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Aula 08
Direito Previdencirio p/ INSS (com Prof. Ivan Kertzman)
Professor: Ivan Kertzman
Direito Previdencirio para o Concurso para Tcnico do Seguro SocialCurso Terico + Exerccios
Prof Ivan Kertzman Aula 08
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AULA 08
SUMRIO PGINA1. Apresentao da Aula 12. Servios da Previdncia Social 2
2.1 Servio Social 3
2.2 Habilitao e Reabilitao Profissional 4
3. Benefcios Assistenciais da LOAS Lei 8.742/93 8
4. Acumulao de Benefcios 15
5. Temas Gerais de Benefcios 19
5.1 Abono Anual 195.2 Indenizao 205.3 Prescrio e Decadncia dos Benefcios 215.4 Contagem Recproca de Tempo de Contribuio 246. Recursos das Decises Administrativas 276.1 Processo Administrativo Fiscal 276.2 Processo Administrativo de Benefcios 307. Legislao Previdenciria 328. Exerccios Fundamentados 37Anexo I Textos Legais 47
1. APRESENTAO DA AULA
Caros soldados, a nossa guerra est se aproximando do fim. No percam
fora nesta reta final. hora de intensificar os estudos, at a data da
batalha final.
Na aula de hoje, concluiremos os estudos das prestaes da seguridade
social. J estudamos as regras para obteno de cada um dos benefcios
e, agora, vamos nos dedicar ao aprendizado dos servios da previdncia
social, dos benefcios assistenciais previstos na LOAS (Lei 8.742/93) e das
regras de acumulao de benefcios. Veremos, por cautela, tambm,
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alguns temas de benefcios que podem ser cobrados na prova, por
constarem da Lei 8.213/91 e do Decreto 3.048/99.
Vamos luta!
2. SERVIOS DA PREVIDNCIA SOCIAL
Meus amigos, relembro a vocs que a previdncia social oferece duas
espcies de prestaes: os benefcios, que estudamos nas ltimas duas
aulas, e os servios, tema que iremos enfrentar agora.
Diferentemente dos benefcios previdencirios, os serviosno so
oferecidos essencialmente em pecnia para o segurado, embora, como
veremos, pode at haver previso para pagamento de gastos de
deslocamento e estada das pessoas que se submetem aos servios da
previdncia social.
A previdncia social oferece dois servios:
a) servio social;
b) habilitao e reabilitao profissional.
Vamos s regras aplicveis a estes servios!
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2.1. SERVIO SOCIAL
Arts. 88, Lei 8.213/91, e 161, Decreto 3.048/99
O servio social constitui atividade auxiliar do seguro social e visa a
prestar ao beneficirio orientao e apoio no que concerne soluo dos
problemas pessoais e familiares e melhoria de sua inter-relao com a
Previdncia Social, para a soluo de questes referentes a benefcios,
bem como, quando necessrio, obteno de outros recursos sociais da
comunidade.
O servio social objetiva esclarecer aos beneficirios seus direitos sociais
e os meios de exerc-los, estabelecendo, conjuntamente, o processo de
soluo dos problemas que emergirem de sua relao com a Previdncia
Social, tanto no mbito interno da instituio como na dinmica com a
sociedade.
Uma pegadinha clssica de concursos a que afirma que o servio social
um servio da Assistncia Social. Apesar de parecer verdadeira, esta
afirmao errada, pois este servio prestado pela Previdncia Social.
Tomem bastante cuidado!
O servio social prioriza o atendimento aos segurados no que tange a
benefcio por incapacidade temporria e ateno especial aos aposentados
e pensionistas.
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Prof Ivan Kertzman Aula 08Para dar efetividade ao servio social, podero ser utilizados mecanismos
de interveno tcnica, ajuda material, recursos sociais, intercmbio com
empresas, inclusive mediante celebrao de convnios, acordos ou
contratos, ou pesquisa social.
O Regulamento da Previdncia Social dispe que o servio social deve
contar com a participao do beneficirio na implementao e
fortalecimento da poltica previdenciria, em articulao com associaes
e entidades de classes.
Por fim, o servio social deve prestar assessoramento tcnico aos
estados, Distrito Federal e municpios na elaborao de suas respectivas
propostas de trabalho relacionadas com a previdncia social.
2.2 HABILITAO E REABILITAO PROFISSIONAL
Arts. 89 a 93, Lei 8.213/91, e 136 a 141, Decreto 3.048/99
A habilitao e reabilitao profissional visam a oferecer aos beneficirios
incapacitados parcial ou totalmente para o trabalho, em carter obrigat-
rio, independentemente de carncia, e s pessoas portadoras de deficin-
cia, os meios indicados para o reingresso no mercado de trabalho e no
contexto em que vivem.
Os segurados aposentados por invalidez, os em gozo de auxlio-doena e
os dependentes invlidos que recebem benefcios, ento, esto obrigados
a submeter-se a processo de reabilitao profissional.
O INSS deve promover a prestao desse servio aos segurados, at
mesmo aposentados, e, de acordo com as possibilidades administrativas,
tcnicas, financeiras e as condies locais do rgo, a seus dependentes,
preferencialmente mediante a contratao de servios especializados.
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As pessoas portadoras de deficincia sero atendidas por meio de
celebrao de convnio de cooperao tcnico-financeira.
O servio de habilitao e reabilitao profissional ser executado por
equipe multiprofissional especializada em medicina, servio social,
psicologia, sociologia, fisioterapia, terapia ocupacional e outras afins ao
processo, sempre que possvel na localidade do domiclio do beneficirio.
Meus amigos, quando indispensveis ao desenvolvimento do processo de
reabilitao profissional, o INSS deve fornecer aos segurados, at
mesmo aposentados, em carter obrigatrio, e a seus dependentes,
na medida das possibilidades do instituto, prtese e rtese, seu
reparo ou substituio, instrumentos de auxlio para locomoo, equipa-
mentos necessrios habilitao e reabilitao profissional, transporte
urbano e alimentao, assim como, na medida das possibilidades do insti-
tuto, a seus dependentes.
Apesar de a Instruo Normativa 45 no estar includa expressamente no
programa do ltimo concurso para o cargo de Tcnico do Seguro Social,
por cautela, decidi apresentar a ordem de prioridade para o oferecimento
do servio de habilitao e reabilitao profissional, conforme art. 386:
I - o segurado em gozo de auxlio-doena, acidentrio ou
previdencirio;
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Prof Ivan Kertzman Aula 08II - o segurado sem carncia para a concesso de auxlio-doena
previdencirio, portador de incapacidade;
III - o segurado em gozo de aposentadoria por invalidez;
IV - o segurado em gozo de aposentadoria especial, por tempo de
contribuio ou idade que, em atividade laborativa, tenha reduzida
sua capacidade funcional em decorrncia de doena ou acidente de
qualquer natureza ou causa;
V - o dependente pensionista invlido;
VI - o dependente maior de dezesseis anos, portador de deficincia;
e
VII - as Pessoas com Deficincia - PPD, ainda que sem vnculo com
a Previdncia Social.
Concludo o processo de reabilitao profissional, o INSS emitir certifi-
cado individual, indicando a funo para a qual o reabilitando foi
capacitado profissionalmente, sem prejuzo do exerccio de outra para
a qual se julgue capacitado.
No servio de reabilitao profissional, no constitui obrigao da
Previdncia Social a manuteno do segurado no mesmo emprego
ou sua colocao em outro para o qual foi reabilitado, cessando o
processo de reabilitao profissional com a emisso do certificado.
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Prof Ivan Kertzman Aula 08A empresa que conta com nmero igual ou superior a 100 empregados
est obrigada a preencher de 2% a 5% de seus cargos com beneficirios
reabilitados ou pessoas portadoras de deficincia habilitadas, na seguinte
proporo:
Nmero de segurados Percentagem obrigatria
2% De 100 a 200
3% De 201 a 500
4% De 501 a 1.000
5% 1.001 ou mais
Somente possvel despedir empregado reabilitado, aps a contratao
de substituto, em condies semelhantes. Obviamente, em contrato de
experincia ou no caso de despedida por justa causa, possvel desligar o
empregado reabilitado, desde que seja providenciada a contratao de
outra, de forma a atender os percentuais legalmente estabelecidos.
Meus caros amigos, ao contrrio do que sugerem os termos habilitao
e reabilitao, os servios oferecidos pelo INSS no dizem respeito ao
recondicionamento fsico ou mental dos beneficirios, mas (re)capacita-
o para nova atividade, at mesmo por meio de promoo de treinamen-
tos ou cursos em entidades contratadas ou conveniadas, como Senai e
Senac ou empresas pblicas ou privadas.
O treinamento do reabilitando, quando realizado em empresa, no
estabelece qualquer vnculo empregatcio ou funcional entre o
reabilitando e a empresa, bem como entre estes e o Instituto Nacional
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Prof Ivan Kertzman Aula 08do Seguro Social. O reabilitando, alm de acatar e cumprir as normas
estabelecidas nos contratos, acordos ou convnios, deve cumprir
tambm o regulamento da empresa em que faz o seu processo de
reabilitao.
3. BENEFCIOS ASSISTENCIAIS DA LOAS LEI 8.742/03
Apesar de o programa do ltimo edital incluir toda a Lei 8.742/93 e o
Decreto 6.214/07, confesso que em todos estes anos que venho
ensinando para concursos, jamais vi qualquer prova que tenha cobrado
alguma coisa sobra a LOAS Lei Orgnica da Assistncia Social, que no
seja sobre os benefcios assistenciais.
Desta forma, para poupar o escasso tempo de vocs e melhor direcionar
os estudos, neste tpico tratarei somente dos benefcios assistenciais.
