Colégio Estadual Francisco Neves FilhoEnsino Fundamental e Médio
Projeto Político Pedagógico
2010
São João do Triunfo – PR
Agosto de 2010
Respeito as nossas raízes e à diversidade
Colégio Estadual Francisco Neves FilhoEnsino Fundamental e Médio
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.......................................................................................... 05
IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO................................................. 06
OBJETIVOS GERAIS..................................................................................... 07
MARCO SITUACIONAL................................................................................. 08
EDUCAÇÃO COMO DIREITO DE CIDADANIA DE CULTURA E SOCIEDADE...... 09
GESTÃO DEMOCRÁTICA............................................................................. 11
CARACTERIZAÇÃO DO CORPO DISCENTE.............................................. 12
HISTÓRICO DA ESCOLA.............................................................................. 14
MARCO CONCEITUAL................................................................................. 16
CONCEPÇÃO DE HOMEM/SOCIEDADE..................................................... 17
CONCEPÇÃO DE ENSINO/APRENDIZAGEM............................................. 19
CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO.................................................................... 20
AVALIAÇÃO FORMATIVA – UMA CONCEPÇÃO ATUAL........................... 22
EDUCAÇÃO NO CAMPO............................................................................. 23
RELAÇÕES ÉTNICOS-RACIAIS.................................................................. 25
PROGRAMA DE FORMAÇÃO CIDADANIA PLENA.................................... 27
MARCO OPERACIONAL.............................................................................. 29
AGENDA 21 ESCOLAR................................................................................ 31
INCLUSÃO.................................................................................................... 32
DIRETRIZES NACIONAIS CURRICULARES – ENSINO FUNDAMENTAL.. 35
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE....................................... 38
HORA ATIVIDADE......................................................................................... 42
PLANO DE FORMAÇÃO DOCENTE CONTINUADA.................................... 44
CONSELHO ESCOLAR................................................................................. 45
CONSELHO DE CLASSE.............................................................................. 47
ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS............................. 49
GRÊMIO ESTUDANTIL.................................................................................. 50
PROJETO TÚNEL DO TEMPO...................................................................... 51
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PROJETO: SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS: CONHECENDO MELHOR A
SEXUALIDADE.................................................................................................56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 61
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Assim como não posso ser professor sem me achar capacitado para
ensinar certo e bem os conteúdos de minha disciplina não posso, por outro lado,
reduzir minha prática docente ao puro ensino dos conteúdos. Essa é apenas parte
da minha prática pedagógica. Tão importante quanto ele, o ensino dos conteúdos é
o meu testemunho ético ao ensiná-los. É a decência com que faço. É a preparação
científica revelada sem arrogância, pelo contrário, com humildade. É o respeito
jamais negado ao educando, o seu saber de experiência feita que busco com ele.
Tão importante quanto ao ensino dos conteúdos é a minha consciência de classe. A
coerência entre o que digo, o que escrevo e o que faço.
(Paulo Freire, 1994)
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Apresentação
Com o objetivo de definir princípios para a orientação das atividades de ensino
aprendizagem, o Colégio Estadual Francisco Neves Filho – Ensino Fundamental e
Médio reformulou, neste ano de 2010, o seu Projeto Politico-Pedagógico. A
concepção do documento ocorreu de modo a permitir contemplar, o mais amplo
possível, os interesses prioritários de todos os segmentos do estabelecimento, bem
como suas expectativas de diálogo produtivo e renovador com a sociedade. Para
articular a comunidade escolar, foram estudados vários textos base, oriundas de
diferentes capacitações realizadas desde 2003. A partir de julho foi iniciado o
processo de Capacitação descentralizada através do envio de um documento de
referência da SEED a todos os estabelecimentos de ensino da Rede. Foi motivada
assim, a discussão por parte da Equipe pedagógica, funcionários e professores, bem
como se buscou a contribuição da comunidade. O empenho em contemplar todos os
envolvidos em suas ações, tem como resultado o presente documento. O processo
representou, em termos históricos, para a instituição, além de um trabalho de
articulação de segmentos e discussão ampla, uma auto avaliação fundamental. As
perspectivas traçadas foram definidas em razão do debate sobre problemas vividos
no passado e no presente, e da necessidade de encaminhamentos práticos e
racionais de flexibilização de procedimentos e adequação de posturas acadêmicas
às expectativas da própria comunidade.
Nosso desejo é que a escola cumpra um papel social, de humanização e
emancipação, onde o aluno possa desabrochar crescer como pessoa e como
cidadão, dentro da realidade em que vive, ou seja, zona rural (educação do campo)
ou urbana e onde o professor possa repensar sua prática, refletir sobre ela,
resignificá-la e buscando novas alternativas. Para isso, entendemos que o
planejamento, a conscientização, o debate, o conhecimento de outras experiências
educacionais parecidas com nossa realidade, representam um caminho para a
formação integral do ser humano.
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IDENTIFICAÇÃO:
O Colégio Estadual Francisco Neves Filho, identificado pelo Código do
Município 2530 e Código do Colégio 00015, situado à rua Tenente Coronel Carlos
Souza, nº 20, inserindo-se como mais um estabelecimento de ensino público do
NRE de Ponta Grossa, a partir das necessidades e solicitações da comunidade,
sendo uma escola que oferece o Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries) e Ensino
Médio, com abrangência em várias comunidades rurais, além da cidade.
Atualmente, sua estrutura está assim configurada com o funcionamento em
três períodos: Matutino (Ensino Fundamental e Médio), vespertino (Ensino
Fundamental), noturno (Ensino Fundamental e Médio).
O prédio tem 13 salas, dois banheiros masculinos e dois femininos, uma sala
para professores com um banheiro, uma sala para a secretaria, uma sala para a
Direção e Direção - Auxiliar, uma Biblioteca, uma Cozinha com depósito de
alimentos, um Ginásio de Esportes coberto, um laboratório de Química, Ciências e
Biologia.
PARCERIAS:
O Colégio desenvolve seu trabalho mantendo parcerias com:
• Secretarias Municipais de Educação, Saúde, Agricultura e
Assistência Social;
• Prefeitura Municipal;
• Sindicato dos Trabalhadores Rurais;
• Conselho Tutelar;
• AS-PTA – Assessoria em Serviços e projetos em Agricultura
Alternativa;
• EMATER;
• MST e VIA CAMPESINA; 6
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• ELAA- Escola Latino Americana de Agroecologia – Lapa;
Outra parcerias participam quando solicitadas.
OBJETIVOS GERAIS:
- Estudar para viabilizar uma efetiva educação do campo;
- Oferecer oportunidade aos alunos para que reflitam sobre o meio em que vivem,
e com o conhecimento adquirido na escola consigam mudar, melhorar e valorizar
a sua vivência;
- Oportunizar formação continuada aos docentes através de grupos de estudo,
seminários, conferencias, fóruns, palestras etc.;
- Buscar alternativas de atendimento aos alunos que apresentam dificuldades de
aprendizagem;
- Dar condições para a implementação de práticas pedagógicas que contribuam
para o Projeto Social da cidadania.
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MARCO SITUACIONAL:
Para que a escola pública seja vista por todos indistintamente como espaço de
desenvolvimento e de cultura é necessário que ela ofereça aos seus alunos
qualidade de ensino e isso não depende só de professores capacitados, precisa sim
que seja reavaliada toda a conjuntura. Quanto aos alunos, percebemos que são
reflexo da nossa realidade em constante mudança, são filhos de famílias de
agricultores, bóias-frias, servidores públicos, trabalhadores informais, comerciantes
e assalariados. Alunos que na maioria das vezes não encontram apoio na família,
estão expostos a riscos de saúde, principalmente pelo uso abusivo de agrotóxicos,
alunos que trabalham e muitas vezes chegam à escola cansados, com fome e sono.
Não tem projeto de vida definido (grande parte), apresentam grande número de
faltas (alguns).
Quanto aos professores, todos são formados na sua área com especialização,
com vontade de passar o conhecimento ao aluno, porém, suas formações
acadêmicas foram insuficientes no sentido de se trabalhar como mediador entre o
conhecimento e o aluno, alguns são comprometidos com a causa da educação,
enquanto outros são descompromissados com o desempenho escolar de seus
alunos.
Quanto aos funcionários, a maioria demonstra desejo de capacitar-se, de
participar do cotidiano escolar, agem como educadores e são considerados agentes
críticos, promovendo mudanças e transformações, por isso, fundamentais para a
educação pública de qualidade.
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EDUCAÇÃO COM DIREITO, DE CIDADANIA, DE CULTURA E SOCIEDADE:
A escola deve desenvolver um sistema onde os critérios formais já
estabelecidos sejam menos importantes e os critérios reais de trabalho, o
conhecimento do aluno e de seu potencial sejam maiores e melhores. Em termos de
cultura, deve ser um local onde se consiga o máximo possível de estimulação
cultural e se estimule leituras, atividade culturais diversas, questionamentos,
discussões e conversas entre todos os que dela fazem parte, principalmente
professores e alunos. Deve ser uma escola que não vise apenas reparar de acordo
com os valores econômicos que presidem a sociedade contemporânea, mas busque
formar pessoas que, convivendo com tais valores, saibam dimensioná-los nas reais
proporções e repercussões. Uma escola que não seja um fim em si mesma, mas
uma instituição aberta, que atue ao lado das demais instituições sociais, formando
com elas um sistema de comunicação e cooperação. Uma escola colocada na
comunidade, oferecendo e prestando serviços, menos preocupada em ensinar o já
sabido, estimulando a descoberta do novo, ampliando as possibilidades de escolha,
aperfeiçoando-se continuamente através da autocrítica e elaborando uma nova
consciência de sua tarefa político social.
É sua responsabilidade, ensinando os conteúdos, ensinar simultaneamente a
pensar criticamente. A escola que propomos deseja ser uma iniciativa de renovação
pedagógica, uma resposta aos desafios do presente.
Dentro dessa perspectiva, nos reportamos a Vygotski em sua abordagem
socio-interacionista, pois os seus postulados parecem apontar para a necessidade
de criação de uma escola bem diferente da que conhecemos, já que pensamos estar
concretizando uma escola em que as pessoas possam dialogar, duvidar, discutir,
questionar e compartilhar saberes. Onde há espaço para transformações, para as
diferenças, para o erro, para as contradições, para a colaboração mútua e para a
criatividade.Uma escola em que professores e alunos tenham autonomia, possam
pensar e refletir sobre o seu próprio processo de construção do conhecimento e ter
acesso a novas informações, uma escola em que o conhecimento já sistematizado
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seja a realidade de nossos alunos, os quais em sua maioria são oriundos de zona
rural.
