Disciplina: IED (Introdução ao Estudo do Direito)
ANHANGUERA Educacional Campus Rondonópolis - MT
Prof. Ms. Valéria Borges Ribeiro
Aula 01: Introdução
‘DIREITO’...Afinal...
O que é?
Sempre existiu?
Nossa sociedade
funcionou desta forma?
Criacionismo
No criacionismo a criação divina do mundo se baseia no 1º Livro Gêneses (Bíblia);
Deus, perfeito, que existe por si só e não depende da existência do Universo, é o elemento central da estrutura criacionista;
Exercendo seu infinito poder criativo, ele criou o Universo em seis dias e no sétimo descansou;
.
O Jardim do Éden – No criacionismo
No Gênesis, no jardim do
Éden, Deus fez toda a
espécie de árvores
agradáveis à vista e de
saborosos frutos para
comer.
Nele também colocou, ao
centro, a Árvore da Vida e
a Árvore da Ciência do
Bem e do Mal.
O A árvore do conhecimento tinha um fruto que, comido por Eva, manipulada pela serpente (simbolizando satanás) devia ser bom para comer, pois era de atraente aspecto e precioso para a inteligência.
O A idéia de fruto proibido vem do fato de que Deus teria proibido a Adão e Eva de comerem o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.
A Primeira Pena - Criacionismo
Deus, chama por
Adão e Eva, quando
estes saem de trás
de uma arvore, e
estavam usando
folhas de parreiras.
Deus então
expulsa-os do
Paraíso.
Charles Robert Darwin
*12.02.1809 +19.04.1882.
O Origem das espécies (1859)
O Naturalista britânico
O Evolução das espécies
O Seleção natural .
A Evolução x Criacionismo O A evolução humana:
Linha do tempo... Evolução macaco-
homem...seleção Natural.
O Criacionismo:
Versículos da Bíblia...origem na costela de Adão...
...cromossomo inicial.
O Divergências ciência x religião.
Entretanto, tendo uma origem ou outra, o homem se
organiza em pequenas sociedades / clãs.
Origem das Sociedades
O Associavam-se em grupos;
O Criavam normas de comportamento;
O Ordem natural dos acontecimentos;
(natureza x sobrevivência)
O Conjunto de normas e limitações de suas atividades;
O Objetivo: paz social;
O Benefícios ao homem;
O Limitações - afeta a sua própria liberdade;
O Viver em sociedade - ato de vontade;
O A própria natureza do homem leva a limitações impostas pela vida social.
O O homem vive inicialmente em “estado de
natureza” designando-se por esta expressão não
só os estágios mais primitivos da história mas,
também, a situação de desordem que se verifica
sempre que os homens não tem suas ações
reprimidas. É preciso LIMITAR A CONDUTA
HUMANA.
“Meu direito termina onde começa o direito do
outro”!!
A Primeira Sociedade
Jean Jacques Rousseau, filósofo e literato suíço
de língua francesa, ligado ao Iluminismo, ensina
que:
O A mais antiga das sociedades, e a única
natural, é a sociedade da família.
O Os filhos permanecem ligados ao pai apenas
pelo período de tempo que deles necessitam
para se manter.
O Tão logo essa necessidade cesse, o laço
natural se dissolve.
O Os filhos, eximidos da obediência devida ao pai, se estabelecem igualmente na independência e prontos a estabelecer sua própria família com seus filhos que virão.
O Se continuam a permanecer unidos, já não é mais naturalmente, mas voluntariamente, e a própria família se mantém somente por convenção.
O Resta deduzido que a família é o primeiro modelo de sociedade política, pois quando finda o vinculo natural, ao permanecerem unidos, pais e filhos agem voluntariamente.
O Cada um pode assumir o controle de sua vida, seu livre arbítrio.
O O homem é, em suma, um bruto, que se
encontra disposto a promover o embate contra
aqueles que contrariam e atrapalham suas
ambições. Surgem daí o embate entre as
classes, buscando cada qual o seu espaço.
O O que nos leve a certeza, de que não importa a
razão, pois a índole humana é selvagem e
egoísta. Assim, cada homem em seu
comportamental, com base em seu livre-
arbítrio, busca a preservação de sua espécie,
ou seja a sobrevivência.
O Se ele mata, buscam-se as razões que o
levaram a tal desvio de conduta...
Portanto...é o HOMEM: Um ‘Ser’ racional – com vontades,
valores, opções/escolhas;
Um ‘Ser’ livre;
Um ‘Ser’ social - (Aristóteles);
Que tem limitações: escassez de recursos, inteligência, físicas, ambientais;
E que, ao longo tempo se organiza em sociedade criando ‘regras’: ética, moral enfim o próprio Direito.
Como ensina Miguel Reale:
Para estudar algo precisamos saber do que se trata !!
Para os leigos:
Direito é Lei e Ordem !
Ou seja, são regras obrigatórias que garantem
a convivência social estabelecendo LIMITES à
ação de cada um.
