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Sistema de Controle do Acervo daBiblioteca do IESAM

Eliane Pereira Costa, Karla do Socorro Pinho Santos, Luciana de Azevedo VieiraInstituto de Estudos Superiores da Amazônia, Av. Governador José Malcher, 1157

Curso de Engenharia de Computação

[email protected], [email protected], [email protected] 

 

 Resumo   Este artigo apresenta uma proposta de software

 para automatizar a atividade de inventário de acervo

bibliotecário com o objetivo de reduzir o tempo de realização

dessa tarefa e o fator erro humano, através de um aplicativo.

 Para o desenvolvimento dessa proposta foram escolhidas as

linguagens Java e SQL para programação desktop e banco de

dados, juntamente com a diagramação UML. O sistema de

inventário permite a verificação da situação do acervoidentificando material extraviado e perdas ocorridas.

 Palavras-chaves Banco de dados, biblioteca, Inventárioautomatizado, Leitor de código de barras.

 Abstract   This paper presents a proposal for software to

automate the activity inventory collection librarian in order to

reduce the time required to complete this task and the human

error factor, through an application. For the development of 

this proposal were chosen Java and SQL programming for 

desktop and database, together with the UML design. The

inventory system allows the verification of the status of 

collection material identifying lost and losses incurred.

 Keywords Database, library, automated inventory, barcode reader.

I. INTRODUÇÃO

Uma biblioteca precisa garantir a organização e aintegridade de seu acervo. Isso é obtido com a realizaçãode um inventário, que permite a verificação do estado deobras e documentos do acervo. Identificando materialextraviado e perdas ocorridas [1].

O êxito de uma biblioteca moderna se faz pelo efetivo

exercício dos recursos de implantações de tecnologias. Atendência é que as atividades sejam realizadas em ummenor espaço de tempo. Exigindo menos mão de obra,gerando resultados com percentual mínimo de erro.

As principais bibliotecas universitárias públicas noBrasil adotam sistemas que atuam nos processos deexecução das atividades de inventário informatizado [2].

O SIBI-IESAM (Sistema de Informação e Bibliotecado IESAM) possui atividades e serviços automatizados,como empréstimo de livros e biblioteca digital. Porém, nãoexiste nenhuma aplicação automatizada para gestão deinventário. Atentando para essa necessidade é apresentadoneste artigo, um sistema de controle de acervo.

II. FERRAMENTAS UTILIZADAS

É necessário definir as ferramentas e os procedimentos para o desenvolvimento de um software. Essas medidasauxiliam o gerenciamento das etapas de desenvolvimentodo projeto.

Para o desenvolvimento do sistema de inventário - do

SIBI-IESAM - levaram-se em consideração os seguintesaspectos: A flexibilidade de interação entre as ferramentas,a acessibilidade, o baixo custo de implantação e oconhecimento técnico disponível.

 A. NETBEANS 

O Netbeans IDE é um software livre de programaçãointegrado e disponível para diversos sistemas operacionais,disponibilizado pela Oracle Corparation.

As interfaces gráficas do sistema, assim como, o programa de comunicação entre elas foram desenvolvidasatravés desse aplicativo que é compatível com váriasferramentas como, Java, MySQL, e outras [3].

 B 2.2 MYSQL

O MySQL é um sistema de gerenciamento (SGDB) de banco de dados que utiliza o SQL como linguagem. É umdos bancos de dados mais utilizados no mundo,disponibilizado gratuitamente pela Oracle Corparation.

A portabilidade, compatibilidade e os módulos deinterface para diversas linguagens de programação, sãocaracterísticas pelas quais muitos desenvolvedores optem

 por esse SGDB [4] [5].Para o cadastro do acervo e dos usuários do sistema, o

MySQL foi utilizado para projetar e gerenciar o banco dedados.

C. LEITOR DE CÓDIGO DE BARRAS SEM FIO

Como o objetivo é permitir a portabilidade e agilidadena coleta dos dados, o leitor de código de barra sem fio detransmissão Bluetooth foi à opção mais adequada.