Como projeto de educação do Colégio Estadual Francisco Neves Filho
pensamos na filhos de agricultores familiares onde predomina a cultura do fumo que
tem como características a utilização de mão-de-obra da família nas suas atividades.
Nesse contexto, não diferente de muitos, onde a situação sócio-econômica
define as relações “homem-trabalho”, temos então uma realidade em que a
educação não é vista pelos pais como prioridade e seus filhos, na sua maioria
ajudam na lavoura, pois é desta que depende a sobrevivência da família.
A partir deste contexto, a escola pensa em ações voltadas ao meio em que
nossos alunos estão inseridos, ou seja, no campo.
Na perspectiva de educação no e do campo, oportunizamos aos educandos
palestras, debates, seminários, conferências, fóruns, jornadas que contemplam a
agricultura familiar e a agroecologia, além de trabalhar a transdisciplinariedade, onde
os fundamentos das diversas áreas de conhecimento são norteadores de toda a
organização curricular interdisciplinar, abrangendo as disciplinas e seu conteúdo,
bem como outras atividades escolares que venham enriquecer a formação dos
educandos e educandas e dos educadores e educadoras, relacionando-as entre si e
atendendo a realidade da comunidade.
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GESTÃO DEMOCRÁTICA:
A gestão da escola está centrado na participação, onde as decisões são
resultantes da vontade do colegiado, ou seja: através do diálogo cada membro da
comunidade escolar tem a possibilidade de democraticamente explicitar seu
pensamento, igualmente, os órgãos deliberativos tem sua autonomia garantida,
onde como, por exemplo, o conselho de escola permanece com o seu papel
fundamental de órgão fiscalizador e contribuinte para a constituição de um espaço
cada vez mais voltado a dar resposta ao contexto na perspectiva de garantir a
própria identidade da instituição.
O gestor da escola tem por essência a função de líder, enquanto aquele que
mobiliza os envolvidos no processo escolar para a ação coletiva e
consequentemente para a ação avaliativa, afim de alavancar o processo na
perspectiva qualitativa. Para tanto se requer algumas competências; Humanas,
Técnicas e Políticas que se articulam dialeticamente.
Como a proposta de gestão para as mudanças de concepções é necessário
caminhar em novos patamares onde se destaca a simplicidade, a capacidade de
fazer acontecer. Ter visão estratégica e sistêmica, inovação e criação de
conhecimento. Para atingir estes novos patamares é fundamental: mudar
paradigmas, agilizar o fluxo de informações, criatividade, compartilharem ideias,
clareza no que se querem buscar parcerias, procurarem estimular o professor
independente de remuneração, objetividade, sensibilização para integração do
processo de gestão.
- Trabalho Coletivo e participativo entre o corpo docente, equipe pedagógica e
direção, com a finalidade de mostrar a prática pedagógica de forma consciente;
- Promoção de debates na escola para quaisquer tomadas de decisão;
- Encontrar alternativas para trazer os pais para dentro da escola;
Para a verificação da efetivação dos resultados é necessário à realização de
reuniões periódicas com toda a equipe escolar a fim de analisar e verificar 11
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propostas, se estão sendo atingidas e também estabelecer novas metas e formas de
conduzir o trabalho.
CARACTERIZAÇÃO DO CORPO DISCENTE
Atualmente nossa escola conta com 960 alunos, com a maioria dependendo do
transporte escolar, pois moram nas comunidades do Município. São famílias de
descendentes de poloneses em sua maioria mantendo alguns costumes que podem
ser verificados pelas cores das casas, nas roupas, nos dias que ”guardam” dos
santos, no modo de falar e modo de pensar, entre outros. São famílias de pequenos
agricultores, arrendatários, meeiros, agregados, cuja economia familiar fundamenta-
se na fumicultura. Os homens ainda conservam hábitos tradicionais, onde são eles
que determinam as ações do dia a dia familiar. As mulheres ainda têm muitos filhos,
sendo um dos trabalhos constantes do serviço de Saúde do Município informar
sobre os métodos contraceptivos.
A pretensão dos jovens é sair do meio rural porque este não lhes “apresenta”
perspectiva de vida futura. A nossa escola vem fazendo um trabalho de valorização
do meio rural através de alguns conteúdos específicos e projetos de trabalho
visando à melhoria e a valorização da agricultura familiar. A fumicultura ainda se dá
com muitos riscos a saúde familiar pelo uso indiscriminado de agrotóxicos e/ou falta
de manuseio adequado, percebe-se que as famílias fundamentam sua economia na
fumicultura, porque outros produtos não conseguem preços como o fumo e/ou
porque ainda não percebem perspectivas com outros produtos.
Nossa escola esta inserida em uma realidade como do resto do Brasil:
diferenças expressivas nas classes sociais, que em decorrência, originam-se
problemas como violência doméstica, desagregação familiar gerada pela miséria,
falta de empregos, entre outros problemas. A pretensão é superar/melhorar a
relação que a comunidade tem com a escola, como sendo assistencialista
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ou distante da realidade das famílias rurais e urbanas, pois os pais acabam
transferindo para a escola muitos encargos, porque não conseguem dar conta de
seus problemas, sobrecarregando aquela.
Tal dificuldade será aliviada ou superada à medida que a escola traçar reais
estratégias de aproximação entre famílias e escola, como por exemplo, nas
reuniões bimestrais de Conselho de Classe, ir além da simples informação sobre os
alunos, o que esta escola já vem fazendo ou quando chamar os pais por algum
motivo, ir além da simples orientação sobre o desempenho escolar de seus filhos.
Acessar aos alunos excursões, visitas, feiras agroecológicas, inserção de
alguns conteúdos específicos de agricultura, Jornadas, Conferências, Seminários,
entre outros. A maioria absoluta tem luz em casa e a água encanada falta somente
em algumas poucas comunidades, e a cidade ainda não conta com rede de esgoto.
Em função do avanço do capitalismo no meio rural e a depauperação das famílias
rurais esta gerando novas necessidades e novos valores para os quais estas não
estão preparadas. Em suma, é uma escola típica de cidade pequena do sul do
Paraná.
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DADOS HISTÓRICOS DO COLÉGIO
Decreto nº2372 – Cria um grupo escolar de 1º a 4º séries na cidade de São João do
Triunfo, em 20 de setembro de 1947, passando a chamar Grupo Escolar “Dr.
Romário Martins” em homenagem ao grande historiador paranaense. Funcionava no
prédio com quatro salas, hoje Câmara Municipal de vereadores.
No ano de 1959, foi criada a Escola Normal Regional que equivalia ao Ginásio
com as disciplinas de 5º a 8º e Psicologia e Didática referentes ao magistério. Mais
tarde passou a Escola Normal Ginasial com inclusão das disciplinas de Inglês e
Francês (os documentos não foram encontrados na escola).
Decreto nº8119 de 22-12-67 – Transforma a Escola Normal para Ginásio Francisco
Neves Filho, ofertando de 1ª a 4ª séries (ginasial), esse nome foi dado em
homenagem ao Sr. Francisco Neves Filho, prefeito da cidade. De 1º a 4º séries
(iniciais) era ainda Dr. Romário Martins.
Em 1970 foi unificada a Escola Santa Terezinha de 1º a 4º com Dr. Romário
Martins, passando esta escola a funcionar no prédio que hoje é a Escola Municipal
Professor Sebastião Antunes Ferreira.
Decreto nº. 2719 de 01-08-80 - Autoriza o funcionamento do Ensino de 1º Grau da
Escola Francisco Neves Filho. Passou a denominar-se Escola Estadual Francisco
Neves Filho – Ensino de 1º Grau, conferida pelo Decreto nº817/71.
Resolução nº3741/81 – Fica reconhecido o curso de 1º Grau Regular da Escola
Estadual Francisco Neves Filho – Ensino de 1º Grau.
Resolução nº949/87 - Essa Resolução refere-se à autorização de funcionamento do
Curso de 2º Grau – Habilitação em Técnico de Contabilidade, o Estabelecimento
passou a denominar-se Colégio Estadual Francisco Neves Filho – Ensino de 1º e 2º
Graus.
Resolução nº1118/90 – Reconhecimento da habilitação em Técnico de
Contabilidade.
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mm
Resolução nº629/92 – Cessa o funcionamento de 1º a 4º série do Colégio Estadual
Francisco Neves Filho – Ensino de 1º e 2º Grau.
Resolução nº2997/92 – Autoriza o funcionamento da habilitação de Magistério.
Resolução nº3725/97 – Reconhece a habilitação Magistério, com fins de cessação
gradativa das atividades escolares.
Resolução nº2936/97 – Autoriza o curso de 2º Grau e Educação Geral neste
Colégio.
Resolução nº3120/98 – Alteração nomenclatura de: Colégio Estadual Francisco
Neves Filho – Ensino de 1º e 2º Graus, para: Colégio Estadual Francisco Neves
Filho – Ensino Fundamental e Médio.
Resolução nº 3189/99 – Cessa definitivamente os cursos Auxiliar/Técnico em
Contabilidade.
Resolução nº1009/03 – Reconhece o curso Ensino Médio, neste Estabelecimento
de Ensino.
Ato Administrativo NRE nº 308/2009 – Organização do Ensino Médio por Blocos
Semestrais.
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MARCO CONCEITUAL:
O papel da escola é instrumentalizar os alunos pelo conhecimento para a
transformação da realidade, porém, as práticas não contemplam toda a sua função,
mas iniciativas como o “Túnel do Tempo”, reflexões em torno do eixo temático como:
água, semente, solo, ar que estão sendo trabalhados para articulação entre teoria e
prática, facilitando a vivência concreta de um novo modo de conceber tais conceitos
aplicando-os em iniciativas como: calendário escolar diferenciado, participação de
alunos no Projeto Merenda Escolar Orgânica, são alguns exemplos.
Quanto aos alunos, à escola pretende que exerçam a cidadania, sejam
participativos, críticos, criativos, que saibam conviver com as diferenças, usando
regras básicas de convivência social, que questionem o modelo de sociedade, a
família, conteúdos escolares e metodologias usadas por seus professores, alunos
que se transformem em bons profissionais e que saibam respeitar o próximo,
valorizar mais o “ser” do que o “ter”, que sejam éticos, justos e solidários com as
causas sociais e que contribuam para a transformação da sociedade.
Quanto aos professores, pretende-se que sejam atuantes que ensinem o aluno
a pensar, refletindo sobre o seu papel como cidadão, professores que ousem fazer
diferente em suas aulas, que participem com paixão dos problemas da comunidade
escolar, que seja um leitor assíduo, que estude se recicle e que trate com respeito à
diversidade cultural presente em cada turma.
