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Direito Administrativo p/ Tcnico Judicirio.Teoria e exerccios comentados.
Prof. Daniel Mesquita - Aula 01
AULA 01: Estado e Administrao Pblica
SUMRIO
1. IN T R O D U O A U L A 01 2
2. E S T A D O , G O V E R N O E A D M IN IS T R A O P B LIC A : C O N C E IT O S , E LE M E N T O S , P O D E R E S EO R G A N IZ A O . 2
3. C O N C E IT O D O D IR E IT O A D M IN IS T R A T IV O . 10
4. O B JE T O D O D IR E IT O A D M IN IS T R A T IV O 14
5. F O N T E S D O D IR E IT O A D M IN IS T R A T IV O 15
6. R E G IM E JU R D IC O -A D M IN IS T R A T IV O 18
7. R E S U M O D A A U L A 21
8. Q U E S T E S P A R A F IX A O 25
9. R E F E R N C IA S 30
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1. Introduo aula 01
Nesta aula de Direito Administrativo para TRT-MG vamos abordar
um tema importante da matria: "1 Direito administrativo. 1.1
Conceito. jurdico-administrativo. 2.1 Conceito. 1.2 Objeto. 1.3 Fontes.
2 Regime".
No se esquea que, ao final, voc ter um resumo da aula e as
questes tratadas ao longo dela. Use esses dois pontos da aula na
vspera da prova!
Programe-se para ler os resumos na semana que antecede a
prova. Lembre-se: o planejamento fundamental.
Sem mais delongas, vamos luta! Rumo aprovao!
2. Estado, governo e administrao pblica: conceitos, elementos, poderes e organizao.
Esse ponto introdutrio do estudo do direito administrativo pode
ser cobrado em concursos, pois o ponto base onde se estrutura todo o
direito administrativo. Por isso, no podemos ignor-lo.
Vamos diferenciar, primeiramente, os conceitos de Estado, governo
e administrao pblica.
Estado um ente, um sujeito de direitos, que tem como
elementos o povo, o territrio e a soberania.
Na definio de Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (2010, p. 13),
"Estado pessoa jurdica territorial soberana, formada pelos elementos
povo, territrio e governo soberano".
Como ente, o Estado capaz de adquirir direitos e obrigaes.
Alm disso, ele tem personalidade jurdica prpria, tanto internamente
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(perante os agentes pblicos e os cidados) quanto no cenrio
internacional (perante outros Estados).
O povo, por sua vez, legitima a existncia do Estado, pois do
povo que origina todo o poder representado pelo Estado. Isso est
expressamente consignado no art. 1, pargrafo nico, da Constituio
("Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituio)."
Soberania o poder que tem o Estado de se administrar. Por causa
da soberania, o Estado pode regular o seu funcionamento, as relaes
privadas de seus cidados e as funes econmicas e sociais de seu
povo. Em razo da soberania, o Estado edita leis que se aplicam ao seu
territrio, sem se sujeitar a qualquer tipo de ingerncia de outros
Estados.
Por fim, o territrio a rea onde o Estado exerce sua soberania.
Assim, j verificamos o conceito de Estado e os seus elementos
(povo, territrio e soberania). Temos, portanto:
ESTADO = POVO + TERRITRIO + SOBERANIA
Os elementos (povo + territrio + soberania) do Estado no podem
ser confundidos com suas funes. As funes estatais, normalmente
denominadas "Poderes do Estado", so divididas em: legislativa,
executiva e judiciria.
Funes estatais = Poderes do Estado
Legislativo
Executivo
Judicirio
A ideia da existncia de funes estatais j era mencionada por
Aristteles, na Grcia Antiga, mas foi Montesquieu, na obra "O EspritoProf. Daniel Mesquita WWW.eStrategiaCOnCUrSOS.COm.br 3 de 35Twitter: @danielmqt [email protected] Facebook: Daniel Mesquita
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das Leis" (1784), quem esmiuou o tema e influenciou todas as
Constituies modernas, a partir da Revoluo Francesa.
A Constituio brasileira, na mesma linha, informa que as trs
funes ou Poderes da Unio, "independentes e harmnicos entre si",
so o Legislativo, o Executivo e o Judicirio. (art. 2)
O Legislativo edita atos gerais, impostos de forma isonmica a
todos. Esse Poder o que, por excelncia, representa a vontade do
povo. o povo, por meio de um mandato conferido a seus
representantes, quem edita as leis que limitaro at mesmo o exerccio
das demais funes estatais.
O Executivo atua por meio de atos especficos na gesto da coisa
pblica, visando uma situao concreta, dentro dos limites previamente
estabelecidos pela lei e agindo em prol do interesse pblico.
O Judicirio, por fim, exerce a jurisdio (= dizer o direito). Isso
quer dizer que dele a funo precpua de resolver os conflitos
existentes entre os indivduos, entre estes e o Estado ou entre os entes
que compem o Estado, bem como dele a funo de interpretar a lei
para julgar os casos e aplicar o direito.
A separao das funes estatais no quer dizer que haja uma
diviso estanque, congelada, de poder entre o Executivo, o Legislativo e
o Judicirio. O poder do Estado soberano, uno, indivisvel e emana do
povo. Todos os Poderes so partes de um todo: a atividade do Estado.
Por isso, a designao mais correta para essa repartio o vocbulo
"funes" e no "Poderes"
Alm disso, por vezes, um Poder exerce atividade tpica de outro.
