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AULA 00: Contabilidade Pública: Conceito, objeto

e campo de aplicação (NBCT 16.1). Bens

Públicos: De uso Especial, Dominiais e de Uso

Gerais. Conceitos, aspectos legais e contábeis.

Regimes contábeis na CASP (Lei 4320/1964;

LRF; NBCT 16.5; MCASP).

SUMÁRIO PÁGINA

1. Apresentação 1

2.Cronograma 3

3. Conceito, objetivo, objeto, áreas de interesse e campo de aplicação da CASP, unidade contábil.

9

4. Patrimônio Público 26

5. Regimes contábeis na CASP 31

6. Processo de convergência às normas internacionais

de contabilidade: estágio atual de acordo com as

orientações do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

42

7. Questões comentadas 49

8. Lista das questões apresentadas 68

1. APRESENTAÇÃO

Pessoal tudo bem? Meu nome é Giovanni Pacelli e JUNTOS (eu e

você concurseiro/concurseira) desenvolveremos o aprendizado da

disciplina “Contabilidade Aplicada ao Setor Público” voltada ao concurso

da SEFAZ.

Antes, porém vou me apresentar. Sou analista de finanças e

controle da Controladoria Geral da União e chefio uma das Divisões da

Coordenação de Técnicas, Procedimentos e Qualidade da Secretaria

Federal de Controle. Sou professor de Contabilidade Pública e de

Administração Financeira e Orçamentária em cursos preparatórios de

Brasília (IGEPP, Cathedra e CEPEGG), e já ministrei aulas em São

Paulo (UNIEQUIPE) e Fortaleza (Master Concursos). Já fui professor de

Introdução à Contabilidade no Departamento de Ciências Contábeis e

Atuariais da UnB. Sou oficial da reserva do Exército Brasileiro. Fui

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aprovado no concurso da Controladoria Geral da União (ESAF), no

concurso da ANTAQ (Cespe/UnB) e, em primeiro lugar, no concurso do

Tribunal de Contas do Estado do Ceará (FCC). Sou bacharel em Ciências

Militares, pela Academia Militar, e em Administração de Empresas, pela

Universidade Estadual do Ceará, pós-graduado em operações militares

pela ESAO e mestre em Ciências Contábeis pela UnB.

Inicialmente queria deixar claro que vivemos um momento único,

pois as alterações em curso na disciplina estão em fase final e

praticamente consolidadas. Além, disso já ocorreram provas das diversas

bancas Cespe, ESAF, FCC e Dom Cintra contendo a nova contabilidade

aplicada ao setor público.

Deu pra notar que já estive aí do outro lado como aluno. Naquela

época de concurseiro o que mais queria e EXIGIA dos professores era

APRENDER TUDO que já caiu em concursos na disciplina em questão.

Porém, o mais importante e que sempre julguei crucial para obter sucesso

nos certames era SABER DE ONDE VINHAM AS QUESTÕES, pois

sempre tive a percepção que se em dado certame é cobrado hoje a alínea

“a” do art. 1º de determinado normativo, amanhã pode ser cobrado a

aliena “b”.

Quanto ao nosso curso posso dizer que hoje não há espaço para

amadores neste ramo, pois estamos vivendo o momento final de

transição. Ai você pergunta: O que você está querendo dizer com isso

professor?

É o seguinte, a Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP) está

passando por um processo de convergência às normas internacionais.

Pode-se dizer que este processo começou em 2008 e que se efetivaria

inicialmente em de 1º de janeiro de 2012. Porém, com a publicação da

portaria nº 828, de 14 de dezembro de 2011, e da portaria nº 231, de 29

de março de 2012, a mudança integral quanto à nova contabilidade

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pública (plano de contas, escrituração) deve ser efetuada a partir de 1º

de janeiro de 2013 e encerrada até 20141.

Todavia, tendo em vista que a aplicação do certame da SEFAZ-RJ

está prevista para 2013, nosso curso estará voltado para a nova

contabilidade pública.

Por fim, gostaria de dizer que tendo em vista a banca CEPERJ não

ter muitas questões sobre a nova Contabilidade trabalharemos com

questões de outras bancas. Porém, ao final do curso faremos uma aula

contendo apenas questões da banca CEPERJ.

2. CRONOGRAMA DAS AULAS

A seguir apresento o cronograma das aulas que se fundamentam no

edital vigente:

Aula Conteúdo Data

00

Contabilidade Pública: Conceito, objeto e campo de

aplicação (NBCT 16.1). Bens Públicos: De uso

Especial, Dominiais e de Uso Gerais. Conceitos,

aspectos legais e contábeis. Regimes contábeis na

CASP (Lei 4320/1964; LRF; NBCT 16.5; MCASP).

04/11/2012

01

Receita pública: conceito, classificação e estágios,

aspectos patrimoniais, aspectos legais (MCASP –

Parte I e III).

11/11/2012

02

Despesa pública: conceito, classificação e estágios,

aspectos patrimoniais, aspectos legais (MCASP –

Parte I).

18/11/2012

03

Lei Federal nº 4.320/1964 e Decreto 93872/1986

suas alterações (Legislação básica). Restos a pagar,

Despesa de Exercícios Anteriores, Suprimento de

Fundos, Dívida Pública.

25/11/2012

1 Alguns manuais da STN são de uso obrigatório desde já. Enquanto outros somente serão obrigatórios em 2014.

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04

Sistemas de Informações Contábeis: orçamentário,

patrimonial, de compensação e de custos (NBCT

16.2). Planejamento e seus Instrumentos sob o

Enfoque Contábil (NBCT 16.3)

02/12/2012

05

Transações no Setor Público e Variações

Patrimoniais (NBCT 16.4) [Variações Patrimoniais

Ativas e Passivas: Interferências, mutações,

acréscimos e decréscimos patrimoniais]

09/12/2012

06

Plano de Contas Aplicado ao Setor Público. Registro

Contábil (NBC T 16.5) [Plano de contas: conceito,

estruturas e contas do ativo, passivo, despesa

orçamentária, receita orçamentária, variações

patrimoniais ativas e passivas, resultado e

compensação].

16/12/2012

07

Operações típicas no Setor Público. Registros

contábeis de operações típicas na área pública:

previsão da receita, dotação da despesa,

descentralização de créditos orçamentários e

recursos financeiros; empenho, liquidação e

pagamento da despesa; arrecadação, recolhimento,

destinação da receita orçamentária pública;

Retenções tributárias; Restos a pagar, Despesa de

Exercícios Anteriores, Suprimento de Fundos,

Operações de Créditos. Registros na contabilidade

do setor público de aspectos patrimoniais:

depreciações, amortização e exaustão.

23/12/2012

08

Balanço orçamentário e Balanço financeiro:

Conceitos, Aspectos legais, Forma de Apresentação,

elaboração, análise dos demonstrativos (NBCT

16.6).

30/12/2012

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09

Balanço patrimonial, Demonstração das Variações

Patrimoniais: Conceitos, Aspectos legais, Forma de

Apresentação, elaboração, análise dos

demonstrativos (NBCT 16.6).

06/01/2013

10

Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração

do Resultado Econômico e Demonstração das

Mutações do Patrimônio Líquido Conceitos, Aspectos

legais, Forma de Apresentação, elaboração, análise

dos demonstrativos (NBCT 16.6). Consolidação das

Demonstrações Contábeis (NBCT 16.7).

13/01/2013

11

Normas Brasileiras de Contabilidade aplicada ao

Setor Público (NBCT 16.8 a 16.11) e Sistema de

Custos do Governo Federal. Provisões, contingências

passivas, reservas, perdas, ajustes de exercícios

anteriores (MCASP – Parte II) [Gestão Patrimonial

de bens móveis, imóveis e intangíveis (MCASP –

Parte II)].

20/01/2013

12

Interpretação dos Princípios de Contabilidade sob a

perspectiva do Setor Público (Apêndice II da

Resolução CFC nº 750/1993, aprovado pela

Resolução CFC nº 1.111/2007, alterada pela

Resolução CFC nº 1.367/2011).

27/01/2013

13

Receita e despesa sob o enfoque patrimonial

(apropriação da receita e da despesa pelo regime de

competência). Deduções e Renúncia de Receita

Orçamentária (aspectos conceituais e contabilização).

Destinação de Recursos.

03/02/2013

14 Procedimentos Contábeis Específicos: Dívida Ativa e

Operações de Crédito. 10/02/2013

15 Tabela de Eventos: conceito, estrutura e

fundamentos lógicos. 17/02/2013

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16 Inventário e Administração de Material, Métodos de

Avaliação. Contabilização. 24/02/2013

Aula

Extra Questões comentadas da Banca CEPERJ. 03/03/2013

Por fim, gostaria de esclarecer que o edital possui repetições em

determinados pontos o que inviabilizaria um curso didático. Assim, a fim

de esclarecer para você porque o curso segue essa estrutura, elaborei

o Quadro abaixo contendo o vínculo entre os itens do edital e o

cronograma das aulas.

Item do Edital Aula

1. Conceito, objeto e regime. 00

2. Princípios Fundamentais de Contabilidade sob perspectiva

do Setor Publico. 12

3. Campo de Aplicação. 00

4. Legislação básica. 03

5.Receita: conceito, classificação e estágios, aspectos

patrimoniais, aspectos legais, contabilização, deduções,

renuncia e destinação da receita, Dívida Ativa.

01, 13 e

14

6. Despesa: conceito, classificação e estágios, aspectos legais,

contabilização, dívida pública, operações de crédito.

02, 03 e

14

7. Variações Patrimoniais Ativas e Passivas: Interferências,

mutações, acréscimos e decréscimos patrimoniais. 05

8. Plano de contas: conceito, estruturas e contas do ativo,

passivo, despesa orçamentária, receita orçamentária, variações

patrimoniais ativas e passivas, resultado e compensação.

06

9. Tabela de Eventos: conceito, estrutura e fundamentos

lógicos. 15

10. Demonstrações Contábeis: Balanço Financeiro,

Patrimonial, Orçamentário e Demonstrativo das Variações

Patrimoniais, Conceitos, Aspectos legais, Forma de

Apresentação, elaboração, análise dos demonstrativos.

08, 09 e

10

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11. Sistemas de Informações Contábeis. 04

12. Manuais de Contabilidade Aplicada ao Setor público:

Receita, Despesa, Dívida Ativa.

Obs: esses manuais foram revogados, assim estou trabalhando

com as versões atuais: a 5ª edição.

01, 02,

06,07,

08, 09,

10, 11,

13 e 14

13. Registros contábeis de operações típicas na área pública:

previsão da receita, dotação da despesa, descentralização de

créditos orçamentários e recursos financeiros; empenho,

liquidação e pagamento da despesa; arrecadação,

recolhimento, destinação da receita orçamentária pública;

retenções tributárias; renuncia da receita, deduções da receita,

Restos a pagar, Despesa de Exercícios Anteriores, Suprimento

de Fundos, Operações de Créditos.

07, 13 e

14

14. Sistemas de contas. 04

15. Bens Públicos: De uso Especial, Dominiais e de Uso Gerais.

Conceitos, aspectos legais e contábeis. 00

16. Inventário e Administração de Material, Métodos de

Avaliação. Contabilização. 16

17. Gestão Patrimonial de bens móveis, imóveis e intangíveis. 00, 11 e

16

18. Registros na contabilidade do setor público de aspectos

patrimoniais: depreciações, amortização e exaustão;

provisões; apropriação da receita e da despesa pelo regime de

competência, contingências passivas, reservas, perdas, ajustes

de exercícios anteriores.

07, 11 e

13

19. NBCT 16 - Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao

Setor Publico.

00, 04,

05, 06,

08, 09,

10 e 11

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Encerrando essa parte gostaria de lhe dar as boas vindas e alertá-lo

que nosso conteúdo é extenso, razão pela qual busquei concluir a

última aula com mais de 1 mês de antecedência antes da prova do

dia 14/04/2013.

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3. CONCEITO, OBJETIVO, OBJETO, ÁREAS DE INTERESSE E CAMPO

DE APLICAÇÃO DA CASP, UNIDADE CONTÁBIL

3.1. Conceito, objetivo, objeto e áreas de interesse da CASP

A Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP) é o ramo

da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os

princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis

direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor

público2.

O objetivo da CASP é fornecer aos usuários informações

sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza

orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da

entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de

tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário

suporte para a instrumentalização do controle social.

O Quadro 1 abaixo resume os

objetivos da CASP.

Quadro 1 - Papéis desempenhados pela CASP

Fornecer aos usuários

informações sobre

Os resultados alcançados e os aspectos de natureza

orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas

mutações em apoio ao processo de tomada de

decisão.

A adequada prestação de contas.

O necessário suporte para a instrumentalização do controle social 3.

2 Considera-se setor público o espaço social de atuação de todas as entidades do setor público.

3 Instrumentalização do Controle Social: compromisso fundado na ética profissional, que pressupõe

o exercício cotidiano de fornecer informações que sejam compreensíveis e úteis aos cidadãos no

desempenho de sua soberana atividade de controle do uso de recursos e patrimônio público pelos

agentes públicos.

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1. (ABIN/Cespe/2010/Contador) É objetivo da contabilidade pública

fornecer aos usuários informações a respeito dos resultados alcançados e

dos aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do

patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao

processo de tomada de decisão.

COMENTÁRIO À QUESTÃO

CERTO, conforme disponível na NBC T 16.1.

A função social da Contabilidade Aplicada ao Setor Público deve

refletir, sistematicamente, o ciclo da administração pública para

evidenciar informações necessárias à tomada de decisões, à prestação

de contas e à instrumentalização do controle social.

