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SUMRIO PGINA1. Apresentao da Aula 12. Salrio-maternidade 2
3. Auxlio-doena 14
4. Auxlio-acidente 235. Penso por Morte 26
6. Auxlio-Recluso 29
7. Tabela Resumo dos Benefcios Previdencirios 33
8. Exerccios Fundamentados 36Anexo I Textos Legais 46
1. APRESENTAO DA AULA
Caros guerreiros, na aula de hoje, daremos continuidade ao estudo mais
detalhado dos benefcios previdencirios. Vamos estudar os regramentos
dos seguintes benefcios:
a) Salrio-maternidade;
b) Auxlio-doena; c)
Auxlio-acidente; d)
Penso por Morte; e)
Auxlio-Recluso.
Com isso, encerramos o estudo dos benefcios em espcie. Para facilitar o
estudo, disponibilizarei, ao final desta aula, um tabelo que resume os
principais pontos de cada um dos benefcios previdencirios.
Vamos a mais esta batalha, meus soldados!
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2 SALRIO-MATERNIDADE
Art. 71 a 73, Lei 8.213/91 e Art. 93 a 103, Decreto 3.048/99
O salrio-maternidade o benefcio devido segurada, durante 120 dias,
com incio 28 dias antes e trmino 91 dias depois do parto. Mesmo em
caso de parto antecipado, esse benefcio ser devido por 120 dias.
Meus caros amigos, apesar de a legislao falar que o salrio-
maternidade tem incio 28 dias antes do parto, nada impede que este
benefcio se inicie na data do parto ou at mesmo depois da data do
parto. Neste caso, a segurada teria direito a 120 dias de salrio-
maternidade, a contar da data de seu incio.
A legislao previdenciria no exige, em regra, exame mdico-pericial
para a concesso do salrio-maternidade. Obviamente, existem outras
formas mais simples de se comprovar o direito a este benefcio, como,
por exemplo, a apresentao de atestados mdicos e, quando solicitado
aps o parto, a certido de nascimento do filho, podendo, no caso de
dvida, a segurada ser submetida avaliao pericial junto ao Instituto
Nacional do Seguro Social.
Em casos excepcionais, os perodos de repouso anteriores e posteriores
ao parto podem ser acrescidos de duas semanas, mediante atestado
mdico especfico. Assim, a segurada pode obter quatro semanas adicio-
nais de descanso, duas antes do parto e duas aps o nascimento.
Relembrando, meus amigos: somente exigida carncia para concesso
do salrio-maternidade para as seguradas contribuinte individual, especial
e facultativa, equivalente a dez contribuies mensais. Em caso de parto
antecipado, o perodo de carncia ser reduzido em nmero de con-
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tribuies equivalente ao nmero de meses em que o parto foi antecipa-
do.
No se esqueam, meus caros, que a carncia para a concesso do
salrio-maternidade para a segurada especial corresponde necessidade
de comprovao do exerccio de atividade rural, nos ltimos dez meses
imediatamente anteriores ao requerimento do benefcio, mesmo que de
forma descontnua.
As seguradas empregadas, avulsas e empregadas domsticas indepen-
dem de carncia para o recebimento desse benefcio. Se, ento, uma
empregada domstica for contratada no oitavo ms de gestao, ter
direito a gozar do salrio-maternidade, mesmo que nunca tenha
trabalhado antes.
Para fins de concesso de salrio-maternidade, considera-se parto o
evento ocorrido a partir da 23. semana (sexto ms) de gestao, at
mesmo em caso de natimorto, ou seja, caso a segurada perca o feto a
partir desta etapa de sua gestao, o INSS lhe garante o recebimento do
benefcio integral durante os 120 dias.
Em caso de aborto no criminoso, considerado para tanto o evento
ocorrido antes da 23. semana de gestao, comprovado mediante
atestado mdico, a segurada ter direito ao salrio-maternidade
correspondente a duas semanas.
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O salrio-maternidade das seguradas empregadas pago diretamente
pela empresa, devendo esta efetuar o reembolso por meio de deduo do
valor da guia de pagamento de contribuies previdencirias (GPS). A
empregada deve dar quitao empresa dos recolhimentos mensais do
salrio-maternidade na prpria folha de pagamento ou por outra forma
admitida, de modo que a quitao fique plena e claramente caracterizada.
As seguradas das demais categorias, inclusive as empregadas
domsticas, recebem o benefcio diretamente do INSS.
A Lei 12.470/2011 alterou a forma de pagamento do salrio maternidade
da empregada ou avulsa contratada pelo MEI, imputando a
responsabilidade pela quitao do benefcio Previdncia Social.
Meus amigos, de acordo com o art. 94, 4, do Regulamento da
Previdncia Social e com o art. 72, 2, da Lei 8.213/91, o prazo
obrigatrio para guarda da documentao referente ao salrio-
maternidade de 10 anos. Ressalte-se, no entanto, que estes artigos
foram revogados tacitamente pela Smula Vinculante 8/2008, do STF,
que considerou inconstitucional o prazo decadencial de 10 de anos para
que o Fisco efetue a cobrana de seus crditos, definindo o novo prazo
em 5 anos, conforme previsto no CTN.
Ademais, o art. 32, 11, da Lei 8.212/91, inserido aps a Smula
Vinculante 8 pela Lei 11.941/09, dispe que, em relao aos crditos
tributrios, os documentos comprobatrios do cumprimento das
obrigaes previdencirias devem ficar arquivados na empresa, at que
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ocorra a prescrio relativa aos crditos decorrentes das operaes a que
se refiram.
Como as bancas organizadoras de concurso elabora a maior parte das
questes com base nos textos legais, recomendo que marquem como
correta a alternativa que mencione que as empresas devem guardar a
documentao durante o prazo de 10 anos.
A renda mensal do salrio-maternidade no calculada com base no sal-
rio-de-benefcio. A forma de clculo do valor depender da categoria da
segurada, conforme segue:
Empregada Valor de sua remunerao integral, podendo ultra-
passar o teto do salrio-de-contribuio, limitado apenas ao valor do sub-
sdio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal STF (art. 248,
CF), correspondente a R$ 29.462,25. Se a remunerao da empregada
for varivel, a empresa deve calcular o valor do salrio-maternidade com
base na mdia dos seis meses anteriores concesso do benefcio.
Trabalhadora avulsa Sua ltima remunerao integral equi-
valente a um ms de trabalho, no sujeita ao limite mximo do salrio-
de-contribuio, exceto ao imposto aos ministros do STF.
Empregada domstica Valor correspondente a seu ltimo sal-
rio-de-contribuio, sujeito ao limite do maior salrio-de-contribuio.
Segurada especial Um salrio mnimo, salvo se recolher suas
contribuies, facultativamente, da mesma forma que o contribuinte
individual.
Contribuinte individual e facultativa e as seguradas que
recebam salrio-maternidade durante o perodo de graa Valor
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de 1/12 da soma dos 12 ltimos salrios-de-contribuio, apurados em
perodo no superior a 15 meses, limitado ao teto do salrio-de-contribui-
o. Caso a segurada possua menos de 12 salrios-de-contribuio nos
15 meses anteriores ao parto, seu benefcio corresponder a 1/12 do
montante correspondente soma dos meses de contribuio.
Meus amigos, percebam que o valor do salrio-maternidade concedido
durante o perodo de graa deve ser calculado com base na mesma regra
de clculo deste benefcio para as seguradas contribuintes individuais e
facultativas.
Lembro que, durante o perodo de graa, a segurada desempregada faz
jus ao recebimento do salrio-maternidade nos casos de demisso antes
da gravidez, ou, durante a gestao, nas hipteses de dispensa
por justa causa ou a pedido, situaes em que o benefcio ser pago
diretamente pela previdncia social.
Se a empregada gestante for, ento, despedida sem justa causa, no far
jus ao salrio-maternidade, pois, neste caso, a empresa cometeu o ato
ilcito de despedir empregada que goza de estabilidade, devendo arcar
com a devida indenizao.
Se a empregada tiver mais de um emprego, ela tem direito ao salrio-
maternidade relativo a cada um deles.
Nos meses de incio e trmino do salrio-maternidade da segurada
empregada, o salrio-maternidade ser proporcional aos dias de
afastamento do trabalho.
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Meus soldados, um dos temas mais cobrados em provas de concurso
pblico o referente concesso do salrio-maternidade no caso de
adoo e ele foi recentemente alterado, ficando sujeito, ainda mais,
questionamento nos prximos concursos.
De acordo com a inovadora redao do art. 71-A, da Lei 8.213/91,
alterada pela Lei 12.873/2013, ao segurado ou segurada da
Previdncia Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de
adoo de criana devido salrio-maternidade pelo perodo de 120
dias.
Assim, esta nova redao dispe que o salrio-maternidade devido
tanto a homens quanto a mulheres que adotarem crianas, de
qualquer idade.
De acordo com o art. 2 do Estatuto da Criana e do Adolescente, criana
a pessoa menor de 12 anos de idade, e adolescente a pessoa de
12 anos at completar 18 anos de idade. A lei, ento, s garantiu o
salrio-maternidade para o segurado que adotar pessoa menos de 12
anos.
Ressalvado o pagamento do salrio-maternidade me biolgica e ao
benefcio pago em caso de falecimento do cnjuge ou companheiro, no
poder ser concedido o benefcio a mais de um segurado, decorrente do
mesmo processo de adoo ou guarda, ainda que os cnjuges ou
companheiros estejam submetidos a Regime Prprio de Previdncia
Social. Assim, em um casal adotante, apenas um recebe o salrio-
maternidade, em regra.