Quanto aos funcionários que exerçam suas funções de educadores,
participando intensamente do cotidiano escolar como agentes modificadores, cada
vez mais comprometidos com o processo educacional, derrubando pré conceitos
anteriormente estabelecidos, arraigados na história da educação brasileira, em que
eram considerados meros executores de funções mecânicas.
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CONCEPÇÃO DE HOMEM/SOCIEDADE:
Vygotsky, inspirado nos princípios do materialismo dialético, considera o
desenvolvimento da complexidade da estrutura humana como um processo de
apropriação pelo homem da experiência histórica e cultural. Segundo ele, organismo
e meio exercem influência recíproca, portanto o biológico e o social não estão
dissociados nesta perspectiva, a premissa é a de que o homem constitui-se como tal
através de suas interações sociais, portanto, é visto como alguém que transforma e
é transformado nas relações produzidas em uma determinada cultura.
É possível inferir que diante do ponto de vista de Vygotsky, que o
desenvolvimento do ser humano é compreendido não como decorrência de fatores
isolados que amadurecem, nem tão pouco de fatores ambientais que agem sobre o
organismo controlando seu comportamento, mas sim através de trocas recíprocas,
que se estabelecem durante toda a vida entre indivíduo e meio, cada aspecto
influindo sobre o outro.
“Os homens fazem sua própria história, mas não fazem como querem; não a
fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas que se defrontam
diretamente, legadas e transmitidas pelo passado”.
Vygotsky preocupou-se em explicar como a maturação física e a aprendizagem
sensório-motora interagem com o ambiente que é histórico e em essência social, de
forma a produzir as funções complexas do pensamento humano.
Sendo assim, a realidade é sempre social, não resulta da ação ou vontade do
indivíduo isolado, fora de suas relações com outros homens, e ao manter as
relações sociais, desenvolve a linguagem e simultaneamente desenvolve a
consciência racional, pois o ser humano se constitui numa trama de relações sociais,
na medida em que ele adquire seu modo de ser, agindo no contexto das relações
sociais nas quais vive, produz, consome e sobrevive. São as ações, as reações, os
modos de agir, as condutas normatizadas ou não, as censuras, as convivências
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sadias ou neuróticas, as relações de trabalho, de consumo, etc., que constituem
prática social e historicamente o ser humano.
.............................................................................................
Numa dimensão geral, o ser humano é o “conjunto das relações sociais”, das
quais participa de forma ativa.
O ser humano é prático, ativo, uma vez que é pela ação que modifica o meio
ambiente que o cerca, tornando-o adequado às suas necessidades e enquanto
transforma a realidade, constrói a si mesmo, no interior das relações sociais
determinadas. Na sociedade moderna, o ser humano é um ser prático, que age no
contexto da trama das relações sociais desta sociedade, que em última instância,
caracteriza-se pela posse ou não de meios sociais de produção. E isso não se dá
isoladamente. A prática é dimensionada por suas relações com os outros.
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CONCEPÇÃO DE ENSINO/APRENDIZAGEM:
O que o aluno pode aprender em determinado momento da escolaridade
depende das possibilidades delineadas pelas formas de pensamento de que dispõe
naquela fase de desenvolvimento, dos conhecimentos que já construiu
anteriormente e do ensino que recebe. Isto é, a intervenção pedagógica deve se
ajustar ao que os alunos conseguem realizar em cada momento da sua
aprendizagem, para se construir verdadeira ajuda educativa. O conhecimento é
resultado de um complexo intricado processo de modificação, reorganização e
construção, utilizado pelos alunos para assimilar a interpretar, os conteúdos
escolares.
Por mais que o professor, os companheiros de classe e os materiais didáticos
possam e devam contribuir para que a aprendizagem se realize nada pode
substituir a atuação do próprio aluno na tarefa de construir significados sobre os
conteúdos da aprendizagem. É ele quem modifica, enriquece e, portanto, constrói
novos e mais potentes instrumentos de ação e interpretação. O processo de
atribuição de sentido aos conteúdos escolares é, portanto, individual; porém, é
também cultural na medida em que os significados construídos remetem às formas e
saberes socialmente estruturados.
As aprendizagens que os alunos realizam nas escolas serão significativas à
medida que conseguirem estabelecer relações substantivas e não-arbitrárias entre
os conteúdos escolares e os conhecimentos previamente construídos por eles, num
processo de articulação de novos significados.
Cabe ao educador, por meio da intervenção pedagógica, promover a realização
de aprendizagens com o maior grau de significado possível, uma vez que esta é
absoluta, sempre é possível estabelecer uma relação entre o que se pretende
conhecer e as possibilidades de observação, reflexão e informação que o sujeito já
possui.
Se a aprendizagem for uma experiência de sucesso, o aluno constrói uma
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representação de si mesmo como alguém capaz. Se, ao contrário, por uma
experiência de fracasso, o ato de aprender tenderá a se transformar em ameaça, e a
ousadia necessária se transformará em medo, para o qual a defesa possível é a
manifestação de desinteresse.
CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO:
É uma ação que ocorre durante todo o processo de ensino e aprendizagem e
não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes
etapas de trabalho e que envolve não somente o professor, mas também alunos,
pais e a comunidade escolar. A avaliação subsidia o professor com elementos para
uma reflexão contínua sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a
retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como
adequados para o processo, de aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o
aluno, é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e
possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para a
escola, possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações
educacionais demandam maior apoio.
O acompanhamento e a reorganização do processo de ensino e aprendizagem
na escola inclui, necessariamente, uma avaliação inicial, para o planejamento do
professor, e uma avaliação ao final de uma etapa de trabalho.
A avaliação inclui a observação dos avanços e da qualidade da aprendizagem
alcançada pelos alunos ao final de um período de trabalho, seja este determinado
pelo fim de um bimestre ou de um ano, seja pelo encerramento de um projeto ou
sequencia didática.
A avaliação final é subsidiada pela avaliação contínua, pois o professor recolhe
todas as informações sobre o que o aluno aprendeu ao acompanhá-lo
sistematicamente. Esses momentos de formalização da avaliação são importantes
por se constituírem em boas situações para que os alunos e professores formalizem
o que não foi aprendido. 20
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A) Procedimentos:
• Avaliação contínua.
• Avaliação diagnóstica/prognóstica.
• Avaliação coletiva.
• Auto-avaliação.
• Observação sistemática: acompanhamento do processo de aprendizagem
dos alunos, utilizando alguns instrumentos, como registros em tabelas,
listas de controle, diário de classe e outros.
• Análise das produções dos alunos: considerar a variedade de produções
realizadas pelos alunos, para que se possa ter um quadro real das
aprendizagens conquistadas. Por exemplo: se a avaliação se dá sobre a
competência dos alunos na produção de textos, deve-se considerar a
totalidade dessa produção, que envolve desde os primeiros registros
escritos, no caderno de lição, até os registros das atividades realizadas
especialmente para esse aprendizado, alem do texto produzido pelo aluno
para os fins específicos desta avaliação.
• Atividades específicas para a avaliação: os alunos devem ter objetividade
ao expor sobre um tema, levar em consideração o lado crítico do aluno.
Para isso, é importante, em primeiro lugar, garantir que sejam
semelhantes às instituições de aprendizagem comumente realizadas em
sala de aula; em segundo lugar, deixar claro para os alunos o que se
pretende avaliar, pois, inevitavelmente, estarão mais atentos a esses
aspectos.
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AVALIAÇÃO FORMATIVA – uma concepção atual:
A avaliação formativa consiste na prática da avaliação contínua. Nessa prática,
o educador tem como ponto de partida a perspectiva daquele que aprende.
Já o critério de avaliação transforma-se numa ferramenta de trabalho que evolui
e pode ser melhorada; assim, a manifestação dos alunos é analisada
permanentemente para a continuidade do processo ensino-aprendizagem.
No processo por sua vez, ascendem-se as apreciações devolutivas que são
constantes, pois implicam no ato de rever, complementar e corrigir os rumos da
aprendizagem (pelos próprios educandos).
Dessa maneira, os alunos podem identificar erros, acertos e propor um plano
de aprendizagem para superá-los, permitindo e implicando no ato de meta cognição,
a qual é preponderante.
A meta cognição consiste nos mecanismos de controle e ajuste dos alunos
sobre seus próprios processos de aprendizagem, combinando e articulando as
tarefas e os processos de cognição que é utilizada na conquista do conhecimento (o
aluno é quem regula essa conquista – o processo onde as decisões tomadas são
aparentemente espontâneas e não planejadas).
Assim, o professor sempre observará e registrará suas impressões, orientando
o educando sobre as possibilidades de melhoria do mesmo. Com isso, a
aprendizagem depende da relação entre o problema a ser resolvido e as possíveis
respostas em que cognição, afetividade, experiências e culturas (diversas) são
postas em transitividade num processo de interação dialética pelos alunos e seus
mediadores – orientadores.
A avaliação está prevista na Lei de Diretrizes e Bases, art. 24, §V e VI, onde
esta é regulamentada amparando legalmente professores e alunos. A lei também
ampara a recuperação paralela que acontece ao longo do ano, e não somente nos
finais de bimestre, como antes acontecia. Em nossa escola, quando o aluno não
consegue 60% (sessenta por cento) do valor da avaliação é ofertada uma segunda
oportunidade para rever os conteúdos. 22
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Dessa maneira, existe a possibilidade de alunos e professores rever a prática
educativa e se auto-avaliar, podendo acelerar ou rever os conteúdos.
EDUCAÇÃO DO CAMPO
Atendendo as orientações estabelecidas pelas diretrizes, no que se refere às
responsabilidades dos diversos sistemas de ensino com atendimento escolar sob a
ótica do direito, implica o respeito às diferenças e a política de igualdade, tratando a
qualidade de educação escolar na perspectiva da inclusão. Nessa mesma linha, o
presente parecer, provocado pelo art. 28 da LDB, propõe medidas de adequação da
escola à vida do campo. Nesse sentido, entende-se que a escola, como instituição
educacional deve cumprir seu papel na formação do educando para a cidadania e a
preparação para a vida e para o trabalho, tornando-o um agente modificador de sua
história. Através da sua participação, poderão construir a sociedade livre, justa,
solidária, deixando implícita na mesma, sua cultura, seus valores e sua experiência
de vida. Na perspectiva de construção de cidadania, tem o dever de proporcionar ao
aluno conhecimento dos direitos e deveres, indo além dos conteúdos básicos
necessários. Abrangerá também os valores morais e éticos, contribuindo para a
formação integral do mesmo, buscando valorizar a cultura da própria comunidade,
proporcionando acesso ao saber, tornando possível o processo de construção e
reconstrução do conhecimento.