Esse fenmeno ser melhor estudado nas aulas de direito
constitucional, mas no podemos deixar de mencionar o sistema de
freios e contrapesos consagrado em nossa Constituio.
A funo legislativa, por exemplo, pode ser exercida, nos casos
definidos na Constituio, por meio de medidas provisrias editadas
pelo chefe do Executivo. O Poder Judicirio, do mesmo modo, possui
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instrumentos para sanar a omisso do Legislativo, como a ADI por
omisso e o mandado de injuno (foi o que decidido pelo STF nos MI
670, MI 708 e MI 712) Tambm o Poder Judicirio pode, em hipteses
excepcionais, interferir no mrito administrativo, ou seja, interferir nas
razes de convenincia e oportunidade que levaram o Executivo a
praticar determinado ato.
Assim, nenhuma das funes "exclusiva", mas sim "precpua" de
cada um dos Poderes. Por isso, se diz que a separao das funes no
Brasil "flexvel", pois cada um dos Poderes detm atribuies tpicas e
atpicas (estas, em tese, seriam de outro Poder).
Alm disso, no sistema de freios e contrapesos, as funes
promovem uma mtua fiscalizao umas das outras (o Poder Legislativo
fiscaliza atos dos Poder Executivo, por meio dos Tribunais de Contas, o
Poder Judicirio avalia a legalidade e os procedimentos adotados pelo
Legislativo, o Executivo nomeia os juzes dos tribunais de segunda
instncia e de instncia superior etc.).
Seguindo no estudo do Estado, percebemos que a sua
organizao promovida por sua Constituio, que, normalmente, a
lei maior de um Estado. esse texto quem define como se da a
organizao poltica, a diviso dos territrios, a forma de governo, a
forma de Estado, a delimitao das atribuies de cada funo (Poder),
os direitos individuais que limitam a atividade do Estado perante o
indivduo etc.
Para que voc no se perca, bom mencionarmos que o Brasil
adota o federalismo como forma de Estado e a repblica como forma de
governo.
E o que seria governo, ento?
Leandro Zannoni, na obra Direito Administrativo, Srie Advocacia
Pblica, afirma que governo elemento do Estado e o define como "a
atividade poltica organizada do Estado, possuindo ampla
discricionariedade, sob responsabilidade constitucional e poltica" (p.
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71). Podemos complementar esse conceito com a afirmao de
Meirelles (1998, p. 64-65) de que "governo a expresso poltica de
comando, de iniciativa, de fixao de objetivos do Estado e de
manuteno da ordem jurdica vigente".
No ignoramos - e voc tambm no - que tanto o conceito de
Estado como o de governo podem ser definidos sob diversos enfoques.
O primeiro, por vezes, apresentado sob o critrio sociolgico, poltico,
constitucional etc. O segundo, muitas das vezes, subdividido em
sentido formal (conjunto de rgos), em sentido material (funes que
exerce) e em sentido operacional (conduo poltica).
Contudo, como esse no um tema muito cobrado em provas,
apresentamos apenas o enfoque constitucional do conceito de Estado e
o sentido operacional de governo.
Agora que voc j sabe os conceitos de Estado e de governo,
vamos agora para o conceito de Administrao Pblica.
A Administrao Pblica pode ser definida em seu sentido amplo e
em seu sentido estrito.
Em sentido amplo, na lio de Di Pietro (2009, p. 54), a
Administrao Pblica se subdivide em rgos governamentais e rgos
administrativos (sentido subjetivo) e funo poltica e administrativa
(sentido objetivo).
Em sentido estrito, a Administrao Pblica subdividida nas
pessoas jurdicas, rgos e agentes pblicos que exercem funes
administrativas (sentido subjetivo) e na atividade exercida por esses
entes (sentido objetivo).
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Administrao Pblica
sentido amplo sentido estrito
sentido subjetivo rgos
governamentais e
rgos administrativos
pessoas jurdicas,
rgos e agentes
pblicos
sentido objetivo funo poltica e
administrativa
atividade exercida por
esses entes
Se voc entender que em sentido subjetivo o enfoque dado
naqueles que realizam as funes e que em sentido objetivo se observa
a prpria funo exercida, fica fcil decorar o quadro acima.
A Administrao Pblica em sentido subjetivo (designada por
Vicente Paulo e Marcelo Alexendrino como Administrao Pblica em
sentido formal ou orgnico).
Em sentido objetivo (= material ou funcional), a Administrao
Pblica definida, por Di Pietro (2009, p. 57), como "a atividade
concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob regime jurdico total
ou parcialmente pblico, para a consecuo dos interesses coletivos".
Essas atividades (ou funes) exercidas pelas pessoas jurdicas,
rgos e agentes da Administrao podem ser separadas em trs
grupos: fomento, polcia administrativa e servio pblico.
Fomento a atividade administrativa que incentiva o
desenvolvimento daqueles que exercem funes de utilidade ou de
interesse pblico. Quando a Administrao concede auxlio financeiro a
um produtor rural ou a uma ONG ela est exercendo a atividade de
fomento.
Alm dessa forma de fomento, a Administrao tambm pode
conceder financiamentos sob condies especiais, favores fiscais ou
destinar imveis desapropriados a entidades sem fins lucrativos.
A atividade de polcia administrativa, por sua vez, so os atos da
Administrao que limitam interesses individuais em prol do interesseProf. Daniel Mesquita WWW.eStrategiaCOnCUrSOS.COm.br 7 de 35Twitter: @danielmqt [email protected] Facebook: Daniel Mesquita
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coletivo. Esse tema ser melhor explorado na aula relativa aos poderes
da administrao, quando falaremos sobre o poder de polcia.
