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Direito Empresarial para Delegado de Polícia Federal Teoria e exercícios comentados
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SUMÁRIO APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................................. 2 ESCRITURAÇÃO .............................................................................................................................................. 3 INTERPRETAÇÃO DOS DISPOSITIVOS ....................................................................................................... 6 LIVROS EMPRESARIAIS ................................................................................................................................. 7 EXIBIÇÃO DE LIVROS .................................................................................................................................... 8 DOS PREPOSTOS ............................................................................................................................................ 10 RESPONSABILIDADE PELOS ATOS DOS PREPOSTOS ........................................................................... 12 GERENTE ......................................................................................................................................................... 13 CONTABILISTA .............................................................................................................................................. 14 REGISTRO ....................................................................................................................................................... 15 EFEITOS DO REGISTRO ................................................................................................................................ 18 ATOS DE REGISTRO ...................................................................................................................................... 18 DAS SOCIEDADES ......................................................................................................................................... 19 DISPOSITIVOS DO CÓDIGO CIVIL SOBRE AS SOCIEDADES ................................................................ 20 EXCEÇÕES AO REGIME EMPRESARIAL ................................................................................................... 22 SOCIEDADES EM ESPÉCIE .......................................................................................................................... 25 SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS ...................................................................................................... 26 SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO .......................................................................................... 28 SOCIEDADE EM COMUM ............................................................................................................................. 30 QUESTÕES COMENTADAS .......................................................................................................................... 34 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................................................ 51 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................. 56
AULA 01: 3 ESPÉCIES DE EMPRESA. 3.1 RESPONSABILIDADE DOS
SÓCIOS. 3.2 DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS. 3.3 SÓCIO OCULTO. 3.4 SEGREDO COMERCIAL. 4 TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO. 4.1
CONCEITO DE SOCIEDADE; PERSONALIZAÇÃO DA SOCIEDADE. 4.2 CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES: SOCIEDADES NÃO
PERSONIFICADAS; SOCIEDADES PERSONIFICADAS; SOCIEDADE SIMPLES; SOCIEDADE EM NOME COLETIVO; SOCIEDADE EM COMANDITA
SIMPLES; SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES; SOCIEDADE COOPERADA; SOCIEDADES COLIGADAS. 4.3 LIQUIDAÇÃO;
TRANSFORMAÇÃO; INCORPORAÇÃO; FUSÃO; CISÃO; SOCIEDADES DEPENDENTES DE AUTORIZAÇÃO. 4.4 SOCIEDADE LIMITADA;
SOCIEDADE ANÔNIMA. 4.7 INSTITUTOS COMPLEMENTARES DO DIREITO EMPRESARIAL: REGISTRO; NOME; PREPOSTOS; ESCRITURAÇÃO;
PROPRIEDADE INDUSTRIAL.
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APRESENTAÇÃO
Olá, meus amigos. Como estão?!
É com um imenso prazer que estamos aqui, no Estratégia Concursos, para
ministrar para vocês mais uma aula da disciplina de Direito Empresarial (Comercial) para o concurso de Delegado de Polícia Federal.
Hoje, começaremos a falar sobre os tópicos seguintes:
Aula 01, aula 02 e aula 03 – 22.05.2013, 02.06.2013 e 12.06.2013. 3 Espécies de empresa. 3.1 Responsabilidade dos sócios. 3.2 Distribuição de
lucros. 3.3 Sócio oculto. 3.4 Segredo comercial. 4 Teoria geral do direito societário. 4.1 Conceito de sociedade; personalização da sociedade. 4.2
Classificação das sociedades: sociedades não personificadas; sociedades personificadas; sociedade simples; sociedade em nome coletivo; sociedade em
comandita simples; sociedade em comandita por ações; sociedade cooperada; sociedades coligadas. 4.3 Liquidação; transformação; incorporação; fusão;
cisão; sociedades dependentes de autorização. 4.4 Sociedade limitada;
sociedade anônima. 4.7 Institutos complementares do direito empresarial:
registro; nome; prepostos; escrituração; propriedade industrial.
Como se pode perceber, os temas acima postos serão tratados nas aulas 1, 2 e 3.
Vamos aos trabalhos? Temos muito assunto pela frente!
Deixamos nosso e-mail, para dúvidas:
Quaisquer dúvidas, por favor, enviem, estamos à disposição.
Forte abraço!
Gabriel Rabelo
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ESCRITURAÇÃO
Passemos agora a outro tópico constante do edital: a escrituração. Vejamos os artigos do Código Civil que correspondem ao assunto.
CAPÍTULO IV - DA ESCRITURAÇÃO
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um
sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e
a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
§ 1o Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos interessados.
§ 2o É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970.
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário,
que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.
Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico.
Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro
Público de Empresas Mercantis. Parágrafo único. A autenticação não se fará sem que esteja inscrito o
empresário, ou a sociedade empresária, que poderá fazer autenticar livros não obrigatórios.
Art. 1.182. Sem prejuízo do disposto no art. 1.174, a escrituração ficará sob a
responsabilidade de contabilista legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade.
Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e
em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as
margens.
Parágrafo único. É permitido o uso de código de números ou de abreviaturas, que constem de livro próprio, regularmente autenticado.
Art. 1.184. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização
do documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da empresa.
§ 1o Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de trinta dias, relativamente a contas cujas operações sejam
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numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados
livros auxiliares regularmente autenticados, para registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação.
§ 2o Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o de resultado econômico, devendo ambos ser assinados por técnico em Ciências Contábeis
legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária.
Art. 1.185. O empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de fichas de lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes
Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele.
Art. 1.186. O livro Balancetes Diários e Balanços será escriturado de modo que
registre: I - a posição diária de cada uma das contas ou títulos contábeis, pelo respectivo
saldo, em forma de balancetes diários;
II - o balanço patrimonial e o de resultado econômico, no encerramento do exercício.
Art. 1.187. Na coleta dos elementos para o inventário serão observados os
critérios de avaliação a seguir determinados: I - os bens destinados à exploração da atividade serão avaliados pelo custo de
aquisição, devendo, na avaliação dos que se desgastam ou depreciam com o uso, pela ação do tempo ou outros fatores, atender-se à desvalorização
respectiva, criando-se fundos de amortização para assegurar-lhes a substituição ou a conservação do valor;
II - os valores mobiliários, matéria-prima, bens destinados à alienação, ou que constituem produtos ou artigos da indústria ou comércio da empresa, podem
ser estimados pelo custo de aquisição ou de fabricação, ou pelo preço corrente, sempre que este for inferior ao preço de custo, e quando o preço corrente ou
venal estiver acima do valor do custo de aquisição, ou fabricação, e os bens
forem avaliados pelo preço corrente, a diferença entre este e o preço de custo não será levada em conta para a distribuição de lucros, nem para as
percentagens referentes a fundos de reserva; III - o valor das ações e dos títulos de renda fixa pode ser determinado com
base na respectiva cotação da Bolsa de Valores; os não cotados e as participações não acionárias serão considerados pelo seu valor de aquisição;
IV - os créditos serão considerados de conformidade com o presumível valor de realização, não se levando em conta os prescritos ou de difícil liqüidação, salvo
se houver, quanto aos últimos, previsão equivalente.
Parágrafo único. Entre os valores do ativo podem figurar, desde que se preceda, anualmente, à sua amortização:
I - as despesas de instalação da sociedade, até o limite correspondente a dez
por cento do capital social;
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II - os juros pagos aos acionistas da sociedade anônima, no período antecedente ao início das operações sociais, à taxa não superior a doze por
cento ao ano, fixada no estatuto; III - a quantia efetivamente paga a título de aviamento de estabelecimento
adquirido pelo empresário ou sociedade.
Art. 1.188. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as
disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo. Parágrafo único. Lei especial disporá sobre as informações que acompanharão o
balanço patrimonial, em caso de sociedades coligadas.
Art. 1.189. O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros e perdas, acompanhará o balanço patrimonial e dele constarão crédito e
débito, na forma da lei especial.
Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou
tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em
seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei.
Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão,
comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência.
§ 1o O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ação pode, a requerimento ou de ofício, ordenar que os livros de qualquer das partes, ou de
ambas, sejam examinados na presença do empresário ou da sociedade empresária a que pertencerem, ou de pessoas por estes nomeadas, para deles
se extrair o que interessar à questão. § 2o Achando-se os livros em outra jurisdição, nela se fará o exame, perante o
respectivo juiz.
Art. 1.192. Recusada a apresentação dos livros, nos casos do artigo
antecedente, serão apreendidos judicialmente e, no do seu § 1o, ter-se-á como verdadeiro o alegado pela parte contrária para se provar pelos livros.
Parágrafo único. A confissão resultante da recusa pode ser elidida por prova documental em contrário.
Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração,
em parte ou por inteiro, não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas
leis especiais.
Art. 1.194. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondência e mais papéis
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concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou decadência
no tocante aos atos neles consignados.
Art. 1.195. As disposições deste Capítulo aplicam-se às sucursais, filiais ou
agências, no Brasil, do empresário ou sociedade com sede em país estrangeiro.
INTERPRETAÇÃO DOS DISPOSITIVOS
Passemos agora a analisar os dispositivos para fins de prova.
Imagine-se que João e Maria são administradores da sociedade KLS. Cada nota fiscal de compra de mercadoria, cada NF de venda, cada cheque emitido, cada
compra de ativo imobilizado para a produção, tudo isso tem de ser controlado. Pensem vocês se não houvesse um controle de todos os atos e fatos que
ocorrem no âmbito de uma empresa. O que seria desta empresa?! O que seria do mercado? E o que seria da economia nacional?
Pois bem, todos esses eventos devem ser contabilizados. Então, no período de competência, colheremos todos os documentos necessários e lançaremos nos
respectivos livros contábeis. A técnica contábil utilizada para o registro dos fatos contábeis é chamada de ESCRITURAÇÃO. Anotem.
Então, em um primeiro momento, devemos escriturar, por meio de
lançamentos contábeis, todas as notas fiscais e documentos que comprovem alteração no patrimônio da entidade.
Neste sentido estabelece o Código Civil:
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração
uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e
a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
Esta escrituração, nos ditames do artigo 1.182, deve ser feita por
CONTABILISTA legalmente habilitado. Aqui, duas exceções devem ser feitas.
1) O artigo fala em contabilista, expressão que abrange tanto o bacharel em ciências contábeis como o técnico em contabilidade, desde que regularmente
habilitados.
2) Há que se fazer uma exceção. Caso não haja contabilista na localidade, a escrituração deve ser feita pelo próprio empresário ou por outro auxiliar.
Ainda, segundo o artigo 1.183, a escrituração será feita em idioma e moeda
corrente nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou
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transportes para as margens, sendo permitido o uso de código de números ou
de abreviaturas, que constem de livro próprio, regularmente autenticado.