Assim quem age conforme tais regras, age
DIREITO !
E quem não as respeita... age
TORTO ?
Direito: dirígere, rectum, directus;
Lei: ligação, liame, laço;
Jus: jungir, uir, ordenar, coordenar.
Direito = “Convivência ordenada”
“Ubi societas ibi Jus” ‘onde está a sociedade está o direito’
Criam-se normas que ajustam a conduta das
sociedade primitivas a um padrão comum.
Tal padrão é o que convém à unidade e coesão do
grupo social, naquele momento histórico.
Então DIREITO é:
O o ‘Justo’;
O o poder de se exercer uma faculdade (escolha);
O o estudo de um aspecto da norma jurídica;
O algo que designa o próprio saber jurídico.
O Assim, Direito – “é o ramo das ciências sociais aplicadas que tem como objeto de estudo o conjunto de todas as normas coercitivas que regulamentam as relações sociais, ou seja, são normas que disciplinam as relações entre os indivíduos, desses para com o Estado e do Estado para com seus cidadãos, por meio de normas que permitam solucionar os conflitos”.
O DIREITO como todas as outras ciências, tem sua linguagem própria !
Por exemplo, a palavra COMPETÊNCIA... Usualmente significa: capaz, mérito, ‘saber fazer algo muito bem’; Mas juridicamente significa: medida da extensão da Jurisdição, ‘ tal Juiz não é competente para julgar tal fato’. Precisamos nos adequar a este novo linguajar, conhecer e pesquisar sobre o Direito ! Afinal uma viagem de 05 anos exige preparação.
Balança
Utensílio de origem caldeia*, símbolo místico da
justiça, quer dizer, da equivalência e equação entre o
castigo e a culpa.
Não é apenas um signo zodiacal, mas em geral o
símbolo da justiça e do comportamento correto,
da medida, do equilíbrio; em muitas culturas,
representa a imagem da jurisdição, da justiça terrena
[...] . * Caldeia era uma região no sul da Mesopotâmia, principalmente na
margem oriental do rio Eufrates, mas muitas vezes o termo é usado
para se referir a toda a planície mesopotâmica.
Martelo Também chamado de malhete, o martelo do juiz, todo em madeira, é [...] um dos mais fortes e conhecidos símbolos do direito e da justiça. A origem para seu significado é controversa, alguns autores ligam-no à mitologia grega, para a qual a figura do martelo liga-se à do deus Hefesto, divindade do fogo, dos metais e da metalurgia, conhecido como o ferreiro divino. Outros autores fazem referência ao antigo cajado utilizado pelos sacerdotes judeus e cristãos, que, quando presidindo os cultos ou reuniões públicas, o utilizavam para chamar a atenção da assembleia. No Direito o martelo representa o sinal de alerta, respeito e ordem para o silêncio.
Espada A espada é o símbolo do estado militar e de sua
virtude, a barreira, bem como de sua função, o
poderio. O poderio tem um duplo aspecto: o e o
construtor, pois estabelece e mantém a paz e a
justiça.
É aplicada contra a injustiça, maleficência e
ignorância. Tornando-se positiva, ela estabelece e
mantém a paz e a justiça. Simboliza a decisão, a
separação entre o bem e mal, sendo
misericordiosa com o primeiro e golpeando e
punindo o segundo. É a força máxima para punir o
culpado e perdoar o inocente.
“TÊMIS” É uma divindade grega por meio da qual a justiça é definida, no sentido moral, como o sentimento da verdade, da equidade e da humanidade, colocado acima das paixões humanas. Por este motivo, sendo personificada pela deusa Têmis, é representada de olhos vendados e com uma balança na
mão. Ela é a deusa da justiça, da lei e da ordem, protetora dos oprimidos. Na qualidade de deusa das leis eternas, era a segunda das esposas divinas de Zeus, e costumava sentar-se ao lado do seu trono para
aconselhá-lo.
Além de Têmis existem outras deusas: Diké, Astreia, Justitia. São imagens que mesclam os diversos símbolos do Direito tais como, a balança ou a espada. Ainda, podem aparecer de olhos vendados ou abertos.
Os olhos vendados: mostram que sua concepção do direito era mais um saber agir, um equilíbrio entre a abstração e o concreto. Forma de garantir a IMPARCIALIDADE ! Os olhos abertos: simbolizam que ela “tudo vê”.
Referências O GUSMÃO, Paulo Dourado de (org.). Introdução ao
Estudo do Direito. 46ª ed. São Paulo: Forense, 2013.
O RIZZATTO NUNES, Luis Antonio. Manual de
Introdução ao Estudo do Direito. 9ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2008.
O REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 27ª
ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
O DINIZ, Maria Helena. Compêndio de Introdução à
Ciência do Direito. 20ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
O FERRAZ JUNIOR, Tercio Sampaio. Introdução ao
Estudo do Direito : técnica, decisão e argumentação.
5ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.