O modelo utilizado é o  Metrologic MS9535 VoyageBT, ver Figura 1. Leve, portátil, comunicação Bluetoothcom alcance de até dez metros [6].

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Fig. 1. Leitor de código de barra Metrologic MS9535 Voyage BT.

O sistema manual de inventário, não só é demoradocomo apresenta mais erros. Para o homem executar umatarefa repetitiva uniformemente não é fácil. Podem ocorrer anotações equivocadas dos códigos.

 No caso do leitor isso não acontece, podendo ocorrer excepcionalmente a dificuldade de leitura, se o código de

 barras estiver danificado. Com tudo, essa possibilidade émínima.

A aquisição de um leitor sem fio na relaçãocusto/benefício não apresenta um investimento elevado.

 D. JAVA

Java é uma linguagem de programação orientada aobjetos. Funciona em arquitetura e sistemas operacionaisdiversos e opera em paradigmas distintos de programaçãocomo: desktop e web.

Existem várias ferramentas gratuitas paraimplementação de sistemas em Java, como exemplo,servidores e drives de banco de dados.

JAVA é ideal no desenvolvimento de aplicativo paradesktop [3].

III. COMPONENTES DO SISTEMA

Atualmente o processo de inventariar o acervo da biblioteca do IESAM ainda é realizado manualmente. Umatarefa demorada e cansativa que é realizada somente no

 período das férias escolares, pois é necessário suspender oatendimento para realizar o mesmo.

O ideal é que essa tarefa seja automatizada diminuindoo trabalho e garantindo agilidade, eficiência, uniformidade,“Quando é uma ferramenta que executa uma tarefa amenos chances de o resultado ser diferente” [7].

Partindo desse principio este trabalho trás uma proposta para automatizar essa atividade através de umsoftware.

Inicialmente foi analisado possibilidades de quatroformas de transferência de arquivo: através do celular integrado com um leitor, adoção de etiquetas RFID -( Radio Frequency Identification), uso de código de barras

 bidimensional (Qrcode) e a troca do leitor convencional por um modelo sem fio.

 A.. UM CELULAR CONECTADO AO LEITOR

A princípio foi estudada a transmissão dos dadosatravés do celular que precisaria estar conectado ao leitor de código de barras. O celular armazenaria esses códigoscoletados pelo leitor. Depois de armazenados no celular seriam transmitidos por Bluetooth para o computador.

Depois de uma análise detalhada, foram identificadosalguns inconvenientes:

• Dificuldades de integração entre o celular e oleitor de código de barras.

• Armazenar grandes volumes de informação nocelular exigira um aparelho com maior 

capacidade de memória.• Um aparelho que suporte maior número de dados

armazenados tem um custo alto.• Um aparelho apenas não seria suficiente, pois o

inventário é realizado por mais de umfuncionário.

Por todas as dificuldades apresentadas foi desconsideradaessa possibilidade.

 B. RFID

Conhecidas como etiquetas inteligentes, o RFID sãoetiquetas com micro-chip eletrônico. Quando inserida emum produto permiti rastreá-lo. O rastreamento é feito por 

ondas de radiofreqüência utilizando-se uma antena [8].O uso dessas etiquetas facilita a leitura dos dados sem a

necessidade de aproximá-los da leitura. Através deverificação e contagem instantânea facilita o processo deinventariar, mas aquisição dessas etiquetas tem um customuito alto. Uma etiqueta custa cerca de 80 centavos

 podendo chegar até 1 dólar, segundo a AssociaçãoBrasileira de Automação (EAN- Brasil).

Para o SIBI – IESAM além do trabalho, substituir asetiqueta implicaria em um investimento muito alto,inviável atualmente.

C. QRCODE 

QrCode são códigos de barras bidimensionais quecomparados aos códigos tradicionais armazenam maior número de informações.

As informações são capturadas por uma câmera decelular. Depois podem ser direcionadas por mensagens ouBluetooth para um banco de dados ou a um endereço web[4].

