

vida social. Como ela supera infinitamente o indivíduo tanto no tempo

como no espaço, concebe-se, com efeito, que seja capaz de impor-

lhe as maneiras de agir e de pensar que consagrou por sua

autoridade. Essa pressão, sinal distintivo dos fatos sociais, é aquela

que todos exercem sobre cada um.” (DURKHEIM, 2007, p. 104)

Além disso, ele ressalta que nem todas as ações de uma pessoa

podem ser consideradas fatos sociais, pois, o que caracteriza um fato social

como tal são três características: generalidade, exterioridade e coercitividade.

A generalidade fala sobre os fatos sociais serem coletivos. Dessa

forma, eles não existem apenas para um só indivíduo, mas sim, para um

grupo, comunidade ou a sociedade como um todo; a exterioridade se dá

quando a pessoa nasce, pois a sociedade já está organizada, concisa em seus

padrões, leis, regras e sistemas – assim, cabe ao indivíduo apenas aprender

esses preceitos já existentes; e, por último, a coercitividade está relacionada

ao poder e força com os quais os padrões culturais de uma sociedade são

impostos aos indivíduos, sem que eles tenham a chance de descumpri-los.

Esse último ponto levantado é interessante pois incita a ideia de que

as pessoas sentem, fazem e pensam apenas aquilo que foi preestabelecido

pela sociedade. Não necessariamente seriam comportamentos impostos a

uma pessoa, mas um conceito que já estava lá antes de o indivíduo nascer, e

assim, só lhe resta dar seguimento àquelas regras e leis da sociedade. O

indivíduo, então, deixaria de ter escolhas perante o que lhe foi imposto.

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Diante dessa forma de pensar, poderíamos assumir que a

sociedade é imutável, assim como os seres humanos. Já que as regras são

preestabelecidas em uma sociedade que muda apenas de tempos em tempos,

como o indivíduo poderia ter uma formação diferente em seu futuro?

“A questão [...] está assim estreitamente vinculada à que diz respeito

à constituição dos tipos sociais. Se há espécies sociais, é porque a

vida coletiva depende antes de tudo de condições concomitantes que

apresentam uma certa diversidade. Se, ao contrário, as principais

causas dos acontecimentos sociais estivessem todas no passado,

cada povo não seria mais que o prolongamento daquele que o

precedeu, e as diferentes sociedades perderiam sua individualidade

para se tornarem apenas momentos diversos de um mesmo e único

desenvolvimento”. (DURKHEIM, 2007, p. 121 - 122)

Ainda em sua obra, Durkheim chama a atenção para o fato de

que mesmo que os indivíduos já nasçam com uma sociedade cheia de

preceitos teoricamente imutáveis, o próprio indivíduo tem suas vontades e

desejos, e assim, vai se modificando e modificando o ambiente a sua volta

com o passar do tempo.

É de suma importância tratar do sociólogo Talcott Parsons e suas

observações acerca da sociedade do séc XX. Para ele, o conceito de ação

social seria baseado em uma premissa voluntarista. Contrariando Durkheim,

para Parsons, os indivíduos agem racionalmente, utilizando os recursos que

estiverem a sua disposição para alcançar seus objetivos pessoais.

Em sua concepção, não haveria o determinismo social de forma

absoluta. As ações seriam resultantes de direcionamentos recebidos pelos

indivíduos ao longo de suas vidas, desde que iniciaram seu processo de

inserção na sociedade, lá na infância.

Assim, o ser humano tem como referência a si mesmo (suas

vontades, objetivos pessoais e crenças) e os outros quanto indivíduos ou

coletividades. O ser humano utiliza os conhecimentos adquiridos na

sociedade para mesclar com tudo aquilo que ele absorveu ao longo de sua

vida. Por isso, os objetos culturais são o conjunto de símbolos, crenças,

14

conceitos e ideias que cada pessoa assimila durante a sua existência e,

com esse insumo, ela compõe a estrutura da sua personalidade e julga a

sociedade ao seu redor da forma que melhor lhe convier.

Portanto, tendo mostrado as diferentes formas de encarar as

motivações que o ser humano tem para praticar ações sociais e os

diferentes aspectos que podem influenciá-lo nas suas decisões, é válido

analisar esses conceitos de acordo com o mundo atual em que vivemos,

com foco nas estratégias de Marketing que está sendo constantemente

utilizadas para promover o social.

Então, fica claro que o ser humano já tem em si a motivação

necessária para se preocupar com o próximo e com a sua própria

sociedade, seja ele predeterminado pelo meio em que vive ou moldado pela

educação que recebeu ao longo da vida.

As propagandas da primeira década do séc. XXI estão focando

nesse papel do ser humano em ser um ator ativo perante a sociedade. Não

basta mais apenas a venda de produtos com qualidade, pois uma marca já

não se vende apenas por isso atualmente. Vivemos em um mundo onde há

muita oferta de produtos e serviços variados e, então, a preocupação das

empresas com a sociedade na qual está inserida tornou-se um grande

trunfo, tanto para a empresa, que acaba angariando mais fãs devido as

suas atitudes, quanto para a sociedade, que sempre ganha com essas

campanhas.

15

CAPÍTULO 2

O MARKETING E A DIVULGAÇÃO

DE PROJETOS SOCIAIS

O capitalismo e o mundo multi-industrial, cheio de tecnologias cada

vez mais acolhedoras e, ao mesmo tempo, que distanciam os seres humanos

de seus semelhantes, foi se desenvolvendo com o passar dos anos. Assim,

todos os dias, milhões de pessoas do mundo todo assistem aos meus

programas de televisão, jogam os mesmos jogos em videogames e

computadores, e se conectam através da internet e redes sociais onde

conseguem, inclusive, saber da existência umas das outras.

