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Recife, 12 de setembro de 2016.
Recife,12 de setembro de 2016.
Recife, 12 de setembro de 2016.
Para escapar da estiagem que abate a região do Araripe, no Sertão do Estado, desde
2012, os produtores de mel fazem a migração forçada de colmeias para outros estados.
O transporte acontece para lugares onde as chuvas são mais frequentes e a florada
satisfatória, fatores que influenciam a produção apícola. Responsável 90% da produção
de mel do Estado, a região produtiva vem sofrendo severamente com os efeitos da seca.
Somente Araripina, que concentra 73% do que é fabricado no polo, viu sua produção
cair de 1.800 toneladas para 70 toneladas entre 2011 e 2012. Apesar de o quadro ser
delicado, projeções apontam para retomada da cadeia aos antigos patamares. De 2004 a
2014, a atividade gerou R$ 71 milhões para a economia de Pernambuco.“A seca tem
dado uma crise grande. Até 2011 chovia acima da média e conseguíamos produzir 10
toneladas por ano. Coma estiagem, caímos para mil quilos. Uma queda brusca”, lamenta
um dos produtores da região, Moacir Rodrigues. Para reverter o quadro, as colmeias de
Moacir percorrem cerca de 700quilômetros até o Maranhão. “O custo para transportar
os 500 enxames chega a ser de R$ 40 mil, repercutindo numa produção de cinco
toneladas de mel”, frisou. Para se ter ideia, em 2011, a produção dele feita no Estado
chegava a 27 toneladas. Assim como Oliveira, o também empresário do ramo de mel
Edmilson de Sousa migra sua produção no intuito de recuperar os índices produtivos.
“A minha é de, atualmente, duas toneladas, bem inferior ao que eu chegava a fazer em
2011, quando produzia 14 toneladas”, comparou. Como os custos para sair de umestado
para outro são altos, Sousa buscou ratear os valores dos gastos com quatro produtores.
Gastaram R$ 11 mil para manter as colmeias por seis meses no estado vizinho. Na visão
do presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Gabriel Maciel, com a La
Niña (fenômeno natural que provoca chuvas no Nordeste e seca no Sudeste)
configurada em60% é possível que a quadra chuvosa esteja mais perto de acontecer e
que essa situação seja revertida. “Estabelecendo esse quadro, a previsão é que a
produção local soerga e comecemos a exportar nos próximos dois anos”, explicou.
Estados Unidos e União Europeia estão na mira da economia local. A venda para o
mercado internacional, contudo, é o maior entrave da atividade. Estado como Piauí, por
exemplo, compra esse mel bruto e exporta de lá para outros mercados, impactando a
nossa balança comercial. “Entretanto, o Estado vem trabalhando para reverter essa
situação. Para atender as exigências legais e conquistar a certificação do Ministério da
Agricultura (Mapa), investimentos foram feitos no Centro Vocacional Tecnológico do
Mel, no município de Trindade. As casas do mel de Bodocó e Ouricuri também
recebem investimentos para revitalização, de modo que, no futuro, emitam o certificado
de Estabelecimento relacionado ao SIF (certificação do Mapa)”, disse Maciel,
ressaltando que 80%dos projetos estão concluídos. As certificações são fundamentais
para efetivar a exportação. Analista do Sebrae em Araripina, Rossana Webster diz que a
iniciativa fará com que o processamento da produção pernambucana seja efetuado aqui
e não precise ir para outras localidades antes de sair do País. “Acontece da seguinte
forma: o mel bruto é enviado para o Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, retornando
para o porto de Suape ou seguindo via Pecém. A ideia é que, após conseguir o selo, o
mel processado aqui entre na pauta de exportação do Estado”, detalha.
Torneiras secas para mais de 65mil pessoas. A barragem de Pão de Açúcar, localizada
em Pesqueira, no Agreste do Estado, chegou ao seu pior quadro. Da capacidade de 30
milhões de metros cúbicos, apenas 0,3% resistem. E a população - que já amargava o
abastecimento de uma única vez por mês - deve enfrentar ainda mais dificuldades. De
acordo com a Compesa, o volume baixo não consegue mais ser captado pela rede,
passando a suprir apenas os carros-pipa. A estimativa é de secar totalmente em45 dias.
Recife, 10 de setembro de 2016.
Os veículos são a única alternativa para levar água ao comércio e residências, com a
esperança na chegada das chuvas. A companhia conta com investimentos emestações e
adutoras, na ordemde R$ 80 milhões, mas que só devem despontar no fim de 2017.