O software necessário para ler esse código é gratuito edisponibilizado por vários sites.

A utilização desse código implicaria na substituiçãodos códigos de barras, mas ao contrário do RFID, aaquisição não representa custo. Existe programas gratuitos

 para gerar QrCode.

O Ini-gma foi software instalado para realizar a leiturae o Qrcode – Generator para gerar as etiquetas. A leitura ésimples, basta apontar a câmera do celular e capturar aimagem. O próprio celular decodifica a informação [9] [10].

A transmissão por Bluetooth apresentou problemas dedecodificação. Ao enviar essas informações para ocomputador esse não conseguia decodificá-las.

A outra opção de envio de dados é através demensagens, mas enviar grande volume de informaçõesteria um custo altamente elevado.

 D. LEITOR SEM FIO

A adoção de um leitor sem fio entre as demais opçõesfoi a mais adequada: Primeiro não será necessário

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substituir as etiquetas. Segundo a mobilidade agiliza acoleta dos códigos e a transferência de arquivos que éinstantânea. Esses dois aspectos foram relevantes naescolha do equipamento.

IV. O SISTEMA

 A.. LEVANTAMENTO DE REQUISITOS 

Para definição do sistema foi elaborado umlevantamento de dados a partir de entrevistas realizadascom os funcionários da biblioteca.

Chegou-se a uma definição sobre os parâmetrosessenciais a serem inclusos no sistema para atender asexpectativas do usuário.

Com esses requisitos foram elaborados os diagramas decaso de uso, classe e navegação para facilitar oentendimento do sistema.

 B. DESCRIÇÃO DO SISTEMA

A proposta do Sistema de Controle de Acervo visaautomatizar o inventário de acervo. A Figura 2 mostra osfluxos de dados entre o software e hardware do sistema[11].

Fig. 2. Descrição do Sistema.

Com o uso do leitor sem fio os códigos são coletados eenviados instantaneamente para o Desktop. O Softwarerealiza uma consulta no banco e retorna o status dos livrosreferentes a esses códigos: disponível e não cadastrado.

a) Interfaces do sistema:

A tela principal, demonstrada na Figura 3, possui oscomandos de acesso para as demais telas do sistema.Existem sete botões para as opções que o usuário poderárealizar.

Fig. 3. Tela Principal.

O sistema permitirá as seguintes atividades:

Cadastrar um usuário: Demonstrada na Figura 4 teráum login e senha, bem como um perfil, que pode ser Administrador, Usuário e Consulta. Então umAdministrador poderá ter acesso a todos os recursos dosistema e será o único a cadastrar novos usuários, o usuáriocom perfil de Usuário poderá registrar atividades, tais

como um novo inventário, cadastrar livros e fazer relatórios, mas o usuário com perfil somente consulta, teráacesso de visualização ao banco de dados de acervo.

Fig. 4. Cadastro de Usuário.

Cadastro de Acervo: As informações de bibliografia eclassificação de um grupo de livros são armazenadas por esta interface, mostrada na Figura 5, e a partir de uma

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classificação, vários os tombos poderão ser cadastrados.Os tombos são como CPF dos livros e para cada tomboexiste um código de barra.

Fig. 5. Tela de cadastro acervo.Cadastro de Tombo: A informação cadastradaanteriormente na tela de acervo sobre a classificação dolivro é reutilizada para incluir ou alterar o número detombo, pois dentro dessa classificação existem váriosexemplares com vários números de tombos diferentes.Como mostra a Figura 6.

Fig. 6. Cadastro de Tombo.

Cadastro de Atividade: Existem duas atividadesrealizadas pela biblioteca, uma delas é o relatório e outro é

a realização do inventário, para facilitar esse processo essatela foi criada para um cadastramento prévio dessasatividades mostrado na Figura 7.

Fig. 7. Cadastro de Atividade.

Registro de Atividade: As informações dessa tela vão ser disponibilizadas de acordo com a tela anterior de cadastro.