Por fim, servio pblico, na lio de Di Pietro (2009, p. 55), "toda
atividade que a Administrao Pblica executa, direta ou indiretamente,
para satisfazer necessidade coletiva, sob regime jurdico
predominantemente pblico".
Outros doutrinadores incluem a regulao (atividade permanente
de edio de atos normativos e concretos sobre atividades pblicas e
privadas, de modo a implementar polticas de governo) e a interveno
(direta = atuao do Estado no domnio econmico; e indireta =
regulamentao e fiscalizao de atividades privadas) como funes da
Administrao Pblica.
Todas essas funes tm por finalidade executar as polticas de
governo, exercer a funo administrativa em prol do interesse pblico,
promover a ordem econmica, urbanstica, financeira etc., promover
servios pblicos essenciais e incentivar as atividades privadas de
interesse social.
ESTADO GOVERNO ADM. PBLICA
um ente, um
sujeito de direitos,
que tem como
elementos o
povo, o territrio e
a soberania.
a expresso poltica
de comando, de
iniciativa, de fixao
de objetivos do
Estado e de
manuteno da
ordem jurdica
vigente
A atividade (sentido
objetivo) que o Estado
desenvolve, sob regime
pblico, para a realizao
dos interesses coletivos,
por meio (sentido
subjetivo) das pessoas
jurdicas, rgos e agentes
pblicos.
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EstratgiaC O N C U R S O S * " *
Questes de concurso
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1. (FGV - TJMA/2013 - Analista Judicirio I) Com relao ao
sentido da expresso Administrao Pblica, analise as afirmativas a
seguir.
I. Administrao Pblica, em sentido formal, relaciona-se pessoa
que executa atividades da administrao.
II. Administrao Pblica, em sentido material, relaciona-se
atividade administrativa desempenhada pelo Estado.
III. Administrao Pblica, em sentido subjetivo, relaciona-se s
pessoas jurdicas que executam a Administrao Pblica em sentido
objetivo, s atividades de execuo desempenhadas pelo Estado.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa III estiver correta.
(C) se somente as afirmativas I e a III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e a III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Esto todas de acordo com o que mostrei a vocs, meus caros.
Resposta: E
2. (FGV - 2012- Biblioteca Nacional- Assistente Administrativo)
Administrao Pblica o conjunto
harmnico de princpios jurdicos que regem os rgos, os agentes e as
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atividades pblicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatament
e os fins desejados pelo Estado. Assinale a afirmativa que indica os dois
sentidos em que se divide o conceito de Administrao Pblica.
(A) Objetivo e funcional.
(B) Material e funcional.
(C) Objetivo e subjetivo.
(D) Subjetivo e orgnico.
Relembrando: Administrao Pblica - "A atividade (sentido
objetivo) que o Estado desenvolve, sob regime pblico, para a
realizao dos interesses coletivos, por meio (sentido subjetivo) das
pessoas jurdicas, rgos e agentes pblicos."
Resposta: C
3. Conceito do Direito Administrativo.
Esse ponto introdutrio do estudo do direito administrativo pode
ser cobrado em seu concurso, pois o ponto base onde se estrutura
todo o direito administrativo. Por isso, no podemos ignor-lo.
O direito administrativo tem origem na Revoluo Francesa,
quando surgiu o Estado de Direito.
A partir da surgiram dois sistemas do direito administrativo
no mundo: sistema europeu-continental e o sistema anglo-
americano (common law).
O primeiro sistema teve origem na Frana e focado,
essencialmente, em reger as relaes entre cidados e Administrao,
fixando prerrogativas e deveres Administrao, bem como
consagrando garantias individuais em face do poder pblico. Nele h a
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dualidade de jurisdio, ou seja, no s o Poder Judicirio quem d a
ltima palavra em uma disputa, h tambm a jurisdio administrativa,
exercida pelo Conselho de Estado.
E o outro sistema, o anglo-americano, em qu consistiria?
O sistema anglo-americano, por sua vez, deixa para o mbito do
direito privado as relaes entre Estado e cidados. A jurisdio una,
exercida exclusivamente pelo Poder Judicirio.
No Brasil, embora a influncia seja mais forte do sistema
europeu-continental, adota-se a jurisdio una.
Mas ser que no h qualquer exceo jurisdio una no
Brasil?
, meu caro concursando sagaz, voc j ouviu dizer que h
excees. E h mesmo!
FALOU EM EXCEO: ABRA O OLHO!!!
Em hipteses excepcionais exige-se o prvio esgotamento das
instncias administrativas para se ingressar no Poder Judicirio.
Na Constituio, o art. 217, 1, informa que o Poder Judicirio
s admitir aes relativas disciplina e s competies desportivas
aps esgotarem-se as instncias da justia desportiva, regulada em lei.
Entretanto, a justia desportiva tem o prazo mximo de sessenta dias,
contados da instaurao do processo, para proferir deciso final.
Outra hiptese excepcional a prevista na smula n 02/STJ.
Para que haja o interesse na impetrao do habeas data, o indivduo
deve esgotar as instncias administrativas antes da impetrao ("no
cabe o Habeas Data - CF art.5, LXXII, "a"- se no houve recusa de
informaes por parte da autoridade administrativa").
