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ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C-I
ANEXO C
Avaliao do Risco de Incndio
por Aplicao do Mtodo GRETENER
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Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C-II
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ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C-III
NDICE DO ANEXO C
C1. MTODO GRETENER ........................................................................................ 1
1.1 Introduo .......................................................................................................... 1
1.2 Definies .......................................................................................................... 2
1.3 Exposio ao Perigo e Risco de Incndio .......................................................... 2
1.3.1 Perigos Inerentes ao Contedo ................................................................... 4
1.3.2 Perigos Inerentes ao Edifcio ...................................................................... 5
1.3.3 Medidas de Proteo (N, S e F) .................................................................. 5
1.3.4 Perigo de Ativao A ............................................................................... 7
1.4 Risco de Incndio Admissvel ............................................................................ 8
1.5 Critrio de Segurana Contra Incndio .............................................................. 8
1.6 Caracterizao do Tipo de Edifcio .................................................................... 9
1.6.1 Edifcio do tipo Z (construo em clulas) ................................................. 9
1.6.2 Edifcio do tipo G (construo de grande superfcie) ............................... 10
1.6.3 Edifcio do tipo V (construo de grande volume) ................................... 10
1.7 Desenvolvimento do Clculo ........................................................................... 11
1.7.1 Clculo do Perigo Potencial (P) e Determinao do Perigo de Ativao
(A).. .................................................................................................................. 11
1.7.2 Clculo das Medidas Normais (N) ............................................................ 17
1.7.3 Clculo das Medidas Especiais (S) ........................................................... 18
1.7.4 Medidas Inerentes Construo (F) ......................................................... 20
1.7.5 Perigo de Ativao (A) ............................................................................. 22
1.7.6 Risco Efetivo de Incndio (R) .................................................................. 23
1.7.7 Determinao do Grau de Segurana ........................................................ 23
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Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C-IV
C2. APLICAO DO MTODO GRETENER A TRS EDIFCIOS ..................... 27
2.1 Edifcio: 64603 (Casa dos Videntes Francisco e Jacinta)................................. 29
2.2 Edifcio: 65464 (Edifcio de Utilizao Mista (com Montras de Vidro)) ........ 31
2.3 Edifcio: 96384 (Bar) ........................................................................................ 33
2.4 Anlise de Resultados ....................................................................................... 35
C3. CARGAS DE INCNDIO MOBILIRIAS E FATORES DE INFLUNCIA PARA DIVERSOS USOS .............................................................................................. 38
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ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C1
C1. MTODO GRETENER
1.1 Introduo
O Mtodo GRETENER foi criado em 1965, pelo nome Engenheiro Suo Max
Gretener e destinou-se, numa primeira fase, avaliao de edifcios industriais e
edifcios de grandes dimenses. Em 1968 o corpo de bombeiros Suos recomendou a
sua aplicao para avaliao dos meios de proteo de incndio a qualquer tipo de
edificaes incluindo os edifcios de habitao. [Cunha, Diogo V. F. (2010)]
O Mtodo GRETENER baseia-se na utilizao de frmulas matemticas
integradas com utilizao de tabelas de dados. Baseia-se na anlise do processo do
incndio, determinando os fatores que propagam o desenvolvimento do incndio.
Avalia os riscos de ativao em funo do tipo de ocupao do edifcio e ainda avalia a
contribuio das medidas de segurana para a reduo do risco de incndio, presente
nos edifcios.
Como nota prvia, refira-se que a aplicao do mtodo pressupe a estrita
observao de um conjunto de normas e requisitos de segurana, tais como:
- Distncias de segurana entre edifcios vizinhos, quando exigvel;
- Cumprimento das prescries de segurana relativas as instalaes e equipamentos
tcnicos;
- Medidas de proteo as pessoas (caminhos de evacuao, sinalizao e iluminao de
emergncia, etc.).
de salientar que estas medidas no podem ser substitudas por outras. Em
termos prticos, a metodologia assume que todos estes requisitos se encontram
cumpridos e no so avaliados pelo mtodo.
Ao desprezar o conjunto de normas como por exemplo, a quantidade e dimenso
das vias de evacuao, atendendo ao efetivo do edifcio, isto , ao nmero de pessoas
presentes no edifcio, o valor obtido representar um risco de dimenso inferior ao real,
o que de todo, indesejvel.
O mtodo aplica-se a uma enorme diversidade de edifcios. Em boa verdade, o
mtodo aplicvel a toda e qualquer situao onde exista uma construo que possa ser
considerada como um edifcio, j que este - o edifcio, o conceito que esta subjacente
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Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C2
ao desenvolvimento do mtodo. Assim, o processo aplica-se, entre outros, a
estabelecimentos que recebem pblico, com forte densidade de ocupao;
estabelecimentos nos quais as pessoas esto expostas a um risco especfico (exposies,
museus e locais de espetculos; centros comerciais; hospitais, hotis e outros
estabelecimentos similares); indstria e comrcio (unidades de produo; reas de
armazenagem; reas administrativas). [Macedo, Mrio J. M. (2008)]
1.2 Definies
A fim de se obter uma melhor compreenso da forma de aplicao do mtodo
torna-se fundamental perceber alguns dos seguintes conceitos:
Risco de incndio - produto do fator de exposio ao perigo de incndio pela
probabilidade de ocorrncia de um incndio (perigo de ativao);
Fator de exposio ao perigo de incndio - relao entre os perigos potenciais e as
medidas de proteo adotadas, referindo-se a um compartimento ou totalidade do
edifcio;
Segurana contra incndio - a segurana contra incndio num compartimento ou
edifcio, considera-se suficiente quando o risco de incndio potencial inferior ao risco
de incndio admissvel, determinado atravs dos objetos de proteo adequados de
maneira a assegurar um obstculo propagao de incndio;
Clula corta-fogo - compartimentos cuja superfcie no exceda 200m2 e que
apresentam uma capacidade de resistncia ao fogo no mnimo CF 30/ PC 30 (onde CF
30: portas com resistncia ao fogo de 30 minutos e PC 30: paredes/portas com
resistncia ao fogo de 30 minutos).
1.3 Exposio ao Perigo e Risco de Incndio
O fator de exposio ao perigo de incndio (B) definido como o produto de
todos os fatores de perigo (P), dividido pelo produto de todos os fatores de proteo (M)
[Macedo, Mrio J. M. (2008)].
(Equao 1C)
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ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C3
Onde: B fator de exposio ao perigo de incndio
M produto de todas as medidas de proteo
P perigo potencial
As grandezas consideradas, que apresentam maior influncia ao nvel dos fatores
de perigo inerentes ao contedo do edifcio, so os equipamentos mobilirios, as
mercadorias e os materiais, que compem a carga de incndio, acrescido do grau de
combustibilidade.
Fatores suplementares permitem avaliar as consequncias de incndios que
tendem a pr especialmente em perigo as pessoas, que fazem retardar a interveno dos
bombeiros ou prever a possibilidade de alguns materiais produzirem fumos txicos ou
serem agentes corrosivos.
