Transcript
Page 1: Cartão de visita eletrônico

Michael S. RosenwaldThe Washington Post

012345678910

CARTÃO DE VISITA

012345678910

CARTÃO DE VISITA

1

2 3

1

2

3

● Mesmocom appsdecelulareredessociais,o retângulobrancoé cada vezmaisprocurado

VITORIANO

O papel vem sendo substituídopor alternativas digitais com ra-pidez. Mas tem um instrumentonada virtual, cujas origens re-montam à Era Vitoriana, que se-gue firme. E mais: está em alta.

A cadeia de suprimentos paraescritório Staples declarou que ademanda de cartões de visitas su-biu vertiginosamente – cresceudois dígitos em três anos. A Vista-print, empresa de impressão on-line, vende mais cartões de visi-tas do que qualquer outro produ-to. A Office Depot também regis-trou vendas em crescimento.

“Há uma coisa genial com ocartão de visitas: ele desempe-nha uma única função muitobem”, diz Ted Striphas, autor deThe Late Age of Print (A Era Tar-dia da Impressão, Columbia Uni-versity Press) e professor na Uni-versidade de Indiana.

Quase toda a semana surgeum aplicativo para celular com oobjetivo de eliminar esses peque-nos retângulos de papel. Um de-les é o Bump, para iPhone, emque basta tocar um aparelho nooutro para a troca de informa-ções de contato. Facebook eLinkedIn também ajudam as pes-soas a organizar contatos.

Mas o papel tem algo mais ínti-mo e imediato. As pessoas que sededicam a criar alternativas aeles “tentam resolver um proble-ma que ninguém quer que sejaresolvido”, diz Peter Corbett, di-retor-executivo da iStrategyLa-bs, empresa de marketing digitalsediada em Washington.

Peter, um desses viciados emiPhone, não parece um defensorde tecnologias antiquadas comoo cartão de papel. Mas o públicoalvo do cartão de visitas não éformado por executivos da áreade tecnologia. Os cartões são usa-dos por mães para combinar asdatas de reunião das crianças pa-ra brincar,por solteiros,que os distri-b u e m e midas a bares,por desem-pregados embusca de umtrabalho.

Outrosprodutos depapel vêmsendo substituídos porque a ver-são digital é melhor. Kindles eiPads permitem que se carreguepor toda a parte milhares de li-vros. Mas os cartões de visitassão tão ágeis quanto seus concor-rentes digitais – você entrega ocartão e o seu novo conhecidosabe quem você é e como conta-tá-lo. E eles ainda têm algo amais. “Mesmo hoje, as pessoasadoram ver seu nome impres-so”, diz Rob Schlacter, vice-presi-dente de serviços comerciais ede qualidade da Staples.

Quando as pessoas trocam car-tões, transferem mais do que da-dos de contato, passam tambémimpressões e histórias. O cartãode visitas de Peter Corbett é pre-to fosco e não dá para escrevernele. Quando ele dá seu cartãopara alguém, no geral a pessoadiz: “Ei, não consigo escreveraqui”. É a deixa para ele dizerque, quando trabalhou no Japão,percebeu que era falta de educa-ção escrever alguma coisa numcartão de visitas.

“O cliente fica sabendo umpouco mais a meu respeito”, dizele. “Acho que hoje as pessoassão mais visuais. Posso não melembrar exatamente o nome dealguém, mas acabo me recordan-

do do cartão que ela me deu, ti-nha uma árvore verde e fundoazul. Então, procuro e encontroexatamente aquele, com a árvo-re verde. Daí é só ligar. Isso não épossível com um aplicativo”.

O Bump oferece uma nova for-ma de interação social – o cho-queentre telefones. Mas a manei-ra como está sendo usado indicaque há algo estranho. Segundouma porta-voz da companhia

que desenvolveu o aplicativo, otráfego – são 20 milhões de usuá-rios – cai no meio da semana eaumenta nos fins da semana, su-gerindo que o seu uso, na maiorparte, não tem fins comerciais.

O irônico da sobrevivência docartão de visitas é que ela, na ver-dade, só foi possível graças à tec-nologia. Muitos empresáriosque ainda valorizam a troca decartões escaneiam detalhes do

cartão de visitas e transferem pa-ra seu arquivo de contatos nocomputador. Existem até aplica-tivos dos smartphones que esca-neiam os cartões e extraem infor-mações. “Não sou inimigo do car-tão de visitas”, disse PatrickQuestembert, desenvolvedordo ScanBizCartds para o iPhone.“Ele continuará existindo aindaum longo tempo”.