“Hoje contamos com10veículos para atender a cidade, incluindo também as escolas.
Estamos em fase de contratação para dobrar esse número. A frequência de viagens
também será ampliada, passando de duas para quatro vezes ao dia”, explicou o gerente
regional Gilvandro Silva. Segundo o gestor, o quadro de escassez se repete no
reservatório de Afetos, unidade de apoio instalada na mesma cidade. A água
desapareceu por completo do depósito, que contava com 1,5 milhão de litros. “Já
estávamos conscientes de que a situação era crítica. A adutora de Moxotó é uma
importante solução, mas trata-se de uma obra de longo prazo”, ressaltou Silva.
Moradora de Pesqueira, a dona de casa Luzinete Ferreira, 66, lamenta a situação. O
arrocho nas torneiras preocupa e tira o sono. “Já gastamos quase R$ 200 com a compra
de água a cada semana e agora pode piorar. Quem tem poço e vende a água deve cobrar
ainda mais caro”, afirmou. Na cidade, a falta d’água acabou impulsionando uma nova
atividade, atenuando o desemprego. Quem não tem ocupação formal, acaba saindo às
ruas, oferecendo a procura de poços e o enchimento de tonéis. A falta d’agua no Agreste
já foi mostrada pelaFolha de Pernambuco, no último mês, visitando diversas barragens.
O colapso também está presente em municípios como Surubim e Belo Jardim, além de
Sanharó, Tacaimbó e São Bento do Una. Vista como uma alternativa enquanto a
Adutora do Agreste não sai do papel, a Adutora do Moxotó vai possibilitar o
bombeamento de até 450 litros de água por segundo da transposição do rio São
Francisco para 325 mil beneficiados. “Trata-se de uma obra estruturadora que vai levar
água para sete cidades, que ficarão livres do rodízio de abastecimento”, disse o diretor
técnico e de engenharia da Compesa, Rômulo Aurélio de Souza.
Enquanto para alguns setores produtivos do Estado a configuração do fenômeno La
Niña (que provoca chuvas no Nordeste e seca no Sudeste) é sinônimo de redenção após
cinco anos de seca, para outros, sua chegada traz preocupação. Se o fenômeno climático
se concretizar até o fim deste ano e começar a chover na Região, como preveem alguns
Recife, 10 de setembro de 2016.
especialistas, a produção de manga e uva do Vale São Francisco vai perder qualidade.
Esta época do ano é considerada a mais importante para o mercado, porque concentra a
colheita de frutas tipo exportação. Gerente-executivo da Associação dos Exportadores
Hortigrangeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), Tássio Lustoza
explicou que chuvas em grandes proporções, nesta época do ano, trariam uma série de
prejuízos. “Perderíamos tudo que produzimos. Para se ter ideia, 70% da exportação do
Vale é centralizada no segundo semestre e é exatamente nessa fase que colhemos a
melhor uva”, afirmou, destacando que as variedades Crimson e Arra15 são as preferidas
dos europeus, americanos e japoneses. Já de manga, destacou, as que têm mais saída são
as de variedade Tommy, Palmer, Kent e Ataulfo. Nos próximos três meses, a previsão é
que 109 mil toneladas de manga e 20 mil toneladas de uva sejam vendidas para o
exterior. A expectativa é que a comercialização dessas frutas cresça 10% em relação a
2015, movimentando US$ 72 milhões por ano para o mercado de uva e US$ 180milhões
para o de manga, em função da negociação para o exterior. Já o mercado interno deve
movimentar US$ 120milhões pelos produtores de uva e US$ 140 milhões pelos de
manga. Do total produzido no Vale, 22%são direcionados para a exportação e 78% para
dentro do País. Segundo a gerente da Cooperativa de Produtores Exportadores do Vale
do São Francisco (Coopexvale), Jucileide Vieira, chuvas intensas rachariam as uvas,
deixando as impossíveis de exportar. “A última vez que aconteceu isso foi em2008,
quando chegamos a perder a janela internacional”, relembrou. Por enquanto, o efeito
climático ainda não se configurou, tranquilizou a meteorologista da Agência
Pernambucana de Águas e Clima (Apac), Zilurdes Lopes. “Entretanto, há uma previsão
que ele ocorra ainda este ano”, ressaltou. Por outro lado, essa notícia agrada aos
criadores de bovinos, caprinos e produtores de leite de Pernambuco, que há anos vêm
sentido os efeitos negativos da seca em suas atividades. Se a previsão se concretizar, o
Sertão de Pernambuco pode sentir os efeitos já no próximo período chuvoso,marcado
para iniciar em novembro, e o Agreste somente em 2017, quando a quadra chuvosa
recomeça em junho.