As grandezas consideradas, que influenciam os fatores de perigo inerentes ao
edifcio, so a carga de incndio imobiliria, com realce das partes combustveis da
estrutura (pavimentos, fachadas ou cobertura), o nvel do andar ou altura til do local,
no caso do edifcio ser constitudo apenas por um andar, e a amplido dos locais.
As medidas contra o desenvolvimento do incndio, designadas por medidas de
proteo, subdividem-se em Medidas Normais (N), Medidas Especiais (S) e Medidas
Construtivas ou de construo (F).
Com base nestes critrios, a frmula relativa ao fator de exposio ao fogo a
seguinte:
(Equao 2C)
Sendo que, q.c.r.k representa os perigos inerentes ao contedo
i.e.g representa os perigos inerentes ao edifcio
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Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C4
Quadro 1C Fatores e o seu significado [Macedo, Mrio J. M. (2008)]
Fator Designao dos perigos Smbolo /
abreviatura Atribuio
q Carga de incndio mobiliria Qm
Perigos inerentes
ao contedo
c Combustibilidade Fe
r Formao de fumo Fu
k Perigo de corroso / toxicidade Co / Tx
i Carga de incndio imobiliria Qi
Perigos inerentes
ao edifcio
e Nvel do andar ou altura do local E, H
g
Amplitude dos compartimentos
de incndio e a sua relao
comprimento / largura
AB
l:b
O risco de incndio efetivo (R) apresentado na Equao 3C, o resultado do fator
de exposio ao perigo (B), multiplicado pelo fator de ativao (A) (ou perigo de
ativao), que traduz a possibilidade de ocorrncia de incndio.
(Equao 3C)
De acordo com a especificidade de cada edifcio, o risco de incndio efetivo
calculado para o maior compartimento do incndio ou para o mais perigoso.
1.3.1 Perigos Inerentes ao Contedo
Os perigos inerentes ao contedo so os seguintes [Macedo, Mrio J. M.
(2008)]:
Carga de incndio mobiliria Qm (MJ/m2): fator q
Corresponde quantidade total de calor desenvolvida para cada compartimento de
incndio, combusto completa de todas as matrias mobilirias, dividida pela
superfcie do pavimento do compartimento de incndio considerado;
Combustibilidade, grau de perigo Fe: fator c
Quantifica a inflamabilidade e a velocidade de combusto dos materiais combustveis;
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ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C5
Perigo de fumo Fu: fator r
Designa os materiais que ardem desenvolvendo um fumo particularmente intenso;
Perigo de corroso/toxicidade Co / Tx: fator k
Identifica os materiais que ardem, produzindo grandes quantidades de gases corrosivos
e txicos (venenosos).
1.3.2 Perigos Inerentes ao Edifcio
Os perigos inerentes ao edifcio so:
Carga de incndio imobiliria Qi: fator i
Permite ter em considerao a parte combustvel dos elementos de construo
(estrutura, pavimentos e fachadas) e a sua influncia sobre a propagao do incndio;
Nvel do andar ou altura til do local E: fator e
No caso de edifcios de vrios andares, este termo quantifica, em funo da situao dos
andares, as dificuldades de fuga das pessoas que ocupam o edifcio e de atuao dos
bombeiros. No caso de edifcios de um s andar, este termo quantifica em funo da
altura til do local as dificuldades que aumentam proporcionalmente a esta altura, com
as quais as foras de extino sero confrontadas. Tem em conta a carga de incndio
mobiliria presente no local, que influencia a evoluo do incndio;
Amplitude da superfcie - AB: fator g
Determina a probabilidade de propagao horizontal de um incndio em funo da
relao comprimento/largura do compartimento de incndio.
Este fator tanto mais gravoso quanto maiores forem as dimenses do compartimento
de incndio, influenciando diretamente a atuao dos bombeiros.
1.3.3 Medidas de Proteo (N, S e F)
As medidas de proteo so definidas pelas medidas normais (N), especiais (S) e
inerentes construo (F) [Macedo, Mrio J. M. (2008)].
a) Medidas Normais N
As medidas normais determinam-se pelo produto de cinco fatores gerais de
proteo, Equao 4C:
(Equao 4C)
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Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C6
Em que, n1 extintores portteis
n2 bocas de incndio armadas
n3 fiabilidade de abastecimento de gua para extino
n4 comprimento da conduta de transporte (distncia da boca de incndio
exterior entrada do edifcio)
n5 instruo do pessoal na extino de incndios
As medidas de proteo normais constituem um conjunto de medidas que se
consideram necessrias para qualquer tipo de edifcio, independentemente do seu uso ou
ocupao, pelo que a sua inexistncia, ou no conformidade com os critrios definidos
no mtodo, constitui uma penalizao, agravando o risco de incendio. A sua existncia
em conformidade com os requisitos adiante descritos dever ser considerada neutra para
o desenvolvimento do mtodo, isto , no agravam o risco, mas tambm no constituem
qualquer bonificao.
b) Medidas Especiais - S
As medidas especiais determinam-se pelo produto de seis fatores complementares
de proteo, Equao 5C:
(Equao 5C)
Em que, s1 deteo de fogo
s2 transmisso do alarme
s3 capacidade de interveno exterior e interior do estabelecimento
s4 tempo de interveno dos socorros exteriores
s5 instalaes de extino
s6 instalaes de evacuao de calor e de fumo
As medidas de proteo constituem um conjunto de medidas que no so
exigveis em todos os tipos de edifcio. Assim, a sua inexistncia, ou no conformidade
com os requisitos definidos no mtodo, no dever agravar o risco de incendio devendo,
neste caso, ser consideradas neutras para o processo de clculo. Pelo contrrio, a
existncia de medidas deste tipo em conformidade com os requisitos adiante descritos
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ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C7
constitui uma bonificao, j que o seu efeito constitui uma reduo de risco de
incndio.
c) Medidas de Proteo Inerentes Construo - F
As medidas de proteo inerentes construo determinam-se pelo produto de
quatro fatores de proteo resultantes do processo construtivo, Equao 6C:
(Equao 6C)
Em que, f1 resistncia ao fogo da estrutura resistente do edifcio
f2 resistncia ao fogo das fachadas
f3 resistncia ao fogo da compartimentao horizontal, incluindo as
comunicaes verticais
f4 dimenses dos compartimentos corta-fogo, incluindo a parte das
superfcies vidradas (janelas) utilizadas como dispositivo de evacuao do
calor e do fumo
A medida de proteo contra incndios mais eficaz consiste numa conceo bem
estudada do edifcio do ponto de vista da tcnica de proteo contra incndio. O perigo
de propagao de um incendio pode, em larga medida, ser consideravelmente limitado
graas a uma escolha judiciosa dos materiais, bem como pela utilizao de medidas
construtivas apropriadas (criao de clulas corta-fogo).
O fator global (F) representa a resistncia ao fogo propriamente dita do edifcio.