O consumo cultural vem se tornando um conteúdo massificado e de

forma metódica, cada vez mais imbuído de intenções primeira e segundas

daqueles que controlam os meios de comunicação e de mídia. Através dessa

manipulação voluntária, seria inocente afirmar que essa escolha é feita sem

intenções e consequências sobre o desejo e a consciência.

Muitas pesquisas são realizadas diariamente para investigar o que

atinge o ser humano, seus sentimentos e especialmente aqueles sentimentos

que levam ao consumismo desenfreado. Seus resultados são utilizados nos

comerciais de TV, propagandas impressas e hoje, acima de tudo, na internet.

Philip Kotler, professor universitário considerado um dos gurus do

Marketing, sempre demonstrou o quanto os conceitos do público-alvo devem

ser levados em consideração.

O produto ou oferta alcançará êxito se proporcionar valor e satisfação

ao comprador-alvo. O comprador escolhe entre diferentes ofertas com

base naquilo que parece proporcionar o maior valor. Definimos valor

como a razão entre o que o cliente recebe e o que ele dá. O cliente

recebe benefícios e assume custos. Os benefícios incluem benefícios

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funcionais e emocionais. Os custos incluem custos monetários, de

tempo, de energia e psicológicos. (KOTLER, 2000, p.33)

Assim como ele mencionou, o valor é algo mutável e está associado

a diversos fatores. Cada consumidor enxerga determinado valor em certo

produto de acordo com suas necessidades, cultura, costumes, história de vida,

renda etc.

Quando se trata de valores, o produto passa uma mensagem direta

para o seu consumidor e muito dessa imagem, normalmente, é construído a

partir de sua propaganda, de sua divulgação, do que se fala a respeito daquela

determinada marca, pois é a partir desses insumos que o consumidor irá criar

uma identidade própria para aquele produto. E, assim, valorizá-lo da forma que

melhor lhe convier.

Devido a essa tecnologia exacerbada, na qual tudo o que acontece,

em qualquer lugar do mundo, sabe-se em instantes, as empresas aproveitam

essa característica para deixar todos cientes de todas as campanhas que

estão promovendo e, principalmente, de quantos seguidores cada vez mais

elas estão tendo. É como se fosse um efeito em cadeia: quanto mais ficar claro

pro cliente que aquela empresa é boa e tem vários fãs, mais ela vai atrais fãs

curiosos e que, por sua vez, gostarão do seu serviço e o divulgarão.

Fica claro neste resumo a seguir a ideia de “marketing gerar

marketing” em uma simples definição:

“Para empresas centradas no cliente, a satisfação de clientes é ao

mesmo tempo uma meta e uma ferramenta de marketing. Empresas

que alcançam altos índices de satisfação de clientes fazem questão

que seu mercado-alvo saiba disso.” (KOTLER, 2000, p.59)

Assim, as empresas estão se utilizando das ferramentas de

divulgação atuais – liderando, a internet como ferramenta principal – para

mostrarem ao seu público quão fantásticas elas podem ser. E esse fato está

intimamente ligado à questão de o consumidor querer enxergar um valor na

empresa com a qual gasta seu tempo e dinheiro.

17

Um outro ponto importante é quem é esse público-alvo a quem as

propagandas das empresas se direcionam, pois há o seu público-fã que já

conhece a marca e fica aguardando novas campanhas, como há o público que

claramente não se interessa por aquele produto ou serviço, mas que precisa

passar a se interessar depois de assistir um anúncio, por menos que ele seja,

e assim, suscitar a curiosidade nesse público novo.

“[...] um anúncio realmente excepcional será notado por menos de 50

por cento do público ao qual foi dirigido. Cerca de 30 por cento do

público que estava sujeito à ação da propaganda pode ser lembrar

dos pontos principais do título; 25 por cento pode lembrar o nome do

anunciante, e menos de 10 por cento lerá o resto do texto. Os

anúncios comuns não conseguem nem mesmo esses resultados.”

(KOTLER, 2000, p. 603)

Levando em consideração todos os pontos aqui expostos sobre

divulgação de propagandas elaboradas por empresas que pretendem passar

um conceito, entramos no ponto principal deste trabalho. Agora, daremos foco

em como as empresas passam essa imagem de vender não apenas um

produto, mas um conceito e, assim, angariam cada vez mais consumidores e

fãs a cada campanha. Para isso, é necessário entender como o público

consumidor dessa década absorve e compreende os conceitos que lhes são

impostos.

Foi feito um estudo pelo Instituto GlobeScan através do programa

Super Potência, da rede BBC no mundo todo, entre novembro de 2009 e

fevereiro de 2010. A intenção era verificar como a população começava a

entender comunicação e a mídia, já que a internet chegava com força em

vários países do mundo inteiro.

Para os brasileiros, a internet significa comunicação, e as redes

sociais foram apontadas como diferenciais por 60% dos internautas, contra os

51% da média mundial. Isso significa que o brasileiro já não busca a TV, ou o

rádio, ou jornal, ou qualquer outro meio para ler notícias, por exemplo; a

internet lhe basta. Esse dado implica em uma grande mudança de paradigmas

que existiam até então, especialmente sobre o assunto divulgação de

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informações, que também compete às empresas que querem aparecer no

mercado.

Não apenas em termos de divulgação prática, mas inclusive quanto

a questões financeiras, a internet é uma excelente opção para propagar

eventos, campanhas e ações de marketing, pois ela, diferente da TV ou do

rádio, é capaz de gerar um efeito cascata em muito pouco tempo e de forma

visível e, até certo ponto, passível de ser contabilizada.