Mais recentemente, o art. 7, 1, da Lei 11.417/06, que
disciplina a Smula Vinculante, determina o exaurimento da via
administrativa para que seja cabvel a reclamao ao STF (na
reclamao o STF dir se houve ou no violao, pela Administrao, do
texto da smula vinculante). Vale a transcrio do dispositivo:
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Art. 7o Da deciso judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de smula vinculante, negar-lhe vigncia ou aplic-lo indevidamente caber reclamao ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuzo dos recursos ou outros meios admissveis de impugnao. 1o Contra omisso ou ato da administrao pblica, o uso da reclamao s ser admitido aps esgotamento das vias administrativas.
Por fim, a lei que regula o mandado de segurana (Lei
12.016/09) determina que no ser concedido o mandado de segurana
quando se tratar de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito
suspensivo, independentemente de cauo.
Desse modo, as excees jurisdio uma no Brasil podem ser
resumidas da seguinte forma:
aes relativas disciplina e s competies desportivas;
impetrao do habeas data (prvio esgotamento das
instncias administrativas);
reclamao ao STF afirmando violao smula vinculante
pela Administrao (prvio exaurimento da via
administrativa);
mandado de segurana (no cabe se for possvel recurso
administrativo com efeito suspensivo, sem cauo).
Chegamos, aqui, ao momento de abordarmos os conceitos de
direito administrativo. Infelizmente, no existe apenas um conceito,
mas vrios. Cada um segundo uma escola ou um critrio distinto. Para
o seu concurso, bom que voc saiba o conceito de pelo menos trs
escolas ou critrios. Vamos a eles:
a) Escola do servio pblico: Nesse ponto o Direito
Administrativo est associado ao servio pblico, no distinguindo a
atividade jurdica do Estado e o servio pblico que atividade material.
Esse critrio nasceu na Frana, tendo como um dos seus ideologistas
Duguit que afirma que o direito pblico se resume s regras de
organizao e gesto dos servios pblicos. Porm ntido que o
servio pblico no abrange todo o contedo do Direito Administrativo.
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b) Critrio do Poder Executivo: Concentra toda a atividade
administrativa como disciplina exclusiva do Poder Executivo. O que
compreensivelmente questionvel, levando-se em conta que todos os
demais Poderes podem exercer atividade Administrativa.
c) Critrio das relaes jurdico-administrativas: Alguns
autores afirmam que o Direito Administrativo o conjunto de normas
que norteiam o enlace entre a Administrao e os administrados. O que
inadmissvel j que outros ramos do direito disciplinam essa relao, e
no mais o Direito administrativo trata de outros assuntos.
d) Critrio teleolgico: O Direito Administrativo analisado por
este ponto de vista seria o sistema de regras, normas jurdicas que
orientam a atividade do Estado para o cumprimento de seus fins. Essa
corrente foi aceita por diversos doutrinadores, entre eles Oswaldo
Aranha que definiu o direito Administrativo como "ordenamento jurdico
da atividade do Estado-poder, enquanto tal, ou de quem faa as suas
vezes, de criao de utilidade pblica, de maneira direta e imediata." O
questionamento desse critrio est na sua abrangncia, como se ele
tivesse passado do ponto.
e) Critrio negativo ou residual: De acordo com essa
corrente, o Direito Administrativo tem por objeto as atividades
desenvolvidas para a consecuo dos fins estatais, excludas a
legislao e a jurisdio ou somente esta. Di Pietro (2009, p. 46).
f) Critrio da Administrao Pblica: O Direito
Administrativo seria a juno de todos os princpios que ordenam a
Administrao Pblica, no que concerne s suas entidades, aos rgos,
aos agentes e s atividades para realizar o que o Estado almeja.
Professor isso cai em concurso? Pode ter certeza que sim! Se
voc quiser focar em alguns, foque nas definies apresentadas nos
itens (a), (d), (e) e (f).
E qual a conceituao admitida hoje pela doutrina brasileira?
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O conceito de Direito Administrativo depender do critrio
adotado por cada doutrinador.
Leandro Zannoni define "Em sentido amplo, Direito
Administrativo o ramo do direito pblico interno que visa a satisfazer
os interesses da coletividade de forma direta e concreta."
Di Pietro, por sua vez, conceitua o direito administrativo
como o ramo do direito Pblico que tem por objeto os rgos,
agentes e pessoas jurdicas administrativas que integram a
Administrao Pblica, a atividade jurdica no contenciosa que
exerce e os bens de que se utiliza para a consecuo de seus
fins, de natureza pblica."
Como se v, o conceito mais admitido pela doutrina brasileira
tem inspirao no critrio da Administrao Pblica.
4. Objeto do Direito Administrativo
O principal objeto do direito administrativo a regulao da funo
administrativa. Essa funo administrativa envolve vrios aspetos.
E quais aspectos seriam esses, que formam o objeto do direito
administrativo? So os seguintes:
Aspecto subjetivo: aqui o direito administrativo estuda os
rgos, as entidades | os agentes pblicos;
Aspecto jurdico: aqui o direito administrativo avalia as
prerrogativas da Administrao e as sujeies jurdicas.
Aspecto material: o enfoque aqui a atividade
administrativa, executada pelo aparelho do Estado (ou quem
dele receba delegao para o exerccio de atribuies
pblicas), abrangendo as atividades de prestao de servio
pblico, fomento, poder de polcia e interveno no domnio
econmico e na propriedade privada.
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Voc j sabe, ento, que o direito administrativo estuda a funo
administrativa, que envolve os aspectos subjetivos, jurdicos e
materiais.