Os produtores do setor sucroenergéticode Pernambuco esperammoer cerca de 13milhões de
toneladas de cana na safra 2016/2017, que teve início na maioria das usinas há alguns dias.
Das 16 usinas em atividade no Estado, quatro ainda vão iniciar os trabalhos, e opresidente
do Sindicatoda Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato
Cunha, estima uma produção de 900 mil toneladas de açúcar e entre 320 e 350milhões de
litros de etanol. Ao todo, o setor está empregando 70mil trabalhadores e envolve 50
municípios. Para o Nordeste, a previsão tambémé de crescimento tímido em relação à
moagem de 49 milhões de toneladas na safra anterior. “Não vai haver queda, mas devehaver
umcrescimento tímido por conta da falta de chuva. A chuva vinha de dezembro atémaio,
mas houve uma diminuição em junho e julho na Zona da Mata. No mês de julho, choveu
cinco vezes menos do que no ano passado em alguns lugares”, analisouCunha. Opresidente
do Sindaçúcar também afirmou que o interesse na produção do etanol continua menor em
relação ao açúcar devido ao bompreço do grão e à necessidade de maior regulação
domercado que promova competitividade ao combustível. “O etanol está deprimido em
termos de preços e competitividade, necessitando da Contribuição de Intervenção de
Domínio Econômico (Cide), que precisa ter umcaráter ambiental. O combustível que traz
um ônus ambiental precisa ser taxado”, acrescentou se referindo à gasolina, que sofre
incidênciado tributo. Acompetitividadedoetanol tem sido motivo de reclamações dos
produtores constantemente. Na próxima quintafeira, o Sindaçúcar vai ao Rio de Janeiro
participar de um encontronaAgênciaNacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP) para se queixar da intenção do órgão em revogar a resolução 58 de 17 de outubro de
2014, que proíbe a importação de etanol por parte de distribuidoras. “Essa liberação vai de
encontro com a política demanutenção de empregos no Nordeste e a arrecadação através de
impostos”, disse. “Ultimamente, no País, tem uma certa prática de importar
combustível,mas uma coisa é importar gasolina e diesel, outra coisa é fazer isso como
etanol. Não faz sentido que um País, que produz 30 bilhões de litros de etanol e chega a
exportar 1,2 bilhão, passar a importar etanol”, completou.
Recife, 10 de setembro de 2016.
10/09/2016
CANAVIEIROS/AS MOVIMENTAM A ZONA DA
MATA, NESTE DOMINGO, DURANTE
APROVAÇÃO DA PAUTA DE REIVINDICAÇÃO
DA 37ª CAMPANHA SALARIAL
Os Sindicatos dos Trabalhadores e das
Trabalhadoras Rurais dos municípios da Zona da Mata irão receber centenas de
assalariados/as rurais, neste domingo (11), para leitura e aprovação da Pauta de
Reivindicações, que será negociada, com a classe patronal, durante a 37ª Campanha
Salarial dos Canavieiros e Canavieiras 2016/2017.
Dentre as cláusulas econômicas propostas, destacam-se o salário de R$ 1.100, piso de
garantia de 20% sobre o salário mínimo de 2017 e cesta básica de R$ 100. Já entre as
cláusulas sociais, estão a contratação de mulheres e uma alimentação diga no local de
trabalho.
Com o objetivo de garantir a data-base da categoria, que é em 1º de outubro, após a
realização das assembleias, a classe patronal será notificada, para que ocorra o
agendamento do processo de negociação.
Este ano, além da Fetape, a Campanha Salarial contará com a coordenação da
Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Pernambuco
(Fetaepe).
O processo
A proposta da pauta de reivindicações foi construída durante o 23º Congresso dos
Delegados e Delegadas Sindicais da Zona da Mata e do 1º Encontro dos Assalariados e
Assalariadas Rurais da FETAEPE, nos dias 20 e 21 de agosto, em Carpina, por cerca de
300 trabalhadores/as rurais e dirigente sindicais.
12/09/2016
Fenômeno climático ameaça produção de frutas
no Vale do São Francisco
Enquanto para alguns setores produtivos
de Pernambuco a configuração do fenômeno La Niña (que provoca chuvas no Nordeste
e seca no Sudeste) é sinônimo de redenção após cinco anos de seca, para outros sua
chegada traz preocupação. Se o fenômeno climático se concretizar até o fim deste ano e
começar a chover na região, como preveem alguns especialistas, a produção de manga e
uva do Vale São Francisco vai perder qualidade. Esta época do ano é considerada a mais
importante para o mercado, porque concentra a colheita de frutas tipo exportação.