As mídias sociais falam diretamente com aquele consumidor que é

formador de opinião por essência e que, por isso, vai multiplicar a informação

que achar pertinente. Assim, quando a empresa chega até a pessoa certa, ela

consegue fazer com que sua mensagem seja passada espontaneamente para

milhares de pessoas em muito pouco tempo. Se levarmos em consideração o

custo que seria necessário para esse mesmo alcance utilizando os meios

tradicionais, a conta seria altíssima. Assim, o custo e o esforço foram bastante

reduzidos diante desse novo panorama de divulgação.

O que fica claro é que a grande chave para que a comunicação na

internet dê tão certo é porque ela se baseia na construção de relacionamentos.

Esse preceito é o utilizado na “vida real”, desde sempre. O que se tenta trazer

nesse novo formato de comunicação é esse ponto crucial. Assim como

acontece na sociedade, esse processo de construção de relações deve

acontecer aos poucos, cautelosamente, pois, caso contrário, os efeitos podem

ser catastróficos.

É justamente por esse motivo que, para aumentar a disseminação

de uma campanha, conceito ou mensagem, é estritamente necessário criar

uma rede de interlocutores que conheça e confie no que a empresa está

dizendo, divulgando e vendendo, mas, principalmente, que confie na empresa,

pois ela é a voz que deve ser digna de confiança.

Hoje em dia, a reputação que uma empresa conquista com o tempo

na internet já deixou de ser algo a mais para se tornar o essencial. A reputação

é, hoje, vista como um bem de alto valor e que pode determinar o fracasso de

um empreendimento ou o seu sucesso e adoração por parte do público. O que

era apenas uma formalidade até pouco tempo, agora se tornou regra e peça-

chave para qualquer negócio.

19

Vale lembrar também como foi o início dessa divulgação em massa

através das redes sociais. A primeira grande rede foi o Orkut, criado em 2004,

a pioneira no sentido de troca de ideias e compartilhamento de informações

em um nível mundial. Através de seus grupos de discussões conhecidos como

“comunidades”, seus usuários podiam declarar abertamente suas preferências

ou desavenças com qualquer tipo de pessoa, produto ou empresa, e o que era

uma simples opinião se tornava pauta de uma discussão por dias acerca do

mesmo tópico.

Depois disso, surgiu o Facebook, em 2004, que chegou para,

gradativamente, ir substituindo o Orkut na vida dos internautas. Com ele,

eventos são marcados, grupos de preferências e, o mais importante para esse

trabalho, as empresas ganharam voz. Nessa rede, as empresas têm seu

próprio perfil, fazendo com que se pareçam mais com seres humanos,

expressando ideias, sentimentos, fotos, vídeos, lançando campanhas,

contando casos, pedindo opinião, dentre outras funções.

Em 2006, surgiu o Twitter, rede social que, através de uma

quantidade limitada de caracteres para postagens, veio com a força de

marketing muito maior que até então havia se visto. Através dela, as empresas

são capazes de acompanhar – quase em tempo real – o que seus clientes

pensam e avaliam sobre seus produtos e serviços.

A conexão é direta, a conversa não possui intermediadores e o

cliente pode dizer que tem um problema com determinado serviço e, em

menos de uma hora, a empresa responder diretamente a ele informando o

reparo e pedindo desculpas. Dessa forma, não apenas o cliente fica satisfeito,

como se torna um fã da marca, assim como os outros que estavam apenas

acompanhando o desenrolar da história e passam a se tornar novos fãs

daquela marca, sem necessariamente, ainda, consumirem seu produto.

Por tudo isso, fica claro que as empresas devem aproveitar seu

potencial de divulgação para explorar o lado mais humanitário do capitalismo,

de forma a angariar mais fãs para a sua marca. É através da divulgação de

programas e ações sociais que elas podem fazer diferente e criar uma imagem

mais altruísta, acolhedora e preocupada com o mundo a sua volta.

20

Basta saber que, de acordo com dados de 2014, o Facebook possui

900.000.000 de usuários ativos. Ainda que uma campanha não afete a todo

esse número, que atinja a uma pessoa que compartilhe determinada

informação para mais 50 amigos, a divulgação já foi feita de forma muito mais

abrangente do que se fosse pelos meios convencionais.

As mídias sociais têm como atrativo o poder de permitir o

engajamento de pessoas que se importam com as causas mais humanas do

mundo, fazendo com elas possam participar, trocar ideias e se sentirem parte

útil do meio que as cerca.

O que torna ainda mais mágico esse novo mundo de comunicações

interligadas é que as mídias sociais e as formas tradicionais, como TV, rádio,

mídia impressa e outras não são excludentes. Elas podem caminhar juntas e

se unirem em prol de um só objetivo, vendendo o nome daquela marca. A esse

processo de união de mais de uma mídia com o intuito de contar uma história

par vender uma ideia, produto ou serviço dá-se o nome de Transmídia.

21

CAPÍTULO 3

CASES E AS REDES SOCIAIS: A SOLUÇÃO

O marketing digital tem ganhado cada vez mais força como mídia de

divulgação. Isso se deve ao constante crescimento da quantidade de pessoas

que estão conectadas no mundo inteiro e que, cada vez mais, buscam se

integrar através das redes. Até pouco tempo, o mais comum a se fazer, por

exemplo, para saber de alguma notícia, era abrir o jornal e ler, ou ligar a

televisão e ver o telejornal. Hoje, rapidamente se sabe do que aconteceu

digitando o assunto na internet, ou navegando pela página principal do

Facebook, rede social mais utilizada no mundo todo.

Com essa mudança drástica na forma de aceitar as informações

externas que são passadas ao homem, foi necessário reavaliar a forma de

disposição dessas notícias e, consequentemente, dos anúncios e publicidade

que as rodeiam.