5. Fontes do Direito Administrativo
As fontes do direito administrativo so:
Lei (em sentido amplo) - a principal fonte do direito
administrativo (fonte primria). Aqui, quando falamos "lei", nos
referimos a todo arcabouo legislativo ao dispor do direito
administrativo: Constituio, leis ordinrias, leis complementares,
decretos, portarias e outros atos normativos.
A doutrina, ou seja, os ensinamentos dos tericos e estudiosos
do direito administrativo, encontrados nos textos, artigos e livros
tambm so fontes.
A jurisprudncia, que quer dizer o conjunto de decises dos
tribunais, a terceira fonte do direito administrativo. Recentemente, foi
includa a smula vinculante entre as fontes do direito administrativo,
decorrente da jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal.
Os costumes, ou seja, a praxe administrativa e social, surgem a
partir de regras criadas pela prpria sociedade, que os consideram
obrigatrias e que no estB) escritas. So importantes quando
influenciam na lei e jurisprudncia e so considerados fonte do Direito
Administrativo.
Por fim, os princpios gerais de direito so importantes fontes do
direito administrativo, pois deles extramos, por exemplo, o postulado
da ampla defesa e contraditrio (aplicvel aos procedimentos na
Administrao).
Assim, para que fique bem claro, apresentamos o seguinte
quadro:
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- Estratgiar n n r ii b
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jurdica a uma pessoa fsica ou jurdica. O fenmeno envolve sempre duas pessoas distintas (dois sujeitos aptos a adquirir direitos e contrair obrigao em nome prprio); no plo que faz a transferncia haver sempre uma pessoa jurdica, no plo que recebe poder haver uma pessoa fsica ou jurdica. So trs as formas de descentralizao: por outorga, por delegao e por descentralizao geogrfica ou territorial.
BIZU:
desCOncentrao = = >Criao de Orgos
desCENtralizao = = >Criao de ENtidades
Gabarito: Letra "a".
4. (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judicirio - rea Judiciria)
No que concerne s fontes do Direito Administrativo, correto
afirmar que:
a) o costume no considerado fonte do Direito Administrativo.
b) uma das caractersticas da jurisprudncia o seu
universalismo, ou seja, enquanto a doutrina tende a nacionalizar-se, a
jurisprudncia tende a universalizar-se.
c) embora no influa na elaborao das leis, a doutrina exerce
papel fundamental apenas nas decises contenciosas, ordenando,
assim, o prprio Direito Administrativo.
d) tanto a Constituio Federal como a lei em sentido estrito
constituem fontes primrias do Direito Administrativo.
e) tendo em vista a relevncia jurdica da jurisprudncia, ela
sempre obriga a Administrao Pblica.
Lei (em sentido amplo) - a principal fonte do direito
administrativo (fonte primria). Aqui, quando falamos "lei", nos
referimos a todo arcabouo legislativo ao dispor do direito
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administrativo: Constituio, leis ordinrias, leis complementares,
decretos, portarias e outros atos normativos.
Gabarito: Letra "d".
5. (FCC - 2007 - MPU - Analista - Oramento) A reiterao dos
julgamentos num mesmo sentido, influenciando a construo do Direito,
sendo tambm fonte do Direito Administrativo, diz respeito
a) jurisprudncia.
b) doutrina.
c) prtica costumeira.
d) analogia.
e) lei.
A jurisprudncia, que quer dizer o conjunto de decises dos
tribunais, a terceira fonte do direito administrativo. Recentemente, foi
includa a smula vinculante entre as fontes do direito administrativo,
decorrente da jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal.
Gabarito: Letra "a"
6. Regime jurdico-administrativo
o conjunto harmnico de regras e princpios que guardam
correlao lgica entre si e compem o Direito Administrativo.
No Direito Administrativo, a Administrao Pblica est vinculada
s normas e aos princpios. Assim, se existe uma lei regulando
determinado tema, essa lei deve ser aplicada pelo agente pblico. Se
no houver uma lei especfica para a situao, ele deve se valer dos
princpios da Administrao Pblica para resolver a situao.
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A palavra "princpio" vem do latim "principium", que significa
incio, comeo, origem das coisas. Para Celso Antnio Bandeira de Mello
(2000, p.747-48), "Princpio [...] , por definio, mandamento nuclear
de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposio fundamental que se
irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o esprito e servindo de
critrio para sua exata compreenso e inteligncia exatamente por
definir a lgica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe
confere a tnica e lhe d sentido harmnico".
Ao contrrio das normas, que possuem estrutura fechada, pois
informam o que nelas est escrito, de forma objetiva, os princpios
possuem uma estrutura aberta, admitindo maior abstrao e
pluralidade de interpretaes.
Voc ver ao longo de nosso curso que o Direito Administrativo
no se estrutura a partir de um cdigo desse ramo do direito, uma vez
que no h um conjunto sistematizado de normas como o Cdigo Civil
para disciplinar a atividade administrativa. O que h so diversas leis e
alguns princpios que orientam essa atividade.
Voc observar, ainda, que todas as leis e princpios do direito
administrativo fundamentam-se em dois princpios basilares: a
supremacia do interesse pblico sobre o particular e a indisponibilidade
do interesse pblico. Esses princpios so chamados de basilares porque
orientam no s a atividade do administrador pblico, mas tambm do
Poder Legislativo ao editar as leis do regime jurdico-administrativo.
Todos os princpios que se incluem listados no Regime Jurdico
guardam coerncia lgica com os demais princpios e por isso, muitas
vezes, possvel que diversos deles sejam aplicados a mesma situao
concreta. Na maioria das vezes, ele confluem, ou seja, um corrobora
com o outro e todos podem ser aplicados ao mesmo tempo.