1.3.4 Perigo de Ativao A
O perigo de ativao (A) quantifica a probabilidade de ocorrncia de um incndio.
Na prtica definido pela avaliao de fontes cuja energia calorfica ou de ignio
suscetvel de desencadear um processo de combusto e pela inflamabilidade
caracterstica dos materiais presentes em cada tipo de ocupao considerado.
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Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C8
1.4 Risco de Incndio Admissvel
Em cada edifcio deve ser tido em considerao um certo risco de incndio, de
acordo com as atividades nele desenvolvidas, em consequncia da presena de agentes
de iniciao. um dos objetivos do mtodo definir o risco de incndio admissvel (Ru),
para cada construo, sabendo que varia para tipos de atividade diferentes.
No Mtodo GRETENER fixado como valor limite num risco normal, a unidade,
sendo necessrio introduzir fatores de correo consoante se trate de locais com risco
reduzido ou acrescido. [Macedo, Mrio J. M. (2008)]
Por conseguinte, o risco admissvel dado pela Equao 7C:
(Equao 7C)
Em que,
Rn risco de incndio normal;
Rn = 1,3 (fator de risco admissvel)
PH,E fator de correo do risco normal em funo do nmero de pessoas e do nvel do
andar
PH,E > 1 (evacuao dos ocupantes pode ocorrer sem dificuldade - perigo de
pessoas reduzido)
PH,E = 1 (no se verifica circunstncias para a evacuao dos ocupantes - perigo
de pessoas normal)
PH,E < 1 (nmero de pessoas elevado ou edifcio muito alto ou pessoas presentes
tenham dificuldades em abandonar o local pelos seus prprios meios -
perigo de pessoas acrescido)
1.5 Critrio de Segurana Contra Incndio
A demonstrao da segurana contra o incndio de um edifcio faz-se comparando
o risco de incndio efetivo (R), com o risco de incndio admissvel (Ru).
Para que o edifcio se considere seguro ter que garantir a condio seguinte,
Equao 8C:
(Equao 8C)
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ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C9
A partir desta condio pode-se obter o conceito de segurana contra incndio (),
afirmando que o edifcio ou o compartimento de incndio est satisfatoriamente
protegido contra incndio, caso o valor de seja superior unidade, de acordo com a
seguinte expresso (Equao 9C):
(Equao 9C)
Se Ru < R, ento significa que o compartimento de incndio ou o edifcio no se
encontram convenientemente protegidos, sendo necessrio implementar medidas de
proteo.
1.6 Caracterizao do Tipo de Edifcio
A geometria do edifcio uma das principais variveis a considerar relativamente
possibilidade de propagao de incndio. Este mtodo considera trs tipos de edifcios
[Macedo, Mrio J. M. (2008)].
1.6.1 Edifcio do tipo Z (construo em clulas)
Os edifcios Tipo Z, so edifcios em que cada piso dividido em locais com uma
rea no superior a 200,00 m2, cuja envolvente tem uma determinada resistncia ao
fogo. Assim, a propagao do incndio est limitada, tanto na horizontal como na
vertical.
Figura 1C Exemplo de Construo do Tipo Z [Macedo, Mrio J. M. (2008)]
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Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C10
1.6.2 Edifcio do tipo G (construo de grande superfcie)
So construo de grandes superfcies, em que o compartimento de incndio se
estende a um piso completo ou a reas muito significativas com desenvolvimento na
horizontal. Por consequncia, a propagao do incndio na horizontal est facilitada,
enquanto a propagao na vertical est limitada.
Figura 2C - Exemplo de Construo do Tipo G [Macedo, Mrio J. M. (2008)]
1.6.3 Edifcio do tipo V (construo de grande volume)
Consideram-se edifcios do tipo V, os edifcios os que no possam ser
classificados no Tipo Z ou G. Basicamente, abarca as construes de grande volume, o
que facilita e acelera a propagao do fogo tanto na horizontal como na vertical e em
que o compartimento de incndio estende-se a todo o edifcio ou a parte dele.
Figura 3C - Exemplo de Construo do Tipo V [Macedo, Mrio J. M. (2008)]
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ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C11
O Quadro 2C permite determinar o tipo de edifcio consoante o gnero e modo de
construo.
Quadro 2C Identificao dos diversos tipos de edifcios de acordo com o gnero e modo de construo [Macedo, Mrio J. M. (2008)]
Gnero de
Construo
Modo de
Construo
(em relao
propagao do fogo)
A
Macia
(resistncia ao
fogo definida)
B
Mista
(resistncia ao
fogo varivel)
C
Combustvel
(pequena
resistncia ao
fogo)
Em clulas
Local de 30 a 200 m2
Z Z(1)
,G(2)
,V(3)
V
De grande superfcie
Andares separados entre si G G
(2), V
(3) V
De grandes volumes
Conjunto do edifcio, vrios
andares ligados
V V V
(1) Separaes entre clulas e andares resistentes ao fogo
(2) Separaes entre andares resistentes ao fogo, entre clulas insuficientemente resistentes ao fogo
(3) Separaes entre clulas e andares insuficientemente resistentes ao fogo
1.7 Desenvolvimento do Clculo
O clculo do Mtodo GRETENER efetua-se passo a passo, definindo os fatores
de influncia do perigo e medidas de proteo para cada um dos compartimentos de
incndio em estudo, com recurso folha de clculo.
1.7.1 Clculo do Perigo Potencial (P) e Determinao do Perigo de Ativao (A)
Os diferentes perigos potenciais relativos ao contedo do edifcio e ao tipo de
construo, ou seja, os fatores q, c, r, e k, bem como e, i e g devem constar na folha de
clculo.
Os valores para os fatores Qm, q, c, r, k, e o perigo de ativao (A) encontram-se
tabelados.
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Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C12
No Ponto C3 do presente Anexo, consta a tabela de CARGAS DE INCNDIO
MOBILIRIAS E FATORES DE INFLUNCIA PARA DIVERSOS USOS que
contm o fator (A) para o perigo de ativao e a categoria (p) de exposio ao perigo
para pessoas.
a) Carga de incndio mobiliria (Qm), fator q
a quantidade total de calor libertada pela combusto de todos os materiais
combustveis, referida superfcie AB do compartimento de incndio, exprimindo-se
em MJ/m2 de superfcie do compartimento de incndio.
Nos edifcios do tipo Z e G, determina-se Qm por cada andar e para os edifcios do
tipo V, soma-se a Qm do conjunto dos andares que comunicam entre si, referindo-se
superfcie mais importante do compartimento (andar que apresenta maior superfcie).
Quando o uso est bem definido, isto , o gnero de materiais depositado
uniforme, os Quadros inseridos no Ponto C3 deste anexo (CARGAS DE INCNDIO
MOBILIRIAS E FATORES DE INFLUNCIA PARA DIVERSOS USOS) do o
valor da carga de incndio Qm. Quando, pelo contrrio, se trata de usos indeterminados
ou condies que no sejam contempladas por essa informao, o valor de q pode ser
determinado recorrendo ao Quadro 3C.