Incluirei, por cautela, os textos completos da LOAS e do citado Decreto,
em anexo.
Vamos iniciar, ento?
A Constituio Brasileira garante um salrio mnimo de benefcio mensal
pessoa portadora de deficincia e ao idoso que comprovem no
possuir meios de prover prpria manuteno, ou de t-la provida
por sua famlia, conforme dispuser a lei.
A Constituio Federal delega, assim, a uma Lei, o papel de definir as
regras para instituio dos benefcios assistncias. A Lei 8.742/93,
chamada Lei Orgnica da Assistncia Social LOAS, o ato normativo
que define todas os parmetros para a concesso deste benefcio,
especialmente em relao aos seguintes pontos:
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Prof Ivan Kertzman Aula 08a) definio de pessoa portadora de deficincia;
b) definio de idoso;
c) parmetros para definir pessoa que no possui meios de prover
prpria manuteno, ou de t-la provida por sua famlia;
d) conceituao de famlia.
Meus caros amigos, a LOAS foi substancialmente alterada em 2011 pelas
Leis 12.435, de 06/07/2011 e 12.470, de 31/08/2011.
A definio da idade para considerar a pessoa como idosa j foi objeto de
mudanas, mas, atualmente, o idoso a pessoa a partir dos 65 anos
de idade.
J a pessoa portadora de deficincia, aps a alterao promovida
pelas Leis 12.435/2011 e 12.470/2011, aquela que tem impedimentos
de longo prazo de natureza fsica, intelectual ou sensorial, os
quais, em interao com diversas barreiras, podem obstruir sua
participao plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condies com as demais pessoas (art. 20, 2, da Lei 8.742/93).
Considera-se impedimento de longo prazo aquele que produza efeitos
pelo prazo mnimo de 2 anos.
A concesso do benefcio ficar sujeita avaliao da deficincia e do
grau de impedimento mediante avaliao mdica e avaliao social
realizadas por mdicos peritos e por assistentes sociais do Instituto
Nacional de Seguro Social INSS.
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Note-se que tanto o deficiente fsico quanto o mental podem receber
o benefcio assistencial, desde o nascimento. Antes das citadas
alteraes, no era suficiente para a caracterizao da deficincia, a
incapacidade para o trabalho, sendo, ainda, necessria a
incapacidade para a vida independente.
Assim, no texto anterior, se uma pessoa fosse incapaz para o trabalho,
mas pudesse andar, dirigir e exercer os atos da vida sem
acompanhamento, ela no faria jus ao benefcio assistencial. Se tivesse
uma doena mental que o impedisse de trabalhar, mas fisicamente fosse
apto, teria o seu benefcio negado.
A redao do 2, do art. 20, da Lei 8.742/93, promovida pela Lei
12.470/2011, felizmente, corrigiu este absurdo, ao excluir a exigncia da
incapacidade para a vida independente para que o segurado seja
considerado deficiente. Veja que a nova redao s exige que o portador
de deficincia tenha impedimentos de longo prazo que obstruam sua
participao plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condies com as demais pessoas.
Os benefcios da assistncia social destinam-se, apenas, aos brasileiros
natos e aos estrangeiros naturalizados e domiciliados no Brasil (art. 7,
Decreto 6.214/07).
Quais so, entretanto, os critrios adotados para que se considere que o
idoso ou deficiente no possuem meios de prover o prprio sustento
e nem de t-lo provido por sua famlia?
Para responder a esta questo, necessrio, primeiramente, definirmos o
conceito de famlia para fins de recebimento do benefcio assistencial. A
Lei 12.435/2011 alterou tambm a antiga definio de famlia da LOAS.
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Prof Ivan Kertzman Aula 08Atualmente, a famlia composta pelo requerente, o cnjuge ou
companheiro, os pais e, na ausncia de um deles, a madrasta ou o
padrasto, os irmos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores
tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto (art. 20, 1, da Lei
8.742/93).
E quem so os idosos e deficientes incapacitados de prover o prprio
sustento ou de t-lo provido por sua famlia? A lei os define como aqueles
cujo clculo da renda per capita (que corresponde soma da renda
mensal de todos os seus integrantes, dividida pelo nmero total de
membros que compem o grupo familiar) seja inferior a do salrio-
mnimo (art. 20, 3, da Lei 8.742/93).
Se, ento, existem 4 pessoas na mesma famlia em que um deles idosos
e outro recebe um salrio mnimo, tal idoso no ter direito ao benefcio,
pois a renda familiar, neste caso, exatamente de salrio mnimo.
Notem, meus amigos, que, para receber o benefcio assistencial, a renda
familiar deve ser inferior a este limite. como se um salrio mnimo
fosse suficiente para uma famlia com quatro membros sobreviver com
dignidade. Absurdo!!!
Ressalto que as recentes decises do Supremo Tribunal Federal esto
permitindo que os assistidos sejam contemplados com benefcios
assistenciais da LOAS mesmo possuindo uma renda familiar per capita
superior a de salrio mnimo, desde que provem a sua situao de
miserabilidade. Para a prova de tcnico do INSS, todavia, vocs devem
considerar necessrio o cumprimento deste requisito para o gozo do
benefcio da LOAS.
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Prof Ivan Kertzman Aula 08Outra recente alterao trazida pela Lei 12.470/2011 foi a possibilidade
de que a remunerao da pessoa com deficincia na condio de
aprendiz no seja considerada para fins do clculo da renda
familiar per capita de de salrio mnimo. Assim, se o deficiente
trabalhar como aprendiz, alm de no perder o seu benefcio assistencial,
ainda tem o valor de sua remunerao excludo da renda familiar para
concesso de qualquer outro benefcio assistencial.
O benefcio poder ser pago a mais de um membro da famlia, desde que
comprovadas todas as condies exigidas, ou seja, caso um grupo
familiar contenha um idoso e um deficiente, os dois podem ter direito ao
benefcio.
De acordo com o pargrafo nico do artigo 34 do Estatuto do Idoso, o
benefcio concedido ao idoso no ser computado para fins de clculo da
renda familiar per capita para a concesso de novos benefcios
assistenciais.
Assim, se um casal de idosos mora sozinho, e ambos no possuem
qualquer renda, os dois sero contemplados com benefcio assistencial da
LOAS. Explico: quando o primeiro passar a receber o benefcio, esta renda
no entrar para o clculo da renda familiar do casal, e o segundo vai ter
direito tambm a receber o seu beneficio.
O benefcio de prestao continuada deve ser revisto a cada dois anos,
para avaliao da continuidade das condies que lhe deram origem. O
desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras ou educacionais e a
realizao de atividades no remuneradas de habilitao e reabilitao,
entre outras, no constituem motivo de suspenso ou cessao do
benefcio da pessoa com deficincia (art. 21, 3, da Lei 8.742/93).
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Prof Ivan Kertzman Aula 08A cessao do benefcio de prestao continuada concedido pessoa com
deficincia no impede nova concesso do benefcio em momento
posterior.
De acordo com o disposto no art. 21-A, da Lei 8.742/93, o benefcio de
prestao continuada ser suspenso quando a pessoa com deficincia
exercer atividade remunerada, inclusive na condio de
microempreendedor individual.
Extinta, contudo, a relao trabalhista ou a atividade empreendedora, e,
quando for o caso, encerrado o prazo de pagamento do seguro-
desemprego, e no tendo o beneficirio adquirido direito a qualquer
benefcio previdencirio, poder ser requerida a continuidade do
pagamento do benefcio suspenso, sem necessidade de realizao de
percia mdica ou reavaliao da deficincia e do grau de incapacidade
para esse fim, respeitado o perodo de reviso de 2 anos.
A contratao de pessoa com deficincia como aprendiz no acarreta a
suspenso do benefcio de prestao continuada, limitado a 2 anos o
recebimento concomitante da remunerao e do benefcio.
A cessao do pagamento do benefcio ocorrer nas seguintes situaes:
I superao das condies que lhe deram origem;
II morte do beneficirio;
III morte presumida do beneficirio, declarada em juzo;
IV ausncia declarada do beneficirio;
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Prof Ivan Kertzman Aula 08V falta de comparecimento do beneficirio portador de deficincia ao
exame mdico-pericial, por ocasio de reviso de benefcio;
VI falta de apresentao pelo idoso ou pela pessoa portadora de
deficincia da declarao de composio do grupo e renda familiar, por
ocasio de reviso de benefcio.
As alteraes nas condies que deram origem ao benefcio, quando
ocorridas aps a concesso, no constituem irregularidades.
O benefcio assistencial intransfervel, no gerando direito penso.
No pago abono anual em relao aos benefcios da LOAS.
devido, entretanto, pagamento de resduo a herdeiros ou a sucessores, na
forma da lei civil.
O benefcio assistencial da LOAS no pode ser acumulado com qualquer
outro no mbito da seguridade social ou de outro regime, salvo os da
assistncia mdica e da penso especial de natureza indenizatria.
Um exemplo de possibilidade de cumulao a penso especial devida
aos dependentes das vtimas da hemodilise de Caruaru/PE, prevista na
Lei 9.422, de 24 de dezembro de 1996.
Em 1996, ocorreu a morte de 72 pacientes renais submetidos a
tratamento de hemodilise em hospital pblico em Caruaru, devido
presena de toxinas produzidas por uma microalga encontrada na gua
utilizada, durante o processo de filtragem do sangue, a Microcystina LR. A
gua era retirada de um aude. O governo, ento, resolveu indenizar os
dependentes dos mortos com uma penso de um salrio mnimo.
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Prof Ivan Kertzman Aula 084. ACUMULAO DE BENEFCIOS
Art. 86, 2, Lei 8.213/91
Art. 102, 103, 104, 2, 167 e 168, Decreto 3.048/99
Caros amigos, a possibilidade de o segurado receber mais de um
benefcio da previdncia social sofre diversas restries.
