Download - Aula de geografia de 18 de março de 2013
Geografia e Território (Paisagem)Fatores Abióticos Fatores BióticosFatores AntrópicosInterações
RiscosNaturaisTecnológicos/AntrópicosMistos
Instrumentos de Gestão Territorial
Tecnologias de Informação Geográfica e Gestão do Território
Técnicas de Construção Sustentável
Contributos para a Sustentabilidade do Território
• Análise espacial do território - Geossistema– Fatores Abióticos / Bióticos / Antrópicos
• Geomorfologia• Hidrografia• Climatologia• Interação sistémica
• Riscos ambientais / antrópicos / mistos• Instrumentos de Gestão Territorial• Tecnologias de Informação Geográfica (TIG)• Técnicas de Construção Sustentável• Contributos para a Sustentabilidade do Território
Acção Antrópicaou humana
GEOSSISTEMA
Potencial Ecológico Exploração Biológica
Geomorfologia + Clima + Hidrografia Flora + Solo + Fauna
Conceptualização do Território como o Geossistema
Relevo
Hidrografia
Vegetação
Elementos Artificiais
Análise do território (SIG) – Componentes da Paisagem (exemplos)
Análise do território (SIG)
Relevo
Hidrografia
Vegetação
Elementos Artificiais
Abióticos
Análise do território (SIG) - Abióticos
Análise do território (SIG) - Abióticos
Relevo
Hidrografia
Vegetação
Elementos Artificiais
Bióticos
Análise do território (SIG)
Análise do território (SIG) - Bióticos
Análise do território (SIG) - Bióticos
Relevo
Hidrografia
Vegetação
Elementos Artificiais Antrópicos
Análise do território (SIG)
Análise do território (SIG) - Antrópicos
Análise do território (SIG) - Antrópicos
Fatores abióticos do território
• Geomorfologia
• Hidrologia
• Climatologia
Geomorfologia
A litologia condiciona o comportamento de variáveis como: morfologia, tipo de solos, permeabilidade, coberto vegetal, etc.
Granitos
Sienitos
Gabros
Dunas e areias
Conglomerados, Calcários
O solo: camada superior da crosta terrestre, constitui um recurso vital e, em grande medida, não renovável, sujeito a ameaças crescentes como resultado de várias atividades humanas. O solo assegura várias funções essenciais, sendo, por isso, necessário protegê-lo, para que haja desenvolvimento sustentável.
Solo rico
Solo pobre
O relevo é um indicador do funcionamento ecológico da paisagem e por conseguinte uma componente fundamental para a interpretação do território.
A exposição das vertentes assume grande significado ecológico, pois determina diretamente a radiação solar, temperatura, humidade e indiretamente, o conforto bioclimático (fauna, flora e o Homem).
Exposições Quentes
NFesto
Festo
O declive é um dos principais elementos restritivo às actividades humanas e aos processos físicos. Este é o factor determinante nas taxas de perda de solo, portanto é um óptimo descritor da morfologia do terreno.
Estudos mostram que a perda de solo aumenta com o incremento do declive, visto que o escoamento potencia as capacidades de desagregação e transporte.Na análise da erosão do solo, os declives aparecem como um dos mais importantes parâmetros morfológicos a considerar.
Fisiografia
A análise fisiográfica, fundamental para o estudo do território, fornece uma leitura clara e imediata das principais formas e ecossistemas definidores do modelado da paisagem, como sejam as linhas de festo e os talvegues.
Linhas de festo são aquelas que unem os pontos mais elevados do terreno e que, como tal, dividem planos de drenagem distintos, sendo por isso igualmente designadas por linha de separação de águas.
Talvegues são linhas que unem os pontos de cota mais baixa do terreno, para as quais drenam as águas de escorrência superficial, pelo que correspondem, geralmente, a zonas húmidas, associadas à acumulação destas águas.
Talvegue
Festo Festo
Hidrografia
As bacias hidrográficas são unidades territoriais de caráter estratégico na gestão dos recursos naturais.
A rede hidrográfica é muito importante para a compreensão do território, quanto à sua modelação, trocas de energia e constituição das comunidades bióticas, uma vez que a água é o fator ambiental que maior influência tem na sua distribuição. Depende de outros fatores ambientais como sejam o tipo de solo ou o declive.