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O art. 93, 4, do RPS dispe que, quando houver adoo ou guarda
judicial para adoo de mais de uma criana, devido um nico salrio-
maternidade relativo criana de menor idade. O termo de menor idade
deixou de fazer sentido a partir do momento que a Lei passou a
considerar que no h mais escalonamento do benefcio.
Para a concesso do salrio-maternidade, indispensvel que conste da
nova certido de nascimento da criana ou do termo de guarda o nome
do segurado adotante ou guardio.
O salrio-maternidade da adotante pago diretamente pela previdncia
social, mesmo para as seguradas empregadas, salvo se a empresa
possuir convnio com o INSS permitindo efetuar o pagamento
diretamente a sua empregada.
Em relao ao prazo de concesso do benefcio do salrio-maternidade
para o adotante, que com a nova redao do art. 71-A, da Lei 8.213/91,
como j visto, foi fixado em 120 dias para adoo de criana de qualquer
idade, trazemos a importante evoluo legislativa.
A norma que criou o direito ao salrio-maternidade no caso de adoo foi
a Lei 10.710/2013. No havia dvidas de que o benefcio era devido
apenas s mulheres adotantes, e o prazo de durao do salrio
maternidade variava em funo da idade da criana adotada, nos
seguintes termos:
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a) at um ano completo - 120 dias;
b) a partir de um ano, at quatro anos completos 60 dias
c) a partir de quatro anos, at completar a criana oito anos - 30
dias.
Estes limites de idade estavam dispostos tanto nos 1 a 3, do art.
392-A, da CLT, quanto no art. 71-A, da Lei 8.213/91. Ocorre que, com a
edio da Lei 12.010/09, os 1 a 3, do art. 392-A da CLT foram
revogados. A Lei, todavia, no revogou o art. 71-A, da Lei 8.213/91.
A posio inicial do INSS era que, como a Lei 12.010/09 no revogou o
art. 71-A, da Lei de Benefcios da Previdncia Social, os prazos de
concesso do salrio-maternidade da adotante continuavam sendo
escalonados a depender da idade da criana. Neste caso, a revogao do
texto da CLT somente teria efeitos trabalhistas, impondo s empresas a
concesso da licena-maternidade de 120 dias, sem prejuzo da
remunerao. A previdncia social, entretanto, continuou pagando o
salrio-maternidade escalonado, sendo a diferena paga diretamente pela
empresa.
A Ao Civil Pblica n 5019632-23.2011.404.7200/SC, o INSS foi
obrigado a pagar o salrio-maternidade da me adotante de criana ou
adolescente pelo prazo de 120 dias, independentemente da idade do
adotado, desde que cumpridos os demais requisitos legais para a
percepo do benefcio. Assim, a deciso obrigou o INSS a pagar o
benefcio para a me adotante de criana ou adolescente (menores de 18
anos), durante o prazo de 120 dias, mesmo antes da edio da Lei
12.873/2013.
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Sabemos que a prpria Lei 12.873/2013 j reconheceu o direito ao
salrio-maternidade de 120 dias, mas somente para quem adotar pessoa
menor que 12 anos. Vejam que a ACP ordenou, na vigncia da antiga
redao, que fosse pago o salrio-maternidade para quem adotasse
tambm adolescente. Fica, ento, a dvida se a deciso da ACP que
obriga o pagamento do salrio-maternidade entre os 12 e 18 anos ainda
vlida.
Em relao ao concurso de Tcnico do INSS, vocs devem considerar que
o salrio-maternidade da me adotante deve ser pago para adoo de
crianas, pois desta forma que o texto legal menciona. Os concursos
para o INSS levam muito mais em conta o texto legal que as decises
judiciais.
J demonstramos que a redao atual do art. 71-A, da Lei 8.213/91,
alterada pela Lei 12.873/2013, garante ao segurado ou segurada da
Previdncia Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de
adoo de criana a concesso do salrio-maternidade. Assim, homens
ou mulheres que adotarem crianas faro jus ao salrio-maternidade.
Percebam que a Lei no alterou o nome do benefcio em caso de
concesso para os homens, sendo chamado, mesmo assim, de salrio-
maternidade e no de salrio paternidade.
A avanada Lei 12.873/2013 garantiu tambm que no caso de
falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento
do salrio-maternidade, o benefcio ser pago, por todo o perodo ou
pelo tempo restante a que teria direito, ao cnjuge ou companheiro
sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do
falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas
aplicveis ao salrio-maternidade (art. 71-B, da Lei 8.213/91).
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Esta redao deixa claro que o homem passa a ter direito ao salrio-
maternidade tambm em caso de morte da mulher no parto ou
durante o gozo do salrio-maternidade, desde que ele seja segurado
do RGPS ou mantenha esta qualidade. A lei faz aluso tambm ao
pagamento para mulher em caso de morte do homem, somente sendo
isso possvel em caso de falecimento do homem adotante. Vejam que
3, do art. 71-B, da Lei 8.213/91 dispe que se aplica o salrio-
maternidade em caso de falecimento do segurado para quem adotar ou
obtiver guarda judicial para fins de adoo. Assim, o cnjuge ou
companheiro do adotante passa a ter direito ao gozo deste benefcio.
A lei no estabeleceu necessidade de cumprimento de carncia para a
concesso deste benefcio para o cnjuge ou companheiro, mas somente
da manuteno da qualidade de segurado. No caso de morte da me no
parto, por exemplo, o requisito da carncia deve ser analisado em relao
mulher, e, fazendo ela jus a este benefcio, o seu marido ou
companheiro ter direito ao recebimento, sem a necessidade de carncia.
Vamos a um exemplo para deixar mais claro este ensinamento:
Exemplo: Ana Karenina, segurada empregada h apenas 4 meses,
morreu no parto, deixando o seu filho Pedro aos cuidados de seu
marido Rodrigo, segurado contribuinte individual h apenas 2
meses. Nesta situao, Carlos ter direito ao salrio-maternidade?
Resposta: Para elucidar esta questo, necessrio,
primeiramente, analisar se Ana Karenina faria jus ao salrio-
maternidade, se viva estivesse. Para as empregadas, o salrio-
maternidade dispensa a carncia, ento Ana Karenina teria direito
ao salrio-maternidade. Desta forma, Rodrigo, que mantem a
qualidade de segurado, ter direito ao salrio-maternidade.
Observem que, se fosse exigida de Rodrigo a comprovao da
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carncia, ele no teria direito ao benefcio, uma vez que o
contribuinte individual necessita comprovar 10 meses de
contribuio para gozar do salrio-maternidade.
O salrio-maternidade, em caso do falecimento de segurado ou
segurada, deve ser requerido at o ltimo dia do prazo previsto para o
trmino do salrio-maternidade originrio, devendo ser pago diretamente
pela Previdncia Social durante o perodo entre a data do bito e o ltimo
dia do trmino do salrio-maternidade originrio e ser calculado sobre:
I - a remunerao integral, para o empregado e trabalhador
avulso;
II - o ltimo salrio-de-contribuio, para o empregado domstico;
III - 1/12 da soma dos 12 ltimos salrios de contribuio,
apurados em um perodo no superior a 15 meses, para o
contribuinte individual, facultativo e desempregado; e
IV - o valor do salrio mnimo, para o segurado especial.
Em relao ao valor do salrio-maternidade em caso de falecimento do
segurado, podemos perceber que o benefcio deve ser calculado com
base nos salrios-de-contribuio do segurado sobrevivente, que ser
contemplado com o benefcio. Vejamos o exemplo:
Exemplo: Ana Carla, empregada que recebia R$ 2.000,00, faleceu
30 dias aps estar gozando o salrio-maternidade pelo nascimento
de seu filho, Nino. Seu companheiro, Jos Martins, empregado que
recebia R$ 10.000,00 mensais, requereu o benefcio de salrio-
maternidade logo aps o falecimento de Ana Carla. Qual ser o
valor do benefcio concedido para Jos Martins?
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Resposta: O benefcio ser pago no valor de R$ 10.000,00,
durante os 90 dias restantes, pois, para o clculo do valor do
benefcio, deve-se considerar a situao de quem vai receb-lo e
no do segurado falecido. Da mesma forma, se Ana Carla recebesse
R$ 10.000,00 e Jos Martins apenas R$ 2.000,00, o benefcio seria
pago no valor de R$ 2.000,00.
Curioso, no caso retratado, que Jos Martins, alm de fazer jus ao
salrio-maternidade remanescente ainda ter direito penso por morte
deixada por Ana Carla, podendo cumular os dois benefcios.
Obviamente, a percepo do salrio-maternidade, inclusive o concedido
no caso de falecimento, est condicionada ao afastamento do segurado
do trabalho ou da atividade desempenhada, sob pena de suspenso do
benefcio.
Para a concesso do salrio-maternidade, indispensvel que conste da
nova certido de nascimento da criana ou do termo de guarda o nome
da segurada adotante ou guardi.
Por fim, meus caros amigos, a segurada aposentada que retornar ativi-
dade far jus ao pagamento do salrio-maternidade. Esta situao
dificilmente ocorrer, salvo no caso de adoo, pois muito raro que uma
mulher j aposentada tenha um novo filho.
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3 AUXLIO-DOENA
Art. 19 a 23, Lei 8.213/91; Art. 59 a 64, Lei 8.213/91 e Art. 71 a80 e 337, Decreto 3.048/99
O auxlio-doena o benefcio devido ao segurado que ficar incapacitado
para seu trabalho ou para a atividade habitual por mais de 15 dias
consecutivos.