Na mesma linha, o art. 1.194 estabelece que o empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar em boa guarda toda a escrituração,
correspondência e mais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer PRESCRIÇÃO OU DECADÊNCIA no tocante aos atos neles
consignados.
Ressalve-se que o artigo 1.179, §2º prescreve que:
§ 2o É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se
refere o art. 970.
E quem seria este pequeno empresário que está dispensado da escrituração?! A
resposta pode ser encontrada na Lei Complementar n. 123/2006.
Art. 68. Considera-se pequeno empresário, para efeito de aplicação do disposto nos arts. 970 e 1.179 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002, o empresário
individual caracterizado como microempresa na forma desta Lei Complementar
que aufira receita bruta anual de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais).
LIVROS EMPRESARIAIS
De acordo com o Código Civil, os números e as espécies de livros que o empresário vai adotar, em regra, ficam a seu critério. Todavia, pode haver
disposição especial de lei em contrário, que ordene a escrituração de livros específicos, como o faz, por exemplo, a legislação fiscal, que exige a
escrituração de livros como registro de entradas de mercadoria, registros de saída, entre outros.
Ademais, O CÓDIGO CIVIL OBRIGA A TODOS OS EMPRESÁRIOS QUE ESCRITUREM O LIVRO DIÁRIO, como vemos a seguir:
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou
eletrônica.
Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para
o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico.
No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as
operações relativas ao exercício da empresa (CC, art. 1.184).
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Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o
período de TRINTA DIAS, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados
livros auxiliares regularmente autenticados, para registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação (CC, art.
1.184. § 1o).
E mais. Vejam acima que o artigo 1.179 obriga ao levantamento do balanço patrimonial e da demonstração do resultado do exercício. Estes lançamentos
são feitos no diário, dentro dele.
Art. 1.184, § 2o Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o de resultado econômico, devendo ambos ser assinados por técnico em Ciências Contábeis
legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária.
O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real
da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo (CC, art. 1.188).
O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros e
perdas, acompanhará o balanço patrimonial e dele constarão crédito e débito, na forma da lei especial (CC, art. 1.189).
Deve-se salientar, ainda, que os livros devem ser AUTENTICADOS no registro
competente, autenticação que se dará antes de pô-los em uso.
Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis.
Parágrafo único. A autenticação não se fará sem que esteja inscrito o
empresário, ou a sociedade empresária, que poderá fazer autenticar livros não
obrigatórios.
EXIBIÇÃO DE LIVROS
Os livros empresariais representam a vida econômica do empresário. Ali são
encontradas informações valiosas sobre o andamento e a gestão do negócio. Pois bem, estes livros são resguardados por sigilo. O Código Civil confere
proteção à escrituração através do seguinte dispositivo:
Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em
seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei.
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Vejam que o próprio artigo se inicia com a redação “ressalvados os casos
previstos em lei”, o que permite inferir que o sigilo empresarial não é direito absoluto.
Exemplifique-se. O Código Tributário Nacional, em seu artigo 195, dispõe:
Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar
mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de
exibi-los.
No mesmo sentido foi o Código Civil:
Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro, não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício
da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas
leis especiais.
Assim, o sigilo empresarial não é válido frente às autoridades tributárias,
quando no exercício da fiscalização.
É possível também que os livros sejam exibidos judicialmente. A exibição em juízo poderá ser total ou parcial. Senão vejamos.
Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão,
comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência.
§ 1o O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ação pode, a
requerimento ou de ofício, ordenar que os livros de qualquer das partes, ou de
ambas, sejam examinados na presença do empresário ou da sociedade empresária a que pertencerem, ou de pessoas por estes nomeadas, para deles
se extrair o que interessar à questão.
§ 2o Achando-se os livros em outra jurisdição, nela se fará o exame, perante o
respectivo juiz.
Entendamos os artigos em epígrafe.
A exibição TOTAL somente pode ser determinada pelo juiz, A REQUERIMENTO DA PARTE, e em algumas ações (art. 1.191). O próprio
Código cita os casos em que é possível a exibição total:
1) sucessão;
2) comunhão/ sociedade;
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3) administração;
4) falência.
Todavia, a exibição PARCIAL pode ser feita de ofício ou a requerimento da parte, em qualquer ação judicial, quando necessário ou útil à solução da lide
(CC, art. 1.191, parágrafo primeiro).
Exibição Quem pode
requerer? Quando?
Integral Parte Questões relativas à sucessão, comunhão,
sociedade, administração, falência
Parcial Parte ou de ofício
(juiz) Qualquer processo
DOS PREPOSTOS
O que é um preposto? Nada mais é do que o representante da empresa que conhece os fatos e tem a capacidade de argumentar, defender ou esclarecer os
assuntos por ela tratados. O Código Civil trouxe como prepostos o gerente, o contabilista e outros auxiliares. O assunto está previsto nos artigos 1.169 a
1.178 do CC.
O preposto não é qualquer auxiliar dependente do empresário, ou seja, nem todos os empregados do empresário são prepostos. O que caracteriza a
preposição é o poder de representação. O preposto substitui o preponente em determinados atos, seja na organização interna da empresa, seja nas relações
externas com terceiros.
Vejamos os artigos do Código Civil que tratam a respeito dos prepostos. Em
seguida, explicaremos o que há de mais salutar. Mas, desde já, diria que a importância deste tópico no concurso não é das maiores. As questões que caem
(e quando caem) costumam tão-somente exigir o texto legal.
CAPÍTULO III - DOS PREPOSTOS
SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1.169. O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no
desempenho da preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas.
Art. 1.170. O preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por
conta própria ou de terceiro, nem participar, embora indiretamente, de
operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob pena de responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operação.
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Art. 1.171. Considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto, salvo nos
casos em que haja prazo para reclamação.
SEÇÃO II - DO GERENTE
Art. 1.172. Considera-se gerente o preposto permanente no exercício da empresa, na sede desta, ou em sucursal, filial ou agência.
Art. 1.173. Quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o gerente
autorizado a praticar todos os atos necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados.
Parágrafo único. Na falta de estipulação diversa, consideram-se solidários os
poderes conferidos a dois ou mais gerentes.
Art. 1.174. As limitações contidas na outorga de poderes, para serem opostas a
terceiros, dependem do arquivamento e averbação do instrumento no Registro Público de Empresas Mercantis, salvo se provado serem conhecidas da pessoa
que tratou com o gerente.
Parágrafo único. Para o mesmo efeito e com idêntica ressalva, deve a modificação ou revogação do mandato ser arquivada e averbada no Registro
Público de Empresas Mercantis.
Art. 1.175. O preponente responde com o gerente pelos atos que este pratique em seu próprio nome, mas à conta daquele.
Art. 1.176. O gerente pode estar em juízo em nome do preponente, pelas
obrigações resultantes do exercício da sua função.
SEÇÃO III - DO CONTABILISTA E OUTROS AUXILIARES
Art. 1.177. Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por
qualquer dos prepostos encarregados de sua escrituração, produzem, salvo se houver procedido de má-fé, os mesmos efeitos como se o fossem por aquele.
Parágrafo único. No exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente
responsáveis, perante os preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos.
Art. 1.178. Os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer
prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito.
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Parágrafo único. Quando tais atos forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigarão o preponente nos limites dos poderes conferidos por escrito,
cujo instrumento pode ser suprido pela certidão ou cópia autêntica do seu teor.
Os empregados podem ser prepostos ou pessoas que com ele tenham vínculo,
como os funcionários autônomos.
Havendo relação de preposição entre empresário e determinada pessoa, essa relação é pessoal, ou seja, deve ser exercida diretamente pelo preposto. O
preposto deverá agir com o maior zelo possível. Se agir contrariamente, delegando atribuição que lhe foram cometidas, responde o preposto
pessoalmente, exceto se houver autorização para a substituição. Assim dispôs o artigo 1.169.
Art. 1.169. O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do
substituto e pelas obrigações por ele contraídas.
No mesmo sentido, imaginem se Augusto, empresário, confia a seu gerente o exercício de decidir sobre a venda de mercadorias da empresa. O cliente X
chega a comprar e o gerente diz: - Tenho a mercadoria de Augusto pra negociar, contudo, posso lhe oferecer a mercadoria Y, de minha propriedade,
por um preço muito melhor. Não seria ético e probo por parte do gerente que promovesse tais atos. Por isso, o Código Civil diz:
Art. 1.170. O preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por conta própria ou de terceiro, nem participar, embora indiretamente, de
operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob pena de responder por
perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operação.
Vejam que, havendo autorização, não há ilicitude.
O artigo 1.171, por seu turno, prega que se terceiros entregarem papéis, bens
ou valores, ao preposto considera-se que a entrega foi feita também ao preponente, se não reclamar (protestar) o empresário ou preposto. Ressalve-
se, contudo, o caso em que haja prazo para reclamação.
RESPONSABILIDADE PELOS ATOS DOS PREPOSTOS
Com espeque no Código Civil:
Art. 1.178. Os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito.
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Parágrafo único. Quando tais atos forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigarão o preponente nos limites dos poderes conferidos por escrito,
cujo instrumento pode ser suprido pela certidão ou cópia autêntica do seu teor.
A responsabilidade do preponente por atos do preposto difere caso o ato seja
praticado dentro ou fora do estabelecimento. Senão vejamos.
O preponente é responsável pelo ato praticado DENTRO de estabelecimento que seja relativo à atividade da empresa, mesmo que o preposto não seja
autorizado por escrito.
Todavia, para atos praticados FORA do estabelecimento a responsabilidade só se dará no limite do poder conferido por escrito.
Exemplificando. O fato de João (preposto) conceder em determinada operação
dentro do estabelecimento um desconto de 50%, mesmo não estando
autorizado para tanto, acarreta a responsabilidade (prejuízo, neste caso) para o preponente, que deverá responder por tanto.
Neste caso, resta perquirir, ainda, se a atitude do preposto foi com dolo ou
culpa, pois, de acordo com a Lei:
Art. 1.177, parágrafo único. No exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os preponentes, pelos atos culposos; e,
perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos.
Assim, tendo João praticado o ato com negligência, imprudência ou imperícia, o que caracterizará a culpa, responderá ele PESSOALMENTE FRENTE AO
EMPRESÁRIO. Não haverá responsabilidade perante terceiros.
Ao revés, agindo com dolo, se, por exemplo, ele tivesse tido tal conduta para
beneficiar terceiro e levar o preponente à ruína, passaria a responder SOLIDARIAMENTE COM O PREPONENTE perante terceiros.
De dois prepostos cuidou o Código Civil pormenorizadamente. São eles: gerente
e contabilista.
GERENTE
O gerente é o principal preposto da empresa, a quem incumbe a administração da atividade. Quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o gerente
autorizado a praticar todos os atos necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados (CC, art. 1.173).