Professor, por que tanta ênfase nos objetivos da CASP?

Simples pessoal. Este foi um dos dois tópicos que foram cobrados na

prova discursiva para Contador na prova do MPU de 2010:

Redija um texto dissertativo que apresente as diferenças entre a contabilidade pública brasileira e a contabilidade

societária. Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:

- o papel desempenhado pela contabilidade pública e os recentes avanços da contabilidade societária;

- as possíveis perspectivas de desenvolvimento da contabilidade pública brasileira.

Dessa forma, nas redações em que ajudei meus alunos a

elaborarem recursos, observei que quem ficou mais próximo dos

conceitos ilustrados no Quadro anterior teve melhor desempenho.

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Quanto ao objeto da contabilidade pública ele é apenas um: O

PATRIMÔNIO PÚBLICO.

Antes da publicação da NBC T 16 costumeiramente considerava-se

que a CASP possuía quatro objetos: o patrimônio (amparado nos art. 85

e 89 da lei 4320/1964); o orçamento Público (amparado nos art. 85 e

89 da lei 4320/1964); os atos administrativos (amparado nos art. 87 e

105 da lei 4320/1964); e os custos (amparado nos art. 85 e 89 da lei

4320/1964).

A seguir estão dispostos os artigos da lei 4320/1964:

Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma

a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o

conhecimento da composição patrimonial, a determinação

dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos

balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados

econômicos e financeiros.

[...]

Art. 87. Haverá controle contábil dos direitos e obrigações

oriundos de ajustes ou contratos em que a administração

pública for parte.

[...]

Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à

administração orçamentária, financeira, patrimonial e

industrial.

[...]

Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará:

[...]

VI - As Contas de Compensação.

§ 5º Nas contas de compensação serão registrados os bens,

valores, obrigações e situações não compreendidas nos

parágrafos anteriores e que, imediata ou indiretamente,

possam vir a afetar o patrimônio.

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Dessa forma, peço cuidado que

atentem para o fato de que o objeto da CASP é apenas um: o patrimônio

público; e que orçamento, atos e fatos administrativos, custos são

áreas de interesse.

Mais uma questãozinha, agora sobre o objeto da CASP.

2. (DPU/Cespe/2010/Contador) O objeto da contabilidade aplicada ao

setor público é o planejamento feito pela administração pública para

atender, durante determinado período, aos planos e programas de

trabalho por ela desenvolvidos.

COMENTÁRIO À QUESTÃO

2. (DPU/Cespe/2010/Contador) O objeto da contabilidade aplicada ao

setor público é o planejamento feito pela administração pública para

atender, durante determinado período, aos planos e programas de

trabalho por ela desenvolvidos.

ERRADO, o objeto é apenas um, o patrimônio público.

Aproveitando a oportunidade do primeiro contato com alguns

artigos da lei 4320/1964, gostaria de esclarecer alguns pontos que caem

em concurso: A lei 4320/1964 que trata da CASP é uma lei formalmente

ordinária, mas materialmente complementar (foi recepcionada pela

CF/1988). Ela é materialmente complementar por tratar de matéria da

CF/1988 reservada à lei complementar.

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3.2. Campo de aplicação

Avançando um pouco mais na matéria, vamos ao campo de campo

de aplicação4 Preliminar da Contabilidade Pública que está ilustrada na

Figura 1 abaixo:

Figura 1: Campo de aplicação Preliminar da Contabilidade Pública

Observa-se que a CASP é utilizada obrigatoriamente pelos órgãos

da Administração Direta e por parte das entidades da Administração

Indireta [Autarquias, Fundações Públicas e Empresas Estatais

Dependentes (EED)].

Porém, o que seria uma EED? Uma EED é uma empresa

controlada que recebe do ente controlador recursos financeiros para

pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de

capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento

de participação acionária5. A Figura 2 mostra todas as empresas

estatais dependentes da administração pública federal em 2012.

4 O Campo de Aplicação: espaço de atuação do Profissional de Contabilidade que demanda estudo,

interpretação, identificação, mensuração, avaliação, registro, controle e evidenciação de fenômenos contábeis, decorrentes de variações patrimoniais em: (a) entidades do setor público; e (b) ou de entidades que recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem recursos públicos, na execução de suas atividades, no tocante aos aspectos contábeis da prestação de contas. 5 Inciso II do art. 1º da lei complementar 101/2000.

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Figura 2: Todas as EED da administração pública federal

Fonte: DEST (2012)

Como exemplo de EED, temos a Embrapa. Só pra não deixar

dúvidas, neste caso a Embrapa deve atender simultaneamente a lei

6404/1976 (contabilidade geral) e a lei 4320/1964 (contabilidade

pública). Assim as EED são exemplos de entidades que simultaneamente

devem atender a lei 6404 e a lei 43206.

A grande dica é a seguinte: integrou o Orçamento Fiscal e da

Seguridade Social deve adotar a CASP; integrou o Orçamento de

Investimento não se aplica a CASP (pelo menos não integralmente). Por

exemplo, a VALEC que é uma S.A. deve adotar tanto a lei 6404/1976

quanto a lei 4320/1964.

Professor já que você deu exemplos de empresas estatais

dependentes, daria para dar exemplos de entidades que pertencem

apenas ao Orçamento de Investimento, logo não integram o Orçamento

Fiscal e da Seguridade Social, e logo não adotam integralmente a CASP?

Dá sim, vejamos a Figura 3.

6 Isso inclusive está ratificado pela STN no Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público.

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Figura 3: Instituições Financeiras Federais que integram o orçamento de

investimento

Diferentemente da Figura 2 que contém todas as EED, a Figura 3 é

apenas exemplificativa quanto às entidades integrantes do Orçamento de

Investimento (OI).

Reforçando este entendimento de que as entidades integrantes

do OI não utilizam a CASP quanto ao REGIME CONTÁBIL,

EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO E DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS, segue

o disposto no art. 54º da lei 12465/2011 (LDO):

Artigo 51º [...]

§5º As empresas cuja programação conste integralmente

no Orçamento Fiscal ou no da Seguridade Social, de acordo

com o disposto no art. 6º desta Lei, não integrarão o

Orçamento de Investimento.

§6º Não se aplicam às empresas integrantes do orçamento

de investimento as normas gerais da Lei nº 4.320, de 1964,

no que concerne ao regime contábil, execução do orçamento

e demonstrações contábeis.

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Vimos até aqui, quem deve obrigatoriamente utilizar a CASP

(quanto ao regime contábil, execução do orçamento e demonstrações

contábeis) na administração direta e indireta quanto aos tipos de

orçamento, ou seja, vimos sob a ótica orçamentária. Porém, estaria

mais alguma entidade obrigada a utilizar CASP, ainda que não faça

parte do orçamento fiscal e da seguridade social?

A NBC T 16 prescreve que as entidades abrangidas pelo campo

de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da

Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte

escopo:

-integralmente, as entidades governamentais (OF e OSS), os serviços

sociais e os conselhos profissionais;

-parcialmente, as demais ENTIDADES DO SETOR PÚBLICO, para

garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e

instrumentalização do controle social.

Pessoal, cuidado que a NBC T 16 entende (logo as bancas

também) que o conceito de ENTIDADE DO SETOR PÚBLICO é bem

amplo. Uma entidade do setor público é representada por: órgãos, fundos

e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo

personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem,

movimentem, gerenciem ou apliquem recursos públicos, na execução de

suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas

que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de

órgão público.

A fim de arrumar esta

montanha de conceito elaborei

o Quadro 2 abaixo.

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Quadro 2: Escopo do campo de atuação da CASP

Integralmente

Entidades governamentais (integrantes do OF e do OSS).

Serviços sociais.

Conselhos profissionais.

Parcialmente

“demais

entidades do

setor público”

Personalidade jurídica de direito privado (inclusive

integrantes do OI) que recebam, guardem, movimentem,

gerenciem ou apliquem recursos públicos, na execução de

suas atividades.

Pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou

incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público.

Ainda quanto ao campo de aplicação gostaria de esclarecer que a lei

4320/1964 e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (lei 12465/2011) definem

o campo de aplicação quanto à perspectiva orçamentária, enquanto a

NBC T 16 define o campo de aplicação quanto aos objetivos da

Contabilidade Pública [total (todos os objetivos) e parcial (apenas os

objetivos de controle social e prestação de contas)]. Assim, as entidades

governamentais são as entidades que integram o orçamento fiscal e da

seguridade social.

Assim, fazendo uma interpretação podemos concluir que o objetivo

de fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os

aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do

patrimônio da entidade do setor público e suas mutações em apoio ao

processo de tomada de decisão está diretamente relacionado ao artigo

51º da Lei de Diretrizes Orçamentárias.

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Agora, vamos fazer mais uma questão.

3. (SEGER-ES/Cespe/2009/Contador) O campo de aplicação da

contabilidade pública limita-se aos órgãos e entidades integrantes do

orçamento da seguridade social e de investimento em empresas estatais

dos governos federal, estadual e municipal.

COMENTÁRIO À QUESTÃO

3. (SEGER-ES/Cespe/2009/Contador) O campo de aplicação da

contabilidade pública limita-se aos órgãos e entidades integrantes do

orçamento da seguridade social e de investimento em empresas estatais

dos governos federal, estadual e municipal.

ERRADO, o campo de aplicação abrange as entidades do setor

público. Entre estas entidade estão os Conselhos Profissionais e os

Serviços Sociais que ficaram fora da assertiva. Quanto às

entidades do orçamento de investimento estas estão abrangidas

parcialmente pelo campo de aplicação da CASP, o que não quer

dizer que devem adotar o regime contábil da CASP, conforme vimos no

art. 51º da lei 12465/2011 (LDO).

Dessa forma, os serviços sociais e os conselhos profissionais são

entidades que devem aplicar integralmente a CASP. Reforçando mais uma

vez a idéia que existem entidades devem adotar integralmente a

CASP, mas que não integram o OF e OSS segue o disposto na lei

12465/2011 (LDO):

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Art. 6º Os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social compreenderão o

conjunto das receitas públicas bem como das despesas dos Poderes da União,

seus fundos, órgãos, autarquias, inclusive especiais, e fundações instituídas e

mantidas pelo Poder Público, bem como das empresas públicas, sociedades

de economia mista e demais entidades em que a União, direta ou

indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e que

dela recebam recursos do Tesouro Nacional, devendo a correspondente

execução orçamentária e financeira, da receita e da despesa, ser registrada

na modalidade total no Sistema Integrado de Administração Financeira do

Governo Federal – SIAFI.

§ 1º Excluem-se do disposto neste artigo:

I – os fundos de incentivos fiscais, que figurarão exclusivamente como

informações complementares ao Projeto de Lei Orçamentária de 2010;

II – os conselhos de fiscalização de profissão regulamentada,

constituídos sob a forma de autarquia; e

III – as empresas públicas ou sociedades de economia mista que

recebam recursos da União apenas em virtude de:

a)participação acionária;

b)fornecimento de bens ou prestação de serviços;

c)pagamento de empréstimos e financiamentos concedidos; e

d)transferência para aplicação em programas de financiamento, nos

termos do disposto nos arts. 159, inciso I, alínea ―c‖ [3% FNE, FNO, FCO], e

239, § 1º [40% PIS/PASEP], da Constituição.

Costumo repetir sempre que uma imagem vale mais que mil

palavras. Assim, a Figura 4 ilustra parte do balanço orçamentário (a parte

das receitas), que é uma das demonstrações contábeis tradicionais da

CASP, de uma entidade do Sistema S, uma entidade paraestatal que não

integra nem a administração direta nem a administração indireta.

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Figura 4: Receitas do SENAT em 2010

Observa-se que a entidade do Sistema “S” utiliza na sua

classificação das receitas a classificação das receitas quanto à natureza

(corrente e de capital) previstas no MTO/2012 e na Portaria 163/2001.

Estou partindo aqui da premissa que todos os alunos detêm o

conhecimento da classificação da natureza das receitas inerente à

disciplina Administração Financeira e Orçamentária. Porém, para o caso

de que eu esteja errado na minha premissa, os Quadros 3 e 4

mostram a classificação das receitas e das despesas quanto à natureza.

Quadro 3: Classificação quanto à natureza da despesa (1º e 2º níveis)

Categoria econômica Grupos de natureza da despesa

3.Despesas Correntes

3.1 Pessoal e encargos sociais

3.2 Juros e encargos da dívida

3.3 Outras despesas correntes

4.Despesas de Capital

4.4 Investimentos

4.5 Inversões Financeiras

4.6 Amortização da dívida

Fonte: MCASP – Parte I (2011).

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Quadro 4: Classificação quanto à natureza da receita (1º e 2º níveis)

Categoria Econômica Origem

1 - Receitas Correntes

1.1-Tributária

1.2-Contribuições

1.3-Patrimoniais

1.4-Agropecuárias

1.5-Industriais

1.6-Serviços

1.7-Transferências correntes

1.9-Outras receitas correntes

2 - Receitas de Capital

2.1-Operações de Crédito

2.2-Alienação de bens

2.3-Amortização de empréstimos

2.4- Transferências de capital

2.5- Outras receitas de capital

Fonte: MTO 2012

Depois dessa teoria toda, nada como fazer mais uma questão pra

relaxar. Vamos lá então.