Meus amigos, da mesma forma que a aposentadoria por invalidez, no
ser devido auxlio-doena ao segurado que se filiar ao RGPS j sendo
portador de doena ou leso invocada como causa da concesso do bene-
fcio, salvo quando a incapacidade sobrevier, por motivo de progresso ou
agravamento dessa doena ou leso.
A verificao da incapacidade feita mediante exame mdico-pericial a
cargo do INSS. Se a Previdncia Social tiver cincia da incapacidade do
segurado, ela deve processar, de ofcio, o auxlio-doena, mesmo que o
trabalhador no o tenha requerido.
A empresa pode tambm protocolar requerimento de auxlio-doena de
seu empregado ou de contribuinte individual a ela vinculado ou a seu
servio. A empresa que adotar este procedimento pode ter acesso s
decises administrativas vinculadas ao requerimento do benefcio.
Soldados, o INSS pode estabelecer, mediante avaliao mdico-pericial, o
prazo que entender suficiente para a recuperao da capacidade para o
trabalho do segurado, dispensada, nessa hiptese, a realizao de nova
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percia (alta programada). Caso o prazo concedido para a recuperao se
revele insuficiente, o segurado poder solicitar a realizao de nova
percia mdica.
De acordo com o art. 15, 6, da Lei 10.741/2013, alterado pela Lei
12.896, de 18/12/2013, assegurado ao idoso enfermo o atendimento
domiciliar pela percia mdica do Instituto Nacional do Seguro Social -
INSS, pelo servio pblico de sade ou pelo servio privado de sade,
contratado ou conveniado, que integre o Sistema nico de Sade - SUS,
para expedio do laudo de sade necessrio ao exerccio de seus direitos
sociais e de iseno tributria. Ressalte-se que a previdncia, mesmo
antes da citada Lei, sempre possibilitou a percia domiciliar ou a
hospitalar, sempre que o segurado enfermo no tivesse condies de se
deslocar.
O segurado em gozo de auxlio-doena est obrigado, independentemente
de sua idade e sob pena de suspenso do benefcio, a submeter-se a
exame mdico a cargo da Previdncia Social, a processo de reabilitao
profissional por ela prescrito e custeado e a tratamento dispensado gra-
tuitamente, exceto o cirrgico e a transfuso de sangue, que so
facultativos.
O segurado em gozo de auxlio-doena insuscetvel de recuperao para
sua atividade habitual dever submeter-se a processo de reabilitao pro-
fissional para exerccio de outra atividade, no cessando o benefcio at
que seja dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que
lhe garanta a subsistncia ou, quando considerado no recupervel, seja
aposentado por invalidez.
Relembrando alguns temas: a renda mensal do auxlio-doena de 91%
do salrio-de-benefcio, calculado pela mdia aritmtica simples dos 80%
maiores salrios-de-contribuio cotados a partir de julho de 1994. A
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carncia para o auxlio-doena de 12 contribuies mensais, sendo
dispensada nos casos de acidente de qualquer natureza, doena profissio-
nal ou do trabalho e doenas e afeces especificadas em lista elaborada
pelos Ministrios da Sade e da Previdncia Social, a cada trs anos.
Meus caros, independe de carncia a concesso de auxlio-doena aos
segurados especiais, desde que comprovem o exerccio de atividade rural
no perodo de 12 meses imediatamente anterior ao requerimento do
benefcio, ainda que de forma descontnua.
O auxlio-doena pode ser de dois tipos:
Auxlio-doena acidentrio Quando decorrente de acidentes do
trabalho e equiparados, doena profissional e doena do trabalho.
Auxlio-doena ordinrio ou previdencirio Em relao aos
demais casos, de origem no-ocupacional, inclusive os acidentes no
relacionados ao trabalho.
Acidente do trabalho o que ocorre pelo exerccio do trabalho a servio
da empresa ou pelo exerccio do trabalho dos segurados especiais,
provocando leso corporal ou perturbao funcional que cause a morte ou
a perda ou reduo, permanente ou temporria, da capacidade para o
trabalho.
As doenas ocupacionais equiparam-se a acidente de trabalho, sendo
estas as ocorridas em virtude da atividade do trabalhador. So
equiparadas ao acidente de trabalho, dividindo-se em doena profissional
e do trabalho, conforme a seguinte conceituao legal:
a) Doena profissional a produzida ou desencadeada pelo
exerccio do trabalho peculiar a determinada atividade e constante
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da respectiva relao elaborada pelo Ministrio da Previdncia
Social;
b) Doena do trabalho a adquirida ou desencadeada em funo
de condies especiais em que o trabalho realizado, e com ele se
relaciona diretamente.
A doena profissional decorrente da prpria atividade, sendo possvel
at uma presuno de que ela foi desencadeada pelo trabalho, como, por
exemplo, a LER no bancrio.
A doena do trabalho tem um vnculo com as condies especiais a que o
trabalhador submetido e no com a prpria profisso. Por exemplo: um
porteiro de prdio que teve hrnia de disco porque foi obrigado a
trabalhar sentado em um banco sem encosto.
A empresa responsvel pela adoo e uso das medidas coletivas e
individuais de proteo e segurana da sade do trabalhador, constituindo
contraveno penal, punvel com multa, deixar a empresa de cumprir as
normas de segurana e higiene do trabalho.
01008991538
Meus amigos, os regramentos relativos ao acidente de trabalho, previstos
nos art. 19 a 23 da Lei 8.213/91 so bastante cobrados nos concursos
pblicos, por isso faremos aqui um breve resumo.
No so consideradas doenas do trabalho:
a) a doena degenerativa;
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b) a inerente a grupo etrio;
c) a que no produza incapacidade para o trabalho;
d) a doena endmica adquirida por segurado habitante de regio
em que ela se desenvolva, salvo comprovao de que resultante
de exposio ou contato direto determinado pela natureza do
trabalho.
Equiparam-se, tambm, ao acidente do trabalho:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora no tenha sido a
causa nica, haja contribudo diretamente para a morte do
segurado, para reduo ou perda da sua capacidade para o
trabalho, ou produzido leso que exija ateno mdica para a sua
recuperao;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horrio do
trabalho, em consequncia de:
a) ato de agresso, sabotagem ou terrorismo praticado por
terceiro ou companheiro de trabalho;
b) ofensa fsica intencional, inclusive de terceiro, por motivo
de disputa relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudncia, de negligncia ou de impercia de
terceiro ou de companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razo;
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e) desabamento, inundao, incndio e outros casos fortuitos
ou decorrentes de fora maior;
III - a doena proveniente de contaminao acidental do
empregado, no exerccio de sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local
e horrio de trabalho:
a) na execuo de ordem ou na realizao de servio
sob a autoridade da empresa;
b) na prestao espontnea de qualquer servio
empresa para lhe evitar prejuzo ou proporcionar
proveito;
c) em viagem a servio da empresa, inclusive para
estudo, quando financiada por esta dentro de seus
planos para melhor capacitao da mo-de-obra,
independentemente do meio de locomoo utilizado,
inclusive veculo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residncia para o local de trabalho ou
deste para aquela, qualquer que seja o meio de
locomoo, inclusive veculo de propriedade do
segurado.
Nos perodos destinados a refeio ou descanso ou por ocasio da
satisfao de outras necessidades fisiolgicas, no local do trabalho ou
durante este, o empregado considerado no exerccio do trabalho.
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No considerada agravao ou complicao de acidente do trabalho a
leso que, resultante de acidente de outra origem, associe-se ou se
superponha s consequncias do acidente de trabalho.
Meus amigos, ser considerado agravamento do acidente aquele sofrido
pelo acidentado quando estiver sob a responsabilidade do servio de
reabilitao profissional.
A empresa deve comunicar o acidente do trabalho Previdncia Social,
at o 1 dia til seguinte ao da ocorrncia, e, em caso de morte, de
imediato, autoridade competente, devendo ser entregue cpia fiel da
CAT ao acidentado ou aos seus dependentes, bem como ao sindicato a
que corresponda a categoria do acidentado, salvo no caso de doena
ocupacional j prevista no Nexo Tcnico Epidemiolgico Previdencirio,
como j estudado.
Considera-se como dia do acidente, no caso de doena profissional ou do
trabalho, a data do incio da incapacidade laborativa para o exerccio da
atividade habitual, ou o dia da segregao compulsria, ou, ainda, o dia
em que for realizado o diagnstico, valendo para este efeito o que ocorrer
primeiro.
Meus caros, o artigo 120, da Lei 8.213/91 prev que nos casos de
negligncia quanto s normas padro de segurana e higiene do trabalho
indicados para a proteo individual e coletiva, a Previdncia Social
propor ao regressiva contra os responsveis. Isso significa dizer
que o INSS deve tentar se ressarcir na Justia dos gastos que tem com a
concesso de benefcios acidentrios concedidos em razo de culpa da
empresa.
A legislao previdenciria no traz grandes diferenas entre o auxlio-
doena acidentrio e o ordinrio. A nica diferena que o primeiro
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sempre dispensa a carncia e exige a emisso da Comunicao de
Acidente de Trabalho (CAT). O segundo somente dispensar a carncia,
se for decorrente de acidente no ocupacional ou de doenas graves
listadas pelo MS e MPS. Todas as demais regras so equivalentes, incluin-
do a forma de clculo de seu valor.
Um importante e complexo regramento o estabelecido no artigo 21-A,
da Lei 8213/91, que presume caracterizada incapacidade acidentria
quando estabelecido o nexo tcnico epidemiolgico entre o trabalho
e o agravo, decorrente da relao entre a atividade da empresa e a
entidade mrbida motivadora da incapacidade.