Assim, poderá o gerente realizar a venda de mercadorias, contratação de
serviços. Contudo, se, por exemplo, é necessária a assinatura de sócio para
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assinatura de um auto de infração lavrado por determinado Fisco, não poderá o
gerente praticar tal ato, já que é vedado por lei.
Tal importância dá o Código Civil ao gerente que o permite estar em juízo em nome do preponente, desde que para responder por obrigações que tenham
nexo com o exercício de sua função (CC, art. 1.176).
Mas, professor, e se houver mais de um gerente (o que é plenamente possível)? Bem, neste caso, o CC diz que:
Art. 1.173, parágrafo único. Na falta de estipulação diversa, consideram-se
solidários os poderes conferidos a dois ou mais gerentes.
Ou seja, se não for expressamente feita uma divisão de competências, todos os gerentes poderão praticar os mais diversos atos relativos ao empresariado.
Por fim, como não poderia deixar de saber, temos de saber como se dá a responsabilidade do gerente pelos atos que praticar. Tais indagações podem ser
respondidas pelos artigos 1.174 e 1.175 do Código Civil.
Art. 1.174. As limitações contidas na outorga de poderes, para serem opostas a terceiros, dependem do arquivamento e averbação do instrumento no Registro Público de Empresas Mercantis, salvo se provado serem conhecidas da pessoa
que tratou com o gerente.
Parágrafo único. Para o mesmo efeito e com idêntica ressalva, deve a modificação ou revogação do mandato ser arquivada e averbada no Registro
Público de Empresas Mercantis.
Art. 1.175. O preponente responde com o gerente pelos atos que este pratique
em seu próprio nome, mas à conta daquele.
Pois bem. O preponente, então, responde com o gerente pelos atos que o
gerente praticar, em nome do empresário. Contudo, caso haja limitação nos poderes do gerente, estas limitações poderão ser opostas a terceiros, desde
que estejam devidamente averbadas na Junta Comercial.
Entrementes, se não estiver a limitação registrada e o preponente tiver meios de provar que o terceiro quando contratou conhecia desta limitação do gerente,
se eximirá o empresário de responder.
CONTABILISTA
Dissemos que o empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração
uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e
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a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico (CC,
art. 1.179).
Essa escrituração deve ser feita por contabilista (contador ou técnico em contabilidade), salvo se nenhum houver na localidade.
De acordo com o Código Civil:
Art. 1.177. Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos prepostos encarregados de sua escrituração, produzem, salvo se
houver procedido de má-fé, os mesmos efeitos como se o fossem por aquele.
REGISTRO
Vamos direto ao Código Civil.
Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade
simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos
tipos de sociedade empresária.
Art. 1.151. O registro dos atos sujeitos à formalidade exigida no artigo antecedente será requerido pela pessoa obrigada em lei, e, no caso de omissão
ou demora, pelo sócio ou qualquer interessado.
§ 1o Os documentos necessários ao registro deverão ser apresentados no prazo de trinta dias, contado da lavratura dos atos respectivos.
§ 2o Requerido além do prazo previsto neste artigo, o registro somente
produzirá efeito a partir da data de sua concessão.
§ 3o As pessoas obrigadas a requerer o registro responderão por perdas e
danos, em caso de omissão ou demora.
Art. 1.152. Cabe ao órgão incumbido do registro verificar a regularidade das publicações determinadas em lei, de acordo com o disposto nos parágrafos
deste artigo.
§ 1o Salvo exceção expressa, as publicações ordenadas neste Livro serão feitas no órgão oficial da União ou do Estado, conforme o local da sede do empresário
ou da sociedade, e em jornal de grande circulação.
§ 2o As publicações das sociedades estrangeiras serão feitas nos órgãos oficiais da União e do Estado onde tiverem sucursais, filiais ou agências.
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§ 3o O anúncio de convocação da assembléia de sócios será publicado por três vezes, ao menos, devendo mediar, entre a data da primeira inserção e a da
realização da assembléia, o prazo mínimo de oito dias, para a primeira convocação, e de cinco dias, para as posteriores.
Art. 1.153. Cumpre à autoridade competente, antes de efetivar o registro,
verificar a autenticidade e a legitimidade do signatário do requerimento, bem como fiscalizar a observância das prescrições legais concernentes ao ato ou aos
documentos apresentados.
Parágrafo único. Das irregularidades encontradas deve ser notificado o requerente, que, se for o caso, poderá saná-las, obedecendo às formalidades da
lei.
Art. 1.154. O ato sujeito a registro, ressalvadas disposições especiais da lei, não pode, antes do cumprimento das respectivas formalidades, ser oposto a
terceiro, salvo prova de que este o conhecia.
Parágrafo único. O terceiro não pode alegar ignorância, desde que cumpridas as
referidas formalidades.
Indubitavelmente, o artigo mais cobrado sobre registro em prova é o artigo
1.150, que deve ser interpretado harmonicamente com o artigo 985.
ART. 985. A SOCIEDADE ADQUIRE PERSONALIDADE JURÍDICA COM A INSCRIÇÃO, NO REGISTRO PRÓPRIO E NA FORMA DA LEI, DOS SEUS
ATOS CONSTITUTIVOS.
A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos. O simples fato de uma
sociedade ser constituída e iniciar as suas atividades não lhe confere
personalidade jurídica. Para tanto é necessário o registro de seus atos constitutivos no órgão competente.
Assim, pode ocorrer de um empresário constituir seu negócio e iniciar suas
atividades sem que tenha feito requerimento de seu registro ao órgão competente, quando estará em situação irregular, regendo-se pelas regras
relativas à sociedade em comum (vista à frente). Portanto, se cair na sua prova, é errado asseverar que a personalidade jurídica se inicia com a
constituição e início das atividades da empresa. Ok?
Também é importante:
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Art. 1.150. O EMPRESÁRIO E A SOCIEDADE EMPRESÁRIA VINCULAM-SE AO REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS A CARGO DAS JUNTAS COMERCIAIS, E A SOCIEDADE SIMPLES AO REGISTRO CIVIL
DAS PESSOAS JURÍDICAS, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade
empresária.
O entendimento desse artigo 1.150 é o que se segue:
Esse tema foi objeto de cobrança no concurso para Fiscal de Rendas do Estado do Rio de Janeiro (FGV/2008-2) da seguinte forma: “Os atos constitutivos da
sociedade são sempre arquivados na Junta Comercial”.
Fácil perceber agora que o gabarito da questão é falso, porquanto as sociedades
simples registram-se no Cartório de Pessoas Civis.
Se a sociedade simples obedecer ao regime próprio que lhe fora previsto no Código Civil (o regime próprio das sociedades simples), o registro será nos
moldes estabelecidos para os cartórios de pessoas civis.
Caso a sociedade simples opte por uma das outras formas que lhe são possíveis (sociedade limitada, sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita
simples), o Registro Civil obedecerá aos ritos previstos para inscrição dessas sociedades na Junta Comercial. O REGISTRO, TODAVIA, CONTINUA SENDO
FEITO DO REGISTRO CIVIL.
Assim, José e Alfredo, médicos, formam uma sociedade simples pura, que obedecerá às regras próprias deste tipo societário previstas no Código Civil.
Logo, o registro é feito no Cartório Civil, da “forma comum”, como é feito para
todas as outras sociedades simples.
Imagine-se agora que José e Alfredo formam uma sociedade simples, adotando a forma de sociedade limitada. O registro será feito seguindo todas as regras
previstas para as sociedades limitadas (as LTDAs que são sociedades empresárias se registram na Junta Comercial), contudo, continuará sendo feito
no Registro Civil.
O registro dos atos sujeitos à formalidade exigida no artigo antecedente será requerido pela pessoa obrigada em lei, e, no caso de omissão ou demora, pelo
sócio ou qualquer interessado (CC, art. 1.151).
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Outro aspecto importante é que segundo o artigo 1.151, parágrafo primeiro, os documentos devem ser apresentados à Junta Comercial no prazo de 30 DIAS.
Sendo feito no prazo, o registro retroage à data da origem. Entretanto, caso o registro seja feito após o prazo previsto, o efeito do registro surtirá apenas após
a data da concessão (CC, art. 1.151, §2º).
Quando obrigatório o registro, as pessoas que forem responsáveis por efetuá-lo e retardarem injustificadamente responderão por perdas e danos (CC, art.
1.151, §3º).
A FCC explorou este assunto do seguinte modo:
(FCC/OAB SP/2006) Os efeitos do arquivamento de documentos no registro de
comércio operam-se apenas na data da publicação do seu extrato.
O item está incorreto. O registro é obrigação legal imposta a todo e qualquer empresário (CC, art. 967). O ato deve ser feito até 30 dias após a assinatura do
respectivo documento (Lei 8.934/94, art. 36). Se assim feito, considera-se o ato eficaz, perante terceiros, desde sua origem – efeito ex tunc. Ao revés, em
se levando o ato a registro fora do prazo previsto de 30 dias, considera-se eficaz apenas a partir do momento em que houver deferimento – efeito ex
nunc.
Por fim, é importante saber que decai em TRÊS ANOS o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato
respectivo, contado o prazo da publicação da sua inscrição no registro (CC, artigo 45, par. único).
EFEITOS DO REGISTRO
O registro dos empresários possui NATUREZA DECLARATÓRIA, isto é, serve para declarar que ele está cumprindo os requisitos que lhe foram exigidos,
atestando-se sua regularidade no âmbito do direito mercantil. Relembre-se, porém, que para os rurais a inscrição tem NATUREZA CONSTITUTIVA.
ATOS DE REGISTRO
Já se falou aqui também que, como dispõe o artigo 967 do Código Civil, é
obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
Mas, onde é feito esse registro? Esse registro é feito na Junta Comercial. É ela
quem executa os atos de REGISTRO (a saber, MATRÍCULA, ARQUIVAMENTO E AUTENTICAÇÃO) dos empresários individuais e
sociedades empresárias. Tratemos das três espécies de registro.
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A matrícula é nada mais do que o registro de leiloeiros, tradutores públicos,
intérpretes, trapicheiros e administradores de armazéns gerais.
O arquivamento trata basicamente dos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção de empresários individuais e sociedades
empresárias, como contrato social, atas de reunião, atas de alteração contratual, entre outros.
Por seu turno, a autenticação é o registro da escrituração realizada pelos
empresários e sociedades empresárias.
É exatamente este o modo como cobram na prova! Para provar, vejam como a FCC cobrou o assunto – item correto:
(FCC/OAB SP/2006) A profissão de leiloeiro será exercida mediante matrícula
concedida pelas Juntas Comerciais.
DAS SOCIEDADES
No Brasil, as pessoas jurídicas podem se encontrar sob o manto de dois regimes jurídicos:
1) Regime jurídico de direito público: nele se encontram, quase que sempre, a União, Estados, Distrito Federal, Municípios, Territórios e autarquias.
2) Regime jurídico de direito privado: compreende todas as outras pessoas.
