UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PS-GRADUAO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
TICA NA EXECUO DE POLTICAS PBLICAS
Por: Nathalia Couto Chaves Lopes da Cunha
Orientador
Prof. Luiz Eduardo Chauvet
Rio de Janeiro
2015
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AUT
ORAL
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PS-GRADUAO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
TICA NA EXECUO DE POLTICAS PBLICAS
Apresentao de monografia AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obteno do
grau de especialista em Gesto Pblica.
Por: . Nathalia Couto Chaves Lopes da Cunha
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AGRADECIMENTOS
Agradeo a minha famlia e a
todos meus os amigos que
contriburam e apoiaram na realizao
desse trabalho.
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DEDICATRIA
Dedico o presente trabalho a todos que
me ajudaram em minha jornada
acadmica. Em especial meus pais que
nem por um momento deixou de acreditar
na minha capacidade de superar
desafios.
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RESUMO
O presente trabalho investiga a apliacao de condutas ticas na
elaborao e execuo de polticas pblicas, o que tornaria a gesto pblica
mais transparente e efciente. Pata tanto, se baseia na anlise da tica,
considerando a mesma como elemento fundamental para a execuo da
gesto pblica, representando o interesse da administrao e em benefcio da
coletividade.
A Constituio Federal determina princpios que devem ser seguidos
pelos servidores pblicos no desempenho de sua atividades resultando em
condutas honestas e justas e de conformidade com os limites jurdicos
atendendo sempre o interesse pblico.
Para realizar a anlise, considerou-se fundamental a distino entre
tica e moral, a conceituao de servidor pblico e o estudo do cdigo de tica
para servidores pblicos federais. Por fim, discorreu-se a respeito da gesto
pblica combinada aos princpios bsicos da administrao e a importncia da
tica nas instituies pblicas.
Conclui-se a necessidade da insero tica nas propostas e
planejamentos das polticas pblicas que contribuem para uma gesto pblica
eficaz e eficiente. A discusso sobre a insero da tica na elaborao das
polticas pblicas de suma importncia para toda sociedade brasileira, pois
s por meio dela esse pas poder diminiuir a desigualdade social que o
assola.
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METODOLOGIA
Na elaborao do presente trabalho, a metodologia utilizada foi a
pesquisa bibliogrfica fazendo uma busca terica aos autores que retratam de
maneira clara e objetiva sobre o assunto. Essa se baseia em literatura com
pesquisa bibliogrfica e documental, focando um carter descritivo e
exploratrio, com dados primrios e anlise qualitativa. A estrutura do trabalho
divide-se em trs captulos: tica, com uma abordagem de conceitos,
caractersticas, fundamentos, bem como a definio de moral; servidor pblico,
com seu conceito e suas atribuies perante a tica e, por fim gesto pblica,
analisando o setor pblico, com suas caractersticas e finalidades, e nesse
contexto, so apresentados alguns princpios administrativos que envolvem o
tema da tica no setor pblico.
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SUMRIO
INTRODUO 08
1. CAPTULO I A tica e o Principio da Moralidade Adimistrativa 10
1.1 Breve Histrico 10 1.2 tica e Moral 11 1.3 Formao tica 14 1.4 tica e o Principio da Moralidade Adimistrativa 16
2. CAPTULO II Servidor Pblico 18
2.1 Conceito 18 2.2 Servidor pblico como agente de Estado 22 2.3 Cdigo de tica 26 3. CAPTULO III Gesto Pblica 28
3.1 Conceito e Princpios 28 3.1.1 Princpio da Legalidade 30
3.1.2 Princpio da Impessoalidade 30 3.1.3 Princpio da Moralidade 31 3.1.4 Princpio da Publicidade 32 3.1.5 Princpio da Eficincia 32
3.2 tica nas Organizaes 33
4. CONCLUSO 37
5. BIBLIOGRAFIA 39
NDICE 42
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INTRODUO
A administrao pblica brasileira pode ser entendida como conjunto
de rgos de governo e pessoas jurdicas que desempenham funes
polticas, mas tambm os que desempenham funes meramente
administrativas, considerando seu sentido amplo. J em seu sentido estrito,
representada apenas pelos rgos e pessoas jurdicas que desempenham
apenas funes administrativas, entendidas como a execuo de polticas
pblicas.