4. (DPU/Cespe/2010/Contador) De acordo com o disposto nas Normas

Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, assinale a opção

correta acerca do conceito, objeto, objetivo e campo de aplicação da

contabilidade pública.

a)Independentemente do escopo, todas as entidades abrangidas pelo

campo de aplicação devem observar integralmente as normas e técnicas

próprias da contabilidade do setor público.

b)A contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil

que adota no processo gerador de informações, as normas fiscais

direcionadas ao controle da receita e da despesa das entidades do setor

público.

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c)As pessoas físicas não se equiparam, para efeito contábil, a entidades

do setor público, ainda que recebam subvenção, benefício, ou incentivo

(fiscal ou creditício) de órgão público.

d) O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o planejamento

feito pela administração pública para atender, durante determinado

período, aos planos e programas de trabalho por ela desenvolvidos.

e)Um dos objetivos da contabilidade aplicada ao setor público é o de

fornecer o necessário suporte para a instrumentalização do controle

social.

COMENTÁRIOS À QUESTÃO

4. (DPU/Cespe/2010/Contador) De acordo com o disposto nas Normas

Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, assinale a opção

correta acerca do conceito, objeto, objetivo e campo de aplicação da

contabilidade pública.

a)Independentemente do escopo, todas as entidades abrangidas pelo

campo de aplicação devem observar integralmente as normas e

técnicas próprias da contabilidade do setor público.

ERRADO, apenas as entidades governamentais, os serviços

sociais e os conselhos profissionais é que devem observar

integralmente as normas, conforme exposto no Quadro 4.

b)A contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil

que adota no processo gerador de informações, as normas fiscais

direcionadas ao controle da receita e da despesa das entidades do

setor público.

ERRADO, a CASP é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo

gerador de informações, os princípios Fundamentais de

Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle

patrimonial de entidades do setor público.

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c)As pessoas físicas não se equiparam, para efeito contábil, a entidades

do setor público, ainda que recebam subvenção, benefício, ou incentivo

(fiscal ou creditício) de órgão público.

ERRADO, conforme visto no Quadro 4 as pessoas físicas que se

enquadrem na situação descrita, se equiparam as entidades do

setor público.

d) O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o

planejamento feito pela administração pública para atender, durante

determinado período, aos planos e programas de trabalho por ela

desenvolvidos.

ERRADO, mais um vez não esqueça o objeto da CASP é o

patrimônio.

e)Um dos objetivos da contabilidade aplicada ao setor público é o de

fornecer o necessário suporte para a instrumentalização do controle

social.

CERTO, retorne ao Quadro 3 em caso de dúvida. Viu os Quadros

ajudam.

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3.3. Unidade Contábil

A soma, agregação ou divisão de patrimônio de uma ou mais

entidades do setor público resultará em novas unidades contábeis.

Unidade Contábil é classificada em:

-Originária – representa o patrimônio das entidades do setor público na

condição de pessoas jurídicas;

-Descentralizada – representa parcela do patrimônio de Unidade Contábil

Originária;

-Unificada – representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou

mais Unidades Contábeis Descentralizadas;

-Consolidada – representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas

ou mais Unidades Contábeis Originárias.

Lá vai mais um Quadro. Vocês viram que eu gosto desse negócio.

Quadro 5: Relação entre as Unidades Contábeis

UC Consolidada T

UC Originária Y UC Unificada X

UC Descentralizada A

UC Descentralizada B

UC Descentralizada C

UC Descentralizada D

UC Originária Z UC Descentralizada E

UC Descentralizada F

UC Consolidada J

UC Originária H UC Descentralizada L

UC Descentralizada M

UC Originária I UC Descentralizada N

UC Descentralizada O

Observa-se que o menor nível é a UC descentralizada. No Quadro 7

acima, as UC descentralizadas A, B, C e D compõem a UC originária

Y, enquanto que as UC descentralizadas E e F compõem a UC

Originária Z. Duas UC originárias Y e Z compõem a UC consolidada

T. Por fim, as UC descentralizadas A, B e C compõem a UC Unificada

X.

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5. (SAD/PE/Cespe/2010) É classificada como unificada a unidade contábil

que representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais

unidades contábeis originárias.

COMENTÁRIO À QUESTÃO

5. (SAD/PE/Cespe/2010) É classificada como unificada a unidade

contábil que representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas

ou mais unidades contábeis originárias.

ERRADO, a unidade consolidada corresponde a soma de duas ou

mais unidades originárias. A unidade unificada corresponde a soma

de duas ou mais unidades descentralizadas.

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4. PATRIMÔNIO PÚBLICO

Vimos que o Patrimônio Público é o objeto da CASP. Mas o que

seria o Patrimônio Público?

O Patrimônio Público é o conjunto de direitos e bens,

tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados,

produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor

público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente

ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração

econômica por entidades do setor público e suas obrigações.

O patrimônio público é estruturado em três grupos:

-Os ativos que são recursos controlados pela entidade como resultado

de eventos passados e do qual se espera que resultem para a entidade

benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços;

-Os passivos que são obrigações presentes da entidade, derivadas

de eventos passados, cujos pagamentos se esperam que resultem para a

entidade saídas de recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou

potencial de serviços;

-O patrimônio líquido que é o valor residual dos ativos da entidade

depois de deduzidos todos seus passivos.

A classificação dos elementos patrimoniais considera a segregação

em “circulante” e “não circulante”, com base em seus atributos de

conversibilidade e exigibilidade.

Os ativos devem ser classificados como circulante quando

satisfizerem a um dos seguintes critérios:

-estarem disponíveis para realização imediata;

-tiverem a expectativa de realização até o término do exercício seguinte.

Os demais ativos devem ser classificados como não circulante.

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Os passivos devem ser classificados como circulante quando

satisfizerem a um dos seguintes critérios:

-corresponderem a valores exigíveis até o término do exercício seguinte;

-corresponderem a valores de terceiros ou retenções em nome deles,

quando a entidade do setor público for a fiel depositária,

independentemente do prazo de exigibilidade7.

Os demais passivos devem ser classificados como não circulante.

Esta nomenclatura segue a atual classificação da lei 6404/76

modificada pelas leis 11637/2007 e 11941/2009, porém somente o plano

de contas obrigatório a partir de 2012 para a União e Estados é que adota

essa classificação.

Por que estou dizendo isso? Muitos concurseiros/concurseiras

que estão realizando este curso dominam a disciplina Contabilidade Geral.

Dessa forma, gostaria aqui de aproveitar o conhecimento já adquirido

naquela disciplina. O novo plano de contas da CASP adota classificação

patrimonial similar à classificação patrimonial da contabilidade geral.

Assim tanto no plano de contas novo da CASP quanto no plano de contas

na contabilidade geral tem-se estrutura disposta no Quadro 6 abaixo.

Quadro 6: Estrutura do Patrimônio Público conforme o Plano de Contas novo (este é que será cobrado doravante)

1.Ativo 2.Passivo

1.1. Ativo Circulante 2.1. Passivo Circulante 1.2. Ativo não circulante 2.2. Passivo Não Circulante

2.3. Patrimônio Líquido

7 Exemplo: Suponha-se que no processo de compra dos caças que ainda não foi concluída, se soubesse que a priori a fase externa da licitação duraria em torno de 4 anos e que fosse exigida na habilitação um depósito. Quando do depósito entraria dinheiro no caixa e surgiria uma obrigação. Trata-se de uma entrada compensatória em que a entidade é fiel depositária e que tem uma previsão de 4 anos. Assim, apesar de ser uma obrigação exigível após o término do exercício seguinte, tal obrigação deve compor o Passivo Circulante.

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O Quadro 7 mostra a estrutura do Patrimônio Público no Plano de

Contas Tradicional.

Quadro 7: Estrutura do Patrimônio Público conforme o Plano de Contas

tradicional

1.Ativo 2.Passivo

1.1. Ativo Circulante 2.1. Passivo Circulante 1.2. Ativo Realizável a Longo

Prazo

2.2. Passivo Exigível a Longo

Prazo 2.3. Resultado de Exercícios

Futuros

1.4. Permanente 2.4. Patrimônio Líquido

1.9. Ativo Compensado1 2.9. Passivo Compensado1

Legenda: 1-Nestes grupos são controlados a assinatura e os ajustes de

contratos. O que quero deixar claro é que a atual estrutura operacional

para fins de lançamentos contábeis utilizada na administração

pública é a que consta no Quadro 7 e que deve ser abolida a partir

de 1º de janeiro de 2013. A partir de 1º de janeiro de 2013 esta

estrutura operacional será substituída (se tudo correr conforme o

publicado) pela estrutura do Quadro 6. Porém, para fins teóricos, em

especial dos novos concursos, deve-se focar apenas no Quadro 6.

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4.1. Bens Públicos

Tão importante quanto saber os elementos básicos patrimoniais é

saber os tipos de bens públicos. De acordo com o Código Civil os bens

públicos se dividem em:

-Os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e

praças;

- Os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a

serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial

ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

-Os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de

direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma

dessas entidades.

O código civil reforça ainda que os bens públicos de uso comum

do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto

conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. Já os

bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as

exigências da lei. Ressalta-se que não dispondo a lei em contrário,

consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas

de direito público a que se tenha dado estrutura de direito

privado. Os bens públicos das três categorias não estão sujeitos a

usucapião.

Ainda pelo Código Civil que o uso comum dos bens públicos

pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente

pela entidade a cuja administração pertencerem.

Além desses, exemplos tradicionais dos tipos de bens especiais, a

STN considera bens de uso especial da União os ativos tangíveis utilizados

na produção ou para fins administrativos e se espera que sejam utilizados

por mais de um exercício. Considera-se nessa condição, também o

equipamento militar especializado e os ativos de infraestrutura.

Outro ponto que merece destaque é que antes da publicação da

NBC T 16 em 2008, eram tratados (e registrados) pela CASP apenas os

bens públicos, de uso especial e os dominiais/dominicais. Porém com a

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edição da NBC T 16, os bens de uso comum que absorveram ou

absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em

doação, devem ser incluídos no ativo não circulante (Lembra-se do

Quadro 6?) da entidade responsável pela sua administração OU

controle, ESTEJAM, OU NÃO, afetos a sua atividade operacional.

O Quadro 8 mostra as principais diferenças quanto à contabilização

e ao registro dos bens públicos.

Quadro 8: Diferenças na contabilização dos bens públicos

Tipo de

bens

Contabilização Sistema

utilizado no

caso da União

Podem ser

alienados? Plano de contas

tradicional

Plano de contas

novo

Especiais Ativo permanente Ativo não circulante SPIU net Não

Dominiais Ativo permanente Ativo não circulante SIAPA Sim

Uso

comum

Não eram

contabilizados Ativo não circulante - Não

Assim a contabilização dos imóveis de uso especial (registrados no

SIAFI na conta 1.4.2.1.1.10.00 - Imóveis de Uso Especial) deverá ocorrer

unicamente através do SPIUnet; enquanto que os imóveis

Dominiais/Dominicais da União (registrados na conta 1.4.2.1.1.12.00 -

Bens Dominiais/Dominicais) são cadastrados no Sistema da Secretaria do

Patrimônio da União chamado SIAPA - Sistema Integrado de

Administração Patrimonial.

Observe que propositalmente grifei o grupo 1.4 Ativo

permanente que atualmente é utilizado na atual configuração do plano

de contas exposta no Quadro 8.

No novo plano de contas os bens especiais são registrados na

conta 1.2.3.2.1.01.00, os bens dominiais na conta 1.2.3.2.1.03.00 e os

bens de uso comum8 na conta 1.2.3.2.1.05.00.

8 Que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação.

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5. REGIMES CONTÁBEIS NA CASP

Durante muito tempo quando se perguntava em prova: Qual o

regime da contabilidade pública? A sua resposta deveria ser: o

regime misto. Hoje se cai essa pergunta na sua prova, você deve

indagar-se: Sob o enfoque orçamentário ou sob o enfoque

patrimonial?

Se for sob o enfoque orçamentário a resposta é regime misto, e

se for sob o enfoque patrimonial a resposta é regime de

competência.

Professor dá pra explicar melhor? DÁ SIM. Mas antes de

explicar, quero jogar um aperitivo na nossa análise e que foi cobrado na

prova discursiva de Contador do concurso do STM em 2011:

REGIME CONTÁBIL APLICADO À

CONTABILIDADE PÚBLICA Ao elaborar seu texto, aborde,

necessariamente, os seguintes tópicos: -interpretação do art. 35 da Lei n.º

4.320/1964; -interpretação do art. 50 da Lei de Responsabilidade Fiscal;

-interpretação da Norma Brasileira de Contabilidade Aplicada ao Setor Público —

NBC T 16.5 – Registro Contábil; -interpretação do Manual de

Contabilidade Aplicado ao Setor

Público da Secretaria do Tesouro

Nacional.

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5.1. Regime orçamentário

Inicialmente quero deixar claro que no regime orçamentário, o

regime contábil aplicado à contabilidade pública é o misto. O

regime misto decorre devido ao fato de que as receitas são reconhecidas

(apropriadas) quando da arrecadação e as despesas são reconhecidas

(apropriadas) quando legalmente empenhadas.

Vamos ao que prescreve a lei 4320/1964 em seu art. 35º:

Art. 35º Pertencem ao exercício financeiro: I - as receitas nele arrecadadas; (Caixa/Gestão)

II- as despesas nele legalmente empenhadas. (Competência)

Agora vamos a lei complementar 101/2000 que estabelece em seu

art. 50º que:

Art. 50º Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as

seguintes: [...] II - a despesa e a assunção de compromisso serão

registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros

pelo regime de caixa;

No Brasil o exercício financeiro coincide com o civil, ou seja,

de 1º de janeiro a 31 de dezembro9.