Gerente-executivo da Associação dos Exportadores Hortigrangeiros e Derivados do
Vale do São Francisco (Valexport), Tássio Lustoza explicou que chuvas em grandes
proporções, nesta época do ano, trariam uma série de prejuízos. “Perderíamos tudo que
produzimos. Para se ter ideia, 70% da exportação do Vale é centralizada no segundo
semestre e é exatamente nessa fase que colhemos a melhor uva”, afirmou, destacando
que as variedades Crimson e Arra15 são as preferidas dos europeus, americanos e
japoneses. Já de manga, destacou, as que têm mais saída são as de variedade Tommy,
Palmer, Kent e Ataulfo.
Nos próximos três meses, a previsão é que 109 mil toneladas de manga e 20 mil
toneladas de uva sejam vendidas para o exterior. A expectativa é que a comercialização
dessas frutas cresça 10% em relação a 2015, movimentando 72 milhões de dólares por
ano para o mercado de uva e 180 milhões de dólares para o de manga, em função da
negociação para o exterior. Já o mercado interno deve movimentar 120 milhões de
dólares pelos produtores de uva e 140 milhões de dólares pelos de manga. Do total
produzido no Vale, 22% são direcionados para a exportação e 78% para dentro do País.
Segundo a gerente da Cooperativa de Produtores Exportadores do Vale do São
Francisco (Coopexvale), Jucileide Vieira, chuvas intensas rachariam as uvas, deixando-
as impossíveis de exportar. “A última vez que aconteceu isso foi em 2008, quando
chegamos a perder a janela internacional”, relembrou. Por enquanto, o efeito climático
ainda não se configurou, tranquilizou a meteorologista da Agência Pernambucana de
Águas e Clima (Apac), Zilurdes Lopes. “Entretanto, há uma previsão que ele ocorra
ainda este ano”, ressaltou.
Outro lado Por outro lado, essa notícia agrada aos criadores de bovinos, caprinos e produtores de
leite de Pernambuco, que há anos vêm sentido os efeitos negativos da seca em suas
atividades. Se a previsão se concretizar, o Sertão de Pernambuco pode sentir os efeitos
já no próximo período chuvoso, marcado para iniciar em novembro, e o Agreste
somente em 2017, quando a quadra chuvosa recomeça em junho. (fonte: Folha PE /foto
reprodução)
12/09/2016
10/09/2016 Novo equipamento permite conhecer o potencial
produtivo da plantação de cana
O novo equipamento foi criado pelos técnicos e especialistas do Instituto Agronômico (IAC) que acabam de apresentar a ferramenta: uma “régua”, capaz de colher informações necessárias para conhecer o potencial da produtividade média de cinco cortes de cana-de-açúcar. Os dados são importantes para orientar o correto plantio de cana-de-açúcar, considerando conhecimentos sobre o perfil varietal de acordo com o ambiente de produção e as práticas de manejo. A novidade nesta ferramenta está nas notas do intervalo de 10 a 20, que compõem as condições do manejo avançado. Até então, as “réguas” existentes traziam informações com notas até 10. O novo recurso resulta de 13 anos de estudos de solos e ambientes de produção em usinas localizadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Maranhão, Pernambuco e Bahia. A nova “régua” é capaz de expressar o potencial dos ambientes de produção de cana no Brasil. A “régua”, será distribuída aos canavicultores, vai mostrar informações sobre o ambiente, classificado de acordo com a expressão da produtividade agrícola. O conceito seis, por exemplo, refere-se à produção de 80 toneladas por hectare, que é a média nos canaviais paulistas, onde é feito o manejo básico. Na régua, as informações são organizadas de acordo com os critérios de manejo básico e avançado da cana-de-açúcar. No básico, estão incluídas as boas práticas agrícolas no preparo e conservação dos solos, incluindo calagem, gessagem e adubação, além de ações para o controle de pragas, doenças e plantas daninhas, e também gestão na escolha da variedade, de acordo com o ambiente e matrizes de épocas de plantio e colheita. Na “régua”, o manejo básico é dividido em ambientes desfavoráveis, médios e favoráveis. O manejo avançado contempla a irrigação plena ou semiplena, a adubação verde, a adição de cálcio na profundidade maior do que a alcançada na gessagem, o uso de vinhaça, torta de filtro e compostagem. Inclui também a fertilização do solo por longo período, no mesmo local onde antes tenham sido plantados soja, feijão, amendoim, milho ou citros, que apresentam efeito residual para a cana-de-açúcar.