Com base nas diretrizes que regulamentam a educação no campo e tratam de
fazer uma correção nas desigualdades sociais no campo, atende atualmente filhos
de agricultores (em nossa região descendentes em sua maioria de poloneses, entre
outras etnias). Assim como famílias arrendatárias ou empregados assalariados, com
renda muitas vezes insuficiente à sua própria subsistência ou mesmo recebendo
algum tipo de auxílio do governo.
Por isso, a organização da escola do campo, deve oportunizar a ampliação
de conhecimento dos educandos de acordo com as realidades, tendo sempre em
23
Respeito as nossas raízes e à diversidade
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vista o fortalecimento da identidade cultural, crescimento individual e social dos
alunos garantindo também atendimento ao que é diferente, mas que não sejam o
desigual, além disso, será oportunizado aos educandos a participação da vida
pública, social e política, tornando-os desta forma sujeitos críticos e
transformadores.
• AÇÕES CONCRETAS
• Visitas ao campo de produção de sementes (Rio Baio – Guaiaca – Canudos);
• Expansão do programa merenda orgânica;
• Acompanhamento do programa de análise das minas de pedra para uso
alternativo de enriquecimento do solo;
• Valorização dos recursos hídricos de nosso município;
• Visita a uma propriedade agroecológica e uma agroquímica. Para diferenciar as
práticas exercidas em cada uma delas;
• Incentivo a pesquisa de melhoramento de sementes e identificação de espécies
nativas, fauna e flora. Estudos sobre a influência dos ciclos naturais (lua).
• Resgate da culinária indígena e cabocla;
• Participação em Conferências que enfocam a Agricultura;
• Participação em Jornadas de Agroecologia;
• Visitas a ELAA / Lapa para troca de experências, bem como a Assentamentos da
Reforma Agrária;
• Participações nas Feiras de Sementes Crioulas;
• Construção do Túnel do Tempo;
• Excursões.
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RELAÇÕES ÉTNICOS RACIAIS
Propõe-se a divulgação e produção de conhecimentos, a formação de atitudes,
posturas e valores que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-
racial descendentes de africanos, povos indígenas, descendentes de europeus, de
asiáticos para interagirem na construção de uma nação democrática, em que todos
igualmente tenham seus direitos garantidos e sua identidade valorizada.
É importante salientar que as políticas sobre a cultura afro-brasileira tem como
meta o direito dos negros se reconhecerem na cultura nacional, expressando visões
de mundo própria e manifestando com autonomia individual e coletiva, seus
pensamentos.
A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira
e africana não se restringe à população negra, ao contrário, diz respeito a todos os
brasileiros, uma vez que devem educar-se enquanto cidadão atuantes no seio de
uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação
democrática.
Desta maneira, a escola estará assumindo compromisso com a comunidade
que a compõe, com a formação de cidadãos atuantes e democráticos, capazes de
compreender as relações sociais e étnico-raciais de que participam e ajudando a
manter ou reelaborar, capazes de decodificar palavras, fatos e situações a partir de
diferentes perspectivas, de desempenhar-se em áreas de competências que lhes
permitam continuar e aprofundar estudos em diferentes níveis de formação.
Precisa o Brasil, país multi-étnico e pluricultural, de organizações escolares em
que todos se vejam incluídos, em que lhes seja garantido o direito de aprender e de
ampliar conhecimentos, sem ser obrigados a negar a si mesmos, ao grupo
étnico/racial a que pertencem e a adotar costumes, idéias e comportamentos que lhe
são adversos.
E estes, certamente, serão indicadores da qualidade da educação que estará
sendo oferecida pelos estabelecimentos de ensino de diferentes níveis. 25
Respeito as nossas raízes e à diversidade
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• AÇÕES CONCRETAS-
- A conexão dos objetivos, estratégias de ensino e atividades com a experiência
de vida dos alunos e professores, valorizando aprendizagem vinculada ás suas
relações com pessoas negras, brancas, mestiças , assim como as vinculadas ás
relações entre negros, indígenas e brancos no conjunto da sociedade.
- Condições para professores e alunos pensarem, decidirem, agirem. Assumindo
responsabilidade por relações étnico-raciais positivas, enfrentando e superando
discordâncias, conflitos, contestação, valorizando os contrastes das diferenças.
- Valorização da oralidade, da corporeidade e da arte, por exemplo, como a dança,
marcas da cultura de raiz africana, ao lado da escrita e da leitura.
- O rompimento com imagens estereotipadas em livros, revistas, filmes, etc.
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PROGRAMA FORMAÇÃO CIDADANIA PLENA
(DECRETO Nº. 4588, 05/04/2005)
Quando se fala em educação para a cidadania, estamos implicitamente
admitindo que haja uma educação não cidadã, e a sociedade em seu movimento
dinâmico produziu paralelamente, em seu interior, conflitos, contradições e uma
sociedade de classe, baseado no lucro e no “ter”, também geraram um segmento
social emancipador, humanizador, com utopias a serem realizadas.
Se valores e atividades emancipadoras foram gerados é porque também foram
construídos conhecimentos emancipadores, produzido a partir das experiências
concretas da vida das pessoas, pelos movimentos do povo, por uma educação de
melhor qualidade.
Por cidadania plena, a maioria dos autores entende como a participação
integral dos indivíduos na sociedade. Há alguns anos, quando se falava em
qualidade da educação, entendia-se como a escola formando consumidores,
trabalhadores mais preparados para lidar com máquinas cada vez mais sofisticadas,
como a escola, estando a serviço dos meios de produção, com o objetivo da cultura,
da competição numa sociedade capitalista onde se falava (e se fala) da
produtividade, qualidade, máquinas substituindo trabalhadores, ampliando-se os
cursos universitários, atendendo os interesses das empresas.
Na recente abordagem, educação para cidadania plena configura-se como
educação para a cidadania devendo servir, antes de tudo, para refletir sobre a
convivência e sobre o exercício da cidadania democrática na escola e no meio
ambiente em que o aluno vive.
A própria dinâmica de cada escola revela se a democracia é evidenciada, ou se
é apenas um conceito. Tem a ver como os saberes escolares são trabalhados e
como o conhecimento é construído na sala de aula. Educar para a cidadania tem a
ver como, estruturar a escola através de diálogos, debates, tomada de decisões,
coletividade, porém sem perder a perspectiva individual.
É uma nova configuração de escola como um grupo a partilhar normas e
valores emancipadores. Naturalmente como qualquer ideia nova, esse novo 27
Respeito as nossas raízes e à diversidade
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paradigma encontra muitas resistências em nossas escolas, seja por falta
de conhecimento teórico metodológico crítico, seja por falta de apoio, seja porque
estamos por demais imersos na sociedade da pressa, do lucro, do consumismo, que
não nos permite uma visão consciente. Porém o civismo dos cidadãos compreende
tudo aquilo que torna possível uma convivência no espaço público, como atitudes,
valores e principalmente a vontade de mudar conceitos antigos e conservadores que
são paralisantes e servem somente aos interessantes dos meios de produção.
Educar para a cidadania é deixar claro para os alunos e alunas que quando se
estuda os conteúdos escolares não é somente para vencer etapas ou passar de
ano, são referenciais para que os educandos se situem enquanto participantes da
sociedade, assumindo posições e atitudes das mais variadas situações que
enfrentam cotidianamente, vivenciando e aprofundando conceitos de democracia e
cidadania.
Como proposta de trabalho e amparando-se no Decreto 4.588/2005, nossa
Escola oferecerá os conteúdos sobre o tema drogas lícitas e ilícitas, bem como de
outras abordagens preventivas em questão de saúde pública.
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MARCO OPERACIONAL:
Prioridades e Metas
• Reestruturação de grade curricular.
• Elaboração de projetos interdisciplinares e contextualizados;
• Gestão colegiada;
• Gestão transparente;
• Adaptar a escola para a inclusão;
• Buscar a assistência psicológica aos alunos que necessitem;
• Reestruturação do regimento escolar a partir das concepções constantes nestas
propostas;
• Criar mecanismos para a aproximação dos pais à escola;
• Organizar grupos de estudo para a conscientização dos educadores a respeito
da própria proposta e suas concepções ali apresentadas, bem como o papel dos
mesmos na transformação da sociedade;
• Mudança de prática do professor, sempre diversificando sua metodologia,
visando o conhecimento e não apenas passando informações;
• Discussão constante sobre prática avaliativa;
• Pessoa habilitada para trabalhar no laboratório de informática, em forma de
contra-turno de modo a atender todos os alunos (conforme faixa etária);
• Reuniões pedagógicas periódicas;
• Programar para a última semana do 4º bimestre semana de recuperação e
paralela a essa recuperação semana de jogos e atividades culturais, para os
alunos que já tenham conseguido aprovação. OBS: continua acontecendo à
recuperação paralela no decorrer do ano e a recuperação final será para aqueles
alunos que não atingiram a média anual e revisão dos conteúdos que o aluno
não conseguiu aprender;
• Túnel do tempo; 29
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• Calendário diferenciado;
• Participação em eventos que contemplem conteúdos ligados a agricultura;
• Participação dos alunos em programas como:
a) Merenda escolar orgânica;
b) Minha primeira terra;
c) PRONAF Jovem e PRONAF Mulher;
• Transdisciplinariedade;
• Terminar a melhoria da estrutura física do colégio;
• Participação em eventos promovidos pelo NRE/SEED, ONGs, etc.
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AGENDA 21 ESCOLAR
Em 1992, foi realizado no Rio de janeiro a Conferência das Nações Unidas
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento – ECO 92. Desta reunião resultou a
adoção de várias convenções e protocolos, entre eles a Agenda 21.
A Agenda 21 tem por finalidade reorientar o desenvolvimento em direção à
sustentabilidade, buscando soluções para os problemas atuais e a preparação do
mundo para enfrentar os desafios do século XXI.
Todo cidadão tem o direito e o dever de participar da Agenda 21. Esta agenda
deve resultar do esforço integrado de todos os setores e grupos da sociedade,
inclusive as escolas que ficam responsáveis pela construção da Agenda 21 escolar.
Neste sentido, o Colégio Francisco Neves Filho – E. F. Médio se propõe a
trabalhar questões relativas ao meio ambiente, tais como: projeto da semente
(semente água, ar, solo) em cada disciplina e no Túnel do Tempo, fazendo parcerias
com outras escolas do município, representantes da sociedade civil, do poder
público, Ongs, sindicatos, estabelecimentos comercias, etc.