A legislao previdenciria, assim, probe a acumulao de benefcios,
dispondo que, salvo no caso de direito adquirido, no ser permitido o
recebimento conjunto dos seguintes benefcios da Previdncia Social,
inclusive quando decorrentes de acidente do trabalho (art. 167, RPS):
I - aposentadoria com auxlio-doena;
II - mais de uma aposentadoria;
III - aposentadoria com abono de permanncia em servio;
IV - salrio-maternidade com auxlio-doena;
V - mais de um auxlio-acidente;
VI - mais de uma penso deixada por cnjuge;
VII - mais de uma penso deixada por companheiro ou
companheira;
VIII - mais de uma penso deixada por cnjuge e companheiro ou
companheira;
IX - auxlio-acidente com qualquer aposentadoria.
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No caso das penses deixadas por cnjuge ou companheiro(a),
facultado ao dependente optar pela mais vantajosa. Desta forma, uma
viva que se case novamente, alm de no perder a penso por morte do
primeiro marido, ainda pode optar pela penso mais vantajosa, no caso
de falecimento do segundo marido. No pode, todavia, acumular as duas
penses por morte.
No existe impedimento para acumulao de duas penses por morte,
uma deixada pelo pai e outra pela me. No h tambm bice para
cumulao de uma penso por morte de pai e outra de companheiro(a),
pois, em ambas, no h necessidade de comprovao de dependncia
econmica. No possvel acumular uma penso de pai com uma de
cnjuge, uma vez que o casamento emancipa o dependente, cessando o
recebimento da penso por morte do pai.
vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer
benefcio de prestao continuada da Previdncia Social, exceto penso
por morte, auxlio-recluso, auxlio-acidente, auxlio-suplementar
ou abono de permanncia em servio.
O abono de permanncia em servio e o auxlio-suplementar so
benefcios j extintos, mas este texto ainda costuma aparecer em
questes de concurso pblico, pois os segurados que j recebiam tais
benefcios antes de sua extino continuaram recebendo, devido ao
direito adquirido. O primeiro garantia 25% do salrio-de-benefcio aos
segurados que j tivessem preenchido os requisitos para a aposentadoria
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Prof Ivan Kertzman Aula 08por tempo de servio, sem que a tivessem requerido. J o chamado
auxlio-suplementar consistia em um desmembramento do atual auxlio-
acidente e era pago aos acidentados que, aps a consolidao das leses
resultantes do acidente, apresentassem como sequela definitiva perda
anatmica ou reduo da capacidade funcional, embora sem impedir o
desempenho da mesma atividade, correspondendo a 20% do valor do
salrio-de-contribuio.
permitida a acumulao dos benefcios previdencirios com a penso
vitalcia dos portadores da deficincia fsica conhecida como "Sndrome da
Talidomida", de que trata a Lei 7.070, de 20 de dezembro de 1982. Este
benefcio no poder ser reduzido em razo de eventual aquisio de
capacidade laborativa ou de reduo de incapacidade para o trabalho
ocorrida aps a sua concesso. Esta penso especial no acumulvel
com rendimento ou indenizao, salvo opo pelo beneficirio, que, a
qualquer ttulo, venha a ser pago pela Unio a seus beneficirios, salvo a
indenizao por dano moral concedida por lei especfica.
A talidomida um medicamento que gerou milhares de casos de
Focomelia, que uma sndrome caracterizada pela aproximao ou
encurtamento dos membros junto ao tronco do feto, tornando-os
semelhantes aos de uma foca. A ingesto de um nico comprimido, nos
trs primeiros meses de gestao, ocasionava a Focomelia, efeito
descoberto em 1961, que provocou a sua retirada imediata do mercado
mundial. No Brasil, entretanto, este medicamento foi retirado de
circulao, com pelo menos quatro anos de atraso. Desta forma, foi criada
uma penso mensal vitalcia e intransfervel para as vtimas desta doena,
que tem o seu valor varivel, a depender do grau de deformao.
permitida a cumulao dos benefcios previdencirio e dos benefcios da
LOAS com a penso especial devida aos dependentes das vtimas da
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Prof Ivan Kertzman Aula 08hemodilise de Caruaru/PE, prevista na Lei 9.422, de 24 de dezembro de
1996.
Saliente-se que a penso das vtimas de hemodilise de Caruaru foi
criada, no valor de um salrio mnimo, aps a morte de 72 pacientes
renais submetidos a tratamento de hemodilise em hospital pblico em
Caruaru, devido contaminao da gua utilizada.
Os benefcios assistenciais concedidos aos idosos e aos deficientes no
podem ser acumulados com qualquer benefcio da Previdncia Social.
O segurado recluso, ainda que contribua para a previdncia social, no
faz jus aos benefcios de auxlio-doena e de aposentadoria, durante a
percepo, pelos dependentes, do auxlio-recluso, permitida a opo,
desde que manifestada, tambm, pelos dependentes, pelo benefcio mais
vantajoso.
O aposentado que continua trabalhando no prejudica o recebimento de
sua aposentadoria, que ser mantida no valor integral, salvo nos casos de
aposentadoria por invalidez ou especial, em que o trabalhador retorna
atividade que o exponha a agente nocivo prejudicial sade.
Saliente-se que o aposentado que retornar ao trabalho somente far
jus aos benefcios de salrio-maternidade e do salrio-famlia, em se
tratando de aposentados por idade e demais aposentados, neste caso,
desde que com idade a partir de 65 anos, se homens, e 60 anos, se
mulheres. Podero participar, tambm, do servio de reabilitao
profissional. Devido aos requisitos destas prestaes, dificilmente os
aposentados as obtero.
O auxlio-acidente ser devido, a partir do dia seguinte ao da cessao
do auxlio-doena, independentemente de qualquer remunerao ou
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Prof Ivan Kertzman Aula 08rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulao com
qualquer aposentadoria.
O salrio-maternidade no pode ser cumulado com benefcio por
incapacidade (auxlio-doena e aposentadoria por invalidez). Quando
ocorrer incapacidade em concomitncia com o perodo de pagamento do
salrio-maternidade, o benefcio por incapacidade dever ser suspenso,
enquanto perdurar o referido pagamento, ou ter sua data de incio
adiada para o primeiro dia seguinte ao trmino do perodo de 120 dias.
admitida a acumulao de auxlio-doena com auxlio-acidente,
desde que originrio de outro acidente ou de outra doena.
Caros guerreiros, apesar de este assunto parecer complexo, ele muito
mais difcil na prtica das atividades do INSS que para responder aos
questionamentos das provas de concurso pblico. Afirmo isso porque,
geralmente, as questes se limitam s situaes descritas no art. 167 e
168 do RPS, sem grande dificuldade. No percam muito tempo pensando
sobre as possibilidades de cumulao entre todas as prestaes da
seguridade social, pois isso ocupar muito espao na cabea de vocs e
no trar nenhum ganho efetivo.
5. TEMAS GERAIS DE BENEFCIOS
5.1. ABONO ANUAL
devido abono anual ao segurado e ao dependente da Previdncia
Social que, durante o ano, recebeu auxlio-doena, auxlio-acidente,
aposentadoria, salrio-maternidade, penso por morte ou auxlio-
recluso (art. 120, RPS).
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O abono anual equivale ao 13 pago pelo INSS, quando os segurados
esto em gozo de benefcio. Perceba que este abono, ao contrrio do 13
salrio decorrente do trabalho, deve ser pago a todas as categorias de
segurado, mas no apenas aos segurados empregados. Ele calculado da
mesma forma que a gratificao natalina dos trabalhadores, tendo por
base o valor da renda mensal do benefcio do ms de dezembro de cada
ano. A Previdncia Social paga o abono anual, juntamente com o
pagamento da ltima parcela do benefcio de cada ano.
5.2. INDENIZAO
Sabemos que possvel que o segurado contribuinte individual pague
contribuies anteriores a sua inscrio, bastando, para tanto, comprovar
que exerceu atividade remunerada que o filie obrigatoriamente
previdncia social. Obviamente, ser exigido, a qualquer tempo, o
recolhimento das correspondentes contribuies. Tal pagamento o que
se chama de indenizao, que se presta a possibilitar a contagem de
tempo de contribuio de perodos pretritos, no recolhidos em poca
prpria.
A Lei Complementar 128, de 19/12/08, inseriu o art. 43-A na Lei
8.212/91, dispondo que o contribuinte individual que pretenda contar
como tempo de contribuio, para fins de obteno de benefcio no
Regime Geral de Previdncia Social ou de contagem recproca do tempo
de contribuio, perodo de atividade remunerada alcanada pela
decadncia dever indenizar o INSS.
O valor da indenizao corresponde a 20%:
I da mdia aritmtica simples dos maiores salrios-de-
contribuio, reajustados, correspondentes a 80% de todo o perodo
contributivo decorrido desde a competncia julho de 1994; ou
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II da remunerao sobre a qual incidem as contribuies para o
regime prprio de previdncia social a que estiver filiado o
interessado, no caso de indenizao para fins da contagem
recproca de tempo de contribuio.
Contagem recproca ocorre quando o segurado deseja levar o tempo de
contribuio do RGPS para o seu Regime Prprio ou vice-versa.
Sobre os valores indenizados, incidiro juros moratrios de 0,5% ao ms,
capitalizados anualmente, limitados ao percentual mximo de 50%, e
multa de 10%.
A indenizao no se aplica aos casos de contribuies em atraso no
alcanadas pela decadncia do direito de a Previdncia constituir o
respectivo crdito. Em relao a estas contribuies, para o clculo do
valor devido, devem ser aplicadas as disposies relativas cobrana de
contribuies em atraso das empresas em geral.