Quadro 3C Fator q em funo da carga de incndio Qm [Macedo, Mrio J. M. (2008)]
b) Combustibilidade, fator c
Ser considerado o material que tenha maior valor de c, de todos os materiais
presentes num determinado compartimento e que contribua para a carga de incndio
mobiliria com pelo menos 10%.
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ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C13
O fator c, distribui a combustibilidade por seis graus de diferente
combustibilidade tendo um valor para cada grau de acordo com o Quadro 4C.
Quadro 4C Graus de Combustibilidade, fator c [Macedo, Mrio J. M. (2008)]
c) Perigo de fumo, fator r
Ser considerado o material que tenha maior valor de r, de todos os materiais
presentes num determinado compartimento e que contribua para a carga de incndio
mobiliria com pelo menos 10%. Se houver materiais particularmente fumgenos,
embora a sua participao seja inferior a 10%, deve fixar-se r = 1,1.
semelhana da combustibilidade o fatore de perigo de fumo r, tambm define
graus de perigo. O Quadro 5C apresenta o valor deste fator em funo dos graus de
perigo.
Quadro 5C Perigo de fumo, fator r [Macedo, Mrio J. M. (2008)]
d) Perigo de corroso/toxicidade, fator k
Ser considerado o material que tenha maior valor de k, de todos os materiais
presentes num determinado compartimento e que contribua para a carga de incndio
mobiliria com pelo menos 10%. Se houver materiais com caractersticas particulares
de perigo de corroso ou grau de toxicidade, embora a sua participao seja inferior a
10%, deve arbitrar-se sempre o valor de k = 1,1.
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Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C14
semelhana da combustibilidade e do perigo de fumo r o perigo de corroso/
toxicidade k, tambm define graus de perigo. O Quadro 6C apresenta o valor deste fator
em funo dos graus de perigo.
Quadro 6C Perigo de corroso/ toxicidade, fator k [Macedo, Mrio J. M. (2008)]
e) Carga de incndio imobiliria, fator i
Este fator depende da combustibilidade da estrutura resistente e dos elementos da
fachada no resistentes, bem como das camadas de isolamento combustveis, no caso da
colocao em tetos das naves de um s piso.
No Quadro 7C encontra-se a tabela que serve de dimensionamento ao referido
fator.
Quadro 7C Graus de Combustibilidade, fator i [Macedo, Mrio J. M. (2008)]
f) Nvel do andar ou altura til, fator e
No caso de edifcios de vrios andares de p-direito normal, o nmero de
andares que determina o fator e, ao passo que para os edifcios de andares com p-
direito superior a 3,00 m a cota E do pavimento do andar analisado que determinante
(face superior do pavimento), como se mostra na Figura 4C.
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ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C15
Figura 4C Edifcios de um s nvel e edifcios de vrios andares [Macedo, Mrio J. M. (2008)] [Macedo, Mrio J. M. (2008)]
Existem vrias hipteses para a determinao do fator, consoante os seguintes
casos:
- Edifcios com vrios andares, para os tipos Z e G, o valor do fator e definido no
Quadro 8C, e nos edifcios do tipo V o fator e o mais elevado do conjunto dos andares
que comunicam entre si.
- Edifcios de um s piso os valores do fator e encontram-se no Quadro 9C.
- Pisos enterrados, o fator e determina-se em funo da cota negativa a que se encontra
o pavimento do piso, conforme o Quadro 10C.
Quadro 8C - Fator e, Edifcios vrios andares [Macedo, Mrio J. M. (2008)]
Quadro 9C Fator e, Edifcios de um s nvel [Macedo, Mrio J. M. (2008)]
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Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C16
Sendo a carga de incndio mais pequena, menor ou igual a 200 MJ/m2, a mdia
menor ou igual a 1000 MJ/m2 e a grande maior do que 1000 MJ/m
2.
Quadro 10C Nvel do andar ou altura do local Pisos enterrados (Fator e) [Macedo, Mrio J. M. (2008)]
g) Amplido da superfcie, fator g
Considerando AB como a superfcie do compartimento de incndio e l/b como a
relao entre o comprimento e a largura do mesmo compartimento, o fator g de
amplido da superfcie vem definido em funo destes dois valores de acordo com a
tabela apresentada no Quadro 11C.
Para os edifcios do tipo V, deve tomar-se o andar com a maior superfcie.
Quadro 11C - Fator g, Amplitude da superfcie [Macedo, Mrio J. M. (2008)]
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ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C17
Sempre que se verifiquem as condies abaixo mencionadas a relao l/b deve
ser tomada como 1:1 (mesmo que seja diferente):
- Compartimentos de incndio em cave;
- Compartimentos de incndio interiores do rs-do-cho ao 7. piso;
- Compartimentos de incndio a partir do 8. piso inclusive.
1.7.2 Clculo das Medidas Normais (N)
O coeficiente atribudo s medidas de proteo normais determinado a partir da
Equao 4C apresentada anteriormente, sendo os coeficientes correspondentes
determinados de acordo o Quadro 12C. Estes dizem respeito aos extintores portteis
(n1), s bocas de-incndio armadas (n2), fiabilidade do sistema de abastecimento de
gua (n3), ao comprimento da conduta de transporte (n4) e ao pessoal instrudo (n5),
respetivamente.
Quadro 12C Coeficientes das Medidas Normais (N)
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Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C18
Os diversos valores dos fatores n devem ter em considerao os seguintes
aspetos:
n1 Extintores portteis: apenas podem ser considerados os extintores aprovados
dotados de sinal distintivo de homologao e reconhecidos pelas instncias
competentes, designadamente os seguradores contra incndios;
n2 Bocas de incndio interiores/postos de incndio: apenas devem ser considerados
desde que estejam equipados com mangueiras que permitam uma primeira interveno;
n3 Fiabilidade de aduo da gua para extino: s deve ser considerado se a
reserva de gua e o caudal mnimo estiverem garantidos, entendendo-se como de grande
risco os edifcios antigos, grandes superfcies comerciais, industriais particularmente
expostas ao risco de incndio, hotis e hospitais; de mdio risco os edifcios
administrativos e os habitacionais multifamiliares; e de pequeno risco os edifcios
industriais de pequeno porte e pequena carga de incndio, pequenos edifcios
habitacionais e instalaes desportivas. Apenas devero ser tidas em considerao as
instalaes de bombagem de gua com recurso a energia eltrica desde que essa
alimentao seja assegurada por dois circuitos independentes, ou se houver a
possibilidade do sistema de bombagem ser acionado por motor eltrico e motor de
exploso desde que neste caso a comutao de um para o outro seja efetuada
automaticamente;
n4 Conduta de alimentao: o comprimento da tubagem mvel a considerar
distncia entre o hidrante exterior e a entrada mais prxima do edifcio;
n5 Pessoal instrudo: considera-se aquele que est habilitado a operar os sistemas de
extino (extintores e bocas de incndio) disponveis. Deve igualmente conhecer o local
e as possibilidades de evacuao.