Respondendo então a questão discursiva tanto na visão do art. 35º

da lei 4320/1964 quanto na visão da lei complementar 101/2000 o

regime da CASP é o regime misto.

Ainda nesta seara, deve-se saber (e cai em concurso) quais os

casos de exceção neste regime. Considera-se como exceção ao regime

caixa das receitas arrecadadas a inscrição da dívida ativa (essa

costumava cair direto). Vamos fazer uma questão obre o regime

orçamentário?

9 Art. 34º da lei 4320/1964.

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6. (Prefeitura de São Paulo/FCC/2010/ Especialista em Administração,

Orçamento e Finanças Públicas) A empresa Construções e Reformas Ltda.

possui um imóvel no município de Lêmure. Apesar do IPTU referente a

esse imóvel ter vencido em 15/03/09, a empresa efetuou seu pagamento

somente em 15/01/10. A Prefeitura contabilizou essa receita como

pertencente ao exercício de 2009. O procedimento adotado pela

Prefeitura:

(A) atendeu a Lei 4.320/64, uma vez que no Brasil é adotado o regime

de competência tanto para a receita como para a despesa orçamentária.

(B) atendeu a Lei 4.320/64, uma vez que no Brasil é adotado o regime

de competência para a receita orçamentária e de caixa para a despesa

orçamentária.

(C) não atendeu a Lei 4.320/64, uma vez que no Brasil é adotado o

regime de caixa para a receita orçamentária e de competência para a

despesa orçamentária.

(D) não atendeu a Lei 4.320/64, uma vez que no Brasil é adotado o

regime de competência para a receita orçamentária e de caixa para a

despesa orçamentária.

(E) atendeu a Lei 4.320/64, uma vez que no Brasil é adotado o regime

de caixa para a receita orçamentária e de competência para a despesa

orçamentária.

COMENTÁRIOS À QUESTÃO

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6. (Prefeitura de São Paulo/FCC/2010/ Especialista em Administração,

Orçamento e Finanças Públicas) A empresa Construções e Reformas Ltda.

possui um imóvel no município de Lêmure. Apesar do IPTU referente a

esse imóvel ter vencido em 15/03/09, a empresa efetuou seu pagamento

somente em 15/01/10. A Prefeitura contabilizou essa receita como

pertencente ao exercício de 2009. O procedimento adotado pela

Prefeitura:

(A) atendeu a Lei 4.320/64, uma vez que no Brasil é adotado o

regime de competência tanto para a receita como para a despesa

orçamentária.

ERRADO, conforme a lei 4320/64 a CASP utiliza o regime misto

(caixa para a receita e competência para a despesa). Além disso, a

prefeitura não atendeu a lei 4320/1964, pois ela computou a receita pelo

regime de competência.

(B) atendeu a Lei 4.320/64, uma vez que no Brasil é adotado o

regime de competência para a receita orçamentária e de caixa

para a despesa orçamentária.

ERRADO, conforme a lei 4320/64 a CASP utiliza o regime misto

(caixa para a receita e competência para a despesa). Além disso, a

prefeitura não atendeu a lei 4320/1964.

(C) não atendeu a Lei 4.320/64, uma vez que no Brasil é adotado o

regime de caixa para a receita orçamentária e de competência para a

despesa orçamentária.

CERTO, conforme disposto no art. 35° da lei 4320/1964.

(D) não atendeu a Lei 4.320/64, uma vez que no Brasil é adotado o

regime de competência para a receita orçamentária e de caixa

para a despesa orçamentária.

ERRADO, de fato a prefeitura não atendeu a lei 4320/1964, porém

conforme a lei 4320/64 a CASP utiliza o regime misto (caixa para a

receita e competência para a despesa).

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(E) atendeu a Lei 4.320/64, uma vez que no Brasil é adotado o regime

de caixa para a receita orçamentária e de competência para a despesa

orçamentária.

ERRADO, o procedimento da prefeitura não atendeu a lei

4320/1964.

Observa-se que a questão não perguntou qual o regime da CASP

(orçamentário ou patrimonial). Neste caso, consideramos o enfoque

orçamentário.

Sobre as exceções gostaria de esclarecer, no caso das receitas, que

o efeito patrimonial das receitas em regra coincide com o momento da

arrecadação. Porém, mesmo nessa perspectiva (enfoque orçamentário) já

se sabia que em receitas decorrentes da dívida ativa o efeito

patrimonial não ocorria no recebimento (cobrança) da dívida ativa

com a entrada do recurso financeiro, mas sim no momento da

inscrição da dívida ativa (momento em que não há entrada de

recursos, mas apenas a variação patrimonial extra-orçamentária). Ou

seja, já se sabia que a receita da dívida ativa seguia o regime de

competência quanto aos efeitos patrimoniais, porém a mesma somente é

registrada como receita para fins orçamentários (inclusive a da dívida

ativa) no momento da entrada do recurso.

5.2. Regime patrimonial

No regime patrimonial o regime contábil aplicado à contabilidade

pública é o regime de competência.

A NBC T 16.5 estabelece que as transações no setor público

devem ser reconhecidas e registradas integralmente no momento em

que ocorrerem.

Dessa forma, os registros contábeis devem ser realizados e os seus

efeitos evidenciados nas demonstrações contábeis do período com os

quais se relacionam, reconhecidos, portanto, pelos respectivos fatos

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geradores, independentemente do momento da execução

orçamentária.

Em resumo não importa o momento em que a receita é arrecadada

para se registrar os efeitos patrimoniais, mas sim o momento em que

ocorre o fato gerador que dá origem o direito que pode em alguns casos

coincidir com o momento da arrecadação. Quanto à despesa, seja no

regime orçamentário, seja no regime patrimonial, o regime contábil é o

de competência. Porém, o regime de competência da despesa no enfoque

patrimonial considera o fato gerador da transação, enquanto o regime de

competência da despesa no enfoque orçamentário considera que foi

reconhecida a despesa antes do pagamento.

Aprofundando agora a análise da questão discursiva, observemos

que na visão do MCASP, o mesmo considera que o art. 35º refere-se ao

regime orçamentário e não ao regime patrimonial, pois a

contabilidade é tratada em título específico da citada lei, no qual se

determina que as variações patrimoniais devam ser evidenciadas, sejam

elas independentes ou resultantes da execução orçamentária.

O MCASP reforça que a parte que se refere à CASP inicia-se no art.

85º da lei 4320/1964 conforme se observa a seguir:

Título IX – Da Contabilidade

Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma

a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o

conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos

custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços

gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e

financeiros.

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Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à

administração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial.

Art. 100. As alterações da situação líquida patrimonial, que

abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como

as variações independentes dessa execução e as

superveniências e insubsistências ativas e passivas,

constituirão elementos da conta patrimonial.

Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará

as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou

independentes da execução orçamentária, e indicará o

resultado patrimonial do exercício.

Observa-se que, além do registro dos fatos ligados à execução

orçamentária, exige-se a evidenciação dos fatos ligados à administração

financeira e patrimonial, de maneira que os fatos modificativos sejam

levados à conta de resultado e que as informações contábeis permitam o

conhecimento da composição patrimonial e dos resultados econômicos e

financeiros de determinado exercício.

Por fim, a contabilidade deve evidenciar, tempestivamente, os

fatos ligados à administração orçamentária, financeira e patrimonial,

gerando informações que permitam o conhecimento da composição

patrimonial e dos resultados econômicos e financeiros. Portanto, com o

objetivo de evidenciar o impacto no patrimônio, deve haver o

registro da variação patrimonial aumentativa, independentemente

da execução orçamentária, em função do FATO GERADOR,

observando-se os princípios da competência e da oportunidade.

O que posso adiantar e que cai em prova é a comparação entre o

regime orçamentário e patrimonial quanto às receitas e despesas

pertencentes em cada exercício. Para melhor compreensão da nossa

análise, vou me utilizar do Quadro 9.

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Quadro 9: Etapas e subníveis da receita e da despesa

Etapa Receita Despesa

Planejamento Metodologia de projeção das

receitas orçamentárias

Fixação

Descentralizações de créditos

orçamentários

Programação orçamentária e

financeira

Processo de licitação e

contratação

Execução

Lançamento Empenho

Arrecadação Liquidação

Recolhimento Pagamento

Controle e

Avaliação

Controle e Avaliação Controle e Avaliação

Fonte: MCASP – Parte I (2011); MTO (2012).

No regime orçamentário a receita pertence ao exercício em que é

arrecadada (exceto a inscrição da dívida ativa) e a despesa ao

exercício que é legalmente empenhada (a STN considera no momento da

liquidação, inclusive nas análises do MCASP); enquanto que no regime

patrimonial A APROPRIAÇÃO DA RECEITA pertence ao momento que

ocorre Fato Gerador que pode ser antes da arrecadação, na arrecadação

ou após a arrecadação, E A APROPRIAÇÃO DA DESPESA pertence ao

momento que ocorre Fato Gerador que pode ser antes da liquidação, na

liquidação ou após a liquidação.

Professor dá pra explicar mais alguma coisa sem ser muito

complicado? Dá sim.

O que o concurseiro “o bom aluno” (que é você lógico) deve saber

são os exemplos (são poucos) e os respectivos lançamentos de eventos

em que o Fato Gerador (o momento da apropriação) ocorre no caso das

receitas antes, na e após a arrecadação; e que o Fato Gerador ocorre no

caso das despesas: antes, na e após a liquidação. O Quadro 10 mostra os

exemplos.

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Quadro 10: Exemplos de eventos

Momento da “Apropriação da

Receita” Fato Gerador

Momento da “Apropriação da

Despesa” Fato Gerador

Antes da

Arrecadação

Registro do IPTU a

receber, aplicação de

multa, inscrição da

dívida ativa

Antes da

Liquidação

Provisão do 13º salário

em janeiro a ser

liquidado e pago em

dezembro

Na arrecadação Receita de serviços Na Liquidação Despesas com serviços

de limpeza

Após a

arrecadação

Venda a termo

(similar a receitas a

vencer da

Contabilidade Geral)

Após a

Liquidação

Despesas com material

de consumo; despesas

com aquisição de

periódicos

Retornando a questão discursiva da prova do STM/2011, observa-se

que na visão da lei 4320/1964 e da lei 101/2000 o regime contábil é

misto; enquanto que na visão da NBC T 16.5 e do MCASP o regime

contábil é o de competência.

Não confunda “apropriação da receita” com receita arrecadada e pertencente ao

exercício; assim como não confunda “apropriação da despesa” com despesa

empenhada e pertencente ao exercício. O termo “apropriação da receita” está

relacionado ao fato gerador e ao momento em que ocorre a variação patrimonial

aumentativa que pode ser antes, na ou após a arrecadação.

O termo “apropriação da despesa” está relacionado ao fato gerador e ao momento

em que ocorre a variação patrimonial

diminutiva que pode ser antes, na ou após o empenho/liquidação.

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Façamos mais duas questões para fixar este aprendizado.

7.(CEHAP PB/Cespe/2009/Contador) O registro da receita orçamentária,

em contas orçamentárias, deverá ocorrer no momento do fato gerador da

receita pública.

8.(ANAC/Cespe/2009/Área 1) Na entrega de bens de consumo imediato

ou de serviços contratados, o reconhecimento da despesa orçamentária

não deve coincidir com a apropriação da despesa pelo enfoque

patrimonial, dada a ocorrência de redução na situação líquida

patrimonial.

COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES

7. (CEHAP PB/Cespe/2009/Contador) O registro da receita orçamentária,

em contas orçamentárias, deverá ocorrer no momento do fato

gerador da receita pública.

ERRADO, o registro da receita orçamentária em contas orçamentárias

(regime orçamentário) deve ocorrer no momento da arrecadação e

não no momento do fato gerador que é inerente ao regime patrimonial.

8.(ANAC/Cespe/2009/Área 1) Na entrega de bens de consumo imediato

ou de serviços contratados, o reconhecimento da despesa orçamentária

não deve coincidir com a apropriação da despesa pelo enfoque

patrimonial, dada a ocorrência de redução na situação líquida

patrimonial.

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ERRADO, conforme adiantei no Quadro 12 a apropriação da despesa

pelo enfoque patrimonial pode ocorrer antes do reconhecimento da

despesa orçamentária, no momento do reconhecimento da despesa

orçamentária (aqui coincide), e após o reconhecimento da despesa

orçamentária. O exemplo dado se encaixa na situação em que

coincide o reconhecimento da despesa orçamentária com a

apropriação da despesa pelo enfoque patrimonial razão pela qual a

assertiva está errada.

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6. PROCESSO DE CONVERGÊNCIA ÀS NORMAS INTERNACIONAIS DE

CONTABILIDADE: ESTÁGIO ATUAL DE ACORDO COM AS ORIENTAÇÕES

DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC) E DA SECRETARIA

DO TESOURO NACIONAL (STN).

A implantação de um “Novo de Modelo de Contabilidade Aplicada ao

Setor Público” tem como objetivo convergir as práticas de contabilidade

vigentes aos padrões estabelecidos nas Normas Internacionais de

Contabilidade Aplicadas ao Setor Público. Esse novo modelo visa resgatar

a Contabilidade como ciência, e o patrimônio da entidade pública como

objeto de estudo.