Um outro ponto extremamente importante é que, nesse mundo de

várias mídias, redes e formas diferentes de se comunicar, a competitividade

entre esses meios é muito grande, o que faz com que o homem tenha de

escolher como vai se comunicar, por qual formato e em qual rede. Assim, as

mídias disputam entre si um espaço no dia a dia do homem moderno, que faz

várias atividades ao mesmo tempo, mas que está conectado o tempo todo, e

que, por sua vez, quer se informar, saber das notícias e, ao mesmo tempo, se

divertir.

Isso é fruto de um mundo que se tornou hiperestimulado, e que,

apresentando diferentes formas para o homem se comunicar, acaba, por

muitas vezes, fazendo com que ele se aprofunde menos nos assuntos sobre

os quais lê, vê algum vídeo ou se informa. Essa quantidade enorme de

informações que recebemos faz com que tenhamos uma dupla sensação:

sabemos tudo sobre tudo, mas também não sabemos nada profundamente. As

notícias, artigos, vídeos, fotos e textos são em grande quantidade e

22

constantemente, não deixando espaço, por exemplo, para um pensamento

crítico a respeito do que se está vendo.

É nesse contexto que o tema deste trabalho se insere. Uma vez que

há tantos estímulos diários para o homem, e este não tem

tempo/vontade/percepção para pensar criticamente a respeito de sua

realidade, as ações voltadas para o próximo, como projetos sociais, acabam

em segundo plano. Com o capitalismo gritando incessantemente, um trabalho

com o qual não se tenho um retorno claro e financeiro acaba sendo ignorado.

Por isso, a ação de empresas em resgatar essa preocupação com o próximo e,

obviamente, acabar associando a sua marca a algo emocionalmente

significativo, faz com que elas sejam ainda mais valorizadas perante seu

público-alvo.

É nessa realidade competitiva entre os próprios anunciantes e as

empresas que o marketing digital aflora de diferentes formas. Nas redes

sociais, é muito comum encontrarmos publicações que são orientadas a gerar

engajamento da população, como participar, dizer que gosta ou não de algo,

compartilhar determinada informação etc. Em muitos casos, postagens que

envolvam novidades na empresa ou promoções para seus produtos não

despertam tanto o interesse do público-alvo, curiosamente. Esse novo perfil

vem se mostrado mais interessado em postagens nas quais eles são

direcionados a interagir diretamente com aquele publicação, como “curtindo”

ou compartilhando, para que outras pessoas a vejam também.

Quando falamos do Twitter, as postagens mais comentadas e

“compartilhadas” – isto é, “retweetadas” – são aquelas em que a empresa fala

diretamente com o seu cliente, seja para dar a solução para um produto

defeituoso ou para oferecer novas promoções personalizadas. Outros casos

que são constantemente divulgados é quando uma loja/empresa trata bem

seus funcionários publicamente e, também, seus clientes, chamando-os pelo

nome ou divulgando uma campanha que não precisa, necessariamente, estar

ligada ao capital da mesma, mas, como já foi dito, uma campanha libertadora

dos paradigmas capitalistas, mas que soubesse aproveitar o que cada

consumidor fez ou faz em sua vida pessoal para lhe tocar o coração, e assim

23

veicular sua campanha “altruísta”, tornando-se alvo de várias rodas de

discussão – reais ou virtuais.

Outras duas redes sociais em ascensão são o Pinterest e o

Youtube. O Pinterest é uma rede de divulgação de imagens, sobre diversos

temas e essas fotos possuem alta qualidade. Cada vez mais usuários estão

fazendo parte dessa rede, que, se assemelhando a um quadro de cortiça

antigo – costume passado de gerações em gerações -, é possível que a

pessoa selecione as fotos de que mais gosta e aprecia. Através dela, as

empresas mostram seus produtos e convidam as pessoas a participarem de

sua rede de imagens, bombardeando seus seguidores com suas filosofias.

O Youtube, rede social que muitas vezes acaba sendo confundida

com um site de vídeos, é uma das redes mais fortes atualmente. Com ela, é

possível incluir vídeos dos mais variados tamanhos e estilos. Esses vídeos

são, inclusive, compartilhados dentro de outras redes sociais, como Facebook

e Twitter. Atualmente, ele é um dos maiores propagadores de campanhas,

pois, com um simples vídeo que as empresas fazem, a quantidade de

visualizações aumenta progressivamente, assim como as pessoas que o

compartilham, e, rapidamente, o vídeo se transforma em um “viral” – termo que

define algo rapidamente consumido pela maioria das pessoas e que se torna

comum.

Para que uma campanha seja bem feita e atinja o público-alvo em

grande escala, é necessário um planejamento para a divulgação na mídia.

Assim, é importante: planejamento digital; diagnóstico de mercado;

estruturação dos canais de mídia; gestão de anúncios; padronização da

comunicação digital; gestão de conteúdo; relacionamento com os clientes; e

monitoramento das mídias sociais.

Planejamento digital é o primeiro item dessa lista pois é através

desse primeiro momento de organização que serão definidos os objetivos

gerais e específicos de cana canal, qual o público-alvo que deverão atingir,

qual o posicionamento que a marca deve seguir, com qual conteúdo deve

trabalhar, de quanto em quanto tempo lançará uma campanha e em qual mídia

e a linguagem universal a ser utilizada.

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O segundo momento é começar a destrinchar cada tópico desse

mapeamento inicial. Com o diagnóstico de mercado, é preciso fazer uma

pesquisa sobre as mídias sociais dos principais concorrentes diretos e

indiretos. Para atingir o público do concorrente, é necessário usar a mesma

plataforma, para que as campanhas fiquem mais visíveis e, em tese, o

consumidor tenha de optar seguir por aquela que ele mais prefere.