1.7.3 Clculo das Medidas Especiais (S)
Os diversos valores dos fatores s encontram-se indicados no Quadro 13C,
devendo ter-se em considerao os seguintes aspetos:
s1 Sistemas de deteo: apenas devem ser considerados se no local houver um
sistema de rondas com periodicidade, devendo o pessoal de guarda ter a possibilidade
de acionar o alarme num raio de 100 metros. A instalao automtica de deteo de
incndio s deve ser considerada, caso exista capacidade de transmitir o alarme
-
ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C19
automaticamente a um posto ocupado em regime permanente e com possibilidade de
desencadear o alarme para as equipas de interveno;
s2 Transmisso de alarme: apenas deve ser considerada desde que satisfaa as
condies indicadas no quadro. A transmisso automtica de alarme por linha telefnica
controlada em permanncia considerada desde que haja uma linha dedicada em
exclusivo, sem possibilidade de bloqueio por outras transmisses, e que esteja sob
controlo permanente;
s3 Rapidez de interveno dos bombeiros;
s4 Escales de interveno: o tempo interveno aquele que decorre desde que
dado o alarme at chegada dos bombeiros ao local do sinistro;
s5 Instalaes de extino: apenas so considerados os sistemas que se encontram
instalados para proteo total do edifcio ou do compartimento de incndio isolado e
estejam de acordo com as prescries regulamentares em vigor;
s6 Instalaes automticas de evacuao de calor e fumo: so considerados desde
que abertura dos obturadores ou o arranque dos ventiladores seja feita automaticamente
e ainda antes da chegada das equipas de extino.
Capacidade de interveno da empresa
Bombeiros de empresa dividem-se em quatro escales:
Escalo 1: equipa de interveno existente nas instalaes que possa ser alertada ao
mesmo tempo durante as horas de trabalho com o mnimo de 10 homens;
Escalo 2: equipa de interveno mnima de 20 homens, existente nas instalaes com
Comando prprio, que pode ser alertada durante as horas de trabalho;
Escalo 3: equipa de interveno mnima de 20 homens, existentes nas instalaes com
Comando prprio, podendo intervir durante e fora das horas de trabalho;
Escalo 4: equipa de interveno existente nas condies do escalo 3, e que nos dias
sem laborao garanta um piquete de 4 homens prontos a intervir.
-
Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C20
Quadro 13C - Coeficientes das Medidas Especiais (S)
1.7.4 Medidas Inerentes Construo (F)
Os diversos valores do fator f esto indicados no Quadro 14C, devendo ter-se em
considerao os seguintes aspetos:
-
ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C21
f1 Estrutura resistente: a capacidade de resistncia ao fogo para os elementos com
funo de suporte e de compartimentao, determina o valor do fator a utilizar;
f2 Fachadas: os valores dos fatores dependem da razo entre a rea das janelas e a
rea da fachada, devendo tambm considerar-se a resistncia ao fogo da fachada bem
como a existncia de juntas ou elementos de ligao com a estrutura;
f3 Lajes: so fatores que quantificam a resistncia ao fogo dos elementos com funes
de compartimentao, o nmero de andares, a forma das comunicaes verticais e das
aberturas nos pavimentos. Consideram-se que as comunicaes verticais e as aberturas
nos pavimentos so protegidas quando esto separadas do resto do edifcio por
elementos com resistncia mnima CF 90/PC 90;
f4 Clulas corta-fogo: so considerados os compartimentos cujas reas em planta no
ultrapassem os 200,00 m2 e em que os elementos de compartimentao tenham uma
resistncia no mnimo CF 30/PC 30, incluindo portas de acesso. Estes fatores so
apresentados tendo em conta a razo entre a rea das janelas e a rea do compartimento
AF/AZ, como se verifica no Quadro 14C.
Estas medidas passivas de SCIE, quando bem projetadas e devidamente
implementadas, de acordo com a utilizao dos espaos tm um importante impacto
sobre o incndio, dificultando severamente a sua propagao.
-
Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C22
Quadro 14C - Coeficientes das Medidas Inerentes Construo (F)
1.7.5 Perigo de Ativao (A)
A probabilidade de ocorrncia de um incndio, consoante o tipo de utilizao do
edifcio, quantificada pelo fator de Perigo de Ativao (A), apresentado no Quadro
15C.
-
ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C23
Quadro 15C Fator de Perigo de Ativao (A)
1.7.6 Risco Efetivo de Incndio (R)
O risco efetivo de incndio dado pelo produto dos fatores de exposio ao
perigo e do perigo de ativao, conforme Equao 10C:
(Equao 10C)
1.7.7 Determinao do Grau de Segurana
Conforme j referido, existem situaes em que o risco de pessoas se encontra
acrescido pelo que o fator de risco normal (Rn) deve ser multiplicado por um fator de
correo (PH,E) vindo em funo do nvel de andar (E) e do nmero de pessoas (H),
dado pela Equao 11C:
(Equao 11C)
As categorias de exposio ao perigo das pessoas (p), so definidas de acordo
com o seguinte critrio:
- Coluna (p=1): rea de exposio, museus, locais de espetculos, salas de reunio,
escolas, restaurantes, grandes superfcies comerciais;
- Coluna (p=2): Hotis, penses, lares infantis e de 3. idade;
- Coluna (p=3): Hospitais e estabelecimentos diversos.
Sendo o fator de correo para os edifcios com utilizaes no mencionadas,
PH,E= 1,0, considerando-se como situaes de perigo normal das pessoas. No Quadro
16C encontram-se tabelados os valores de PH,E.
-
Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C24
Quadro 16C Fator de Correo de Exposio ao Perigo Acrescido das Pessoas (pH;E)
Para situaes de perigo reduzido de pessoas o valor PH,E pode ser superior a 1,
devendo caso a caso ser analisado individualmente, mantendo-se a obrigatoriedade de
serem respeitadas as medidas de proteo exigidas pelo grau de risco existente.
Adaptando o valor de Rn = 1,3, o risco de incndio admissvel Ru calculado pela
Equao 12C:
(Equao 12C)
Para finalizar, a verificao do grau se segurana contra incndio resulta do
quociente entre o risco admissvel e o risco normal dado pela Equao 13C:
(Equao 13C)
A SCIE suficiente se as medidas de segurana previstas cumprem as condies
dos objetivos de proteo e se 1.
Caso se verifique
-
ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C25
- Respeitar todas as medidas normais;
- Melhorar a conceo do edifcio para que da resulte um tipo de construo mais
favorvel, um aumento no valor de F e uma diminuio do valor da carga de incndio
imobiliria;
- Prever medidas especiais adequadas (compensao).
Apesar de esta poder ser a prioridade generalizada e mais adequada para a
aplicao de medidas nos edifcios de forma a estes passarem a apresentar nveis
satisfatrios de segurana contra incndio, neste trabalho a prioridade estabelecida ser
a seguinte:
- Aplicao de medidas normais de fcil implementao;
- Implementao das medidas especiais possveis nos edifcios;
- Por ltimo, interveno ao nvel da construo dos edifcios, caso seja estritamente
necessrio.