5.3. PRESCRIO E DECADNCIA EM RELAO AOS
BENEFCIOS
Art. 103, 103-A e 104, da Lei 8.213/91
Primeiramente, cabe esclarecer o que decadncia e prescrio. Grosso
modo, decadncia o prazo em que o credor deve cobrar ao devedor
uma obrigao. Uma vez no sendo cobrada, a obrigao no pode mais
ser exigida. J a prescrio o prazo que o credor tem para ajuizar uma
ao para cobrar judicialmente do devedor o cumprimento da obrigao.
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O direito de a Previdncia Social anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favorveis para os seus beneficirios decai em dez anos,
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada m-f (art.
103-A, Lei 8.213/91).
O INSS pode cometer erro em favor dos beneficirios, na anlise de
processo de requerimento de benefcio. Nesta situao, ter o prazo de
10 anos para anular este ato.
No caso de erro do INSS que resultar em pagamento de benefcio mensal
a maior aos segurados, o prazo decadencial de 10 anos correr a partir da
percepo do primeiro pagamento, como, por exemplo, se o erro tiver
resultado na concesso de um benefcio de aposentadoria.
Na hiptese de ocorrncia de dolo, fraude ou simulao, a Seguridade
Social pode, a qualquer tempo, anular o ato administrativo.
de 10 anos o prazo de decadncia de todo e qualquer direito ou ao do
segurado ou beneficirio para a reviso do ato de concesso de benefcio,
a contar (Lei 8.213/91, art. 103):
I - do dia primeiro do ms seguinte ao do recebimento da primeira
prestao;
II - do dia em que tomar conhecimento da deciso indeferitria
definitiva, no mbito administrativo.
Caros amigos, se o segurado requereu um benefcio e acabou recebendo-
o com um valor menor, ele tem 10 anos a partir do dia primeiro do ms
seguinte ao do recebimento da primeira prestao para solicitar a reviso
deste benefcio, sob pena do valor errado jamais poder ser revisto. Da
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Direito Previdencirio para o Concurso para Tcnico do Seguro SocialCurso Terico + Exerccios
Prof Ivan Kertzman Aula 08mesma forma, se teve o seu benefcio indeferido, tem 10 anos para
requerer a reviso do indeferimento.
Uma observao muito importante, meus caros amigos, que no h que
se falar em prescrio ou decadncia, em caso de direito adquirido. Se
um segurado que j implementou todas as condies para sua
aposentadoria, pode, a qualquer tempo, requisit-la. No o fazendo, seus
dependentes, mesmo aps o seu falecimento, podem, a qualquer tempo,
requerer a penso por morte, que dever ser paga, em regra, a partir da
data do requerimento.
Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido
pagas, toda e qualquer ao para haver prestaes vencidas ou quaisquer
restituies ou diferenas devidas pela Previdncia Social, salvo o direito
dos menores, dos incapazes e dos ausentes, na forma do Cdigo Civil.
Por fim, meus amigos, as aes referentes prestao por acidente do
trabalho prescrevem em cinco anos, contados da data:
I - do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade
temporria, verificada esta em percia mdica a cargo da
Previdncia Social;
II - em que for reconhecida pela Previdncia Social, a incapacidade
permanente ou o agravamento das sequelas do acidente.
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Prof Ivan Kertzman Aula 085.4. CONTAGEM RECPROCA DE TEMPO DE CONTRIBUIO
Art. 94 a 99, Lei 8.213/91
Art. 125 a 135, Decreto 3.048/99
Contagem recproca de tempo de contribuio a possibilidade de
comunicabilidade dos tempos de contribuio na atividade privada, rural e
urbana, com o tempo de contribuio ou de servio na administrao
pblica, para efeito dos benefcios concedidos.
Meus caros, se um servidor tem 20 anos de servio pblico e passa a
trabalhar na iniciativa privada, pode ele transferir todo este tempo para o
RGPS. Esta operao, como sabemos, bastante incomum, pois o mais
normal que algum que trabalhou durante parte da sua vida na
iniciativa privada passe a trabalhar no servio pblico. Obviamente, o
tempo contribudo para o RGPS tambm pode ser averbado no servio
pblico.
No caso de contagem recproca, o regime que concedeu o benefcio ao
segurado, valendo-se de tempo trazido de um outro, ser por ele
compensado financeiramente, em relao aos tempos de contribuies
migrados.
Poder, ainda, ser contado o tempo de servio prestado administrao
pblica direta, autrquica e fundacional dos Estados, do Distrito Federal e
dos municpios, desde que estes assegurem aos seus servidores a
contagem de tempo do servio em atividade vinculada ao Regime Geral
de Previdncia Social.
De acordo com o art. 96, da Lei 8.213/91, o tempo de contribuio ou de
servio ser contado de acordo com a legislao pertinente, observadas
as normas seguintes:
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I - no ser admitida a contagem em dobro ou em outras condies
especiais a conhecida contagem fictcia de tempo de servio, que
ocorria, por exemplo, com as licenas no gozadas, a qual foi vedada pela
Emenda Constitucional 20/98;
II - vedada a contagem de tempo de servio pblico com o de atividade
privada, quando concomitantes se o segurado exerceu ao mesmo
tempo duas atividades, uma no servio pblico e outra na iniciativa
privada, no h como se pleitear contagem recproca doperodo
concomitante. Ele pode, todavia, habilitar-se a benefcios dos dois
regimes previdencirios;
III - no ser contado por um sistema o tempo de servio utilizado para
concesso de aposentadoria pelo outro;
IV - o tempo de servio anterior ou posterior obrigatoriedade de filiao
Previdncia Social s ser contado mediante indenizao da
contribuio correspondente ao perodo respectivo, com acrscimo de
juros moratrios de um por cento ao ms e multa de dez por cento se o
segurado no contribuiu para o regime previdencirio, somente poder
requerer a contagem recproca se efetuar os devidos recolhimentos
(indenizao), com juros e multa.
A regra de cobrana de juros ainda prevista no art. 96, IV, da Lei
8.212/91 parece-nos contraditria quando comparada nova regra do
2, do art. 45-A, da mesma Lei, alterada pela LC 128/08. que o novo
texto, como j comentado nesta obra, impe nesta situao a cobrana
de juros moratrios de 0,5% ao ms, capitalizados anualmente, limitados
ao percentual mximo de 50%. Conclui-se, ento, que os juros de 1% ao
ms, ainda previstos no art. 96, IV, da Lei 8.212/91, foram revogados
tacitamente com a publicao da LC 128/08.
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O benefcio resultante de contagem recproca de tempo de servio ser
concedido e pago pelo sistema a que o interessado estiver vinculado ao
requer-lo e calculado na forma da respectiva legislao.
O documento que servir de base para comprovao do tempo de
contribuio em regime previdencirio a Certido de Tempo de
Contribuio CTC (art. 125, II, Dec. 3.048/99).
Note-se que a legislao previdenciria, para fins de contagem recproca
de tempo de contribuio, veda a converso de tempo de servio exercido
em atividade sujeita a condies especiais do RGPS, em tempo de
contribuio comum do RPPS, bem como a contagem de qualquer tempo
de servio fictcio (art. 125, 1, do RPS).
Para efeito de contagem recproca, o perodo em que o segurado
contribuinte individual e o facultativo tiverem contribudo com 11% sobre
o salrio mnimo s ser computado se forem complementadas as
contribuies, conforme regramento j estudado.
A certido de tempo de contribuio, para fins de averbao do tempo em
outros regimes de previdncia, somente ser expedida pelo Instituto
Nacional do Seguro Social, aps a comprovao da quitao de todos os
valores devidos, inclusive de eventuais parcelamentos de dbito.
Por fim, o segurado em gozo de auxlio-acidente, auxlio-suplementar ou
abono de permanncia em servio ter o benefcio encerrado na data da
emisso da Certido de Tempo de Contribuio.
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Prof Ivan Kertzman Aula 086. RECURSOS DAS DECISES ADMINISTRATIVAS
Caros amigos, todas as decises administrativas do INSS ou da Receita
Federal do Brasil contrrias aos segurados, aos dependentes ou aos
contribuintes so passveis de recurso.
No mbito do custeio, existe o Processo Administrativo Fiscal - PAF, que
garante a ampla defesa do contribuinte que foi autuado pelo Fisco. J em
relao aos benefcios, os segurados e dependentes podem recorrer das
decises indeferitrias de benefcios, instaurando um Processo
Administrativo de Benefcios PAB.
Vamos ver agora, meus caros, em linhas gerais, como funciona estas
possibilidades de recurso na esfera administrativa:
6.1 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
Quando o Fisco constata o no-recolhimento total ou parcial das
contribuies previdencirias, a falta de pagamento de benefcio
reembolsado (salrio-famlia ou salrio-maternidade) ou o
descumprimento de obrigao acessria lavra um auto de infrao ou
notificao de lanamento (art. 37, da Lei 8.212/91).
O Auto de Infrao AI por descumprimento de obrigao acessria deve
ser lavrado com discriminao clara e precisa da infrao e das
circunstncias em que foi praticada, dispositivo legal infringido, a
penalidade aplicada e os critrios de sua gradao, indicando local, dia e
hora de sua lavratura.
Atualmente, o julgamento administrativo compete:
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Prof Ivan Kertzman Aula 08I - s Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento
(DRJ), rgos de deliberao interna e natureza colegiada da
Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB);
a) em instncia nica, quanto aos processos relativos a
penalidade por descumprimento de obrigao acessria e a
restituio, a ressarcimento, a compensao, a reduo, a
iseno, e a imunidade de tributos e contribuies, bem
como ao Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuies das Microempresas e das Empresas de
Pequeno Porte Simples; e aos processos de exigncia de
crdito tributrio de valor inferior a R$ 50.000,00, assim
considerado principal e multa de ofcio;
b) em primeira instncia, quanto aos de mais processos
II em segunda instncia, ao Conselho Administrativo de
Recursos Fiscais - CARF, rgo colegiado, paritrio, integrante da
estrutura do Ministrio da Fazenda, com atribuio de julgar
recursos de ofcio e voluntrios de deciso de primeira instncia,
bem como recursos de natureza especial.
