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ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO: CAPÍTULO 10

Para consolidar os seus conhecimentos

Com base na situação-problema “Determinantes sociais: conhecer e/ou transformar?” e em outras leituras realizadas sobre promoção da saúde, responda:

1. Os argumentos apresentados na reunião dos Conselhos municipais de Saúde consideraram a  perspectiva da promoção da saúde? O que gera saúde na opinião dos participantes?

A Promoção da Saúde é definida como a capacitação das pessoas e comunidades para modificarem os determinantes da saúde em benefício da própria qualidade de vida, segundo a Carta de Ottawa (1986) e contempla 05 campos de ação: implementação de políticas públicas saudáveis, criação de ambientes saudáveis, capacitação da comunidade, desenvolvimento de habilidades individuais e coletivas e reorientação de serviços de saúde. A promoção da saúde reside em um somatório de diversas atividades práticas para a realização dos objetivos de melhor saúde e qualidade de vida para todos (Pereira Lima, Ribeiro Campos, L’Abbate & Pelicione, 2000).

A partir desse conceito, acreditamos que os argumentos apresentados na reunião consideram em certa dose a perspectiva da promoção da saúde e inserem no debate questões ligadas à educação, lazer, qualificação profissional, articulação intersetorial e outras que estão intrinsecamente ligadas a Promoção da Saúde. Os participantes colocam ainda a questão da falta de autonomia e fiscalização dos Conselhos Municipais de Saúde no planejamento e execução das ações de Promoção da Saúde e da substituição da função do poder público pelas Organizações Não Governamentais.

Para os participantes o que gera saúde, como podemos perceber pela fala de cada um deles é o incentivo à atividade física com o acompanhamento de profissional capacitado, o acolhimento das crianças com a disponibilização de escola e ambientes para lazer, a participação da formulação e execução de Programas de Saúde Escolar em parceria com a área social e o investimento do Governo na resolução dos problemas definidos pela sociedade civil e setor privado com prioridades. Estando, portanto de comum acordo com a Carta de Ottawa que ampliou o conceito de promoção da saúde para além de um estilo de vida saudável, indicado como pré-requisitos básicos para alcançar saúde: paz, habitação, educação, alimentação, renda, ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade. Cada município tem sua particularidade, por isso a importância da descentralização, é necessário que cada representante da população nas reuniões de conselhos municipais, apresente projetos voltados para sua realidade, para que esses projetos sejam levados mais adiante através de seus representantes legais que são os parlamenteares. Certamente, que projetos Federais tem um grande peso nesse processo, mais é necessário a adequação de cada um deles mediante seus representantes. Ressaltamos também que se formos parar para pensar, podemos pontuar que os participantes das reuniões, muitas vezes estão preocupados com a economia de seus municípios ou seja geração de renda, habitação, saúde de

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qualidade, lazer, educação, e tudo isso vai além de uma politica da pratica de educação física, precisa de mediadores compromissados em fazer valer politicas que realmente gere oportunidades de forma a atender as expectativas da população visualizando além e preservando valores, culturas e o mais importante sem agredir o meio ambiente em que vivemos de acordo com a realidade de cada um.

2. Quais são as prioridades em relação às ações de promoção da saúde, considerando os determinantes sociais de seu território, município ou região? No que diferem das que foram apontadas na referida reunião? 

Como a maior causa de morbimortalidade nos municípios de Santa Fé do Araguaia e Xambioá são as doenças cardiovasculares, aí entendidas as Doenças Hipertensivas e Diabetes e em segundo lugar as Neoplasias a prioridade principal é a ação direta nos determinantes sociais modificáveis, ou seja, com o incentivo aos estilos de vidas saudáveis: Exercício da cidadania (no sentido de exercer). Cuidados com a saúde e com o ambiente. Possibilidades de escolhas saudáveis: dieta, atividade física, lazer, redução do stress, redução do fumo e do consumo de álcool e drogas, práticas de auto-ajuda. Faz-se necessário também a ênfase em Ambientes Saudáveis, ou seja, investir em Ambiente físico seguro com a Vigilância Sanitária e ambiental, orientando a prática de ambientes livres de tabaco, álcool e outras drogas e outros poluentes, através de intervenções na habitação, escola, serviços e locais de trabalho. Faz-se necessário ainda, uma prática de educação em saúde com ações que enfatizem a necessidade da realização de exames como Exame de Prevenção do Câncer de Colo de Útero e de Mama e o Exame de Próstata. Enfim as prioridades principais são aquelas definidas no Pacto pela Vida.

Nos dois municípios temos como prioridade ainda, o investimento no fortalecimento da Atenção Básica com a Implantação do Programa de Qualificação da Atenção Básica – PROGRAB e o investimento na qualificação profissional com ênfase na Humanização do atendimento, bem como é prioridade também o investimento urgente na Geração de Renda com implementação do cooperativismo.

Priorizamos também, nos municípios de Santa Fé do Araguaia e Xambioá, através das estratégias do Programa Bolsa Família e da Vigilância Alimentar e Nutricional, ações direcionadas à prevenção e controle dos agravos e doenças decorrentes da má alimentação.