Este complicado texto significa que, quando a doena (chamada de
agravo) tiver relao presumida (nexo tcnico) com o trabalho, o mdico
deve conceder o benefcio acidentrio. O nexo tcnico epidemiolgico
previdencirio (NTEP) uma tabela que relaciona as doenas com as
atividades, criando esta presuno, que deve ser aplicada pelo mdico
perito. Se, por exemplo, um minerador tiver uma doena respiratria, o
mdico deve consider-la acidentria, pois esta relao est presente no
NTEP, na Lista C do Anexo II, do RPS.
O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo
mnimo de 12 meses, a manuteno de seu contrato de trabalho na
empresa, aps a cessao do auxlio-doena acidentrio, independente-
mente da percepo de auxlio-acidente.
Da mesma forma que a aposentadoria por invalidez, o auxlio-doena ser
devido:
a) ao segurado empregado, a partir do 16. dia do afastamento da ati-
vidade ou desde a entrada do requerimento, se entre o afastamento e a
entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias;
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b) ao segurado empregado domstico, trabalhador avulso, contribuinte
individual, especial e facultativo, a partir da data do incio da incapacidade
ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem
mais de 30 dias.
Durante os primeiros 15 dias de afastamento, caber empresa pagar ao
segurado empregado o salrio correspondente. Percebam, meus amigos,
que essa obrigatoriedade no se estende ao empregador domstico,
devendo a Previdncia conceder o benefcio desde o incio da
incapacidade.
Se o segurado no empregado ficar incapacitado por menos de 15 dias,
ter que arcar com o nus de seu afastamento, pois no ter direito ao
auxlio-doena.
Meus amigos, o auxlio-doena do segurado que exercer mais de uma
atividade abrangida pela previdncia social ser devido mesmo no caso de
incapacidade apenas para o exerccio de uma delas, devendo a percia
mdica ser conhecedora de todas as atividades por ele exercidas. Neste
caso, o auxlio-doena ser concedido em relao atividade para a qual
o segurado estiver incapacitado, considerando-se para efeito de carncia
somente as contribuies relativas a essa atividade. Nesta situao, o
valor do auxlio-doena pode ser inferior ao salrio mnimo, desde
que somado s demais remuneraes recebidas resultar valor superior a
este.
Quando o segurado que exerce mais de uma atividade incapacitar-se,
definitivamente, para uma delas, dever o auxlio-doena ser mantido,
indefinidamente, no cabendo sua transformao em aposentadoria por
invalidez enquanto essa incapacidade no se estender s demais
atividades.
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No caso de concesso de novo benefcio decorrente da mesma doena
dentro de 60 dias, contados do encerramento do benefcio anterior, a
empresa fica desobrigada do pagamento relativo aos 15 primeiros dias de
afastamento, prorrogando-se o benefcio anterior e descontando-se os
dias trabalhados, se for o caso.
Exemplo: Carlos entrou em auxlio doena por dois meses em razo de
uma tendinite. Retornou ao trabalho e, 20 dias depois, voltou a sentir
fortes dores, sendo obrigado a afastar-se novamente. O INSS assumir o
pagamento do auxlio-doena desde o primeiro dia do novo afastamento.
Se o segurado empregado, por motivo de doena, afastar-se do trabalho
durante 15 dias e retornar atividade no 16. dia, e se dela voltar a se
afastar dentro de 60 dias, far jus ao auxlio-doena a partir da data do
novo afastamento, somente se o novo afastamento foi decorrente
da mesma doena.
Exemplo: Maurcio se afastou por 15 dias, em razo de uma cirurgia de
hrnia, sem gozar do auxlio-doena. Quarenta dias depois de voltar a
trabalhar, ele teve que ser novamente internado em decorrncia de
complicaes da cirurgia sofrida. O INSS conceder o auxlio-doena a
Maurcio a partir do primeiro dia do novo afastamento.
O auxlio-doena cessa com a recuperao da capacidade para o trabalho,
com a transformao em auxlio-acidente ou com a morte do segurado.
4 AUXLIO-ACIDENTE
Arts. 86, Lei 8.213/91, e 104, Decreto 3.048/99
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O auxlio-acidente o benefcio concedido, como forma de indenizao,
ao segurado empregado, exceto o domstico, ao trabalhador avulso e
ao segurado especial quando, aps a consolidao das leses
decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar em sequela
definitiva, conforme as situaes discriminadas no Anexo III do Decreto
3.048/99, que implique:
a) reduo da capacidade para o trabalho que habitualmente
exerciam;
b) reduo da capacidade para o trabalho que habitualmente
exerciam e exija maior esforo para o desempenho da mesma
atividade que exerciam poca do acidente;
c) impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam
poca do acidente, porm permita o desempenho de outra,
aps processo de reabilitao profissional, nos casos indicados
pela percia mdica do INSS.
Os empregados domsticos faro jus ao auxlio-acidente aps a
regulamentao da EC 72/2013, que estendeu este benefcio aos
trabalhadores domsticos.
Meus guerreiros, a concesso do auxlio-acidente est condicionada con-
firmao, pela percia mdica do INSS, da reduo da capacidade labora-
tiva do segurado, em decorrncia de acidente de qualquer natureza.
Exemplo: Joo trabalha como operador da mquina de corte de uma
grande grfica. Executando o seu ofcio, teve 1 dedo decepado. Na
avaliao mdica, o Perito do INSS entendeu que ele teria condies de
continuar exercendo suas atividades, embora com um pouco mais de difi-
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culdade, concedendo-lhe o benefcio do auxlio-acidente com base no item
b.
Mesmo que Joo tivesse perdido sua mo, no teria mais condies de
continuar exercendo a atividade de digitadora. Nesse caso, ele poderia,
aps processo de reabilitao profissional que o capacitasse para nova
funo, como a de porteiro, receber, da mesma forma, o auxlio-acidente
com base no item c.
Ressalte-se que no h necessidade de carncia para a concesso desse
benefcio. O auxlio-acidente ser devido a partir do dia seguinte ao da
cessao do auxlio-doena, independentemente de qualquer
remunerao ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua
acumulao com qualquer aposentadoria.
Notem, meus amigos, que o auxlio-acidente pago apenas aps a
recuperao do segurado afastado por auxlio-doena. O segurado pode,
ento, retornar ao trabalho remunerado, recebendo, cumulativamente, o
benefcio.
O salrio-de-benefcio calculado pela mdia aritmtica dos 80% maiores
salrios-de-contribuio cotados a partir de julho de 1994. A renda men-
sal do auxlio-acidente corresponder a 50% do salrio-de-benefcio que
deu origem ao auxlio-doena do segurado, corrigido at o ms anterior
ao do incio do auxlio-acidente, e ser devido at a vspera de incio de
qualquer aposentadoria ou at a data do bito do segurado.
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No h impedimento para que esse benefcio seja pago em valor inferior
ao do salrio mnimo, uma vez que no substitui a remunerao do
trabalho.
Meus caros amigos, no se esqueam de que, para clculo do salrio-de-
benefcio das aposentadorias, os valores mensais do auxlio-acidente
devem ser somados ao salrio-de-contribuio, repercutindo no valor do
benefcio.
A perda da audio, em qualquer grau, somente proporcionar a conces-
so do auxlio-acidente quando, alm do reconhecimento do nexo de
causa entre o trabalho e a doena, resultar, comprovadamente, na redu-
o ou perda da capacidade para o trabalho que o segurado habitualmen-
te exercia.
O auxlio-acidente ser suspenso quando da concesso ou da reaber-
tura do auxlio-doena em razo do mesmo acidente ou doena que
lhe tenha dado origem. O auxlio-acidente suspenso ser restabelecido
aps a cessao do auxlio-doena concedido ou reaberto.
O auxlio-acidente cessa com o falecimento do segurado ou com a sua
aposentadoria.
5 PENSO POR MORTE
Arts. 74 a 79, Lei 8.213/91, e 105 a 115, Decreto 3.048/99
A penso por morte ser devida ao conjunto dos dependentes do
segurado que falecer, aposentado ou no, a contar da data:
I) do bito, quando requerido at trinta dias depois deste;
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II) do requerimento, quando requerida aps o prazo previsto no inciso
I; ou
III) da deciso judicial, no caso de morte presumida.
A penso poder ser concedida, em carter provisrio, por morte
presumida:
I - mediante sentena declaratria de ausncia, expedida por
autoridade judiciria, a contar da data de sua emisso; ou
II - em caso de desaparecimento do segurado por motivo de
catstrofe, acidente ou desastre, a contar da data da ocorrncia,
mediante prova hbil.
Se o segurado reaparecer, o pagamento da penso cessa imediatamente,
ficando os dependentes desobrigados da reposio dos valores recebidos,
salvo m-f.
A concesso da penso por morte no ser protelada pela falta de habili-
tao de outro possvel dependente, e qualquer habilitao posterior que
importe excluso ou incluso de dependente somente produzir efeito a
partir da data da habilitao.
Assim, meus amigos, se um dependente de segunda classe solicitar o
benefcio e no houver no momento do seu requerimento qualquer outro
dependente habilitado, o benefcio vai lhe ser concedido integralmente.
Se, posteriormente, aparecer um dependente da primeira classe, o da
segunda ser cessado em seu favor a partir da data de sua habilitao.
A inscrio do dependente s cabvel no ato do requerimento do benef-
cio. No possvel, ento, que o INSS proceda converso automtica
dos benefcios de aposentadoria em penso por morte.
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A penso por morte somente ser devida ao dependente invlido se for
comprovada pela percia mdica a existncia de invalidez na data do bito
do segurado.