Sobre o processo de convergência, a portaria 184/2008 do

Ministério da Fazenda determinou à Secretaria do Tesouro Nacional - STN,

órgão central do Sistema de Contabilidade Federal, o desenvolvimento

das seguintes ações no sentido de promover a convergência às Normas

Internacionais de Contabilidade publicadas pela International Federation

of Accountants - IFAC e às Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas

ao Setor Público editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC,

respeitados os aspectos formais e conceituais estabelecidos na legislação

vigente:

I - identificar as necessidades de convergência às normas internacionais

de contabilidade publicadas pela IFAC e às normas Brasileiras editadas

pelo CFC;

II - editar normativos, manuais, instruções de procedimentos contábeis e

Plano de Contas Nacional, objetivando a elaboração e publicação de

demonstrações contábeis consolidadas, em consonância com os

pronunciamentos da IFAC e com as normas do Conselho Federal de

Contabilidade, aplicadas ao setor público;

III - adotar os procedimentos necessários para atingir os objetivos de

convergência estabelecido no âmbito do Comitê Gestor da Convergência

no Brasil, instituído pela Resolução CFC n° 1.103, de 28 de setembro de

2007.

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Dessa forma, a STN, na qualidade de Órgão Central do Sistema de

Contabilidade Federal, nos termos da Lei nº 10.180, de 6 de fevereiro de

2001, e do Decreto nº 3.589, de 6 de setembro de 2000, vem emitindo

normas gerais para atender ao disposto no parágrafo 2º, do art. 50 da Lei

Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, de forma a padronizar

procedimentos para a consolidação das contas públicas e apresentar

entendimentos gerais sobre os procedimentos contábeis nos três níveis de

governo.

O Decreto nº 6.976, de 7 de outubro de 2009, por sua vez,

estabeleceu alguns objetivos com o intuito de promover as adequações

necessárias para a convergência aos padrões internacionais de

contabilidade, entre as quais:

(i) estabelecer normas e procedimentos contábeis para a Federação, por

meio da elaboração, discussão, aprovação e publicação do Manual de

Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP;

(ii) manter e aprimorar o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público;

(iii) padronizar as prestações de contas e os relatórios e demonstrativos

de gestão fiscal, por meio da elaboração, discussão, aprovação e

publicação do Manual de Demonstrativos Fiscais – MDF;

(iv) disseminar, por meio de planos de treinamento e apoio técnico, os

padrões estabelecidos no MCASP e no MDF para a União, os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios;

(v) elaborar as demonstrações contábeis consolidadas da União e demais

relatórios destinados a compor a prestação de contas anual do Presidente

da República.

Ante o exposto, observa-se que o Manual de Contabilidade Aplicada

ao Setor Público – MCASP faz parte das ações da Secretaria do Tesouro

Nacional que se apresenta em consonância com as “Orientações

Estratégicas para a Contabilidade aplicada ao Setor Público no Brasil”,

documento elaborado pelo Conselho Federal de Contabilidade com vistas

à:

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a) convergência aos padrões internacionais de contabilidade aplicados ao

setor público;

b) implementação de procedimentos e práticas contábeis que permitam o

reconhecimento, a mensuração, a avaliação e a evidenciação dos

elementos que integram o patrimônio público;

c) implantação de sistema de custos no âmbito do setor público brasileiro;

d) melhoria das informações que integram as Demonstrações Contábeis e

os Relatórios necessários à consolidação das contas nacionais;

e) possibilitar a avaliação do impacto das políticas públicas e da gestão,

nas dimensões social, econômica e fiscal, segundo aspectos relacionados

à variação patrimonial.

O referido documento estabelece três grandes diretrizes

estratégicas, desdobradas em macro-objetivos, que contribuem para o

desenvolvimento da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, cujas

implantações deverão ocorrer a partir da celebração de parcerias entre o

Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de

forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

a) Diretriz 1 - Promover o Desenvolvimento Conceitual da Contabilidade

Aplicada ao Setor Público no Brasil.

b) Diretriz 2 - Estimular a Convergência às Normas Internacionais de

Contabilidade aplicadas ao Setor Público (IPSAS).

c) Diretriz 3 - Fortalecer institucionalmente a Contabilidade Aplicada ao

Setor Público.

O produto que emerge dessa construção coletiva, fruto de parcerias

e debates no âmbito do Grupo Técnico de Padronização de Procedimentos

Contábeis, é o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

Assim, o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, busca

promover o desenvolvimento conceitual da contabilidade aplicada ao setor

público no Brasil, com o objetivo de tornar-se obra de referência para a

classe contábil brasileira.

Em 2011 foi publicada a portaria STN 828 que alterou o prazo para

adoção das partes do Manual que consta no Quadro 11.

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Quadro 11: Volumes do MCASP e prazo limite de adoção

Parte Descrição Prazo para adoção pelos entes

Parte I

Procedimentos Contábeis

Orçamentários

Obrigatório desde 1º janeiro de 2012

Parte

II

Procedimentos

Contábeis Patrimoniais

Deverá ser adotada pelos entes da Federação

gradualmente a partir do exercício de 2012 e integralmente até o final do exercício de 2014,

salvo na existência de legislação específica emanada pelos órgãos de controle que antecipe

este prazo.

Parte III

Procedimentos Contábeis

Específicos

Deverá ser adotada pelos entes de forma

obrigatória a partir de 2012.

Parte IV

Plano de Contas Aplicado ao Setor

Público Deverão ser adotadas pelos entes, de forma

facultativa, a partir de 2012 e, de forma obrigatória, a partir de 2013. Parte

V Demonstrações

Contábeis Aplicadas

ao Setor Público

Parte VI

Perguntas e Respostas

-

Parte VII

Exercício Prático -

Parte VIII

Demonstrativo de Estatísticas de

Finanças Públicas

Será elaborado pela STN/MF a partir de 2012

para a União, de 2013 para os Estados, Distrito Federal e Municípios, e de 2014 para o setor

público consolidado.

Por fim, apresento a Figura 5 que contém a linha do tempo

contendo os principais normativos que afetaram a Contabilidade Aplicada

ao Setor Público os últimos anos.

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Figura 5: Principais alterações normativas relacionadas ao processo de convergência

2007 2008

Interpretação dos

princípios de

contabilidade sob

a perspectiva do

setor público

Resolução CFC nº 1.111/2007(29/11/2007)

2011

Resolução CFC nº 1.367

(25/11/2011)

Interpretação dos princípios de

contabilidade sob a perspectiva do setor público conforme a

resolução 1.282

Publicação das NBCT 16 com efeito a partir de 1/1/2009

Resoluções CFC nº 1.128 a

1.137 (21/11/2008)

2009

Resolução CFC nº 1.268

(10/12/2009)

Alteração das NBCT 16 com efeito a partir de 1/1/2010

2010

Portaria STN 665 de 30/11/2010

Portaria STN 749 de 15/12/2009

Resolução CFC nº 1.103

(28/09/2007)

Criação do

Comitê Gestor da

Convergência

Brasil

Atualização dos Anexos da lei 4320/1964

Nova atualização dos Anexos da lei

4320/1964

Portaria STN 157 de 09/03/2011

Criação do Sistema de Custos

do Governo Federal

Portaria STN 864 de 30/12/2011

Criação do Macroprocesso do Sistema de Custos

do Governo Federal

Portaria STN 828 de 14/12/2011

Altera o prazo para adoção do Plano de Contas

Aplicado ao Setor Público

Portaria STN 406 e Portaria Conjunta

STN/SOF 1 de 20/06/2011

Publica a 4ª edição do MCASP

Portaria STN 664 e Portaria Conjunta

STN/SOF 4 de 30/11/2010

Publica a 3ª edição do MCASP

Publica a 2ª edição do MCASP

Portaria STN 467 e Portaria Conjunta

STN/SOF 2 de 6/8/2009

Publicação da 1ª edição do MCASP

(Manual da Receita Nacional e Manual da

Despesa Nacional)

Portaria Conjunta STN/SOF 3 de 14/10/2008

Portaria STN 184 de 25/08/2008

Ministério da Fazenda determina à STN o desenvolvimento de ações de promoção da convergência às Normas Internacionais de Contabbilidade Publicadas pela International Federation of Accountants - IFAC e às Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público editadas pelo CFC.

Resolução CFC nº 1.366

(25/11/2011)

Publicação da NBCT 16.11: Dispõe sobre

o Sistema deInformação de Custos do Setor

Público

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Na parte superior da Figura estão os normativos do CFC (Conselho

Federal de Contabilidade) e na parte inferior os normativos da STN

(Secretaria do Tesouro Nacional).

Em 2007 observa-se a criação do Comitê Gestor da Convergência

Brasil pelo CFC. Ainda em 2007 foram interpretados os princípios

fundamentais da contabilidade aplicados ao setor público.

Em 2008 nota-se a determinação à STN que desenvolva ações

integradas ao Comitê Gestor da Convergência Brasil. Ainda nesse ano a

STN em Conjunto com a SOF (Secretaria de Orçamento Federal) editam a

primeira versão do MCASP (Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor

Público) com dois volumes. Em 2008 o CFC publica as NBC T 16: as

Normas Brasileiras Contábeis Técnicas aplicadas ao Setor Público.

Em 2009 é publicada a segunda edição do MCASP e é alterada a

NBCT 1610. Ainda nesse ano, a STN altera pela primeira vez os anexos

constantes da lei 4320/1964. A STN usa como fundamento para alterar

uma lei materialmente complementar por meio de portaria o artigo 113º

da lei 4320/1964.

Art. 113. Para fiel e uniforme aplicação das presentes normas, o

Conselho Técnico de Economia e Finanças do Ministério da

Fazenda atenderá a consultas, coligirá elementos, promoverá o

intercâmbio de dados informativos, expedirá recomendações

técnicas, quando solicitadas, e atualizará sempre que julgar

conveniente, os anexos que integram a presente lei.

Parágrafo único. Para os fins previstos neste artigo, poderão ser

promovidas, quando necessário, conferências ou reuniões

técnicas, com a participação de representantes das entidades

abrangidas por estas normas.

10 A principal mudança ocorrida nas normas de 2009 foi a supressão do subsistema financeiro das NBCT 16 e

criação do subsistema de custos. Veremos isso com mais detalhes nas aulas seguintes.

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Em 2010 foi publicada a terceira edição do MCASP que também já

previu a supressão do subsistema financeiro. Além disso, os anexos da lei

4320/1964 mais uma vez foram alterados.

Em 2011 pode-se observar que houve uma ênfase maior em tornar

mais objetiva a implantação do subsistema de custos que antes estava

mais no nível conceitual. Ainda em 2011, o CFC atualizou a interpretação

dos princípios fundamentais da contabilidade aplicados ao setor público.

Por fim, o prazo para adoção do Plano de Contas foi prorrogado

mais uma vez com data de início prevista para 1º de janeiro de 2013.

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7. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS

Nada como fazer umas questões enquanto se espera a próxima

aula.

1. (FCC/2011/TRT 24ª/Analista Judiciário/Administrativo) O regime

orçamentário aplicado ao reconhecimento da receita é o:

a)financeiro.

b)misto.

c)de competência.

d)patrimonial.

e)de caixa.

Sob o enfoque (regime) orçamentário o regime de reconhecimento

da receita é o de caixa e o da despesa é do de competência. Como ele

só perguntou sobre o regime da receita, a resposta é a letra E.

2.(FCC/2011/TRT 24ª/Analista Judiciário/Administrativo) De acordo com o

regime orçamentário de reconhecimento da despesa, pertence ao

exercício financeiro:

a)apenas a despesa total liquidada.

b)a despesa nele legalmente empenhada.

c)somente a despesa efetivamente paga.

d)a despesa liquidada, porém, ainda não empenhada em restos a pagar.

e)somente os valores nele inscritos em restos a pagar processados.

Conforme disposto no art. 35° da lei 4320/1964 que trata do regime

orçamentário: pertencem ao exercício as receitas nele arrecadadas e as

despesas nele legalmente empenhadas. Logo a resposta correta é a letra

B.

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3. (FCC/2010/PGE RJ/Contador) As disposições contidas na Lei no

4320/64 sobre a forma de funcionamento da contabilidade aplicam-se a

órgãos da administração direta, autarquias, empresas públicas e

empresas de economia mista.

ERRADO, estão de fora da lei 4320/1964 as empresas públicas e

empresas de economia mista (o termo correto seria Sociedade de

Economia Mista). Elas somente passam a adotar a lei 4320/1964 caso

venham a se tornar EED (empresas estatais dependentes).

4.(FCC/2010/PGE RJ/Contador) Os regimes contábeis da receita e

despesa, segundo a Lei no 4320/64, são, respectivamente, competência

e caixa, uma vez que se consideram como pertencentes ao exercício

financeiro as receitas nele lançadas e as despesas nele legalmente pagas.

ERRADO, os regime contábeis da receita e da despesa pela lei

4320/1964 são respectivamente: caixa e competência.

5. (FCC/2011/ TRT 24ª Região/ Analista Judiciário/Administrativo)

Considerando o campo de aplicação da contabilidade aplicada à

Administração Pública, é correto afirmar que aquela NÃO se aplica:

a) às autarquias.

b) às empresas estatais dependentes.

c) às fundações públicas de direito público.

d) às empresas estatais não dependentes.

e) ao poder legislativo.

Apesar de a questão estar mal formulada, pois não se referiu se a

aplicação é integral ou parcial, entende-se que o comando da questão se

referiu à aplicação integral. Assim, a CASP não se aplica integralmente as

empresas estatais não dependentes. Logo a resposta correta é a letra

D.