# ToponímiaLimite da BaciaCanaisLinhas de ÁguaRio Tejo
Montijo
Pinhal Novo
.
.
Rio Tejo
Climatologia
Clima como fator de ordenamento do território
• Posição geográfica
• Latitude
• Relevo
Condicionantes do clima
Movimento de translaçãoda Terra
Rotação
“A energia solar constitui a verdadeira causa
de quase todos os processos físicos e
químicos que ocorrem na Terra, responsáveis
pelas condições meteorológicas, pelas
circulações oceânicas, pela modelação da
crosta terrestre e praticamente por todos os
fenómenos biológicos” (Pinto Peixoto, 1981).
Posição do sol ao longo
das estações do ano
Movimentos de massas de ar
Análise climática
Imagem de satélite de 16 de março de 2013 (20:00 UTC) – Fonte: NOAA
Movimentos de massas de ar
Análise climática
Imagem de satélite de 16 de março de 2013 (21:00 UTC) – Fonte: NOAA
Movimentos de massas de ar
Análise climática
Imagem de satélite de 16 de março de 2013 (22:00 UTC) – Fonte: NOAA
Movimentos de massas de ar
Análise climática
Imagem de satélite + radar de 16 de março de 2013 (23:00 UTC) – Fonte: NOAA
Precipitação atmosférica“Chama-se precipitação à deposição, no Globo Terrestre,
de água, no estado líquido ou sólido, proveniente da
atmosfera (Retallack, 1981 a; WMO, 1966). Em certas
regiões é importante considerar também a água que passa
da atmosfera para a terra por condensação do vapor de
água (geada) sobre superfícies arrefecidas, e ainda a água
que resulta da interceção das gotas de água das nuvens (o
nevoeiro é uma nuvem que toca no solo ou no mar) pelos
corpos existentes à superfície do globo.”
Fonte: "Atlas do Ambiente Digital - IA"
Análise climática
TemperaturaParâmetro condicionador do sistema
biótico, uma vez que tem um efeito
decisivo nos processos vitais,
influenciando a atividade das plantas
e dos animais. A distribuição das
comunidades vegetais naturais e das
plantas cultivadas está estritamente
dependente do parâmetro
temperatura.
Fonte: "Atlas do Ambiente Digital - IA"
Análise climática
InsolaçãoTempo de sol descoberto num
determinado local e durante um dado
intervalo de tempo, sendo expresso
em horas.
Fonte: "Atlas do Ambiente Digital - IA"
Análise climática
Radiação solarAssume importância vital para os
seres vivos, influenciando um grande
número de processos biológicos
(fotossíntese, transpiração,
germinação das sementes) e a
distribuição das comunidades
vegetais.
Fonte: "Atlas do Ambiente Digital - IA"
Análise climática
Fonte: "Atlas do Ambiente Digital - IA"
Análise climática
Radiação Solar Global
Interação sistémica
1 - Sistema vertente
Em permanente equilíbrio dinâmico, que depende de dois tipos de processos: movimentos individuais de partículas e movimentos em massa, podendo ambos ser lentos ou rápidos.
Intemperismo – Processosfísicos ou químicos de alteração/ desagregação da rocha
Percolação – Processo de filtragem
Juntas e acamamento – onde É mais fácil a desagregação de material (falhas ou quebras)
Os MOVIMENTOS INDIVIDUAIS DE PARTÍCULAS integram: a queda de blocos, o “splash”, os “pipkrakes” ou “agulhas de gelo”, a formação de ravinas por ação da escorrência.
• “SPLASH” - Decorre do impacto das gotas de chuva no solo, atuando fundamentalmente ao nível da sua desagregação.
• RAVINAMENTOS - A concentração da escorrência leva à formação de sulcos na superfície da vertente graças à sua ação de transporte das partículas de solo desagregadas.
Os MOVIMENTOS EM MASSA integram como principais processos os deslizamentos, os movimentos solifluxivos, os desabamentos, os desmoronamentos e as escoadas ou fluxos de detritos (debrisflow) e de lama (mudflow), assumindo um grau de profundidade e velocidades variáveis.
• DESLIZAMENTO (SLIDE) - Constitui um movimento em massa de solo ou rocha ao longo de uma vertente, sendo determinante para a sua ocorrência a existência de planos de rutura.