Da mesma forma que o aposentado por invalidez, o pensionista invlido
est obrigado, independentemente de sua idade e sob pena de suspenso
do benefcio, a submeter-se a exame mdico a cargo da Previdncia
Social, a processo de reabilitao profissional por ela prescrito e custeado
e a tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirrgico e a transfu-
so de sangue, que so facultativos.
O dependente menor de idade que se invalidar antes de completar 21
anos dever ser submetido a exame mdico-pericial, no se extinguindo a
respectiva cota, se confirmada a invalidez.
No h exigncia de carncia para a concesso do benefcio de penso
por morte, pois esse evento totalmente imprevisvel. O valor do
benefcio de penso por morte o valor da aposentadoria que o segurado
recebia ou daquela a que teria direito se se aposentasse por invalidez, na
data de seu falecimento.
De acordo com o art. 77, 4, da Lei 8.213/91, inserido pela Lei
12.470/2011, a parte individual da penso do dependente com deficincia
intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz,
assim declarado judicialmente, que exera atividade remunerada, ser
reduzida em 30%, devendo ser integralmente restabelecida em face da
extino da relao de trabalho ou da atividade empreendedora.
Com a nova sistemtica, possvel, ento, admitir que o dependente
deficiente intelectual ou mental absoluta ou relativamente incapaz possa
exercer a atividade remunerada sem que seja extinta a sua cota de
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penso por morte. Neste caso, recebe o percentual de 70% do valor de
seu benefcio, devendo o valor integral ser pago quando houver a
extino do contrato de trabalho.
O pagamento da cota individual da penso por morte cessa:
a) pela morte do pensionista;
b) para o pensionista menor de idade, ao completar 21 anos,
salvo se for invlido, ou pela emancipao, ainda que invlido,
exceto, nesse caso, se a emancipao for decorrente de colao de
grau cientfico em curso de ensino superior;
c) para o pensionista invlido, pela cessao da invalidez, verifi-
cada em exame mdico-pericial a cargo da Previdncia Social;
d) pela adoo, para o filho adotado que receba penso por
morte dos pais biolgicos.
Com a extino da cota do ltimo pensionista, a penso por morte ser
encerrada, no podendo ser transferida para pensionistas de classe infe-
rior.
6 AUXLIO-RECLUSO
Arts. 80, Lei 8.213/91, e 116 a 119, Decreto 3.048/99
O auxlio-recluso devido aos dependentes do segurado de baixa renda
(que recebe remunerao igual ou inferior a R$ 1.025,81 Portaria
Interministerial MPS/MF 19/14) recolhido priso que no receber
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remunerao da empresa nem estiver em gozo de auxlio-doena,
aposentadoria ou abono de permanncia em servio (benefcio j extinto).
De acordo com o texto Regulamento da Previdncia Social, o benefcio
concedido apenas durante o perodo em que o segurado estiver recolhido
priso sob regime fechado ou semiaberto (art. 116, 5). Apesar da
polmica a respeito deste tema, meus guerreiros, vocs devem considerar
correta a alternativa que mencionar este artigo.
Equipara-se condio de recolhido priso a situao do maior de 16 e
menor de 18 anos de idade que se encontre internado em estabelecimen-
to educacional ou congnere, sob custdia do Juizado da Infncia e da
Juventude.
No cabe a concesso do auxlio-recluso aos dependentes do segurado
que esteja em livramento condicional ou que cumpra pena em regime
aberto, assim entendido aquele cuja execuo da pena seja em casa de
albergado ou estabelecimento adequado.
O exerccio de atividade remunerada pelo segurado recluso, em cumpri-
mento de pena em regime fechado ou semiaberto, que contribuir na con-
dio de contribuinte individual no acarreta perda do direito ao recebi-
mento do auxlio-recluso por seus dependentes (art. 116, 6, do RPS).
Vocs devem estar perguntando: preso que contribui como contribuinte
individual? Ele no sempre facultativo?
Sim, meus amigos. O problema que o Regulamento da Previdncia
Social uma colcha de retalhos. que o Decreto que alterou o dispositivo
que mencionava que o preso era contribuinte individual e passou a ser
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segurado facultativo (art. 9, do RPS) no alterou o art. 116,
permanecendo esta redao conflitante. Como com o texto legal no se
deve brigar, aconselho a vocs considerarem certa a alternativa que traga
o contedo do art. 116, do RPS.
O segurado recluso, ainda que contribua para a previdncia social, no
faz jus aos benefcios de auxlio-doena e de aposentadoria, durante a
percepo, pelos dependentes, do auxlio-recluso, permitida a opo,
desde que manifestada, tambm, pelos dependentes, pelo benefcio mais
vantajoso.
Meus amigos, o pedido de auxlio-recluso deve ser instrudo com certido
do efetivo recolhimento do segurado priso, firmada pela autoridade
competente. O benefcio ser mantido enquanto o segurado permanecer
detento ou recluso.
Para fins de controle, os dependentes devero apresentar, trimestral-
mente, atestado de que o segurado continua detido ou recluso, firmado
pela autoridade competente.
No caso de fuga, o benefcio ser suspenso e, havendo recaptura do
segurado, ser restabelecido a partir da data em que esta ocorrer, desde
que esteja, ainda, mantida a qualidade de segurado. Se houver exerccio
de atividade dentro do perodo de fuga, o mesmo ser considerado para a
verificao da perda ou no da qualidade de segurado.
Se um fugitivo que gerava o recebimento do auxlio-recluso para os seus
dependentes enquanto estava preso for recapturado 10 meses depois da
fuga, o auxlio-recluso ser restabelecido. Da mesma forma, se a
recaptura ocorreu depois de 20 meses da fuga, mas o fugitivo efetuou
uma contribuio como contribuinte individual no 12 ms, ele gerar
novamente o auxlio-recluso para os seus dependentes. Vejam, meus
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amigos, que at os marginais devem conhecer a previdncia social para
poderem se planejar...rsrsrs
A data de incio do benefcio ser fixada na data do efetivo recolhimento
do segurado priso, se requerido at 30 dias depois desta, ou na data
do requerimento, se protocolado em data posterior.
Falecendo o segurado detido ou recluso, o auxlio-recluso que estiver
sendo pago ser, automaticamente, convertido em penso por
morte.
Meus caros, nessa situao, a Previdncia Social j tem conhecimento de
quem so os dependentes habilitados do segurado, sendo, por isso,
possvel a converso automtica.
No havendo concesso de auxlio-recluso em razo de o salrio-de-
contribuio ser superior a R$ 1.025,81, ser devida penso por morte
aos dependentes, se o bito do segurado tiver ocorrido at 12 meses
aps o livramento.
Os pagamentos do auxlio-recluso sero suspensos:
a) no caso de fuga;
b) se o segurado, ainda que privado de liberdade, passar a rece-
ber auxlio-doena;
c) se o dependente deixar de apresentar atestado trimestral, fir-
mado pela autoridade competente, para prova de que o segurado
permanece recolhido priso;
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Aposentadoriapor Invalidez
Todos Invalidezpermanente
Media 80% >SC
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100 % x SB 12 CM, salvoacidentes oudoenaslistadas
Empregado:
a) A contar do 16 dia deafastamento da atividadequando requerida at o30 dia
b) A partir da data deentrada do requerimento,se entre o afastamento eo requerimentodecorrerem mais de 30dias
Demais segurados:
A contar da data deincio da incapacidadeou da data de entrada dorequerimento, se entreestas datas passaremmais de 30 dias
Todos 65 anos, sehomens, 60, semulheres, comreduo de 5para os rurais
Media 80% >SC x fatorprevidenciriofacultativo
70 % x SB + 1%x SB, porgrupo 12 SC
180 CM Empregado eEmpregado Domstico:
a) A partir da data dedesligamento doemprego quandorequerida at 90 diasdeste fato
b) A partir do
d) quando o segurado deixar a priso por livramento condicional,
por cumprimento da pena em regime aberto ou por priso-albergue.
O auxlio-recluso cessa:
a) pela perda da qualidade de dependente, com a extino da
ltima cota individual;
b) se o segurado, ainda que privado de sua liberdade ou recluso,
passar a receber aposentadoria;
c) pelo bito do segurado;
d) na data da soltura.
7 TABELA RESUMO DOS BENEFCIOS PREVIDENCIRIOSBeneficirios Requisito Bsico Salrio-de-
Benefcio SBRenda Mensaldo Benefcio
Carncia Data de Incio
Aposentadoriapor Idade
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Direito Previdencirio para o Concurso de Tcnico do Seguro SocialCurso Terico + Exerccios
Prof Ivan Kertzman Aula 07requerimento quandono houver desligamentodo emprego ou quandofor requerida aps 90dias do desligamento
Demais segurados:
A partir da data deentrada do requerimento
Aposentadoriapor Tempo deContribuio
Todos, excetoseguradoespecial, MEI,e CI efacultativo debaixa rendaque optampor recolhercom 11%
35 anos, sehomens, 30, semulheres comreduo de 5anos paraprofessores daeducao bsica
Media 80% >SC x fatorprevidencirioobrigatrio
100 % x SB 180 CM Idem aposentadoria poridade
AposentadoriaEspecial porExposio aAgente Nocivo
Empregados,avulsos ecooperados
Portadores dedeficincia
Contato comagente nocivopor 15, 20 ou 25anos
25, 29 ou 33anos de parahomens e 20, 24ou 28 anos paramulheres comdeficinciagrave,moderada ouleve,respectivamente
Media 80% >SC
100 % x SB
100%, secumpriu otempo ou 70% x SB + 1% xSB, por grupo12 SC, naaposentadoriapor idade aos60 anos,homens e 55anos,mulheres.