Quanto à estruturação de canais, é extremamente importante que

haja a edição de informações institucionais, através da melhoria na

comunicação visual e definição de aplicativos – se serão usados e como –

para as redes sociais.

Outro ponto importante é a gestão de anúncios. Atualmente, esse é

um dos pontos que faz com que uma campanha se torne rentável, pois é

através da divulgação de informações estratégicas apresentadas da forma

correta e inovadora que se espera hoje em dia que a marca conquista novos

fãs, seguidores e consumidores, além de permitir que a marca tenha uma

abrangência geográfica – que, depois, poderá até ser delimitada como fonte de

pesquisa no estágio inicial.

Além disso, a padronização da comunicação digital é um ponto

crucial que nem todas as empresas valorizam o suficiente. Mesmo que uma

campanha seja excelente, se o consumidor for tratado de uma determinada

forma no Facebook, por exemplo, digamos que muito bem e com cortesia, e

quando ele for ao estabelecimento real as pessoas são mal educadas e ele

descobre informações divergentes do que lhe haviam passado pela internet,

toda a campanha se perde. Além disso, há o risco de esse ex-fã passar a

divulgar negativamente a marca no mundo real e no virtual, trazendo enormes

prejuízos.

A gestão de conteúdo é uma questão essencial nesse processo,

pois é necessário organizar que tipo de informação será divulgado nas

páginas, nos sites, nas redes sociais etc. O consumidor que se tornará fã

precisa ter a real noção de que todos tratam da mesma marca sem distinção e

que, em qualquer fonte, ele terá a mesma informação a respeito do que

deseja. Além disso, é essencial estudar a periodicidade das publicações. Se o

consumidor está acostumado a ler matérias de saúde divulgadas pela marca

25

às segundas de manhã, por exemplo, com o intuito do marketing de estimulá-lo

a começar bem a semana, é necessário manter essa rotina e não alterar o dia

nem o horário desse tipo de postagem, pois, rapidamente, causará um certo

desconforto no cliente, levando uma campanha a perder aquele que havia

conquistado em tão pouco tempo.

Diretamente relacionado a essa questão, está o relacionamento com

o cliente, o famoso SAC da telefonia (Serviço de Atendimento ao Cliente). É

através do atendimento a dúvidas, sugestões, críticas e elogios que a marca se

fortalece como um item de confiança para esse consumidor. Inclusive, e

principalmente, as críticas, pois, uma vez que o consumidor expõe seu

sentimento negativo em relação a quem está ali para lhe servir e recebe como

resposta um “não”, uma resposta atravessada ou até mesmo – e mais comum

– é ignorado, o primeiro concorrente que lhe der a atenção necessária

conquistará esse cliente de vez e o tornará fã da marca. Assim, dar a devida

atenção a qualquer tipo de comentário vindo do cliente é extremamente

importante, especialmente agora, época em que os consumidores nunca

estiveram tão perto de suas marcas preferidas e nunca se sentiram tão parte

delas como agora.

Por último, ainda que se tenha desenvolvido uma campanha de

grande porte e que, inicialmente, tenha dado certo, é essencial monitorar as

mídias sociais. O acompanhamento é que vai determinar, efetivamente, se as

campanhas estão surtindo efeito na população, assim como classifica e

categorizar as menções sobre a marca nas mídias sociais.

Todos esses itens fazem parte de um planejamento inicial que deve

ser bem detalhado e seguido à risca; caso contrário, muito dinheiro pode ser

investido sem haver retorno algum, mas, por outro lado, quando a campanha é

bem feita, bem articulada e planejada, é possível fazer um excelente trabalho

com poucos recursos e seus efeitos serem tão vantajosos que a tornariam uma

campanha de alto valor.

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Cases escolhidos

Antes de mostrar, os cases escolhidos, é essencial comentar alguns

pontos. O engajamento virtual vem sendo cada vez mais discutido e muitos,

inclusive, têm chamado de “sofativismo”, que seria um neologismo com a

junção dos termos “sofá” e “ativismo”. Esse termo faz referência àquelas

pessoas que pretendem salvar o mundo dentro de casa, sentada em seus

sofás, apenas compartilhando mensagens, vídeos e fotos. É um fenômeno

novo que surgiu com a propagação da internet e, principalmente, das redes

sociais.

O que as empresas têm feito atualmente é usarem esse

“sofativismo” a seu favor, criando campanhas publicitárias voltadas para

aspectos sociais e que, muitas vezes, até esquecemos qual o produto que

determinada empresa vende ou qual serviço ela presta, tamanho é o

envolvimento do consumidor com aquele novo conceito social.

Para exemplificar algumas campanhas feitas recentemente,

mostraremos como algumas divulgações foram feitas, de que forma foram

feitas, qual meios midiáticos foram utilizados, e, em alguns casos, quais foram

os efeitos daquela divulgação. A intenção destes exemplos é mostrar que é

possível que empresas trabalhem muito bem aspectos sociais e, assim,

transformem a sociedade, de forma unida com seu desejo de continuar

vendendo e angariando cada vez mais clientes – que, ultimamente, têm se

tornado fãs.

A prefeitura de Curitiba

O case da prefeitura de Curitiba é diferente pois, teoricamente, não

se trata de uma empresa propriamente dita. Sendo uma instituição pública, de

acordo com a realidade brasileira, não é comum de se esperar que um órgão

público possa ter um plano de mídia social tão bem desenvolvido quanto o da

prefeitura de Curitiba.

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Sua equipe é formada por publicitários e jornalistas, todos oriundos

do mercado privado e uma boa parte já trabalhou em agências com foco em

internet. A prefeitura possui perfis nas mais conhecidas e utilizadas redes

sociais: Facebook, Twitter, Google+, Instagram e Youtube.