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6. (FCC/2010/TCM-CE/ Analista de Controle Externo) O ramo da ciência

contábil que aplica as teorias e técnicas de registro dos atos e fatos

administrativos com a apuração de resultados e a demonstração de

estados patrimoniais de entidades da administração direta e indireta, sob

os princípios e normas do direito financeiro e princípios fundamentais a

que pertence, é denominado de contabilidade:

a) bancária.

b) comercial.

c) gerencial.

d) governamental.

e) industrial.

Apesar de não estar idêntico ao conceito previsto na NBCT 16.1, a

resposta correta é a letra D.

7. (FCC/2010/TCM-CE/ Analista de Controle Externo) Incluem-se no

campo de aplicação da Contabilidade Pública

a) os templos religiosos.

b) as fundações, ONGs e OCIPs que usam recursos públicos.

c) as secretarias e órgãos das indústrias sucroalcooleiras.

d) as empresas de serviços hospitalares.

e) as associações de poupança e empréstimo.

Conforme visto no Quadro 2, as fundações, ONGs e OCIPs que usam

recursos públicos estão abrangidas parcialmente pelo campo de aplicação

da Contabilidade Pública. Logo a resposta correta é a letra B.

8. (Assembléia Legislativa SP/FCC/2010/Técnico Legislativo) A

contabilidade aplicada às entidades governamentais segue regras e

normas específicas deste ramo das Ciências Contábeis para a geração de

informações para seus usuários.

Sobre esse assunto, considere:

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I. As autarquias, empresas públicas e empresas de economia mista

devem elaborar as demonstrações contábeis conforme o estabelecido pela

Lei n° 6.404/76 e suas alterações.

ERRADO, as Autarquias elaboram suas demonstrações contábeis

conforme a lei 4320/1964.

II. A Lei n° 4.320/64, quanto ao regime contábil, determina que pertence

ao exercício financeiro a despesa nele legalmente liquidada.

ERRADO, pela lei 4320/1964 pertencem ao exercícios as despesas

nele empenhadas.

III. O regime contábil de caixa determina que todas as receitas devem

ser recolhidas por meio de uma única conta do tesouro nacional,

estadual ou municipal.

ERRADO, o regime de caixa determina que as receitas devem ser

reconhecidas no momento da arrecadação.

IV. Os direitos e as obrigações oriundos de ajustes ou contratos em que a

administração pública for parte são controlados contabilmente.

CERTO, conforme vimos na legenda do Quadro 7.

Está correto o que se afirma APENAS em

a)I.

b)I e II.

c)II e IV.

d)III.

e)IV.

Dessa forma, a resposta correta é a letra E.

9. (FCC/2007/TRF 2ª Região/Técnico Judiciário/Contadoria) Considere as

afirmativas abaixo.

I. O campo de aplicação da Contabilidade Pública limita-se aos órgãos da

Administração Direta dos Governos Federal, Estadual e Municipal.

II. O campo de aplicação da Contabilidade Pública limita-se aos órgãos e

entidades integrantes do Orçamento fiscal, da Seguridade Social e

Investimentos.

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III. O campo de aplicação da Contabilidade Pública limita-se aos órgãos e

entidades integrantes do Orçamento fiscal e da Seguridade Social.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I.

b) II.

c) III.

d) II e III.

e) I e II.

Caso esta questão fosse aplicada hoje, ela seria anulada. Primeiro porque

ela não se referiu se a aplicação é integral ou parcial. Segundo porque

ainda que o comando da questão se referisse à aplicação integral, o

sistema S, que não integra o orçamento fiscal e da seguridade social,

adota pela NBCT 16 integralmente a CASP. No entanto, o gabarito

oficial foi a alternativa C.

10. (FCC/2006/ARCE/Analista de Regulação/Contador) A contabilidade

pública é obrigatória

a) na Administração direta e em empresas públicas.

b) em autarquias, fundações e em sociedades de economia mista.

c) na Administração direta e em autarquias.

d) em fundos especiais e em fundações regidas pelo direito privado.

e) em empresas públicas e em sociedades de economia mista.

Considerando que o comando da questão se referisse à aplicação integral

a resposta correta seria a alternativa C.

11. (FCC/2006/ TRT 4ª Região/ Analista Judiciário/Contabilidade) A

contabilidade pública é obrigatória em

a) empresas públicas.

b) sociedades de economia mista.

c) autarquias e na Administração direta.

d) fundações regidas pelo direito privado.

e) empresas concessionárias de serviços públicos.

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Considerando que o comando da questão se referisse à aplicação integral

a resposta correta seria a alternativa C.

12. (FCC/2005/TRE-RN/Técnico Judiciário/Administrativa) A Contabilidade

Pública no Brasil adota o regime contábil:

a) de caixa para receitas; regime de competência para despesas.

b) misto para despesas; regime de competência para receitas.

c) de competência para receitas; regime de caixa para despesas.

d) de caixa para despesas; regime misto para receitas.

e) misto para despesas; regime de caixa para receitas.

Considerando que o comando da questão se referisse ao regime

orçamentário, a resposta correta é alternativa A.

13. (PREVIC/Cespe/2011/Contador) O campo de aplicação da

contabilidade pública abrange as entidades públicas e algumas entidades

de natureza privada que administram recursos públicos, consideradas em

todos os seus aspectos operacionais.

ERRADO, conforme visto na seção “3.2 Campo de atuação” a CASP

abrange:

-integralmente, as entidades governamentais (OF e OSS), os serviços

sociais e os conselhos profissionais;

-parcialmente, as demais ENTIDADES DO SETOR PÚBLICO, para garantir

procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do

controle social.

As entidades de natureza privada são abrangidas parcialmente no

tange à prestação de contas e à instrumentalização do controle

social, e não em todos seus aspectos operacionais.

14. (PREVIC/Cespe 2011/Contador) Em um município que disponha de

uma praça onde estejam instalados diversos brinquedos comunitários

fixos, a própria praça não integra o objeto de estudo da contabilidade

pública, mas os brinquedos instalados, sim.

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ERRADO, a praça que é um bem de uso comum que absorveram

recursos público integra o patrimônio público, integra o objeto de

estudo da CASP.

15. (TRE-BA/Cespe/2010/Contador) De acordo com o disposto nas

Normas Brasileiras de Contabilidade, julgue o item a seguir, relativo ao

objeto da contabilidade aplicada ao setor público.

O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o orçamento

público, evidenciando, em seus registros, o montante dos créditos

orçamentários vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada, à

conta dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis.

ERRADO, o objeto da CASP é o patrimônio público.

16. (SAD/PE/Cespe/2010) No que se refere à conceituação, ao objeto e

ao campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público,

segundo as normas brasileiras de contabilidade, assinale a opção correta.

a)O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o patrimônio

público.

CERTO.

b)O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público

abrange apenas os órgãos, os fundos e as pessoas jurídicas de direito

público.

ERRADO, abrange as demais entidades do setor público.

c)Não se equiparam como entidade do setor público, para efeito

contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou

incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público.

ERRADO, na situação descrita as pessoas físicas se equiparam a

entidades dos setor público.

d) Os conselhos profissionais devem observar parcialmente as normas

e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público.

ERRADO, os conselhos profissionais devem observar

integralmente.

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e) É classificada como unificada a unidade contábil que representa a

soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais unidades contábeis

originárias.

ERRADO, a unidade consolidada corresponde a soma de duas ou

mais unidades originárias. A unidade unificada corresponde a soma

de duas ou mais unidades descentralizadas.

17. (EPE/ACG/CESGRANRIO 2010/Contador) A contabilidade pública

possui como objeto o conjunto de bens, direitos e obrigações,

vinculados à administração pública federal, à estadual ou à municipal.

CERTO, note que a assertiva ao invés de afirmar que o objeto é o

patrimônio público, utilizou o conceito de patrimônio público que está

correto.

18. (APO/MPOG/ESAF/2010) O campo de aplicação da contabilidade

aplicada ao setor público alcança a administração direta da União,

Estados, Distrito Federal e Municípios, bem como as autarquias a eles

pertencentes.

CERTO, conforme visto na Figura 1.

19. (IBRAM/Cespe/2010/Contador) Conforme o disposto nas Normas

Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao setor público, as transações no

setor público devem ser reconhecidas e registradas integralmente no

momento em que ocorrerem, utilizando, portanto, o regime contábil

misto.

ERRADO. Quase todo o conceito está aderente à NBCT 16, com exceção

do fechamento da assertiva que deveria ter usado “regime de

competência”.

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(MEC/UNIMPA/Cespe/2009/Contador) Julgue os itens a seguir, consoante

o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor

Público.

20. O objeto da contabilidade pública é o patrimônio público, entendido

como o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou

não.

CERTO.

21. O campo de atuação da contabilidade pública abrange todas as

entidades do setor público, que devem observar integralmente suas

normas e técnicas próprias.

ERRADO, parte das ESP adotarão integralmente a CASP (as

entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos

profissionais) e parte adotarão parcialmente a CASP (as demais

ENTIDADES DO SETOR PÚBLICO).

(SEFAZ ES/ Cespe/2009/Consultor do Executivo)De acordo com a Norma

Brasileira de Contabilidade que estabelece a conceituação, o objeto e o

campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público, julgue os

itens a seguir.

22. A contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil

que emprega, no processo gerador de informações, as técnicas próprias

da execução orçamentária e financeira direcionadas para a

adequada prestação de contas.

ERRADO, a CASP emprega os princípios fundamentais da

contabilidade para o adequado controle do patrimônio.

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23. O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público

abrange todas as entidades do setor público, que devem observar

integralmente as normas e técnicas próprias da contabilidade pública.

ERRADO, de fato o campo de atuação da CASP abrange todas as

entidades do setor (ESP), porém parte das ESP adotarão

integralmente (as entidades governamentais, os serviços sociais e os

conselhos profissionais) e parte adotarão parcialmente (as demais

ENTIDADES DO SETOR PÚBLICO).

24.(Auditor/Cespe/2009/MEC/FUB)De acordo com as normas brasileiras

de contabilidade aplicadas ao setor público, o objeto da contabilidade

governamental é o orçamento público.

ERRADO, o objeto da CASP é o patrimônio público.

(SEFAZ ES/ Cespe/2009/Consultor do Executivo) Segundo o disposto nas

Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, julgue o

item a seguir com relação ao regime de Contabilidade Pública.

25. Os registros contábeis devem ser realizados e os seus efeitos

evidenciados nas demonstrações contábeis do período com os quais se

relacionam, reconhecidos, portanto, pelos respectivos fatos geradores,

independentemente do momento da execução orçamentária.

CERTO, é exatamente o que prescreve a NBC T 16.5.

26. (Auditor Interno MG/Cespe/2009) Julgue os itens seguintes, acerca do

campo de aplicação da contabilidade pública.

I A normal legal básica da contabilidade pública é a Lei n.º 4.320/1964,

que só pode ser modificada por lei complementar.

CERTO, a lei 4320/1964 por ser materialmente complementar, somente

pode ser modificada por lei complementar, apesar de ser formalmente

ordinária.

II Os bens de uso especial, embora integrem o conceito de bens públicos,

não devem ser incorporados ao patrimônio das entidades públicas.

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ERRADO, os bens de uso especial integram o patrimônio público.

III Ao orçamento de investimento das estatais não se aplica o regime

contábil misto, próprio do orçamento fiscal e da seguridade social.

CERTO, as empresas que integram o orçamento de investimento não

adotam o regime misto da lei 4320/1964, mas o regime de competência

da lei 6404/1976.

Estão certos apenas os itens:

a)I.

b)II.

c)I e III.

d)II e III.

e)I, II e III.

Dessa forma, a resposta é a alternativa C.

(Contador/Cespe/2009/MEC/FUB)Acerca da classificação dos bens

públicos e de suas características, julgue os seguintes itens.

27.Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são

inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei

determinar.

CERTO, conforme dispõe o Código Civil e visto na sessão 4. PATRIMÔNIO

PÚBLICO desta aula.

28. Não dispondo lei em contrário, consideram-se especiais os bens

pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado

estrutura de direito privado.

ERRADO, tais bens na situação descrita consideram-se dominiais

conforme dispõe o Código Civil e visto na sessão 4. PATRIMÔNIO

PÚBLICO desta aula.

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29. (FHS-ES/Cespe/2009/Analista Administrativo) Os bens de uso comum

que absorverem ou absorvem recursos públicos não integram o ativo da

entidade responsável pela sua administração ou controle, devendo os

valores despendidos ser registrados em contas de compensação.

ERRADO, na situação descrita da assertiva, os bens de uso comum

integram o ativo não circulante.

(PM Rio Branco/Cespe/2009/Contador) Com relação ao patrimônio dos

entes públicos, sua composição e avaliação, julgue os próximos itens.

30. Os bens públicos de uso comum, indiscriminados, integram o

patrimônio do órgão ou entidade.

ERRADO, conforme a NBC T 16, os bens de uso comum que

absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles

eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo

não circulante da entidade responsável pela sua administração OU

controle, ESTEJAM, OU NÃO, afetos a sua atividade operacional.

Dessa forma, existe duas condições não excludentes para um bem

de uso comum integrar o patrimônio da entidade: ter absorvido ou estar

absorvendo recursos público; ou ter sido recebido em doação

31. (AFC/STN/ESAF/2008) Em obediência à Lei n. 4.320/64, o efeito

patrimonial de todas as receitas é reconhecido e contabilizado pelo

regime de caixa.

ERRADO, o efeito patrimonial da inscrição da dívida ativa é uma

das exceções ao regime de caixa, pois é contabilizado pelo regime de

competência.