180 CM Idem aposentadoria poridade
AposentadoriaEspecial doDeficiente
Todos osseguradosportadores dedeficincia
Contribuio dodeficiente 25,29 e 32 anos, sehomem, e por20, 24 e 28anos, se mulher.
Contribuio dodeficiente por15 anos,completando asidades de 60anos, homens, e55 anos,mulheres.
Media 80% >SC, comutilizao do
01008991538
FP facultativa
100% x SBparaaposentadoriapor tempo decontribuiodo deficiente
70% x SB + 1%x SB porgrupo de 12contribuiesmensais, nocaso deaposentadoriapor idade.
Sem previsolegal
Idem aposentadoria poridade
Empregado eavulso,aposentados
Filhos menoresde 14 anos ouinvlidos
No aplicvel 35,00, at R$682,50
No h Apresentao dadocumentao (certidode nascimento, atestados
Salrio-Famlia
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Salrio-Maternidade
por idade edemais com65 anos,homens, 60anos mulheresTodos ossegurados,inclusive paraos homens emcaso deadoo oumorte da me.
Baixa renda (atR$ 1.025,81)
Parto, aborto eadoo, mortedo seguradocom direito aobenefcio
24,66, de R$682,51 a R$1.025,81
No aplicvel Paraempregado eavulso suaremuneraointegral at oteto STF. Paraos demaisseguradosteto do SC
10 CM para oscontribuintesindividuais efacultativos e10 meses detrabalho ruralpara osespeciais
de vacinao anual e defrequncia escolarsemestral e termo deresponsabilidade)
28 dias antes do parto
Auxlio-Doena Todos Incapacidadetemporria
Media 80% >SC
91% x SB 12 CM, salvoacidentes oudoenaslistadas
Idem aposentadoria porinvalidez
Auxlio-Acidente Empregado,avulso eseguradoespecial
Acidente dequalquernatureza quedeixe sequela
Media 80% >SC
50% x SB No h Aps a cessao doauxlio-doena
Penso porMorte
Todos Morte dosegurado
No aplicvel Valor daaposentadoriaque recebia oudaaposentadoriapor invalidezque teriadireito
01008991538
No h Data do bito, quandorequerida pelo maior de16 anos at 30 dias dofalecimento ou quandorequerido pelo menor de16 anos, at 30 dias apscompletar esta idade
Data do requerimento:quando requerida apsos prazos acimamencionados.
No caso de mortepresumida, a partir dadeciso judicial e nocaso de catstrofe,acidente ou desastre, serequerida at 30 diasdesta, na data daocorrncia.
Auxlio Recluso Todos Priso dosegurado emregime fechadoou semi-aberto
Baixa renda (atR$ 1.025,81)
No aplicvel Valor daaposentadoriaque recebiaou daaposentadoriapor invalidezque teriadireito
No h Quando requerido at 30dias, na data dorecolhimento dosegurado priso ou,aps este prazo, na datado requerimento, salvose o dependente formenor de 16 anos,quando ser pago a partirda data do recolhimento,at 30 dias apscompletar esta idade
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8 EXERCCIOS PARA A FIXAO DO APRENDIZADO
1) Ministrio Pblico do Trabalho X Concurso 2004- Organizado
pelo Prprio
Leia com ateno as assertivas abaixo:
I - Em caso de empregos concomitantes, a segurada far jus ao salrio-
maternidade relativo a apenas um emprego;
II - O auxlio-recluso, devido aos dependentes do segurado recolhido
priso, persiste mesmo em caso de fuga, se comprovado, pelos
dependentes, a impossibilidade do segurado receber qualquer
remunerao;
III - O segurado que apresenta danos funcionais ou reduo da
capacidade funcional sem repercusso na capacidade laborativa, no faz
jus ao recebimento do benefcio denominado "auxlio-acidente";
IV - Indevido o salrio-famlia no perodo entre a suspenso do benefcio
motivada pela falta da comprovao da freqncia escolar do menor e o
seu reativamento, exceto se provada a freqncia escolar regular no
perodo;
Assinale a alternativa CORRETA:
a) todas as assertivas esto corretas;
b) apenas a assertiva I est correta;
c) apenas as assertivas I e III esto corretas;
d) apenas as assertivas III e IV esto corretas;
e) apenas as assertivas I, II e IV, esto corretas;
f) no sei.
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2) TRT 9 Regio 2003 Organizado pelo Prprio TRT
Segundo o art. 118 da Lei 8.213/91, o segurado que sofreu acidente de
trabalho tem garantida a manuteno do seu contrato de trabalho na
empresa, pelo prazo mnimo de doze meses:
(a) contado da data do acidente
(b) contado da data de incio do recebimento do auxlio-doena
acidentrio
(c) contado da cessao do auxlio-doena acidentrio
(d) contado da data da emisso do CAT (Comunicado de Acidente do
Trabalho)
(e) nenhuma resposta est correta
3) Auditor do Trabalho 2010 ESAF
Assinale a opo correta, entre as assertivas abaixo, relativas aos
benefcios previdencirios de acidente de trabalho previstos na Lei n.
8.213/91.
a)Equiparam-se ao acidente do trabalho a doena proveniente de
contaminao acidental do empregado no exerccio de sua atividade.
b)A empresa no responsvel pela adoo e uso de medidas coletivas e
individuais de proteo e segurana da sade do trabalhador.
c) O acidente de trabalho deve ser pago pelo INSS em caso de doena
degenerativa.
d) A empresa dever comunicar o acidente do trabalho Previdncia
Social at o 100 (dcimo) dia til seguinte ao da ocorrncia, haja ou
no morte.
e) Os sindicatos de classe no podero acompanhar a cobrana, pela
Previdncia Social, de multas oriundas de desrespeito s normas
acidentrias.
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4) Analista Judicirio Medicina do Trabalho do TRT 9 Regio
2010 Fundao Carlos Chagas
A empresa dever comunicar todo acidente de trabalho Previdncia
Social, sob pena de multa. A formalizao dessa comunicao, caso a
empresa no o faa, cabe:
(A) somente ao acidentado ou aos seus dependentes.
(B) somente entidade sindical da categoria.
(C) somente entidade sindical da categoria, qualquer autoridade
pblica ou ao mdico que o assistiu.
(D) somente entidade sindical da categoria, ao acidentado ou ao seus
dependentes.
(E) ao acidentado, aos seus dependentes, entidade sindical competente,
ao mdico que o assistiu ou qualquer autoridade pblica.
5) Especialista em Previdncia Social da Rio Previdncia 2010 -
CEPERJ
Mvio, segurado obrigatrio do regime geral da Previdncia Social, dada
sua condio de empregado da empresa Caixas e Envelopes S/A, vem a
falecer, deixando viva e dois filhos maio res de idade. Sua viva requer
o beneficio a que tem direito, aps sessenta dias do bito de Mvio.
Nessas circunstancias, o beneficio ser pago:
A) desde a data do bito do segurado
B) aps deciso do juiz
C)a partir de sessenta dias da data do requerimento
D)somente a partir da data do deferimento do pedido formulado
E)desde a data do requerimento
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6) Promotor do Esprito Santo 2010 - CESPE
Joo, que era casado com Maria e tinha um filho menor no emancipado
chamado Jnior, exercia, quando veio a falecer, atividade abrangida pelo
RGPS, como empregado de uma fbrica h oito meses, recebendo, nesse
perodo, um salrio de R$ 700,00. Morava ainda com o casal e o filho
menor a me de Joo. Com base nessa situao hipottica, assinale a
opo correta.
a) Maria, sua sogra e Jnior no tm direito penso por morte, porque
Joo, que trabalhou apenas oito meses, no completou a carncia,
que o nmero mnimo de contribuies mensais indispensveis
concesso de benefcio previdencirio.
b) Para se habilitarem penso por morte, Maria, Jnior e a me de Joo
precisam comprovar que dependiam economicamente de Joo.
c) Caso seja requerida apenas por Maria, a penso por morte ser
concedida a partir do dia do bito de Joo, independentemente da
data do requerimento.
d) Aplica-se o fator previdencirio no clculo da renda mensal inicial da
penso por morte, que feito com base no salrio de benefcio da
aposentadoria que seria devida a Joo na data do seu falecimento.
e) Se Maria, sua sogra e Jnior requererem penso por morte, o
benefcio ser concedido apenas a Maria e Jnior, em partes iguais,
sendo que a parte de cada um poder ser menor que um salrio
mnimo.
7) Defensor Pblico do Estado do Par 2009 Fundao Carlos
Chagas
Para o recebimento de auxlio-recluso no regime geral de previdncia
social, exigido pela legislao:
a)ter o segurado recolhido um mnimo de 12 (doze) meses de
contribuies previdencirias.
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b)ter o segurado recolhido um mnimo de 180 (cento e oitenta) meses de
contribuies previdencirias.
c) que filhos menores de 16 (dezesseis) anos e cnjuge comprovem que
dependiam economicamente do segurado preso ou recluso.
d)prova trimestral de que o segurado permanece na condio de
presidirio.
e)prova de bom comportamento e exerccio de trabalho na priso pelo
segurado.
8) Auditor do Trabalho 2010 ESAF
Assinale a opo correta, entre as assertivas abaixo, relacionada aos
benefcios que os dependentes da Previdncia Social tm direito luz
da Lei n. 8.213/91.
a)Aposentadoria por tempo de contribuio.
b)Auxlio-doena.
c) Auxlio-acidente.
d)Aposentadoria por invalidez.
e)Penso por morte.
