A Agenda 21 Local enquanto instrumento de planeamento estratégico
26 de Maio de 2006
Nuno Quental
Tipos de problemas que as cidades enfrentam hoje
Modelo de cidade desadequado(ou ausência dele)
Falta de planeamento
Governança incompleta
Problemas de gestão
Raízes dos problemas
Formação e cultura cívica insuficientes aplica-se aos cidadãos em geral e aos políticos em
particular
Cultura de valores da sociedade actual, que valoriza: o efémero
o imediato
o megalómano, que dá nas vistas
Modelo de cidade desadequado
Expansão urbana contínua e desorganizada ocupação de zonas agrícolas férteis
aumento das necessidades de transporte e dos consumos de energia associados
dependência do automóvel
insuficiência de infra-estruturas e de serviços nas zonas de expansão
quase ausência de recuperação dos imóveis degradados
elevadas percentagens de alojamentos vagos
Modelo de cidade desadequado
Modelo de cidade desadequado
Modelo de cidade desadequado
Expansão urbana contínua e desorganizada
Maia
Gondomar
Vila do Conde
Vila Nova de Gaia
Valongo
Porto
Matosinhos
Póvoa de Varzim
Espinho
±
0 10 205
km
Fogos (construção e reconstrução) (2003)
% do total
Alteração
Ampliação
Construção nova
Reconstrução
Variação do nº de fogos (1991-2003)%
83
47 - 60
36 - 43
11 - 13
Modelo de cidade desadequado
Expansão urbana contínua e desorganizada
Maia
Gondomar
Porto
Vila do Conde
Vila Nova de Gaia
ValongoMatosinhos
Póvoa de Varzim
Espinho
±
0 10 205
km
Var. da ocupação dos alojamentos (1991-2001)
%
Residência habitual
Uso sazonal
Vagos
Var. dos alojamentos para res. habitual (1991-2001)%
-0,3 - 2
-3,8 - -2,7
-7,2 - -5,2
Modelo de cidade desadequado
Sobrevalorização do artificial em detrimento do natural destruição de espaços verdes
abate sistemático de árvores
impermeabilização excessiva do solo e excesso de densidade
canalização de ribeiros e poluição da água
Modelo de cidade desadequado
Modelo de cidade desadequado
Sobrevalorização do artificial em detrimento do natural
Modelo de cidade desadequado
Ditadura do automóvel construção desenfreada de novas vias rápidas
menosprezo pelos peões
pouca eficiência do transporte público
Modelo de cidade desadequado
Erosão cultural e banalização da paisagem urbana perda acentuada da diversidade dos espaços
destruição do património
desaparecimento dos cafés tradicionais
Falta de planeamento
Escassez de princípios orientadores
quadro de referência estratégica
prioridades
planos de acção
investimento sério na elaboração dos PDM
Assim se explicam as ideias megalómanas, os elefantes
brancos, as obras de arte de interesse discutível e as
prioridades que surgem do dia para a noite.
O sistema de planeamento
Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável
Plano Nacional da Política de Ordenamento do Território
Planos Regionais de Ordenamento do Território
Planos Municipais (PDM, Planos de Urbanização e Planos de Pormenor)
Muitos outros...
Agenda 21 Local
É uma forma de enraizamento da: transparência
participação cívica
planeamento estratégico
desenvolvimento sustentável
A Agenda 21 Local é sobretudo uma forma de encarar a
democracia, envolvendo os cidadãos e instituições nos
processos de decisão, fomentando ainda a sua transparência e
criando mecanismos de fácil acesso à informação.
Agenda 21 Local: critérios
A Agenda 21 deve: partir de um processo participativo com os cidadãos
definir um visão de consenso para um futuro sustentável
integrar as questões sociais, ambientais e económicas
criar um Fórum participativo
preparar um Plano de Acção com metas concretas
definir indicadores de progresso
estabelecer mecanismos de monitorização e informação
Criar a cidade sustentável
“Uma cidade sustentável é organizada de modo a tornar
todos os seus cidadãos capazes de satisfazerem as suas
necessidades e de melhorarem o seu bem-estar sem
prejudicarem o mundo natural ou porem em perigo as
condições de vida de outras pessoas, agora ou no futuro.”
Herbert Girardet, Creating Sustainable Cities, 1999
5 sugestões para o sucesso
Clarificar desde o início o papel da Agenda 21 no quadro do planeamento estratégico ao nível municipal (ou outro)
Envolver sistemática e activamente o presidente da autarquia
Desenvolver parcerias com instituições locais tão cedo quanto possível e com actividades visíveis
Não transigir na necessidade de transparência de todo o processo e de amplo envolvimento público
Concentrar esforços num plano de acção direccionado mas detalhado depois de elaborado um diagnóstico também ele selectivo