Recebido o Auto de Infrao, o contribuinte tem o prazo de 30 dias
para efetuar o pagamento ou apresentar a defesa. Decorrido esse
prazo, ser automaticamente declarada a revelia, considerando-se
procedente o lanamento. O processo dever, neste caso, permanecer no
rgo jurisdicionante, pelo prazo de trinta dias, para cobrana
amigvel, aps o qual o dbito ser inscrito em Dvida Ativa da Unio.
No caso de impugnao parcial, a parte no impugnada deve seguir
para cobrana, enquanto a parte impugnada deve seguir para o
julgamento da Delegacia da Receita de Julgamento.
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O Presidente de Turma de Julgamento da Delegacia da Receita Federal do
Brasil (DRJ) recorrer de ofcio ao Segundo Conselho de
Contribuintes do Ministrio da Fazenda sempre que a deciso (art. 366,
RPS):
I - declarar indevida contribuio ou outra importncia apurada pela
fiscalizao; e
II - relevar ou atenuar multa aplicada por infrao a dispositivos
deste Regulamento.
Das decises das DRJ, nos processos de interesse dos contribuintes,
caber recurso voluntrio com efeito suspensivo dirigido ao Conselho de
Recursos Administrativos Fiscais (CARF), situado em Braslia. Mantida a
deciso, depois da anlise da defesa apresentada, os contribuintes tm o
prazo de 30 dias para interposio de recursos, contados da cincia da
deciso.
Decorrido o prazo sem que o recurso tenha sido interposto, ser o sujeito
passivo cientificado do trnsito em julgado administrativo e intimado a
regularizar sua situao no prazo 30 dias, contados da cincia da
intimao. Esgotados os meios de cobrana amigvel, o processo ser
encaminhado ao rgo competente para inscrio em Dvida Ativa da
Unio.
Em caso de manuteno da deciso contrria ao contribuinte pelo CARF, a
SRFB insistir por 30 dias na cobrana amigvel, sendo, depois, o dbito
inscrito em Dvida Ativa. A Procuradoria tentar, ento, executar o
crdito previdencirio.
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6.2 PROCESSO ADMINISTRATIVO DE BENEFCIOS
O julgamento dos recursos contra as decises do INSS de
responsabilidade do Conselho de Recursos da Previdncia Social -
CRPS, integrante da estrutura do Ministrio da Previdncia Social, rgo
colegiado de controle jurisdicional das decises do Instituto Nacional do
Seguro Social, nos processos de interesse dos beneficirios. Das decises
do INSS nos processos de interesse dos beneficirios, cabe recurso para o
CRPS.
O Conselho de Recursos da Previdncia Social compreende os seguintes
rgos:
I - vinte e nove Juntas de Recursos, com competncia para
julgar, em primeira instncia, os recursos interpostos contra as
decises prolatadas pelos rgos regionais do INSS, em matria de
interesse dos seus beneficirios;
II - quatro Cmaras de Julgamento - CAJ, com sede em Braslia,
com competncia para julgar, em segunda instncia, os recursos
interpostos contra as decises proferidas pelas Juntas de Recursos
que infringirem lei, regulamento, enunciado ou ato normativo
ministerial;
III - Conselho Pleno, com competncia para uniformizar a
jurisprudncia previdenciria mediante a emisso de enunciados, ad
referendum do Ministro de Estado da Previdncia Social.
O Conselho de Recursos da Previdncia Social presidido por
representante do Governo, com notrio conhecimento da legislao
previdenciria, nomeado pelo Ministro de Estado da Previdncia Social,
cabendo-lhe dirigir os servios administrativos do rgo.
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As Juntas e as Cmaras, presididas por representante do Governo, so
compostas por quatro membros, denominados conselheiros, nomeados
pelo Ministro de Estado da Previdncia Social, sendo dois representantes
do Governo, um das empresas e um dos trabalhadores.
Em relao s decises do INSS contrrias aos interesses dos
beneficirios, garantido o prazo de 30 dias para interposio de
recurso s Juntas de Recursos do CRPS (art. 305, RPS).Tal recurso
denominado recurso ordinrio, de acordo com o art. 29, do Regimento
do Conselho de Recursos da Previdncia Social.
O INSS deve analisar o processo antes de envi-lo Junta, podendo,
inclusive, reformular totalmente a deciso em favor do recorrente,
hiptese em que o processo no ser encaminhado ao CRPS. Caso a
reconsiderao seja parcial, o processo seguir Junta de recursos para
que sejam analisados os pontos controversos.
Aps a anlise do recurso ordinrio pela Junta, caso seja mantida a
deciso contrria ao interessado, correr prazo de 30 dias para
interposio de recursos s Cmaras deJulgamento do CRPS,
contados da cincia da deciso. Este recurso denominado recurso
especial, de acordo com o art. 30 do Regimento do Conselho de
Recursos da Previdncia Social.
A interposio tempestiva do recurso especial suspende os efeitos da
deciso de primeira instncia e devolve instncia superior o
conhecimento integral da causa.
Contra a deciso da Cmara de julgamento no cabe recurso na esfera
administrativa.
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7. LEGISLAO PREVIDENCIRIA
Caros amigos, apesar de este assunto estar previsto em diversos
programas de concursos pblico, muito raro ser cobrado nas provas.
Legislao Previdenciria o conjunto de normas que visam a organizar a
seguridade social e o sistema protetivo.
Devido grande dimenso do emaranhado de normas jurdicas, o Direito
dividido com o escopo de facilitar o estudo das normas correlatas.
A Doutrina tradicionalista divide o ordenamento jurdico em dois grandes
grupos: Direito Pblico e Direito Privado. O Direito Previdencirio
considerado ramo autnomo do Direito Pblico, pois o vnculo jurdico se
d obrigatoriamente com o Estado.
Fonte do Direito Previdencirio todo fato social gerador de normas
jurdicas previdencirias. Dividem-se em materiais e formais. As fontes
materiais so fatores sociais, econmicos, polticos etc. que influem no
surgimento de normas jurdicas.
As fontes formais se dividem em no estatais e estatais.
So fontes formais no-estatais a doutrina e o costume. Doutrina o
conjunto de produes cientificas dos estudiosos da matria. O costume
a prtica reiterada de determinadas condutas, com a convico de
necessidade jurdica (elemento objetivo e subjetivo). Observe-se que
necessria configurao do costume a conscincia coletiva de que certos
atos da comunidade devem servir de parmetro de comportamento. A
prtica de emisso de cheque pr-datado, por exemplo, realizada,
uniformemente, na convico de se tratar de norma jurdica.
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As fontes formais estatais englobam a Constituio, leis
complementares, leis ordinrias, leis delegadas, medidas provisrias,
decretos legislativos, resolues do senado. Englobam, tambm, decretos
regulamentares do poder executivo, instrues ministeriais, circulares,
portarias, ordem de servio e normas individuais.
A Jurisprudncia, a equidade e os princpios gerais do Direito so
apenas formas de integrao da ordem jurdica. H na doutrina quem
considere a jurisprudncia espcie de fonte formal estatal.
A hierarquia das normas a ordem de graduao entre elas, de forma
que a superior o fundamento de validade da inferior. Temos, assim, no
ordenamento jurdico vigente, a seguinte pirmide normativa:
a) Normas Constitucionais;
b) Leis complementares, ordinrias, delegadas, medidas provisrias,
decretos legislativos e resolues do senado;
c) Decretos regulamentares, instrues ministeriais, circulares,
portarias e ordem de servio.
d) Normas individuais (contrato, sentena etc.).
Anote-se que, no mesmo patamar, encontram-se as leis complementares
e ordinrias, havendo, apenas, para elas, quorum diferenciado de
aprovao. Tambm, em relao s delegadas, medidas provisrias,
decretos legislativos e resolues do senado, o que ocorre distribuio
de competncia, situadas no mesmo piso normativo.
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Prof Ivan Kertzman Aula 08Nos casos de confronto entre duas normas, aplica-se a hierarquicamente
superior. Se as normas estiverem, todavia, no mesmo patamar
hierrquico, qual delas deve ser aplicada?
Deve-se, nesta situao, seguir as seguintes regras:
a) norma especfica prevalece sobre a geral um conflito entre uma
norma geral de Direito Previdencirio e outra especfica, de mesma
hierarquia, que regule determinada matria ser dirimido com
aplicao desta ltima;
b) In dubio pro misero, ou seja, na dvida, a lei mais benfica parte
mais fraca deve ser utilizada. o que ocorre em relao aos
beneficirios que entram em conflito com o INSS. Havendo duas
normas equivalentes que tratem de questes diferentes, ser
aplicada a mais favorvel ao beneficirio. Obviamente, se uma das
duas tratar especificamente do tema em questo, enquanto a outra
for norma genrica, ser aplicada a primeira, afastando-se o in
dubio pro misero.
A interpretao da norma previdenciria tem por objetivo extrair o
verdadeiro significado do regramento jurdico. O intrprete deve penetrar
na norma, buscando seu sentido, seu alcance e a extenso de sua
finalidade.