9) Tcnico do Seguro Social INSS 2003 Adaptada - CESPE
Marque a alternativa correta;a) Mesmo quando a percia mdica inicial concluir pela incapacidade
definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez dever ser
precedida de auxlio-doena.
b) Nenhum segurado poder receber da previdncia social benefcio
em valor superior ao limite mximo do salrio-de-contribuio.
c) Entre as vrias situaes cobertas pela previdncia social, est a
concesso do salrio-famlia e do auxlio-recluso para os
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dependentes dos segurados que recebam remunerao at o teto
de contribuio do INSS.
d) A concesso do salrio-maternidade para as seguradas
contribuintes individual, empregada domstica, especial e
facultativa depende do recolhimento mnimo de dez contribuies
mensais.
e) O RGPS concede as seguintes prestaes aos segurados:
aposentadoria (por invalidez, idade, tempo de contribuio e
especial), auxlio-doena, salrio-famlia, salrio-maternidade,
auxlio-acidente e reabilitao profissional.
10) Tcnico do Seguro Social INSS 2003 Adaptada - CESPE
Joo, casado com Snia, beneficirio da previdncia social nacondio de segurado. Joo tem um filho, Jos, com vinte anos deidade, de unio anterior; um irmo invlido, chamado Mrio, com23 anos de idade; e um menor sob sua tutela, Lus, com seis anosde idade. Snia tem um filho, Pedro, com 20 anos de idade, de paifalecido. Em comum, Joo e Snia tm dois filhos: Josu, com cincoanos de idade, e Paulo, com dezenove anos de idade, que invlido. Mrio, Lus e Pedro no possuem bens suficientes para seusustento e educao. Com base nessa situao hipottica econsiderando o plano de benefcios da previdncia social, julgue ositens de 67 a 71.
I) Joo pode, a qualquer momento, inscrever Snia, os filhos deambos e seu irmo Mrio na previdncia social comodependentes.
II) Caso Joo falea, Snia e os filhos de ambos, em comum ouno, concorrero para o recebimento de penso.
III) A condio de dependente de Paulo prescinde decomprovao de sua dependncia econmica.
IV)Em caso de falecimento de Joo, na distribuio de cotas depenso, Snia receber 50% do valor, enquanto os outros 50%sero igualmente distribudos entre os demais dependentes.
V) Na hiptese de falecimento de Joo, caso Jos, aps tornar-sepensionista, contraia matrimnio, sua cota de penso reverterem favor dos demais pensionistas.
a) todas as assertivas esto corretas;
b) apenas as assertiva II, III e V esto corretas;
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c) apenas as assertivas II e III esto corretas;
d) apenas as assertivas III e V esto corretas;
e) apenas as assertivas II, III, IV e V esto corretas;
Gabarito Fundamentado
1) D
I, errado, pois o SM relativo s duas atividades
II, errado, pois o auxlio recluso suspenso em caso de
fuga
III, certo, conforme art. 104, 4, I, do RPS
IV, certo, conforme art. 84, 3, do RPS
Artigos citados:
Art. 104, 4, I, RPS 3 No devido salrio-famlia no perodo entre a suspenso do benefcio motivada pela falta de
comprovao da freqncia escolar e o seu reativamento, salvo se provada a freqncia escolar
regular no perodo.
Art. 84, 3, RPS 3 No devido salrio-famlia no perodo entre a suspenso do benefcio motivada pela falta de
comprovao da freqncia escolar e o seu reativamento, salvo se provada a freqncia escolar
regular no perodo.
2) C, conforme art. 118, da Lei 8.213/91
Artigo citadoArt. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mnimo de doze
meses, a manuteno do seu contrato de trabalho na empresa, aps a cessao do auxlio-doena
acidentrio, independentemente de percepo de auxlio-acidente.
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3) A
A, certo, conforme art. 21, III, da Lei 8.213/91
B, errado, pois contraria o art. 19, 1, da Lei 8.213/91
C, errado, pois contraria o art. 20, 1, a, da Lei 8.213/91
D, errada, pois contraria o art. 22, da Lei 8.213/91
E, errada, pois contraria o art. 22, 4, da Lei 8.213/91
Artigos citados:
Art. 19.
1 A empresa responsvel pela adoo e uso das medidas coletivas e individuais de proteo esegurana da sade do trabalhador.
Art. 20
1 No so consideradas como doena do trabalho:
a) a doena degenerativa;
Art. 21. Equiparam-se tambm ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
III - a doena proveniente de contaminao acidental do empregado no exerccio de sua atividade;
Art. 22. A empresa dever comunicar o acidente do trabalho Previdncia Social at o 1 (primeiro)dia til seguinte ao da ocorrncia e, em caso de morte, de imediato, autoridade competente, sobpena de multa varivel entre o limite mnimo e o limite mximo do salrio-de-contribuio,sucessivamente aumentada nas reincidncias, aplicada e cobrada pela Previdncia Social.
4 Os sindicatos e entidades representativas de classe podero acompanhar a cobrana, pelaPrevidncia Social, das multas previstas neste artigo.
4) E, conforme art. 22, 2, da Lei 8.213/91
Artigos citados:
2 Na falta de comunicao por parte da empresa, podem formaliz-la o prprio acidentado, seus
dependentes, a entidade sindical competente, o mdico que o assistiu ou qualquer autoridade
pblica, no prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.
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5) E, conforme art. 74, da Lei 8.213/91
Artigo citado:
Art. 74. A penso por morte ser devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer,aposentado ou no, a contar da data:
I - do bito, quando requerida at trinta dias depois deste;
II - do requerimento, quando requerida aps o prazo previsto no inciso anterior;
III - da deciso judicial, no caso de morte presumida.
6) E
A, errado, pois penso por morte no exige carncia
B, errado, pois dependentes da classe I tem presumida a
dependncia econmica
C, errado, pois o prazo de 30 dias
D, errado, pois a penso por morte no utiliza o fator
previdencirios
E, certo, conforme art. 16, 1, da Lei 8.213/91
Artigo citado:
1 A existncia de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito s prestaes
os das classes seguintes.
7) D
A, errado, pois o auxlio-recluso independe de carncia
B, errado, pois o auxlio-recluso independe de carncia
C, errado, pois dependentes de 1 classe no necessitam
comprovar dependncia econmica
D, certo, conforme art. 117, 1, do RPS
E, errado, devido a ausncia de previso legal
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Artigo citado:
1 O beneficirio dever apresentar trimestralmente atestado de que o segurado continua
detido ou recluso, firmado pela autoridade competente.
8) E, pois foi a nica assertiva que mencionou um benefcio
pago aos dependentes
9) E
A, errado, pois no precisa ser precedida de auxlio-doena
B, errado, o aposentado por invalidez que necessita de
auxlio permanente exceo
C, errado, pois s para os de baixa renda
D, empregada domstica no necessita de carncia
E, certo, pois contem a lista de benefcios do RGPS
10) B
I, errado, pois a inscrio do dependente s feita no
momento do benefcio
II, certo, pois todos esto no 1 classe
III, certo, pois dependente de primeira classe obs:
prescinde sinnimo de dispensa
IV, errado, pois ser dividido em igualdade de condies
V, certo, pois a cota revertida
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ANEXO I TEXTOS LEGAIS
Decreto 3.048/99
Subseo VDo Auxlio-doena
Art. 71. O auxlio-doena ser devido ao segurado que, aps cumprida, quando for o caso, acarncia exigida, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais dequinze dias consecutivos.
1 No ser devido auxlio-doena ao segurado que se filiar ao Regime Geral de PrevidnciaSocial j portador de doena ou leso invocada como causa para a concesso do benefcio, salvoquando a incapacidade sobrevier por motivo de progresso ou agravamento dessa doena ou leso.
2 Ser devido auxlio-doena, independentemente de carncia, aos segurados obrigatrio efacultativo, quando sofrerem acidente de qualquer natureza.
Art. 72. O auxlio-doena consiste numa renda mensal calculada na forma do inciso I do caputdo art. 39 e ser devido:
I - a contar do dcimo sexto dia do afastamento da atividade para o segurado empregado,exceto o domstico; (Redao dada pelo Decreto n 3.265, de 1999)
II - a contar da data do incio da incapacidade, para os demais segurados; ou
III - a contar da data de entrada do requerimento, quando requerido aps o trigsimo dia doafastamento da atividade, para todos os segurados.
1 Quando o acidentado no se afastar do trabalho no dia do acidente, os quinze dias deresponsabilidade da empresa pela sua remunerao integral so contados a partir da data doafastamento.
2 (Revogado pelo Decreto n 3.668, de 2000)
3 O auxlio-doena ser devido durante o curso de reclamao trabalhista relacionada com aresciso do contrato de trabalho, ou aps a deciso final, desde que implementadas as condiesmnimas para a concesso do benefcio, observado o disposto nos 2 e 3 do art. 36.
Art. 73. O auxlio-doena do segurado que exercer mais de uma atividade abrangida pelaprevidncia social ser devido mesmo no caso de incapacidade apenas para o exerccio de umadelas, devendo a percia mdica ser conhecedora de todas as atividades que o mesmo estiverexercendo.
1 Na hiptese deste artigo, o auxlio-doena ser concedido em relao atividade para aqual o segurado estiver incapacitado, considerando-se para efeito de carncia somente ascontribuies relativas a essa atividade.
2 Se nas vrias atividades o segurado exercer a mesma profisso, ser exigido de imediato oafastamento de todas.
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Prof Ivan Kertzman Aula 07 3 Constatada, durante o recebimento do auxlio-doena concedido nos termos deste artigo, a
incapacidade do segurado para cada uma das demais atividades, o valor do benefcio dever serrevisto com base nos respectivos salrios-de-contribuio, observado o disposto nos incisos I a III doart. 72.