No texto constitucional, temos um artigo que cita explicitamente os
princpios da administrao pblica direta e indireta. Por princpios entendemos
serem as idias centrais de um sistema, estabelecendo suas diretrizes. O
artigo 37, da Constituio Federal da Repblica Federativa do Brasil de 1988,
determina que:
A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da
Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos
princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia
e, tambm, ao seguinte(...)
Para assegurar um bom nvel de gesto pblica, a tica adquire um
papel fundamental nesse contexto, sendo necessrio que os agentes pblicos
tenham seu desempenho respaldado por um comportamento tico e legal. A
tica, nesse caso, integra o princpio da moralidade no sentido de que a
moralidade administrativa deve ser aplicada atravs de uma conduta baseada
na tica profissional.
Para desenvolver este trabalho, no primeiro captulo, ser abordada a
temtica da tica, atravs de um desenvolvimento histrico e conceitual, alm
de uma confrontao entre tica e moral. Considerando a tica como parte da
cultura organizacional, ela representa padres de comportamento que
correspondem a valores reais, aceitos e assumidos pelos componentes da
organizao, a partir de sua cpula. No servio pblico, no se admite uma
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conduta ilegtima. Exige-se, sempre, uma postura lcita baseada nos princpios
da honestidade e da moralidade.
No captulo seguinte, ser realizada uma definio de servidor pblico,
com foco na atuao do agente, que deve sempre fundamentar-se em
defender o interesse pblico, no podendo agir de maneira diversa daquela
estipulada pela lei.
Por fim, ser feita uma correlao entre tica e servidor pblico,
centrada na gesto pblica, que simplificadamente refere-se s funes de
gerncia dos negcios do governo, feita pelos servidores pblicos, que no
podem abrir mo da tica e da moralidade para desempenhar tal funo.
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CAPTULO I
A TICA E O PRINCPIO DA MORALIDADE
ADMINISTRATIVA
1.1 Breve Histrico
Do ponto de vista formal, a histria da tica teve sua origem na antiga
Grcia, atravs de Aristteles (384/322 a.C.). Quando ele apresentou um
problema terico que seria a definio do conceito de bem, seu objetivo era
investigar o contedo de bem e no definir o que cada indivduo deveria fazer
num caso concreto para que seu ato fosse considerado bom ou mau. Fato
que esta investigao terica deixou conseqncias prticas, pois quando
definiu-se bem, indicou-se um caminho por onde os homens pudessem se
conduzir nas suas diversas situaes particulares. Desta forma, agir com uma
postura tica exigiria dos indivduos um modelo de conduta voltado para aes
que ressaltassem os valores da sociedade, no permitindo aos indivduos
qualquer atitude que no fosse moral.
A histria da tica, como disciplina filosfica, mais limitada no tempo
e no material do que a histria das idias morais da humanidade, dado que
esta ltima compreende o estudo de todas as normas que regulam a conduta
humana desde sempre.
As doutrinas ticas fundamentais nasceram e se desenvolveram em
diferentes pocas e sociedades como resposta aos problemas bsicos
apresentados nas relaes entre os homens e em particular no seu
comportamento moral em sociedade. Assim, as doutrinas ticas no podem
ser analisadas e consideradas isoladamente, fazendo mais sentido estud-las
dentro de um processo de mudana e de sucesso que constitui a sua histria.
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Nos dias de hoje, o campo de atuao do estudo da tica ultrapassa
os limites da filosofia e inmeros pesquisadores do conhecimento dedicam-se
a seu estudo. Psiclogos, socilogos, bilogos e muitos outros profissionais
desenvolvem trabalhos no campo da tica.
1.2 tica e Moral
tica e moral so dois conceitos muito prximos e interligados; porm,
no se confundem. A moral se trata da regulao dos valores e
comportamentos considerados legtimos por uma determinada sociedade, um
povo, uma religio ou uma tradio cultural.