Concomitantemente ao desenvolvimento das atividades acima citadas, o
Colégio se propõe a formar um Conselho Ambiental composto de membros da
comunidade escolar e representantes do poder público, escolhidos a cada ano
através de uma eleição. A partir do Conselho de cada escola sugere-se que seja
criado também um
Conselho Ambiental Municipal. A finalidade desse Conselho será a
normatização das atividades (ações) ambientais a serem realizadas para que se
efetive o Plano Diretor de Uso e Ocupação do Solo Municipal de São João do
Triunfo e outros problemas ambientais que se fizer necessário como: controle do
assoreamento dos rios do município, preservação da mata nativa, saneamento
básico, etc.
Desta maneira, acredita-se que o Colégio estará contribuindo para garantir um
futuro melhor para a comunidade Triunfense. Cabe ressaltar que o sucesso da
Agenda 21 Escolar dependerá do compromisso de todos os envolvidos. 31
Respeito as nossas raízes e à diversidade
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INCLUSÃO
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente em seu capítulo V,
estabelece e define a responsabilidade do Estado, além da família, de assegurar o
atendimento e a oferta da educação para todos, inclusive aos portadores de
deficiências e aqueles que não frequentaram a escola na idade devida.
No Paraná, a inclusão educacional é um projeto gradativo, dinâmico e em
transformação, que exige do Poder Público, em sua fase de transição, o absoluto
respeito e reconhecimento às diferenças individuais aos alunos e a responsabilidade
quanto à oferta e manutenção dos serviços mais apropriados ao seu atendimento,
tais como: sala de recursos de 5ª a 8ª série na área de deficiência mental e
distúrbios de aprendizagem, assim como intérprete para surdos, professor de apoio
permanente para alunos com acentuado comprometimento físico/ neuromotor e de
fala.
O processo de inclusão educacional na nossa escola exige planejamento e
mudanças sistêmicas político-administrativos na gestão educacional, que envolvem
desde a alocação de recursos governamentais até a flexibilização curricular que
ocorre em sala de aula.
Para incluir um aluno com características diferenciadas numa turma dita
“comum”, há necessidade de se criar mecanismos que permitam, com sucesso, que
ele se integre educacional, social e emocionalmente com seus colegas e
professores e com os objetos do conhecimento e da cultura. Assim, entendemos que
estamos respeitando o direito constitucional da pessoa com necessidades
educacionais especiais e de sua família, na escolha da forma de educação que
melhor se ajuste as suas necessidades, circunstâncias e aspirações, promovendo,
dessa forma, um processo de inclusão responsável e cidadã.
A inclusão, antes de ser educacional é social, uma conquista para a sociedade,
aliada a vasta legislação que dispõem para a área e o essencial envolvimento da
sociedade é que fortalecerão os sentimentos éticos e de cidadania da população.
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Respeito as nossas raízes e à diversidade
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Em nível nacional, há diferentes formas de implementar esse processo, a
depender da percepção dos diferentes governamentais sobre seu significado. Pode-
se pensar três tendências sobre o modo de se pensar e praticar o processo de
inclusão.
O primeiro é o de inclusão condicional, forma mais conservadora de todas.
Como se todos os professores forem capacitados antes ou quando todas as escolas
estiverem adaptadas ou ainda se diminuir o número de alunos por turma, se tiver
especialista como auxiliar. Essas afirmações remetem a um futuro incerto que, pela
impossibilidade de concretização a curto prazo, inviabiliza o direito de acesso e
permanência desses alunos a escola, descumprindo o preceito assegurado na
Constituição Federal.
O segundo é a inclusão total ou radical movido por intelectuais e pesquisadores
na área de educação, representantes de organizações não governamentais em
defesa dos direitos de pessoas com deficiências.
O terceiro é a inclusão responsável que é o desafio enfrentado como uma nova
forma de repensar e reestruturar políticas e estratégias educativas, e não apenas
criar oportunidades de acesso para crianças e adolescentes com necessidades
educacionais especiais, mas garantir condições indispensáveis para que possam
manter-se na escola e aprender. Requer a constante avaliação da qualidade dos
serviços prestados, seja em escolas comuns ou especiais. Manter os cursos de
capacitação continuada também é fundamental para a inclusão responsável.
Aos educadores incumbe a tarefa mais importante de conhecer as esperanças,
lutas, trajetórias e especificidades culturais que caracterizam os alunos a levar em
consideração os saberes e fazeres populares, bom senso presente no senso comum
a fim de estabelecer diálogos pedagógicos mais interculturais, mais reflexivos e
menos excludentes.
No Colégio Francisco Neves Filho, a inclusão já está presente, pois a partir do
momento em que a instituição trata os educandos com igualdade, respeito, esse
33
Respeito as nossas raízes e à diversidade
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processo já está acontecendo. No prédio ainda falta algumas adaptações para
receber alunos com deficiência física, como rampas, banheiros adaptados
e outras benfeitorias que precisam ser feitas.
A partir do momento que recebermos estes alunos, teremos que tratá-los com
carinho e igualdade, buscando alternativas para que possam sair daqui com
capacidade de enfrentar a sociedade também de uma forma igualitária.
Antes de tudo, nós professores e funcionários, teremos que ter mais cursos de
especialização em Educação Especial, para sabermos trabalhar o currículo de modo
a contemplar os diferentes ritmos e estilos de aprendizagem presentes em sala de
aula, bem como a discussão de projetos curriculares flexíveis para atender a
diversidade de necessidades dos alunos.
Fazer com que sejam respeitados e cumprida as leis que determinam o número
de alunos por turmas quando tiver alunos com necessidades especiais.
A instituição deverá promover discussões com professores, alunos, pais,
funcionários sobre a importância do sentimento de pertença que todos os alunos,
inclusive os portadores de necessidades especiais devem carregar, reconhecendo-
se como iguais perante a lei.
A escola também deverá buscar o apoio e envolvimento da família em sua
comunidade para que exista o elo de ajuda mútua para o melhor aproveitamento e
fixação da aprendizagem para que este possa ser uma pessoa segura e buscar uma
vida melhor e ter assim a sua cidadania assegurada dentro da sociedade.
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Respeito as nossas raízes e à diversidade
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DIRETRIZES NACIONAIS CURRICULARES/ ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
As Diretrizes Nacionais Curriculares apresenta os marcos orientadores de
currículo, definindo uma Base Nacional comum para todo território Nacional, de
modo a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica, a partir das áreas do
conhecimento. Define também que as escolas utilizarão a Parte Diversificada para
enriquecer e complementar a Base nacional comum de modo a propiciar aos alunos
conhecimentos necessários para exercer a cidadania instrumentalizados pelo
conhecimento técnico-científico, através da articulação das disciplinas específicas e
temas como saúde, meio ambiente, sexualidade, trabalho, meio familiar, entre
outros.
A partir das reivindicações do povo e ao longo do tempo, as políticas
educacionais tem legitimado algumas necessidades sociais.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que o Ensino
Fundamental é prioridade no atendimento escolar, inclusive para pessoas que não
tiveram a educação escolar no tempo adequado. Atualmente a escola é estendida a
todos, democraticamente sendo regulado todas as leis e regras que norteiam o
Ensino Fundamental.
A preocupação da escola é atender a diversidade social, econômica e cultural
existente, mesmo assim não consegue contemplar a universalidade brasileira. O
grande desafio dos educadores é construir um Projeto Político Pedagógico para
atender as diversidades presentes na sala de aula, valorize práticas culturais, sem
perder de vista o conhecimento historicamente construído pela humanidade.
Nesse sentido, a escola atualmente esta contemplando a educação indígena, a
educação de campo, o ensino profissional, a educação de jovens e adultos.
A educação escolar passa pela discussão sobre o exercício da cidadania. Os
sistemas nacionais de educação configuram-se como escolas de formação de
cidadãos, por isso, a educação para a cidadania e historicamente faz parte do
núcleo da escola pública, visto que se considera que uma das tarefas
35
Respeito as nossas raízes e à diversidade
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básicas da escola é preparar as jovens gerações para viver e exercer o ofício de
cidadão em uma comunidade, por outro lado, para que se efetive a educação para
exercício da cidadania é imprescindível assegurar o acesso, a permanência e a
aprendizagem de todos os alunos.
Atualmente, um desafio apresenta-se de maneira particular as escolas, nortear
a prática educativa, de ordem política – social. A escola cabe não só ensinar os
conteúdos científicos, com conteúdos que norteiam a prática social dos educandos
de uma nova maneira, crítica face às novas exigências da sociedade que geram
novas necessidades. À escola cabe dentro das formas legais efetivar e legitimar a
reflexão curricular. Nesse sentido, as escolas vêm se mobilizando rumo à autonomia
das reflexões necessárias e adequadas a cada realidade, sem, porém fugir dos
preceitos legais ainda que insuficiente e inadequados.
Percebe-se que as discussões que estão sendo realizadas dentro das escolas,
originam-se das lutas do povo brasileiro e suas necessidades geradas pela
globalização, avanços científicos e a nova realidade social que embora se
alicerçando em novas concepções de sociedade, ser humano, escola, avaliação,
entre outras dimensões, contrapõe-se com as necessidades básicas dos brasileiros
e brasileiras, que são moradia, assistência médica, alimentação adequada, entre
outras, não sendo muito diferentes da família brasileira há 20 ou 10 anos atrás.
Foi pela reflexão no interior dos diversos segmentos sociais que as Diretrizes
Curriculares estão sendo elaboradas, considerando-se que os Professores e
Professoras estão aprendendo fazer as reflexões necessárias, pois na maioria dos
cursos superiores, não se contempla o exercício da reflexão, pois estes são lineares
e seqüenciais não oportunizando a autonomia da reflexão, salvo os cursos
específicos como Pedagogia, Sociologia, Filosofia.
O norteamento das práticas pedagógicas através de um currículo mínimo se faz
necessário para não se perder de vista as especificidades da escolarização básica
sem esquecer que ao se falar de globalização, também esta se falando de preparar
melhor o cidadão para atender os interesses dos proprietários dos meios de
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Respeito as nossas raízes e à diversidade
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produção (segundo a ótica dos proprietários dos meios de produção).
Na atual reflexão das Diretrizes Curriculares esta se delineando de maneira
mais clara e critica o perfil dos alunos e das alunas inseridos num contexto de
conflitos e contradições da sociedade, porém desvelando-se os instrumentos de
poder da ideologia dominante e instrumentalizando-se os educandos para sua
prática social com sucesso.
Sendo assim, cada escola deve discutir sua realidade social, articulando-se o
trabalho de todos num projeto educativo e na elaboração de uma proposta curricular
coerente com as necessidades dos cidadãos.
Nesta nova abordagem, os temas da vida cidadã e de interesse da comunidade
estarão expressos na proposta curricular da escola, pois cada vez mais a escola
esta sendo chamada para atender os interesses da família e da sociedade.