A diferença entre os regimes reside justamente no tratamento jurídico que lhes são conferidos. As pessoas jurídicas de direito público, em virtude de zelarem
pelo interesse coletivo, se situam quase sempre em posição de superioridade,
de supremacia, sobre as pessoas privadas.
Ao revés, as pessoas jurídicas de direito privado se respaldam no princípio da isonomia, inexistindo, entre elas, valoração diferenciada de seus interesses.
Continuando, as pessoas jurídicas de direito privado podem se constituir sob
duas formas:
a) pessoas jurídicas de direito privado estatais: que compreende as empresas públicas e as sociedades de economia mista; b) pessoas jurídicas de direito privado não-estatais: abarcando este conceito as
fundações, associações e sociedades.
Nesta esteira, distinguem-se as fundações e associações das sociedades
pelo escopo negocial das sociedades.
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Portanto, ficamos assim:
As sociedades, por seu turno, podem se subdividir em simples e empresárias. Ok?
Agora, vamos lá! A distinção entre uma sociedade simples e uma sociedade
empresária reside em quê? Seria no lucro? Bem, quem acha que é isso errou, meus amigos. Esse é um critério insuficiente para separar os dois institutos.
Por exemplo, por força de disposição legal, as sociedades de advogados são sempre sociedades simples, mas, ora, como um advogado viveria sem a
remuneração de sua profissão? Percebam, pois, que não podemos separar uma sociedade simples e empresária pelo critério lucro, uma vez que as simples
também podem possuir fins lucrativos.
A diferença, então, entre uma sociedade simples e uma sociedade empresária reside na exploração de seu objeto de forma profissional e
organizada, como propõe o artigo 966 do Código Civil.
Sem prejuízo do exposto, as sociedades por ações (que compreendem as sociedades anônimas e sociedades em comanditas por ações) são sempre
sociedades empresárias, ainda que possuam fins pios. Ao revés, as cooperativas são sempre sociedades simples. É este o comando do artigo
982, par. único do CC.
DISPOSITIVOS DO CÓDIGO CIVIL SOBRE AS SOCIEDADES
Vejamos alguns dispositivos importantes do Código Civil para a prova. Em
seguida, façamos as devidas explicações.
TÍTULO II - Da Sociedade
CAPÍTULO ÚNICO - Disposições Gerais
Pessoas jurídicas
PJ de direito público
PJ de direito privado
União, Estados, DF, Município, Territórios e autarquias
Estatais: Empresas púb. e SEMs
Não estatais: Fundações, associações e sociedades
Sociedades: simples e
empresárias
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Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade
econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a
registro (art. 967); e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.
Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos
regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas
que lhe são próprias.
Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de
empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer
inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade
empresária.
Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e
1.150).
O artigo 981 prescreve que “celebram contrato de sociedade as pessoas que
reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados”.
Um primeiro aspecto importante a frisar é o que o dispositivo em comento aluda tanto às sociedades simples, como às empresárias. Note-se que o artigo
fala em ATIVIDADE ECONÔMICA. Portanto, como já frisamos, não é este o ponto que discerne as sociedades simples das empresárias.
Outro ponto que merece destaque é o de que a sociedade nasce do encontro da
vontade de sócios. Este encontro é denominado affectio societatis. Esse vontade comum de celebração de uma avença será concretizada por um contrato social
ou estatuto, conforme o tipo societário que se queira adotar.
Ademais, vale dizer que o artigo 981 também traz outro item essencial para a constituição da sociedade, um pressuposto fático, qual seja, a pluralidade de
sócios, porquanto celebram contrato de sociedades AS PESSOAS.
A doutrina diz que a unipessoalidade da sociedade somente poderá em regra
ser incidental e temporária. Se A e B constituem uma sociedade e B,
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posteriormente, vem a óbito, a sociedade deverá ser reconstituída em um prazo
de 180 dias, sendo que, não o fazendo, o possível caminho para a sociedade será o da dissolução (CC, art. 1.033, IV).
A esse respeito, vejam a questão da FCC, explorado em concurso para
magistratura (item correto):
(FCC/Juiz Substituto TRT-AC/2005) É obrigatória a existência de pelo menos dois sócios para a configuração de uma sociedade, já que ninguém pode ser
sócio de si mesmo.
O artigo 982 já fora visto.
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a
registro (art. 967); e, simples, as demais.
Contudo, como é de importância salutar, vamos aqui repetir a explicação. Já
dissemos que o conceito de empresário (individual ou sociedade empresária) está estatuído no artigo 966 do Código Civil, que propõe:
ART. 966. CONSIDERA-SE EMPRESÁRIO QUEM EXERCE PROFISSIONALMENTE ATIVIDADE ECONÔMICA ORGANIZADA PARA A
PRODUÇÃO OU A CIRCULAÇÃO DE BENS OU DE SERVIÇOS.
Algumas exceções, todavia, existem. São pessoas que, inobstante exerçam
atividade econômica, não devem ser consideradas empresárias. Neste caso, caso sejam pessoas jurídicas, serão chamadas de sociedades simples. Vejamos:
EXCEÇÕES AO REGIME EMPRESARIAL
As exceções são, em síntese, as seguintes:
1) PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 966 – PROFISSIONAIS LIBERAIS
O artigo 966, parágrafo único, do CC traz uma importante ressalva...
PARÁGRAFO ÚNICO. NÃO SE CONSIDERA EMPRESÁRIO QUEM EXERCE PROFISSÃO INTELECTUAL, DE NATUREZA CIENTÍFICA, LITERÁRIA OU ARTÍSTICA, AINDA COM O CONCURSO DE AUXILIARES OU
COLABORADORES, SALVO SE O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO CONSTITUIR
ELEMENTO DE EMPRESA.
Com base no dispositivo acima, ressalvadas estão, via de regra, as atividades intelectuais que possuam natureza científica, literária ou artística, salvo se
o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Como assim,
professor? Explique-se melhor esse ponto. Dois médicos que trabalhem
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sozinhos, constituindo uma sociedade que tenha uma clientela que freqüenta
sua clínica a fim de prestigiar o bom trabalho por eles realizado, não serão considerados como sociedade empresária, por conta do que ordena o artigo
966, parágrafo único.
Embora possuam todos os elementos contidos no caput do artigo 966: exploração profissional da atividade, individual, direta, habitual e com fins
lucrativos de uma atividade econômica.
O mesmo vale para dentistas, arquitetos, artistas, uma vez que prestam serviço de natureza intelectual, científica, literária ou artística.
Todavia, o hospital de grande porte onde esses mesmos médicos trabalham
como plantonistas, ambiente cujos pacientes não sabem sequer de suas existências, não vão lá por suas causas, mas, sim, por que o exercício da
profissão (a medicina) constitui elemento da empresa (hospital), será
considerado sociedade empresária.
Portanto, não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
2) SOCIEDADES COOPERATIVAS
Estamos frisando que o importa para que uma pessoa física ou jurídica seja
considerada empresária é a organização dos fatores de produção para explorar o objeto de modo lucrativo.
Muito embora as cooperativas tenham todas as qualificações para atenderem ao
disposto no artigo 966, deixam de ser sociedades empresárias por força de
disposição expressa no Código Civil.
Art. 982, parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se
empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.
3) SOCIEDADES DE ADVOGADOS
Grave-se o seguinte para a prova: o Estatuto da Advocacia e da Ordem dos
Advogados do Brasil (Lei 8.906/1994) dispõe que a sociedade de advogados é sempre sociedade simples, isto é, que explora o seu objetivo de forma não
empresarial.
Ademais, o registro para sua constituição é feito na própria OAB, como se depreende do dispositivo a seguir do diploma legal citado acima:
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Art. 15. § 1º A sociedade de advogados adquire personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em
cuja base territorial tiver sede.
4) PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS QUE EXPLOREM A ATIVIDADE RURAL
Há, por fim, uma última exceção a pessoas que, inobstante exerçam atividade
econômica, atendendo a todos os requisitos do artigo 966 do Código Civil, não são tidas como empresárias. São as pessoas físicas e jurídicas que explorem
atividade rural. Senão vejamos:
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva
sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos,
ao empresário sujeito a registro.
E...
Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos
tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que,
depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade
empresária.
Assim, em regra, aquele que exerce atividade econômica rural não está sujeito ao regime jurídico empresarial, salvo se expressamente fizer opção, mediante
registro na Junta Comercial (onde se registram os empresários).
O artigo 983 argüi que “a sociedade empresária deve constituir-se segundo um
dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo,
subordina-se às normas que lhe são próprias”.
Assim, já sabemos que a sociedade pode ser simples ou empresária. Sendo empresária, poderá se constituir sob as seguintes formas:
- Sociedade em nome coletivo;
- Sociedade em comandita simples; - Sociedade limitada;
- Sociedade em comandita por ações; - Sociedade anônima.
Em se tratando de sociedade simples podem assumir a forma de organização de
um dos tipos societários destinados às sociedades empresárias previstos no
novo Código Civil. Mas nem todos, posto que as sociedade em comandita por
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ações e a sociedade anônima, que são tipos de sociedades por ações, sempre
serão sociedades empresárias.
Todavia, caso não opte a sociedade simples por qualquer destes tipos, sujeitar-se-á às regras peculiares às sociedades simples, que estão previstas no Código
Civil (chamada de sociedade simples pura ou simples simples).
Portanto, ficamos assim, para as sociedades simples:
- Adota a forma de sociedade simples pura, com as regras que lhes são próprias.
- Adota a forma de uma sociedade empresária (mas nem todas):
- Sociedade em nome coletivo; - Sociedade em comandita simples; e
- Sociedade limitada.
Só isso! A FGV, inteligentemente, explorou este assunto do seguinte modo:
(FGV/Auditor/TCM-RJ/2008) As sociedades simples podem adotar qualquer tipo
societário específico das sociedades empresárias.
O item está incorreto, posto que as sociedades por ações são sempre empresárias, não podendo a sociedades simples (gênero) adotar a forma de
sociedade anônima ou em comandita por ações (espécies).
Por fim, o artigo 985 já foi explicado: a personalidade jurídica tem início com o registro no órgão competente.
Lembre-se de que:
Art. 1.150. O EMPRESÁRIO E A SOCIEDADE EMPRESÁRIA VINCULAM-SE AO REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS A CARGO DAS JUNTAS COMERCIAIS, E A SOCIEDADE SIMPLES AO REGISTRO CIVIL
DAS PESSOAS JURÍDICAS, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade
empresária.
SOCIEDADES EM ESPÉCIE
Começaremos a falar agora sobre as sociedades em espécie. Iniciaremos pela sociedade em comum e pela sociedade em conta de participação.
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SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS
Começaremos a falar hoje sobre os dois tipos societários não personificados, de
acordo com o Código Civil. São eles: SOCIEDADE EM COMUM e SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO.
São as seguintes as disposições do Código Civil concernentes a estes dois tipos societários:
SUBTÍTULO I - DA SOCIEDADE NÃO PERSONIFICADA
CAPÍTULO I - DA SOCIEDADE EM COMUM
Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas,
subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples.