Os avanços no campo da im-

pressãodigital e baratearam a im-pressão de cartões de visita pro-fissionais. A Vistaprint oferececartões de visita grátis em trocade um anúncio no seu verso. Me-gan Tracy Benson, dona de casa,aceitou a oferta e agora vive dis-tribuindo cartões para as amigasno playground. “Eu escrevia osendereços em pedaços de papelque sempre perdia”. /TRADUÇÃO

TEREZINHA MARTINO

N ão é sempre que isso aconte-ce, mas tem um produto novona praça que dá um banho emseu equivalente da Apple.

É a GoogleTV.GoogleTV é um software que qual-

quer empresa pode instalar em uma cai-xa que se conecta à televisão. A primei-ra, que saiu na semana passada, é da Lo-gitech. Ainda neste mês deve sair outra,fabricada pela Sony.

A caixa se liga a todo o sistema audio-visual da casa. DVD, Blu-ray, cabo, some internet, seja com fio ou Wi-Fi. Daí,gerencia a conversa entre o maquinário.Assim como um smartphone, tem apps,aplicativos. O da CNBC, um canal pagode noticiário econômico popular nosEUA, abre numa tela a imagem da TV

enquanto permite ao usuário que nave-gue pelos indicadores, dê uma checadaem quanto anda a Bolsa.

GoogleTV deixa pesquisar na progra-mação televisiva através de uma caixade busca igualzinha à do site. Ela gravano HD a programação que o usuário in-dicar. Se os sites dos canais forem adap-tados – o da HBO, por exemplo, já foi – épossível clicar em um link e assistir aoprograma em questão.

Para esportes, é estupendo. Um bomaplicativo permite que se assista ao jogoenquanto os números de toda a rodadapodem ser analisados minuciosamen-te. O da NBA, Associação Americana deBasquete, já é assim.

E logo, logo, dá para imaginar o site deum jornal incluindo na matéria um link

que já dispara a gravação de um progra-ma. Ou apenas para fazer a caixa alertaro espectador no momento em que eleiniciar. De quebra, ao menos lá no he-misfério norte, ainda é possível alugar

filmes pela Netflix, a mais popular loca-dora dos Estados Unidos. Ou comprarmúsica via Amazon.

E, posto que é coisa do Google, o celu-lar que roda o sistema operacional An-droid serve de controle remoto para to-das essas funções.

A AppleTV poderia ter sido assim.Aliás, a expectativa era de que seria. Elapermite aluguel de filmes, se integra aoiTunes e iPod Touch, iPhone ou iPadpodem servir de controle remoto. Masnão se integra ao DVD, nem ao tocadorde Blu-ray, quanto mais ao cabo. E, prin-cipalmente, não tem aplicativos.

Apps são chave. E apps seriam possí-veis. A AppleTV roda o mesmo sistemado iPhone e do iPad. A decisão de ex-cluir os apps é artificial e visa protegeras operadoras de TV paga e empresas detelecomunicações.

Com um aplicativo, qualquer um po-de produzir vídeo com qualidade e colo-car direto na sua TV. Os estúdios de ci-nema podem dispensar o atravessador– uma HBO da vida – e levar seus filmesdireto ao consumidor. E a própria HBOtem liberdade de vender seu conteúdopróprio sem precisar dar um tostão pa-ra a operadora de TV a cabo.

Quem produz conteúdo sai ganhan-do. Quem repassa, o distribuidor, ganhaum problema.

Ainda não há notícia de quando a Goo-

gleTV estará disponível no Brasil. Já jácomeça a entrar por Cumbica ou peloGaleão loucamente, nas malas de quemvai e vem de Nova York, Miami ou Te-xas. Funcionará mais ou menos, já quepara muita coisa um cartão de créditoamericano será necessário. Mas, assimcomo acontece com a loja iTunes da Ap-ple, o brasileiro sempre arranja um jeitode se integrar ao mundo altamente tec-nológico lá de fora.

Temos, no entanto, um mercado fe-chado a este tipo de novidade. De legal,no Brasil, persistirá apenas o CD e o Blu-ray, além de umas poucas gravadoraspequenas e ousadas que vendem por do-wnload. Nosso conteúdo audiovisualpersiste amarrado ao século 20 enquan-to o mundo segue em movimento.