Entretanto, em algumas situaes esses princpios entram em
conflito e fica bastante difcil decidir qual deles deve ser aplicado em
detrimento do outro. Nessas situaes difceis, entra em cena a Teoria
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das Ponderaes. Ela foi desenvolvida para auxiliar e guiar a atuao
do aplicador do Direito para que faa a melhor escolha quando estiver
diante de uma situao como essa. Ela largamente aplicada no
apenas em Direito Administrativo, por isso, importante que vocs a
conheam.
Em Direito, sabemos que, ao aplicarmos uma regra, essa exclui as
demais que se contrapem a ela. No caso do princpio, a aplicao de
um deles no exclui automaticamente a aplicao de outro. Por isso,
quem vai aplicar o direito situao ftica deve eleger, dentre o leque
de princpios disponvel, qual princpio protege o interesse mais
importante, que merece maior proteo em face do caso concreto.
Vamos ver uma caso em que o Supremo Tribunal Federal aplicou
essa teoria:
EMENTA: ATO ADMINISTRATIVO. Terras pblicas estaduais.
Concesso de domnio para fins de colonizao. rea superiores a
dez mil hectares. Falta de autorizao prvia do Senado Federal.
Ofensa ao art. 156, 2, da Constituio Federal de 1946,
incidente data dos negcios jurdicos translativos de domnio.
Inconstitucionalidade reconhecida. Nulidade no pronunciada.
Atos celebrados h 53 anos. Boa-f e confiana legtima dos
adquirentes de lotes. Colonizao que implicou, ao longo do
tempo, criao de cidades, fixao de famlias, construo de
hospitais, estradas, aeroportos, residncias, estabelecimentos
comerciais, industriais e de servios, etc.. Situao factual
consolidada. Impossibilidade jurdica de anulao dos negcios,
diante das consequncias desastrosas que, do ponto de vista
pessoal e socioeconmico, acarretaria. Aplicao dos princpios da
segurana jurdica e da proteo confiana legtima, como
resultado da ponderao de valores constitucionais. Ao julgada
improcedente, perante a singularidade do caso. (...) (ACO 79)
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Nesse caso, uma ocupao urbana se consolidou contrariando de
forma expressa uma exigncia da Constituio de 1946. Diante do
grande lapso de tempo decorrido entre o vcio do ato administrativo
apontado e a situao atual, considerando o crescimento de cidades na
rea, no houve a declarao de nulidade do ato administrativo.
Foi feita, portanto, uma ponderao entre o princpio da
legalidade, de um lado, e o da segurana jurdica, de outro, concluindo
o Tribunal pela manuteno da situao ftica.
Viram, essa teoria no precisa ser conhecida com grande
profundidade, basta que vocs tenham conscincia de que ela existe
qual seu preceito bsico, qual seja, ponderar entre princpios
dissonantes aquele que encontra melhor aplicabilidade diante do caso
concreto.
7. Resumo da aula
Meu caro, se voc ler esse resumo na semana que antecede a
prova, voc vai refrescar o seu crebro e toda a matria apresentada
nessa aula vir como um raio na hora de responder as questes do
concurso. Siga essa dica e sucesb o!
Agora, se voc no estudou nossa aula e acha que vai passar lendo
s esse ponto da aula: boa sorte.
Vimos em nossa aula que os elementos do Estado so POVO +
TERRITRIO + SOBERANIA.
As funes estatais (ou Poderes do Estado) so: Legislativo,
Executivo e Judicirio.
Pelo sistema de freios e contrapesos, verificamos que um Poder
exerce atividade tpica de outro e se fiscalizam mutuamente.
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Decore o seguinte quadro resumo:
ESTADO GOVERNO ADM. PBLICA
um ente, um
sujeito de direitos,
que tem como
elementos o
povo, o territrio e
a soberania.
a expresso poltica
de comando, de
iniciativa, de fixao
de objetivos do
Estado e de
manuteno da
ordem jurdica
vigente
A atividade (sentido
objetivo) que o Estado
desenvolve, sob regime
pblico, para a realizao
dos interesses coletivos,
por meio (sentido
subjetivo) das pessoas
jurdicas, rgos e agentes
pblicos.
Vimos em nossa aula que a definio mais aceita de direito
administrativo (critrio do direito administrativo como Administrao
Pblica) : normas e princpios que regulam os rgos, entes e
agentes pblicos, que atuam sob regime de direito pblico para realizar
concreta e diretamente os fins desejados pelo Estado.
O direito administrativo tem origem na Revoluo Francesa,
quando surgiu o Estado de Direito.
A partir da surgiram dois sistemas do direito administrativo
no mundo: sistema europeu-continental e o sistema anglo-
americano (common law).
SISTEMA Francs Esse sistema focado, essencialmente, em
reger as relaes entre cidados e Administrao, fixando prerrogativas
e deveres Administrao, bem como consagrando garantias
individuais em face do poder pblico.
Nele h a dualidade de jurisdio, ou seja, no s o Poder
Judicirio quem d a ltima palavra em uma disputa, h tambm a
jurisdio administrativa, exercida pelo Conselho de Estado.
Di Pietro destaca a inovao em dois pontos:Prof. Daniel Mesquita WWW.eStrategiaCOnCUrSOS.COm.br 22 de 35Twitter: @danielmqt [email protected] Facebook: Daniel Mesquita
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Quanto a definio da competncia da jurisdio
administrativa pelo critrio do servio pblico.