Art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito
podem provar a existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la de
qualquer modo.
Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em comum.
Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por
qualquer dos sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que somente terá eficácia contra o terceiro que o conheça ou deva conhecer.
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas
obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade.
CAPÍTULO II - DA SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO
Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome
individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes.
Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e,
exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social.
Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação independe de
qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito.
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Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade
jurídica à sociedade.
Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, o sócio participante não pode tomar parte nas relações do sócio
ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamente com este pelas obrigações em que intervier.
Art. 994. A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio
ostensivo, patrimônio especial, objeto da conta de participação relativa aos negócios sociais.
§ 1o A especialização patrimonial somente produz efeitos em relação aos
sócios. § 2o A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade e a
liquidação da respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito quirografário.
§ 3o Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às normas que regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido.
Art. 995. Salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode admitir
novo sócio sem o consentimento expresso dos demais.
Art. 996. Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiariamente e no que com ela for compatível, o disposto para a sociedade simples, e a sua
liquidação rege-se pelas normas relativas à prestação de contas, na forma da lei processual.
Parágrafo único. Havendo mais de um sócio ostensivo, as respectivas contas
serão prestadas e julgadas no mesmo processo.
A FCC já abordou o conhecimento deste assunto do seguinte modo:
(FCC/Procurador do Município/SP/2008) Classificam-se como sociedades não personificadas as sociedades:
a) limitada e a em comandita por ações. b) cooperativa e a anônima.
c) em nome coletivo e a em comandita simples. d) em comum e a em conta de participação.
e) simples e a limitada.
Comentários
Facílimo inferir que o nosso gabarito é a letra D.
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São sociedades despersonificadas a sociedade em comum e a sociedade em conta de participação.
Gabarito D.
SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO
A sociedade em conta de participação (SCP), também conhecida como SOCIEDADE SECRETA, NÃO POSSUI PERSONALIDADE JURÍDICA,
PATRIMÔNIO, tampouco NOME EMPRESARIAL.
Este quesito foi cobrado no concurso para AFRFB, 2009, com a seguinte redação (item incorreto):
(ESAF/AFRFB/2009) A sociedade em conta de participação é uma pessoa
jurídica.
Trata-se, segundo parte da doutrina, de mero CONTRATO DE
INVESTIMENTO, em que alguns sócios exercem a atividade empresarial e os outros participam dos resultados obtidos. Porém, para concursos, devemos
considerá-la como sociedade (até mesmo por que o próprio Código assim dispôs).
Só com o exposto, já “matamos” muitas questões em provas, como esta
apresentada pela FGV no concurso para Auditor do TCM RJ/2008, segundo a qual: “A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou
denominação”.
Pensemos. Se se trata de sociedade secreta, qual seria a finalidade de um
nome empresarial (firma ou denominação)? Vamos ao teor do art. 1.162 do CC: A sociedade em conta de participação NÃO PODE ter firma ou denominação. O
item está correto.
Na SCP existem duas espécies de sócios:
a) OSTENSIVO: quem opera o negócio frente a terceiros, assumindo responsabilidade ILIMITADA pelas obrigações contraídas, não havendo que se
falar sequer em subsidiariedade, face à falta de personalidade jurídica e de patrimônio da Sociedade; e,
b) PARTICIPANTE: também chamado de SÓCIO OCULTO, não aparece nas
relações desenvolvidas com terceiros, sendo mero prestador de capital, respondendo na forma estipulada em contrato (e apenas frente ao ostensivo).
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Assim, imagine-se uma sociedade limitada, que atua no ramo de comercialização de tênis para corrida e atravessa uma grave crise financeira,
necessitando urgentemente de recursos, mas que tem encontrado dificuldades insuperáveis de tomar empréstimo junto a instituições financeiras; noutro pólo,
imagine-se um grupo de dez investidores que têm um grande capital disponível e que estão dispostos a investir no setor produtivo, muito embora não tenham
qualquer conhecimento sobre o mercado de tênis.
Como, então, os investidores poderiam aplicar seu capital, de forma segura,
nesta empresa cuja rentabilidade eles acreditam? A formação de uma sociedade em conta de participação é uma alternativa bastante viável. Neste caso, a
sociedade limitada seria designada sócio ostensivo, enquanto que os investidores seriam os sócios participantes.
Certo? Vamos ao que diz o CC:
Art. 991. Na sociedade em conta de participação, A ATIVIDADE CONSTITUTIVA DO OBJETO SOCIAL É EXERCIDA UNICAMENTE PELO
SÓCIO OSTENSIVO, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes.
Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e,
exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato
social.
A constituição da sociedade em conta de participação INDEPENDE DE
QUALQUER FORMALIDADE e pode provar-se por todos os meios de direito (CC, art. 992). Assim, não há necessidade de se registrar a sociedade em conta
de participação, pois sua constituição independe de formalidade.
Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade
jurídica à sociedade.
Com efeito, se os sócios dessa sociedade em conta de participação resolverem registrar a sociedade, isso não conferirá a ela personalidade jurídica. A conta de
participação não existe para terceiros, somente para os sócios.
Na sociedade em conta de participação NÃO HÁ FALÊNCIA DA SOCIEDADE,
pois, juridicamente falando, não há sociedade personalizada.
Ostensivo: opera frente a terceiros, responsabilidade ilimitada
Sócio da SCP
Participante: sócio oculto, mero prestador de capital, interessado nos lucros
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Importante salientar que mesmo que a conta de participação tenha registro na Junta Comercial ou no Cartório (o que pode ocorrer apenas para melhor
assegurar os interesses dos contratantes), ela NÃO adquire CNPJ e, consequentemente, personalidade jurídica, não sendo passível de falir.
Ademais, via de regra, a falência é requerida pelo credor, e como pode um
credor requerer falência de uma sociedade que ele nem sabe que existe?
Assim, nas SCPS FALEM OS SEUS SÓCIOS, SEJAM OS OSTENSIVOS, SEJAM OS PARTICIPANTES.
O Código Civil assim dispõe sobre a falência dos sócios:
Art. 994. A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo, patrimônio especial, objeto da conta de participação relativa aos
negócios sociais.
§ 1o A especialização patrimonial somente produz efeitos em relação aos
sócios.
§ 2o A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade e a liquidação da respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito quirografário.
§ 3o Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às normas que
regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido.
SOCIEDADE EM COMUM
Segundo o artigo 986, enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á
a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo (da sociedade em comum), observadas, subsidiariamente e no que com ele forem
compatíveis, as normas da sociedade simples.
As sociedades em comum são espécies de sociedade sem personalidade jurídica, posto que ainda não providenciaram o registro no órgão competente.
Insta frisar que a sociedade em comum NÃO É ELEGÍVEL pelas partes, posto
que ela é irregular. Assim, se A e B resolvem contratar uma sociedade, eles não podem, na ótica do Código Civil, estipular em contrato social que a sociedade
será uma sociedade em comum, sendo impossível juridicamente levar o contrato social a registro desta forma.
A SOCIEDADE EM COMUM É AQUELA QUE NÃO INSCREVEU SEUS ATOS
CONSTITUTIVOS NA JUNTA COMERCIAL. É, por esse motivo, DESPIDA DE
PERSONALIDADE JURÍDICA.
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Assim, se os sócios fazem o contrato social para formarem uma sociedade limitada e não registram, será ela regida pelas regras da sociedade em comum
do Código Civil. Contudo, para as sociedades por ações, essas regras não se aplicam, pois devemos utilizar a Lei 6.404/76. Vejam que todos os tipos
societários (sociedade limitada, sociedade em comandita simples, sociedade em nome coletivo, sociedade simples), enquanto não registrados, serão regidos
pelo Capítulo que trata da sociedade em comum (exceto a sociedade por ações).
O CESPE cobrou este entendimento no concurso para magistrado da 1ª região,
com a seguinte dissertação (item incorreto):
(CESPE/Juiz do Trabalho Substituto/TRT 1ª) Aplicam-se à sociedade anônima em fase de organização as regras atinentes à sociedade em comum enquanto
não ultimados os atos de registro.
Outro aspecto importante a se salientar é que, subsidiariamente às normas
previstas para a sociedade em comum, utilizaremos as normas que regem as sociedades simples.
Temos de saber como se dá a responsabilidade dos sócios nas sociedades em
comum. Passemos a estudá-la. Segundo o Código Civil:
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024,
aquele que contratou pela sociedade.
E o que diz o referido 1.024?
Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por
dívidas da sociedade, senão DEPOIS de executados os bens sociais.
Esta é a regra aplica aos mais diversos tipos societários: A execução dos bens dos sócios só pode ser feita depois de esgotado o patrimônio social e apenas
em determinados casos.
Alguns me perguntarão: mas, professor, você afirmou que a sociedade em comum não tem personalidade jurídica, não tendo, também, por conseqüência,
patrimônio próprio. Como então o patrimônio da sociedade responderia primeiro?
A resposta para esta pergunta esta neste artigo:
Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem PATRIMÔNIO ESPECIAL, do
qual os sócios são titulares em comum.
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Neste caso, devemos ver quais os patrimônios estão sendo efetivamente
utilizados na atividade da sociedade em comum. Se conseguirmos identificar, estes, então, formarão o patrimônio especial, que responderá antes dos sócios
que não contrataram pela sociedade.
Desta maneira, a responsabilidade é apurada assim:
- É possível identificar quais os bens estão sendo utilizados na atividade empresarial da sociedade em comum?!
1) SIM. É POSSÍVEL IDENTIFICAR O PATRIMÔNIO!
Nesta hipótese, segundo o artigo 990, para a sociedade em comum a
responsabilidade para aqueles sócios que contratam pela sociedade será ilimitada, direta e solidária com esta. Para os que não contrataram a
responsabilidade continua será feita de acordo com o artigo 1.024 (bens
pessoais dos sócios só respondem depois dos bens sociais), mas será solidária entre eles.
Ou seja, para os que não contrataram pela sociedade em comum há
subsidiariedade na relação sociedade-sócio, mas há solidariedade na relação sócio-sócio. Conseguiram captar?
Exemplifiquemos. Alberto, Bruno, Caio e Diogo são sócios da sociedade em
comum ALFA.
Bruno e Caio realizam constantemente os atos de gestão da sociedade, contratando pela sociedade. Pois bem, determinado credor ingressou em juízo,
a fim de ver satisfeito crédito que possui em face da sociedade ALFA.
Quem responderá primeiro? Bem, neste caso a sociedade responderá
solidariamente com Bruno e Caio, que contratam pela sociedade, uma vez que eles estão excluídos do benefício de ordem previsto no artigo 1.024.
Se porventura todos os bens sociais, de Bruno e de Caio tiverem se esgotado,
aí, sim, passaremos a executar os bens de Alberto e Diogo, uma vez que há subsidiariedade em relação à sociedade. Todavia, entre eles (Alberto e Diogo)
teremos uma relação de solidariedade, respondendo de forma ilimitada, como prevê a parte inicial do artigo 990. Ficou claro?