12/09/2016 Safra de manga no Vale do São Francisco vai crescer
A safra e exportação de manga no Vale do São Francisco, segundo levantamento dos especialistas, deve crescer 20% se comparada ao colhido no ano passado. A colheita de manga no polo Juazeiro-Petrolina está no início, mas a previsão é de bons resultados. Os agricultores irrigantes dos projetos públicos de irrigação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) estão confiantes de que a safra será 20% maior que a de 2015. A fruta colhida no Submédio São Francisco abastece grandes centros consumidores no Brasil, além de Estados Unidos, países europeus e asiáticos. No ano passado, a produção na região chegou a mais de 308 mil toneladas, atingindo um volume bruto de produção de R$ 401,5 milhões. “Essa previsão de aumento deve-se a estabilidade da cultura. Tínhamos muitas áreas plantadas que ainda não estavam em plena produção, mas nesse ano estão alcançando a sua produção total. Com certeza, em 2017 vamos aumentar mais ainda a produção devido a essas novas áreas”, avalia Valter Matias de Alencar, gerente-executivo do Distrito de Irrigação Maniçoba, localizado em Juazeiro, na Bahia. Os projetos públicos de irrigação de Juazeiro-Petrolina responderam por cerca de 90% da produção de manga nos projetos irrigados da Codevasf em 2015, mas o cultivo da fruta se destaca também nas áreas de abrangência da Companhia em Montes Claros (MG) e Bom Jesus da Lapa (BA), marcando presença em 13 projetos públicos de irrigação geridos pela empresa, além daqueles do Sistema Itaparica – conjunto de dez projetos públicos de irrigação, entre Pernambuco e Bahia, criados pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e administrados pela Codevasf. Juntas, essas áreas produziram, em 2015, cerca de 342,9 mil toneladas de manga, numa área cultivada de 16,3 mil hectares, totalizando um valor bruto de R$ 447,9 milhões.
Para os produtores, outro fator que contribuiu para o aumento da produção foram as condições naturais. “Neste ano, temos um diferencial que é a questão da temperatura. O clima está favorecendo muito a produtividade. No ano passado, devido à seca a manga floresceu, mas não frutificou. Houve muita perda por causa das altas temperaturas”, explica Josival Santos Barbosa, vice-presidente do Instituto da Fruta e produtor no projeto público de irrigação Curaçá, em Juazeiro (BA).
11/09/2016 Brasil quer ampliar o mercado do agronegócio
brasileiro com países asiáticos
Uma comitiva de empresários e produtores brasileiros liderada pelo Ministro Blairo Maggi visitou seis países asiáticos, com o objetivo de ampliar e conquistar novos mercados e atrair investimentos para o agronegócio brasileiro. O principal argumento da missão, é revelar tudo sobre o potencial do Brasil para alimentar o mundo – especialmente a Ásia – e a garantia da sanidade dos seus produtos agropecuários. A viagem ao continente asiático faz parte do esforço do governo federal para elevar de 7% para 10%, em cinco anos, a participação do Brasil no comércio agrícola mundial. “Precisamos aprofundar as parcerias que já temos e conquistar novos destinos para nossos produtos agropecuários. Poucas nações têm tanto a oferecer no setor agrícola quanto o Brasil. Somos vocacionados para a atividade rural e devemos aproveitar isso para gerar mais emprego e renda.” Disse o ministro. Na avaliação de Blairo Maggi, a forma mais rápida de o país sair da crise é por meio do agronegócio. Isso demonstra a importância da missão à Ásia: “A ideia é provocar os mercados, estimulá-los e mostrar que temos coisas para vender e estamos dispostos a comprar também. Como agricultor, entendo que se você não plantar não colhe. Essa visita é um plantio, uma possibilidade. Quem sabe a gente não consegue abrir alguns mercados.”
O grupo de empresários brasileiros do setor agrícola, os secretários de Relações Internacionais do Agronegócio, Odilson Ribeiro, e de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, e o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes, passaram pela China, incluindo Hong-Kong, e participou de seminários, visitas técnicas, reuniões bilaterais e encontros na Coreia do Sul, Tailândia, em Myanmar, no Vietnã, na Malásia e Índia. O objetivo foi procurar negociar a ampliação ou a abertura do acesso a mercados para carnes (bovina, suína e de aves), lácteos, gado vivo, material genético avícola, frutas e matéria-prima para ração.