Quanto a resoluo da questo tendo como base os
princpios autnomos, diferente do adotado pelo Cdigo
Civil na relao entre particulares.
O sistema Ingls integrante do common law. Esse direito
baseia-se nos costumes, no uso e decises das Cortes de Justia.
Tanto na Inglaterra quanto nos EUA, o Poder Judicirio controla
a Administrao Pblica, da mesma forma como controla as relaes
entre particulares. Na Inglaterra o princpio que rege tal controle o do
rule of law.
No Brasil, embora a influncia seja mais forte do sistema
europeu-continental, adota-se a jurisdio una.
Mas ser que no h qualquer exceo jurisdio una no
Brasil?
, meu caro concursando sagaz, voc j ouviu dizer que h
excees. E h mesmo!
FALOU EM EXCEO: ABRA O OLHO!!!
Em hipteses excepcionais exige-se o prvio esgotamento das
instncias administrativas para se ingressar no Poder Judicirio.
As excees jurisdio una no Brasil podem ser resumidas da
seguinte forma:
Aes relativas disciplina e s competies desportivas;
Impetrao do habeas data (prvio esgotamento das
instncias administrativas);
Reclamao ao STF afirmando violao smula vinculante
pela Administrao (prvio exaurimento da via
administrativa);
Mandado de segurana (no cabe se for possvel recurso
administrativo com efeito suspensivo, sem cauo).
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Para a sua prova, bom que voc saiba o conceito de pelo
menos trs escolas ou critrios. Vamos a eles:
a) Escola do servio pblico: Nesse ponto o Direito
Administrativo est associado ao servio pblico, no
distinguindo a atividade jurdica do Estado e o servio pblico
que atividade material. Esse critrio nasceu na Frana,
tendo como um dos seus ideologistas Duguit que afirma que
o direito pblico se resume s regras de organizao e gesto
dos servios pblicos. Porm ntido que o servio pblico
no abrange todo o contedo do Direito Administrativo.
b) Critrio teleolgico: O Direito Administrativo analisado por
este ponto de vista seria o sistema de regras, normas jurdicas que
orientam a atividade do Estado para o cumprimento de seus fins. Essa
corrente foi aceita por diversos doutrinadores, entre eles Oswaldo
Aranha que definiu o direito Administrativo como "ordenamento jurdico
da atividade do Estado-poder, enquanto tal, ou de quem faa as suas
vezes, de criao de utilidade pblica, de maneira direta e imediata." O
questionamento desse critrio est na sua abrangncia, como se ele
tivesse passado do ponto.
c) Critrio negativo ou residual: De acordo com essa
corrente, o Direito Administrativo tem por objeto as atividades
desenvolvidas para a consecuo dos fins estatais, excludas a
legislao e a jurisdio ou somente esta. Di Pietro (2009, p. 46).
d) Critrio da Administrao Pblica: O Direito
Administrativo seria a juno de todos os princpios que ordenam a
Administrao Pblica, no que concerne s suas entidades, aos rgos,
aos agentes e s atividades para realizar o que o Estado almeja.
Leandro Zannoni define "Em sentido amplo, Direito
Administrativo o ramo do direito pblico interno que visa a satisfazer
os interesses da coletividade de forma direta e concreta."
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- Estratgiar n n r ii b
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1) (FGV - TJMA/2013 - Analista Judicirio I) Com relao ao
sentido da expresso Administrao Pblica, analise as afirmativas a
seguir.
I. Administrao Pblica, em sentido formal, relaciona-se pessoa
que executa atividades da administrao.
II. Administrao Pblica, em sentido material, relaciona-se
atividade administrativa desempenhada pelo Estado.
III. Administrao Pblica, em sentido subjetivo, relaciona-se s
pessoas jurdicas que executam a Administrao Pblica em sentido
objetivo, s atividades de execuo desempenhadas pelo Estado.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa III estiver correta.
(C) se somente as afirmativas I e a III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e a III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
2) (FGV - 2012- Biblioteca Nacional- Assistente Administrativo)
Administrao Pblica o conjunto
harmnico de princpios jurdicos que regem os rgos, os agentes e as
atividades pblicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatament
e os fins desejados pelo Estado. Assinale a afirmativa que indica os dois
sentidos em que se divide o conceito de Administrao Pblica.
(A) Objetivo e funcional.
(B) Material e funcional.
(C) Objetivo e subjetivo.
(D) Subjetivo e orgnico.
3) (FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem Unificado - III)
correto afirmar que a desconcentrao administrativa ocorre quando um
ente poltico
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a) cria, mediante lei, rgos internos em sua prpria estrutura
para organizar a gesto administrativa.
b) cria, por lei especfica, uma nova pessoa jurdica de direito
pblico para auxiliar a administrao pblica direta.
c) autoriza a criao, por lei e por prazo indeterminado, de uma
nova pessoa jurdica de direito privado para auxiliar a administrao
pblica.
d) contrata, mediante concesso de servio pblico, por prazo
determinado, uma pessoa jurdica de direito pblico ou privado para
desempenhar uma atividade tpica da administrao pblica.