Entre as formas de interpretao, temos:
Gramatical o sentido da norma obtido a partir da simples leitura do
texto legislativo;
Teleolgica ou Finalstico busca-se, aqui, o fim desejado pela lei, no
sendo suficiente apenas a leitura da letra da norma. Esta , sem dvida, a
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Prof Ivan Kertzman Aula 08forma de interpretao que mais aproxima a aplicao da lei no caso
concreto ao seu verdadeiro esprito, no se olvidando, todavia, que,
quando possvel, deve-se utilizar mais de uma forma interpretativa,
conjuntamente. Para isso, o hermeneuta (intrprete) pode valer-se das
seguintes tcnicas:
Restritiva - quando o texto mais amplo que a inteno da lei, devendo
o interprete restringir o seu alcance.
Extensiva - quando o texto mais restrito que a inteno do legislador,
o interprete deve expandir o alcance da lei.
Sistemtica analisa-se todo o ordenamento jurdico, buscando-se
textos de outros ramos do Direito para que se possa detectar qual o
sentido da norma previdenciria em anlise;
Histrico analisa-se o momento histrico de aprovao da lei, com o
intuito de auxiliar no descobrimento da Ratio Legis;
Autntica a interpretao efetuada pelo prprio autor da norma
jurdica. Deve ser feita por meio de edio de um novo ato normativo,
meramente explicativo, para dirimir as dvidas do anterior;
Jurisprudencial a efetuada pelo magistrado, com o objetivo de
aplicar as normas aos casos concretos, na soluo das lides;
Doutrinria a interpretao dos especialistas do direito, em suas
obras literrias.
Depois de interpretada a lei, resta aplic-la. Aplicao da lei , ento, o
enquadramento do caso prtico a uma norma jurdica adequada.
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Prof Ivan Kertzman Aula 08J a integrao deve ser utilizada pelo aplicador, quando houver
lacuna da lei, ou seja, quando no se encontrar nesta, para um caso
concreto, normatizao correspondente. Neste caso, podero ser
utilizadas as seguintes formas de integrao:
Analogia busca uma norma similar que supra a lacuna no caso
concreto. a aplicao de disposies relativas a hipteses semelhantes a
um caso concreto no previsto pelo legislador;
Costume (para quem j no o considera fonte formal, no-estatal)
prtica reiterada aliada conscincia de sua necessariedade jurdica;
Princpios Gerais do Direito so os princpios bsicos do
ordenamento jurdico que orientam todos os ramos do Direito;
Jurisprudncia conjunto uniforme de decises; decises reiteradas do
Poder Judicirio na soluo do caso concreto;
Equidade em sentido estrito, significa o ideal de justia, enquanto
aplicado, ou seja, a justia no caso concreto.
A vigncia existncia da lei, em determinado momento. No estando
vigente, a lei no pode ser aplicada. A vigncia da lei previdenciria segue
a regra geral: se no houver disposio expressa, a norma passa a
vigorar 45 dias aps sua publicao (art. 1 LICC).
Meus amigos, em se tratando de legislao previdenciria, apenas para as
normas concernentes s contribuies sociais, existe regra expressa na
Constituio, que prev a sua vigncia somente aps 90 dias da
publicao da lei (art. 195, 6, CF/88).
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7. EXERCCIOS PARA A FIXAO DO APRENDIZADO
1) Ministrio Pblico do Trabalho X Concurso 2004- Organizado
pelo Prprio MPT
Assinale a alternativa CORRETA:
a) A habilitao e reabilitao profissional tem como objetivo
proporcionar aos beneficirios incapacitados parcial ou totalmente
para o trabalho, em carter obrigatrio, independentemente de
carncia, e s pessoas portadoras de deficincia, os meios indicados
para proporcionar o reingresso no mercado de trabalho e no
contexto em que vivem, motivo pelo qual, so excludos do
processo de habilitao e reabilitao profissional os aposentados;
b) O processo de reabilitao profissional cessa apenas quando o
beneficirio retoma suas atividades laborativas, quer no mesmo
emprego em que encontrava-se antes do processo de reabilitao,
quer em outro para o qual foi reabilitado;
c) Toda empresa est obrigada a preencher seus quadros, com
percentual nico de 2% (dois por cento) de seus cargos, com
beneficirios reabilitados ou pessoas portadoras de deficincia,
habilitadas, a fim de evitar discriminao a essas pessoas;
d) O treinamento do reabilitando quando realizado em empresa, no
estabelece qualquer vnculo empregatcio ou funcional entre o
reabilitando e a empresa;
e) beneficirio reabilitado e que se encontra trabalhando em empresa
na cota correspondente a reserva legal de vagas destinadas a
pessoas em sua condio ou portadora de deficincia, no pode ser
despedido sem justa causa.
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2) Juiz Federal TRF 3 Regio 2003 Organizado pelo Prprio
TRF
Assinale a alternativa correta:a) a habilitao e reabilitao profissional so prestaes previdencirias
na modalidade servio que independem de carncia;b) a habilitao e reabilitao profissional so prestaes assistenciais,
da porque independem de carncia;c) a habilitao e reabilitao profissional tm como pblico alvo os
beneficirios portadores de incapacidade total e definitiva para otrabalho, bem como os portadores de deficincia, no sendoextensveis aos seus dependentes;
d) no mbito da habilitao e reabilitao profissional, o INSS tem odever de providenciar meios para a recuperao da capacidade laboraldo segurado, recolocando-o no mercado de trabalho.
3) Juiz Federal TRF 3 Regio 2003 Organizado pelo Prprio
TRF
No que tange penso especial paga s vtimas da Talidomida, correto
afirmar-se que:
a) essa penso pode ser cumulada com eventual indenizao a ser
paga pela Unio aos seus beneficirios;
b) essa penso pode ser cumulada com penso por morte
previdenciria deixada por cnjuge;
c) essa penso s pode ser cumulada com aposentadoria por invalidez
acidentria;
d) essa penso no pode ser cumulada com eventual rendimento ou
indenizao que, a qualquer ttulo, venha a ser paga pela Unio a
seus beneficirios, prevalecendo, nesta hiptese, e
independentemente da opo do beneficirio, a penso especial de
que trata a Lei n 7.070/82, disciplinadora do benefcio em tela.
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Prof Ivan Kertzman Aula 084) Defensor Pblico do Estado do Par 2009 Fundao Carlos
Chagas
Entre as diversas aes que integram o sistema de seguridade
social brasileiro, est previsto que cabe garantir benefcio mensal
a) de um salrio mnimo pessoa portadora de deficincia e ao
idoso que comprovem no possuir meios de prover prpria
manuteno ou de t-la provida por sua famlia,
independentemente de prova de exerccio de trabalho ou
contribuio previdenciria anteriores.
b) de um salrio mnimo pessoa portadora de deficincia e ao
idoso, desde que o beneficirio comprove ter vertido um mnimo de
contribuies previdencirias anteriormente, j que todos devem
contribuir para o financiamento do sistema.
c) de um salrio mnimo pessoa portadora de deficincia e ao
idoso, independentemente de ter havido contribuio previdenciria
anterior, mas desde que o beneficirio comprove ao menos ter
trabalhado por um nmero mnimo de meses ao longo de sua vida,
j que, sem trabalho, no pode haver proteo do sistema.
d) de valor varivel, sempre de acordo com as mdias das
contribuies previdencirias pessoalmente vertidas,
independentemente de se tratar de portadores de deficincia ou
idosos e ainda que o benefcio resulte em valor inferior ao do salrio
mnimo, j que se impe a preservao do equilbrio financeiro e
atuarial do sistema.
e) pessoa portadora de deficincia e ao idoso que comprovem
no possuir meios de prover prpria manuteno ou de t-la
provida por sua famlia, no valor varivel de um quinto do salrio
mnimo, para os que nunca contriburam, e de pelo menos um
salrio mnimo para os que comprovem ter trabalhado e contribudo
por um perodo mnimo de anos.
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5) Analista do Seguro Social Assistente Social 2009 FUNRIO
Indique a ordem de prioridade correta no que se refere as pessoas
encaminhadas para o Programa de Reabilitao Profissional:
I. o beneficirio em gozo de auxlio-doena, acidentrio ou previdencirio;
o segurado em gozo de aposentadoria especial, por tempo de contribuio
ou idade que, em atividade laborativa, tenha reduzida sua capacidade
funcional em decorrncia de doena ou acidente de qualquer natureza ou
causa;
II. aposentado por invalidez; o beneficirio em gozo de auxlio-doena,
acidentrio no-previdencirio;
III. o segurado sem carncia para auxlio doena previdencirio, portador
de incapacidade civil; o dependente pensionista invlido;
o segurado em gozo de aposentadoria especial, por tempo de contribuio
que, em atividade laborativa tenha reduzida capacidade funcional em
decorrncia de acidente de qualquer natureza ou causa
IV. o dependente maior de 18 anos, portador de deficincia; as Pessoas
Portadoras de Deficincia-PPD, ainda que sem vnculo com a Previdncia
Social; o beneficirio em gozo de auxlio-doena, acidentrio ou
previdencirio;
V. o segurado sem carncia para auxlio doena previdencirio, portador
de incapacidade; o dependente pensionista invlido; o dependente maior
de 16 anos, portador de deficincia; as Pessoas Portadoras de Deficincia-
PPD, ainda que sem vnculo com a Previdncia Social.
A) as assertivas II e III esto corretas.
B) as assertivas III e IV esto corretas.
C) as assertivas II e V esto corretas.
D) as assertivas I e IV esto corretas.
E) as assertivas I e V esto corretas.
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6) Mdico-Perito da Previdncia Social 2006 Carlos Chagas
Em relao habilitao e reabilitao profissional das pessoas
portadoras de deficincia, pode-se afirmar que
(A) as empresas com at duzentos empregados esto obrigadas a
preencher 2% de seus cargos com beneficirios reabilitados ou pessoas
portadoras de deficincia, desde que habilitadas.