32. (SUSEP/ESAF/2010/Analista Técnico) Todos os bens públicos, de

qualquer natureza, são objeto de registro pela contabilidade e no

modelo atualmente adotado na esfera federal integram o

patrimônio das entidades públicas.

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ERRADO, no modelo atualmente adotado os bens de uso comum

não são contabilizados.

33. (SUSEP/ESAF/2010/Analista Técnico) Os bens públicos de uso

especial são aqueles destinados ao desempenho das atividades das

entidades públicas e constam do seu patrimônio.

CERTO.

34. (SUSEP/ESAF/2010/Analista Técnico) No âmbito federal, as estradas e

vias públicas são consideradas bens de uso especial e são objeto de

registro no modelo atualmente adotado na esfera federal.

ERRADO, as estradas e vias pública são bens de uso comum e não são

objeto de registro no atual modelo adotado na esfera federal. O novo

modelo será implementado efetivamente a partir de 2013.

35. (ANA/ESAF/2010/Analista) Tendo em vista as disposições da

legislação brasileira e as normas de contabilidade expedidas pela

Secretaria do Tesouro Nacional, assinale a opção verdadeira a respeito do

campo de aplicação dessa disciplina no setor público.

a) As entidades cuja maior parte do capital votante pertence ao Estado

estão obrigadas a aplicar as regras de contabilidade pública.

ERRADO, tendo em vista que a banca não citou as NBCT 16, a banca

seguiu o prescrito na lei 4320/1964, e dessa forma as empresas estatais

independentes não aplicam regras de contabilidade pública.

b) Estão obrigados a aplicar as regras de contabilidade pública os órgãos

e entidades que integram o orçamento fiscal e da seguridade social,

incluídas aí as empresas estatais dependentes.

CERTO.

c) As regras de contabilidade a que estão submetidos os órgãos da

administração indireta autárquica não alcançam aquelas operações

típicas do setor privado.

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ERRADO, as autarquias que integram o Orçamento Fiscal e da

Seguridade Social estão sujeitas a Contabilidade Pública incluindo as

operações típicas do setor privado.

d) Embora não sejam entidades públicas na sua essência, as entidades

filantrópicas são alcançadas por regras de contabilidade pública quando

desempenham papel típico do Estado.

ERRADO, tendo em vista que a banca não citou as NBCT 16, a banca

seguiu o prescrito na lei 4320/1964, e dessa forma as entidades

filantrópicas não são alcançadas por regras de contabilidade

pública.

e) As regras de contabilidade aplicadas ao setor público não se

preocupam com a mensuração e evidenciação do patrimônio em razão de

o Estado não visar lucro e possuir uma contabilidade orçamentária.

ERRADO, um dos objetivos da contabilidade pública é fornecer aos

usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos

de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do

patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao

processo de tomada de decisão.

36. (ESAF/MDIC/2012/Analista) Tendo por base as definições das Normas

Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público – NBCASP,

assinale a opção verdadeira a respeito do campo de aplicação da

Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

a) As entidades privadas que recebam transferências de recursos públicos

devem observar integralmente suas normas e técnicas no registro das

transações relacionadas a estes recursos.

ERRADO, neste caso observam parcialmente.

b) Os serviços sociais autônomos e entidades governamentais devem

aplicar integralmente as normas e técnicas desse ramo da contabilidade.

CERTO.

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c) É opcional o uso de suas normas e técnicas pelos conselhos de

profissionais desde que as técnicas por eles adotadas proporcionem a

evidenciação do patrimônio.

ERRADO, neste caso o uso é integralmente.

d) Abrange integralmente qualquer ente, governamental ou não, que

gerencie ou aplique recursos públicos.

ERRADO, os existem entes não governamentais que gerenciam ou

aplicam recursos públicos que adotam parcialmente.

e) A observação de suas normas e técnicas está condicionada à adesão

e uso dos sistemas contábeis governamentais.

ERRADO, o sistema S, os conselhos profissionais, por exemplo, devem

adotar integralmente a CASP e não estão condicionados à adesão e

uso dos sistemas contábeis governamentais, pois estão fora da

administração direta e indireta.

37. (ESAF/MDIC/2012/Analista) Assinale a opção correta a respeito das

regras para a classificação dos elementos patrimoniais das entidades

públicas.

a) No ativo financeiro deve ser observado, além da conversibilidade, a

origem dos recursos.

ERRADO, nas NBCT 16 não é feita menção ao ativo financeiro. Além

disso, o conceito de ativo financeiro não leva em conta a conversibilidade

e a origem dos recursos, mas o fato de não depender de autorização

orçamentária para sua utilização. Voltaremos com maiores detalhes na

aula do plano de contas.

b) Na classificação dos bens de uso nas atividades finalísticas da entidade,

a duração do ativo é o principal atributo a ser observado.

ERRADO, os principais atributos são a conversibilidade e a exigibilidade.

c) O atributo exigibilidade do passivo não deve ser observado se o credor

for uma entidade pública da mesma esfera de governo.

ERRADO, não há essa ressalva nas NBC T 16.

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d) A segregação tanto do ativo quanto do passivo deve obedecer aos

atributos financeiro e não financeiro.

ERRADO, nas NBCT 16 não é feita menção ao ativo financeiro.

Voltaremos com maiores detalhes na aula do plano de contas.

e) A classificação deve observar a segregação em circulante e não

circulante com base nos atributos de conversibilidade e exigibilidade.

CERTO.

38. (ESAF/CGU/2012/AFC) Examine os itens a seguir a respeito dos

conceitos e campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público,

assinale Verdadeiro(V) ou Falso(F) e escolha a opção que indica a

sequência correta.

I. O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público

abrange todas as entidades do setor público;

CERTO. Lembro que entidade do setor público é um conceito amplo

abrangendo pessoas jurídicas de direito privado e pessoas físicas.

II. A função social da contabilidade aplicada ao setor público deve refletir,

sistematicamente, o ciclo da administração pública para evidenciar

informações necessárias para a tomada de decisão;

CERTO. É o que consta na NBCT 16.1: a função social da Contabilidade

Aplicada ao Setor Público deve refletir, sistematicamente, o ciclo da

administração pública para evidenciar informações necessárias à tomada

de decisões, à prestação de contas e à instrumentalização do controle

social.

III. Ocorre o surgimento de novas unidades contábeis quando se procede

à soma, agregação ou divisão do patrimônio de uma ou mais entidades;

CERTO, existem unidades contábeis originárias, descentralizadas,

consolidadas e unificadas.

IV. O objeto da contabilidade aplicada ao setor público são os recursos

públicos.

ERRADO, o único objeto é o patrimônio público.

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a) V, V, F, F

b) F, F, V, F

c) V, V, V, F

d) V, F, V,V

e) V, V, V,V

Assim, tem-se como gabarito a alternativa C.

39. (FMP/2012/ISS-POA/Contador) Considere as expressões e definições

abaixo, com relação à classificação das Unidades Contábeis constante da

NBC T 16:

( ) Originária – representa o patrimônio das entidades do setor público na

condição de pessoas jurídicas.

CERTO.

( ) Definida – representa o patrimônio das entidades avaliados pelo valor

justo.

ERRADO. Não há essa classificação.

( ) Descentralizada – representa parcela do patrimônio de Unidade

Contábil Originária.

CERTO.

( ) Unificada – representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas

ou mais Unidades Contábeis Descentralizadas.

CERTO.

( ) Consolidada – representa a soma ou a agregação do patrimônio de

duas ou mais Unidades Contábeis Originárias.

CERTO.

Considerando F para falso e V para verdadeiro, a sequência correta é

(A) V, V, F, F, F.

(B) V, F, V, V, F.

(C) F, F, V, V, V.

(D) V, F, V, V, V.

(E) F, F, F, V, V.

Assim, tem-se como gabarito a alternativa D.

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40. (FMP/2012/ISS-POA/Contador) O conjunto de bens e direitos,

tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados ou

mantidos com recursos públicos, integrantes do patrimônio de qualquer

entidade pública ou de uso comum, que seja portador ou represente um

fluxo de benefícios futuros inerentes à prestação de serviços públicos, de

acordo com a NBC T 16.2, é a definição de

(A) Patrimônio Público.

(B) Ativo não circulante.

(C) Ativo circulante.

(D) Patrimônio Líquido.

(E) Passivo não Circulante.

A opção menos errada e que foi o gabarito foi a alternativa A.

41. (FCC/TCE-AP/2011/Contador) O ramo da ciência contábil que aplica,

no processo gerador de informações, os Princípios de Contabilidade e as

normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades da

administração direta, ou indireta, a fim de fornecer aos usuários

informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza

orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade e

suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada

prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do

controle social, cujo objeto é “o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou

intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos,

recebidos, mantidos ou utilizados por aquelas entidades, que seja

portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro,

inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por

entidades do setor e suas obrigações, caracteriza, hodiernamente, a

contabilidade

(A) societária.

(B) de custos.

(C) avançada.

(D) rural.

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(E) pública.

Conforme vimos na aula a opção correta é a alternativa E.

Gabarito das questões comentadas

1-E 2-B 3-Errado 4-Errado 5-D

6-D 7-B 8-E 9-C 10-C

11-C 12-A 13-Errado 14-Errado 15-Errado

16-A 17-Certo 18-Certo 19-Errado 20-Certo

21-Errado 22-Errado 23-Errado 24-Errado 25-Certo

26-C 27-Certo 28-Errado 29-Errado 30-Errado

31-Errado 32-Errado 33-Certo 34-Errado 35-B

36-B 37-E 38-C 39-D 40-A

41-E

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8. LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS

1. (FCC/2011/TRT 24ª/Analista Judiciário/Administrativo) O regime

orçamentário aplicado ao reconhecimento da receita é o:

a)financeiro.

b)misto.

c)de competência.

d)patrimonial.

e)de caixa.

2.(FCC/2011/TRT 24ª/Analista Judiciário/Administrativo) De acordo com o

regime orçamentário de reconhecimento da despesa, pertence ao

exercício financeiro:

a)apenas a despesa total liquidada.

b)a despesa nele legalmente empenhada.

c)somente a despesa efetivamente paga.

d)a despesa liquidada, porém, ainda não empenhada em restos a pagar.

e)somente os valores nele inscritos em restos a pagar processados.

3. (FCC/2010/PGE RJ/Contador) As disposições contidas na Lei no

4320/64 sobre a forma de funcionamento da contabilidade aplicam-se a

órgãos da administração direta, autarquias, empresas públicas e

empresas de economia mista.

4.(FCC/2010/PGE RJ/Contador) Os regimes contábeis da receita e

despesa, segundo a Lei no 4320/64, são, respectivamente, competência e

caixa, uma vez que se consideram como pertencentes ao exercício

financeiro as receitas nele lançadas e as despesas nele legalmente pagas.

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5. (FCC/2011/ TRT 24ª Região/ Analista Judiciário/Administrativo)

Considerando o campo de aplicação da contabilidade aplicada à

Administração Pública, é correto afirmar que aquela NÃO se aplica:

a) às autarquias.

b) às empresas estatais dependentes.

c) às fundações públicas de direito público.

d) às empresas estatais não dependentes.

e) ao poder legislativo.

6. (FCC/2010/TCM-CE/ Analista de Controle Externo) O ramo da ciência

contábil que aplica as teorias e técnicas de registro dos atos e fatos

administrativos com a apuração de resultados e a demonstração de

estados patrimoniais de entidades da administração direta e indireta, sob

os princípios e normas do direito financeiro e princípios fundamentais a

que pertence, é denominado de contabilidade:

a) bancária.

b) comercial.

c) gerencial.

d) governamental.

e) industrial.

7. (FCC/2010/TCM-CE/ Analista de Controle Externo) Incluem-se no

campo de aplicação da Contabilidade Pública

a) os templos religiosos.

b) as fundações, ONGs e OCIPs que usam recursos públicos.

c) as secretarias e órgãos das indústrias sucroalcooleiras.

d) as empresas de serviços hospitalares.

e) as associações de poupança e empréstimo.

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8. (Assembléia Legislativa SP/FCC/2010/Técnico Legislativo) A

contabilidade aplicada às entidades governamentais segue regras e

normas específicas deste ramo das Ciências Contábeis para a geração de

informações para seus usuários.

Sobre esse assunto, considere:

I. As autarquias, empresas públicas e empresas de economia mista

devem elaborar as demonstrações contábeis conforme o estabelecido pela

Lei n° 6.404/76 e suas alterações.

II. A Lei n° 4.320/64, quanto ao regime contábil, determina que pertence

ao exercício financeiro a despesa nele legalmente liquidada.

III. O regime contábil de caixa determina que todas as receitas devem ser

recolhidas por meio de uma única conta do tesouro nacional, estadual ou

municipal.

IV. Os direitos e as obrigações oriundos de ajustes ou contratos em que a

administração pública for parte são controlados contabilmente.

Está correto o que se afirma APENAS em

a)I.

b)I e II.

c)II e IV.

d)III.

e)IV.

9. (FCC/2007/TRF 2ª Região/Técnico Judiciário/Contadoria) Considere as

afirmativas abaixo.

I. O campo de aplicação da Contabilidade Pública limita-se aos órgãos da

Administração Direta dos Governos Federal, Estadual e Municipal.

II. O campo de aplicação da Contabilidade Pública limita-se aos órgãos e

entidades integrantes do Orçamento fiscal, da Seguridade Social e

Investimentos.

