Como Implantar a NR 32 – Aspectos Práticos para os Prestadores de Serviços de Saúde
Prevenção de Acidentes com Materiais Perfurocortantes
Noeli Martins
Médica do trabalho
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PORTARIA MTE Nº 1.748, DE 30/08/11
Revoga a Portaria MTE nº 939/2008
Substitui o item 32.2.4.16 por:
"32.2.4.16 O empregador deve elaborar e implementar Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfurocortantes, conforme as diretrizes estabelecidas no Anexo III desta Norma Regulamentadora.”
Capacitação – igual a Portaria MTE nº 939/2008
Aprova o Anexo III da NR 32 - Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfurocortantes
Prazo – 120 dias da publicação
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Anexo III da NR 32
Objetivo e Campo de Aplicação:
Estabelecer diretrizes para a elaboração e implementação
de um plano de prevenção de riscos de acidentes com
materiais perfurocortantes com probabilidade de
exposição a agentes biológicos, visando a proteção,
segurança e saúde dos trabalhadores dos serviços de
saúde, bem como daqueles que exercem atividades de
promoção e assistência à saúde em geral
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Anexo III da NR 32
Materiais perfurocortantes são aqueles utilizados na
assistência à saúde que têm ponta ou gume, ou que
possam perfurar ou cortar.
O dispositivo de segurança é um item integrado a um
conjunto do qual faça parte o elemento perfurocortante ou
uma tecnologia capaz de reduzir o risco de acidente, seja
qual for o mecanismo de ativação do mesmo.
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PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES
Comissão Gestora Multidisciplinar:
empregador ou da direção do serviço de saúde;
representante do SESMT;
vice-presidente da CIPA ou o designado
representante da CCIH;
direção de enfermagem;
direção clínica;
responsável pela elaboração e implementação do PGRSS;
responsável pela elaboração e implementação do PGRSS;
representante da central de material e esterilização;
representante do setor de compras; e
representante do setor de padronização de material.
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PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES
Reduzir o nº de acidentes com material perfurocortante:
PPRA e PCMSO;
Analise dos AT com materiais perfurocortantes;
Realizar analise dos AT ocorridos e das situações de risco
Elaborar e implantar procedimentos de registro e
investigação de AT
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PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES
Estabelecer prioridades a partir de situações de risco e AT:
Situações de risco e AT com maior probabilidade de transmissão
Frequência de ocorrência de AT com utilização de perfurocortante
específico
Procedimentos de limpeza, descontaminação ou descarte que
contribuem para uma elevada ocorrência de acidentes
Número de trabalhadores expostos às situações de risco de AT com
materiais perfurocortantes
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PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES
Hierarquia das medidas de prevenção:
Substituir o uso de agulhas e outros perfurocortantes quando for
tecnicamente possível
Adotar controles de engenharia no ambiente (por exemplo,
coletores de descarte)
Adotar o uso de material perfurocortante com dispositivo de
segurança, quando existente, disponível e tecnicamente possível
Mudanças na organização e nas práticas de trabalho
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PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES
Seleção de perfurocortantes com dispositivo de segurança:
Definição dos materiais perfurocortantes prioritários para substituição.
Definição de critérios para a seleção dos materiais perfurocortantes com dispositivo de segurança e obtenção de produtos para a avaliação.
Planejamento dos testes para substituição em áreas selecionadas.
Análise do desempenho da substituição do produto a partir das perspectivas da saúde do trabalhador, dos cuidados ao paciente e da efetividade.
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PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES
Cronograma de implementação:
Deve contemplar todas as etapas:
Análise da situações de risco e dos AT
Estabelecimento de prioridades
Medidas de controle para a prevenção
Seleção de perfurocortantes com dispositivo de segurança
Capacitação dos trabalhadores
O cronograma e a comprovação da implantação disponíveis para os AFT, trabalhadores e seus representantes
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www.riscobiologico.org
www.fundacentro.gov.br
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ACIDENTES DE TRABALHO COM MATERIAL BIOLÓGICO
CUSTOS DIRETOS
PROFILAXIAS
INICIAIS
ACOMPANHAMENTO
DOS
TRABALHADORES
U$S 71 A U$S 5.000
OUTROS CUSTOS
EMOCIONAL
MEDO
ANSIEDADE
PREOCUPAÇÃO
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Número e proporção de acidentes de acordo com as circunstâncias da ocorrência em sistemas de vigilância
brasileiros
PSBio 1 SINABIO 2 SMS-RJ 3
Abrangência Brasil (participação voluntária)
Estado de SP Município do Rio de Janeiro
Período 2002 a maio 2009 1999 a set 2006 1997 a out 2008
Número de acidentes 4.187 14.096 20.723
Circunstâncias de ocorrência
Reencape de agulha 364 587 (4,2%) 2.604 (12,6%)
Coleta de sangue (A) 1.194 (8,5%) 1.074 (5,2%)
Punção venosa periférica 223 (B) 1.850 (8,9%)
Procedimento cirúrgico 496 1.109 (7,9%) 563 (2,7%)4
Descarte 512 (C) 2.714 (13,1%)
Administração de medicação
456 2.068 (14,7%) 1.427 (6,9%)
Procedimento odontológico 162 577 (4,1%) 75 (0,4%)
Manuseio de lixo 184 869 (6,2%) 2.453 (11,8%)
4 Procedimento cirúrgico + manuseio de material cirúrgico; (A) Informação disponibilizada somente com diferente
categorização; (B) Punção vascular não especificada – 448 acidentes; (C) Descarte em superfície – 995 acidentes
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Alternativas para o uso de agulhas
Implementar sistemas de administração IV que não exigem (e em alguns casos, não permitem) o acesso a agulhas;
Usar alternativas para fornecer medicação e vacinação quando for disponível e seguro para o atendimento ao paciente;
Revisar as rotinas e práticas de coleta de amostras de sangue a fim de identificar e eliminar punções desnecessárias, como na estratégia de planejar todos os exames de um paciente de forma a colhê-los em uma única vez
Eliminar o uso de agulhas para fins aos quais não foram destinadas
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Diretrizes da OSHA para Dispositivos de Segurança
permitir ou requerer que as mãos do profissionalfiquem atrás da agulha no momento de tampá-la.
ser uma parte integrante do dispositivo, não umacessório
estar em ação antes da desmontagem e permanecer após o descarte
ser a mais simples possível e fácil de operar
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Figura 8. Dispositivo de
segurança ativado por contatoFigura 9. Dispositivo de segurança
ativado pressionando a parte superior