(B) visam proporcionar aos beneficirios incapacitados total ou
parcialmente para o trabalho os meios indicados para o reingresso no
mercado de trabalho, sem incluir o fornecimento de rteses e prteses.
(C) responsabilidade da Previdncia Social a recolocao do reabilitando
no mercado de trabalho, aps a concluso da reabilitao profissional.
(D) no se estende aos dependentes do segurado.
(E) responsabilidade da Assistncia Social.
7) Juiz Substituto do TRT 22 Regio 2006 Organizado pelo
Prprio TRT
Assinale a alternativa INCORRETA:
a) de 10 (dez) anos o prazo de decadncia de todo e qualquer direito ou
ao do segurado ou beneficirio para a reviso do ato de concesso de
benefcio, a contar do dia primeiro do ms seguinte ao do recebimento da
primeira prestao ou, quando for o caso, do dia em que tomar
conhecimento da deciso de indeferimento, definitiva no mbito
administrativo;
b) Prescreve em 5 (cinco) anos, a partir da data em que deveriam ter sido
pagas, toda e qualquer ao para haver prestaes vencidas ou quaisquer
restituies ou diferenas devidas pela Previdncia Social, salvo quando
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Prof Ivan Kertzman Aula 08se tratar de direito de menores, incapazes e ausentes, na forma da Lei
Civil;
c) Prescreve em 10 (dez) anos, a partir da data em que deveriam ter sido
pagas, toda e qualquer ao para haver prestaes vencidas ou quaisquer
restituies ou diferenas devidas pela Previdncia Social, salvo quando
se tratar de direito de menores, incapazes e ausentes, na forma da Lei
Civil;
d) O direito de a Previdncia Social anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favorveis aos seus beneficirios decai em 10 (dez)
anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada m-
f;
e) Prescrevem em 5 (cinco) anos as aes referentes a prestao por
acidente de trabalho, contados da data do acidente, quando dele resultar
a morte ou incapacidade temporria, ou da data em que for reconhecida
pela Previdncia Social a incapacidade permanente ou o agravamento das
seqelas resultantes do acidente.
8) Juiz Substituto do TRT 23 Regio 2006 (Adaptada)
Organizado pelo Prprio TRT
Assinalar a opo INCORRETA, com fulcro na legislao vigente:
a) Salvo no caso de direito adquirido, no permitido o recebimento
conjunto de: aposentadoria e auxlio-doena; mais de uma
aposentadoria; aposentadoria e abono de permanncia em servio;
salrio-maternidade e auxlio doena; mais de um auxlio acidente; mais
de uma penso deixada por cnjuge ou companheiro, ressalvado o direito
de opo pela mais vantajosa.
b) vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer
benefcio de prestao continuada da Previdncia Social, exceto penso
por morte ou auxlio-acidente.
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Prof Ivan Kertzman Aula 08c) Independe de carncia a concesso de penso por morte, auxlio-
recluso, salrio-famlia e auxlio-acidente.
d) de 05 (cinco) anos o prazo de decadncia de todo e qualquer direito
ou ao do segurado ou beneficirio para a reviso do ato de concesso
de benefcio, a contar do dia primeiro do ms seguinte ao do recebimento
da primeira prestao ou, quando for o caso, do dia em que tomar
conhecimento da deciso indeferi tria definitiva no mbito
administrativo.
9) Juiz Federal do TRF 5 Regio 2009 (adaptada) CESPE
Em relao aos diversos institutos de direito previdencirio, assinale a
opo correta.
a)A CF no exige que o regime de previdncia complementar seja
regulado por lei complementar.
b)O segurado incorporado s Foras Armadas para prestar servio militar
mantm a qualidade de segurado, independentemente de
contribuies, at 6 meses aps o licenciamento.
c) Em regra, independe de carncia a concesso das seguintes
prestaes: penso por morte, auxlio-recluso, aposentadoria por
invalidez e auxlio-acidente.
d) A dispensa de trabalhador reabilitado ou de deficiente habilitado ao
final de contrato por prazo determinado de mais de noventa dias, e a
imotivada, no contrato por prazo indeterminado, s poder ocorrer
aps a contratao de substituto de condio semelhante.
10) Questes de Concurso CESPE Adaptadas
Considere as proposies abaixo:
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Prof Ivan Kertzman Aula 08I) A pessoa jurdica Beta possui mais de 200 empregados. Renato, aps
ter concludo processo de reabilitao profissional, realizado pelo INSS,
foi contratado pela pessoa jurdica Beta, por prazo indeterminado, para
exercer a funo de ascensorista. Aps 6 meses de trabalho, Renato foi
demitido, sem justa causa. Nessa situao, a demisso de Renato
somente ser considerada vlida se precedida da contratao de um
substituto que tambm tenha concludo processo de reabilitao
profissional.
II) A aposentadoria por invalidez exige que o segurado no a acumule
com outro benefcio, salvo auxlio-doena.
III) Considere que Jonas recebia auxlio-acidente quando requereu sua
aposentadoria por idade, j que os requisitos legais haviam sido
preenchidos. Nessa situao, ante a permanncia do estado mrbido
que culminou na concesso do auxlio-acidente, Jonas faz jus ao
recebimento dos dois benefcios previdencirios cumulativamente.
a) todas as assertivas esto erradas;
b) apenas a assertiva III est correta;
c) apenas a assertiva I est correta;
d) apenas as assertivas I e III esto corretas;
e) apenas as assertivas II e III esto corretas;
Gabarito Fundamentado
1) D
A, errado pois devido aos aposentados;
B, errado, pois no precisa recolocar no mercado de
trabalho;
C, errado, pois o percentual escalonado;
D, certo, conforme art. 139, 1, do RPS;
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Prof Ivan Kertzman Aula 08E, errado, pode despedir, desde que previamente contrate
outro nas mesmas condies.
2) A
A, certo, conforme art. 89, Lei 8.213/91;
B, errado, pois servio da previdncia;
C, errado, pois inclui dependentes;
E, errado, pois no precisa recolocar no mercado de trabalho.
3) B
A, errado, vide art. 3, Lei 7070/82;
B, certo, cumula com qualquer beneficio previdencirio;
C, errado, cumula com qualquer beneficio previdencirio;
D, errado, pois permitida a opo.
4) A
A, certo, de acordo com texto constitucional;
B, errado, pois independe de contribuio;
C, errado, pois no precisa comprovar trabalho;
D, errado, pois o valor de um salrio mnimo;
E, errado, pois o valor de um salrio mnimo;
5) E, conforme art. 386, da IN 45/2010;
Obs. Esta IN no est includa no programa, mas por cautela
inseri no curso os pontos que mais aparecem em provas de
concurso.
6) D
A, certo, conforme art. 141, I, do RPS;
B, errado, pois inclui rtese e prtese;
C, errado, pois a recolocao no responsabilidade do
INSS;
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Prof Ivan Kertzman Aula 08D, errado, pois abrange os dependentes;
E, errado, pois servio da previdncia social.
7) C
A, certo, conforme art. 103, da Lei 8.213/91;
B, certo, conforme art. 103, par. nico, da Lei 8.213/91;
C, errado, pois o prazo de 5 anos (vide art. 103, pargrafo
nico, da lei 8.213/91);
D, certo, conforme art. 103-A, da Lei 8.213/91;
E, certo, conforme art. 104, da Lei 8.213/91
8) D
A, certa, conforme art. 167, RPS;
B, certa, conforme art. 167, par 2, do RPS;
C, certa, conforme art. 30, I, do RPS;
D, errada, pois o prazo de 10 anos.
9) D
A, errado, vide art. 202, CF/88
B, errado, pois o prazo de 3 meses;
C, errado, pois a aposentadoria por invalidez depende de 12
meses de carncia, em regra;
D, certa, vide art. 93, 1, da Lei 8.213/91;
10) C
I, certo, conforme art. 141, RPS;
II, errado, conforme art. 167, I, RPS
III, errado, pois tais benefcios no so cumulveis.
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Prof Ivan Kertzman Aula 08ANEXO I TEXTOS LEGAIS
Decreto 3.048/99
Servio Social
Art. 161. O servio social constitui atividade auxiliar do seguro social e visa prestar ao beneficirioorientao e apoio no que concerne soluo dos problemas pessoais e familiares e melhoria dasua inter-relao com a previdncia social, para a soluo de questes referentes a benefcios, bemcomo, quando necessrio, obteno de outros recursos sociais da comunidade.
1o Ser dada prioridade de atendimento a segurados em benefcio por incapacidadetemporria e ateno especial a aposentados e pensionistas. (Includo pelo Decreto n 6.722, de2008).
2o Para assegurar o efetivo atendimento aos beneficirios, podero ser utilizadosmecanismos de interveno tcnica, ajuda material, recursos sociais, intercmbio com empresas,inclusive mediante celebrao de convnios, acordos ou contratos, ou pesquisa social. (Includo peloDecreto n 6.722, de 2008).
3o O servio social ter como diretriz a participao do beneficirio na implementao efortalecimento da poltica previdenciria, em articulao com associaes e entidades de classes.(Includo pelo Decreto n 6.722, de 2008).
4o O servio social prestar assessoramento tcnico aos estados, Distrito Federal emunicpios na elaborao de suas respectivas propostas de trabalho relacionadas com a previdnciasocial. (Includo pelo Decreto n 6.722, de 2008).
5o O Ministro de Estado da Previdncia Social editar atos complementares para aaplicao do disposto neste artigo. (Includo pelo Decreto n 6.722, de 2008).