Nesta reflexão, os conteúdos selecionados serão desenvolvidos na escola,
articulando-se com a vida prática dos educandos proporcionando entendimento da
realidade e aplicação prática dos conhecimentos, embasamento científico teórico
necessário para a continuação dos estudos.
Entretanto, aos educadores cabe a tarefa de forjar seu caminho junto com os
educandos, enfatizando que são seres contextualizados, com referências distintas,
porém objetivando metas comuns.
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Respeito as nossas raízes e à diversidade
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Segundo o Estatuto do menor e do adolescente, quanto mais cedo se inicia o
processo de educação, maiores possibilidades o indivíduo terá de estimular sua
inteligência e, em consequência, incentivar todo o processo de aprendizagem.
Também está comprovado que, se carências proteicas atingirem o ser humano
no período de seu desenvolvimento, toda a sua estrutura física e intelectual será
profundamente prejudicada interferindo na possibilidade de uma vida plena.
A instituição escolar como um todo deverá proporcionar aos alunos, para
promovê-los a uma vida cidadã: Educação e saúde, integrando esporte, lazer,
alimentação, assistência médica, atividades lúdicas são os direitos assegurados
para torná-los cidadãos íntegros e capazes.
Se forem atendidos com esses direitos apenas uma parcela da sociedade, por
certo ao outro segmento restarão muitas dificuldades pessoais com as reduções de
realizações próprias e diminuindo inclusive a contribuição ao país; gerando
conturbações individuais e sociais que podem ser muito graves, interferindo na
segurança e na ordem das comunidades.
Ainda segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 53,
estabelece como direito legal da criança e do adolescente “a educação, visando o
pleno desenvolvimento de sua pessoa, o preparo da cidadania e qualificação para o
trabalho”, em outras palavras, temos na lei as garantias, porém, na prática e
violência e o abandono são constantes na vida da maioria dos jovens brasileiros,
pois o Brasil é imenso, as ações voltadas aos jovens para inseri-los nas
comunidades ou são insuficientes, inadequadas, ou carecem de recursos
financeiros, ou ainda não se existe, motivação para amparar a criança e o
adolescente brasileiro na prática.
Em síntese tomando por base a Constituição, os direitos constitucionais que
estão especificados nos artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente, são
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Respeito as nossas raízes e à diversidade
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também responsabilidades das instituições que são forças educativas da sociedade
para o desempenho da tarefa de formar cidadãos conscientes e que interagem com
o meio em que vivem.
A alfabetização é o caminho necessário e básico para que o indivíduo possa
atingir a compreensão exata de suas condições e possibilidades, o que justifica o
interesse e as medidas para erradicar o analfabetismo e os esforços para
universalizar o Ensino Fundamental.
O domínio da técnica de ler e escrever constitui apenas uma etapa, que já deve
vir acompanhada de compreensões paralelas, com os quais o indivíduo vai
formando estruturas mentais flexíveis, capacitando-o a grandes descobertas
individuais e sociais.
Muitas crianças e adolescentes têm, no ingresso à escola, sua primeira
oportunidade de absorver princípios de cidadania, com a possibilidade de viver as
mesmas experiências dos demais, onde todos enfrentam limitações e usufruem
sucessos e benefícios, convivendo com a desigualdade da sociedade, que pretende
ser igualitária respeitando a dignidade de cada um.
O processo pedagógico, tendo por objetivo a educação global, é um caminho
onde variadas experiências, incluindo medidas de revisão da aprendizagem que não
foi assimilada, formam um cidadão consciente do que pode, do que deve; um
cidadão consciente de seus deveres e livre para tomar a decisão mais acertada,
sabendo que, caso tome a decisão errada, deve enfrentar as conseqüências
decorrentes, refazendo sua postura e assumindo responsabilidades. Por outro lado,
a família e o Poder Público também são chamados a assumir o cumprimento das
medidas necessárias à reeducação da criança ou do adolescente, com o fim de
reintegrá-la socialmente.
O Colégio Estadual Francisco Neves Filho, propõe-se a aplicar os itens
contidos nos artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente que se referem à
Instituição Escolar enquanto educadora para a cidadania.
Partindo do princípio de que a instituição é formada por todo um conjunto de
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Respeito as nossas raízes e à diversidade
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pessoal que nela estão envolvidos, sendo diretores, pedagogas, funcionários,
professores, os próprios alunos e até o currículo, diz-se que a escola constitui a
força dinamizadora da formação do indivíduo.
Para a nossa escola, o aluno é sempre o nosso ponto de partida e de chegada,
ele é para nós a causa, o objetivo maior da escola existir.
A escola procura atender a criança e adolescente analisando o contexto social,
o meio de onde vem. O ser humano é um produto inacabado e principalmente
nosso aluno que está em fase de formação em toda a sua estrutura pessoal e social.
Portanto, a escola se propõe a reeducar através de projetos, metodologias
diferenciadas para serem aplicadas justamente nos casos mais difíceis, quando
parecem sem solução, aquelas crianças que quando chegam à escola trazem uma
bagagem social repleta de problemas, muitas vezes oriundos da violência,
desemprego, falta de moradia digna, famílias desestruturadas, etc.
O papel desta instituição é fazer com que o resgate da cidadania seja um fato
real.
Despertando nosso aluno para o lado lúdico do auto-conhecimento, da auto-
estima, enfim fazendo com que os casos complicados que chegam à escola não
sejam devolvidos para a sociedade do mesmo jeito que chegaram, mas sim através
de um trabalho diferenciado com afetividade, esses alunos sejam capazes de
experimentar com dignidade sua prática de vida.
O objetivo proposto é o de fazer com que o aluno ao entrar na escola seja
estimulado a trabalhar de forma que se sinta em condições de igualdade junto aos
demais colegas. E ao sair tenha condição de enfrentar e vencer desafios, lutando
por seus direitos, mas sendo cumpridores de seus deveres.
Como fazer?
Através do comprometimento do corpo docente da escola, olhando com
carinho cada aluno, se inserindo na vida deste, para poder melhor
trabalhar com ele, evitar medidas punitivas, no intuito de diminuí-lo,
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Respeito as nossas raízes e à diversidade
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colocando-o em situação vexatória, mas com procedimentos apropriados
fazer com que ele pense e repense sobre seus atos, consoante com os
princípios do estatuto da Criança e do Adolescente.
Cabe a escola trabalhar em conjunto e em equilíbrio com toda a
comunidade escolar e os órgãos envolvidos, como o Conselho Tutelar, no
sentido da promoção do aluno enquanto indivíduo contextualizado, dando
condições aos educandos de desenvolverem-se enquanto cidadãos,
respeitando-os como tais.
Aos professores cabe, ao constatar os problemas que estejam ocorrendo
com alguns de seus alunos tomar a decisão que melhor se aplique a cada
caso e não tendo sucesso encaminha-se as professoras pedagogas. Em
último caso leva-se ao conhecimento do Conselho Tutelar e aos Órgãos
competentes e tentar todas as medidas para que o aluno fique na escola e
torne-se cidadão consciente de seu papel na sociedade, tais como:
Promover palestras com temas específicos dos problemas mais
constantes na escola, como: o uso de drogas, sexualidade, gravidez,
doenças sexualmente transmissíveis, AIDS, etc.
Desenvolver projetos que promovam a integração de todos e o
envolvimento de pais e comunidades, entre estes, continuar com o Túnel
do tempo e ainda elaborar projetos de participação em esportes variados.
Levar os alunos mais problemáticos para conhecer outras realidades,
outros Centros de Educação, escolas, etc.
Através de filmes educativos, teatros, poesias, relatos de fatos reais,
conscientizar os alunos da relevância da atitude de cada um.
Levá-los a participar dos eventos promovidos pela SEED, a fim de que se
sintam valorizados, despertando o interesse em assuntos variados de
acordo com as disciplinas.
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Respeito as nossas raízes e à diversidade
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HORA ATIVIDADE
A instituição da hora-atividade está amparada na LDB 9394/96, em seu artigo
13 que diz que os docentes devem incumbir-se de ministrar os dias letivos e horas-
aulas, além de participar do planejamento e das demais atividades inerentes à
escola. Sobre a hora-atividade, o artigo 67 diz que: “Os sistemas de ensino
promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes,
inclusive nos termos dos estatutos, e dos planos de carreira do magistério público
[...] V: período reservado a estudos, conforme cada planejamento e avaliação,
incluído na carga horária de trabalho”.
A instituição desse tempo para os docentes prepararem suas aulas, estudarem,
fazer a correção de atividades realizadas pelos alunos, atendem uma reivindicação
do corpo-docente: um mínimo de tempo dedicado à sua carreira, que não seja o
tempo que tira freqüentemente de lazer, de sua família, entre outros.
Como se sabe, o tempo é uma construção humana e social que deve ser
aprendida e interiorizada e um dos tempos sociais é o tempo escolar que se constitui
também um fato cultural escolar. Nesse sentido, cada escola, conforme sua
dinâmica de trabalho define como será utilizada, e qual horário será o da hora-
atividade. Como principio a hora-atividade deve ser distribuída de forma a favorecer
o trabalho coletivo dos professores, que atuam nas mesmas séries, por área de
conhecimento, ou ainda, que favoreçam o trabalho interdisciplinar, pôr outro lado,
uma parte dos professores de nossa escola trabalha também em outras escolas,
fato que dificulta a distribuição das horas atividades, pensando num trabalho
coletivo.
Na medida do possível, as escolas tem tentado colocar a hora-atividade
realidade escolar, o que nem sempre significa que atenda os interesses dos
professores e, para que isso aconteça, ainda é preciso uma maior reflexão pôr parte
dos professores em utilizar o mais produtivamente suas horas-atividades. A maioria
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dos professores ainda trabalha de forma isolada, até por condição específica da
escola, não conseguindo colocar os professores afins no mesmo horário,
configurando-se em reivindicações da categoria por um número maior de hora-
atividade.
Desta forma, considerando as dificuldades e formas de avanço, o Colégio
Estadual Francisco Neves Filho – Ensino Fundamental e Médio tem como proposta,
a equipe pedagógica e direção acessar aos professores material teórico
metodológico para reflexão e aprofundamento dos temas que o corpo docente
necessita.
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Respeito as nossas raízes e à diversidade
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PLANO DE FORMAÇÃO DOCENTE CONTINUADA:
A formação permanente deve ser considerada como um dos elementos
relevantes da proposta pedagógica, cujo objetivo é potencializar a reflexão e a
elaboração das equipes sobre a prática.
Organizar e gerir o ensino, baseando-se na reflexão e tomada de decisões
conjunta dos professores, implica numa política de explicitar e enfrentar os
problemas da equipe como norma de atuação profissional. É uma postura que
oferece o desenvolvimento profissional, pois tem como objetivo o aperfeiçoamento
da prática educativa e o crescimento profissional.