A estratégia utilizada foi usar uma linguagem mais corriqueira,

amena, próxima da realidade da população, além de postagens engraçadas e

capazes de interagir com tudo o que está acontecendo no mundo. Tudo isso é

trabalhado sem deixar de falar de notícias sérias e de extrema necessidade

para a população, mas sempre alternando esse tipo de conteúdo – da mesma

forma que uma pessoa normal faz em sua rede social.

Com essa linguagem mais humana, a prefeitura de Curitiba utiliza a

cultura da cidade como base para seu engajamento com os fãs, sempre

sugerindo o que fazer na cidade, como se precaver de alguns problemas, o

que fazer caso ocorra algo inesperado, sempre assuntos trabalhados de forma

menos clássica e sisuda, termos que usaríamos, em primeira instância, ao

imaginar que um órgão do governo pudesse ter uma rede social.

Dentre várias possibilidades, uma que mais faz sucesso na internet

é a utilização de fatos e comentários que estão acontecendo realmente no

mundo para falar de algum outro ponto que interesse à cidade. Um exemplo

disso foi quando, em 2013, o preço do videogame Playstation 4 foi um dos

assuntos mais comentados da semana, pois, por ser um lançamento, todos

aguardavam-no com ansiedade. Quando as notícias chegaram acompanhadas

do preço que ele seria comercializado no Brasil, os comentários viralizaram,

pois ele seria vendido muito mais caro do que seu preço original, e assim, seu

custo seria de R$ 4.000.

Diante dessa história, a prefeitura fez uma postagem sobre o que

seria possível de fazer em Curitiba com esses mesmos R$ 4.000. Assim,

sugeriu passeios diferentes, lojas para serem visitadas, lugares históricos,

referências para bares à noite, dentre diversas outras possibilidades. Assim, de

uma forma muito sutil, ela soube se aproveitar de um momento importante

para falar sobre ela mesma, fazer propaganda de seus próprios “serviços e

produtos”.

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Um outro trabalho importante é o de parceria com outras marcas,

como Redbull, KitKat, Coca-Cola, Oreo e outras. Assim, a prefeitura acaba

mostrando suas influências no mercado dos grandes nomes de marcas e com

essas parcerias, todos divulgam seus principais produtos, levando

confiabilidade ao consumidor.

Como conclusão, fica claro que o que mais importa para ser

considerado um case de sucesso não necessariamente é a quantidade de fãs

e seguidores em uma rede social, mas sim, quão influenciadas as pessoas

estão sendo com o seu discurso.

Pedigree

A Pedigree, marca famosa de ração de cachorros e gatos, é

também muito conhecida por ser ativa quanto a animais abandonados que

precisem de um lar. Esse já é um ponto que trata dos conceitos de ações

sociais que foram discutidos inicialmente. O ser humano é movido pelo desejo

de agir no bem, ainda que o mesmo seja encoberto pela sociedade, e é aí

onde trabalhos desse tipo fazem toda a diferença para suscitar essa vontade

no homem, ainda que atrelada à projeção do nome de uma empresa.

Uma de suas campanhas mais conhecidas foi a de 2014, quando a

Pedigree lançou uma campanha em associação com 3 grandes agências

americanas: MARS, Colenso BBDO e Finch. O grande diferencial foi que eles

trouxeram algo para a campanha que é extremamente comum de se fazer nas

redes sociais: compartilhar vídeos de animais fofos e brincando.

Nessa overdose de vídeos, especialmente provenientes do Youtube,

é muito comum que a pessoas compartilhem vídeos de animais brincando, se

divertindo, interagindo. Então, que eles conseguiram associar esse ato já tão

natural e que promove felicidade nos seus usuários com um ato de

responsabilidade social. A ideia é que, simplesmente por compartilhar um

vídeo produzido por eles com esse conteúdo, o internauta já estaria ajudando

a instituições que cuidam de animais abandonados a levantar fundos para

suas campanhas de adoção.

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O vídeo, feito de forma brilhante, inclusive artisticamente, mostra

animais lindos, em poses diferentes e que causam leveza e alegria, e o

narrador avisa que, pelo simples fato de já estar assistindo ao vídeo, o público

já está ajudando a levantar fundos. Isso se dá através da quantidade de

compartilhamentos e visualizações que aquele vídeo consegue ter. Uma vez

que ele seja assistido milhões de vezes, seus criadores recebem do Youtube

parte do lucro que foi conseguido através dos anúncios que são apresentados

antes do vídeo passar.

Dessa forma, a Pedigree possibilitou que as pessoas pudessem

ajudar aos animais apenas a um clique de distância, suprindo a necessidade

social de fazer o bem, intrínseca ao ser humano, e isso sem deixar de

continuar mantendo seu nome junto à lista de marcas que promovem questões

sociais importantes.

Coca-Cola

Um case bem interessante foi o da Coca-Cola, marca de

refrigerantes mundialmente conhecida por seu produto inigualável e poder

aquisitivo exorbitante. Em busca de trazer esse conceito um pouco mais

humanitário a sua marca, a Coca aproveitou a época de Natal do ano de 2014

para lançar um vídeo na internet que fazia com que as pessoas refletissem

catadores de lixo nas ruas, tão comumente ignorados nas grandes cidades.

No dia 12 de dezembro, a Coca lançou a campanha de transformar

indiferença em felicidade, com o tema “Faça alguém feliz, trenó de rua”. Em

parceria com a agência de comunicação DAVID, as carroças usadas por

catadores de lixos foram transformadas em trenós cheios de presentes. Eles

selecionaram alguns catadores de lixos, recolheram suas carroças já

quebradas, sujas ou feias e as transformaram com uma reforma, pintando-as

de vermelho e dourado, com a imagem típica do trenó do Papai Noel da Coca-

Cola (figura extremamente conhecida no mundo todo).