CAPTULO VDA HABILITAO E DA REABILITAO PROFISSIONAL
Art. 136. A assistncia (re)educativa e de (re)adaptao profissional, instituda sob adenominao genrica de habilitao e reabilitao profissional, visa proporcionar aos beneficirios,incapacitados parcial ou totalmente para o trabalho, em carter obrigatrio, independentemente decarncia, e s pessoas portadoras de deficincia, os meios indicados para proporcionar o reingressono mercado de trabalho e no contexto em que vivem.
1 Cabe ao Instituto Nacional do Seguro Social promover a prestao de que trata este artigoaos segurados, inclusive aposentados, e, de acordo com as possibilidades administrativas, tcnicas,financeiras e as condies locais do rgo, aos seus dependentes, preferencialmente mediante acontratao de servios especializados.
2 As pessoas portadoras de deficincia sero atendidas mediante celebrao de convnio decooperao tcnico-financeira.
Art. 137. O processo de habilitao e de reabilitao profissional do beneficirio serdesenvolvido por meio das funes bsicas de:
I - avaliao do potencial laborativo; (Redao dada pelo Decreto n 3.668, de 2000)
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Prof Ivan Kertzman Aula 08II - orientao e acompanhamento da programao profissional;
III - articulao com a comunidade, inclusive mediante a celebrao de convnio parareabilitao fsica restrita a segurados que cumpriram os pressupostos de elegibilidade ao programade reabilitao profissional, com vistas ao reingresso no mercado de trabalho; e (Redao dada peloDecreto n 4.729, de 2003)
IV - acompanhamento e pesquisa da fixao no mercado de trabalho.
1 A execuo das funes de que trata o caput dar-se-, preferencialmente, mediante otrabalho de equipe multiprofissional especializada em medicina, servio social, psicologia, sociologia,fisioterapia, terapia ocupacional e outras afins ao processo, sempre que possvel na localidade dodomiclio do beneficirio, ressalvadas as situaes excepcionais em que este ter direito reabilitao profissional fora dela.
2 Quando indispensveis ao desenvolvimento do processo de reabilitao profissional, oInstituto Nacional do Seguro Social fornecer aos segurados, inclusive aposentados, em carterobrigatrio, prtese e rtese, seu reparo ou substituio, instrumentos de auxlio para locomoo,bem como equipamentos necessrios habilitao e reabilitao profissional, transporte urbano ealimentao e, na medida das possibilidades do Instituto, aos seus dependentes.
3 No caso das pessoas portadoras de deficincia, a concesso dos recursos materiaisreferidos no pargrafo anterior ficar condicionada celebrao de convnio de cooperao tcnico-financeira.
4 O Instituto Nacional do Seguro Social no reembolsar as despesas realizadas com aaquisio de rtese ou prtese e outros recursos materiais no prescritos ou no autorizados porsuas unidades de reabilitao profissional.
Art. 138. Cabe unidade de reabilitao profissional comunicar percia mdica a ocorrnciade que trata o 2 do art. 337.
Art. 139. A programao profissional ser desenvolvida mediante cursos e/ou treinamentos, nacomunidade, por meio de contratos, acordos e convnios com instituies e empresas pblicas ouprivadas, na forma do art. 317.
1 O treinamento do reabilitando, quando realizado em empresa, no estabelece qualquervnculo empregatcio ou funcional entre o reabilitando e a empresa, bem como entre estes e oInstituto Nacional do Seguro Social.
2 Compete ao reabilitando, alm de acatar e cumprir as normas estabelecidas nos contratos,acordos ou convnios, pautar-se no regulamento daquelas organizaes.
Art. 140. Concludo o processo de reabilitao profissional, o Instituto Nacional do Seguro Socialemitir certificado individual indicando a funo para a qual o reabilitando foi capacitadoprofissionalmente, sem prejuzo do exerccio de outra para a qual se julgue capacitado.
1 No constitui obrigao da previdncia social a manuteno do segurado no mesmoemprego ou a sua colocao em outro para o qual foi reabilitado, cessando o processo dereabilitao profissional com a emisso do certificado a que se refere o caput.
2 Cabe previdncia social a articulao com a comunidade, com vistas ao levantamento daoferta do mercado de trabalho, ao direcionamento da programao profissional e possibilidade dereingresso do reabilitando no mercado formal.
3 O acompanhamento e a pesquisa de que trata o inciso IV do art. 137 obrigatrio e temcomo finalidade a comprovao da efetividade do processo de reabilitao profissional.
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Prof Ivan Kertzman Aula 08Art. 141. A empresa com cem ou mais empregados est obrigada a preencher de dois por cento
a cinco por cento de seus cargos com beneficirios reabilitados ou pessoas portadoras dedeficincia, habilitadas, na seguinte proporo:
I - at duzentos empregados, dois por cento;
II - de duzentos e um a quinhentos empregados, trs por cento;
III - de quinhentos e um a mil empregados, quatro por cento; ou
IV - mais de mil empregados, cinco por cento.
1 A dispensa de empregado na condio estabelecida neste artigo, quando se tratar decontrato por tempo superior a noventa dias e a imotivada, no contrato por prazo indeterminado,somente poder ocorrer aps a contratao de substituto em condies semelhantes.
2 (Revogado pelo Decreto n 3.298, de 1999)
CAPTULO VIDA JUSTIFICAO ADMINISTRATIVA
Art. 142. A justificao administrativa constitui recurso utilizado para suprir a falta ouinsuficincia de documento ou produzir prova de fato ou circunstncia de interesse dos beneficirios,perante a previdncia social.
1 No ser admitida a justificao administrativa quando o fato a comprovar exigir registropblico de casamento, de idade ou de bito, ou de qualquer ato jurdico para o qual a lei prescrevaforma especial.
2 O processo de justificao administrativa parte de processo antecedente, vedada suatramitao na condio de processo autnomo.
Art. 143. A justificao administrativa ou judicial, no caso de prova exigida pelo art. 62,dependncia econmica, identidade e de relao de parentesco, somente produzir efeito quandobaseada em incio de prova material, no sendo admitida prova exclusivamente testemunhal.
1 No caso de prova exigida pelo art. 62 dispensado o incio de prova material quandohouver ocorrncia de motivo de fora maior ou caso fortuito.
2 Caracteriza motivo de fora maior ou caso fortuito a verificao de ocorrncia notria, taiscomo incndio, inundao ou desmoronamento, que tenha atingido a empresa na qual o seguradoalegue ter trabalhado, devendo ser comprovada mediante registro da ocorrncia policial feito empoca prpria ou apresentao de documentos contemporneos dos fatos, e verificada a correlaoentre a atividade da empresa e a profisso do segurado.
3 Se a empresa no estiver mais em atividade, dever o interessado juntar prova oficial desua existncia no perodo que pretende comprovar.
4 No caso dos segurados empregado domstico e contribuinte individual, aps ahomologao do processo, este dever ser encaminhado ao setor competente de arrecadao paralevantamento e cobrana do crdito. (Redao dada pelo Decreto n 3.265, de 1999)
Art. 144. A homologao da justificao judicial processada com base em prova exclusivamentetestemunhal dispensa a justificao administrativa, se complementada com incio razovel de provamaterial.
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Art. 145. Para o processamento de justificao administrativa, o interessado dever apresentarrequerimento expondo, clara e minuciosamente, os pontos que pretende justificar, indicandotestemunhas idneas, em nmero no inferior a trs nem superior a seis, cujos depoimentos possamlevar convico da veracidade do que se pretende comprovar.
Pargrafo nico. As testemunhas, no dia e hora marcados, sero inquiridas a respeito dospontos que forem objeto da justificao, indo o processo concluso, a seguir, autoridade que houverdesignado o processante, a quem competir homologar ou no a justificao realizada.
Art. 146. No podem ser testemunhas:
I - os loucos de todo o gnero;
II - os cegos e surdos, quando a cincia do fato, que se quer provar, dependa dos sentidos, quelhes faltam;
III - os menores de dezesseis anos; e
IV - o ascendente, descendente ou colateral, at o terceiro grau, por consanginidade ouafinidade.
Art. 147. No caber recurso da deciso da autoridade competente do Instituto Nacional doSeguro Social que considerar eficaz ou ineficaz a justificao administrativa.
Art. 148. A justificao administrativa ser avaliada globalmente quanto forma e ao mrito,valendo perante o Instituto Nacional do Seguro Social para os fins especificamente visados, casoconsiderada eficaz.
Art. 149. A justificao administrativa ser processada sem nus para o interessado e nostermos das instrues do Instituto Nacional do Seguro Social.
Art. 150. Aos autores de declaraes falsas, prestadas em justificaes processadas perante aprevidncia social, sero aplicadas as penas previstas no art. 299 do Cdigo Penal.
Art. 151. Somente ser admitido o processamento de justificao administrativa na hiptese deficar evidenciada a inexistncia de outro meio capaz de configurar a verdade do fato alegado, e oincio de prova material apresentado levar convico do que se pretende comprovar.
CAPTULO VIIDAS DISPOSIES DIVERSAS RELATIVAS S PRESTAES DO REGIME GERAL DE
PREVIDNCIA SOCIAL
Art. 152. Nenhum benefcio ou servio da previdncia social poder ser criado, majorado ouestendido, sem a correspondente fonte de custeio total.
Art. 153. O benefcio concedido a segurado ou dependente no pode ser objeto de penhora,arresto ou seqestro, sendo nula de pleno direito a sua venda ou cesso, ou a constituio dequalquer nus sobre ele, bem como a outorga de poderes irrevogveis ou em causa prpria para seurecebimento, ressalvado o disposto no art. 154.
Art. 154. O Instituto Nacional do Seguro Social pode descontar da renda mensal do benefcio:
I - contribuies devidas pelo segurado previdncia social;
II - pagamentos de benefcios alm do devido, observado o disposto nos 2 ao 5;
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III - imposto de renda na fonte;
IV - alimentos decorrentes