 Nesse registro estará o código da atividade que pode ser um simples relatório ou um inventário do acervo, o códigodo usuário que realizou a tarefa e data. Ver Figura 8.

Fig. 8. Registro de Atividade.

Registro de Relatório: Essas informações vão constar nocabeçalho do relatório que será gerado para verificar asituação daquele determinado livro, verificado através doseu número de tombo como mostra a Figura 9.

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Fig. 9. Registro de Relatório.

Leitura do Código de Barras: A Figura 10 mostra a telaque dará início à coleta de dados dos livros do acervo, faráa varredura no banco de dados, mostrando posteriormente

o status do livro que pode estar disponível ou nãocadastrado.

Fig. 10. Tela de Leitura do Código de Barras

As figuras a seguir mostram o que o sistema deveráfazer após ser implementado:

Base de Dados: A Figura 11 mostra a base de dados quefoi utilizada para a verificação do status do livro. Nela sãoobtidos os seguintes resultados: Após a leitura do livro

 pelo leitor de código de barras o status da base passa de Nada para livro não cadastrado ou livro não disponível.

Fig. 11. Base de Dados.

Relatórios: As figuras a seguir mostram os resultadosfiltrados pelo o usuário para verificar o estado do livro noacervo.

 Fig. 12.

Fig. 13.

 B. TRABALHOS FUTUROS 

Para a conclusão do projeto faltam finalizar aintegração das interfaces com o banco de dados, fazer o

 programa para receber os arquivos transmitidos pelo leitor e realizar a comunicação do leitor com o sistema.

Como propostas futuras a equipe pretende desenvolver um sistema para os empréstimos especiais. Essesempréstimos são realizados também de forma manual, sãoeles empréstimos para professores que precisam passar mais de um mês, também para alunos que precisam por um

tempo maior, para xerox ou ainda estão para reconstrução,todos são realizados com fichas manuais, dificultando a procura na hora de inventariar o acervo.

V. CONCLUSÃO

A tecnologia de um leitor de código de barras sem fio pode ser incorporada aos mais diversos tipos de sistemas. No contexto desse projeto, a proposta utiliza o leitor semfio para coletar os códigos de barras dos livros do acervoda biblioteca do Iesam. Com a implementação dessesistema, acredita-se que haverá maior controle no extraviodesses livros, além de agilizar, dar eficiência, mobilidade e

uniformidade no serviço realizado.

VI. R EFERÊNCIAS

[1] R. M. Fischi; A. Merlos, “SAI-Sistema de Inventário Automatizado para as Bibliotecas do SIBI/USP”. Perspectivas em Ciência da Informação. Vol.12, No.1, Belo Horizonte, Jan./Abr., 2007.Disponível: http://www.scielo.com.br. 2010.

[2] GS1, Brasil. “Célula de Competência Automação”. Disponível:http://www.eanbrasil.org.br. 2010.

[3] D. Harvel, D. Paul, “Java Como Programar” 4.ed, trad. A. Carlos.Porto Alegre, Ed. Bookman, 2002.

[4] C. A. Hauser, “Projeto de Banco de Dados”, nº4, 5ed, - Porto Alegre,2004.

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[5] M.Felipe Nery R., “Projeto de Banco de Dados” 7. ed, São Paulo,2001.

[6] Hardstand. “Soluções em automação e código de barras”, Disponível:http://www.hardstand.com.br/metrologic-ms9535.htm.. 2010.

[7] K. André, e S. Michel dos Santos, “Qualidade de Software”, 2. ed,São Paulo, 2007.

[8] B. C. Gonçalves, “A Tecnologia Rfid e os benefícios da etiquetainteligente para os negócios”, Disponível:http://www.unibero.edu.br. 2010.

[9] I-nigma. Disponível: http://www.i-nigma.com/i-nigmahp.html. 2010.

[10] Qr Code Generator. Disponível:http://zxing.appspot.com/generator/. 2010.

[11] R. Ricardo. “Conceitos Fundamentais de Banco de Dados”. SQL Magazine, Disponível em: http://www.devmedia.com.br. 2010.


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