Assim, no centro de São Paulo, os catadores passeiam pelas ruas

com suas carroças agora transformadas em trenós distribuindo presentes

30

variados aos pedestres e motoristas que passam. No vídeo, também há o

depoimento dos catadores e das pessoas impactadas pela campanha, dizendo

o quanto aquele ação foi extremamente importante para o seu sentimento,

fazendo com que elas se sentissem muito felizes.

Com essa campanha, a Coca-Cola fez com que seu vídeo fosse

compartilhado nas redes sociais milhares de vezes e, sempre tendo seu nome

associado a esse gesto tão humano, e pouco capitalista. Ainda que a intenção

a projeção da marca esteja inerente à campanha, o fato de ter havido a

conscientização especialmente na época em que o ser humano fica

naturalmente mais emotivo fez com que fosse válido todo o esforço.

Cartoon Network

A campanha lançada pelo canal de televisão pago para crianças

chamado Cartoon Network foi extremamente importante para a divulgação de

um problema atual: o cyberbulliyng. Esse termo diz respeito a pessoas que

desrespeitam, xingam ou denigrem a imagem de outras pessoas na internet,

especialmente através de blogs ou redes sociais.

Com um vídeo inteligente, eles levantaram a questão de que, quem

faz esse tipo de brincadeira maldosa com outra pessoa, muitas vezes, são as

crianças e adolescentes que, achando que estão apenas brincando com seus

amigos, fazem comentários ruins, o que pode acabar levando ao suicídio e

depressão quem passa por isso. Eles comparam com um “monstro” que cada

um carrega dentro de si, e que, em alguns momentos, as pessoas deixam esse

monstro livre, aterrorizando a vida das pessoas.

O “Movimento Cartoon” é o programa social do canal que veiculou o

tema de “Chega de bullying e não fique calado”, e o vídeo no qual mostram o

ser aterrorizando os outros pela internet foi feito pela agência Lobo/Vetor Zero.

Em determinado momento, um menino está na internet navegando e falando

com os amigos. Ele levanta e sai do seu quarto, quando o monstro entra e

toma o seu lugar no computador. Esse monstro, desenhado de forma

assustadora para crianças e adolescentes chama a atenção no meio de um

31

cenário real. Em outro vídeo, uma menina mexe em seu celular e, quando sai,

um monstro também toma conta dele e parece escrever mensagens ruins para

alguém.

Além dessa campanha na internet, em seu site principal, eles

criaram um hotsite com conteúdo exclusivo sobre esse assunto, onde é

possível achar mais informações sobre bullying, como uma pesquisa sobre o

assunto, quadrinhos dizendo o que fazer se a criança for vítima ou testemunha

de um caso e, inclusive, um material didático para ser baixado e utilizado em

escolas. Com uma linguagem simples e acessível a seu público-alvo, assim

como um design convidativo e de didática efetiva, essa campanha foi bem

elaborada e trabalhada em mais de uma mídia.

Mais uma vez, ainda que o objetivo seja a divulgação para os pais

das crianças que assistem esse canal de que é um fornecedor infantil

preocupado com questões sociais, e, consequentemente, angariar mais fãs, o

que importa é a ação social sendo implementada, ainda mais diante de um

assunto dificilmente abordado com tanta clareza como foi feito em um veículo

totalmente dedicado ao público infanto-juvenil.

Tinder

Uma agência de publicidade chamada OneWG criou uma

campanha para trazer um tópico já bastante corriqueiro e, ao mesmo tempo,

pouco mencionado no nosso dia a dia: pessoas desaparecidas. Esse é um

problema social já bastante antigo, sobre o qual já houve algumas campanhas

publicitárias – especialmente mídia impressa e televisão -, mas que sempre

perde a força justamente por ser comum e por, teoricamente, não ter o que

fazer para ajudar.

Diante desse panorama, essa agência criou uma campanha

bastante interessante: ela escolheu o estado de Santa Catarina para

desenvolver o seu projeto, pois lá, cerca de 3.000 pessoas desaparecem todos

os anos e não há indícios de onde elas estejam. Assim, as investigações

policiais se tornam pouco úteis e os casos não são resolvidos.

32

Assim, foram criados diversos perfis no Facebook com os nomes e

as fotos de várias pessoas desaparecidas e, em seguida, todos os dados

foram compartilhados no Tinder, aplicativo cujo objetivo é reunir casais para

encontros. A pessoa tem acesso a vários perfis e fotos de pessoas diferentes

e, lá, seleciona dizendo que gostou dela e até, possivelmente, marca um

encontro.

O que acontecia é que, no momento em que as pessoas buscavam

homens e mulheres interessantes, acabavam clicando em perfis de pessoas

desaparecidas que estavam cadastradas. Então, eles se deparavam com a

informação de que aquela pessoa estava sendo procurada há determinado

tempo e o aplicativo pedia para que ela entrasse em contato com a delegacia

caso pudessem ajudar com pistas ou se tivessem visto alguém parecido com

ela.

O interessante da campanha é que, de dezembro de 2013 a agosto

de 2014, 40.000 pessoas foram impactadas diretamente por essa campanha

através de visualizações dos perfis das pessoas desaparecidas. O mais

incrível é que 23 pessoas desaparecidas voltaram para suas casas e puderam

reencontrar suas famílias.

Mais uma vez, vemos uma campanha publicitária em prol da

sociedade. Ainda que a agência tenha lucrado com a criatividade para uma

campanha desse nível e o aplicativo Tinder tenha ficado ainda mais famoso, já

que muitas pessoas que não estão envolvidas em encontros pela internet

passaram a conhecer o aplicativo através dessa campanha, o resultado foi

muito válido.