Tecnologia funciona assim: se blo-queia demais, encontra-se um atalho.Sempre. E assim será.

link

Novoroundentre AppleeGoogledefiniráo futuroda TV

RESISTÊNCIAA demanda peloscartões de papel

só cresce

Com oaplicativoBump, bastabater o celularem outro paraque dados decontato sejamtransferidos

CADÊ? O talcartonário nãoestá sempreà mão

TINTA As pessoasadoram ver seusnomes impressos

DE CABEÇA O visual docartão pode ajudar alembrar o nome da pessoa

MEMÓRIA Além dedados de contato, eletraz a lembrança dequando foi entregue

A revolução digital eliminou muitosprodutos de papel. Mas o modestoretângulo de 8 x 5 cm é cada vez maispopular

PASTA É precisoter um cartonáriopara guardá-los

http://blogs.estadao.com.br/pedro-doria/

RIVAISApps e redes

sociais queremsubsituí-los

Asobrevidadocartãodevisitas

ACIDENTESCartão pode seperder, amassar,rasgar, molhar

DEFESA

iPhone

ACUSAÇÃO

Cartão de visita

SEM FUNÇÃOSistema desafiaos distribuidores

Cartucho HP 21B C9351 preto

3x 8,30sem juros

nos cartões Extra (0+3)A vista 24,90

Cartucho HP 60B CC636WL preto

3x 8,30sem juros

nos cartões Extra (0+3)A vista 24,90

Cartucho HP 92 C9362 preto

3x 11,63sem juros

nos cartões Extra (0+3)A vista 34,90

Cartucho HP 75 - tricolor

3x 15,97sem juros

nos cartões Extra (0+3)A vista 47,90

OFERTASVÁLIDAS

PARA O DIA

11/10/10

Fotos

mer

amen

te ilu

strati

vas.

Ofertas válidas para o dia 11/10/2010 ou enquanto durarem os estoques. Após essa data, os preços voltam ao normal. Verifique a disponibilidade dos produtos na loja mais próxima. Garantimos a quantidade mínima de 5 unidades de cada produto por loja emque ele esteja disponível. Para melhor atender nossos clientes, não vendemos por atacado e reservamo-nos o direito de limitar, por cliente, a quantidade dos produtos anunciados. Planos de pagamento nos cartões de crédito Extra: em 3x (0+3) sem juros (válidosomente para os produtos anunciados neste plano), somente nos Cartões Extra. As parcelas serão debitadas na data de vencimento do cartão de crédito do cliente. Pagamento a vista pode ser feito em dinheiro, cheque, cartão de débito ou com os cartões de créditoMasterCard, Diners Club, Visa, Redeshop (crédito), American Express, Aura, PoliCard, Total (aceito somente nas lojas de Campinas), Sorocred (aceito somente nas lojas de Araraquara, Campinas, Carapicuíba, Itatiba, Itu, Mauá, Mogi das Cruzes, São Carlos, Sorocabae Baixada) ou Vale Shop. No site www.extra.com.br, as ofertas e formas de pagamento podem ser diferenciadas. Consulte condições para pagamento com cheque na loja. Fica ressalvada eventual retificação das ofertas aqui veiculadas.

(1)Ver

ifique

sempre

se a c

idade

de o

nde v

ocê es

tá fala

ndo

p

ermite

ligaçõe

s sem

o códi

go

de op

erador

a, liga

ndo

dire

tament

e 4003

-0363.

Capita

is e re

giões

metro

politan

as:

4003-

0363 c

usto d

e uma

ligaçã

o

local

+ im

postos

. Dem

ais

local

idades

: 0XX11

4003-

0363

custo

de um

a ligaç

ão inte

rurban

a

para

São P

aulo

(cap

ital) +

impos

tos.

Ofertas válidas para as lojas Extra Hipermercados de São Paulo.Não são todos os produtos que estão disponíveis para as lojas Extra Hipermercados, podendo variar de acordo com o estoque e sortimento de cada loja. Consulte a loja mais próxima.

ONDE

:

CARTUCHOS ORIGINAIS HP. NO EXTRA A PARTIR DE R$ 24,90.OS CARTUCHOS ORIGINAIS HP IMPRIMEM 2X MAIS QUE OS REMANUFATURADOS OU PARALELOS.

NAVEGARIMPRECISO

A RESISTÊNCIA

Pedro [email protected]

do papel AR

TE

:FLÁ

VIA

MA

RIN

HO

%HermesFileInfo:L-7:20101011:

O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 11 DE OUTUBRO DE 2010 link L7

Top Related