Download - AS REBELIÕES REGENCIAIS
O período regencial foi marcado pela instabilidade
política e por agitações sociais de todo o tipo.
Houve revoltas nas cidades e nos campos.
Houve levantes de escravos, defesa do
federalismo e de ideais republicanos.
Houve confrontos relacionados a questões
econômicas.
Houve miséria agravada pelas dificuldades na
economia.
Leitura de textos:
“As diferenças em jogo”
“Rumos a seguir”
Cabanagem (1835-1836)
Vista parcial de Belém, à época do conflito
Desdobramento das revoltas nativistas
após a independência.
A maioria da população vivia em condições de miséria, habitando em
moradias precárias, daí a expressão cabanos que foi
dada aos revoltosos.
O início da revolta relacionou-se à política
repressiva do presidente da província que
desagradava fortemente as lideranças regionais.
Com o assassinato desse governante,
Lobo de Souza, começou o conflito.
Principais líderes:
Cônego Batista Campos
Ferreira Lavor
Irmãos Vinagre (Francisco e Antônio)
Clemente Malcher
Eduardo Angelim
Essa revolta teve forte conteúdo popular e
envolveu na luta também mestiços, índios e negros.
Os cabanos fizeram de seus líderes governadores
da província. O governo regencial reagiu
prontamente enviando tropas para a região.
Embora enfraquecido, somente em 1840 o
movimento foi totalmente controlado, com um saldo de cerca
de 30 mil mortos.
Conflitos na Bahia
Durante o período regencial dois conflitos importantes, embora de características
diversas, ocorreram na Bahia: a Revolta dos Malês (1835) e a
Sabinada (1837-1838).
No início do século XIX, na província da Bahia, ocorreram algumas
revoltas de escravos que produziram ataques e
incêndios em fazendas nos arredores de Salvador.
A rebelião liderada pelos malês, negros de tradição,
cultura e religião mulçumana, começou
quando um número muito expressivo de escravos
tomou de assalto Salvador.
Colocavam-se contra a escravidão
e recusavam-se a aceitar
a fé católica.
A Sabinada
O Médico Francisco
Sabino Barroso foi o principal articulador do
movimento que acabou levando
o seu nome.Sabinada (Ba. 1837-1838)
Objetivo:
- criar uma república e tornar a Bahia
independente do Brasil, pelo menos até a
maioridade de D. Pedro de Alcântara.
O apoio aos sabinos ficou restrito ás camadas médias da
população de Salvador. Cercados por terra e mar, atearam fogo na cidade.
Renderam-se em 14 de março de 1838, com um saldo de 2
mil mortos.
A Balaiada
Foi o conjunto de revoltas
ocorridas no Maranhão
(1838-1841), principalmente nas regiões de
São Luís e Caxias.
Foi um movimento com várias tendências sem um programa político claramente definido.
A intranquilidade social da região era produto da miséria a que estavam
submetidas as camadas populares.
Artesãos urbanos, vaqueiros e negros
aquilombados realizaram manifestações de
banditismo pelo interior da província;
A elite estava dividida entre um dos grupos,
valendo-se das agitações populares
para protestar contra o centralismo.
Apesar de algumas conquistas o
movimento não se consolidou.
Principais líderes:
Francisco dos Anjos (Artesão conhecido como “Balaio”).
Raimundo Gomes (vaqueiro chamado de “cara-preta”).
Nêgo Cosme (ex-escravo).
O movimento farroupilha (1835-1845)
A Revolta dos Farrapos foi a mais longa das rebeliões e chegou a ameaçar a unidade territorial com seu
separatismo.
Motivada à concorrência para o mercado de
charque e seus similares que envolviam
a região do Prata.
A situação agravou-se com os impostos que
encareciam os produtos brasileiros.
A elite era influenciada por idéias republicanas e federalistas, opostas
ao centralismo do império.
Os exaltados (farroupilhas) rebelaram-se contra o
governo local e central, e proclamaram a República
de Piratini, sob o comando de Bento Gonçalves.
Em Santa Catarina, Davi Canabarro proclamou,
em Laguna, a República Juliana.
No início do Segundo
Reinado, D. Pedro II
nomeou Caxias para reprimir o movimento que
ameaçava a unidade do
império.
Após várias vitórias de Caxias, a revolta se
encerrou em condições bastante honrosas para
os farrapos.