• ESCOADA OU FLUXO DE DETRITOS (DEBRISFLOW) - Caracteriza-se pela deslocação de uma massa de materiais muito heterométricos, integrando materiais finos como areia, silte e argila, e grosseiros, calhaus e blocos, assim como uma quantidade variável de água. A água determina a componente fluida e viscosa da massa afetada, sendo responsável pela saturação dos solos e detritos.
2 - Ilha de calor urbano
Área da cidade em que a temperatura do ar ou da superfície é mais elevada do que no campo circundante.
Ilha de calor noturna de Lisboa: Temperaturas normalizadas da atmosfera referentes a noites com vento Norte moderado (Andrade, 2003).
3 - Conforto bioclimático
Conf.
27,5ºC
20ºC
65%30%
0ºC - congelação
Provável insolação
Limite de trabalho de intensidade mod.
47,5ºC31%
32ºC95%
47,5ºC20%
27,5ºC93%
Humidade %
Tem
pera
tura
ºC
Riscos
Conceitos:
Perigo - Processo (ou ação) natural, tecnológico ou misto suscetível de produzir perdas e danos identificados (ANPC, 2009).
Risco - Probabilidade de ocorrência de um processo (ou ação) perigoso e respetiva estimativa das suas consequências sobre pessoas, bens ou ambiente, expressas em danos corporais e/ou prejuízos materiais e funcionais, diretos ou indiretos (ANPC 2009).
Consequência ou Dano Potencial - Prejuízo ou perda expectável num elemento Potencial (C) ou conjunto de elementos expostos, em resultado do impacto de um processo (ou ação) perigoso natural, tecnológico ou misto, de determinada severidade (ANPC 2009).
Riscos e ordenamento do território
Riscos
O risco é a probabilidade de um evento adverso poder acontecer, multiplicado pela sua magnitude.
Risco biofísico está relacionado com acontecimentos geofísicos extremos responsáveis por certos danos como consequência dos sistemas naturais.
Riscos (ANPC*, 2009):
Riscos Naturais - os que resultam do funcionamento dos sistemas naturais (e.g., sismos, movimentos de massa em vertentes, erosão do litoral, cheias e inundações);
Riscos Tecnológicos/Antrópicos - os que resultam de acidentes, frequentemente súbitos e não planeados, decorrentes da atividade humana (e.g., cheias e inundações por rutura de barragens, acidentes no transporte de mercadorias perigosas, emergências radiológicas);
Riscos Mistos - os que resultam da combinação de ações continuadas da atividade humana com o funcionamento dos sistemas naturais (e.g., incêndios florestais, contaminação de cursos de água e aquíferos, degradação e contaminação dos solos).
*ANPC – Associação Nacional de Proteção Civil
Riscos Naturais - que resultam do funcionamento dos sistemas naturais. Refletem direta ou indiretamente as alterações no clima, na dinâmica litoral, na dinâmica fluvial, no substrato (litologia e solos), etc.
Riscos de erosão (declives, litologia, permeabilidade, densidade de drenagem e ocupação do solo, entre outros)
Movimentos de massa em vertentes;
Erosão do litoral;
Cheias e inundações;
Sismos...