É um dos exemplos em que, ainda que o capitalismo no sentido de

divulgação de uma marca esteja presente o tempo todo, a ação social que foi

promovida e o engajamento político-social de que Max Weber tanto falava foi

atingido com sucesso.

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CONCLUSÃO

Trazendo à tona novamente o que Durkheim pregava enquanto ato

social, fica claro que o ser humano tem o poder de definir a forma com que irá

conduzir sua vida em relação à sociedade. Ainda que o formato imposto –

coercitividade – seja extremamente capitalista e, teoricamente, isento de

sentimentalismo, pois, onde há o dinheiro e o lucro, não espaço para isso, as

últimas campanhas têm mostrado que é possível enxergar essas questões de

outro jeito.

Décadas atrás, as campanhas publicitárias de qualquer empresa

que estimulasse o consumo de seus produtos eram extremamente agressivas

e focavam apenas no que elas queriam como resultado final: a compra

incessante do mesmo produto por consumidores diferentes. Não havia certa

preocupação em manter aquele cliente que já conhecia a marca, mas sim,

quanto mais clientes novos fossem possíveis era melhor, pois significava mais

lucro para a empresa, não sendo necessário nem ao menos ouvir suas

opiniões, sugestões e interagir com eles.

Ainda que décadas atrás a possiblidade de ouvir os consumidores

fosse mais difícil, esse não era o foco das empresas. Hoje, essa questão muda

de figura quando as mídias sociais são envolvidas e a opinião de um

consumidor pode influenciar a opinião de milhares de consumidores e não

consumidores em questão de segundos. Assim, a preocupação em ouvir os

clientes, responder as suas solicitações e reclamações tornou-se essencial

para as empresas modernas caminharem junto ao seu público-alvo.

É interessante observar que cada vez mais as empresas estão

utilizando essa publicidade diferente, para promover causas sociais diversas,

como forma de colocar seu nome na boca dos consumidores. Hoje, não basta

ter consumidores e clientes no seu portfólio: é necessário angariar cada vez

mais fãs. Essa perspectiva mudou justamente porque, hoje, uma pessoa se

torna fã de uma marca devido a sua conduta, responsabilidade social,

ambiental etc. Ainda que a pessoa não consuma seus produtos, ela pode se

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tornar uma fã daquela marca e divulgar o seu nome para outras pessoas a

consumirem.

Atualmente, não há forma melhor de se chegar a essa questão que

não seja através das redes sociais. Elas estão ganhando cada vez mais

espaço na vida das pessoas que se tornam cada vez mais conectadas. A

necessidade de verificar redes sociais a cada minuto faz com que a pessoa

nem assista tanto à televisão como antes, nem leia mais tanto a revista

convencional. Os estilos mudaram e a realidade também. Hoje, os vídeos

tomam conta da forma com que o ser percebe o mundo, junto com as notícias

que agora, também são divulgadas e comentadas nas redes sociais; e o

principal: compartilhadas.

As empresas entenderam a importância de mostrar que seus

valores e missões, antes escondidos em um pedaço de papel ou na parede de

uma sala, agora, precisam ganhar a realidade, precisam tomar forma como

campanhas, precisam estar à vista do público. Só assim, é possível julgar,

tomar conhecimento, buscar informações, se apaixonar pela marca e consumi-

la. Tudo isso a distância de um clique.

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REFERÊNCIAS

BBC – British Broadcasting Corporation – Emissora de rádio e televisão do

Reino Unido mundialmente conhecida.

BULLYING – Prática de cometer atos de violência física ou psicológica que

causa dor, constrangimento e angústia às suas vítimas.

CYBERBULLYING – Prática que envolve o uso de tecnologias para dar

suporte a comportamentos hostis, com o objetivo de fazer com que um

indivíduo ou grupo se sinta denegrido virtualmente, seja em sites ou redes

sociais.

FACEBOOK – Rede social mundialmente conhecida como a mais utilizada

atualmente. Possui grande apelo na mídia e é um dos grandes focos do

marketing atualmente.

GOOGLE+ - Rede social e serviço de identidade mantido pelo Google, lançado

em 2011. Está crescendo mas ainda não é uma rede tão famosa quanto o

Facebook, por exemplo.

INSTAGRAM – Rede social que permite o compartilhamento de vídeos e fotos,

aplicação de filtros de cor e a possibilidade de acompanhar perfis previamente

escolhidos.

ORKUT – Rede social filiada ao Google criada em 2004 e desativada em 2014,

devido à maioria de seus usuários já não a utilizarem mais.

PINTEREST – Rede social de compartilhamento de fotos que se assemelha a

um quadro de inspirações.

SAC – Serviço de Atendimento ao Consumidor – serviço utilizada via internet

ou telefone para ajudar os clientes a resolverem os seus problemas.

TINDER – É um aplicativo para dispositivos móveis que permite a localização

de pessoas para encontros românticos, uma vez que seus dados são cruzados

utilizando informações de outras redes como o Facebook. TWEET – RETWEET – É o nome que se dá às mensagens enviadas através

da rede social Twitter. O fato de compartilhar novamente algo que foi publicado

se chama “retweet”.

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TWITTER – Rede social que permite aos usuários enviar e compartilhar

mensagens curtas, de até 140 caracteres.

VIRAL – Algo como uma foto, um vídeo ou alguma outra peça midiática que

rapidamente ganha popularidade devido ao seu alto poder de circulação e

compartilhamento na internet, configurando-se como um fenômeno que fica

famoso muito rapidamente.

YOUTUBE – Site e rede social que permite que seus usuários carreguem e

compartilhem vídeos em formato digital.

37

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Janeiro: Zahar, 2003.

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