ARTERITESPatologia II - 2012
CONCEITO
Considerações para o conceito Angiite, vasculite, arterite. Primárias (verdadeiras) Secundárias
Causas Infecciosa Imunitária Idiopática
MECANISMO IMUNITÁRIO
Y Y Y
Y
YResposta anormal de linfócitos
Formação de granulomas
Autoanticorpos contra proteínas citoplasmáticas (geralmente lisossomais) – ANCA (Antineutrophil cytoplasmatic autoantibody)
LES
VASCULITES
Classificação Com base na Patogenia
Infecciosas Imunológica
Por imunocomplexos Por auto-anticorpo anticitoplasma de
neutrófilo Por ataque direto de auto-anticorpo Mediada por células Doença inflamatória intestinal Vasculite paraneoplásica
Desconhecida
VASCULITES
ClassificaçãoCom base na Patogenia
InfecciosasBacterianas - Staphylococcus aureus, salmonelas, enterococos, pseudomonas, tuberculose, T. pallidum
virais - herpes zoster-varicela, fungos dos gêneros Mucor, Aspergillus.
VASCULITES
ClassificaçãoCom base na Patogenia
ImunológicaPor imunocomplexos
Por drogas Necrosantes (tóxicas) - As, Bi, Au,
metanfetaminas, sulfonamidas.Lesões micro semelhantes à PAN.
Não necrosantes (hipersens. à droga) - Alopurinol, ampicilina, fenilbutazona, etc. Micro: leucocitoclástica.
VASCULITES
ClassificaçãoCom base na Patogenia
ImunológicaPor imunocomplexos Mediada por auto-anticorpo citoplasmático de neutrófilosGranulomatose de WegenerSd de Churg-Strauss
VASCULITES
ImunológicaPor imunocomplexos Mediada por auto-anticorpo citoplasmático de neutrófilos
Por ataque direto de anticorpoSd de GoodpastureDoença de Kawasaki
VASCULITES
ImunológicaPor imunocomplexos Mediada por auto-anticorpo citoplasmático de neutrófilos
Por ataque direto de anticorpoMediada por células
Rejeição de aloenxerto
VASCULITES
ImunológicaPor imunocomplexos Mediada por auto-anticorpo citoplasmático de neutrófilos
Por ataque direto de anticorpoMediada por célulasDoença inflamatória intestinalVasculite paraneoplásica
VASCULITES
Estudo dos grupos principais Poliarterite nodosa
POLIARTERITE NODOSA
Sedes (Ramos mesentéricos, renais, coronarianos e pancreáticos) Rins 85% Coração 76% Fígado-VB 62% Tubo Dig 51% Nervo 42% Músculos 39%
POLIARTERITE NODOSA
Morfologia Ite transmural. predileção para a bifurcação.
Fases: Alterativa (degenerativo-necrótica); exsudativa (PMN, eos., linfócitos estes tardios) produtiva-cicatricial geralmente com trombose
local e às vezes aneurismas. As lesões são assincrônicas.
POLIARTERITE NODOSA
Clínica Homens (2-3:1), 30-40 anos. Lesões cutâneas:
púrpura, eritema, úlceras, nódulos. Mialgia, artralgia, febre, parestesia. Insuficiência
renal. Cardiop. isquêm. Hemorragia por rupt. de aneurisma. O diagnóstico é confirmado por arteriografia e/ou biópsia. Testes laboratoriais não específicos.
THE 1990 AMERICAN COLLEGE OF RHEUMATOLOGY CRITERIA FOR THE CLASSIFICATION OF PAN(TRADITIONAL FORMAT)
1. Perda de peso superior a 4 kg desde o começo da doença, não devido a outros fatores como dietal;
2. Livedo reticularis na pele da extremidade ou dorso.3. Dor ou dolorimento testicular sem causa aparente. 4. Mialgia difusa (excluído o ombro e bacia) ou fraqueza ou dolorimento muscular na
perna.5. Desenvolvimento de mononeuropatias ou polineuropatias.6. Desenvolvimento de hipertensão (diastólica >90 mm Hg) 7. Elevação da uréia (>40 mg/dL) ou creatinina (>1.5 mg/dL) não devida a desidratação
ou obstrução. 8. Presença de HBsAg no soro. 9. Arteriografia: aneurisma ou oclusão de artéria visceral não atribuída a aterosclerose,
displasia fibromuscular ou outras causas inflamatórias.10. Biópsia de artéria muscular: PMN na parede.
Note: For classification purposes, PAN is diagnosed in a patient PAN if at least 3 of these 10 criteria are present. The presence of any 3 or more criteria yields a sensitivity of 82.2% and a specificity of 86.6%.
LIVEDO RETICULARIS
Causa desconhecida. Ocorre pelo espasmo de vasos sangüíneos. Mais comum em mulheres. Acentua-se ou surge com exposição ao frio
GRANULOMATOSE DE WEGENER SEDES
Pulmões Rins (glomerulite) Trato respiratório superior Pele Sistema nervoso central Olho Coração Tubo digestivo Aparelho genital.
GRANULOMATOSE DE WEGENER Morfologia
Granulomas epitelióides necrotisantes nas vias aéreas superiores (cav nasal, veias da face, ouvido, laringe) e inferiores (brônquios e parênquima pulmonar), vasculite em vasos de peq e médio calibres nos pulmões e outros órgãos e GN focal necrosante com formação de crescentes.