Os principais Riscos Naturais:
• Condições meteorológicas adversas - nevoeiros, nevões, ondas de calor/frio, secas;
• Hidrologia – cheias e inundações (efémeras, progressivas, galgamento costeiro, por tsunami);
• Geodinâmica interna – sismos, atividade vulcânica, radioatividade natural;
• Geodinâmica externa - movimentos de massa em vertentes (desabamentos, deslizamentos e outros); Erosão costeira: destruição de praias e sistemas dunares; Recuo e instabilidade de arribas, colapso de cavidades subterrâneas naturais;
Risco de Terramoto/Tsunami (Sendai – Japão)
15-05-2008
11-03-2011
Riscos (Sendai – Japão)
11-03-2011
Riscos (Sendai – Japão)
15-05-2008
Riscos (Aeroporto - Sendai, Japão)
11-03-2011
Riscos (Aeroporto - Sendai, Japão)
Riscos (Lisboa 1755)
Risco Sísmico dos Solos (Lisboa)
Segurança face à RSS (Lisboa)
Riscos Tecnológicos/Antrópicos – os que resultam de acidentes, frequentemente súbitos e não planeados, decorrentes da atividade humana / diretamente relacionados com a atividade humana
Exemplos:
Pressão humana (Densidade populacional, de edifícios, outros…)
Poluição (do ar, do solo, da água, sonora, …)
Incêndios (florestais, urbanos…)
Os principais Riscos Tecnológicos /Antrópicos:
• Transportes - Acidentes rodoviários, ferroviários, fluviais e aéreos; Acidentes no transporte terrestre de mercadorias perigosas; Acidente com transporte marítimo de produtos perigosos;
• Vias de comunicação e infraestruturas - Colapso de túneis, pontes e outras infraestruturas; Acidentes em infraestruturas fixas de transporte de produtos perigosos (oleodutos e gasodutos); Cheias e inundações por rutura de barragens; Colapso de galerias e cavidades de minas;
• Atividade industrial e comercial - Acidentes em áreas e parques industriais; Acidentes que envolvam substâncias perigosas; Degradação e contaminação dos solos com substâncias NBQ (Nuclear, Biológico ou Químico); Acidentes em instalações de combustíveis, óleos e lubrificantes; Acidentes em estabelecimentos de fabrico e de armazenagem de produtos explosivos; Acidentes em estabelecimentos de atividades sujeitas a licença ambiental; Incêndios e colapsos em centros históricos e em edifícios com elevada concentração populacional; Poluição atmosférica grave com partículas e gases; Emergências radiológicas;
Angola (N. do porto de Luanda), 2006
Kolontár e Devecser, Hungria, 2010Golfo do México, EUA, 2010
MIGHTY SERVANT 3 Queda da Ponte Hintze Ribeiro 4/3/2001
Riscos tecnológicos:
Riscos Tecnológicos / Antrópicos
Chiado, Lisboa, Ago. 1988
Riscos Mistos - resultam da combinação de ações continuadas da atividade humana com o funcionamento dos sistemas naturais
Os principais riscos mistos:
• Relacionados com a atmosfera - Incêndios florestais;
• Relacionados com a água - Degradação e contaminação de: Aquíferos, Águas superficiais;
• Relacionados com o solo - Degradação e contaminação dos solos; Erosão hídrica dos solos;
Exemplos:
Emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE) e alterações climáticas
Riscos mistos - Problemas ambientais e alterações climáticas
A maioria do aumento médio da temperatura verificado desde meados do século XX, também designado por aquecimento global, é muito provavelmente resultado das atividades humanas, sobretudo devido à queima de combustíveis fósseis e desflorestação, que têm aumentado a quantidade de GEE, excedendo muitas vezes os valores limites, tolerados por diversos organismos.
Exemplos:
Emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE) e alteraçõesclimáticas
As alterações climáticas poderão ocasionar ou agravar fenómenosmeteorológicos irregulares e/ou extremos (tempestades, ciclones,inundações, seca, entre outros), não só quanto à intensidade, mastambém ao aumento da sua frequência.
Como consequência, afectam todo o sistema terrestre: degelo, oaumento do nível médio do mar, recursos marinhos e costeiros; adisponibilidade de água, a infiltração, erosão, fertilidade, produtividade euso do solo; incidência de doenças, perca da biodiversidade; ofuncionamento natural dos habitats e ecossistemas, migrações,disponibilidade de alimento, entre outros.
Riscos mistos - Problemas ambientais e alterações climáticas
Exemplos:
3. Emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE) e alterações climáticas
Riscos mistos - Problemas ambientais e alterações climáticas
Estas consequências originam mais desequilíbrios em todo o sistema climático, potenciando o seu grau de perigosidade e risco.
Por outro lado, o aumento populacional e a fixação em áreas que anteriormente estavam inabitadas duplicam o risco e a vulnerabilidade a estes fenómenos, com consequências graves para a infraestrutura, os bens materiais, a saúde e a natureza.
