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CARTA DE PRINCÍPIOS ESCOLARES PARA UM MUNDO SUSTENTÁVEL
Em face do evento mundial “Rio + 20”, nós, professores, diretores, funcionários
administrativos, pais e alunos da comunidade escolar da Rede Municipal de Ensino
Fundamental da Cidade do Rio de Janeiro, oferecemos nossa contribuição para que, a partir
da escola, possamos reconstruir hábitos e valores humanos e, com isso, ajudar a transformar
as sociedades, levando-nos a um mundo efetivamente sustentável sob os aspectos cultural,
econômico, político e social. Em uma única expressão: uma transformação sustentável
socio-ambientalmente. Para tanto, a partir de um fórum realizado em setembro de 2011 e de
discussões que envolveram todas as unidades escolares, construímos 20 Princípios Escolares
para um Mundo Sustentável, os quais propomos que sejam devidamente incorporados às
práticas escolares nos próximos 10 anos. A rede deve instrumentalizar os profissionais de
educação para que seja possível o conhecimento da realidade dos nossos alunos, para efetivar
a sustentabilidade caso escola. A cada um dos Princípios abaixo listados, estrategicamente
pensados, corresponde um conjunto de ações, taticamente propostas, a serem executadas. As
referidas ações seguem em anexo a esta Carta.
Princípio 1
Toda escola deve se comprometer a envolver a comunidade escolar (professores, diretores,
funcionários, pais e alunos), sistematicamente em atividades socialmente responsáveis e
ambientalmente sustentáveis.
Princípio 2
Toda escola deve ser estruturalmente adequada em seus recursos físicos e humanos a fim de se
concretizar projetos e procedimentos vinculados a sustentabilidade.
Princípio 3
Toda escola deve ter disponíveis, na maior medida possível, materiais, equipamentos e
maquinários que tenham sido produzidos por reciclagem ou re-uso.
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Princípio 4
Toda escola deve contemplar, em seu Projeto Político Pedagógico, formulações teóricas e
propostas didáticas que direcionem as ações escolares para um ambiente sustentável.
Princípio 5
Toda escola deve estar aberta aos conhecimentos, propostas e parcerias com instituições
sociais atuantes públicas e privadas, que a ajudem a cumprir os princípios do Projeto Político
Pedagógico, vinculados a idéia de sustentabilidade.
Princípio 6
Toda escola deve ser uma referência cultural, de hábitos e valores sociais, voltados para a busca
de uma sociedade mais responsável e ambientalmente sustentável.
Princípio 7
Toda escola deve servir como um local de construção coletiva de conhecimento para que o
mundo do século XXI se torne, efetivamente, sustentável em todos os aspectos.
Princípio 8
Toda escola deve materializar em seu Projeto Político Pedagógico ações concretas a partir dos
conhecimentos, que construam uma sociedade sustentável que transcenda seus muros físicos e
simbólicos.
Princípio 9
Toda escola deve desempenhar seu papel como agente educativo social, voltando-se para
idéias de cooperação, visando à valorização e universalidade étnica e cultural. Intolerância gera
degradação social e ambiental.
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Princípio 10
Toda escola deve contribuir para que os equipamentos coletivos de vivência, móveis ou
imóveis, no campo ou na cidade, sejam acessíveis a todos. A acessibilidade é uma atitude
socialmente sustentável.
Princípio 11
Toda escola deve atuar no sentido de contribuir para a melhoria da condição humana,
incentivando ações voltadas para o conhecimento, gerador de ações sociais ambientalmente
sustentáveis.
Princípio 12
Toda escola deve manter-se permanentemente aberta à reflexão recorrente de seu currículo, de
modo a dotá-lo de atualidade conceitual.
Princípio 13
Toda escola deve manter-se permanentemente aberta à reflexão de seus procedimentos e
praticas relativas à nova cultura social de sustentabilidades.
Princípio 14
Toda escola deve incentivar ideais e práticas que visem novos padrões de consumo, mais
cooperativos às relações sociais, propondo a reflexão ao consumo responsável, e uma produção
não predatória e ambientalmente sustentável.
Princípio 15
A escola deve estar mobilizada a pesquisar, organizar, discutir e apresentar possíveis
modificações em leis e atos normativos das diversas esferas de governo, articuladas às ações
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pedagógicas, que influenciam na vida do cidadão comum.
Princípio 16
A escola deve se mobilizar para acolher os responsáveis através de encontros que promovam
discussões sobre as reais contribuições que cada um pode dar para uma vida sustentável.
Princípio 17
Toda escola deve ter garantido o direito a recursos técnicos, administrativos, econômicos e
pedagógicos de órgãos governamentais que possibilitem a viabilização da sustentabilidade
enquanto parte planejamento pedagógico.
Princípio 18
A escola deve ser proativa e buscar compartilhar o conhecimento produzido no viés da
sustentabilidade com as outras escolas da rede, trocando experiências, criando um ambiente de
sinergia em práticas sustentáveis.
Princípio 19
A escola deve implementar mecanismos de acompanhamento e avaliação das ações
desenvolvidas nos projetos, validando o conhecimento.
Princípio 20
Toda escola deve se comprometer em rever em um período definido os princípios aqui
relacionados, com o objetivo de avaliar os resultados e reformular ações caso necessário.
Princípio 21
A escola deve elaborar projetos que contemplem a inclusão de pessoas com deficiências
garantindo a participação na comunidade e em seu grupo social.
REPRESENTANTES E/3ªCRE:
- MÁRCIO DA ROCHA FRANCELLINO – 8679 7223 – [email protected]
- MARIA DAS GRAÇAS B P BORGES – 9863 8063 – [email protected]
- WALACE DA SILVA SOUZA – 9290 6157 – [email protected]