Desse modo, acreditamos que as prioridades apontadas em nosso município pouco diferem daquelas apresentadas pelos participantes da reunião, pois, como já mencionado no quesito anterior, a busca da Promoção da Saúde tem como direcionamento ao estilo de vida saudável e aos pré-requisitos básicos para alcançar saúde: paz, habitação, educação, alimentação, renda, ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade. Mais ainda nessa discussão pontuamos uma realidade muito triste e preocupante que é a quantidade de usuários de drogas não só em nossos municípios mais em nosso Estado, e que a cada dados estatísticos nos surpreende o aumento visível dessa triste realidade. Infelizmente não temos uma politica de qualidade voltada para atender a necessidade de ajuda que esses indivíduos merecem e necessitam, muito menos profissionais especializados para lidar especificamente com esse agravo, nem casas de apoio ou clinicas de reabilitação temos para nos dar um suporte em nossa região. É necessário que seja revista essa situação o quanto antes

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pois esse é um ponto negativo ao qual precisa de uma atenção especial e providências imediatas. 3. Em que medida a participação e o controle social dos Conselhos de Saúde podem agir sobre os determinantes, visando uma atuação que realmente incida sobre as suas necessidades?

Consubstanciado no Pacto pela Saúde os Conselhos de Saúde tem à mão um instrumento de mediação dos debates sobre à atenção à saúde em cada localidade, constituindo desse modo uma instância permanente de diálogo entre os gestores e o controle social que é imprescindível para a qualidade da Promoção da Saúde em cada município, com o constante monitoramento das metas, objetivos e indicadores. Além desse monitoramento, os Conselhos de Saúde tem papel fundamental na elaboração e efetivação do Pacto pela Saúde. Exercendo funções de estabelecimento de estratégias e mecanismos de coordenação e gestão do SUS em articulação com os demais colegiados de nível Nacional, estadual e Municipal; traçando de diretrizes de elaboração e aprovação dos Planos de Saúde com a inserção de propostas que contenham ações prioritárias no município para a Promoção da Saúde de forma intersetorial e articulada com as demais instâncias colegiadas; Propor a adoção de critérios que definam qualidade e melhor resolução do Sistema de Saúde (aí inseridas as ações de Promoção da Saúde); Examinar propostas e denúncias, responder a consultas sobre assuntos pertinentes a ações e serviços de saúde, bem como apreciar recursos a respeito de deliberações do colegiado.

Na mesma esteira de raciocínio não podemos deixar de citar que a sociedade civil de forma articulada com os Conselhos de Saúde pode colaborar de várias maneiras para a implementação de ações de que incidem sobre os determinantes sociais. Uma das principais formas é cobrando de formuladores e implementadores de políticas as responsabilidades e compromissos assumidos durante a elaboração destas, podendo também monitorar os gastos e o orçamento programado. A sociedade civil também pode aumentar a responsabilidade de autoridades estimulando a existência de freios e contrapesos e, indiretamente, fortalecendo instituições relacionadas como a democracia eleitoral e uma imprensa independente. Organizações da sociedade civil também podem produzir evidências ligadas ao trabalho com os determinantes sociais. A precisão das informações produzidas por grupos da sociedade civil, assim como sua credibilidade enquanto instituição de pesquisa, são, por vezes, questionadas.

Os governos podem ativamente facilitar a ação da sociedade civil sobre os determinantes sociais. É possível formalizar o envolvimento da sociedade civil no processo de formulação de políticas (por exemplo, cobrando resultados), formando corpos consultivos da sociedade civil e colaborando formalmente com observatórios. Os governos também poderiam estar mais bem informados sobre o valor das informações produzidas pelos grupos da sociedade civil, além de ajudá-los a desenvolver capacidade para realizar e apresentar pesquisas de maneira compreensível para seus respectivos públicos-alvo.

BIBLIOGRAFIA

Brasil, Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Atenção Primária e Promoção da Saúde – Brasília: CONASS, 2011. 197 p.(coleção para entender a gestão do SUS 2011, 3).

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Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Coletânea de Normas para o Controle Social no Sistema Único de Saúde / Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde. – 2. Ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006. 208 p. – (Série E. Legislação de Saúde).

GUIA de referências para o controle social: manual do conselheiro. [elaborado pelo Núcleo de Estudos em Saúde Pública da Universidade de Brasília]. Brasília: Ministério da Saúde, Coordenação de Informação, Educação e Comunicação, 1994. 90p. Il

ARANTES, Rosalba Cassuci Arantes; MARTINS Joice L. Appelt ; LIMA, Michelle Faria; ROCHA, Rosangela Malard N.; SILVA, Rosalina Carvalho da e VILLELA, Wilza Vieira. Processo Saúde-Doença e Promoção da Saúde: Aspectos Históricos e Conceituais. In: Revista APS, V. 11, n. 2., p. 189-198, abr./jun. 2008.

ANÁLISE INDIVIDUAL:

Do Estudo do Capítulo 10 percebi que as estratégias utilizadas para o

desenvolvimento das ações de Promoção da Saúde não possuem uma receita pronta,

pois levam em consideração as especificidades de cada município. Apreendi do estudo,

que o conceito de Promoção da Saúde está intimamente relacionado à concepção do

processo Saúde-doença e seus determinantes, pois propõe a articulação de saberes

técnicos e populares, a mobilização de recursos institucionais e comunitários, públicos e

privados, para o enfrentamento e resolução dos problemas. Nesse contexto, entendi que

a saúde é produto de um amplo espectro de fatores relacionados a qualidade de vida,

incluindo um padrão adequado de alimentação e nutrição, e de habitação e saneamento;

boas condições de trabalho; oportunidades de educação ao longo de toda a vida;

ambiente físico limpo; apoio social à família e indivíduos; estilo de vida responsável; e

um espectro de cuidados de saúde. Percebi que as ações de Promoção da Saúde estão

voltadas ao coletivo dos indivíduos e ao ambiente, ou seja, ao ambiente físico, social,

político, econômico e cultural, através de políticas públicas e de condições favoráveis ao

desenvolvimento da saúde e do reforço, aqui entendido como empowermente

(emponderamento), da capacidade dos indivíduos e das comunidades.

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