Alterações climáticas - Desaparecimento de glaciares (Bergsetbreed – Noruega)
1998 2001
2004 2007 2007
2008
Alterações climáticas - Desaparecimento das calotes polares e glaciares
Alterações climáticas – Incêndios na Austrália Fev. 2009
Alterações climáticas – Incêndios em Portugal – verão de 2003
Erosão costeira (EUA)
Efeitos dos GEE
Luanda ( Estrada do Golfo / Viana / Kikuxi - 2001)
Pressão construtiva
Luanda ( Estrada do Golfo/Viana/Kikuxi - 2005)
Pressão construtiva
Luanda ( Estrada do Golfo/Viana/Kikuxi - 2010)
Pressão construtiva
Luanda (Porto - 2000)
Pressão construtiva
Luanda (Porto - 2005)
Pressão construtiva
Luanda (Porto - 2010)
Pressão construtiva
Riscos de erosão costeira Costa de Caparica, 1995
Costa de Caparica 2001
Costa de Caparica 2007
Costa de Caparica 2009
Costa de Caparica
~250 m
(Evolução 1995-2011 : 16 anos) 2011
2011
Costa de Caparica
2007
2003Pressão construtiva no litoral – Troia
Pressão construtiva no litoral – Troia 2009
Construção clandestina - Faro
QL: processo administrativo/loteamento – 1970Integração Paisagística – 1989/1991Plano G. de I.P. – 1990Quinta Shopping – 2000; renovado 2009; Conrad 2011
Ilha de Faro: Sistema de ilhas-barreira da Ria Formosa; Construção da ponte rodoviária na década de 50intensificou a forte ocupação, que tem destruído o cordão dunar.
2004Pressão construtiva - Faro
Construção ilegal e pressão construtiva - Faro 2009
Alteração na dinâmica sedimentar da Ria Formosa;Destruição do cordão dunar e do Sistema de ilhas-barreira.
O crescimento urbano é fenómeno geral. Ele representa uma característica do desenvolvimento de qualquer povo. Passar a viver em aglomerados de dimensão tal que se traduza em vantagens coletivas — poder dispor de água corrente, de saneamento, de escolas e serviços de saúde, ter mais fácil acesso à cultura e às....
Região Autónoma da Madeira – 20 de Fevereiro de 2010Precipitação intensa, deslizamentos, derrocadas...
1.2. Desenvolvimento e urbanismo — problemas madeirensesNos últimos cinquenta anos, a população do concelho do Funchal— onde se concentra a maior parte da população urbana daIlha da Madeira — duplicou: com 50 milhares em 1911, atingeatualmente a ordem dos 100 mil, para mais e não para menos,isto é, 1/3 da população insular total.Mas este crescimento processou-se, do ponto de vista urbano,como resultado de adições sucessivas, ao sabor do acaso, isto é,sem obedecer a qualquer planeamento. Em consequência disso,depara-se atualmente com uma situação que é urgente remediar,devendo criar-se simultaneamente as condições para que a expansãofutura se processe em termos aceitáveis.Esta expansão será determinada pela evolução socioeconómica.O fraco desenvolvimento atual do Arquipélago obriga a preveralterações profundas, quer na atividade económica, quer nosindicadores demográficos, culturais e outros.
Câmara de Lobos 1890
Câmara de Lobos (presente)
Câmara de Lobos (presente)
Funchal 1952
Cronologia Funchal #1
15 Fev. 2003
25 Fev. 2004
07 Out. 2006
31 Dez. 2007
Cronologia Funchal #2
15 Fev. 2003
25 Fev. 2004
07 Out. 2006
31 Dez. 2007
Riscos de Cheias e inundações
Instrumentos de Gestão Territorial (IGT)
• Estudam a ação humana no território• Contribuem para o correto ordenamento do território• Previnem o risco• ...
Os Instrumentos de Gestão Territorial (IGT) são um conjunto de documentos aprovados pelo Decreto-Lei n.º 380/99 de 22 de Setembro que têm como objetivos o estabelecimento do regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial (RJIGT), onde se definem algumas das principais regras sobre o planeamento e ordenamento do território de Portugal.
Os IGT foram já alterados por duas vezes para desta maneira melhor desempenharem as suas tarefas de regulamentação. A primeira foi através do Decreto-Lei n.º 310/2003 de 10 de Dezembro e o segundo foi o Decreto-Lei n.º 316/2007 de 19 de Setembro.
Nome Sigla Características Nível
Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território
PNPOT Estabelece as maiores e mais importantes decisões a serem tomadas na gestão do ordenamento do território português. Está acima de todos os outros IGT complementando-os. É um elemento de cooperação com planos semelhantes na UE relativos ao Ordenamento do Território da União.
Nacional
Planos sectoriais PS Planos relativos a diversas áreas da administração central tais como transportes, comunicações, saúde, cultura ou ambiente.