-
Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C26
-
ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C27
C2. APLICAO DO MTODO GRETENER A TRS
EDIFCIOS
Neste anexo apresentam-se os resultados da Avaliao do Risco de Incndio obtidos
atravs da aplicao do Mtodo GRETENER a trs edifcios do Ncleo Urbano de
Aljustrel (Quadro 17C e Quadro 18C). Este mtodo est integralmente descrito no
Ponto C1 deste anexo.
Quadro 17C Lista de edificaes estudadas pelo Mtodo GRETENER
Figura 5C - Localizao dos 3 Edifcios, Aljustrel [Bing Aerial with labels-QGIS 2.2]
Casa de Jacinta e Francisco 64603 Santurio de Ftima Rua dos Pastorinhos -
Edifcio de Utilizao Mista
(com Montras de Vidro)65464 Antnio Pereira da Silva Rua dos Pastorinhos 55
Bar 96384 Jos Manuel Vieira Rua dos Pastorinhos 58
Descrio do Edificio Cdigo MoradaNmero de
PoliciaNome do Proprietrio
64603
96384
65464
-
Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C28
Quadro 18C Caractersticas dos edifcios
Edifcio Casa dos Videntes
Francisco e Jacinta Marto
Edifcio de Utilizao Mista
(com Montras de Vidro) Bar
Cdigo 64603 65464 96384
n. Pisos 1 3 2
Caraterizao
Construtiva
Casa de alvenaria de Pedra
rebocada e Pedra Vista
Casa de Alvenaria de Tijolo
e Cimento Casa de Pedra Vista
Tipo de
Utilizao
Museu
(Casa-Museu Religiosa) Comrcio / Habitao Restaurao (Bar)
rea de
Implantao 133,40 m
2 220,15 m
2 286,80 m
2
Ano de
Construo 1888 2005 sc. XX
-
ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C29
2.1 Edifcio: 64603 (Casa dos Videntes Francisco e Jacinta)
Quadro 19C Quadro resumo com todos os fatores parciais e clculo da Segurana Contra Incndio
A= l = 15,40 m B= b = 8,66 m
V
A x B = 133,36
l / b = 1,78 (>1)
Observaes
Q m = 683,18 1,40
1,40
1,00
1,00
1,10
1,00
0,40
0,86
1,00
0,80
0,50
1,00
1,00
0,40
1,45
1,00
1,45
1,00
1,00
1,00
2,10
1,20
1,10
1,00
1,00
1,32
0,78
0,85
0,66
1,00
1,30
1,97 OK
((C.I.M.Final) x rea
6300
4235
8820
13860
9625
7425
0
Dados e Resultados
Peri
go
s P
ote
ncia
is
Conte
do
q - Carga de incndio mobiliria MJ/m2
c - Combustibilidade
r - Perigo de fumo
k - Perigo de corroso
Folha de Clculo de Aplicao do Mtodo de Gretener
Compartimento de incndio: Casa dos Videntes Francisco e Jacinta
Tipo de construo=
m2 (ou ABxNpisos, se "Z")
Tipo de Conceito
n 4 - Conduta de transporte
n 5 - Pessoal instrudo
N - MEDIDAS NORMAIS N = n 1 . n 2 . n 3 . n 4 . n 5
P - PERIGO POTENCIAL P = q . c . r . k . i . e . g
Med
idas d
e P
rote
co
Norm
ais
n 1 - Extintor porttil
Especia
is
s1 - Deteco de fogo
s2 - Transmisso de alarme
s3 - Sapadores-bombeiros
s4 - Escales de interveno
s5 - Instalaes de extino
PHE - Exposio ao perigo das pessoas
n 2 - Hidrante exterior
n 3 - gua de extino
Edif
cio i - Carga de incndio imobiliria
e - Nvel do andar
g - Amplido da superfcie
s6 - Evacuadores de fumos e calor
S - MEDIDAS ESPECIAIS S = s 1 . s 2 . s 3 . s 4 . s 5 . s 6
R u - Risco limite admissvel 1,3 . PHE
SEGURANA CONTRA INCNDIO = R u / R
B - Factor de exposio ao perigo P / (N . S . F)
A - Perigo de activao
R - RISCO DE INCNDIO R = B . A
f 3 - Tecto: separao dos andares / comunicaes verticais
f 4 - Grandeza das clulas e superfcie das janelas
F - MEDIDAS DE CONSTRUO F = f 1 . f 2 . f 3 . f 4
Quarto 3 / 4 (madeira, artigos de carpintaria) 700 12,6000
Constr
uo
f 1 - Estrutura resistente
f 2 - Fachadas
Sala (madeira, artigos de carpintaria) 700 19,8000
Quarto 1 (madeira, artigos de carpintaria) 700 9,0000
Quarto 2 (madeira, artigos de carpintaria) 700 6,0500
Compartimento de incndio: Casa dos Videntes Francisco e Jacinta
EspaosCarga de Incndio Mobiliria (C.I.M.)
(MJ/m2)
rea (m2)
Cozinha (madeira, artigos de carpintaria) 700 13,7500
Adega (mveis, carpintaria) 600 12,3750
Totais 73,5750 50265
Qm ponderado
(MJ/m2)683,1804281
Factor q 1,4
-
Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C30
A demonstrao da segurana contra o incndio faz-se comparando o risco de
incndio efetivo (R), com o risco de incndio admissvel (Ru).
Para que o edifcio se encontre em segurana ter que garantir a seguinte
condio:
(Equao 14C)
A verificao do grau se segurana contra incndio resulta do quociente entre o
risco admissvel e o risco normal (Equao 15C):
(Equao 15C)
Conclui-se ento que, neste edifcio se verificam as condies de segurana contra
incndio, pois as medidas de segurana previstas cumprem as condies dos objetivos
de proteo, isto , 1.