Assim, temos:
IMPORTANTÍSSIMO!!!
Responde inicialmente (solidária e ilimitadamente): Bens sociais (patrimônio especial) + Bens dos sócios que contrataram pela sociedade.
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Responde subsidiariamente em relação à sociedade (responsabilidade solidária em relação aos sócios): Bens dos sócios que não contratam pela
sociedade em comum.
2) NÃO! NÃO É POSSÍVEL IDENTIFICAR O PATRIMÔNIO UTILIZADO
PELA SOCIEDADE EM COMUM.
Neste caso, iremos direto no patrimônio dos sócios.
Sobre a responsabilidade é isso o que temos a tratar. Veremos uma questão sobre o assunto cobrada no último concurso para Auditor Fiscal do ISS SP,
posta ao fim da aula.
Mudemos de assunto...
Quanto à capacidade processual da sociedade em comum, deve o candidato
esclarecer que esta não existirá quando a sociedade for pólo ativo da demanda, porém haverá em caso de figurar como pólo passivo, inclusive
para o requerimento de sua falência. Ok?
SOCIEDADE EM COMUM
Pólo ativo Não existe capacidade processual. Pólo passivo Pode ser demandada, inclusive requerimento de
falência.
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (CESPE/Juiz Federal Substituto/TRF 5ª/2009) De acordo com o Código Civil, a sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio
e na forma da lei, de seus atos constitutivos.
Comentários
ART. 985. A SOCIEDADE ADQUIRE PERSONALIDADE JURÍDICA COM A INSCRIÇÃO, NO REGISTRO PRÓPRIO E NA FORMA DA LEI, DOS SEUS
ATOS CONSTITUTIVOS.
A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos. O simples fato de uma
sociedade ser constituída e iniciar as suas atividades não lhe confere
personalidade jurídica. Para tanto é necessário o registro de seus atos constitutivos no órgão competente.
Gabarito Correto.
2. (CESPE/Juiz Federal Substituto/TRF 5ª/2009) As juntas comercias são órgãos federais.
Comentários
As juntas comercias são estaduais.
Gabarito Errado.
3. (CESPE/Juiz Federal Substituto/TRF 5ª/2009) É facultativa a inscrição de
empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de suas atividades empresárias.
Comentários
O registro é obrigação legal imposta a todo e qualquer empresário (CC, art.
967). O ato deve ser feito até 30 dias após a assinatura do respectivo
documento (Lei 8.934/94, art. 36). Se assim feito, considera-se o ato eficaz, perante terceiros, desde sua origem – efeito ex tunc. Ao revés, em se levando o
ato a registro fora do prazo previsto de 30 dias, considera-se eficaz apenas a partir do momento em que houver deferimento – efeito ex nunc.
Gabarito Errado.
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4. (CESPE/Advogado Geral da União/2009) A lei determina que o arquivamento
dos instrumentos de escrituração das sociedades empresárias seja feito na junta comercial competente.
Comentários
Pegadinha das boas! Já se falou aqui também que, como dispõe o artigo 967 do
Código Civil, é obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
Mas, onde é feito esse registro? Esse registro é feito na Junta Comercial. É ela
quem executa os atos de REGISTRO (a saber, MATRÍCULA, ARQUIVAMENTO E AUTENTICAÇÃO) dos empresários individuais e
sociedades empresárias. Tratemos das três espécies de registro.
A matrícula é nada mais do que o registro de leiloeiros, tradutores públicos,
intérpretes, trapicheiros e administradores de armazéns gerais.
O arquivamento trata basicamente dos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção de empresários individuais e
sociedades empresárias, como contrato social, atas de reunião, atas de alteração contratual, entre outros.
Por seu turno, a autenticação é o registro da escrituração realizada pelos
empresários e sociedades empresárias.
Portanto, a questão se referiu, em verdade, à autenticação, e não ao arquivamento.
Gabarito Errado.
5. (CESPE/Advogado Geral da União/2009) Considere que o instrumento de
dissolução de certa sociedade empresária tenha sido assinado no dia 19 de dezembro de 2008 e apresentado à junta comercial competente, para
arquivamento, no dia 2 de janeiro de 2009. Nesse caso, os efeitos do arquivamento retroagirão à data da assinatura do instrumento.
Comentários
O ato deve ser feito até 30 dias após a assinatura do respectivo documento (Lei
8.934/94, art. 36). Se assim feito, considera-se o ato eficaz, perante terceiros,
desde sua origem, retroagindo – efeito ex tunc. Ao revés, em se levando o ato a registro fora do prazo previsto de 30 dias, considera-se eficaz apenas a partir
do momento em que houver deferimento – efeito ex nunc.
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Gabarito Correto.
6. (CESPE/Advogado Hemobrás/2008) A personalidade jurídica da pessoa
natural é atributo que, atualmente, o direito brasileiro reconhece a partir da concepção do nascituro.
Comentários
A personalidade jurídica não existe para as pessoas naturais.
Gabarito Errado.
7. (CESPE/Advogado Hemobrás/2008) O registro do contrato social ou dos
estatutos sociais em cartório de registro de pessoas jurídicas ou nas juntas comerciais, a depender da natureza da pessoa jurídica (simples ou empresária),
é requisito e condição para que seja adquirida personalidade.
Comentários
Dissemos que:
ART. 985. A SOCIEDADE ADQUIRE PERSONALIDADE JURÍDICA COM A INSCRIÇÃO, NO REGISTRO PRÓPRIO E NA FORMA DA LEI, DOS SEUS
ATOS CONSTITUTIVOS.
E como funciona esse registro? A resposta se encontra aqui:
Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade
simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos
tipos de sociedade empresária.
Gabarito Correto.
8. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE AC/2009) Em princípio, os livros
comerciais fazem prova contra os comerciantes (empresários) a que pertençam e, em seu favor, quando forem escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco e
confirmados por outros subsídios.
Comentários
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O item está correto. Grave-se! Estando viciado o livro, poderá fazer prova
apenas contra o empresário ou sociedade.
Estando perfeitamente escriturado, fará prova a favor ou contra.
Gabarito Correto.
9. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE AC/2009) Pode o juiz, em qualquer
caso, autorizar a exibição integral dos livros e papéis da escrituração contábil do empresário ou da sociedade empresária.
Comentários
Pelo nosso esquema:
Exibição Quem pode requerer?
Quando?
Integral Parte Questões relativas à sucessão, comunhão,
sociedade, administração, falência
Parcial Parte ou de ofício
(juiz) Qualquer processo
Portanto, a exibição total tem suas hipóteses de existência restritas.
Gabarito Errado.
10. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE AC/2009) As restrições estabelecidas na legislação civil ao exame da escrituração contábil, em parte ou
por inteiro, aplicam-se também às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de tributos.
Comentários
Os livros empresariais representam a vida econômica do empresário. Ali são
encontradas informações valiosas sobre o andamento e a gestão do negócio.
Pois bem, estes livros são resguardados por sigilo. O Código Civil confere proteção à escrituração através do seguinte dispositivo:
Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para
verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em
seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei.
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Vejam que o próprio artigo se inicia com a redação “ressalvados os casos
previstos em lei”, o que permite inferir que o sigilo empresarial não é direito absoluto.
Exemplifique-se. O Código Tributário Nacional, em seu artigo 195, dispõe:
Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar
mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de
exibi-los.
No mesmo sentido foi o Código Civil:
Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro, não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício
da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas
leis especiais.
Assim, o sigilo empresarial não é válido frente às autoridades tributárias,
quando no exercício da fiscalização.
Gabarito Errado.
11. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE AC/2009) Não constitui crime
deixar de elaborar, escriturar ou autenticar os documentos de escrituração contábil obrigatórios.
Comentários
Segundo a legislação falimentar (Lei 11.101/2005):
Art. 178. Deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar o plano de recuperação extrajudicial, os documentos de escrituração contábil
obrigatórios:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa, se o fato não constitui
crime mais grave.
Gabarito Errado.
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12. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE TO/2009) Todas as sociedades
empresárias são obrigadas a se registrar na junta comercial competente antes de iniciar suas atividades, mas apenas as que tenham capital social superior a
R$ 200.000,00 devem levantar balanço patrimonial e de resultado econômico anualmente.
Comentários
A obrigação ao registro é imposta a todos os empresários e sociedades, de
acordo com o artigo 967 do Código Civil.
Ainda, de acordo com o Código Civil:
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e
a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado
econômico.
§ 2o É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se
refere o art. 970.
O pequeno empresário a que se refere o artigo 1.179 é aquele que, segundo a Lei Complementar 123/2006 fature até R$ 36.000,00 por ano (até 31.12.2011)
e R$ 60.000,00 (após 01.01.2012).
Gabarito Errado.
13. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE TO/2009) Os livros empresariais obrigatórios, antes de postos em uso, devem ser autenticados no registro
público de empresas mercantis, salvo disposição de lei em sentido contrário.
Comentários
De acordo com o Código Civil:
Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis.
Parágrafo único. A autenticação não se fará sem que esteja inscrito o
empresário, ou a sociedade empresária, que poderá fazer autenticar livros não
obrigatórios.
Gabarito Correto.
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14. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE TO/2009) São livros empresariais indispensáveis a todas as sociedades empresárias o razão e o de registro de
duplicatas.
Comentários
O livro razão é facultativo sob a óptica empresarial, bem como o registro de duplicatas.
O único livro obrigatório é comum a todos os empresários é o diário.
Gabarito Errado.
15. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE TO/2009) No curso de processo
judicial, o juiz de direito tem competência para determinar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração das sociedades empresárias em quaisquer
hipóteses.
Comentários
Pelo nosso esquema:
Exibição Quem pode
requerer? Quando?
Integral Parte Questões relativas à sucessão, comunhão, sociedade, administração, falência
Parcial Parte ou de ofício
(juiz) Qualquer processo
Portanto, a exibição total tem suas hipóteses de existência restritas.
Gabarito Errado.
16. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE TO/2009) O livro diário não pode
ser substituído em nenhuma hipótese.
Comentários
Segundo o Código Civil:
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.
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Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para
o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico.
Gabarito Errado.
17. (CESPE/Juiz Federal Substituto/TRF 5ª/2009) Uma das mais importantes
distinções entre as sociedades civis e as sociedades comerciais é a possibilidade de essas últimas pedirem falência, enquanto aquelas se submetem à insolvência
civil.
Comentários
A falência é instituto que se aplica basicamente ao empresário e sociedade
empresária (Lei 11.101/2005, art. 1º). Para os devedores civis, resta o chamado concurso de credores, regido pelo Direito Civil.
E qual a vantagem da cobrança do rito empresarial sobre o concurso de
credores, do âmbito civil? Fábio Ulhoa cita basicamente duas:
- Possibilidade de a empresa se recuperar; - Extinção das obrigações do falido mesmo que as dívidas não sejam totalmente
quitadas (será visto adiante).