Nacional
Planos Especiais de Ordenamento do Território
PEOT Estabelecem a salvaguarda de recursos e valores naturais e o regime de gestão compatível com a utilização sustentável do território.
Nacional
Plano de Ordenamento da Orla Costeira
POOC Definição de restrições relativas à costa de modo a salvaguardar as características do litoral. Abrange águas marítimas costeiras e interiores, respetivos leitos e margens e faixas de proteção.
Especial
Plano de Ordenamento de Áreas Protegidas
POAP Garante a proteção e preservação de áreas com valor de património natural. Este aplica-se a Reservas Naturais, Parques Nacionais, Parques Naturais e Paisagens Protegidas.
Especial
Plano de Ordenamento de Albufeiras de Águas Públicas
POAAP Define as utilizações de águas públicas e da ocupação das zonas de proteção associadas ás albufeiras.
Especial
Plano de Ordenamento dos Estuários
POE Visa a proteção das águas, leitos e margens dos ecossistemas que as habitam, assim como a valorização social, económica e ambiental da orla terrestre envolvente.
Especial
Planos Regionais de Ordenamento do Território
PROT Definem os objetivos relativos ao planeamento do território ao nível da região (equivalem aproximadamente às NUTS II), assentando num modelo de organização do território regional. Surgem da fragmentação do PNPOT e dos planos setoriais e constituem o quadro de referências dos PIMOT e PMOT
Regional
Planos Intermunicipais de Ordenamento do Território
PIMOT Elemento conciliador entre PMOT de municípios adjacentes/vizinhos. Têm como principal função a articulação socioeconómica dos municípios envolvidos no plano. São elaborados pelas câmaras municipais envolvidas e postos em prática após aprovação das CCDR (Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional).
Municipal
Nome Sigla Características Nível
Planos Municipais de Ordenamento do Território
PMOT Planos que definem os principais objetivos relativos ao município. Define a utilização do solo municipal de modo a que a organização de redes e sistemas urbanos seja feita a uma escala aceitável.
Municipal
Plano Director Municipal PDM Define os usos e atividades do solo municipal através do estabelecimento de classes e categorias dos vários tipos de edificações. Abrange desde edifícios residenciais até estações de recolha de resíduos.
Municipal
Plano de Urbanização PU Fornece o quadro de referência para a aplicação de políticas urbanas tais como o regime de uso do solo e os critérios de transformação do território.
Municipal
Plano de Pormenor PP Definição detalhada da ocupação de qualquer área específica do território municipal.
Local
Tecnologias de Informação Geográfica e a Gestão do Território
• Ferramentas fundamentais para a aquisição, análise e gestão do território (ex: Open GIS Consortium; Directiva 2007/2/EC do parlamento e Concelho Europeu (INSPIRE); DL 180/2009 relativo a Informação Geográfica)
– Dados muitas vezes em tempo real (do produtor/sensor ao utilizador)
• Contribuem para a minimização dos impactes negativos da ação humana
• Contribuem para o correto ordenamento do território
Informação Geográfica
Atualmente com o avanço tecnológico, especialmente no que concerne aos múltiplos sistemas de
observação da Terra, a capacidade de processamento de dados digitais e o desenvolvimento de
redes de partilha de conhecimento, como a internet, a obtenção de dados em quantidade e
qualidade, tornou-se mais célere.
Informação Geográfica Digital
A Informação Geográfica no formato Digital (IGD), assume um papel preponderante, considerando
o potencial de propagação de dados, aumentando a interação entre entidades e regiões, reduzindo
custos na aquisição, tratamento e visualização de informação, possibilitando a produção de
cartografia e sistemas de gestão (muitas vezes em tempo real), respondendo atempadamente às
necessidades e exigências atuais de gestão do território.
2001
2006
2010+3D
Tecnologias de Informação Geográfica (TIG)
O termo TIG procura abranger todo o tipo de plataformas e sistemas informáticos utilizados no
processamento de Informação Geográfica.
Exemplos:
1. Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GNSS)
2. Deteção Remota (DR)
3. Sistemas de Informação Geográfica (SIG)
Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GNSS)
Os Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GNSS,
como o GPS - Americano, GLONASS - Russo, GALILEO -
Europeu e o COMPASS - Chinês) permitem, através da
utilização de aparelhos recetores de GNSS
(presentemente generalizados com a sua integração em
smartphones), a localização in situ, dos resultados obtidos,
minimizando os custos na determinação da posição de
objetos.