III. O campo de aplicação da Contabilidade Pública limita-se aos órgãos e

entidades integrantes do Orçamento fiscal e da Seguridade Social.

Está correto o que se afirma APENAS em

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a) I.

b) II.

c) III.

d) II e III.

e) I e II.

10. (FCC/2006/ARCE/Analista de Regulação/Contador) A contabilidade

pública é obrigatória

a) na Administração direta e em empresas públicas.

b) em autarquias, fundações e em sociedades de economia mista.

c) na Administração direta e em autarquias.

d) em fundos especiais e em fundações regidas pelo direito privado.

e) em empresas públicas e em sociedades de economia mista.

11. (FCC/2006/ TRT 4ª Região/ Analista Judiciário/Contabilidade) A

contabilidade pública é obrigatória em

a) empresas públicas.

b) sociedades de economia mista.

c) autarquias e na Administração direta.

d) fundações regidas pelo direito privado.

e) empresas concessionárias de serviços públicos.

12. (FCC/2005/TRE-RN/Técnico Judiciário/Administrativa) A Contabilidade

Pública no Brasil adota o regime contábil:

a) de caixa para receitas; regime de competência para despesas.

b) misto para despesas; regime de competência para receitas.

c) de competência para receitas; regime de caixa para despesas.

d) de caixa para despesas; regime misto para receitas.

e) misto para despesas; regime de caixa para receitas.

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13. (PREVIC/Cespe/2011/Contador) O campo de aplicação da

contabilidade pública abrange as entidades públicas e algumas entidades

de natureza privada que administram recursos públicos, consideradas em

todos os seus aspectos operacionais.

14. (PREVIC/Cespe 2011/Contador) Em um município que disponha de

uma praça onde estejam instalados diversos brinquedos comunitários

fixos, a própria praça não integra o objeto de estudo da contabilidade

pública, mas os brinquedos instalados, sim.

15. (TRE BA/Cespe/2010/Contador) De acordo com o disposto nas

Normas Brasileiras de Contabilidade, julgue o item a seguir, relativo ao

objeto da contabilidade aplicada ao setor público.

O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o orçamento público,

evidenciando, em seus registros, o montante dos créditos orçamentários

vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada, à conta dos

mesmos créditos, e as dotações disponíveis.

16. (SAD/PE/Cespe/2010) No que se refere à conceituação, ao objeto e

ao campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público,

segundo as normas brasileiras de contabilidade, assinale a opção correta.

a)O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o patrimônio

público.

b)O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público

abrange apenas os órgãos, os fundos e as pessoas jurídicas de direito

público.

c)Não se equiparam como entidade do setor público, para efeito contábil,

as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal

ou creditício, de órgão público.

d) Os conselhos profissionais devem observar parcialmente as normas e

técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público.

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e) É classificada como unificada a unidade contábil que representa a soma

ou a agregação do patrimônio de duas ou mais unidades contábeis

originárias.

17. (EPE/ACG/CESGRANRIO 2010/Contador) A contabilidade pública

possui como objeto o conjunto de bens, direitos e obrigações, vinculados

à administração pública federal, à estadual ou à municipal.

18. (APO/MPOG/ESAF/2010) O campo de aplicação da contabilidade

aplicada ao setor público alcança a administração direta da União,

Estados, Distrito Federal e Municípios, bem como as autarquias a eles

pertencentes.

19. (IBRAM/Cespe/2010/Contador) Conforme o disposto nas Normas

Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao setor público, as transações no

setor público devem ser reconhecidas e registradas integralmente no

momento em que ocorrerem, utilizando, portanto, o regime contábil

misto.

(MEC/UNIMPA/Cespe/2009/Contador) Julgue os itens a seguir, consoante

o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor

Público.

20. O objeto da contabilidade pública é o patrimônio público, entendido

como o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou

não.

21. O campo de atuação da contabilidade pública abrange todas as

entidades do setor público, que devem observar integralmente suas

normas e técnicas próprias.

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(SEFAZ ES/ Cespe/2009/Consultor do Executivo)De acordo com a Norma

Brasileira de Contabilidade que estabelece a conceituação, o objeto e o

campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público, julgue os

itens a seguir.

22. A contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil

que emprega, no processo gerador de informações, as técnicas próprias

da execução orçamentária e financeira direcionadas para a adequada

prestação de contas.

23. O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público

abrange todas as entidades do setor público, que devem observar

integralmente as normas e técnicas próprias da contabilidade pública.

24.(Auditor/Cespe/2009/MEC/FUB)De acordo com as normas brasileiras

de contabilidade aplicadas ao setor público, o objeto da contabilidade

governamental é o orçamento público.

(SEFAZ ES/ Cespe/2009/Consultor do Executivo) Segundo o disposto nas

Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, julgue o

item a seguir com relação ao regime de Contabilidade Pública.

25. Os registros contábeis devem ser realizados e os seus efeitos

evidenciados nas demonstrações contábeis do período com os quais se

relacionam, reconhecidos, portanto, pelos respectivos fatos geradores,

independentemente do momento da execução orçamentária.

26. (Auditor Interno MG/Cespe/2009) Julgue os itens seguintes, acerca do

campo de aplicação da contabilidade pública.

I A normal legal básica da contabilidade pública é a Lei n.º 4.320/1964,

que só pode ser modificada por lei complementar.

II Os bens de uso especial, embora integrem o conceito de bens públicos,

não devem ser incorporados ao patrimônio das entidades públicas.

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III Ao orçamento de investimento das estatais não se aplica o regime

contábil misto, próprio do orçamento fiscal e da seguridade social.

Estão certos apenas os itens:

a)I.

b)II.

c)I e III.

d)II e III.

e)I, II e III.

(Contador/Cespe/2009/MEC/FUB)Acerca da classificação dos bens

públicos e de suas características, julgue os seguintes itens.

27.Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são

inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei

determinar.

28. Não dispondo lei em contrário, consideram-se especiais os bens

pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado

estrutura de direito privado.

29. (FHS-ES/Cespe/2009/Analista Administrativo) Os bens de uso comum

que absorverem ou absorvem recursos públicos não integram o ativo da

entidade responsável pela sua administração ou controle, devendo os

valores despendidos ser registrados em contas de compensação.

(PM Rio Branco/Cespe/2009/Contador) Com relação ao patrimônio dos

entes públicos, sua composição e avaliação, julgue os próximos itens.

30. Os bens públicos de uso comum, indiscriminados, integram o

patrimônio do órgão ou entidade.

31. (AFC/STN/ESAF/2008) Em obediência à Lei n. 4.320/64, o efeito

patrimonial de todas as receitas é reconhecido e contabilizado pelo regime

de caixa.

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32. (SUSEP/ESAF/2010/Analista Técnico) Todos os bens públicos, de

qualquer natureza, são objeto de registro pela contabilidade e no modelo

atualmente adotado na esfera federal integram o patrimônio das

entidades públicas.

33. (SUSEP/ESAF/2010/Analista Técnico) Os bens públicos de uso

especial são aqueles destinados ao desempenho das atividades das

entidades públicas e constam do seu patrimônio.

34. (SUSEP/ESAF/2010/Analista Técnico) No âmbito federal, as estradas e

vias públicas são consideradas bens de uso especial e são objeto de

registro no modelo atualmente adotado na esfera federal.

35. (ANA/ESAF/2010/Analista) Tendo em vista as disposições da

legislação brasileira e as normas de contabilidade expedidas pela

Secretaria do Tesouro Nacional, assinale a opção verdadeira a respeito do

campo de aplicação dessa disciplina no setor público.

a) As entidades cuja maior parte do capital votante pertence ao Estado

estão obrigadas a aplicar as regras de contabilidade pública.

b) Estão obrigados a aplicar as regras de contabilidade pública os órgãos

e entidades que integram o orçamento fiscal e da seguridade social,

incluídas aí as empresas estatais dependentes.

c) As regras de contabilidade a que estão submetidos os órgãos da

administração indireta autárquica não alcançam aquelas operações típicas

do setor privado.

d) Embora não sejam entidades públicas na sua essência, as entidades

filantrópicas são alcançadas por regras de contabilidade pública quando

desempenham papel típico do Estado.

e) As regras de contabilidade aplicadas ao setor público não se

preocupam com a mensuração e evidenciação do patrimônio em razão de

o Estado não visar lucro e possuir uma contabilidade orçamentária.

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36. (ESAF/MDIC/2012/Analista) Tendo por base as definições das Normas

Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público – NBCASP,

assinale a opção verdadeira a respeito do campo de aplicação da

Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

a) As entidades privadas que recebam transferências de recursos públicos

devem observar integralmente suas normas e técnicas no registro das

transações relacionadas a estes recursos.

b) Os serviços sociais autônomos e entidades governamentais devem

aplicar integralmente as normas e técnicas desse ramo da contabilidade.

c) É opcional o uso de suas normas e técnicas pelos conselhos de

profissionais desde que as técnicas por eles adotadas proporcionem a

evidenciação do patrimônio.

d) Abrange integralmente qualquer ente, governamental ou não, que

gerencie ou aplique recursos públicos.

e) A observação de suas normas e técnicas está condicionada à adesão e

uso dos sistemas contábeis governamentais.

37. (ESAF/MDIC/2012/Analista) Assinale a opção correta a respeito das

regras para a classificação dos elementos patrimoniais das entidades

públicas.

a) No ativo financeiro deve ser observado, além da conversibilidade, a

origem dos recursos.

b) Na classificação dos bens de uso nas atividades finalísticas da entidade,

a duração do ativo é o principal atributo a ser observado.

c) O atributo exigibilidade do passivo não deve ser observado se o credor

for uma entidade pública da mesma esfera de governo.

d) A segregação tanto do ativo quanto do passivo deve obedecer aos

atributos financeiro e não financeiro.

e) A classificação deve observar a segregação em circulante e não

circulante com base nos atributos de conversibilidade e exigibilidade.

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38. (ESAF/CGU/2012/AFC) Examine os itens a seguir a respeito dos

conceitos e campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público,

assinale Verdadeiro(V) ou Falso(F) e escolha a opção que indica a

sequência correta.

I. O campo de aplicação da contabilidade aplicada ao setor público

abrange todas as entidades do setor público;

II. A função social da contabilidade aplicada ao setor público deve refletir,

sistematicamente, o ciclo da administração pública para evidenciar

informações necessárias para a tomada de decisão;

III. Ocorre o surgimento de novas unidades contábeis quando se procede

à soma, agregação ou divisão do patrimônio de uma ou mais entidades;

IV. O objeto da contabilidade aplicada ao setor público são os recursos

públicos.

a) V, V, F, F

b) F, F, V, F

c) V, V, V, F

d) V, F, V,V

e) V, V, V,V

39. (FMP/2012/ISS-POA/Contador) Considere as expressões e definições

abaixo, com relação à classificação das Unidades Contábeis constante da

NBC T 16:

( ) Originária – representa o patrimônio das entidades do setor público na

condição de pessoas jurídicas.

( ) Definida – representa o patrimônio das entidades avaliados pelo valor

justo.

( ) Descentralizada – representa parcela do patrimônio de Unidade

Contábil Originária.

( ) Unificada – representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas

ou mais Unidades Contábeis Descentralizadas.

( ) Consolidada – representa a soma ou a agregação do patrimônio de

duas ou mais Unidades Contábeis Originárias.

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Considerando F para falso e V para verdadeiro, a sequência correta é

(A) V, V, F, F, F.

(B) V, F, V, V, F.

(C) F, F, V, V, V.

(D) V, F, V, V, V.

(E) F, F, F, V, V.

40. (FMP/2012/ISS-POA/Contador) O conjunto de bens e direitos,

tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados ou

mantidos com recursos públicos, integrantes do patrimônio de qualquer

entidade pública ou de uso comum, que seja portador ou represente um

fluxo de benefícios futuros inerentes à prestação de serviços públicos, de

acordo com a NBC T 16.2, é a definição de

(A) Patrimônio Público.

(B) Ativo não circulante.

(C) Ativo circulante.

(D) Patrimônio Líquido.

(E) Passivo não Circulante.

41. (FCC/TCE-AP/2011/Contador) O ramo da ciência contábil que aplica,

no processo gerador de informações, os Princípios de Contabilidade e as

normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades da

administração direta, ou indireta, a fim de fornecer aos usuários

informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza

orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade e

suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada

prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do

controle social, cujo objeto é “o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou

intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos,

recebidos, mantidos ou utilizados por aquelas entidades, que seja

portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro,

inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por

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entidades do setor e suas obrigações, caracteriza, hodiernamente, a

contabilidade

(A) societária.

(B) de custos.

(C) avançada.

(D) rural.

(E) pública.

Gabarito das questões apresentadas

1-E 2-B 3-Errado 4-Errado 5-D

6-D 7-B 8-E 9-C 10-C

11-C 12-A 13-Errado 14-Errado 15-Errado

16-A 17-Certo 18-Certo 19-Errado 20-Certo

21-Errado 22-Errado 23-Errado 24-Errado 25-Certo

26-C 27-Certo 28-Errado 29-Errado 30-Errado

31-Errado 32-Errado 33-Certo 34-Errado 35-B

36-B 37-E 38-C 39-D 40-A

41-E

Pessoal o prazer foi meu. Até a próxima aula.

Abraços.

Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli

Informo que aqueles que forem realizar provas da Banca Cespe podem adquirir

meu livro da editora Elsevier: questões comentadas de AFO e Contabilidade

Pública. Ressalto que o mesmo é o há de mais atual hoje em exercícios

comentados.

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