4) (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judicirio - rea Judiciria)
No que concerne s fontes do Direito Administrativo, correto
afirmar que:
a) o costume no considerado fonte do Direito Administrativo.
b) uma das caractersticas da jurisprudncia o seu universalismo,
ou seja, enquanto a doutrina tende a nacionalizar-se, a jurisprudncia
tende a universalizar-se.
c) embora no influa na elaborao das leis, a doutrina exerce
papel fundamental apenas nas decises contenciosas, ordenando,
assim, o prprio Direito Administrativo.
d) tanto a Constituio Federal como a lei em sentido estrito
constituem fontes primrias do Direito Administrativo.
e) tendo em vista a relevncia jurdica da jurisprudncia, ela
sempre obriga a Administrao Pblica.
5) (FCC - 2007 - MPU - Analista - Oramento) A reiterao dos
julgamentos num mesmo sentido, influenciando a construo do Direito,
sendo tambm fonte do Direito Administrativo, diz respeito
a) jurisprudncia.
b) doutrina.
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c) prtica costumeira.
d) analogia.
e) lei.
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6) (FCC- 2014- Prefeitura de Recife - Procurador) No que diz
respeito ao regime jurdico administrativo, considere as seguintes
afirmaes:
I. H, neste tipo de regime, traos de autoridade, de
supremacia da Administrao, sendo possvel, inclusive, que nele se
restrinja o exerccio de liberdades individuais.
II. As chamadas prerrogativas pblicas, para que sejam
vlidas, devem vir respaldadas em princpios constitucionais explcitos
na Constituio Federal.
III. Via de regra, tambm integram o regime jurdico
administrativo de um municpio as leis, os decretos, os regulamentos e
as portarias do Estado em que ele se localiza.
IV. tendncia da maioria da doutrina administrativista
contempornea no mais falar em "restries" ou "sujeies" como
trao caracterstico do regime jurdico administrativo, em razo dessas
expresses poderem levar falsa concluso de que as atividades da
Administrao que visam a beneficiar a coletividade podem estar
sujeitas a limites. Est correto o que se afirma APENAS em
a) IV.
b) I
c) I e III.
d) II e IV.
e) I, II e III.
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7) (FCC- 2014- TCE-RS Auditor Pblico Externo - Engenharia
Civil)Os princpios que regem a Administrao pblica
a) so aqueles que constam expressamente do texto legal, no se
reconhecendo princpios implcitos, aplicando-se tanto Administrao
direta quanto indireta.
b) podem ser expressos ou implcitos, os primeiros aplicando-se
prioritariamente em relao aos segundos, ambos se dirigindo apenas
Administrao direta.
c) so prevalentes em relao s leis que regem a Administrao
pblica, em razo de seu contedo ser mais relevante.
d) dirigem-se indistintamente Administrao direta e s
autarquias, aplicando-se seja quando forem expressos, seja quando
implcitos.
e) aplicam-se Administrao direta, indireta e aos contratados
em regular licitao, seja quando forem expressos, seja quando
implcitos.
8) (VUNESP - 2012 - SPTrans - Advogado Pleno - Trabalhista)
"Os bens e interesses pblicos no pertencem Administrao nem a
seus agentes. Cabe-lhes apenas geri-los, conserv-los e por eles velar
em prol da coletividade, esta sim a verdadeira titular dos direitos e
interesses pblicos." (Jos dos Santos Carvalho Filho in Manual de
Direito Administrativo)
A conceituao acima reproduzida trata de um dos princpios do
direito administrativo. Assinale a alternativa que contm um princpio
que corretamente representa essa conceituao doutrinria.
a) Autotutela.
b) Eficincia.
c) Indisponibilidade.
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d) Proteo confiana
e) Precauo.
9) (ESAF/AFC/CGU/2006) A primordial fonte formal do Direito
Administrativo no Brasil :
a) a lei.
b) a doutrina.
c) a jurisprudncia.
d) os costumes.
e) o vade-mcum.
Gabarito:
1) E2) C3) A4) D5) A6) B7) D8) C9) A
9. RefernciasALEXANDRINO, Marcelo. PAULO, Vicente. Direito Administrativo
Descomplicado. 18a Ed., So Paulo, Mtodo, 2010.
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Interveno no VI Frum da
Reforma do Estado. Rio de Janeiro, 1. de outubro de 2007.
CAETANO, Marcelo. Princpios Fundamentais de Direito
Administrativo. Ed. Forense, Rio de Janeiro, 1977.
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CARVALHO FILHO, Jos dos Santos. Manual de Direito
Administrativo, 13a Ed., Lumen Juris Editora, Rio de Janeiro, 2005.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 22a Ed.
Editora Atlas, So Paulo, 2009.
GASPARINI, Diogenes. Direito Administrativo, 13a Ed., Editora
Saraiva, So Paulo, 2008.
MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo, Tomo I, 3a Edio,
Salvador, 2007, Jus Podivm.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 23a
ed., So Paulo: Malheiros Editores, 1998.
MELLO, Celso Antnio Bandeira de. Curso de Direito
Administrativo, 27a Ed., Malheiros Editores, So Paulo, 2010.
TALAMINI, Daniele Coutinho. Revogao do Ato Administrativo,
Malheiros Editores, 2002.
SILVA, Jos Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo -
24a edio, So Paulo: Malheiros Editores, 2005.
ZANCANER, Weida. Da Convalidao e da Invalidao dos Atos
Administrativos, 3a Ed., So Paulo, Malheiros Editores, 2008.ZANNONI, Leandro. Direito Administrativo - Srie Advocacia
Pblica, Vol. 3, Ed. Forense, Rio de Janeiro, Ed. Mtodo, So Paulo,
2011.
Informativos de jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal, em
www.stf.jus.br, e do Superior Tribunal de Justia, em www.stj.jus.br.
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