4 Ocorrendo a hiptese do 1, o valor do auxlio-doena poder ser inferior ao salriomnimo desde que somado s demais remuneraes recebidas resultar valor superior a este.(Includo pelo Decreto n 4.729, de 2003)
Art. 74. Quando o segurado que exercer mais de uma atividade se incapacitar definitivamentepara uma delas, dever o auxlio-doena ser mantido indefinidamente, no cabendo suatransformao em aposentadoria por invalidez, enquanto essa incapacidade no se estender sdemais atividades.
Pargrafo nico. Na situao prevista no caput, o segurado somente poder transferir-se dasdemais atividades que exerce aps o conhecimento da reavaliao mdico-pericial.
Art. 75. Durante os primeiros quinze dias consecutivos de afastamento da atividade por motivode doena, incumbe empresa pagar ao segurado empregado o seu salrio. (Redao dada peloDecreto n 3.265, de 1999)
1 Cabe empresa que dispuser de servio mdico prprio ou em convnio o exame mdicoe o abono das faltas correspondentes aos primeiros quinze dias de afastamento.
2 Quando a incapacidade ultrapassar quinze dias consecutivos, o segurado serencaminhado percia mdica do Instituto Nacional do Seguro Social.
3 Se concedido novo benefcio decorrente da mesma doena dentro de sessenta diascontados da cessao do benefcio anterior, a empresa fica desobrigada do pagamento relativo aosquinze primeiros dias de afastamento, prorrogando-se o benefcio anterior e descontando-se os diastrabalhados, se for o caso.
4o Se o segurado empregado, por motivo de doena, afastar-se do trabalho durante quinzedias, retornando atividade no dcimo sexto dia, e se dela voltar a se afastar dentro de sessentadias desse retorno, em decorrncia da mesma doena, far jus ao auxlio doena a partir da data donovo afastamento. (Redao dada pelo Decreto n 5.545, de 2005)
5 Na hiptese do 4, se o retorno atividade tiver ocorrido antes de quinze dias doafastamento, o segurado far jus ao auxlio-doena a partir do dia seguinte ao que completar aqueleperodo. (Includo pelo Decreto n 4.729, de 2003)
Art. 76. A previdncia social deve processar de ofcio o benefcio, quando tiver cincia daincapacidade do segurado sem que este tenha requerido auxlio-doena.
Art. 76-A. facultado empresa protocolar requerimento de auxlio-doena ou documento deleoriginrio de seu empregado ou de contribuinte individual a ela vinculado ou a seu servio, na formaestabelecida pelo INSS. (Includo pelo Decreto n 5.699, de 2006)
Pargrafo nico. A empresa que adotar o procedimento previsto no caput ter acesso sdecises administrativas a ele relativas. (Includo pelo Decreto n 5.699, de 2006)
Art. 77. O segurado em gozo de auxlio-doena est obrigado, independentemente de sua idadee sob pena de suspenso do benefcio, a submeter-se a exame mdico a cargo da previdnciasocial, processo de reabilitao profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensadogratuitamente, exceto o cirrgico e a transfuso de sangue, que so facultativos.
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Prof Ivan Kertzman Aula 07Art. 78. O auxlio-doena cessa pela recuperao da capacidade para o trabalho, pela
transformao em aposentadoria por invalidez ou auxlio-acidente de qualquer natureza, neste casose resultar seqela que implique reduo da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.
1o O INSS poder estabelecer, mediante avaliao mdico-pericial, o prazo queentender suficiente para a recuperao da capacidade para o trabalho do segurado, dispensadanessa hiptese a realizao de nova percia. (Includo pelo Decreto n 5.844 de 2006)
2o Caso o prazo concedido para a recuperao se revele insuficiente, o segurado podersolicitar a realizao de nova percia mdica, na forma estabelecida pelo Ministrio da PrevidnciaSocial. (Includo pelo Decreto n 5.844 de 2006)
3o O documento de concesso do auxlio-doena conter as informaes necessrias parao requerimento da nova avaliao mdico-pericial. (Includo pelo Decreto n 5.844 de 2006)
Art. 79. O segurado em gozo de auxlio-doena, insuscetvel de recuperao para sua atividadehabitual, dever submeter-se a processo de reabilitao profissional para exerccio de outraatividade, no cessando o benefcio at que seja dado como habilitado para o desempenho de novaatividade que lhe garanta a subsistncia ou, quando considerado no recupervel, seja aposentadopor invalidez.
Art. 80. O segurado empregado em gozo de auxlio-doena considerado pela empresa comolicenciado.
Pargrafo nico. A empresa que garantir ao segurado licena remunerada ficar obrigada apagar-lhe durante o perodo de auxlio-doena a eventual diferena entre o valor deste e aimportncia garantida pela licena.
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- Subseo VIIDo Salrio-maternidade
Art. 93. O salrio-maternidade devido segurada da previdncia social, durante cento e vintedias, com incio vinte e oito dias antes e trmino noventa e um dias depois do parto, podendo serprorrogado na forma prevista no 3o. (Redao dada pelo Decreto n 4.862, de 2003)
1 Para a segurada empregada, inclusive a domstica, observar-se-, no que couber, assituaes e condies previstas na legislao trabalhista relativas proteo maternidade.
2o Ser devido o salrio-maternidade segurada especial, desde que comprove oexerccio de atividade rural nos ltimos dez meses imediatamente anteriores data do parto ou dorequerimento do benefcio, quando requerido antes do parto, mesmo que de forma descontnua,aplicando-se, quando for o caso, o disposto no pargrafo nico do art. 29. (Redao dada peloDecreto n 5.545, de 2005)
3 Em casos excepcionais, os perodos de repouso anterior e posterior ao parto podem seraumentados de mais duas semanas, mediante atestado mdico especfico. (Redao dada peloDecreto n 3.668, de 2000)
4 Em caso de parto antecipado ou no, a segurada tem direito aos cento e vinte diasprevistos neste artigo.
5 Em caso de aborto no criminoso, comprovado mediante atestado mdico, a seguradater direito ao salrio-maternidade correspondente a duas semanas. (Redao dada pelo Decreto n3.668, de 2000)
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Direito Previdencirio para o Concurso de Tcnico do Seguro SocialCurso Terico + Exerccios
Prof Ivan Kertzman Aula 07 6 (Revogado pelo Decreto n 4.032, de 2001)
Art. 93-A. O salrio-maternidade devido segurada da Previdncia Social que adotar ouobtiver guarda judicial para fins de adoo de criana com idade: (Includo pelo Decreto n 4.729, de2003)
I - at um ano completo, por cento e vinte dias; (Includo pelo Decreto n 4.729, de 2003)
II - a partir de um ano at quatro anos completos, por sessenta dias; ou(Includo pelo Decreto n4.729, de 2003)
III - a partir de quatro anos at completar oito anos, por trinta dias. (Includo pelo Decreto n4.729, de 2003)
1 O salrio-maternidade devido segurada independentemente de a me biolgica terrecebido o mesmo benefcio quando do nascimento da criana. (Includo pelo Decreto n 4.729, de2003)
2 O salrio-maternidade no devido quando o termo de guarda no contiver a observaode que para fins de adoo ou s contiver o nome do cnjuge ou companheiro. (Includo peloDecreto n 4.729, de 2003)
3 Para a concesso do salrio-maternidade indispensvel que conste da nova certido denascimento da criana, ou do termo de guarda, o nome da segurada adotante ou guardi, bem como,deste ltimo, tratar-se de guarda para fins de adoo. (Includo pelo Decreto n 4.729, de 2003)
4 Quando houver adoo ou guarda judicial para adoo de mais de uma criana, devidoum nico salrio-maternidade relativo criana de menor idade, observado o disposto no art. 98.(Includo pelo Decreto n 4.729, de 2003)
5 A renda mensal do salrio-maternidade calculada na forma do disposto nos arts. 94, 100ou 101, de acordo com a forma de contribuio da segurada Previdncia Social. (Includo peloDecreto n 4.729, de 2003)
6o O salrio-maternidade de que trata este artigo pago diretamente pelaprevidncia social. (Includo pelo Decreto n 4.862, de 2003)
Art. 94. O salrio-maternidade para a segurada empregada consiste numa renda mensal igual sua remunerao integral e ser pago pela empresa, efetivando-se a compensao, observado odisposto no art. 248 da Constituio, quando do recolhimento das contribuies incidentes sobre afolha de salrios e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa fsica quelhe preste servio, devendo aplicar-se renda mensal do benefcio o disposto no art. 198. (Redaodada pelo Decreto n 4.862, de 2003)
1 e 2. (Revogados pelo Decreto n 3.265, de 1999)
3o A empregada deve dar quitao empresa dos recolhimentos mensais do salrio-maternidade na prpria folha de pagamento ou por outra forma admitida, de modo que a quitaofique plena e claramente caracterizada.(Includo pelo Decreto n 4.862, de 2003)
4o A empresa deve conservar, durante dez anos, os comprovantes dos pagamentos e osatestados ou certides correspondentes para exame pela fiscalizao do INSS, conforme o dispostono 7o do art. 225. (Includo pelo Decreto n 4.862, de 2003)
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Art. 95. Compete interessada instruir o requerimento do salrio-maternidade com osatestados mdicos necessrios. (Redao dada pelo Decreto n 3.668, de 2000)
Pargrafo nico. Quando o benefcio for requerido aps o parto, o documento comprobatrio a Certido de Nascimento, podendo, no caso de dvida, a segurada ser submetida avaliaopericial junto ao Instituto Nacional do Seguro Social. (Redao dada pelo Decreto n 3.668, de 2000)
Art. 96. O incio do afastamento do trabalho da segurada empregada ser determinado co