-
ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C31
2.2 Edifcio: 65464 (Edifcio de Utilizao Mista (com Montras de
Vidro))
Quadro 20C Quadro resumo com todos os fatores parciais e clculo da Segurana Contra Incndio
A= l = 15,00 m B= b = 13,10 m
V
A x B = 196,50
l / b = 1,15 (>1)
Observaes
Q m = 484,81 1,30
1,40
1,00
1,00
1,10
1,00
0,40
0,80
0,90
0,80
0,50
0,95
0,80
0,27
1,45
1,10
1,45
1,00
1,00
1,00
2,31
1,20
1,10
1,00
1,00
1,32
0,96
1,00
0,96
1,00
1,30
1,36 OK
((C.I.M.Final) x rea
60250
15350
26575
5040
0
Dados e Resultados
Peri
go
s P
ote
ncia
is
Conte
do
q - Carga de incndio mobiliria MJ/m2
c - Combustibilidade
r - Perigo de fumo
k - Perigo de corroso
Folha de Clculo de Aplicao do Mtodo de Gretener
Compartimento de incndio: Edifcio de Utilizao Mista (com Montras de Vidro)
Tipo de construo=
m2 (ou ABxNpisos, se "Z")
Tipo de Conceito
n 4 - Conduta de transporte
n 5 - Pessoal instrudo
N - MEDIDAS NORMAIS N = n 1 . n 2 . n 3 . n 4 . n 5
P - PERIGO POTENCIAL P = q . c . r . k . i . e . g
Med
idas d
e P
rote
co
Norm
ais
n 1 - Extintor porttil
Especia
is
s1 - Deteco de fogo
s2 - Transmisso de alarme
s3 - Sapadores-bombeiros
s4 - Escales de interveno
s5 - Instalaes de extino
PHE - Exposio ao perigo das pessoas
n 2 - Hidrante exterior
n 3 - gua de extino
Edif
cio i - Carga de incndio imobiliria
e - Nvel do andar
g - Amplido da superfcie
s6 - Evacuadores de fumos e calor
S - MEDIDAS ESPECIAIS S = s 1 . s 2 . s 3 . s 4 . s 5 . s 6
R u - Risco limite admissvel 1,3 . PHE
SEGURANA CONTRA INCNDIO = R u / R
B - Factor de exposio ao perigo P / (N . S . F)
A - Perigo de activao
R - RISCO DE INCNDIO R = B . A
f 3 - Tecto: separao dos andares / comunicaes verticais
f 4 - Grandeza das clulas e superfcie das janelas
F - MEDIDAS DE CONSTRUO F = f 1 . f 2 . f 3 . f 4
Quartos 01, 02, 03 (mveis de madeira) 500 53,1500
Constr
uo
f 1 - Estrutura resistente
f 2 - Fachadas
Cozinha (mquinas de lavar) 300 16,8000
Loja (texteis) 500 120,5000
Sala (mveis de madeira) 500 30,7000
Compartimento de incndio: Edifcio de Utilizao Mista (com Montras de Vidro)
EspaosCarga de Incndio Mobiliria (C.I.M.)
(MJ/m2)
rea (m2)
Totais 221,1500 107215
Qm ponderado
(MJ/m2)484,8066923
Factor q 1,3
-
Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C32
A verificao do grau se segurana contra incndio resulta do quociente entre o
risco admissvel e o risco normal (Equao 16C):
(Equao 16C)
Assim considera-se que, neste edifcio, se verificam as condies de segurana
contra incndio uma vez que 1.
-
ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C33
2.3 Edifcio: 96384 (Bar)
Quadro 21C Quadro resumo com todos os fatores parciais e clculo da Segurana Contra Incndio
A= l = 15,00 m B= b = 13,10 m
V
A x B = 196,50
l / b = 1,15 (>1)
Observaes
Q m = 600,00 1,30
1,60
1,20
1,00
1,10
1,00
0,40
1,10
1,00
0,80
0,50
0,90
0,80
0,29
1,45
1,10
1,45
1,00
1,00
1,20
2,78
1,20
1,10
1,00
1,00
1,32
1,04
1,00
1,04
1,00
1,30
1,25 OK
((C.I.M.Final) x rea
172080
0
Dados e Resultados
Peri
go
s P
ote
ncia
is
Conte
do
q - Carga de incndio mobiliria MJ/m2
c - Combustibilidade
r - Perigo de fumo
k - Perigo de corroso
Folha de Clculo de Aplicao do Mtodo de Gretener
Compartimento de incndio: Edifcio / Bar
Tipo de construo=
m2 (ou ABxNpisos, se "Z")
Tipo de Conceito
n 4 - Conduta de transporte
n 5 - Pessoal instrudo
N - MEDIDAS NORMAIS N = n 1 . n 2 . n 3 . n 4 . n 5
P - PERIGO POTENCIAL P = q . c . r . k . i . e . g
Med
idas d
e P
rote
co
Norm
ais
n 1 - Extintor porttil
Especia
is
s1 - Deteco de fogo
s2 - Transmisso de alarme
s3 - Sapadores-bombeiros
s4 - Escales de interveno
s5 - Instalaes de extino
PHE - Exposio ao perigo das pessoas
n 2 - Hidrante exterior
n 3 - gua de extino
Edif
cio i - Carga de incndio imobiliria
e - Nvel do andar
g - Amplido da superfcie
s6 - Evacuadores de fumos e calor
S - MEDIDAS ESPECIAIS S = s 1 . s 2 . s 3 . s 4 . s 5 . s 6
R u - Risco limite admissvel 1,3 . PHE
SEGURANA CONTRA INCNDIO = R u / R
B - Factor de exposio ao perigo P / (N . S . F)
A - Perigo de activao
R - RISCO DE INCNDIO R = B . A
f 3 - Tecto: separao dos andares / comunicaes verticais
f 4 - Grandeza das clulas e superfcie das janelas
F - MEDIDAS DE CONSTRUO F = f 1 . f 2 . f 3 . f 4
Constr
uo
f 1 - Estrutura resistente
f 2 - Fachadas
Zona de Bar (mveis, carpintaria) 600 286,8000
Compartimento de incndio: Edifcio / Bar
EspaosCarga de Incndio Mobiliria (C.I.M.)
(MJ/m2)
rea (m2)
Totais 286,8000 172080
Qm ponderado
(MJ/m2)600
Factor q 1,3
-
Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C34
Para este edifcio, o quociente entre o risco admissvel e o risco normal :
(Equao 17C)
Conclui-se que tambm este edifcio cumpre com as medidas de segurana
previstas, 1.
-
ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C35
2.4 Anlise de Resultados
A avaliao do risco de incndio, por aplicao do Mtodo GRETENER, mostra
que os trs edifcios verificam a segurana contra incndio e que cumprem as medidas
de segurana mnimas exigidas. Da anlise comparativa dos resultados obtidos (Quadro
22C) pode-se chegar s seguintes concluses.
Um dos valores que se observa uma grande diferena na Carga de Incndio
Mobiliria, Qm. O edifcio mais antigo, "Casa dos Videntes, Jacinta e Francisco"
constitudo principalmente por madeira (estrutura, revestimentos e recheio) apresenta
um valor elevado de Qm=683,18 MJ/m2. Este valor idntico ao obtido para o edifcio
"Bar". Relativamente ao edifcio que constitudo por materiais considerados menos
inflamveis (cimento, txteis, mveis de madeira) o "Edifcio de Utilizao Mista (com
Montras de Vidro)", o valor Qm=484,81 MJ/m2 mais baixo.
A anlise do Quadro 22C permite estimar qual o edifcio que apresenta maior
risco efetivo de incndio, tendo em conta as diferenas significativas ao nvel do Perigo
Potencial. De facto, comparando os valores de perigo potencial apresentados, verifica-se
que o "Bar" tem um Perigo Potencial com uma ordem de grandeza muito superior dos
restantes edifcios. Tal diferena deve-se ao Fator de Combustibilidade c, que neste
edifcio se considera altamente inflamvel (c=1,60).