Deteção Remota
O recurso à Deteção Remota (DR) possibilita a obtenção de dados à distância sobre um determinado objeto,
área ou fenómeno, através da captura por um dispositivo ou sensor a bordo de uma plataforma (e.g. avião
ou satélite).
Os constantes aperfeiçoamentos das resoluções espacial, radiométrica, espetral e temporal e dos algoritmos
de classificação, tem vindo a permitir gradualmente a maior consistência dos dados, a aquisição periódica e a
maior cobertura espacial a custos relativamente baixos.
SPOT 5 (Système Probatoire d'Observation de la Terre) Fonte: CNES (Centre National d‘Etudes Spatiales )
GeoEye 1 Fonte: GeoEye
Sistemas de Informação Geográfica (SIG)
Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) poderão ser definidos como “Um conjunto integrado
de hardware, software, dados geográficos e pessoal técnico, designado para capturar, armazenar,
atualizar, manipular, analisar e disponibilizar todos os tipos de informação georreferenciada” (INHS,
s/d)
“...aplicam a tecnologia informática a tarefas de captura, armazenamento, manipulação, análise,
modelação e visualização de informações sobre a superfície terrestre e a distribuição de
fenómenos. Emergiram como uma forma distinta de utilização do computador, com a sua própria
indústria do software e variedade de produtos” (Goodchild, 2001).
Sistemas de Informação Geográfica (SIG)
Os SIG são particularmente relevantes para a gestão do território e o apoio à
decisão, uma vez que permitem a análise e avaliação em tempo útil,
de elevadas quantidades de dados multidisciplinares, relacionáveis entre si
(através de uma referência espacial), tornando possível executar um elevado
número de tarefas, que até à algum tempo atrás eram morosas.
Ao estabelecer a intersecção entre os dados espaciais atuais e a cartografia antiga, possibilitam a
reconstituição histórica através da produção de nova informação (retrospetiva) georreferenciada,
obtida pelo cruzamento entre os dados históricos e os atuais.
Sistemas de Informação Geográfica 2D/3D/4D
Cartografia Analógica (ex:Cartografia Histórica) Digital
Sistemas de Informação Geográfica 2D
Sistemas de Informação Geográfica 3D
x
yz
Sistemas de Informação Geográfica 3D + tempo (4D)
2003 2008 2013
Lisboa (1858)
Evolução da cidade e da frente ribeirinha
Fonte: GEO (Filipe Folque)
Visualização de cartografia histórica georreferenciada
Vila Viçosa (1763)Visualização de Cartografia Histórica
Localização in situ de edifícios e estruturas
Fonte: GEAEM / DGIEE
Vila Viçosa 1763
Vila Viçosa 1763
Vila Viçosa 1763
Vila Viçosa 1763
Vila Viçosa 1763
Vila Viçosa 1998
Coord. (HGDLx)X: 262000Y: 202107
Vila Viçosa 1998
N
Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA)
Integração da informação a diversos níveis
Fonte: IHRU/SIPA
Técnicas de construção sustentável
• Utilizam a técnica (inteligência) para melhorar o desempenho das edificações
• Reduzem o desperdício (economizam recursos, potenciam o conforto humano e a qualidade ambiental)
• Potenciam a rentabilidade económica (ex: possibilidade de venda de energia à rede)
Situação no Verão e no Inverno
Inverno / verão
Termoreguladores microclimáticos
Com protecção solarSem protecção solar
Um exemplo INETI em LisboaInverno / verão
Termoreguladores microclimáticos
Termoreguladores microclimáticos
Arrefecimento no VerãoAquecimento no Inverno
Árvores de folha caduca
Termoreguladores microclimáticos
Espelho de água
Ventilação
Termoreguladores microclimáticos
Arrefecimento no Verão / aquecimento no Inverno
N
Árvores de folha perene
(a Sul)
Árvores de folha Caduca (a Oeste)
Espelho de água
Termoreguladores microclimáticos
TécnicasConstrutivas
Parede de Trombe
Uso eficiente da água
Captação de água
Depósito de água
Uso eficiente da energia – Produção Fotovoltaica
Uso eficiente da energia – Produção aerogeradores
Uso eficiente da energia
Menores custosMelhor ambiente
Mais saúde
Aumento da qualidade de vida
Eficiência Energética em EdifíciosForam publicados em Diário da República (DR 67 - Série I - A) três diplomas que transpõem parcialmente para a ordem jurídica nacional a Diretiva n.º 2002/91/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro, relativa ao desempenho energético dos edifícios.