A escola com contexto de formação vai planejar as atividades de acordo com
as necessidades de seus profissionais, que implicará em formas e conteúdos
variados.
Algumas possibilidades:
• Grupos de estudo e seminários sobre L.D.B. com o objetivo de ler, analisar,
interpretar e contextualizar as idéias ali contidas para sua realidade.
• Análise e interpretação do projeto pedagógico pela equipe.
• Colegas de uma mesma série ou da mesma área, ou da mesma disciplina,
discutem um projeto, um tema, conteúdos, tipos de atividades.
• Convite a outras escolas para apresentação e discussão dos seus projetos
pedagógicos.
• Seleção e elaboração de material didático, discussão sobre formas de utilização.
• Grupos de estudos com perspectivas também terapêuticas e de construção de
filosofia de vida.
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CONSELHO ESCOLAR
O Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado como lei nº. 10.172 de
09/01/2001, destacou a democratização da gestão do ensino público, salientando-se
a participação dos profissionais da educação na elaboração do Projeto Pedagógico
da escola e a participação escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
No Brasil, a criação e a atuação de órgãos de apoio, decisão e controle público da
sociedade civil na administração pública têm um significado histórico relevante.
Todos os espaços conquistados derivam das lutas do povo pela democratização da
sociedade.
O Conselho Escolar tem o papel importante de contribuir para a elaboração das
políticas educacionais que orientam as práticas educativas de cada escola, bem
como a deliberação sobre questões político-pedagógicas, administrativa e financeira,
também contribuem para a criação de um novo cotidiano escolar, através da
vivência de novas práticas e conceitos pedagógicos reelaborados à luz das reflexões
desse momento pelo qual as Escolas passam.
Nesse sentido, a reelaboração do Projeto Político Pedagógico é algo complexo
e que não se realiza com facilidade e rapidez, pois a comunidade e a escola são
realidades complexas, mas que dependem uma da outra para sobreviver, e esse
confronto vem acompanhado geralmente de conflitos e contradições. Nesse ponto é
que entra o papel do Conselho Escolar tentando aproximar da melhor forma possível
a diversidade de pensamentos que se confrontam diariamente.
Em todo esse processo, deve-se ter clara a importância de conhecer os alunos
e suas famílias, os funcionários, o corpo docente, os vários segmentos da sociedade
para poder explicitar perguntas como: “Como a escola está trabalhando para atender
a expectativa da sociedade? Quais os dados relativos ao desempenho escolar?
Como está a atuação da família do estudante? Entre outras”.
É com a compreensão da natureza essencialmente político-pedagógica dos
Conselhos Escolares, que estes devem deliberar, e também sobre a gestão
administrativo-financeira da escola e suas especificidades. …........ ..45
Respeito as nossas raízes e à diversidade
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Quando for o caso, O Conselho pode ter uma forma mobilizadora, buscando e
promovendo a participação de forma integrada de todos os segmentos
representativos da escola e da comunidade local para juntos debater e abrir
caminhos para evitar a evasão escolar, para citar apenas um exemplo.
Dessa maneira, a atuação do Conselho Escolar vem coroar os esforços por
uma escola cada vez mais democrática.
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CONSELHO DE CLASSE
Em função do processo de mudanças que atualmente as escolas vêm
passando no Brasil, em que as concepções estão sendo atualizadas para atender as
novas expectativas da sociedade, o Conselho de Classe também vem
implicitamente mudando. De um mero espaço onde professores e professoras
falavam somente da nota e se o aluno atingiu ou não a média. Atualmente se
configura como um importante espaço de troca e reflexões sobre a intencionalidade
do ato pedagógico.
Fala-se muito em política educacional, mas não se tem consciência de que se
faz política a todo instante, em nosso próprio ambiente de trabalho, tanto
professores, funcionários, como alunos fazem suas opções por um determinado
conteúdo, por uma determinada atitude, por uma determinada forma de tratar os
colegas de classe.
Nesse sentido, ao se adotarem determinadas posturas no Conselho de Classe,
está se fazendo política a favor ou contra uma educação de qualidade, em outras
palavras, os critérios utilizados para avaliação dos alunos sinalizam a política
educacional adotada na escola se é de inclusão ou exclusão. Geralmente os
professores, os funcionários e os próprios alunos não se apercebem que as opções
que fazem definem as relações pedagógicas que se encaminham para um projeto
político educacional transformador ou não coincidentemente certas decisões
pedagógicas marcam os alunos tanto para o mal como para o bem.
Os novos paradigmas que têm orientado as discussões atualmente, procuram
iluminar todas as questões que subjazem no Conselho de Classe, como critérios
avaliativos, rediscussão do regimento escolar, organizações das turmas,
remanejamento, questões disciplinares entre outras questões igualmente
importantes.
O trabalho cotidiano da escola deriva em grande parte das decisões tomadas
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no Conselho de Classe, pois é um espaço coletivo de troca de idéias, em busca de
soluções alternativas, do debate constante do que surge no cotidiano escolar.
Em nossa escola, estamos tentando novas formas de abordagens, conforme o
novo momento do Projeto Político Pedagógico, considerando que não significa o fim
dos problemas que surgem a todos os instantes na escola, em todas as dimensões:
administrativas, pedagógicas, técnicas, políticas, e sim uma nova forma de
solucionar antigos problemas, gerando dessa forma, atitudes político-pedagógicas
mais conscientes.
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ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS.
As APMFs é o espaço privilegiado para fortalecer a participação da
comunidade na vida escolar, pois o respeito da comunidade pela escola se
consolida a partir de sua aproximação do ambiente escolar. A comunidade pode
contribuir, solicitando, opinando, propondo soluções e assumindo tarefas em
conjunto com o pessoal da escola, sendo, portanto, co-responsável pela
administração da escola.
Quando a APMFs realmente se responsabiliza, assumindo seu papel, ela pode
e deve atuar na melhoria e conservação do prédio escolar, na reflexão do Projeto
Pedagógico da escola, percebendo se ele atende as expectativas da comunidade,
criar estratégias e mecanismos de combate e repetência e evasão escolar, opinando
também sobre os conteúdos escolares entre outras questões.
Outrossim, a intenção de se trabalhar na APMFs revela o grau de maturidade e
o comprometimento da comunidade com o bem comum, por isso mesmo, ela não
deve ser imposta e sim fruto da necessidade da comunidade.
Vivemos um momento de grandes decisões na comunidade escolar, aonde as
concepções vão se resignificando, e entre essas concepções esta a idéia de uma
Associação mais atuante, mais crítica e evolutiva, ultrapassando o estágio de
simples observação do que está escrito na lei, mobilizando-se para uma atuação
mais assertiva, organizando-se a entidade capaz de representar a comunidade
escolar, legitimando seus direitos e deveres, trabalhando de maneira solidária com
os Órgãos Públicos.
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GRÊMIO ESTUDANTIL
Em 1985, por Ato do Poder Legislativo, o funcionamento dos Grêmios
Estudantis ficou assegurado pela Lei 7.398 como entidades autônomas de
representação dos estudantes. Portanto ficou o Grêmio como Órgão organizador
dos estudantes da Escola. É formado apenas para alunos, de forma independente
organizando atividades culturais, desportivas e esportivas, podendo produzir jornais,
organizando debates de interesse dos estudantes e também organizando
reivindicações, tais como: compra de livros para a Biblioteca, fazendo feira de livros
usados, gincanas culturais e representando os alunos em caso de queixa dos
mesmos em relação à escola.
A organização do Grêmio deve ser resultado exclusivo da vontade dos alunos
são eles que devem reconhecer a sua importância, definindo seu perfil, e
organizados dessa forma, exercem papel importante na formação do aluno, devendo
ter reconhecida às dimensões social, cultural e política.
Muitas vezes dizemos que queremos que o aluno tenha vez e voto, mas
quando ele fala nos assustamos com sua maneira agressiva de expressar suas
opiniões. Os adultos se esquecem que os adolescentes se expressam na maioria
das vezes de maneira contestatória, questionando tudo e todos e nesse momento o
educador precisa ter consciência de que é uma característica dos jovens a atitude
desafiante e questionadora.
Outrossim, quando os alunos pedem ajuda aos professores para organizar
algum evento, estes devem ter o bom senso de não assumirem o papel dos alunos
fazendo tudo ou falando tudo, tirando a oportunidade de crescimento e
amadurecimento de atitudes.
Nesse sentido, quando os jovens se organizarem ou solicitarem alguma
orientação na organização do Grêmio Estudantil ou mesmo na manutenção daquele,
há de se ter cuidado de não limitar suas atitudes ou de outro lado, tornar-lhes o
lugar, impedindo-os de exercer sua cidadania enquanto estudantes.
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PROJETO “TÚNEL DO TEMPO”
OBJETIVO GERAL
Contribuir para o resgate da história do Município de São João do Triunfo.
JUSTIFICATIVA
O Município de São João do Triunfo tem nos seus 120 anos de emancipação
política, pouco registro escrito de sua história.
A comunidade escolar do Colégio Estadual Francisco Neves Filho, busca
juntamente com sua população, o resgate da memória viva, tentando se chegar ao
mais real possível do que foi a história dos seus antepassados até os dias atuais.
O projeto começou no ano de 2002, com grande contribuição no processo
ensino-aprendizagem. Através de sua metodologia participativa envolveu toda a
comunidade escolar, e veio ter imensa repercussão na comunidade local e regional,
em acompanhar e reconhecer o “Túnel do Tempo” como uma forma criativa de se
trabalhar a transdisciplinariedade dentro de uma Instituição de Ensino e envolvendo
toda a população.
A intenção deste projeto, entre outras, é direcionar as atividades pedagógicas
para a rede pública estadual e municipal de São João do Triunfo estabelecendo
assim um trabalho conjunto de todos os que participam do processo educativo em
nosso Município.
O projeto “Túnel do Tempo”, é anual e dividido em partes:
• Parte I – Contou a “História de São João do Triunfo e sua ligação com
a agroecologia”, realizado em 12 de julho de 2002;
• Parte II – Deu ênfase ao “folclore de São João do Triunfo” e aconteceu
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nos dias 26 e 27 de setembro de 2002; (ficou evidenciado pelo grande
número de pessoas que passaram pelo “Túnel”, o tempo destinado à visitação era
curto e comprometia o real objetivo que é proporcionar conhecimento e
compreensão da nossa história. Julgou-se então, a necessidade de disponibilizar o
maior número de dias para a visitação pública.
• Parte III – Contou a “História da Madeira e Erva Mate em São João do
Triunfo” transcorrido nos dias 11 e 12 de julho de 2003.