Gabarito Correto.
18. (CESPE/Juiz Federal Substituto/TRF 5ª/2009) Todos os tipos de sociedades previstos no Código Civil podem ser utilizados para a atividade comercial.
Comentários
As sociedades simples não são utilizadas para as atividades comerciais, vez que
não atendem os requisitos estatuídos no artigo 966 do Código Civil.
Gabarito Errado.
19. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE AC/2009) As sociedades comerciais não podem ser constituídas para atividade que se restrinja à
realização de um único negócio.
Comentários
Segundo o Código Civil:
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Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade
econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou
mais negócios determinados.
Portanto, há permissivo em lei para a constituição de sociedade para um ou mais negócios determinados.
Gabarito Errado.
20. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE AC/2009) Aplicam-se às
sociedades comerciais (empresárias), subsidiariamente no que for compatível com as suas específicas disciplinas, as normas relativas à sociedade simples.
Comentários
O item está correto. Aos diversos tipos societários, no caso de omissão do
contrato ou estatuto social, aplicam-se as disposições das Sociedades Simples, observando-se o seguinte:
Para as sociedades em conta de participação, havendo omissão do capítulo
específico, aplicam-se as normas da sociedade simples (CC, art. 996). O mesmo vale para a sociedade em comum (CC, art. 986), exceto se a sociedade em
comum for se organizar pelo tipo sociedade por ações, quando prevalecerá as regras da Lei 6.404/76.
A sociedade em nome coletivo também é regida supletivamente pelas normas das sociedades simples (CC, art. 1.040).
Já a sociedade em comandita simples rege-se, prioritariamente, na omissão,
pelas regras da sociedade em nome coletivo, aplicando-se-lhes em seguida as normas das sociedades simples.
As limitadas podem reger-se tanto pelas normas das sociedades simples como
pelas normas das SAs, se assim previsto expressamente (CC, art. 1.053, caput e parágrafo único).
As cooperativas regem-se pelo disposto no Código Civil, para si, e pela
legislação especial (CC, art. 1.093) e, no que a lei for omissa, pelas disposições das sociedades simples (CC, art. 1.094).
A sociedade anônima rege-se pela legislação especial, aplicando se a elas, nos casos omissos a legislação do Código.
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Gabarito Correto.
21. (Cespe/Advogado/HEMOBRÁS/2008) Em se tratando de sociedade em
comum, os bens dos sócios podem ser executados por dívidas da sociedade em caso de insolvência.
Comentários
O item está correto, com fulcro no que prescreve o artigo 990 do Código Civil.
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas
obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024,
aquele que contratou pela sociedade.
Gabarito Correto.
22. (CESPE/TJ SE/Juiz Substituto/2008) Por não ter personalidade jurídica, a
sociedade em comum não tem capacidade processual e não se sujeita ao processo falimentar.
Comentários
Quanto à capacidade processual da sociedade em comum, deve o candidato esclarecer que esta não existirá quando a sociedade for pólo ativo da
demanda, porém haverá em caso de figurar como pólo passivo, inclusive para o requerimento de sua falência. Ok?
SOCIEDADE EM COMUM
Pólo ativo Não existe capacidade processual.
Pólo passivo Pode ser demandada, inclusive requerimento de
falência.
Gabarito Errado.
23. (CESPE/Auditor do TCU/2007) Com relação aos tipos de sociedades, julgue
os itens subseqüentes.
Nas sociedades em conta de participação, a inscrição do contrato social em qualquer registro é o que lhe confere personalidade jurídica.
Comentários
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O item está incorreto. A sociedade em conta de participação é despida de
personalidade jurídica. Logo, não há necessidade de registro, posto o caráter secreto deste tipo societário. Contudo, mesmo que promova o registro de seu
contrato social, não há aquisição de personalidade jurídica por parte da SCP.
Gabarito Errado.
24. (CESPE/Procurador do MP junto ao TCU/2004) No que se refere à
responsabilidade de sócios de sociedades privadas regidas pelo Código Civil, julgue os itens a seguir.
Em uma sociedade em conta de participação, a responsabilidade pela atividade
constitutiva do objeto social é exclusiva do sócio ostensivo.
Comentários
Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social
é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados
correspondentes (Código Civil, art. 991).
Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social (Código Civil,
art. 991, parágrafo único).
Item, pois, correto.
Gabarito Correto.
25. (CESPE/Defensor Público da União/2007) Os sócios de certa sociedade em conta de participação lavraram o seu ato constitutivo em janeiro de 2007, mas
o referido instrumento foi levado a registro apenas após cerca de seis meses. Nessa situação, a sociedade somente passou a ter personalidade jurídica no
momento da inscrição de seu contrato social no registro público de empresas mercantis.
Comentários
A sociedade em conta de participação é sociedade secreta. Não há necessidade de registro de seus atos constitutivos e, mesmo se os sócios vierem a fazê-lo,
eventual inscrição não lhe conferirá personalidade jurídica.
Gabarito Errado.
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26. . (CESPE/Prefeitura Municipal de Rio Branco/AFTM/ 2007) Na sociedade em
conta de participação, o contrato social produz efeitos somente entre os sócios; além disso, a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não
confere personalidade jurídica à sociedade.
Comentários
É este o exato teor do artigo 993 do Código Civil:
Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade
jurídica à sociedade.
Gabarito Correto.
27 (CESPE/Ministério Público Especial/BA/2010) O contrato social da sociedade em conta de participação produz efeito somente entre seus sócios, e a eventual
inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade.
Comentários
O item está correto, com fulcro no artigo 993 do CC:
Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade
jurídica à sociedade.
Gabarito Correto.
28. (CESPE/OAB 2009.1) Na sociedade em comum, todos os sócios respondem
limitadamente pelas obrigações da sociedade; assim, todos os sócios podem valer-se do benefício de ordem a que os sócios da sociedade simples fazem jus.
Comentários
As sociedades em comum são espécies de sociedade sem personalidade
jurídica. Passemos a defini-la e ver os detalhes sobre sua existência que são
importantes para o concurso vindouro.
O artigo 1.024 do Código Civil dispõe que responde pelas obrigações sociais o patrimônio da própria sociedade (art. 1.024 do Novo Código Civil), dada a
autonomia patrimonial inerente às pessoas jurídicas. Todavia, no caso de insuficiência desse patrimônio, os sócios podem ser chamados a responder
subsidiariamente com o seu patrimônio pessoal.
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Vejam o teor do artigo em comento:
Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por
dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais.
A sociedade em comum é aquela que não inscreveu seus atos
constitutivos na Junta Comercial. É, por esse motivo, despida de personalidade jurídica. A responsabilidade dos sócios neste tipo de
sociedade é ilimitada e direta, não havendo que se falar em execução dos bens sociais a priori, uma vez que sequer há formação desta sociedade
formalmente.
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024,
aquele que contratou pela sociedade.
Esses são os principais aspectos cobrados quando o assunto é
sociedade em comum.
Gabarito Incorreto.
29. (CESPE/OAB/2007) Acerca da sociedade em comum, assinale a opção
correta.
a) Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem aquele que contratou pela sociedade.
b) O regime da sociedade em comum aplica-se também às sociedades por
ações em organização. c) A sociedade em comum é uma espécie societária personificada.
d) Os bens e as dívidas da sociedade em comum constituem patrimônio especial, administrado e titularizado pelo sócio administrador.
Comentários
Segundo o Código Civil:
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024,
aquele que contratou pela sociedade. Art. 1.024 Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por
dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais.
A letra a está correta. Este artigo 990 é o assunto mais cobrado quando o assunto é sociedade em comum.
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A letra b está incorreta. Enquanto não registrados os atos constitutivos, o
contrato de sociedade será regido pelos Artigos 986 a 990, e, no que for compatível, será regido pelas normas da sociedade simples previstas nos
Artigos 997 a 1.038, exceto quando se tratar de sociedade por ações em organização, que será disciplinada por lei especial nos termos do Artigo 1.089
(todos do Código Civil).
Vimos, inúmeras vezes, que a sociedade em comum não possui personalidade jurrídica (letra c incorreta).
A letra d também está incorreta, uma vez que o Código Civil prescreve que:
Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os
sócios são titulares em comum.
Gabarito A.
30. (CESPE/Juiz do Trabalho Substituto/TRT 1ª) Aplicam-se à sociedade anônima em fase de organização as regras atinentes à sociedade em comum
enquanto não ultimados os atos de registro.
Comentários
Como já frisamos, não se aplicam as disposições do Código Civil (art. 986 a 990) às sociedades por ações (da qual a sociedade anônima é espécie).
Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade,
exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade
simples.
Gabarito Incorreto.
31. (CESPE/Analista Judiciário/STJ/2012) Os atos submetidos ao registro do comércio estão sujeitos a dois regimes de julgamento, o colegiado e o singular,
pelo plenário e pelas turmas, respectivamente. As turmas manifestam-se a respeito do arquivamento dos atos de constituição de sociedades anônimas,
bem como das atas de assembleias gerais e demais atos relativos a essas
sociedades sujeitos ao registro do comércio.
Comentários
O item está correto. Consoante a Lei do Registro de Empresas (8.934/94)
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Art. 41. Estão sujeitos ao regime de decisão colegiada pelas juntas comerciais, na forma desta lei:
I - o arquivamento:
a) dos atos de constituição de sociedades anônimas, bem como das atas de
assembléias gerais e demais atos, relativos a essas sociedades, sujeitos ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins;
b) dos atos referentes à transformação, incorporação, fusão e cisão de empresas mercantis;
c) dos atos de constituição e alterações de consórcio e de grupo de sociedades, conforme previsto na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976;
II - o julgamento do recurso previsto nesta lei.
Art. 42. Os atos próprios do Registro Público de Empresas Mercantis e
Atividades Afins, não previstos no artigo anterior, serão objeto de decisão
singular proferida pelo presidente da junta comercial, por vogal ou servidor que possua comprovados conhecimentos de Direito Comercial e de Registro de
Empresas Mercantis. Parágrafo único. Os vogais e servidores habilitados a proferir decisões
singulares serão designados pelo presidente da junta comercial.
Gabarito Correto.
32. (ESAF/AFRFB/2012) A propósito da sociedade em conta de participação, assinale a opção incorreta.
a) O contrato da sociedade em conta de participação produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro
não confere personalidade jurídica à sociedade. b) A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo,
patrimônio especial, objeto da conta de participação relativa aos negócios sociais.
c) A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade e a liquidação da respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito quirografário.
d) Salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode admitir novo sócio sem o consentimento expresso dos demais.
e) Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem provar a existência da sociedade em conta de participação, mas os terceiros
podem prová-la de qualquer modo.
Comentários
Vejamos os dispositivos do Código Civil que versam sobre a sociedade em conta
de participação, já estudada durante a aula:
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Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os
demais dos resultados correspondentes. Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e,
exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social.
Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação independe de
qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito.
Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade
jurídica à sociedade. LETRA A - CORRETA. Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios
sociais, o sócio participante não pode tomar parte nas relações do sócio
ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamente com este pelas obrigações em que intervier.
Art. 994. A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio
ostensivo, patrimônio especial, objeto da conta de participação relativa aos negócios sociais. LETRA B – CORRETA.
§ 1o A especialização patrimonial somente produz efeitos em relação aos sócios.
§ 2o A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade e a liquidação da respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito quirografário.
LETRA C – CORRETA. § 3o Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às normas que
regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido.
Art. 995. Salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode admitir
novo sócio sem o consentimento expresso dos demais. LETRA D – CORRETA.
Art. 996. Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiariamente e no que com ela for compatível, o disposto para a sociedade simples, e a sua
liquidação rege-se pelas normas relativas à prestação de contas, na forma da lei processual.
Parágrafo único. Havendo mais de um sócio ostensivo, as respectivas contas
serão prestadas e julgadas no mesmo processo.
E letra e, portanto, é o nosso gabarito, já que, nos termos do artigo 992:
Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação independe de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os
meios de direito.
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Gabarito E.
33. (ESAF/AFRFB/2012) São elementos do conceito de sociedade, exceto
a) pluralidade de partes.
b) exercício de atividade econômica. c) personalidade jurídica.
d) affectio societatis. e) co-participação dos sócios nos resultados
Comentários
Analisemos item a item.
a) pluralidade de partes.
A pluralidade de sócios é uma das características essenciais para se formar uma sociedade, já que ninguém pode participar de uma sociedade sozinho (neste
caso, seria um empresário individual, conceito já estudado à aula passada).
b) exercício de atividade econômica.
O exercício da atividade econômica é requisito, também, para que caracterize uma sociedade.
Nos termos do Código Civil:
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se
obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade
econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
c) personalidade jurídica.
A personalidade jurídica não é um requisito para a existência de uma sociedade, já que existe no ordenamento a previsão de sociedades sem personalidade
jurídica, como a sociedade em conta de participação e a sociedade em comum.
d) affectio societatis.
O affectio societatis consiste na vontade dos sócios em se unirem para lograr êxito em determinada sociedade, sendo essencial para a existência da
sociedade, já que ninguém pode ser forçado a permanecer em uma sociedade que não tenha vontade.
e) co-participação dos sócios nos resultados.
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A co-participação nos resultados também faz parte do elemento da sociedade.
Reproduzamos novamente o artigo 981 do Código Civil:
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade
econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
Ainda, diz o Código Civil que:
Art. 1.008. É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de
participar dos lucros e das perdas.
Gabarito C.
QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA
1. (CESPE/Juiz Federal Substituto/TRF 5ª/2009) De acordo com o Código Civil, a sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio
e na forma da lei, de seus atos constitutivos.
2. (CESPE/Juiz Federal Substituto/TRF 5ª/2009) As juntas comercias são órgãos federais.
3. (CESPE/Juiz Federal Substituto/TRF 5ª/2009) É facultativa a inscrição de
empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de suas atividades empresárias.
4. (CESPE/Advogado Geral da União/2009) A lei determina que o arquivamento dos instrumentos de escrituração das sociedades empresárias seja feito na
junta comercial competente.
5. (CESPE/Advogado Geral da União/2009) Considere que o instrumento de dissolução de certa sociedade empresária tenha sido assinado no dia 19 de
dezembro de 2008 e apresentado à junta comercial competente, para arquivamento, no dia 2 de janeiro de 2009. Nesse caso, os efeitos do
arquivamento retroagirão à data da assinatura do instrumento.
6. (CESPE/Advogado Hemobrás/2008) A personalidade jurídica da pessoa natural é atributo que, atualmente, o direito brasileiro reconhece a partir da
concepção do nascituro.
7. (CESPE/Advogado Hemobrás/2008) O registro do contrato social ou dos
estatutos sociais em cartório de registro de pessoas jurídicas ou nas juntas
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comerciais, a depender da natureza da pessoa jurídica (simples ou empresária),
é requisito e condição para que seja adquirida personalidade.
8. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE AC/2009) Em princípio, os livros comerciais fazem prova contra os comerciantes (empresários) a que pertençam
e, em seu favor, quando forem escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco e confirmados por outros subsídios.
9. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE AC/2009) Pode o juiz, em qualquer
caso, autorizar a exibição integral dos livros e papéis da escrituração contábil do empresário ou da sociedade empresária.
10. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE AC/2009) As restrições
estabelecidas na legislação civil ao exame da escrituração contábil, em parte ou por inteiro, aplicam-se também às autoridades fazendárias, no exercício da
fiscalização do pagamento de tributos.
11. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE AC/2009) Não constitui crime
deixar de elaborar, escriturar ou autenticar os documentos de escrituração contábil obrigatórios.
12. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE TO/2009) Todas as sociedades
empresárias são obrigadas a se registrar na junta comercial competente antes de iniciar suas atividades, mas apenas as que tenham capital social superior a
R$ 200.000,00 devem levantar balanço patrimonial e de resultado econômico anualmente.
13. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE TO/2009) Os livros empresariais
obrigatórios, antes de postos em uso, devem ser autenticados no registro público de empresas mercantis, salvo disposição de lei em sentido contrário.
14. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE TO/2009) São livros empresariais indispensáveis a todas as sociedades empresárias o razão e o de registro de
duplicatas.
15. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE TO/2009) No curso de processo judicial, o juiz de direito tem competência para determinar a exibição integral
dos livros e papéis de escrituração das sociedades empresárias em quaisquer hipóteses.
16. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE TO/2009) O livro diário não pode
ser substituído em nenhuma hipótese.
17. (CESPE/Juiz Federal Substituto/TRF 5ª/2009) Uma das mais importantes distinções entre as sociedades civis e as sociedades comerciais é a possibilidade
de essas últimas pedirem falência, enquanto aquelas se submetem à insolvência
civil.
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18. (CESPE/Juiz Federal Substituto/TRF 5ª/2009) Todos os tipos de sociedades previstos no Código Civil podem ser utilizados para a atividade comercial.
19. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE AC/2009) As sociedades
comerciais não podem ser constituídas para atividade que se restrinja à realização de um único negócio.
20. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE AC/2009) Aplicam-se às
sociedades comerciais (empresárias), subsidiariamente no que for compatível com as suas específicas disciplinas, as normas relativas à sociedade simples.
21. (Cespe/Advogado/HEMOBRÁS/2008) Em se tratando de sociedade em
comum, os bens dos sócios podem ser executados por dívidas da sociedade em caso de insolvência.
22. (CESPE/TJ SE/Juiz Substituto/2008) Por não ter personalidade jurídica, a sociedade em comum não tem capacidade processual e não se sujeita ao
processo falimentar.
23. (CESPE/Auditor do TCU/2007) Com relação aos tipos de sociedades, julgue os itens subseqüentes.
Nas sociedades em conta de participação, a inscrição do contrato social em
qualquer registro é o que lhe confere personalidade jurídica.
24. (CESPE/Procurador do MP junto ao TCU/2004) No que se refere à responsabilidade de sócios de sociedades privadas regidas pelo Código Civil,
julgue os itens a seguir.
Em uma sociedade em conta de participação, a responsabilidade pela atividade
constitutiva do objeto social é exclusiva do sócio ostensivo.
25. (CESPE/Defensor Público da União/2007) Os sócios de certa sociedade em conta de participação lavraram o seu ato constitutivo em janeiro de 2007, mas
o referido instrumento foi levado a registro apenas após cerca de seis meses. Nessa situação, a sociedade somente passou a ter personalidade jurídica no
momento da inscrição de seu contrato social no registro público de empresas mercantis.
26. . (CESPE/Prefeitura Municipal de Rio Branco/AFTM/ 2007) Na sociedade em
conta de participação, o contrato social produz efeitos somente entre os sócios; além disso, a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não
confere personalidade jurídica à sociedade.
27 (CESPE/Ministério Público Especial/BA/2010) O contrato social da sociedade
em conta de participação produz efeito somente entre seus sócios, e a eventual
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inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade
jurídica à sociedade.
28. (CESPE/OAB 2009.1) Na sociedade em comum, todos os sócios respondem limitadamente pelas obrigações da sociedade; assim, todos os sócios podem
valer-se do benefício de ordem a que os sócios da sociedade simples fazem jus.
29. (CESPE/OAB/2007) Acerca da sociedade em comum, assinale a opção correta.
a) Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações
sociais, excluído do benefício de ordem aquele que contratou pela sociedade. b) O regime da sociedade em comum aplica-se também às sociedades por
ações em organização. c) A sociedade em comum é uma espécie societária personificada.
d) Os bens e as dívidas da sociedade em comum constituem patrimônio
especial, administrado e titularizado pelo sócio administrador.
30. (CESPE/Juiz do Trabalho Substituto/TRT 1ª) Aplicam-se à sociedade anônima em fase de organização as regras atinentes à sociedade em comum
enquanto não ultimados os atos de registro.
31. (CESPE/Analista Judiciário/STJ/2012) Os atos submetidos ao registro do comércio estão sujeitos a dois regimes de julgamento, o colegiado e o singular,
pelo plenário e pelas turmas, respectivamente. As turmas manifestam-se a respeito do arquivamento dos atos de constituição de sociedades anônimas,
bem como das atas de assembleias gerais e demais atos relativos a essas sociedades sujeitos ao registro do comércio.
32. (ESAF/AFRFB/2012) A propósito da sociedade em conta de participação,
assinale a opção incorreta.
a) O contrato da sociedade em conta de participação produz efeito somente
entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade.
b) A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo, patrimônio especial, objeto da conta de participação relativa aos negócios
sociais. c) A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade e a
liquidação da respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito quirografário. d) Salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode admitir novo
sócio sem o consentimento expresso dos demais. e) Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem
provar a existência da sociedade em conta de participação, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo.
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33. (ESAF/AFRFB/2012) São elementos do conceito de sociedade, exceto
a) pluralidade de partes.
b) exercício de atividade econômica. c) personalidade jurídica.
d) affectio societatis. e) co-participação dos sócios nos resultados
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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA
QUESTÃO GABARITO
1 CERTO
2 ERRADO
3 ERRADO
4 ERRADO
5 CERTO
6 ERRADO
7 CERTO
8 CERTO
9 ERRADO
10 ERRADO
11 ERRADO
12 ERRADO
13 CERTO
14 ERRADO
15 ERRADO
16 ERRADO
17 CERTO
18 ERRADO
19 ERRADO
20 CERTO
21 CERTO
22 ERRADO
23 ERRADO
24 CERTO
25 ERRADO
26 CERTO
27 CERTO
28 ERRADO
29 A
30 ERRADO
31 CERTO
32 E
33 C