Estes diplomas contemplam importantes alterações legislativas e dos hábitos de projeto no setor dos edifícios, tais como:
- A aprovação da criação do Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (D.L. n.º 78/2006);
- O Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização dos Edifícios (RSECE) (D.L. n.º 79/2006);
- O Regulamento das Características do Comportamento Térmico de Edifícios (RCCTE) (D.L. n.º 80/2006).
Modelo de Certificação Energética para Edifícios
Eco-Arquitectura O exemplo de Gaudi (entre outros)
Eco-Arquitectura
Ninho de térmitas Sagrada Família / Casa Batló
O exemplo de Gaudi
Eco-Arquitectura O exemplo de Gaudi
Eco-Arquitectura O exemplo de Gaudi
Eco-Arquitectura O exemplo de Gaudi
Contributos para a sustentabilidade do território
• Utilizar a técnica (inteligência) para melhorar o desempenho das cidades e das populações (maior qualidade do ambiente, da saúde e da economia)
• Reduzir o desperdício (economizam recursos, potenciam o conforto humano e a qualidade ambiental)
• Melhorar a justiça social (equidade)
Contributos para a sustentabilidade do território
Cidades: Passado/Atualidade• Combustível fóssil• Poluição• Alimentos do exterior• Desequilíbrios sociais• Uso intensivo de matérias primas• Desperdício
EnergiaÁguaResíduos
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Contributos para a sustentabilidade do território
Cidades: Atualidade/Futuro• Fontes energéticasdiversificadas• Melhor ambiente• Alimentos produzidos localmente• Maior cultura e diversidade• Maior mobilidade• Menor desperdício
EnergiaÁguaResíduos
• Maior economia• ...
Contributos para a sustentabilidade do território
Reciclar
Reduzir
Reutilizar
Contributos para a sustentabilidade do território
Contributos para a sustentabilidade do território
+Economia (combustível, infraestruturas e espaço)+Saúde (exercício e qualidade do ar)+Ambiente (menos poluição e espaço Impermeabilizado na cidade)
Contributos para a sustentabilidade do território
Central Park, NY(séc. XIX: 1857)Frederick Law Olmsted
Lisboa: Passeio público (séc. XVIII: 1764) Reinaldo Manuel dos Santos
Av. Liberdade (séc. XIX) Parque Ed. VII, Lisboa
Conceitos: Green necklace Green belt Greenway Parque …
Contributos para a sustentabilidade do território
Contributos para a sustentabilidade do território
Contributos para a sustentabilidade do território
+Economia (produção de alimentos e sua distribuição)+Saúde (produtos biológicos e que melhoram a qualidade do ar urbano)+Cultura (aprender a cultivar os próprios alimentos e a valorizar o solo)+Ambiente (menor impermeabilização do território, maior aproveitamento do espaço)
Contributos para a sustentabilidade do território
Roof gardens) vertical gardens)
Contributos para a sustentabilidade do território
Contributos para a sustentabilidade do território
Contributos para a sustentabilidade do território
Cuidados a ter em conta quando se executa um projeto:
• Análise biofísica (abiótica e biótica) da área de implantação (posição geográfica, clima, exposição, relevo, declive, hidrografia, habitats, espécies autóctones, …)
• Estudo preliminar (seleção dos materiais construtivos, redução de impacte ambiental)
• Características gerais / necessidades do utilizador (qual o consumo de energia, água, aquecimento, etc..)
• Análise aos Instrumentos de Gestão do Território (análise do risco natural, tecnológico e misto)
• Acessibilidade / mobilidade (transporte coletivo e alternativo)
• Sustentabilidade ambiental e económica (dispositivos economizadores / redução de desperdício / estudo de insolação, inércia e isolamento térmico / eficiência energética e conforto / ventilação e qualidade do ar diurno e noturno / uso racional da água...)
• Contributo para a sustentabilidade do território (3 R’s, acessibilidade, termorreguladores...)
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