• Parte IV – Trouxe a “História da Saúde em São João do Triunfo”, no
período de 16 a 19 de setembro de 2004.
• Parte V – Com o tema “Educação em São João do Triunfo”, realizado
nos dias 10 e 11 de setembro de 2005 envolvendo toda comunidade
escolar do município;
• Parte VI – Contou a História da Cultura de São João do Triunfo,
acontecendo entre os dias 13 e 15 de julho de 2006.
• Parte VII – Teve como tema “A História da Agricultura no município de
São João do Triunfo”, e realizou-se nos dias 12,13 e 14 de julho de
2007.
• Parte VIII – Realizou-se no período de 01 a 06 de setembro de 2008,
com o tema “História da Agricultura na Humanidade Agrocombustíveis
X Meio Ambiente”.
• Parte IX – Realizado na última semana de novembro de 2009 com o
tema: “Trabalho, Tecnologias e Impactos Ambientais em São João do
Triunfo”.
• Parte X – Realizado na última semana de outubro de 2010 com o tema
“A Música e a Dança em São João do Triunfo”. Este Túnel foi para
comemorar os 10 anos do projeto.
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ESTRATÉGIAS/METODOLÓGICAS
• Pesquisa de campo e bibliográfica;
• Entrevista com pessoas idosas do município que detém conhecimentos
sobre o tema;
• Discussões, debates, estudos;
• Professores em sua disciplina trabalham o assunto/tema proposto,
desde o início do ano letivo;
• Ensaios;
• Construção de cenários, apresentação de trabalhos;
• Utilização dos meios de comunicação: rádio, jornal;
• Utilização de todo o espaço físico do colégio e seus arredores para a
montagem do “túnel”;
• Integração nos grupos de trabalho entre as Equipes Técnica
Administrativa, Técnico-pedagógicas, e Educadores;
• Gravação do “Túnel” em fitas de vídeo e DVDs para utilização em
escolas e bibliotecas.
RECURSOS UTILIZADOS
Humanos
• Professores;
• Alunos;
• Funcionários;
• Pessoas da comunidade;
• Pessoas das repartições públicas.
Materiais
• Vídeo; 53
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• Livros, jornais, revistas, apostilas, foldrs...;
• Fotografias;
• Objetos antigos;
• Vestuário;
• Materiais didáticos (papel, tinta, tesoura, fita adesiva …);
• Madeiras, laminados;
• Bambu;
• Tintas;
• Lonas, serrotes, pregos, martelo … (ferramentas em geral)
PARCEIROS/APOIOS
• AS/PTA – (União da Vitória);
• Secretaria Municipal de Educação;
• Prefeitura Municipal;
• Câmara Municipal;
• Sindicato dos Trabalhadores Rurais;
• Rádio Comunitária FM Vale do Iguaçu.
TOTAL APROXIMADO DE ALUNOS INTEGRANTES DO PROJETO
• Colégio Estadual Francisco Neves Filho.......................960
• Colégio Estadual Professor Argemiro Luiz de Lima.......450
• Colégio de Vila Palmira..................................................360
• Escola Estadual Professora Adelaide W. Prins..............150
• Rede Pública Municipal................................................1450
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TOTAL DE EDUCADORES/AS INTEGRANTES DO PROJETO
Período: manhã, tarde e noite...................................................198
Data: Outubro de 2010
A avaliação do projeto será feita sobre o tema proposto, considerando-se o
interesse nas pesquisas e coleta de dados, em sua sistematização e metodologias
adotadas pelos alunos para apresentação dos trabalhos à população.
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Respeito as nossas raízes e à diversidade
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1- TÍTULO
Saúde e Prevenção nas Escolas: Conhecendo melhor a Sexualidade
2- DIAGNÓSTICO DA REALIDADE SOCIAL
O Colégio Estadual Francisco Neves Filho, através da realização de suas
atividades, tem como meta demonstrar compromisso com a prática educativa
concreta, refletindo uma postura de profissionais críticos, sujeitos de seus atos frente
ao contexto social.
O desenvolvimento do projeto se faz necessário para possibilitar ao aluno a
percepção de que todo conhecimento supõe uma busca, um recriar, uma pesquisa
aprofundada, e tal dimensão se torna presente e real por meio da práxis, da
consciência voltada para o mundo em constante mudança e para a realidade.
Realidade essa, que se apresenta nos mais variados tipos de problemas de saúde
envolvendo os adolescentes, que são a maior parte da clientela. Existe sim a
preocupação, pois percebe-se que ano a ano aumentam os casos de adolescentes
grávidas sujeitas vulneráveis ás DST's (Doenças Sexualmente Transmissíveis). São
necessárias medidas urgentes para coibir esse crescimento. O presente projeto é
mais uma ferramenta que dará suporte para professores, comunidade escolar em
geral e pais para que tenham maior facilidade para abordar o assunto.
3-OBJETIVOS
3.1- OBJETIVO GERAL
Auxiliar os alunos na compreensão sobre a sexualidade e possíveis implicações
possíveis implicações positivas e negativas na sua vida.
3-2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Perceber a importância em se conhecer, para responder com convicção a
pergunta: “quem sou eu?” 56
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• Estimular a auto-estima.
• Estudar conjuntamente com os alunos as DST's e sua prevenção.
• Promover debates a respeito da sexualidade.
• Contribuir para a prevenção da gravidez.
• Promover debates sobre os preconceitos em geral e mais especificamente a
homossexualidade.
• Conscientizar alunos, comunidades escolar e pais sobre a importância da
prevenção das DST's e envolvê-los no assunto sexualidade.
4- PARTICIPANTES ENVOLVIDOS:
Todos os alunos de 6ª e 7ª séries, do turno da manhã, de 12 a 15 anos de idade
(fichas em anexo).
Professora: Deusita dos Santos Tomacheski;
Pedagoga: Marlene Baldelhuk.
Enfermeiras: Ericka Dombroski de Lima e Cleusimara Tumasz, do Departamento
Municipal de Saúde.
5-METODOLOGIA
• Estudos: análise de textos de jornais, revistas e livros paradidáticos, em sala
de aula; relatos de casos verídicos, pelos próprios alunos; seminários,
produção de textos, etc.
• Pesquisas na Internet e em departamentos específicos com dados
estatísticos reais.
• Filmes (documentários e ficção) na TV pendrive, para melhor embasamento.
• Confecção de cartazes para serem distribuídos nos murais da escola.
• Peças de teatro abordando os temas do projeto, escritas e apresentadas
pelos próprios alunos.
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• Palestras com os profissionais da saúde ( relatórios dos alunos e fotos em
anexo).
6- RECURSOS
Materiais:
• Sala de aula
• Biblioteca
• Laboratório de informática
• Retroprojetor
• Vídeo
• TV Pendrive
• Livros e Revistas
• Folders
Humanos
• Alunos
• Professores
• Profissionais do Departamento de Saúde.
•
7- PARCERIAS
A princípio firmamos parceria com o Departamento Municipal da Saúde, que
disponibilizou as enfermeiras: Ericka D. de Lima e Cleusimara Tumasz.
8- CRONOGRAMA
ENCONTROS ENVOLVIDOS METODOLOGIA RECURSOS OBSERVAÇÕES
Março/ 2010 Alunos e professora Deusita.
Apresentação do tema, com base no Guia Saúde e Prevenção nas escolas
Sala de aula; apresentação oral
Todas as turmas de 6ª e 7ª séries do turno da manhã.
Abril/ 2010 Alunos e professora Deusita.
Produção de textos a partir da realidade de cada aluno. Seminário
Sala de aula, produção oral e escrita.
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de apresentação.
Maio / 2010 Alunos e profª Deusita.
Análise de textos de jornais e revistas sobre o tema, produção de pequenas peças de teatro para posterior apresentação.
Biblioteca da escola, biblioteca pública, jornais, livros e revistas.
Junho / 2010 Alunos e profª Deusita.
Filme: “Califórnia” para introdução ás DSTs
Sala de aula e TV pendrive
Mais especificamente sobre a AIDS
Julho / 2010 férias férias férias férias
Agosto / 2010 férias férias férias férias
Setembro/ 2010 Professora Deusita e as enfermeiras Éricka e Cleusimara Participação de todos os alunos do turno da manhã
Palestra com as enfermeiras Éricka e Cleusimara e participação de todos os alunos do turno da manhã, Gravidez na adolescência e DSTs
Folders e Datashow
29 de setembro Profº. Gilsani (do Centro de Apoio ao Adolescente) profª. Deusita e alunos das 6ª e 7ª séries.
Apresentação das peças de teatro e poesias produzidas pelos alunos.Avaliação da profª. Gilsani.
Sala de aula
Outubro/ 2010 Profª Deusita e alunos.
Relatórios produzidos sobre a palestra e apresentados individualmente para toda turma
Sala de aula, caderno e caneta
Surgiram alguns relatos dos alunos onde eles se sentiram à vontade para expor seus problemas e suas dúvidas.
Novembro/ 2010
Alunos e professora
Debate e avaliação do trabalho com participação de todos dando opinião e sugestões.
Sala de aula.
9- AVALIAÇÃO
Ocorreu durante todo o desenvolvimento do projeto, com observação do
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comprometimento dos alunos. Foram atribuídos créditos, ou seja, notas parciais, ás
produções de textos, apresentação de teatro, pesquisa de campo, narrativas orais,
participação nos seminários.
10- FONTES DE PESQUISA
Revista Nova Escola – Era uma vez, é Siri, é Bebê e Corda. Ed. Agosto 2007. Nº
264.
Revista Nova Escola – O Assunto é Sexo. E é Sério. Ed. Agosto 2008. Nº 214.
Site: www.novaescola.org.br
Revista Nova Escola – Gravidez precoce e Cyberbylling, massacre virtual. Ed. Maio
2008. Nº 212.
Ministério da Saúde – Guia para a formação de profissionais de saúde e educação –
Saúde e prevenção nas escolas.
www.ministériodasaúde.org.br
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CURRÍCULO BÁSICO PARA A ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ.
CURRÍCULO BÁSICO PARA A ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ.
Imprensa Oficial, 1990.
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GADOTTI, Moacir e ROMÃO, José E. (org). Autonomia da Escola, Princípio e
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Lei nº 10.639/01/03 e Parecer do Currículo Nacional de Educação/2004. Inserção
dos Conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira nos Currículos
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LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. Cortez: São Paulo, 1990.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo:
Cortez, 2005.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky. Aprendizado e Desenvolvimento. Um
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PADILHA, Anna Maria Lunardi. Práticas Pedagógicas na Educação Especial. São
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Submissão e Rebeldia. São Paulo: T.A. Queiroz, 1993.
PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. São Paulo: Ática,
2004. 61
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