São perivasculares arteriais e venosos
GRANULOMATOSE DE WEGENER
Clínica M = F, 30-50 anos. Tosse, hemoptise, febre,
perda de peso. Pneumonite crônica granulomatosa bilateral. Sinusite (espessam periostal). Lesões nasais e renais (GN_necrose tufo capilar).
Asma Eosinofilia superior a 10% Poli ou mononeuropatia Infiltrado pulmonar não-fixo Anormalidade de seio paranasal Eosinófilos extravasculares
GRANULOMATOSE DE WEGENER Etiopatogenia
Ag inalados Imunocomplexos Lesões em vários estágios. Presença de
anticorpos antiproteinase 3 (ANCA PR3) detectados em 90% dos pacientes na fase aguda (anticorpos anticitoplasma de neutrófilos).
1. Inflamação nasal ou oral. Dor ou dolorimento oral, úlceras; secreção nasal purulenta ou sanguinolenta.
2. Alteração em radiografia torácica: nódulos, infiltrados fixos ou cavidades.
3. Sedimento urinário: micro-hematúria (>5hem/CGA) ou cilindros de hemácias.
4. Biópsia: Inflamação granulomatosa na parede de artéria ou na adventícia.
THE 1990 AMERICAN COLLEGE OF RHEUMATOLOGY CRITERIA FOR THE CLASSIFICATION OF WEGENER'S GRANULOMATOSIS
O diagnóstico de granulomatose de Wegener pode ser feito quando pelo menos 2 desses critérios estiverem presentes. A presença de 2 ou mais critérios tem uma sensibilidade de 88,2% e uma especificidade de 92%.
ARTERITE TEMPORAL
SEDES Artérias cranianas especialmente a temporal.
ARTERITE TEMPORAL
Morfologia Granulomas com células gigantes. Às vezes só
infiltrado mononuclear. Às vezes só cicatrizes
ARTERITE TEMPORAL Clínica
Início do quadro em idade igual ou superior a 50 anos;
Dor de cabeça nova no tipo ou localização; Alguma anormalidade na artéria temporal
(artéria temporal dolorosa à palpação ou pulsação diminuída não associada a arteriosclerose de artérias cervicais);
Velocidade de hemossedimentação elevada ( 50mm/h pelo método de Westergren);
Biópsia arterial anormal (mostrando células mononucleares ou inflamação granulomatosa usualmente com células multinucleadas gigantes).
ARTERITE TEMPORAL
Etiopatogenia Desconhecida. Às vezes a lesão contém IgG, IgA e IgM.
THE 1990 AMERICAN COLLEGE OF RHEUMATOLOGY CRITÉRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO DA ARTERITE TEMPORAL
Início do quadro em idade igual ou superior a 50 anos.
Dor de cabeça nova no tipo ou localização. Anormalidade na artéria temporal (dolorimento,
pulsação diminuída, não associada a aterosclerose de artérias cervicais).
Elevação da VHS (≥50mm/h pelo método Westergren)
Alteração na biópsia arterial (infiltrado mononuclear ou granuloma ou céls gigantes)Considera-se, para efeito de classificação, que um paciente tenha a
arterite temporal de células gigantes quando pelo menos 3 desses 5 clitérios estejam presentes. A presença de 3 ou mais critérios tem uma sensibilidade de 93,5% e uma especificidade de 91,2%.
ARTERITE DE TAKAYASU
SEDES Crossa da aorta e seus grandes ramos
ARTERITE DE TAKAYASU
MORFOLOGIA Granulomas com células gigantes e necrose na
média
ARTERITE DE TAKAYASU
SEDES Crossa da aorta e seus grandes ramos
ARTERITE DE TAKAYASU CLÍNICA
Inicio antes dos 40 anos Claudicação nas extremidades. Fadiga crescente e
desconforto muscular em uma ou mais extremidades quando em uso, principalmente das superiores.
Redução do pulso braquial em uma ou ambas as artérias.
BP (blood pressure) com diferença superior a 10mmHg entre braços
Sopro audível à ausculta sobre uma ou ambas as artérias subclávias ou na aorta abdominal.
Anormalidades arteriográficas. Estreitamento ou oclusão parcial da aorta ou de seus ramos proximais ou até mesmo oclusão distal não associada a arteriosclerose ou displasia fibromuscular
ARTERITE DE TAKAYASU
PATOGENIA Desconhecida. A susceptibilidade genética está
ligada ao HLA BW52 MB3. Não se conhece a razão pela qual é mais comum em pacientes com tuberculose.
ARTERITE DE TAKAYASU
SEDES Crossa da aorta e seus grandes ramos
ARTERITE DE TAKAYASU
SEDES Crossa da aorta e seus grandes ramos
THE 1990 AMERICAN COLLEGE OF RHEUMATOLOGY CRITÉRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO DA ARTERITE DE TAKAYASU
1. Inicio antes dos 40 anos2. Claudicação nas extremidades. Fadiga crescente e
desconforto muscular de uma ou mais extremidades quando em uso, principalmente das superiores.
3. Redução do pulso braquial em uma ou ambas as artérias.
4. BP (blood pressure). Pressão arterial com diferença superior a 10mmHg entre braços
5. Sopro audível à ausculta sobre uma ou ambas as artérias subclávias ou aorta abdominal.
Considere-se o diagnóstico de arterite de Takayasu quando pelo menos 3 desses critérios estão presentes. A presença de 3 ou mais desses critérios tem uma sensibilidade de 90,5% e uma especificidade de 97,8%.