Em relao aos resultados das Medidas de Proteo Normais (N) o edifcio mais
desfavorvel o "Edifcio de Utilizao Mista (com Montras de Vidro)", pois apresenta
o valor mais baixo, prximo do obtido para o edifcio "Bar". No caso do "Edifcio de
Utilizao Mista (com Montras de Vidro)", este valor advm do nmero insuficiente de
extintores e da falta de pessoal instrudo e habilitado a operar os sistemas de extino
disponveis, bem como da distncia entre o hidrante exterior e a entrada mais prxima
do edifcio, 183,00m. No caso do edifcio "Bar" existem extintores em nmero
suficiente, mas no entanto, h falta de pessoal instrudo e habilitado a operar os sistemas
de extino disponveis e a entrada do edifcio ao hidrante exterior mais prximo dista
135,00m.
Quanto s Medidas de Proteo Especiais (S) o edifcio mais antigo, "Casa dos
Videntes, Jacinta e Francisco", apesar de ser uma casa museu que recebe pblico
-
Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C36
diariamente, no possui qualquer meio de transmisso de alarme, nem nenhuma
instalao de desenfumagem, o que agrava este fator.
Relativamente as Medidas de Proteo Inerentes Construo (F), verifica-se
para todos os edifcios que os valores so iguais.
Como seria de esperar, tendo em conta o que foi referido na determinao do
Perigo Potencial, o "Bar" apresenta um risco de incndio efetivo (R) muito superior aos
restantes edifcios considerados.
Analisando o fator conclui-se que a Segurana Contra Incndio dos trs
edifcios apresenta valores aceitveis ( superior a 1). Fase aos resultados obtidos, no
se observa uma relao direta entre a segurana contra incndio dos edifcios e a sua
utilizao, tipologia, carga de incndio e a incluso, ou no, de medidas de proteo,
uma vez que nestes aspetos os valores so dspares.
O mtodo GRETENER faz uma avaliao da segurana do edifcio e aponta para
a necessidade de serem tomadas, ou no, medidas de proteo. As limitaes do mtodo
GRETENER em termos dos parmetros de avaliao sugerem que s dever ser
aplicado para fins de verificao de segurana. De facto, esta a nica interpretao de
resultados possvel j que o valor obtido para a segurana contra incndio no mtodo
GRETENER () no deve ser interpretado como um valor de avaliao do risco de
incndio mas apenas como um parmetro de verificao de segurana ( > 1), sem
imposio de valores mximos.
Todavia, o mtodo GRETENER caracteriza-se por uma grande facilidade de
aplicao, o que permite, de modo simples, avaliar at que ponto a instalao de
determinada medida melhora a segurana contra incndio.
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ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C37
Quadro 22C Quadro sumrio dos trs edifcios com todos os fatores parciais e clculo da Segurana Contra Incndio
Q m = 683,18 1,40 Q m = 484,81 1,30 Q m = 600,00 1,30
1,40 1,40 1,60
1,00 1,00 1,20
1,00 1,00 1,00
1,10 1,10 1,10
1,00 1,00 1,00
0,40 0,40 0,40
0,86 0,80 1,10
1,00 0,90 1,00
0,80 0,80 0,80
0,50 0,50 0,50
1,00 0,95 0,90
1,00 0,80 0,80
0,40 0,27 0,29
1,45 1,45 1,45
1,00 1,10 1,10
1,45 1,45 1,45
1,00 1,00 1,00
1,00 1,00 1,00
1,00 1,00 1,20
2,10 2,31 2,78
1,20 1,20 1,20
1,10 1,10 1,10
1,00 1,00 1,00
1,00 1,00 1,00
1,32 1,32 1,32
0,78 0,96 1,04
0,85 1,00 1,00
0,66 0,96 1,04
1,00 1,00 1,00
1,30 1,30 1,30
1,97 1,36 1,25
Tipo de UtilizaoMuseu
(Casa-Museu Religiosa) Comrcio / Habitao
Edifcio
Caraterizao Construtiva
= R u / R
Casa de Jacinta e Francisco
Casa de Pedra com Reboco e Pedra Vista
(1888)
Edifcio de Utilizao Mista
(com Montras de Vidro)Bar
Casa de Alvenaria de Tijolo e Cimento (2005) Casa de Pedra Vista (sc. XX)
Restaurao (Bar)
F = f 1 . f 2 . f 3 . f 4
P / (N . S . F)
R = B . A
1,3 . PHE
S = s 1 . s 2 . s 3 . s 4 . s 5 . s 6
N = n 1 . n 2 . n 3 . n 4 . n 5
P = q . c . r . k . i . e . g
= R u / R
MJ/m2
F = f 1 . f 2 . f 3 . f 4
P / (N . S . F)
R = B . A
1,3 . PHE
S = s 1 . s 2 . s 3 . s 4 . s 5 . s 6
N = n 1 . n 2 . n 3 . n 4 . n 5
P = q . c . r . k . i . e . g
MJ/m2
N - MEDIDAS NORMAIS N = n 1 . n 2 . n 3 . n 4 . n 5
P - PERIGO POTENCIAL P = q . c . r . k . i . e . g
Med
idas d
e P
rote
co
Norm
ais
n 1 - Extintor porttil
Edif
cio i - Carga de incndio imobiliria
e - Nvel do andar
Especia
is
s1 - Deteco de fogo
s2 - Transmisso de alarme
s3 - Sapadores-bombeiros
s4 - Escales de interveno
Peri
go
s P
ote
ncia
is
Conte
do
q - Carga de incndio mobiliria
c - Combustibilidade
r - Perigo de fumo
k - Perigo de corroso
g - Amplido da superfcie
s6 - Evacuadores de fumos e calor
S - MEDIDAS ESPECIAIS S = s 1 . s 2 . s 3 . s 4 . s 5 . s 6
n 4 - Conduta de transporte
n 5 - Pessoal instrudo
n 2 - Hidrante exterior
n 3 - gua de extino
s5 - Instalaes de extino
Constr
uo
f 1 - Estrutura resistente
f 2 - Fachadas
PHE - Exposio ao perigo das pessoas
f 3 - Tecto: separao dos andares / comunicaes verticais
f 4 - Grandeza das clulas e superfcie das janelas
F - MEDIDAS DE CONSTRUO F = f 1 . f 2 . f 3 . f 4
R u - Risco limite admissvel 1,3 . PHE
SEGURANA CONTRA INCNDIO = R u / R
B - Factor de exposio ao perigo P / (N . S . F)
A - Perigo de activao
R - RISCO DE INCNDIO R = B . A
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Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C38
C3. CARGAS DE INCNDIO MOBILIRIAS E FATORES
DE INFLUNCIA PARA DIVERSOS USOS
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ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C39
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Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C40
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ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C41
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Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C42
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ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C43
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Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C44
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ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C45
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Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C46
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ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C47
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Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C48
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ANEXO C Avaliao do Risco de Incndio por Aplicao do Mtodo GRETENER
Tnia Marisa Andrez Valentim C49
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Avaliao do Risco de Incndio no Ncleo Urbano de Aljustrel
C50